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O presente artigo teve como enfoque temático voltado aos estudos das diferentes linguagens
que precisam ser trabalhadas e estimuladas na infância. Onde sabemos que trabalhar com
crianças pequenas é pensar nas diferentes linguagens que serão distribuídas, No momento em
que emergem, as discussões sobre a educação na infância, a necessidade de nos "alfabetizarmos"
nas múltiplas linguagens das crianças, para podermos então pensar numa educação voltada para
elas, que respeite seu direito de viver sua infância plenamente; nessas discussões também se
inclui as culturas infantis que são vistas como "o desconhecido" ou até mesmo, pouco
conhecido, as quais são essenciais aos nossos saberes. Assim sendo, é necessário observarmos
como educadores, alguns pontos que são primordiais para que nos tornemos alfabetizados nas
múltiplas linguagens das crianças.
Assim conforme Haydt (2006) “A educação em geral, e o ensino em particular, devem
respeitar as diferenças individuais e os estágios do desenvolvimento infantil, em seus aspectos
físico, cognitivo, afetivo e social.”
O processo de construção do conhecimento é essencialmente ativo, envolvendo a assimilação
e acomodação e parte dos esquemas mentais, que são prolongamentos direto da ação onde o seu
processo de construção ocorre de maneira particular em cada indivíduo.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Trabalhar com crianças pequenas é pensar nas diferentes linguagens, assim o programa para a
primeira infância realizado em Reggio Emília (Itália) tornou-se reconhecido como uns dos
melhores sistemas educacionais no mundo. Esta abordagem inovadora incrementa o
desenvolvimento intelectual das crianças através da focalização sistemática na representação
simbólica, levando as crianças pequenas a um nível surpreendente de habilidades simbólicas e a
criatividade. O sistema não é privativo e elitista; pelo contrário, oferece atendimento integral à
criança e está aberto para todas elas, inclusive aquelas portadoras de alguma deficiência.
O professor Loris Malaguzzi, um jornalista na época, foi verificar esta história, empolgou-se
com a inicialização e abandonou o emprego para sistematizar o tipo de ensino que estava a
nascer. Onde a proposta central de Reggio consistia em desenvolver as cem linguagens da
criança. Nascendo assim o Método Malaguzziano envolvendo a Pedagogia da Escuta.
Temos por principal Objetivo na construção e formação de alunos e professores, “o que
ensinar”, “como ensinar”, “porque ensinar” e “quando avaliar”
As crianças pequenas são encorajadas a explorar seu ambiente e a expressar a si mesmas
através de todas as suas “linguagens” naturais ou modos de expressão, incluindo palavras,
movimento, desenhos, pinturas, montagens, escultura teatro de sombras, colagens,
dramatizações e música (EDWARDS; GANDINI; FORMAN, 1999).
” Se não morre aquele que escreve um livro ou planta uma arvore, com mais razão, não morre
o educador, que semeia vida e escreve na alma”. Jean Piaget.
Insira as três citações de livros conduzindo o texto de maneira fluída e com a integração das
ideias dos outros autores utilizados para compor o seu texto. Não se esqueça de citar e
referenciar o material utilizado de forma adequada.
Insira as duas citações de periódicos conduzindo o texto de maneira fluída e com a integração
das ideias dos outros autores utilizados para compor o seu texto. Não se esqueça de citar e
referenciar o material utilizado de forma adequada.
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3. MATERIAIS E MÉTODOS
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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Assim se observa como é importante garantir esse direito da criança, tanto em casa, como
na escola. É nesse momento que acontecem as descobertas que abrirão amplos horizontes na
vida dos pequenos. A antropóloga e educadora Adriana Friedman salienta que
as brincadeiras são o canal que as crianças têm para se expressar, compreender o mundo,
apreender os seus objetos, espaços e interagir. É a forma que as crianças têm de socializar umas
com as outras e ter diversidade de experiências, descobrir habilidades e potenciais.
Tipos de aprendizagem
Aprendizagem motora, espacial, sensorial, que diz respeito ao corpo no ambiente.
“Enquanto brinca, a criança vai conhecendo e desenvolvendo a sua capacidade
física (destreza, habilidades, precisão de movimentos, força, fôlego, etc.)”, afirma.
Aprendizagem social, pois, brincando, aprende-se a conviver, criar e respeitar
regras coletivas, negociar, aceitar e discutir divergências, assumir e desempenhar papéis
e, socializar-se.
O estímulo à imaginação, que vai enriquecer o que chamamos de ‘mundo interno’ da
criança, onde ela buscará recursos criativos para as situações novas da vida.
A construção do saber na infância com suas cem linguagens.
Embora o sistema educacional nos provocasse inúmeras curiosidades a seu respeito, não
poderia deixar de registrar, neste momento tão valioso, a primeira leitura que abriu as portas para
as demais: o rico poema de Malaguzzi (1999, p.1).” Ao contrário, as cem existem. A criança é
feita de cem. A criança tem cem mãos, cem pensamentos, cem modos de pensar, de jogar e de
falar. Cem sempre. Cem modos de escutar as maravilhas de amar. Cem alegrias para cantar e
compreender. Cem mundos para descobrir. Cem mundos para inventar. Cem mundos para
sonhar. A criança tem cem linguagens, mas roubaram-lhe noventa e nove. A escola e a cultura
lhe separam a cabeça do corpo. Dizem-lhe: de pensar sem as mãos, de fazer sem a cabeça, de
escutar e de não falar, de compreender sem alegrias, de amar e maravilhar-se só na Páscoa e no
Natal. Dizem-lhe: de descobrir o mundo que já existe e de cem roubaram-lhe noventa e nove.
Dizem-lhe: que o jogo e o trabalho, a realidade e a fantasia, a ciência e a imaginação, o céu e a
terra, a razão e o sonho são coisas que não estão juntas. Dizem-lhe: que as cem não existem. A
criança diz: ao contrário, as cem existem. (Lóris Malaguzzi).
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Utilizando a Pedagogia da Escuta é preciso que o educador esteja atento e tenha sensibilidade
para ouvir as cem linguagens, os símbolos e códigos que as crianças usam para se expressar,
promovendo o diálogo, a comunicação e a aprendizagem significativa. Gostaria de citar um
provérbio chinês para finalizar: "Dois homens olham por uma janela. Um vê as grades, o outro
as estrelas”. Assim são os seres humanos em suas diversidades. Cada um tem opção de ver o que
quer. Cabe a nós termos postura de educadores de forma que a decisão seja de cada um para
chegar ao primordial: o desenvolvimento saudável de nossas crianças.
Assim sendo, é necessário observarmos como educadores, alguns pontos que são primordiais
para que nos tornemos alfabetizados nas múltiplas linguagens das crianças, são elas, A
sensibilidade de ouvir e entender as crianças; Momentos de interação, em que possamos viver e
reviver a criança existente dentro de nós; Pedagogicamente, sempre avançar para uma educação
voltada à infância do que em querer alfabetizar adultocentricamente; Transformar o nosso
mundo em universo infantil para assim, compreendermos as nossas crianças; Entender as cem
linguagens das crianças, não podando suas capacidades de ver um mundo mais harmonioso e
sem tantas dificuldades; Despertar nas crianças a compreensão de suas culturas para que
vivenciem a sua infância.
5. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
OLIVEIRA, Zilma Moraes Ramos de (Org.). Educação infantil: muitos olhares. São Paulo: Cortez, 1995.
OSTETTO, Luciana E. Planejamento na educação infantil: mais que atividade, a criança em foco. In _____.
OSTETTO, L. E. (Org.) Encontros e encantos na educação infantil. Campinas: Papirus, 2000.
PREFEITURA MUNICIPAL DE BLUMENAU. Caderno da educação infantil – Retratos do cotidiano:
planejamento, registro, avaliação. Blumenau: SMEB, 2002.
REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL:
Brasília: MEC/SEF, 1998.
VYGOTSKY, l. S. O papel do brinquedo no desenvolvimento. In: _____, Vygotsky, L. S. Formação Social da
Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.
WAJSKOP, Gisela. Brincar na pré-escola. São Paulo: Cortez, 2005.
ZORZI, Jaime Luiz. Aquisição da Linguagem Infantil: desenvolvimento, alterações, terapia. São Paulo:
Pancast, 1993.