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APRESENTAÇÃO
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO .............................................................................................2
OBJETO DO ESTUDO ......................................................................................9
2.3. Competitividade............................................................................................170
2.3.1. Criatividade em Vendas
2.3.2. Sazonalidade em Vendas
2.3.3. Criatividade em Propaganda
2.3.4. Atendimento e Serviço ao Cliente
2.3.5. Formas de Atrair e Cativar a Clientela
4. AGRADECIMENTOS..................................................................................237
5. FONTES DE PESQUISA............................................................................238
OBJETO DO ESTUDO
1. A HISTORIA DO VESTUÁRIO
Através da história, muitos povos têm usado a roupa mais como ornamento
do que para cobrir o corpo. Ninguém sabe exatamente quando e por que os
homens começaram a se vestir. É provável, porém, que tenham começado
a vestir-se há mais de 100 mil anos – e provavelmente pelas mesmas
razões por que usamos roupas atualmente. Os homens primitivos podem ter
desejado proteger-se, melhorar sua aparência e dizer aos outros alguma
coisa sobre si mesmos. Um homem da caverna deve ter usado a pele de um
urso ou de uma rena para aquecer-se. Também pode ter feito uso da
mesma pele para mostrar a seus vizinhos que era um grande caçador e um
homem corajoso e forte.
Também tinha aprendido a fazer linha das partes filiformes (em forma de fio)
de certas plantas, ou do pelo de certos animais. Além disso, logo aprendeu
a tecer o fio, transformando-o em tecido. Por essa época, o homem
começou a cultivar plantas, pastorear carneiros para o fornecimento de
suprimento para linha e lã, respectivamente. Esses pequenos avanços se
deram em milhares de ano.
1.1. FIAÇÃO
Algodão
Fibra natural que pode ser transformada em uma grande variedade de
tecidos a partir do entrelaçamento de fios cuidadosamente
preparados. Divide-se em:
• Algodão Egípcio – este algodão é considerado como o de fibra
mais longa do mundo, resultando em um tecido durável e o mais
macio do que os outros. Encontrado no mercado internacional.
• Algodão Penteado – processo onde as fibras mais curtas do
algodão são eliminadas, tornando o fio mais resistente e macio.
• Algodão Pima – algodão de fibra longa só encontrado no Peru e
é tão apreciado quanto o Egípcio.
Acetato
Nome que tem origem em um dos produtos químicos utilizado para
sua fabricação: o ácido acético. Fibra química artificial, fabricada a
partir da celulose derivada da madeira ou do linter do algodão. O fio
de acetato pode ser brilhante ou fosco, é flexível, resistente e queima
como algodão.
Acrilan
Marca registrada da Monsanto Textiles para uma grande variedade de
fibras e filamentos.
Acrílico
Fibra obtida por síntese de diferentes elementos extraídos do carvão,
petróleo e cálcio; é delicado, quente, vigoroso e pode ser misturado
com a maioria das outras fibras naturais ou sintéticas. Descoberto na
Alemanha em 1948. Por ser isolante, é muito empregado na
fabricação de artigos de malhas e imitações de pele. É conhecido
substituto da lã, por sua semelhança e leveza.
Bouclê
Fio crespo que, ao ser tecido, resulta numa superfície encaracolada
irregular, tem origem no francês bouclér, encaracolar. Composição
52% viscose e 48% poliéster.
Bicomposta
Fibra têxtil química composta por dois polímeros de estrutura química
e física, diferentes mas solidamente associado.
Biconstituída
Fibra têxtil que compreende dois componentes formados de uma
mistura homogênea de duas faces poliméritas.
Cantrece
Marca registrada da DuPont para o seu fio auto-ondulado, bi-
componente, semi-opaco e com corte transversal redondo. Usadas
em meias finas, e malharias de urdume.
Cardado
Processo de fiação, algodão ou lã, onde são utilizadas fibras mais
curtas. O fio cardado somente é produzido em grossuras médias para
grossas e não passa pela penteadeira, possui mais fibras curtas, o
que propicia uma maior formação de pilling (bolinhas no tecido) e neps
(defeito na regularidade do fio). A aparência também é prejudicada,
pois o mesmo possui uma maior irregularidade. Tem maior grau de
impureza e pilosidade que um fio penteado produzido com fibras mais
longas.
Cashimere
Fibra natural da cabra cashimere, encontrada na Mongólia, China, Irã,
Iraque, Turquia e Afeganistão. É muito rara e preciosa e por isso
muito cara.
Elastano
Fio com propriedades elásticas que em conformidade com a
regulamentação INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade Industrial) deve conter no mínimo 85% de
massa de poliuretano segmentado.
Fios de Trama
Fios horizontais do tecido plano.
Fios de Urdume
Fios verticais do tecido.
Fio Natural
Os fios naturais são obtidos diretamente da natureza e os filamentos
são feitos a partir de processos mecânicos de torção, limpeza e
Fio Penteado
No sistema penteado o fio passa por um equipamento que se chama
penteadeira. Este equipamento tem a função de retirar as fibras mais
curtas (antes de se formar o fio) e impurezas como cascas, que são
provenientes do algodão e não foram retirados em processos
anteriores. Este processo confere um fio de qualidade superior, visto
que este é mais limpo, não possue fibras curtas, e é mais resistente.
Tem menos Neps, e forma menos pilleng na malha acabada. Porém,
devido à retirada de mais fibras no processo, a perda de algodão para
produção do fio é maior, o que juntamente com a inclusão de mais um
equipamento, no fluxo produtivo, eleva o custo de fabricação e,
conseqüentemente, o preço do fio, sendo este o fator principal para o
encarecimento do fio penteado.
Fios Sintéticos
Os fios sintéticos são obtidos através de processos industriais
químicos, os quais originam polímeros químicos transformados,
posteriormente, em fibras sintéticas. Este fio pode ser constituído por
um alto número de filamentos, sendo sua classificação feita através do
sistema DTEX (peso em gramas de cada 10.000 metros de fio).
Fio Tinto
Tecido feito com fios coloridos antes do seu tecimento,
proporcionando vários desenhos.
Flammé
Do francês “flammé” – manchado em forma de labareda. Diz-se do fio
com trechos mais grossos, em comprimentos diferentes ou iguais.
Obtido pelo processo de fiação como pelo processo de retorção. O fio
é também denominado como fio xantungue.
Helanca
Produto da empresa Heberlein Corporation, New York City, que foi a
pioneira na produção do primeiro fio texturizado (fio com certa
elasticidade) em 1947. Trata-se de um processo onde filamentos
contínuos são submetidos a um equipamento que cria milhões de
ondulações microscópicas, obtidas através de técnica de torções ou
tensão. O filamento é primeiramente enrolado como uma mola e
High-bulk
Do inglês High – alto e bulk – volume. Fibras têxteis, acrílica ou lã,
cujo o aspecto é volumoso.
High-pile
Do inglês High – alto e pile – penugem. Fibras têxteis, cujo aspecto do
tecido apresenta face felpuda.
Melànge
Fio 100% algodão, onde a característica é obtida na mescla do
processo de fiação, com o tingimento da pluma do algodão.
Microfibra
Termo genérico, usado para designar qualquer fibra sintética mais fina
do que a seda.
Nylon
É o termo aplicado para um produto de origem sintética largamente
utilizado em fibras têxteis, que se caracteriza pela sua grande
resistência, tenacidade, brilho e elasticidade. Foi desenvolvido nos
anos
30 e hoje, nylon é o nome dado a toda uma família de fios e fibras
sintéticas chamadas de poliamidas.
Open End
É hoje o método mais prático para produção de fios. Esse sistema tem
fluxo de máquinas reduzido, e é utilizado na sua grande maioria para
aproveitar resíduos de outros sistemas de produção, em específico o
Anel. Este sistema apresenta melhores resultados com fibras mais
curtas do que o processo em anel. Devido a este detalhe, geralmente,
as fiações têm uma linha de fio Anel e outra linha de fios Open End, a
qual aproveita os resíduos da linha Anel.
Poliamida
A poliamida ou nylon; foi a primeira fibra sintética criada pelo homem.
Tem como característica a alta resistência, fácil lavagem, resiste ao
amarrotamento, baixa absorção de umidade, toque agradável, e
secagem rápida. Uma grande vantagem da poliamida em relação ao
poliéster é o toque mais sedoso e melhor transpiração.
Poliéster
Fibra artificial sintética, obtida de processos químicos, derivados do
petróleo. O poliéster é caracterizado por ter uma ótima resistência,
baixo encolhimento, secagem rápida, resistente ao amarrotamento e
abrasão, baixa propagação de chamas. A principal vantagem quando
comparado com as microfibras de poliamidas é o custo. Sua
desvantagem é o processo de tingimento, o qual requer mais calor e
leva mais tempo para ter a cor fixada.
Texturização
A texturização é obtida com a união de filamentos contínuos e tem o
objetivo de fornecer ao fio, melhor textura e aparência aumentando o
aquecimento e a absorção, diminuindo a possibilidade de formação de
pilling (bolinha que se forma sobre o tecido).
Toque do Fio
O toque do fio Open End é muito inferior ao dos fios Anel. O
amaciante não consegue a mesma penetração no interior do núcleo
do fio, quando comparado com o Anel.
1.2. TECELAGEM
O tear de duas barras montado em molduras foi usado na Europa por volta
do século XIII. No século XV, a arte da tecelagem se tornou altamente
desenvolvida na Europa. Por exemplo, tecelões habilidosos da cidade de
Arras, na França, produziam belas tapeçarias que decoravam castelos e
catedrais.
Acetinação
Processo de operação que consiste em dar um aspecto liso e lustrado a um
tecido ou a uma pele.
Atadeira
Máquina que emenda os pontos dos fios dos rolos novos às dos rolos já em
fins de uso.
Cala
No tear, ângulo formado por dois conjuntos de fios de urdumes, entre os
quais é inserida a trama para formar o tecido.
Calandra
Máquina para lustrar tecidos.
Calandrados
Tecido prensado, lustrado ou acetinado na calandra.
Calandragem
É um processo feito no tecido durante o beneficiamento para amaciamento
e brilho. O tecido é prensado.
Degradé
Cor que vai esmaecendo em tonalidades cada vez menos viva.
Elasticidade
Capacidade de uma fibra de retornar às dimensões originais depois do
esticamento ou alongamento.
Estampa Pucci
Estilo de estampa psicodélica, extremamente colorida, criada pelo estilista
italiano Emilio Pucci, foi das mais copiadas na década de 60.
Estiragem
Toda vez que uma massa fibrosa tem suas fibras puxadas, deslizando umas
sobre as outras, com distribuição sobre um comprimento maior houve uma
estiragem.
Estamparia Rotativa
Estamparia feita em cilindro com o máximo de seis cores. A malha ou tecido
já é estendido pronto para ser estampado pelo cilindro, que através de
perfurações milimétricas soltam a cor para formar o desenho desejado em
cima do tecido.
Estamparia Reativa
Estampa feita com corantes reativos que oferecem um toque mais macio e
melhor solidez (resistência da cor no tecido após várias lavagens).
Felpagem
Processo de acabamento onde o tecido é escovado por cilindros com
guarnições de aço, rompendo os fios da superfície do tecido, dando um
toque macio e volumoso. Este processo é utilizado para produção de
flanelas. O equipamento que executa essa operação é a felpadeira.
Hidrofilidade
Propriedade de uma fibra absorvente; ter afinidade com a água.
Hidrofobicidade
Propriedade de uma fibra não absorvente, rejeição à água.
Intasia
Desenho geométrico de malharia, obtido através de malha e introduzido
com uma cor sólida para fazer com que ambos os lados do tecido pareçam
semelhantes.
Jacquard
Complexo método de tecelagem inventado por Joseph J. M. Jacquard nos
anos 1801-1804. Por meio de um sistema eletrônico, que controla as
agulhas de tecimento, muitas configurações podem ser obtidas resultando
tecidos com desenhos especiais (não possíveis em teares comuns).
Malha Ribana
Estrutura feita em teares de dupla frontura, ou seja, uma fase da malha é
diferente da outra. Estas faces podem ser trabalhadas ou lisas,
proporcionam um alto alongamento e elasticidade, capacitando desta
maneira que o tecido se molde e acompanhe os movimentos do corpo.
Mercerização
Tratamento com hidróxido de sódio concentrado que é aplicado ao fio ou
tecido de algodão o qual proporciona um brilho acentuado, maior afinidade
com corantes, toque mais macio, maior resistência e encolhimento, portanto
é um fio (ou tecido) que já foi extensamente beneficiado para proporcionar
menos encolhimento nas próximas lavagens. O processo requer um
maquinário caro e leva bastante tempo; daí a explicação de ser uma malha
mais cara.
1.3. O TECIDO
Cerca de 90% dos tecidos produzidos no mundo são fabricados por trama
ou tricô. Na produção de tecidos pelos diversos processos, as fábricas
têxteis usam fios mais finos que linha de costurar ou tão pesados quanto
fios de tapetes.
A trama - cetim é o desenho menos comum. O fio de trama pode cruzar até
doze fios de urdidura de cada vez. A trama cetim produz tecidos macios,
luxuosos, mas que desfiam facilmente, e são usados em cortinas e roupas
formais. Esses tecidos incluem o cetim e o damasco.
O tricô de trama é feito com fio simples, transformado por uma máquina em
carreiras transversais, uma de cada vez. Os laços de cada carreira são
puxados através dos laços da carreira anterior. Esse processo forma os
sulcos ao mesmo tempo. Tricotado de tramas são produzidos na forma de
um tubo ou como partes planas de tecidos.
Não está determinada a data que se fabricou o tecido pela primeira vez. A
evidência mais antiga de tecido de lã data de cerca 6000 a.C. e provem do
sul da Turquia.
O primeiro tecido que se tem notícia é o linho. Não era feito em tear, mas
por meio de uma técnica bastante rústica, que consistia na prensagem das
fibras: os talos do vegetal eram postos sobre uma pedra molhados e
sovados, de modo que as fibras se soltavam e se emaranhavam umas as
outras. Depois, punha-se outro feixe de talos em perpendicular, dando-lhe o
mesmo tratamento, e depois outro, formando-se um quadriculado de feixes
que acabavam formando um trançado de pouca resistência e durabilidade.
Pedaços de linho do Egito indicam que o povo tecia o linho por volta de
5000 a.C. Arqueólogos encontraram múmias Egípcias de 2500 a.C.
enroladas em linho tão bem tecido como o produzido atualmente.
Por volta de 3000 a.C. O algodão era cultivado no vale do rio Indo, no
Paquistão. E pode ter sido utilizado nas Américas naquela época.
redondo, não dá para tirar o diâmetro, como de um fio elétrico, por exemplo.
Assim, a medida se faz pela relação de comprimento e peso. Um Dtex
significa que dez mil metros de fibras pesam uma grama e representa a
medida de filamento de seda. Hoje já existem ultramicrofibras com 0,01 de
Dtex.
Acetato
Nome que tem origem em um dos produtos químicos utilizados para sua
fabricação: o ácido acético. Fibra química artificial, fabricada a partir da
celulose derivada da madeira ou do linter do algodão. O fio de acetato pode
ser brilhante ou fosco, é flexível, resistente e queima como algodão.
Acetinado
Que tem a aparência e o brilho do cetim.
Acrilan
Marca registrada da Monsanto Textiles para uma grande variedade de fibras
e filamentos.
Acrílico
Fibra artificial sintética, a produção para fins comerciais se iniciou em 1950,
nos EUA. Tem características: leve, macio e quente, para o inverno ou frio;
macio, semelhante ao algodão e fresco para o verão, apresenta brilho
quando tingido com excelente solidez. É muito empregado na fabricação de
artigos de malha e imitações de pele.
Adamascado
Tecido de seda, lã, linho ou algodão, em que a padronagem apresenta um
contraste entre brilho e opacidade, com desenhos lavrados com motivos
Aerosoft
Tecido elástico composto de fios de microfilamento e elastano, utilizado em
roupas de praia, ginástica e lingerie. Devido às qualidades do
microfilamento, o aerosoft tem toque macio, além de permitir a rápida
evaporação da transpiração. Através do elastano o tecido adquire uma
elasticidade excepcional, proporcionando maior liberdade de movimento.
Aertex
Tecido celular de algodão muito usado em roupas íntimas e esportivas;
também utilizado em camisas, blusas e saias de verão.
Afelpado
Tecido flanelado no avesso.
Algodão/Cotton
O algodão constitui uma das principais fibras têxteis de produção, com
comercialização e uso em larga escala mundial. No Brasil, é a principal fibra
têxtil, as regiões Nordeste, Sul e Centro-Oeste são as principais produtoras
de algodão. O comprimento e a resistência da fibra são as principais
características para a produção de fios de algodão de boa qualidade.
Alpaca
Lã de Alpaca, mamífero artiodátilo, da família dos camelídeos, menor que a
Ilhama, tendo a pelagem do corpo lanosa, longa de coloração muito
variável, mais comumente chocolate-escura, quase negra uniforme. É
freqüente no Peru e na Bolívia, em domesticidade.
No final do século XIX, a alpaca começou a ser misturada com algodão e foi
muito usada em vestidos e costumes até meados do século passado. Desde
então, a palavra “alpaca” designa um tecido de crepe de raiom com textura
firme, utilizado principalmente em peças externas. Alpaca também é um
tecido de algodão utilizado utilizado em forro de roupas.
Amorella
Tecido macio, que imita a seda; usado para roupas femininas de verão.
Anarruga
Tecido leve de algodão, raiom, náilon ou seda, com uma superfície de listras
enrugadas. Tecido com efeito plissado no urdume ou na trama, obtido a
partir de duas contexturas, desenhos distintos ou com fios de encolhimento
diferentes. Aplicação: vestidos, blusas e roupas leves para o verão.
Também é conhecido como “seersucker”.
Aniagem
Tecido grosseiro de linho ou de juta, para sacaria.
Astracã
Tecido de fibras sintéticas imitando pele de animal (astracã), com fios
longos e brilhantes, bastante utilizado na indústria de brinquedos ou
decoração.
Atoalhado
Diz-se do tecido branco que tem o lavor das toalhas.
Baeta
Tecido de lã felpudo, que não foi compactado.
Baetilha
Tecido felpudo de algodão.
Bandagem
Tecido leve vazado, de algodão, levemente creponado, com aspecto rústico.
Assemelha-se aos tecidos das ataduras.
Banlon
Marca registrada, da empresa Joseph Bancroft & Sons Inc., para tecidos ou
peças de vestuários feitos dessa malha. Foi muito popular na década de
1960.
Bayadère
Tecido com listras largas e multicoloridas de origem indiana.
Bemeber
Tecido leve e artificial, utilizado em forro de roupas.
Bérgamo
Tapeçaria grosseira feita de lã, seda, algodão, cânhamo, pêlo de cabra ou
boi, utilizado antigamente na mobília.
Bicomposta
Diz-se de uma fibra têxtil química composta de dois polímeros de estrutura
química e física diferentes, mas solidamente associados.
Biconstituída
Fibra têxtil que compreende dois componentes formados de uma mistura
homogênea de duas fases poliméricas.
Blue denim
Denim azul: usa fios azuis na trama e brancos no urdume.
Blue jeans
Brim ou zuarte inicialmente de cor azul e depois também de outras cores,
usado na confecção de calças, saias, jaquetas, etc.
Bordado Inglês
Também conhecido como bordado suíço ou Madeir, é uma forma de
bordado inicialmente criado com agulhas e linhas. Caracteriza-se por linha
branca em fundo branco, sobre o qual se faz um desenho de orifícios
redondos ou ovais. As bordas são então recobertas com pontos.
Reconhecido na Europa desde o século XVI, o bordado inglês foi
particularmente popular de 1840 a 1880, quando era usado em roupas de
dormir e em roupas íntimas, mais comumente para crianças. A partir da
década de 1870, uma máquina suíça passou a copiar com sucesso os
modelos. No século XX, o bordado inglês é empregado para adornar
vestidos e roupas de verão, sendo ainda usado em roupas íntimas.
Bouglè
É um fio retorcido onde aparece laçada e nós, resultando uma textura
crespa.
Brim
Sarja de algodão originaria da cidade de Nimes. De inicio era linho rústico e
leve, utilizado como canevas, tela de pintura em francês, mais tarde tornou-
se a atual sarja de algodão. Tecido grosso, empregado em diversos artigos,
inclusive roupas profissionais, calças, jaquetas, e outros.
Brocado
Rico tecido de seda pesado em jaquard, com motivos em relevo, geralmente
flores ou figuras, realçados por fios dourados ou de prateados, hoje
substituídos por fios de lurex. Teve importante papel nos trajes reais em
Bizâncio. Durante a Idade Média aparece também em trajes religiosos, a
partir do século XIX passa a ser associado a roupas de gala. Seu nome
origina-se do verbo francês, broucart, que significa ornamentado.
Brocatel
Tecido de seda ou algodão, semelhante ao brocado. Tecido adamascado de
seda ou linho.
Buclê
Do adjetivo francês “bouclé”: que forma um anel. O tecido feito com o fio
buclê recebe o mesmo nome, é grosso de lã ou de algodão, e forma anéis
com os fios da própria trama.
Calicot
Tecido de algodão, com pequenas estampas imprimidas em um lado do
tecido. Recebeu esse nome porque originou em Calicut, Índia. O nome
originalmente designava qualquer tecido estampado da Índia.
Cambraia
Tecido de algodão ou de linho, muito fino. Originalmente feito em Chambrai
na França, com acabamento lustroso de um dos lados, muito usado para
blusas. Atualmente, tecidos em que se misturam os fios tintos, geralmente
de cor azul- céu e fio branco na trama e urdume, parecido como efeito
jeans, produzindo uma superfície “changeat”. Conhecido também por
batista, foi criado no século XIII.
Cambrieta
Tecido semelhante à cambraia, porém menos fino e de trama fechada. Seu
nome origina-se da palavra francesa Cambric, que por sua vez vem do
flamengo Kamerik.
Camelo
Tecido feito com o pêlo do animal de mesmo nome, muito raro e caro.
Camurça
Tecido aveludado de lã feltrada, imitando o pêlo de camurça, aplicado em
roupas de inverno, extremamente flexível e de toque macio. A camurça
também é produzida polindo-se o lado interno da pele curtida de um animal,
resultando em uma superfície aveludada num dos lados do couro. No século
XX, sobretudo após a Segunda Guerra Mundial, a camurça vem sendo
utilizada na confecção de casacos e jaquetas, além de saias, sapatos e
bolsas.
Canelado
Possibilita um ajuste perfeito ao corpo, dando liberdade aos movimentos. O
ponto de malharia em canelado combina elasticidade e alongamento,
proporcionando um bom stretch. Sua textura agrega um visual básico e
moderno.
Cânhamo
Fibra, fio ou tecido de cânhamo. Designação comum a várias plantas
têxteis.
Canvas
Cashimere
O termo designa um tecido leve mas quente, feito a mão com fibras
extraídas dos pelos de cabras e carneiro oriundos do vale do Cashimere, na
Ásia. Conhecida desde o século XIV, a cashimimere vem sendo
amplamente usada na Europa desde o século XIX. Rara e preciosa, a fibra é
hoje misturada a outras menos nobres. A mesma palavra define um padrão
inspirado nos antigos desenhos indianos; trata-se de um clássico da
estamparia com gotas rebuscadas e sinuosas que parecem feijões ou pena
de pavão.
Cáqui
Tecido de brim de algodão, usado originalmente em uniformes militares.
Designa também um tom entre o verde e o amarelo.
Casimira
Tecido encorpado de lã, usado em geral para vestuário masculino.
Cassa
Tecido muito fino, transparente, de linho ou de algodão.
Cassineta
Tecido fino de lã para vestuário.
Celular
Tecido pouco elástico e indesfiável em malha ajurada, em geral de algodão,
formando desenhos de pequenas células. Usado em lingerie.
Cetim
Desenho e tecido com aspecto brilhante, absolutamente liso, a partir de
flutuações dos fios de urdume. Refere-se também a uma sarja com os
pontos de ligação escondidos para eliminar a diagonal. O cetim pode ser de
qualquer matéria-prima, com densidade elevada de fios no urdume. O toque
é em geral fluido e macio, e o aspecto brilhante. Nome originário em
Zaytum, China. O cetim de acetato ou raiom é popular na faixa de preço
baixo.
Cetineta
Tecido de algodão e seda, ou só de algodão, que imita o cetim.
Chamalote
Chambray
Tipo de tecido em 100% algodão feito com fios tintos de azul claro,
alternados por fios brancos. Originalmente fabricado na região francesa de
Cambrai, de onde vem o seu nome.
Changeant
Fala-se Chanjã e refere-se a um tecido que tem cores diferentes na trama e
no urdume, provocando colorações mutantes e variadas de acordo com a
incidência da luz; pode ser chamado também de furta-cor.
Chiffon
Tecido leve, geralmente transparente, feito em tecelagem plana. O termo
“chiffon” significa leveza, translúcido, ou estrutura tipo gaze, maciez.
Originalmente feito em seda, atualmente pode ser encontrado em grande
variedade de fibras.
Chita
Tecido leve de algodão, ordinário e estampado a cores.
Chitão
Chita estampada de padrão grande.
Cotelê
Diz-se do tecido canelado, com estrias de várias larguras em relevo.
Crepe
Tecido fino, transparente ou não, de aspecto ondulado, feito com fio muito
torcido, de seda ou lã natural ou sintética.
Cotton
Do inglês (algodão). Tecido que mistura os fios de elastano de lycra com os
fios de algodão, dando um efeito colante, e que não deforma.
Cretone
Tecido branco muito resistente, primeiramente de cânhamo e linho e hoje de
algodão.
Damasco
Tecido no qual a trama e urdume são da mesma cor e o entrelaçamento
dos fios forma o desenho.
Délavé/Processo
O processo é através da lavagem estonada com aplicação de clareamento e
alvejante químico, deixando o tecido com um visual mais macio que o
simples estonado.
Denim
Do inglês (brim). Tecido de algodão resistente em que se misturam fios
azuis na trama e brancos na urdidura, ou vice-versa. Feito originalmente em
Nimes, França, ganhou por isso o nome de serge de Nemes, que se
corrompeu para denim. No início do século passado foi muito utilizado na
produção de roupas para trabalhos pesados; por ser forte, durável e
facilmente lavável. A partir da década de 1940, passou a ser usado para
saias, jaquetas e calças. Tornou-se muito popular na década de 1970,
devido ao interesse dos hippies pelo tecido, daí por diante com a
manufatura do jeans, chegando a ter produtos com assinaturas de grandes
nomes da moda.
Devore
Método de estampar pelo qual se obtém por corrosão um desenho em
relevo sobre o fundo transparente. O motivo é aplicado por processo
químico, sobre um tecido trabalhado com pares de fios fiados com fibras
têxteis diferentes.Uma delas é destruída pela ação dos produtos químicos,
relevando o desenho. A palavra “devore”, comercialmente, designa também
o tecido processado por esse método.
Dicron
Malha stretch, elaborada com microfibra e elastano que garantem a maciez
e a elasticidade da peça. O diferencial deste é o brilho discreto obtido
através do uso de um iridescente que emite pequenos pontos de luz com o
movimento e a incidência da luz sobre a peça.
Dril
Tecido rústico de linho, em geral, se apresenta cru e listrado.
Dry Fit
Conceito utilizado para definir o tecido feito com poliamida e elastano, ou
seja, o supplex que, devido a sua estrutura e a titulagem do fio, proporciona
um conforto propício para peças de esporte que exigem uma alta
capacidade de transpiração. A peça com o conceito Dry Fit, possui o tecido
com capacidade de tirar a umidade do corpo e transportá-lo para fora do
tecido. “Dry fit” significa em inglês “caimento seco”, justificando assim seu
benefício.
Dublado
Dupla-face
Tecido que pode ser empregado tanto do lado direito como do avesso.
Elástico
Tecido de fios entrelaçados de borracha de látex. Por volta de 1830,
pedaços de elástico haviam substituído as molas de metal antes
empregadas nos espartilhos e nas roupas íntimas. Por causa de sua
flexibilidade, o elástico é, desde o século XIX, muito usado na confecção de
roupas íntimas, roupas de banho e roupas de ginástica. É utilizado na
montagem, com finalidade de franzir um determinado espaço, como cintura,
punho, barra, etc..
Embossado
Tecido estampado a quente que apresenta figuras em relevo.
Entretela
Tipo de aviamento em tecido, material sintético ou fibra de papel, de várias
espessuras e cores, podendo ter uma das faces adesiva. Utilizada entre
duas partes de uma peça de tecido, com a finalidade de manter armadura
ou firmeza. Exemplos: golas, lapelas, punhos, cós, etc. Existe um tipo
especial de entretela cujo material é adesivo nas duas faces, muito utilizado
para golas e lapelas de paletós, ou para fazer bainhas rápidas.
Escocês
Denominação de fazendas de lã, seda, linho, algodão ou material sintético,
tecidas em riscas cruzadas (xadrez) de várias cores vivas, como
notadamente usam os habitantes da Escócia.
Espinha-de-peixe
Estamenha
Tecido comum de lã.
Estofo
Tecido, em geral lavrado, de lã, seda, algodão, etc, usado especialmente
para decoração.
Estopa
Pano grosseiro sem acabamento, de juta ou de outra fibra vegetal análoga,
usado para confecção de fardos.
Étamine
De origem francesa, significa tecido leve de lã, lãzinha ou seda,
originalmente utilizado para coar substancias químicas, é transparente e
usado, principalmente, para cortinas.
Façonné
Do francês “façoner” (dar forma a um objeto). É o tecido que tem desenhos
na própria trama, em geral da mesma cor, muitas vezes brilhante,
contrastando com o opaco do tecido.
Faille
Termo de origem francesa, designa tecido macio, de trama consistente, em
seda ou raiom utilizado para forros.
Felpudo
Tecido obtido através da adição de laços à uma estrutura básica, dando
uma característica atoalhada ao tecido.
Feltro
Tecido de fibra de lã ou similares. Produzido por empastamento através da
ação combinada de agentes mecânicos e produtos químicos, portanto sem
trama, podendo ser cortado em qualquer direção. As beiradas são lisas e
não desfiam. Principais aplicações: chapéus e decoração.
Fibra
Nome comum de filamentos delgados provenientes de plantas, animais ou
minerais, que através de beneficiamento tornam-se tecidos. Entre as
principais fibras naturais destacam-se o algodão, o linho, a seda, a lã, etc.
Fibras sintéticas
Representam a revolução na indústria têxtil e possuem, de acordo com a
composição química, texturas e aparências de diversas fibras naturais. A
primeira a ser descoberta foi o rayon e uma das mais importantes é a lycra.
Filó
Tecido transparente, de seda, algodão ou náilon, geralmente engomado,
transformado em forma de rede de furos redondos ou hexagonais, e usado
sobretudo para véus, cortinados, vestidos de noites ou saiotes de balé.
Fil a Fil
Tecido de construção de tela sendo os fios tintos, ou seja, tanto o fio da
trama quanto o fio do urdume são tingidos na mesma cor dando um aspecto
de tom sobre tom.
Flanela
Tecido 100% lã cardada, peso leve a médio, com textura aberta, toque
macio, desenho tafetá ou batavia, com um lado flanelado, aspecto liso ou
xadrez, antigamente muito utilizado em roupa íntima masculina ou feminina
e atualmente empregado em roupas de inverno ou de meia-estação. Possui
aspecto aveludado obtido do processo de acabamento.
Forro
Tecido de seda, raiom, acetato ou misto com algodão, leve e brilhante,
usado para forrar o interior dos vestidos, mantôs, paletós, ternos, etc.
Fustão
Tecido natural ou sintético, de algodão, linho, seda ou lã, que apresenta o
avesso liso e o direito em relevo, formando cordões justapostos paralelos,
ou desenhos variados.
Gabardine
Um dos tecidos básicos mais usados nas roupas contemporâneas podendo
ser em algodão, lã ou poliéster, cuja característica é ser uma sarja compacta
e pesada, apresentando-se com estrias em diagonal e perfeito para peças
como calças, capas, blazers, etc.
Ganga
Certo tecido resistente, de algodão, na cor azul ou amarelo.
Gaze
Tecido de algodão com trama espaçada, provando uma certa transparência
e leveza.
Georgette
Gorgurão
Pode ser fita ou tecido a metro, em seda ou poliéster formando estrias de
várias larguras.
Goufre/Jaccquard
Malhas que apresentam desenhos que são obtidos através de uma seleção
eletrônica das agulhas dos teares.
Guipura ou Guipure
Tecido de renda em seda, linho ou algodão. Formado por um tule
desenhado e, trabalhado em motivos florais bem definidos e empregados
em vestidos e blusas.
Haitiene
Tecido de seda, acetato ou raiom, com fios tintos no urdume. Desenho
tafetá. A combinação das duas cores do urdume e do desenho produz um
cotelê trama de duas cores diferentes. Antigamente, muito usado para
Jacquard.
Helanca
Fio sintético com elasticidade satisfatória e, usado com sucesso a partir dos
anos 60, principalmente para roupas esportivas.
Herminette
Tipo de veludo opaco, com pelo longo do estilo pelúcia.
Ikat
Processo de padronagem originário do Oriente, no qual os fios empregados
no tecido são tintos de forma que ao torcer, surjam motivos difusos, mas
regulares. Tecido feito com trama colorida interrompida, dando efeito de
desenho geométrico desencontrado.
Indesmalhável
Tecido cujas malhas não podem se desfazer, ex: meia-calça.
Indiano
Tecido parecido com o chiffon, um pouco crespo, semitransparente,
semelhante à gaze cirúrgica. Muito usado desde a década de 1970.
Índigo Blue
Intarsia
Desenho geométrico de malharia, obtido através de malha e introduzindo
com uma cor sólida para fazer com que ambos os lados do tecido pareçam
semelhantes.
Interlock, malha
Estrutura de malha que devido ao seu entrelaçamento, proporciona ótimo
caimento, toque mais firme e agradável. Conhecida com o nome de liganete.
O tecido tem superfície suave em ambos os lados, tendo boa qualidade para
vestuário. Tem menor elasticidade do que os “ribs” (punhos) e não mostram
canaletas quando esticados na direção horizontal. Com esta construção é
possível obter-se tecido fantasia através de fios tintos, seleção de agulhas,
pontos retidos, omitidos ou combinações.
Irisado
Tecido furta-cor de tintura, às vezes dégradé.
Jérsei
Tecido de tricô muito fino, feito à máquina em ponto de meia com linha de
algodão, lã ou seda, natural ou sintética. Nome genérico para um tecido de
malha simples e sem ranhuras. O seu nome vem do lugar onde foi
inicialmente fabricado, na ilha de Jérsei na Inglaterra.
Lã
Fibra natural, animal, proveniente da tosquia de ovelhas e carneiros. A lã é
utilizada desde a idade da pedra, sendo que evoluiu, de uma fibra grosseira
na antiguidade, a uma fibra nobre, pela seleção de raças de animais
produtores.
Lamê
Tecido feito com fios metálicos, primitivamente com seda, e agora com
poliéster, destinado a roupas para shows, fantasias, e até mesmo vestidos
de gala, no melhor estilo hollywoodiano.
Linho
Fibra natural vegetal, proveniente do caule da planta de mesmo nome, é
provavelmente a primeira fibra natural que foi utilizada pelo homem para uso
têxtil.
Linólio
Tecido impermeável feito de juta e untado com óleo de linhaça e cortiça em
pó, usado para tapete.
Liteira
Tecido de estopa e de lã, tinto de preto, outrora usado no vestuário das
camponesas alentejanas, de Portugal.
Ló
Tecido fino como escumilha.
Lona
Tecido resistente de linho grosso, de algodão ou de cânhamo.
Lonita
Tecido grosso de algodão, menos encorpado que a lona.
Lurex
Fibra metálica lançada na década de 40, tecida ou tricotada com algodão,
náilon, rayon, seda ou lã. Atualmente voltou à moda, com seu brilho que
pode ser luxuoso ou barato, sempre exercendo um certo fascínio.
Lycra
Fibra sintética, elástica, resistente à abrasão e com excelentes propriedades
de extensão e retração. Marca da DuPond com grande qualidade. Artigo
que permite excelente movimentação ao corpo, além da maciez e
durabilidade.
Madapolão
Tecido branco e consistente, de lã.
Maquinetado
Tecido com pequenos padrões geométricos, feito no tear e dão uma leve
textura.
Matassa
A seda antes de ser fiada.
Mescla
Tecido em que os fios da trama e da urdidura são de cores diversas.
Microfibra
O termo microfibra é concedido a fios sintéticos que são formados por
filamentos extremamente finos. Estes filamentos podem ser 60 vezes mais
finos que um fio de cabelo e 10.000 filamentos de microfibra podem pesar
menos que 1 grama. Os artigos de malha produzidos com microfibras
possuem como características, o toque sedoso, vestem muito bem,
encolhimento da peça bem baixo, alta resistência, baixo abarrotamento e
bom isolamento quanto a vento e frio. As microfibras podem ser de poliéster,
poliamida que é o naylon, acrílico ou viscose.
Micro Modal
Fibra composta de 100% da mais pura celulose (o liocel).Corresponde a
todas as exigências humanas e ecológicas e é produzida, exclusivamente, a
partir de celulose tratada sem cloro. Micro Modal não contém concentrações
de substâncias nocivas, é livre de pesticidas e não causa irritações
cutâneas. Tecido de alta maciez, brilho, caimento e transpira quase 50% da
umidade. Na coleção, a fibra é utilizada juntamente com o algodão para
elaborar malhas para os artigos underwear, uma vez que provoca a
sensação de conforto e maciez altíssimos para um vestuário íntimo e que
fica em contato constante com a pele humana
Modal By Leazing
É a marca registrada da fibra modal pela empresa Leazing. A fibra modal é
ecologicamente produzida da celulose encontrada na madeira. Esta fibra
possui uma ótima absorção e evaporação da umidade, é parceria ideal para
mistura com outras fibras. Os tecidos de modal possuem um toque
agradável macio e proporcionam grande conforto.
Mohair
Do Árabe mukhaiar (cabra). Que fornece um tipo de lã macia e felpuda, com
pêlos altos e compridos, usada na confecção de suéteres, malhas, etc.
Moletom, Malha
Estrutura de malha que tem entrelaçamento feito de tal forma que os fios da
malha, no interior, fiquem flutuantes, ou seja, aliado a um processo de
peluciagem, ele oferece maior aquecimento do corpo não deixando que o
calor se transporte para fora do corpo.
Morim
Pano branco e fino, de algodão, que se usa para roupa branca.
Musselina
Tecido leve e transparente, muito usado para roupa feminina.
Naturais, Fios
Os fios naturais são obtidos diretamente da natureza e os filamentos são
feitos a partir de processos mecânicos de torção, limpeza e acabamento.
Podem ser obtidos a partir de frutos, folhas, cascas e lenho. As principais
plantas têxteis são: o Algodoeiro (fibra de algodão), a Juta (para fazer
cordas), o Sisal (parecido com o linho), o Linho (caule com filamentos
rígidos) e o Rami (também muito utilizado como linho).
Neoprene
Corruptela de neoporene, borracha sintética descoberta pela DuPont em
1931, aderente, elástica e antitérmica, é usada na confecção de roupas para
mergulhadores e surfistas e também na moda criada por uma nova geração
de estilistas.
Naylon
É o termo aplicado para um produto de origem sintética largamente utilizado
em fibras têxteis, que se caracteriza pela sua grande resistência,
tenacidade, brilho e elasticidade. Foi desenvolvido nos anos 30 e hoje,
Nylon é o nome dado a toda uma família de fios e fibras sintéticas
chamadas de poliamidas.
Opala
Espécie de tecido de algodão.
Organdi
Da mesma família da organza, só que mais pesada. Destinada a fantasias,
roupas para shows e alguns acessórios como flores e lenços.
Organza
Tecido fino, ligeiramente transparente e engomado muito usado em roupas
de festa infantil, primeira comunhão, noiva, etc. Pode ser de algodão ou de
seda pura; um dos favoritos eternos da alta costura. Chivenchy lançou
recentemente o perfume Organza.
Orlon
Fibra acrílica, com aspecto suave, macia, marca da DuPont e usada em
suéteres e agasalhos leves a partir da década de 50 e tornando-se
popularizada nos anos 60 como substituta da lã.
Oxford
Panamá
Nome fantasia para tecido em construção de tela 1x1em 100% algodão.
Pelúcia
Tecido de lã, seda, algodão, fibra sintética, etc., com um lado felpudo e
outro liso, e que apresenta pêlos mais longos e mais ralos que os do veludo.
Percal
Tecido fino de algodão muito tapado e macio. Feito com fio penteado e com
no mínimo 180 fios por polegada quadrada. Usado especialmente para
lençol.
Pied-de-poule/pied-de-coq
Do francês (pé de galinha e pé de galo). Assim são chamadas as estampas
e tramas de tecido xadrez – maiores ou menores – que lembram um pé de
galinha (poule) ou de galo (coq). Muito usados em blazers e paletós de lãs.
Piquet
Tecido pesado com desenhos em forma de losango ou casa de abelha.
Pique, Malha
Estrutura de malha com o nome originado da França. Possui uma aparência
e textura que favorecem a confecção de camisas de gola pólo.
Plano, Tecido
Formado pelo entrelaçamento de fios perpendiculares, ou seja, os fios do
comprimento (vertical-urdume) entrelaçam-se com os fios da largura
(horizontal-trama), compondo o tecido.
Poá
Do francês pois (bolinha). É o detalhe de pontos ou bolinhas de diferentes
tamanhos sobre um tecido liso.
Poliamida, Malha
A poliamida ou náilon; nome comercial pela qual também é muito conhecido;
foi a primeira fibra sintética criada pelo homem. Tem como características a
alta resistência, fácil lavagem, resiste ao amarrotamento, baixa absorção de
umidade, toque agradável, e secagem rápida. Uma grande vantagem da
poliamida em relação ao poliéster é o toque mais sedoso e melhor
transpiração.
Poliéster
Fibra artificial sintética, obtida de processo químico derivado do petróleo. O
poliéster é caracterizado por ter uma ótima resistência, baixo encolhimento,
secagem rápida, resistente ao amarrotamento e abrasão, baixa propagação
de chamas. A principal vantagem quando comparado com as microfibras de
poliamida é o custo. Sua desvantagem é o processo de tingimento, o qual
requer mais calor e leva mais tempo para ter a cor fixada.
Polyocell
É a mistura de três fibras naturais: lyocel, modal e o poliéster. Esta fusão
proporcionou um resultado perfeito, ou seja, as três fibras combinadas
alcançaram os melhores índices de conforto, durabilidade, estabilidade e
tudo isso com fácil manuseio.
Popeline
Tecido de construção de tela com o fio de algodão de menor qualidade que
o algodão penteado mercerizado.
Príncipe de Gales
Lançado como moda por Eduardo VII, quando Príncipe de Gales, no Reino
Unido – xadrez ou trama obtidos pelo cruzamento de riscas finas de tons
uniformes sobre um fundo mais claro. Muito usado nos paletós e blazers de
lãs.
Rayon
Nome da fibra que deu origem à primeira seda feita sinteticamente, em
1912. Foi descoberta por Chanel que fez belos tricôs com esse material.
Risca-de-giz
Padronagem de tecido masculino, primitivamente em casemira, um tipo
elegante de lã, caracterizado por finas riscas um pouco irregulares, como
se fossem desenhadas a giz. O fundo é em geral escuro.
Rodofone
Representou nos anos 20 e 30 o que hoje significa no mundo têxtil os
tecidos de última geração. É a junção de papel celofane com fibra sintética e
armado de grande efeito, usado pela primeira vez pela estilista de van
guarda daquela época Elza shiaperelli.
Sarja
Construção de ligação do tecido plano, caracterizado pelo pronunciamento
da diagonal. Tecido básico e versátil apresenta um excelente caimento, um
ótimo aspecto após lavagem e combina com qualquer tipo de clima. É mais
utilizada por amarrotar menos do que a tela.
Seda
Fibra natural, animal. É um filamento contínuo formado pelo bicho-da-seda
em um casulo. Supõe-se que a seda tenha sido descoberta por volta de
2640 a.C., por uma princesa chinesa.
Seersucker
Tecido de algodão enrugado em listas. É fácil de lavar e não necessita ser
passado. Também conhecido como anarruga.
Shantung
O nome vem do nome da província chinesa Shandoug, onde se tecia à mão
um tipo de seda, leve, entremeada com fios de pequenos “nós”, que dão um
aspecto rugoso à sua superficie. Hoje é um tecido feito geralmente de seda
natural e algodão ou raiom, mais pesado, apropriado para roupas de festas.
Soft
Foi planejado e desenvolvido com o objetivo de proporcionar ao usuário
leveza, mantendo a temperatura do corpo em equilíbrio, garantindo conforto
térmico. Indicado, especialmente, para vestuário de inverno e roupas
esportivas.
Stretch
Palavra inglesa que significa esticar. É aplicável a tecido com elasticidade
obtida através de filamentos de poliéster texturizado ou de fibras. É feito, em
geral, de uma fibra elástica. Pode ser misturada a outros fios, formando uma
grande variedade de tecidos: crepe stretch, shantung stretch, denin estrech,
etc. Dá sempre o efeito agarradinho.
Suplex
É indicado para tecidos esportivos, visto que alia propriedades das malhas
de algodão, conferem maciez e flexibilidade a peças confeccionadas, em
adição a durabilidade e resistência do nylon (poliamida). Devido a sistema
de texturização a ar, desenvolve um toque parecido com o de algodão,
aliado a vantagens das fibras sintéticas. Tecido que proporciona conforto,
resistência, caimento e possui uma secagem relativamente mais rápida que
outros tecidos.
Tactel
Tecido 100% poliamida é um tipo de microfibra. Sua estrutura possui fios
texturizados a ar que o capacita ser de alta secagem e alta transpiração. A
fibra possui padrão internacional de qualidade dos fios DuPont. O tactel é
um tecido que não retém o suor e seca rapidamente quando exposto ao sol;
por isso é muito utilizado para calções e shorts de banho.
Tafetá
Tecido de seda ou sintético, encorpado e com um brilho especial, de
caimento reto, muito usado pela alta costura em vestido de coquetel, gala e
noivas. Há uma versão fina e mais barata que serve de forro.
Tela
Construção de ligação de tecido plano, caracterizada pela simetria da
distribuição dos fios na proporção 1 fio por 1 fio (entre ardume e trama).
Esta construção, em tela plana, proporciona uma superfície plana e regular.
Tencel
Nome fantasia da fibra lyocel. Fibra celulósica proveniente da poupa de
madeira de árvores que são constantemente replantadas e o processo
químico utiliza um solvente totalmente reciclável, por isso chama-se de fibra
Ecologicamente Correta. O lyocel representa a grande novidade entre as
matérias primas têxteis, possibilita um tecido que alia resistência do
algodão, o toque e a maciez da seda e o perfeito caimento e frescor das
fibras celulósicas.
Tergal
Certo tecido de fibra sintética.
Tricoline
Tecido de construção de tela com a leveza e a resistência do algodão
penteado mercerizado. Atende a um mercado cada vez mais sofisticado e
exigente em tecidos leves, especialmente nos segmentos de camisaria.
Tule
Filó especialmente de seda.
Veludo
Um dos tecidos mais antigos e nobres, particularmente usado e retratado no
Renascimento. Sedoso, brilhante, quente e com penugem, adquiriu formatos
mais modernos ao longo do tempo, como cotelê, que é de algodão e possui
canaleta como aquela do fustão.
Viscose/Modal/Lyocel
Fibra artificial de polímero natural, proveniente de celulose regenerada a
partir de algodão ou polpa de madeira. A fibra Modal e Lyocell são
subcategorias da viscose. Tecido macio absorvente e com bom caimento.
Voil
Tecido fino e transparente podendo ser de algodão, seda ou sintético.
Xáquima
Tecido grosso usado para cilhas.
Xerva
Variedade do linho.
PROTEÇÃO
Provavelmente, o homem utilizou roupas para a sua proteção física, no
momento em que passou a vestir-se com peles de animais, folhas ou outros
materiais. Em muitos lugares, as roupas são necessárias na proteção das
pessoas em relação ao clima. Também preservam do mal, pessoas que têm
ofícios perigosos, praticam esportes violentos, ou tomam parte em outras
atividades arriscadas.
COMUNICAÇÃO
As pessoas se comunicam por meio das roupas que usam, do mesmo modo
que se comunicam escrevendo ou falando. Alguns trajes ou uniformes
mostram que a pessoa pertence à determinada categoria profissional - como
a batina do padre ou o jaleco do médico. As roupas revelam alguma coisa
sobre as crenças e sentimentos de uma pessoa, sua personalidade e seu
estilo de vida. As pessoas seguras, por exemplo, são mais capazes de
seguir as novas modas de vestuário do que as tímidas ou inseguras. Elas
podem servir para indicar o estado de espírito de uma pessoa, se está triste
ou preocupada mostrará pouco interesse por sua aparência. Cores
brilhantes e cortes ousados podem indicar a felicidade de quem os usa e até
mesmo alegrar os que os vêem.
ORNAMENTAÇÃO
A maioria das pessoas quer usar roupas que as façam sentir-se atraentes -
mesmo se a intenção principal for à proteção ou a comunicação. Roupas de
proteção, como capas de chuva e suéteres podem ter cores brilhantes e
desenhos ousados.
Durante quase todo o século, a moda foi ditada pela França, mas durante a
Revolução Francesa, em 1789, a Inglaterra assumiu a liderança. Depois da
revolução, a França retomou seu lugar como centro da moda. Os estilos de
vestuário que surgiram na França e na Inglaterra também eram copiados
pelas classes ricas das Américas, inclusive do Brasil.
O estilo império durou até 1820. Nas décadas de 1830 e 1840 tornaram-se
populares os vestidos de saia cheia e cintura apertada. Sob as saias, as
mulheres usavam muitas anáguas. Na década de 1850, voltaram a usar as
crinolinas.
Por volta de 1870, os vestidos de saia rodada deram lugar aos vestidos com
anquinhas, enchimento que projetava a parte traseira do vestido. Na década
de 1880, surgiram os primeiros costumes para mulheres. Na última década
do século, as mulheres utilizaram espartilhos e roupas apertadas na cintura.
Por volta de 1910, época marcada com ostentação e excessos, cores fortes,
drapeados suaves, saias afuniladas, tão justas embaixo, que mal lhe
permitiam andar.
formando uma silhueta em forma de “s” e também pelos padrões chic que
vinham da França.
A Moda finalmente volta a florescer com o fim das restrições impostas pela
guerra. Nessa época o busto deixa de se destacar e as mulheres adotaram
o estilo garçonne; que as fazia parecerem rapazinhos. Os vestidos eram
retos e não modelavam o corpo. Desciam até os joelhos, ou um pouco
acima.
Para o dia se usava uma produção discreta, mas à noite vestidos longos
recebem plumas, bordados, flores e lantejoulas.
Nessa época o rosa shocking foi lançado pela francesa Elsa Schiaparrelli.
Outras mulheres se tornam exponenciais, como Nina Ricci e Coco Chanel,
cujas criações, figura e modo de vida simbolizam a época. As mulheres
continuam sob dieta, e as mais ricas vão a resort e fazendas para
emagrecer – os “spas” de hoje.
Mesmo com Paris nas mãos dos inimigos, a moda sobreviveu. As saias se
ajustaram e saias voltam a encurtar, adequando-se às restrições impostas
pela guerra. As mulheres usam costumes com ombreiras, que imitavam o
corte dos trajes masculinos.
Em 1947, surge o new look de Dior com cinturas apertadas e saias amplas e
golas grandes.
No início da década de 1950, a moda ressurge mais forte do que nunca nas
mãos e tesouras de Dior, Balenciada e Balmain, jogam com a cintura e
muito tecido nas saias, sinalizando bons tempos econômicos. Para estar na
moda, as mulheres deviam aparentar sofisticação e a sensação de
perderem horas para parecerem belas. A atmosfera era sofisticada, a beleza
tornou-se um tema de muita importância, o luxo predominava. Peles,
cashmere, mohairs e jóias.
Década de 60 – Revolução
Estes foram os anos “do último grito da moda” com o início da escravidão de
garotas com as novidades da moda. Comprar nas lojas todo o mês para
atualizar o look. As saias eram mais curtas e diminuíram o tamanho da “hot
pants”, shortinho que vira mania na época. Um dos hits dessa época foi o
vestido tubinho com botas de cano longo (brancas na maioria das vezes).
Nos anos 70 inicia-se uma moda mais simples. O oriente exerce influência e
sedução, mas o domínio foi “flower power- hippie”, nascido em San
Francisco, EUA. Algodões estampados com pequenas flores, anáguas com
encaixes de renda, chapéus de palha adornados com flores, jeans bordados
de flores, pantalonas “Oxford”, saias longas e vaporosas até o chão, era o
que os jovens gostavam de vestir.
Inicia o tempo de materiais mais sinuosos e suaves, tecidos para todos tipos
de roupas e peças coladas ao corpo, realçando a silhueta natural.
Também a moda punk que nasceu no final dos anos 70 reflete nos
penteados, vestimentas e a moda disco-glitter também afina durante vários
anos. Os news, chamados de conjunto punk, se refletiam nas passarelas.
A descoberta dos benefícios da ginástica acabou levando os tecidos,
conceitos de modelagens das academias para o dia-dia.
Anos 90 – Elegância
Paris é o maior pólo de criação mundial. As outras três capitais da moda são
Milão, Londres e Nova York – nessa ordem de importância.
PARIS
Considerada a capital internacional da moda, milhares de pessoas de todas
as partes do globo correm para lá a cada estação, em busca do novo, do
surpreendente, das revoluções e momentos únicos que a moda pode
proporcionar. É a criação, o lúdico, o Glamour, mas também o caos.
Em Paris, não existe crachá nem nenhum tipo de credencial para entrar nos
desfiles. Os jornalistas recebem convites individualmente para cada uma
das apresentações, disputando um lugar, sentado ou em pé (os chamados
standing, de standing places), com profissionais de todo o planeta. Penetras
variados também querem ver os shows. São estudantes de moda,
profissionais de beleza ou apenas apaixonados pela moda. É uma guerra, e
vale tudo para estar dentro da sala de desfiles e pertencer ao momento
único de uma apresentação. Afinal, aquilo depois pode virar história.
MILÃO
A história italiana é mais recente que a francesa, mas os italianos correram
rápido na busca do seu lugar ao sol. Antes da Segunda Guerra Mundial,
também a Itália fazia o jogo da cópia dos franceses. O país dirigiu seu foco
para o mercado americano no final dos anos 40, apoiado por uma mão-de-
obra superqualificada e uma aristocracia ambiciosa, pronta para reeguer-se
das agruras da guerra. Giovana Battista Giogini fez o primeiro desfile para
compradores e imprensa internacionais e em Florença, em 1951, e esse é
considerado um marco da moderna moda italiana. Nos anos 50, o estilo de
vida (a famosa dolce vita) e ao longo das duas décadas seguintes, reforçou-
se a relevância da Itália, apoiou-se também numa manufatura excelente e
na qualidade de seus materiais – bem como em seu design. Já na década
LONDRES
A reputação de Londres se firma graças a excelentes escolas de moda
como Saint Martin’s e Royal College of Art, servindo de celeiro de talentos
para o resto do mundo, contando com seu background cultural e sua
tradição de manifestações da juventude e da cultura das ruas.
NOVA YORK
Nova York sempre ficou com a parte mais comercial. Sua força vem da
sólida indústria de confecções da cidade, na Sétima Avenida. Daí a semana
de desfile americano ser chamada de Seventh on Sixth – quando a Sétima
Avenida se transfere para a Sexta Avenida, já que as tendas que servem de
sede oficial dos desfiles são armadas nos jardins do Bryant Park, atrás da
Biblioteca Pública, justamente na Sexta Avenida.
SÃO PAULO
São Paulo está tentando ser a quinta capital da moda, mas outras cidades,
como Sydney e Lisboa, procuram atrair jornalistas e compradores de todo o
mundo, para disputar uma fatia do mercado global.
Hoje, para uma marca ter sucesso, o consumidor deve ter o mesmo serviço,
seja em Londres, Milão, Hong Kong, Nova York ou Paris. O enfoque é
dirigido pela concentração do setor de moda em três grupos mundiais:
LVMH, Gucci e Richemont. Cada um gastou bilhões de dólares em grifes de
moda, como por exemplo, a compra de Yves Saint-Laurent pela Gucci.
Até 1990 era impossível definir tendências da moda, pois todas vinham de
Paris, já estabelecidas. E pior: vinham ao contrário, já que o inverno do
hemisfério norte é nosso verão. Adaptava-se na hora do desfile o que os
franceses decidiam que seria a moda para dali a seis meses. Um verdadeiro
samba do crioulo doido.
O setor têxtil continuou crescendo, até que em 1958, foi realizada a primeira
Fenit, reunindo tecelagens, fiações, materiais e maquinários uma iniciativa
que, embora vista com descrédito até mesmo pelos industriais deu certo. O
primeiro ano do evento foi marcado pela preferência do consumidor
brasileiro pelo naylon que triplicava de produção. A maior parte de matéria-
prima ainda era importada, mas, naquele cenário, começava-se a falar de
um design brasileiro.
No início dos anos 70, apareceu a mineira Zuzu Angel, que abria uma loja
em Ipanema depois de ter começado como costureira. Foi a primeira a levar
a moda brasileira para os EUA, onde fez desfiles de sucesso e chegou às
vitrines das lojas de departamentos. Zuzu usava materiais brasileiros, como
renda de casimira e chita, misturando renda de algodão com seda. Inovava
também ao utilizar pedras brasileiras, bambus, madeira e conchas. A
estilista foi igualmente a primeira a valorizar seu nome a ponto de colocar a
etiqueta do lado de fora, na roupa. Sua dramática trajetória pessoal
misturava à criação de moda: era o caso da famosa coleção com anjos,
crucifixos e tanques de guerra, alusão a desaparecimento de seu filho,
morto pelo regime militar em 1970.
A moda brasileira passou a ser discutida nas ruas, virou curso universitário e
ganhou espaço na mídia nacional e internacional.
o mais breve possível, logo as estratégias devem ser voltadas para diminuir
ao máximo o tempo de adoção.
Mania ou moda passageira aparece rapidamente, é usada com grande
entusiasmo, alcança o ápice muito cedo e declina rapidamente. A análise do
ciclo da moda e dos movimentos de adoção dos variados modos de vestir é
fundamental para o desenho da estratégica mercadológica, pois tem como
objetivo determinar a duração de uma tendência e prever a introdução de
novos estilos.
8. RISCOS DA MODA
Qualquer negócio em qualquer setor tem risco. Isso leva a seguinte regra do
mundo dos negócios: para altos riscos, altos retornos ou recompensas
financeiras; para baixos riscos, baixos retornos são obtidos.
Mas ninguém sabe de fato o que irá vender, nem quanto vender, entre cada
um dos produtos. A regra de ouro deve ser seguida: quanto maior o risco
maior o retorno. Para produtos novos precisa praticar margens de ganho
que compensem o esforço do desenvolvimento de uma marca (viagens de
pesquisas, criação, desenvolvimento de fornecedores, provas, pilotagem) e
a imagem da aceitação pelo consumidor da novidade.
Itens novos devem trazer maior lucro por peça do que os produtos básicos,
que permanecem na venda de uma estação para outra. E na moda só não
dá para não correr um risco, o de renovação, sob pena de ficar com uma
coleção monótona, que afugenta o consumidor.
9. TENDENCIAS DE MERCADO
CONQUISTA DO CONSUMIDOR
Para alterar continuamente as preferências do consumidor o setor de
vestuário enfrenta um desafio utilizando agressivas estratégias de
marketing. A moda depende da capacidade de convencer os consumidores,
PERFIL DO CONSUMIDOR
Os profissionais do setor de vestuário têm uma visão bastante crítica sobre
a produção de moda e sabem que a sociedade possui posturas
diferenciadas com relação a esse segmento, que movimenta uma imensidão
de profissionais e milhões de dólares por ano.
Nos out door de modas quase nunca contêm um texto publicitário. Isso é
proposital, porque eles devem refletir um conceito e não uma roupa em si. É
como uma obra de arte, ou você se identifica com ela ou a detesta! O
conceito do out door, geralmente, reflete a proposta da grife para a nova
coleção, conceito que foi passado nas passarelas para um público
selecionado e que agora é de domínio geral.
As vantagens dos custos operacionais das lojas virtuais são visíveis, quando
comparada com os custos das lojas tradicionais de rua. Estas últimas
necessitam de uma estrutura física para operar, requerendo uma
mobilização maior de capital, portanto custos operacionais maiores, devido
a muitas outras despesas, não obrigatórias para lojas virtuais.
Certamente, o comércio eletrônico será num futuro próximo a melhor
maneira de efetivar uma série de transações em qualquer parte do mundo.
O estilista Armani que impressiona o mundo da moda com seu luxo, como
embaixador da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência
e a Cultura (UNESCO) desde maio de 2002, já está fazendo muito para os
colombianos, peruanos, financiando pequenos agricultores, no cultivo de
algodão sem agrotóxico e, também as mulheres afegãs e as mães de
Bogotá e Medelin, colocando-se a disposição para vender os tapetes
afegãos, vasos marroquinos e tricô sul-americanos, lado a lado, com
elegantes ternos e deslumbrantes vestidos nas lojas Giorgio Armani, ao
redor do mundo, com todos os lucros revertidos para elas.
O Conceito de uma coleção nasce nos ateliês dos estilistas, mais é do stylist
a função de produzir e traduzir para o grande público o pensamento e a
atitude propostos pelas roupas. É ele quem dá o tom aos desfiles e
editoriais de moda e garante uma personalidade às marcas. Para Sandro
Barros, stylist exclusivo da badalada Daslu, de São Paulo, a
profissionalização da moda brasileira trouxe a necessidade de novos
profissionais. “O stylist é quem cuida e cria a imagem da moda. É ele quem
edita a roupa, escolhe os acessórios, o tipo de cabelo e maquiagem, o
sapato, o casting de modelos e a maneira como tudo isso vai funcionar”,
explica Barros.
Assim como o stylist coordena a imagem, o programador visual comanda a
exposição dos produtos nas vitrines e prateleiras das lojas. O responsável
pela visualização do produto monta um ambiente atraente para que o
consumidor identifique com facilidade as produções proposta pela marca. O
serviço conta com manutenção semanal, de acordo com o foco de venda do
estabelecimento.
Além da produção visual, a moda exige uma boa trilha sonora para compor
seu figurino. Essa é a hora do “Dj para a passarela”, responsável pelo som
que irá embalar os desfiles. É preciso ter sensibilidade para captar que tipo
de atitude uma roupa passa. Todas as músicas selecionadas passam pelo
crivo do estilista.
A profissão de produção de moda e still (still é tudo o que não tem
movimento – bijuteria, produtos de beleza, objetos de decoração), é
relativamente nova – tem uns 25 anos – e no começo não exigia formação
específica. Hoje, o mercado de trabalho está forçando os produtores a
investirem em cursos universitários. O ideal é fazer duas faculdades, moda
e jornalismo, para atuar como produtor de moda, com vistas a crescer na
carreira.
O produtor de moda e still executa idéias de outras pessoas, mas dá o seu
toque pessoal, que tem que ser criativo. O que se vê nas páginas de moda
das revistas é resultado do trabalho de um produtor. Para se fazer uma
matéria, por exemplo, de jeans é necessário que haja um trabalho de
equipe, onde o produtor, juntamente com o editor de artes e pessoal de
apoio, escolhe o maquiador, os modelos e o cabeleireiro. Depois, de separar
as peças com suas devidas combinações, como sapatos, blusas, camisas e
bijuterias; a próxima etapa é levar tudo para ser fotografado no estúdio ou
lugar previamente escolhido. É importante, também, ter noções de
fotografia, para ser parceiro e acompanhar o fotógrafo no trabalho
programado.
REGIÃO NORTE
INSTITUIÇÕES CURSOS
ACRE
• Confecção de peças de malha
• SENAC – www.ac.senac.br
PARA
• Confecção industrial
• SENAI (91) 246-8260
RORAIMA
• Mecânica de máquinas industriais
• SENAI (95) 625-5027
TOCANTINS
• Design de moda
• SENAI (63) 411-8800
REGIÃO NORDESTE
INSTITUIÇÕES CURSOS
ALAGOAS
• Desenho de moda
• SENAC (82) 216-7800
BAHIA
• SENAC (71) 242-1356 • Estilismo e produção de moda
• Universidade de Salvador (71)270-8729 • Gestão de design de moda
CEARA
• Universidade Federal do Ceara - UFC • Estilismo e moda
(85) 288-9663
MARANHÃO
• SENAI (98) 241-1214 • Costurador de artefatos de couro
PERNAMBUCO
• SENAC - 0800-811688 • Técnicas de estilismo
PIAUI
• SENAC - (86) 221-7060 • Corte e costura
SERGIPE
• Senac Sergipe (79) 212-1560 • Figurinista e estilista
REGIÃO CENTRO-OESTE
INSTITUIÇÕES CURSOS
DISTRITO FEDERAL
• SENAI (61) 353-8700 • Costureira industrial
• Faculdade ADI Distrito Federal (61) • Curso superior de tecnologia em
374-4344 produtos da moda
GOIAS
• Estilismo
• SENAC (62) 2828-1498
• Graduação em design de moda
• Universidade Federal de Goiás (62)
521-1315
MATO GROSSO
• Desenho de moda
• SENAI (65) 612-1700
REGIÃO SUDESTE
INSTITUIÇÕES CURSOS
ESPIRITO SANTO
• Centro Universitário de Vila Velha (27) • Criação e gestão de negócios da
3320-2084 moda
• Sistema Faesa de Educação (27) 3321-
1400 • Design de modas
MINAS GERAIS
• Curso de design e negócios da
• Centro Integrado de Moda (31)3213-9606
moda
• SENAC - 0800-314440
• Modelagem
RIO DE JANEIRO
• Universidade Veiga de Almeida • MBA em produção de moda
(21) 3983-6333
• Criação e desenvolvimento de
• SENAC – (21) 2540-5779 coleção
REGIÃO SUDESTE
INSTITUIÇÕES CURSOS
SÃO PAULO
1. Ângelo Bijouteria (11) 228-4494 1.Bijouterias
REGIÃO SUL
INSTITUIÇÕES CURSOS
PARANÁ
1. UEL – Londrina (43) 3371-4000 1. Estilismo
SANTA CATARINA
1. UESC – (48) 231-9720 1. Pós-graduação em criação e
produção de moda
2. SENAI – Rio do Sul -(47) 531-2400 2. Desenho de moda
3. SENAC – (47) 3035-9999 3. Empreendedor de moda
Com todo esse mercado de novos profissionais, já existe quem queira saber
qual é o nome que está despontando no mundo fashion.
Nacionais
Internacionais
Topo
Fevereiro
Nacionais
Internacionais
Março
Nacionais
Internacionais
Topo
Abril
Nacionais
Internacionais
Topo
Maio
Nacionais
Internacionais
Topo
Junho
Nacionais
Internacionais
Topo
Julho
Nacionais
Porto Alegre - RS
22 a 25 RS Moda Show Feira
(FIERGS)
Internacionais
Topo
Agosto
Nacionais
Internacionais
Topo
Setembro
Nacionais
Internacionais
Confecção Feminina e
30 a 02 Coterie Nova York - EUA
Acessórios
Topo
Outubro
Nacionais
Internacionais
Topo
Novembro
Nacionais
Internacionais
Topo
Dezembro
Nacionais
Internacionais
Topo
As palavras que formam o grande léxico da moda não têm fronteiras. Sem
querer, mistura-se português com francês ou inglês, e, no Brasil, é comum
também o uso de palavras de origem africana ou indígena. Existem
variados termos ligados à moda.
• Azul: é uma das cores do espectro solar, que tem mais nuances e
denominações, situando-se entre o verde e o violeta. Nome de origem
persa.
• Disco: estilo de moda que remete aos anos 70, com a onda das
discotecas e caracterizado pelos brilhos, lurex e pailletés, pelas frente-
únicas, pelos macacões e sandálias douradas com meias.
• Doublé-face: palavra inglesa que significa que tem dois lados, dupla
face, podendo ser usada de qualquer lado, indiferentemente.
• Estola: peça que serve como abrigo leve, podendo ser em tecido ou
pele e consta de um retângulo que cobre as costas e prende-se
suavemente nos braços; um dos hits dos anos 50.
• Glamour: aquele algo mais que faz alguém ter mais brilho que outro e
ainda uma revista de moda e comportamento americano que existe há
décadas.
• Hit: aquilo que está na onda, que todo o mundo quer usar, que é
muito vendido.
• Jaqueta: agasalho leve com gola sem lapela, bolsos chapados e com
portinholas, cortes verticais na frente, mangas longas com punhos, em
geral com muitos pespontos grossos, botões metálicos e arrebites.
Maillot, inventou uma roupa para teatro e afins, cujo formato é a base
do maiô do Séc. XX.
• New look: a tradução literal é o novo olhar e foi usado pela primeira
vez quando a editora de moda Vogue americana, Diana Vreeland, viu
a coleção de Chistian Dior, 1946, apresentando uma silhueta feminina
atraente. Imediatamente ela disse: “It’s a new look!”, frase que batizou
um estilo e uma época.
São onze as etapas da indústria têxtil. Além das fibras e das fiações, temos
a tecelagem plana: a malharia; o beneficiamento; o acabamento; os
químicos e auxiliares; as máquinas têxteis; a confecção; as máquinas para
as confecções e os serviços. Quando a roupa chega ao consumidor ela
alcançou o final da cadeia.
A abertura das fronteiras comerciais, no início dos anos 90, abarrotou o
mercado brasileiro de roupas, tecidos, fios e aviamentos estrangeiros,
levando a cadeia têxtil nacional a uma das piores crises de sua história.
Entre 1990 e 1997, as importações do setor de vestuário cresceram 721%
em valor. Das 4,9 mil empresas têxteis, em atividade no primeiro ano da
década, apenas 3,5 mil ultrapassaram os terríveis sete anos seguintes. As
indústrias e as confecções demitiram, quebraram, entraram em concordata.
Mas o saldo do amargo período de turbulências foi positivo. O setor
aprendeu que precisava mudar para sobreviver e as importações também
permitiram substituir teares e máquinas obsoletos por equipamentos de
última geração.
Na esteira de tantas mudanças, aquela que antes era apontada como a
“indústria da cópia”, ganhou personalidade própria. A revitalização atingiu
todos os elos da cadeia, inclusive o varejo. Como conseqüência, sinalizou
novas oportunidades a empreendedores dispostos a investir não só em
confecção, mas também em oficinas de terceirização para pequenos
volumes do vestuário: acessórios, bolsas e calçados. Com a modernização,
cresceu a procura pelos serviços de produtores e consultores de moda,
personal stylist, especialistas em visual merchandising, gestores de varejo,
além de modelistas e profissionais especializados em desfiles. A última
edição da São Paulo Fashion Week mobilizou 2,5 mil profissionais, entre
modelos, camareiras, maquiadores e cabeleireiros.
O setor está se redescobrindo e ainda tem muito que crescer. Quem somar
qualidade, personalidade e atualidade à marca terá boas chances de
sucesso, seja em confecção ou no ramo de acessórios. O mercado da moda
mostra que capital para investir é menos importante do que criatividade e
boa gestão.
FIAÇÃO
• Fios Naturais,
• Fios Industrializados
MALHARIA TECELAGEM
PLANA
ACABAMENTO
- Tingimento - Engomagem
- Estamparia - Mercerização
- Calandragem - Outros
OUTRAS
INDÚSTRIA DE INDÚSTRIAS
COMÉRCIO CONFECÇÃO • Mobiliário
• Atac
adista • Vestuário • Automotiva
• Artigos • Acessórios
• Varej
Médicos
ista Confeccionados • Outros
Cidades
Centro da Cidade Menores
Região Pioneira
Mercado de Bairro
Região Especializada
Cidades
Shopping Center Maiores
• CENTRO DA CIDADE
• REGIÃO PIONEIRA
• BAIRROS
• SHOPPING CENTERS
• LOJAS POPULARES
A clientela que vai nessas lojas sabe exatamente o que quer comprar:
tipo de roupa, cor e tamanho, acaba fazendo bom negócio.
• GRANDES MAGAZINES
Com adultos não é muito diferente, pois as griffes são roupas com
nome e sobrenome. São sinais de identificação. Cada marca de roupa
jovem pode vender sensualidade, saúde e/ou modernidade. Uma
marca para mulheres pode vender ousadia, sofisticação, juventude, e
assim por diante.
• BRECHÓS
• SHOPPINGS
• MERCADOS INDEPENDENTES
• FREE SHOPS
• ESPAÇO MÚLTIPLO
1. CARACTERÍSTICAS DA REGIÃO
Perfil Econômico
A economia de Cuiabá baseia-se, em dois pilares: o setor do comércio e
prestação de serviços. As cidades de Cuiabá e Várzea Grande,
interligadas, são as maiores em número de habitantes do Estado, e
conforme o censo demográfico do ano 2.000 – IBGE aponta uma
população de 698.644, representando 28% da população estadual. A taxa
de crescimento populacional corresponde a 2,72%, no período de 1996-
2000.
Ao longo das décadas de 70 e 80 os imigrantes, principalmente, oriundos
do sul do País passa a formar uma parcela significativa na composição
desta população, representando hoje, 32% do total populacional. Com
SEBRAE MT – Cuiabá – Novembro 2003 122
Projeto “SAINDO A CAMPO” Estudo de Atividade Econômica
“Lojas de Roupas Femininas de Cuiabá”
isso, houve mudanças culturais nos hábitos de consumo,
conseqüentemente, os cuiabanos e os várzea-grandenses passam a imitar
os costumes e as relações de consumo dos grandes centros, exigindo do
mercado produtos de qualidade, especializados e modernos, bom
atendimento e serviços complementares.
Com o ingresso do investidor sulista no comércio varejista de confecção
das duas cidades, dá-se uma nova roupagem às lojas, em especial, às de
roupas femininas. O panorama começa a mudar em função da introdução
de novos conceitos de administração, estrutura-física e gestão.
Acomodados, os comerciantes tradicionais avessos a mudanças
organizacionais, não enxergaram motivos para modernização, e com isso
muitos empreendimentos estagnaram ou mudaram de atividade.
Entre 1995 e janeiro de 1999, o comércio de uma forma geral, em Cuiabá
e Várzea Grande, entra em declínio, ocasionando pedidos de concordatas,
decretos de falências, inadimplências e desempregos.
• Comparativo de empresas
NUMEROS DE EMPRESAS – 2001
COMERCIO EM GERAL
CONSTITUIDAS CANCELADAS
MATO GROSSO 5.844 720
• Comércio Atacadista 626 95
• Comércio Varejista 5.218 625
CUIABA 1.333 260
• Comércio Atacadista 207 27
• Comércio Varejista 1.126 233
FONTE: Anuário Estatístico de Mato Grosso 2002 – Base de dados: JUCEMAT.
O estudo das lojas de rua mostra que não existe um formato padrão
definido. Conforme análise das empresas, observa-se que a
estrutura física interna varia de 20 a 200 m², enquanto a área de
vendas é basicamente de 12 a 150 m².
Indicadores:
Índices:
O uso dos índices permite que se faça uma avaliação relativa de certos
aspectos das lojas, avaliando o desempenho passado, presente e
projetado.
Comentários:
٠ Display e Araras,
٠ Placas,
٠ Sinalização Interna,
٠ Uniformes.
» Provadores;
» Decoração da Loja;
» Climatização;
» Iluminação;
» Disposição dos Produtos
Dados do Estudo:
Apenas 12% dos empresários das lojas estudadas estão preocupados com
a violência em Cuiabá; começaram a investir em segurança patrimonial e
pessoal, aderindo a esquemas de câmaras de filmagem e/ou alarmes.
Os demais utilizam os tradicionais vigias noturnos.
b) Desvantagens
a) Alinhamento
b) Fachada
c) Vizinhança
As lojas vizinhas podem conferir ou tirar “status”, isto quer dizer que é
importante estar sempre ao lado de quem atende a mesma faixa de
público.
d) Tráfego
e) Estacionamento próprio
f) Segurança
Quanto ao estacionamento:
O teto não deve ter mais que três metros. Teto alto dá aspecto
desagradável e pode-se melhorar a situação com rebaixamento ou forro
falso, gesso, etc.
Para atrair clientes, nada melhor que expor as peças de forma atraente
e bonita. A vitrine é o cartão de visitas da loja, onde a expectativa é criar
um impacto para aumentar o desejo das pessoas a entrarem na loja.
● Vitrine
Por melhor e mais bonito que seja um determinado artigo não o exponha
se ele for único.
Por outro lado, quando se tratar de linha soft escolher sempre um artigo
de tamanho menor, pois dará mais beleza, sugestionará melhor o cliente
e facilitará a exposição.
Dados do estudo:
Composição societária
27% das lojas possuem dois sócios atuantes
27% possuem dois sócios, sendo um atuante
46% com um sócio atuante.
Publicação especializada
» Informações da equipe de vendas
» Performance das vendas
» Mídia de TV
» Pesquisa sistemática de mercado
2.1.6.1. CONCORRENTE
82% dos lojistas acreditam que os motivos que levam o cliente a procurar
o concorrente são:
2.1.6.2. CLIENTE
Para garantir que o cliente escolha sua loja, é preciso conhecê-lo bem e
saber o que ele quer. Dar ao cliente exatamente o produto que ele
deseja, com o atendimento mais adequado, é o melhor meio de
aumentar as vendas e crescer.
Cadastro de Clientes
Constata-se que 82% possuem cadastro e fazem uso da seguinte
forma:
ß 39% somente para telemarketing,
ß 17% apenas para registro de dados cadastrais,
ß 17% para informações do cliente e cobranças
ß 12% para informações e telemarketing,
ß 10% para controle financeiro e mala direta,
ß 5% para conhecer a preferência da cliente e telemarketing.
Reclamações de Clientes
ß 50% afirmam que nunca receberam reclamações,
ß 32% não informaram a freqüência,
ß 18% raramente, de 2 a 3 clientes ao ano.
Perfil do Cliente
82% dos empresários acreditam que conhecem a clientela por
impressão pessoal. Os demais assumem que desconhecem o cliente.
Comentários:
Conclui-se que os empresários administram suas lojas pela intuição,
sem se preocupar com as ferramentas de marketing e procuram
conhecer o perfil do cliente de modo informal.
2.1.6.3. FORNECEDORES
Dados do estudo;
• Nome/Logotipo
• Embalagem
• Higiene e Limpeza
Nesse sentido, o tipo de material civil, piso, parede, pintura, etc., utilizado
na loja tem que possuir qualidades que facilitem sua limpeza, evitando
desgastes, rasgos, rupturas e cortes que, com o tempo deterioram a própria
imagem da loja.
٠Cor do Ambiente
• Display e Araras
É recomendável que a altura dos displays e araras não seja maior que
a altura dos olhos do consumidor, possibilitando com isso uma
visualização integral da loja.
• Placas Externas
• Sinalização Interna
• Uniformes
O Uso de uniforme por todas as pessoas que trabalham numa loja está
longe de constituir um item obrigatório. No entanto, a uniformização de
» PROVADORES
» DECORAÇÃO DO AMBIENTE
Tudo o que está no interior da loja faz parte da decoração, por exemplo:
os balcões, lustres, armações, prateleiras, araras, paredes e pisos.
Deve ser evitado o excesso de cartazes, eles confundem o cliente e
» CLIMATIZAÇÃO
» ILUMINAÇÃO
Não se deve economizar com iluminação, mas por outro lado, qualquer
excesso deve ser evitado, pois pode tornar a loja desagradável e
incomodar o cliente.
Competência:
» Precificação;
» Aspectos Financeiros - Estabelecimento de Preços;
» Aspectos Mercadológicos;
» Exposição dos Produtos.
Valores:
» Higiene e Limpeza;
» Uso de Uniformes;
» Equipe de Trabalho;
» Recrutamento e Seleção do Pessoal;
» Instrução e Treinamento de Funcionários;
• Motivação,
• Motivos Básicos de Participação no Trabalho,
• Salário e Benefícios,
• Segurança na Função,
• Respeito pelo Funcionário,
• Desejo de Envolvimento,
• Comunicação com Funcionário,
• Saber Ouvir,
• Liderança,
» Legislação;
• Trabalhista,
• Tributária.
» Código de Defesa do Consumidor;
• Etiquetagem de Roupas.
2.2.1. COMPETÊNCIA
» PRECIFICAÇÃO
Nas lojas estudas, para formar o preço de venda dos produtos, 64% dos
lojistas consideram os preços praticados no mercado. Os demais levam em
conta apenas a margem de lucro estipulada. Embora, 91% desconheçam
completamente a estrutura de custos.
O preço deve ser formado levando-se em conta o público alvo que a loja
atinge e o quanto esse consumidor está disposto a pagar pela mercadoria.
Focalizando aspectos financeiros, mercadológicos e comportamentais.
Mark-up
82% dos empresários dobram o preço de custo da mercadoria.
Os demais aplicam de 1,7 a 1,95 no preço de custo.
» ASPECTOS MERCADOLÓGICOS
Nas lojas estudadas, verificamos que os empresários por mais que observem
outras lojas, e utilizem experiência anterior, ou adquirida em centros mais
avançados, necessitam de informações sobre técnica de exposição de
mercadorias e lay-out de araras e mobiliários.
2.2.2. VALORES
» HIGIENE E LIMPEZA
É importante destacar que, para o consumidor não basta a loja estar limpa.
Ela tem que parecer limpa!
Nesse sentido, o tipo de material civil, piso, parede, pintura, etc., utilizado na
loja tem que possuir qualidades que facilitem sua limpeza, evitando
» USO DE UNIFORMES
O Uso de uniforme por todas as pessoas que trabalham numa loja está longe
de constituir um item obrigatório. No entanto, a uniformização de todos,
inclusive do empresário proporciona diversas vantagens tanto para loja, como
para o consumidor:
- o custo do uniforme tende a ser inferior ao da maioria das roupas
tradicionais;
- percebe-se nitidamente quem trabalha na loja, facilitando sua
aproximação com o atendente; e
- gera-se um sentido de organização e profissionalismo.
» EQUIPE DE TRABALHO
Normas de Trabalho
Nenhum dos empresários adota normas de trabalho.
Seguem a Lei Trabalhista.
Toda empresa tem seus objetivos: bem servir os seus clientes, desenvolver-
se, apresentar boa rentabilidade. Em última análise, vender e obter lucro.
ß Salário e Benefícios
ß O Prestigio
Frase como:
- ... seu trabalho vai indo bem...
- Gostei da forma de atendimento ao cliente...
- Excelente venda você fez agora...
- Foi ótimo! Formidável! ...
São importantes para continuação e entusiasmo pelo o que vem fazendo. Por
outro lado a crítica destrutiva é traduzida por expressões como:
ß A Aceitação
ß Desejo de Desenvolvimento
ß Comunicação
O indivíduo que sabe tudo tem dificuldade em se comunicar, porque não ouve
os argumentos dos outros. Um chefe ou gerente com este procedimento
dificulta a comunicação com seus subordinados, desprezando a cooperação
valiosa que o grupo pode oferecer.
ß Saber Ouvir
É evidente que um chefe assim não se comunica com seu grupo, e ainda se
queixa da falta de informações.
Liderança
Vale notar que uma ordem em si nada representa, ela vale pelo efeito
causado. O chefe manda porque tem autoridade, porém nem sempre suas
ordens são obedecidas de maneira correta. As justificativas são várias: não
entendeu, não ouviu, pensou que... etc. Todas representam uma forma de
reação, não contra a determinação propriamente dita, mas contra a pessoa
investida de autoridade e que não esta preparada para exercê-la.
O bom líder não pensa em pontos fracos. Ele procura extrair o que cada
pessoa tem de bom, realçando seus valores positivos. Esta atitude faz com
que os aspectos negativos sejam atenuados.
» LEGISLAÇÃO
• Trabalhista
• Tributária
Etiquetagem de Roupas
A “Lei das Etiquetas” torna obrigatório o que antes era voluntário. A partir de
13 de dezembro de 2003, as instruções de cuidado para conservação das
roupas devem ser parte integrante da etiquetagem, fazendo com que a
indústria têxtil e de confecção passem a informar o cliente dos procedimentos
da manutenção dos tecidos.
Não se pode esquecer que esta camisa vai ser usada e lavada por várias
vezes. A manutenção desta roupa pode ficar a cargo de uma lavanderia, que
muitas vezes é responsabilizada por danos para os quais o processo de
lavagem não contribui, mas que paralelamente denuncia falhas nos
procedimentos anteriores. A qualidade dos aviamentos, a mistura de fibras e
os enfeites das roupas costumam ser problemas para as lavanderias, bem
como a falta de estabilidade dimensional e encolhimento.
Uma relação mais íntima entre os elos desta cadeia produtiva pode gerar
artigos de melhor qualidade e manutenção menos problemática. É importante
fazer belas roupas, mas é imprescindível que essa beleza possa ser mantida.
Símbolos Básicos
O código de cuidados para manutenção de artigos têxteis é constituído de cinco símbolos
básicos.
2.3. COMPETITIVIDADE
» Criatividade em Vendas;
» Sazonalidade de Vendas;
• Meios de Atrativos,
• Meios de Comunicação.
» Criatividade em Propaganda;
» Atendimento e Serviço ao Cliente;
» Forma de Atrair e Cativar a Clientela;
» Mix de Produtos;
» Hábitos Usuais da Consumidora de Moda;
» Calendário Promocional;
» Layout das Lojas de Roupas Femininas;
» Organização do Espaço;
» Criatividade em Administrar Estoques;
» Criatividade e Relacionamento com Cliente;
Diferencial para Atrair Clientes,
Exposição de Produtos,
Retaguarda.
» Iluminação;
» Musica Ambiente;
» Informatização.
Promoção Especial
65% das lojas trabalham com promoções;
35% não fazem.
Promoção de Desfiles
41% das lojas realizam - 59% não realizam.
Por outro lado, o empresário varejista deve estar preparado para atender de
forma adequada seus consumidores nos “períodos de pico”, onde há maior
concentração de consumidores.
Sazonalidade de Vendas
45% das lojistas afirmaram ser o mês de Agosto;
25% consideram os meses de Março e Abril;
15% acreditam ser o mês de fevereiro (carnaval);
15% não souberam informar.
Atrativos da Loja
Atendimento = 26%
Diversificação de mercadoria = 22%
Bons Preços = 17%
Condições de pagamentos = 9%
Promoções = 8%
Qualidade do produto = 4%
Visual da loja = 4%
Distância dos concorrentes = 4%
Exclusividade de produtos = 3%
Bom relacionamento cliente/loja = 3%
A comunicação com o cliente das lojas estudadas não conta com a formação e
a qualificação especializada do profissional de marketing, no entanto, encontra-
se diversificação na forma de comunicação.
Formas de Propaganda
32% não fazem nenhuma propaganda;
23% em out-door;
18% em mídia de TV;
14% em folhetos;
9% distribuição de cartão de visita;
4% em mala direta.
vendedor oferece a mercadoria que ele gosta, isso ajuda a ganhar a sua
confiança, que é fundamental para a venda ser um sucesso.
Liga-se também numa rede global: a Internet, ela tem acesso ao conhecimento
sobre assuntos sobre os mais diversos possíveis, transferindo e recebendo
voz, dados, imagens, informações sobre produtos, serviços e tecnologias, etc.
Fachada, vitrines e interior formam um conjunto para se ter uma unidade e criar
imagem favorável para a loja.
Circulação – Toda área que não for necessária para circulação nem para
serviços deve ser usada para exposição. Junto a área de circulação deve ser
colocados displays com mercadorias que se vendem por si só. É conveniente
que se observe uma disposição lógica em função das necessidades de uso e
consumo.
Naturalmente este processo exige que loja de roupas femininas, por menor que
seja seu porte, tenha empresários com visão moderna, com conhecimento dos
custos operacionais e das características do mercado em que atuam. Os
estoques guardam o segredo das lojas eficientes e lucrativas.
2.3.14. INFORMATIZAÇÃO
2.4. ESTRUTURAÇÃO
Toda a loja de roupas femininas deve estar voltada para o consumidor, pois a
imagem da loja é o resultado do trabalho de todos os seus funcionários.
PLANEJAR
CONTROLAR
ORGANIZAR ORGANIZAR
DIRIGIR
Numa loja pequena, uma pessoa pode cuidar das três funções, mas não deve
misturá-la e sim tratá-las, separadamente, todos os dias.
Para exercer a função de Comprador de Moda, o profissional tem que estar por
dentro da moda, ter noções de administração e faro para as novidades.
GERENTE: VENDEDORES:
55% possuem gerentes 45% possuem 1 vendedora
CAIXA: 27% possuem 2 vendedoras
32% têm o sócio como caixa 14% possuem 3 vendedoras
ESTOQUISTA: 9% possuem 4 vendedoras
5% das lojas possuem
5% possuem de 5 vendedoras.
COBRADOR:
5% têm um funcionário.
► Áreas em excesso
• custo alto e desnecessário com aluguel;
• custos adicionais pelo excesso do espaço (luz, manutenção, etc,);
• ociosidade do espaço;
• estoques acima das necessidades, o empresário tenta preencher o espaço
com mercadorias;
► Áreas menores
• dificuldades em aplicar técnicas de merchandising para aumentar impulso
nas vendas;
• impedimento em explorar as coleções por falta de espaço suficiente.
► Área ideal
• depende dos seguintes aspectos: qual o perfil da clientela, produtos a
serem ofertados e aproveitamento do layout.
2.5.1. ESTOQUES
Para que se possa vender em quantidades certa e nas datas precisas, o que o
consumidor deseja, o empresário consegue somente através de sortimento
atualizado e de estoque equilibrado.
Dados do estudo:
Controle de Estoque
18% das lojas utilizam técnicas gerenciais. As demais avaliam visualmente.
Recebimento de Mercadoria
64% dos empresários adotam o sistema de controle
somente para conferir pedido com nota de remessa.
Reposição de Mercadoria
23% das lojas visitadas fazem suas compras de 10 a 12 vezes ao ano;
41% compram em média 6 a 7 vezes ao ano;
36%compram em média 3 a 4 vezes ao ano;
• Contas a Receber
• Contas a Pagar
Este controle possibilita o lojista de conhecer e acompanhar de forma
ordenada, o valor total e parcial dos compromissos assumidos pela empresa,
com fornecedores, salários do pessoal, encargos sociais, impostos, taxas,
tarifas, e demais despesas.
• Fluxo de Caixa
• custos variáveis;
• custos fixos.
• Receita
O controle de vendas é ponto chave para se obter uma boa visualização dos
resultados operacionais atuais e futuros da empresa.
No estudo das lojas de roupas femininas de Cuiabá, constata-se que 68% dos
empresários controlam em cadernos ou fichas, as vendas diárias e mensais.
PADRÃO DE REFERENCIA
ITENS DE MERCADORIAS DE VENDAS
Total 100%
• Despesas
• Excelência = 5 dias;
• Padrão = 25 dias;
Indica o prazo médio que o empresário vem obtendo dos fornecedores para o
pagamento de suas compras.
O ideal é que esse prazo seja o mais dilatado possível, ou seja, superior ao
Prazo Médio de Recebimento dos Clientes e Prazo Médio de Permanência dos
Estoques.
O ideal é que esse índice seja o menor possível, pois significa menor tempo de
“capital parado na prateleira”.
Esse número indica quantas vezes a loja consegue girar seus estoques
durante o ano.
Muitos crêem que quanto maior for o giro de estoques da loja, mais eficiente é
a administração dos mesmos, isto é verdadeiro até certo ponto, pois um alto
giro dos estoques também pode indicar problemas.
Uma forma de aumentar o giro dos estoques é manter estoques abaixo das
necessidades. Contudo, tal estratégia pode resultar em falta nos estoques,
tendo como conseqüência prejuízos no desempenho futuro do negócio.
Nenhum dos empresários das lojas visitadas conhece o ciclo operacional do seu
negócio.
Comentários:
Verificamos no Estudo que a média das lojas estudadas, para obter recursos
para complementar à necessidade de capital de giro, é equivalente em 97
dias, que é o ciclo financeiro.
Nas lojas estudadas 73% dos empresários descontam cheques com bancos ou
terceiros, e a maioria utiliza-se de cheque especial.
Ilustração Gráfica
Ciclo Operacional
Compra Vende
Receb
e
O
117
PMPF = 20 dias PMPE = 84 dias PMRC = 33 dias
Legenda:
» PMPF= Prazo Médio de Pagamento do Fornecedor
» PMPE= Prazo Médio de Permanência em Estoques
» PMRC= Prazo Médio de Recebimento de Clientes
» CF = Ciclo Financeiro
TOTAL
Cliente
atendido/dia
Faturamento por
área total
Faturamento por
funcionário
Comentários
A maioria da vezes o empresário acredita que tem a loja sob controle, mas, na
realidade está só trocando dinheiro, preocupado com o que entra e não com o
que sai, e vice-versa.
Vimos que, muitas vezes eles não sabem se um produto dá lucro ou prejuízo,
pela falta de levantamento de dados, e ficam sempre reclamando que o
negócio não vai para frente.
2.6. PRODUTIVIDADE
» Fluxo de Clientes;
» Venda Média por Cliente;
» Vendas por Funcionário;
» Vendas por provador;
» Vendas por metro quadrado;
» Saldo de Estação;
» Dependência de Fornecedores;
» Dependência de Clientes;
» Perdas Operacionais.
● Padrão = 10%.
Este índice é calculado pelas compras por fornecedor, dividido pelo total das
compras efetuadas no período. demonstra o grau de concentração de
compras por fornecedor.
É calculado pelas vendas por cliente, dividido pelo total das vendas da loja no
período. O índice demonstra o grau de concentração de vendas por cliente.
Índices estudados:
» Lucratividade
» Margem de Contribuição Bruta
» Ponto de Equilíbrio
» Despesas sobre Vendas Brutas
» Prazo de retorno de Investimento
» Rentabilidade do Capital Investido
2.7.1. LUCRATIVIDADE
Lucratividade da Loja
14% dos lojistas afirmaram que conhecem com precisão.
23% declararam que conhecem o percentual aproximado.
63% desconhecem o percentual de lucratividade.
Inadimplência de Clientes
86% das lojas estudadas afirmam possuir clientes inadimplentes.
2.7.4.PONTO DE EQUILÍBRIO
Também significa para o empresário a meta final a ser alcançada pela loja,
com o processo de gestão e esforço de vendas.
2.7.9. COMENTÁRIOS
O valor das Vendas do mês, mesmo que não recebidos, é utilizado nas
seguintes questões:
1. CENÁRIO EMPRESARIAL
Em razão de toda essa carência, o empreendedor com uma boa idéia acaba
ignorando o tamanho da complexidade que envolve a administração de uma
empresa. Esquece por exemplo como é difícil vender, comprar, encontrar
novos mercados, avaliar a concorrência, gerir pessoas e, sobretudo, encontrar
equilíbrio financeiro. Este último é o principal causador do desaparecimento
prematuro de empresas novatas. Segundo um levantamento do SEBRAE/SP, 7
em cada 10 empresas abertas em 1995, não estavam mais funcionando em
2000.
Diversos consultores costumam lembrar que quem gasta mais dinheiro na fase
de preparação, na elaboração do plano de negócio do empreendimento,
gastará bem menos na sua adaptação devido a erros de concepção. Pode
acontecer do plano de negócio mostrar que o ramo pesquisado não é viável ou
até do futuro empresário perceber que não tem tino para a coisa. “Uma
empresa é a exteriorização do seu dono”, decreta o professor Fernando
Dolabela, da UFMG e um dos maiores pesquisadores do tema
empreendedorismo do país.
O empreendedor precisa ter clareza que o comprador atual tem cada vez
menos tempo para comprar e nada o irrita mais do que barreiras às suas
necessidades. Por isso, em lugar do tradicional e afugentador “não trocamos
aos sábados”, que muitas lojas ostentam na entrada, alguns consultores
recomendam que se coloque um cartaz bem grande, dizendo: “trocamos
sempre que você precisar”. “Quem surpreender positivamente a clientela será
sempre lembrado por ela”, garante Edmour Saiane, consultoria especializada
em comércio varejista.
A cliente também quer comida melhor e aparência jovem. Não é à toa que os
spas, com massagens de todos os tipos, banhos de óleo e tratamentos de
beleza, estão se multiplicando mundo afora e faturando alto. Com base nesse
fenômeno, a americana Faith Popcorn, autora do livro “Público-Alvo-Mulher” e
“Dicionário do Futuro”, prevê que o motor do consumo continuará sendo a
mulher.
O que faz o sucesso de uma loja de roupas femininas não é a sua capacidade
econômico-financeira, mas sim o grau de satisfação que está gerando em suas
consumidoras.
O atendimento nas lojas é feito por vendedoras que não conhecem a diferença
entre vendas e atendimento. Normalmente são pessoas despreparadas quanto
ao conhecimento do produto oferecido pela empresa.
O setor comenta que existe tributação excessiva, mas sem dúvida o maior
problema é o baixo poder aquisitivo do consumidor brasileiro. Informalidade,
sonegação, pirataria e contrabando também são problemas apontados pelos
empresários.
Como ação complementar é recomendável reforçar mais o conceito da moda
local e incentivar novos estilistas a desenvolver esse conceito.
As lojas sempre ofereceram prazos de pagamentos maiores para os clientes
como uma forma de incentivar as vendas. Essa política dá fôlego ao cliente,
porém é sempre oneroso para a loja, é como um empréstimo que o lojista está
fazendo.
A maior parte dos lojistas não possui nenhum tipo de Controle Gerencial; os
existentes, como: clientes, compras, vendas, estoques, contas a pagar, contas
a receber e bancos são ineficientes, e estão fora do padrão técnico; para se ter
idéia, o controle de clientes serve apenas como suporte de cobrança.
Temos que lembrar que as lojas voltadas para a constante criatividade serão
as capazes de crescer e expandir com base na “imaginação”, e não progredir
com inspiração no “passado”.
ß Má exposição de produtos;
ß Arranjo físico inadequado;
ß Comunicação visual ruim;
ß Pouca exploração de datas comemorativas e eventos locais;
ß Falta inovação de produtos / serviços;
ß Não fazem pesquisas junto aos clientes;
ß A maioria não faz nenhum tipo de promoção e publicidade;
ß Jeans = 12%;
ß Saias e Vestidos = 12%;
ß Trajes de Festas = 8%;
ß Acessórios diversos = 4%
Outras informações:
3.7.3. Merchandising
ß Comunicação visual;
ß Exposição das peças;
ß Iluminação do ambiente;
ß Arranjo físico.
3.7.4. Comportamental
ß Liderança;
ß Motivação;
ß Trabalho em equipe.
3.7.5. Marketing
ß Promoção de vendas;
ß Atendendo com qualidade;
ß Como conquistar e manter clientes.
ß Como divulgar sua loja;
4. AGRADECIMENTOS
5. FONTES DE PESQUISA
● Popcorn, Faith – Público Alvo: Mulher –Rio de Janeiro: Ed. Campos, 2000.
● Kalil, Glória – Chic Um Guia Básico de Moda e Estilo – São Paulo: Editora
Senac, 1997.