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Gutemberg B. de Macêdo
Mas, infelizmente, tenho de contrariar a maioria dos profissionais sobre essa questão.
Esse é um método tão antigo quanto o império babilônico, 900 a.C.
Relata a história judaica que no terceiro ano do reinado de Jeoiaquim, rei de Judá,
Nabucodonosor, rei de Babilônia, após sitiar Jerusalém, ordenou a Aspenaz, chefe de
seus eunucos, que trouxesse para sua corte na Babilônia alguns dos filhos de Israel, os
mais brilhantes.
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6- Que tivessem habilidades para assistirem no palácio do rei – habilidade política e
diplomática –, entre outras exigências.
5- Imaginação fértil e capacidade para visualizar as coisas que os outros não veem –
oportunidades, por exemplo.
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6- Inteligência cultural para viver e trabalhar em qualquer parte do mundo –
flexibilidade e agilidade para aprender rapidamente sobre outros povos.
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definitivamente não têm as condições essenciais para assumir
Texto de Ruy Leal, extraído do livro "Jovens que entram e dão certo no mercado de
trabalho", editora Saraiva.
Há pouco menos de um mês, comemorei com uma ex-aluna o contrato dela para
trabalhar numa grande empresa multinacional. A jovem havia sido indicada por mim,
por sua notada competência e por ter sido uma aluna exemplar.
No dia da festa, a jovem circulava pelo evento verificando se tudo corria bem, quando
reconheceu os dois presidentes que conversavam animadamente com alguns clientes.
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Simpática e amistosa, a jovem resolveu interromper a conversa para cumprimentar os
dois com beijinhos.
Os que viram a atitude da jovem não acreditaram, uma vez que todos conseguiram
antecipar a demissão como desfecho para a demonstração desnecessária de intimidade.
Fiquei triste pela demissão da minha aluna, mas espero que o episódio tenha servido
como lição para a vida. No ambiente de trabalho há ocasiões em que somos envolvidos
por eventos em que o risco da ilusão de intimidade é grande. Por isso, exigem do
profissional discernimento e seriedade.
Perceber que existe hierarquia e que é preciso respeitá-la é uma competência necessária
para quem pretende chegar longe profissionalmente.
No caso da minha querida ex-aluna, o correto teria sido cumprimentar com um sorriso
discreto os dois conhecidos e seguir em frente. Fato que só poderia ter sido alterado
caso um deles a tivesse chamado para saudá-la.
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O egoísmo humano se manifesta em todos os lugares – escolas, clubes sociais, igrejas,
instituições governamentais, ruas e avenidas, teatros, cinemas, empresas e, até mesmo,
nos lares.
Os efeitos deste individualismo doentio, que não conhece limites e cujo apetite é
insaciável são catastróficos para todos. Todos saem perdendo sob qualquer ângulo que
avaliemos a situação. Vale lembrar as palavras de G. Leopardi, poeta italiano, 1798-
1837, Zibaldone, II, 124, “O egoísmo sempre foi a peste da sociedade, e quanto maior,
tanto pior foi a condição dela.”
Assistimos o país ser saqueado todos os dias por políticos corruptos e parcela
significativa da sociedade não esboça qualquer tipo de reação – faz de conta que não é
atingida por ela. Vemos o triunfo da mediocridade, da ignorância e do jeitinho brasileiro
em todos os recantos do país, mas nos comportamos como se esses males não fossem
prejudiciais a todos nós e ao futuro do país.
Vemos, ainda, a falência do ensino que condena milhões de jovens à ignorância, priva-
os de um futuro melhor e os arrasta velozmente para a criminalidade, porém nos
conduzimos como se amanhã eles não nos cobrassem tal atitude de maneira violenta.
Caro leitor, acredito que podemos mudar essa realidade radicalmente. É bem verdade
que esse é um processo longo e demorado. Afinal, não se cultiva o espírito de cidadania
solidária da noite para o dia. Entretanto, acredito que vale a pena lutar por ambientes
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mais sadios. Toda grande jornada, afirma a civilização chinesa, começa com o primeiro
passo.
Portanto, que tal se eu e você dermos o primeiro passo em prol de uma sociedade mais
humana, solidária e justa? Nesse sentido, gostaria de recomendar ao meu leitor, as
seguintes ações:
2- Ajude o seu semelhante em seu ambiente de trabalho ou fora dele, sempre que o
encontrar em dificuldades. Isso significa dizer: transmita-lhe uma palavra de
encorajamento e de sabedoria. Fale sobre como você resolveu problemas semelhantes.
Ofereça-lhe apoio para encarar as dificuldades com otimismo, resiliência e
determinação. Essa ajuda deve atingir tão profundamente àqueles que receberam a sua
ajuda a ponto de causar-lhe espanto, como frisou W. Benjamin, filósofo alemão.
3- Dê feedback sempre. Não há nada que substitua uma conversa aberta e franca.
4- Seja você mesmo o exemplo de desprendimento em tudo o que realiza. A sua missão
como líder de pessoas é formar homens e mulheres que sejam melhores do que você. Se
você olhar para o seu passado – o caminho que empreendeu - e não encontrar um
colaborador que se tornou melhor do que você em alguma coisa, por meio de sua ajuda,
não importa a sua forma, você fracassou terrivelmente em sua missão.
Caro leitor, estamos nos aproximando do Natal, período de grande importância para
toda a cristandade. Portanto, vamos refletir sobre a importância da doação e do espírito
de filantropia, tomando, por exemplo, aquele que deu a sua própria vida por todos nós,
Cristo, o homem de Nazaré.
Lembre-se que muitas vezes, um simples gesto produz grandes efeitos. Como escreveu
M. de Cervantes, escritor espanhol, 1547-1616, Los trabajos de Persiles y Sigismunda,
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“Onde intervêm o favor e as doações, abatem-se os obstáculos e desfazem-se as
dificuldades.”