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OBJETIVO - IUESO
GOIÂNIA-GO
2009
1
Antônio Marcelino, Bruno R. Pucci, Darly B.R. Neto, Diogo J. dos Santos
GOIÂNIA-GO
2009
2
Antônio Marcelino, Bruno R. Pucci, Darly B.R. Neto, Diogo J. dos Santos
GOIÂNIA-GO
2009
3
Antônio Marcelino, Bruno R. Pucci, Darly B.R. Neto, Diogo J. dos Santos
Nota ____________
________________________________________________
Prof. (titulação) ......................................(orientador)
Exemplo:
_________________________________________________
Examinador
_________________________________________________
Prof. (titulação) ......................................(membro da banca)
Examinador
4
Albert Einstein
5
SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO GERAL 8
1.1 – Problematização 8
1.2 – Objetivos 9
1.2.1 – Objetivos Especificos 9
1.3 - Justificativa 9
2 - INTRODUÇÃO A FILOSOFIA DE PROTEÇÃO 10
3 - ELEMENTOS COMPONENTES DO SISTEMA DE PROTEÇÃO 13
3.1 – Transformadores para Instrumentos 13
3.1.1 – Transformador de Corrente 13
3.1.1.1 – Saturação de TC 14
3.1.1.2 - Procedimento para seleção de transformadores de corrente 14
3.1.1.3 - Cálculo do Burden do Transformador de Corrente 15
3.1.1.4 - Estatística da assimetria 15
3.1.2 - Transformador de potencial 16
3.1.3 – Exemplo de Aplicação de TC e TP 18
3.2 – Relés de Proteção 20
3.2.1 - Relés Eletromecânicos 20
3.2.1.1 - Relés de Atração Eletromagnética 21
3.2.1.2 - Relés de Indução Eletromagnética 21
3.2.1.3 - Relé Primário 22
3.2.1.4 - Relé Secundário 22
3.2.1.5 - Relé de Atuação Direta 23
3.2.1.6 - Relé de Atuação Indireta 23
3.2.2 - Relés Eletrônicos ou Estáticos 23
3.2.3 - Relés Digitais 24
3.2.4 - Relés Numéricos 24
3.3 – Equipamentos de Manobra 25
3.3.1 - Disjuntores de Alta Tensão 25
3.3.1.1 - Unidade de comando 25
3.3.1.2 - Sistema de Acionamento 25
3.3.1.3 - Unidade interruptora 26
3.3.1.4 - Sinalização e Estado Disjuntor 26
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1 - INTRODUÇÃO GERAL
1.1 - Problematização
Atualmente, o consumidor de energia elétrica está cada vez mais exigente com a qualidade
do produto adquirido por ele, ou seja, a energia elétrica. Dessa forma, as técnicas de Filosofia de
Proteção aplicadas em Sistemas de Potência desempenham papel fundamental para atender os
requisitos destes consumidores, a fim de prover energia elétrica sem variações de tensão ou
freqüência, quer seja por oscilações, quer seja por interrupções.
9
1.2 -Objetivos
1.3- Justificativa
Sistemas de proteção são sistemas aos quais estão associados todos os dispositivos
necessários para detectar, localizar e comandar a eliminação de um curto-circuito ou uma condição
anormal de operação de um sistema elétrico, diminuindo os danos aos equipamentos defeituosos, com
conseqüente redução do tempo de indisponibilidade e menor custo de reparo.
A eficácia de um esquema de proteção é tanto maior quanto melhor forem atendidos os
seguintes princípios:
Sensibilidade - capacidade do sistema de proteção atuar nas condições anormais do para o
qual foi projetado;
Seletividade – a proteção deve ter a capacidade de restringir a área de interrupção ao
mínimo necessário para isolar completamente o elemento defeituoso, ou seja, um curto-circuito em um
ponto do sistema não deve afetar outras partes;
Coordenação – os relés estão coordenados se seus ajustes são tais que, ao segundo
dispositivo, é permitido eliminar a falta caso o primeiro falhe na atuação.
Segurança – a pronta atuação dos esquemas de proteção diminui os efeitos destrutivos dos
curtos-circuitos, aumentando a segurança pessoal;
Confiabilidade – o esquema de proteção deve ter operação correta e precisa somente nas
condições para as quais foi projetado, não devendo atuar para qualquer outras condições.
Velocidade – é a capacidade do sistema desligar o trecho ou equipamento defeituoso no
menor tempo possível.
Segundo Caminha (1977), a principal função de um sistema de proteção é a de causar rápida
retirada de operação de qualquer elemento de um sistema, quando ele sofre um curto-circuito, ou
quando operar sob condições anormais que possa causar dano ou interferir na operação do sistema.
Além disso, outra atribuição do sistema de proteção é indicar a localização e o tipo da falta,
possibilitando a análise das características de mitigação da proteção adotada.
O dispositivo elétrico que sente a anormalidade no sistema e comanda a retirada do elemento
defeituoso é o relé. De acordo com Kindermann (2005), os relés são os elementos mais importantes do
sistema de proteção, uma vez que estes equipamentos são capazes de identificar os defeitos, alertar a
quem opera o sistema, e promover a abertura de disjuntores de modo a isolar a falha. Dessa forma,
pode-se dizer que os princípios que regem a Filosofia de Proteção estão relacionados com a teoria dos
relés.
11
Os relés de proteção contra falta, permitem distinguir logicamente a diferença entre correntes
de curtos-circuitos e de carga normal e, em alguns casos, distinguir diferentes locais de falta.
Os três indicadores que dão as informações necessárias que permitem distinguir entre as
correntes de carga e de curto-circuito são: a) tensão, b) corrente e c) ângulo entre a corrente e a
tensão.
As correntes de curto-circuito são geralmente maiores que as correntes de carga; as tensões
do sistema durante o curto-circuito são menores que as normais, e o ângulo de atraso da corrente em
relação à tensão é em geral maior para correntes de curto-circuito do que para corrente normal. Por
essa razão, os relés de proteção contra falta usam a tensão e a corrente como grandezas
características de entrada. Uma vez que as correntes de falta estão sempre atrasadas, o ângulo entre a
tensão e a corrente, além de indicar o tipo de corrente, mostra a direção da corrente de falta. A razão
entre a tensão e a corrente determina a distância entre o local do relé e a falta. Quanto à localização do
relé, faltas próximas provocam correntes grandes, baixas tensões, enquanto defeitos mais distantes
provocam correntes menores e tensões não tão baixas.
Ocorrendo uma anomalia no sistema, de modo que o parâmetro sensível do relé ultrapasse o
seu ajuste, o mesmo atua.
De modo geral, a atuação de um sistema de proteção se dá em três níveis, que são
conhecidos como: proteção principal (ou primária), de retaguarda e auxiliar. A proteção principal é
aquela que deverá atuar primeiro, enquanto que a proteção de retaguarda se encarregará da proteção
no caso de a proteção primária falhar na eliminação da falta. “Nestas condições, é desejável que o
releamento de retaguarda seja arranjado independentemente das possíveis razões de falha do
releamento primário”. Geralmente, a fim de atender este requisito, é comum que a proteção de
retaguarda fique localizada em uma subestação diferente de onde está instalada a proteção principal.
Duas regras básicas devem ser observadas pelos equipamentos de proteção, a saber: se não
há defeito, a proteção não deve atuar, uma vez que desligamentos desnecessários podem ser piores
que a falha de atuação e caso haja defeito na zona de controle do relé, as ordens devem ser precisas
[9].
Dessa forma, ao melhorar a continuidade do serviço, um sistema de proteção melhora,
conseqüentemente, os indicadores de continuidade estabelecidos pela Aneel - Agência Nacional de
Energia Elétrica, junto às concessionárias de energia elétrica. Estes índices são conhecidos como: DIC
– Duração de Interrupção por Unidade Consumidora, FIC – Freqüência de interrupção por Unidade
Consumidora, DEC – Duração Equivalente de Interrupção por Unidade, FEC – Freqüência Equivalente
de Interrupção por unidade Consumidora e DMIC – Duração Máxima de Interrupção por Unidade
Consumidora).
12
Na limitação dos defeitos, algumas providências que pode ser tomadas são: limitação da
corrente de curto-circuito através do uso de reatores, projetar os equipamentos a fim de que os
mesmos suportem os efeito mecânicos e térmicos das corrente de falta, geradores de reserva,
observação humana, utilização de oscilógrafos, e existência de releamento [9].
De acordo com Caminha (1977), as medidas mais comuns na prevenção contra as falhas
são: isolamento adequado, uso de cabos pára-raios, baixa resistência de pé-de-torre e instruções de
operação e manutenção bem elaboradas.
13
3.1.1.1 - Saturação de TC
Reconhecendo que a tensão nominal é 20 vezes a tensão na carga padrão para uma
corrente nominal. Em seguida, se expressarmos a corrente de falta IF em pu da corrente nominal, e a
carga ZB em pu da carga padrão, torna-se um critério simples para evitar a saturação [7].
Zb ≤ 20 ÷ ( X ÷ R ) × If (3.1.1)
Onde:
If – é a corrente máxima de falta em pu da corrente nominal do TC.
Zb– é a carga do TC em pu da carga padrão.
X/R – é a relação X/R do circuito primário sob defeito.
O procedimento para seleção do TC, usando a equação 3.1.1 em qualquer aplicação de relé
de proteção de linhas deve:
1. Determinar a máxima corrente de falta If em amperes primários;
2. Determinar a relação X/R do circuito primário correspondente;
3. Selecionar a tensão nominal do transformador de corrente. Em seguida, determinar a
carga total em pu da carga padrão;
15
4. Usando a equação 3.1.1, calcular If, que é a corrente de falta em pu do valor nominal TC;
5. Dividir a máxima corrente primária de falta If pela corrente em pu para determinar a
corrente nominal do TC. Selecionar o valor nominal padrão mais próximo e maior do que o valor
calculado.
O fato da equação 3.1.1 poder ou não ser atendida depende da relação X/R e da magnitude
da máxima corrente de falta, utilizando-se esta relação, calcula-se a máxima corrente de falta para uma
determinada relação do TC.
Quando da seleção dos TCs, empenha-se em minimizar a carga total instalada no secundário
deste equipamento. Esta carga consiste na resistência interna do próprio enrolamento do TC, da
resistência dos cabos de conexão entre o TC e o relé e da carga dos relés conectados.
Os TCs com relações mais altas, da ordem de 3000:5 contribuem com uma resistência de
0,0025 ohm-por-espira. Em relações mais baixas, da ordem de 300:5 contribui com 0,005 ohm-por-
espira, conseqüentemente, aplicando um TC de 600 espiras de alta relação, a contribuição é de uma
resistência interna de 1,5 ohm.
O logaritmo da resistência por 1000 pés de cabo é proporcional à bitola AWG do cabo. A
referência para um cabo de cobre é de 0,9989 ohms/1000 pés com bitola #10AWG, ou seja, diminuindo
a bitola em três números, reduz a resistência pela metade, e aumentando a bitola em três números,
dobra-se, a fórmula conveniente para a resistência versus a bitola do cabo AWG é:
Quando a corrente for menor do que 20 vezes o valor nominal do TC e a carga for menor do
que a carga nominal padrão, não ocorrerá saturação para correntes de falta simétricas. Além disso, é
mais provável a ocorrência de uma falha na isolação ou de flashover para a tensão de pico, onde a
16
corrente reativa localiza-se no zero natural. Conseqüentemente, faltas fase-terra tem maior
probabilidade de serem faltas simétricas [7].
Carga nominal do TP é definida como sendo a máxima potencia aparente em VA que se pode
conectar no seu secundário, o mesmo, não ultrapasse o erro de relação de sua classe de exatidão. A
soma das potências aparentes em VA solicitadas pelos diversos instrumentos ligados em paralelo ao
secundário do TP, não deve ultrapassar a carga nominal de placa do TP, sob pena de exceder o erro
admissível de sua classe de exatidão. As classes de exatidão para os TPs são: 0,1; 0,3; 0,6; 1,2; e 3%
[1].
17
Tipos de TPs:
O exemplo a seguir, trata-se da definição dos ajustes dos TCs e TPs utilizados no vão
Carajás II, 230kv da SE Carajás. (Ver como citar este relatório).
Pela figura 3.1.9, verifica-se que a máxima corrente de falta If Prim = 5337 A
O ângulo da linha fornecido pelo Setor de Linhas de Transmissão e de 76.883º
A relação X/R do circuito corresponde a tan(76.883º) e equivale a 4,291
A especificação do TC utilizado na relação 500 - 1000/5 A/A – 10B800
Pré-seleção da relação de TC:
TC Prim = 1000 A
In TC = 5A
(3.1.3)
(3.1.4)
Portanto a carga total (burden) instalada no secundário do TC, será dada pela soma das
cargas dos equipamentos e materiais utilizados.
E:
Relés de proteção são dispositivos que vigiam o Sistema Elétrico de Potência (SEP),
comparando os parâmetros reais com o seu pré-ajuste, e ao detectar anormalidades atua diretamente
sobre um equipamento ou um sistema, retirando de operação os equipamentos e/ou componentes
envolvidos com a anormalidade, além de acionar circuitos de alarme quando necessário.
Por outro lado, também pode ser o elemento que, satisfeitas certas condições de
normalidade, irá dar a permissão para a energização de um equipamento ou de um sistema.
Em resumo sua finalidade é:
• Medir as grandezas atuantes;
• Comparar os valores medidos com os valores pré-ajustados;
• Operar (ou não) em função do resultado dessa comparação;
• Acionar a operação de disjuntores ou de relés auxiliares;
• Sinalizar sua atuação via indicador de operação visual e/ou sonoro.
O relé consiste basicamente de um elemento de operação (bobina) e um jogo de contatos. O
elemento de operação recebe a informação de corrente e/ou tensão através dos transformadores de
instrumentos, TPs e TCs, compara a grandeza medida com um ajuste pré-estabelecido e transforma o
resultado num movimento dos contatos se necessário [4].
De uma maneira geral, a classificação dos relés, é feita da seguinte forma:
Aspectos construtivos - relés eletromecânicos, eletrônicos ou estáticos, digitais e numéricos.
Atuação no circuito a proteger - atuação direta e indireta.
Instalação - relé primário e secundário.
Corrente de ajuste - tracionamento na mola; variação de entreferro; mudança de tap na
bobina magnetizante; variação de elementos no circuito; controle por software.
Tempo de Atuação - relé instantâneo e temporizado, podendo este ser de tempo definido ou
inverso, moderadamente inverso, muito inverso e extremamente inverso.
São relés mais simples, seu princípio de funcionamento é idêntico ao do eletroímã. Neste
caso, sempre um êmbolo ou uma alavanca será movimentada. Estes relés se dividem em duas
categorias: relés de êmbolo e de alavanca, conforme ilustra as figuras abaixo [1].
São relés que usam o princípio de um motor de indução, onde um torque gira um rotor que
produz o fechamento de contatos NA de relés que ativam o circuito ou mecanismo que provoca a
abertura do disjuntor. Operam somente em correntes alternadas. Alguns tipos de relés que utilizam a
interação eletromagnética de dois ou mais fluxos magnéticos para a produção de torque girante são:
relé de disco de indução por bobina de sombra; relé tipo medidor de kWh; relé tipo cilindro de indução,
relé tipo duplo laço de indução.
Figura 3.2.3 – a) Relé de indução kWh com 2 grandezas de atuação. b) Relé tipo Cilindro de Indução. c)
Relé de Duplo Laço de Indução
São todos os relés que tem sua bobina magnetizante esta diretamente conectada na rede
elétrica. Deste modo, a corrente de carga ou de curto-circuito passa diretamente pela bobina
magnetizante do relé. É um relé mais simples, robusto e barato, usado principalmente em circuito
terminais de cargas industriais de porte médio [1].
São relés cujas bobinas magnetizante são energizadas via secundário de TCs ou TPs. Este
esquema possibilita a padronização dos relés porque podem ser utilizados em sistemas elétricos
diferentes, onde a adequação da corrente é feita pela relação de transformação do TC.
Relés estáticos são relés construídos com dispositivos eletrônicos, próprios e específicos aos
objetivos da proteção. Nestes relés, não há nenhum dispositivo mecânico em movimento, todos os
comandos e operações são feito eletronicamente. Neste relé é feito um circuito eletrônico (hardware)
próprio ao objetivo a que se destina. Qualquer regulagem é efetuada pela mudança física no parâmetro
de algum componente, tal como: variação no reostato; variação na capacitância; mudança do laço no
circuito e etc. A maioria dos relés estáticos, no final sempre acaba operando mecanicamente um relé
auxiliar que ao fechar o seu contato provoca a abertura ou ativa à abertura do disjuntor. Muitos são
chamados de relé semi-estáticos porque há alguns componentes mecânicos associados. O termo
estático foi originado em confronto aos relés eletromecânicos, já que o relé estático é caracterizado a
princípio pela ausência de movimento mecânicos [1].
• Unidade conversora – é a unidade de entrada do relé. Sua função é adaptar as grandezas
(tensões e /ou correntes) a níveis compatíveis com a eletrônica do relé. Geralmente existem
transformadores nos circuitos de entrada, possibilitando o isolamento entre o secundário dos
transformadores de instrumentos com os circuitos eletrônicos de relé.
24
São relés eletrônicos gerenciados por microprocessadores. São específicos a este fim, onde
sinais de entrada das grandezas e parâmetros digitados são controlados por um software que processa
a lógica da proteção através de um algoritmo.
O relé digital pode simular um relé ou todos os relés existentes num só equipamento,
produzindo ainda outras funções, tais como, medições de suas grandezas de entradas e/ou associadas
e realizando outras facilidades sendo por isto designado de relé de multifunção [1].
A tecnologia digital tem se tornado a base da maioria dos sistemas de proteção de uma
subestação, atuando nas funções de proteção, medição, controle e comunicação. Desta forma, além
das funções de proteção, o relé digital pode ser programado para desempenhar outras tarefas, como,
por exemplo, medir correntes e tensões dos circuitos.
Outra importante função deste tipo de relé é o autodiagnóstico ou autoteste. Esta função faz
com que o relé realize uma supervisão contínua de seu hardware e software, detectando
anormalidades que venham a surgir e que possam ser reparadas antes que o relé opere
incorretamente ou deixe de fazê-lo na ocasião certa [4].
Podemos citar algumas vantagens dos relés digitais:
• Oscilografia e análise de seqüência de eventos;
• Localização de defeitos;
• Detecção de defeitos incipientes em transformadores;
• Monitoração de disjuntores
3.2.4 - Relés Numéricos
São relés digitais com um refinamento tecnológico que utiliza um especializado Processador
Digital de Sinal (PDS) incorporado ao microprocessador otimizado tecnologicamente de acordo com o
algoritmo de proteção utilizado [1].
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Os acionamentos podem ser mono ou tripolares, ou seja, cada pólo do disjuntor pode receber
comando de abertura ou fechamento independentemente dos outros pólos e essa é uma chamada
originada pela necessidade, em alguns SEP´s de religamento monopolar [8].
Já para o caso tripolar, apenas um comando é gerado e transmitido a todos os pólos
simultaneamente, uma vez que existe apenas um sistema de acionamento para todos eles. Os
principais tipos de acionamento são: acionamento por solenóide, acionamento por mola, acionamento a
ar comprimido e acionamento hidráulico [8].
As chaves podem desempenhar diversas funções no SEP, sendo a mais comum delas a de
seccionamento, e a chave de terra. Pode-se dividir as chaves utilizadas em alta tensão como:
Seccionadoras, que servem para contornar, ou no inglês, bypass, equipamentos, seja por
necessidade de manutenção ou por uma questão operativa, isolar equipamentos para execução de
manutenção e manobrar circuitos modificando assim a topologia do SEP.
Chave de terra, que serve para aterrar componentes do SEP que irão sofrer uma intervenção
de manutenção, servindo ainda para aterrar a linha de transmissão (LT), barramentos e bancos de
capacitores em derivação.
Chave de operação em carga, utilizada para abrir ou fechar determinados circuitos em carga,
manobrar reatores ou banco de capacitores.
Chave de aterramento rápido, utilizada para aterrar componentes energizados do SEP
normalmente com o intuito de causar uma falta intencional na rede de forma a sensibilizar esquemas
de proteção.
Existem vários tipos de chaves aplicadas em subestações de alta à extra-alta tensão, sendo a
escolha de cada uma determinada por uma série de fatores, como por exemplo, nível de tensão,
esquema de manobra da subestação, função desempenhada, distâncias elétricas de isolamento, etc. A
figura 3.3.2 exibe um resumo dos tipos mais comuns de chaves encontradas no SEP [8].
acionamento [8]
As chaves seccionadoras somente podem operar quando houver uma variação de tensão
insignificante entre seus terminais, ou nos casos de restabelecimento ou interrupção de correntes
insignificantes. Assim, evita-se o risco de dano aos seus contatos principais, pois estes devem ser
preservados em boas condições, afim de que não se produzem pontos quentes quando a chave
seccionadora estiver fechada conduzindo corrente [8].
29
Em geral os transformadores têm baixos índices de falhas, porém, quando estas ocorrem,
inevitavelmente levam a desligamento, forçados ou não, implicando em substituições, paralisações,
manobras, riscos e manutenções corretivas demoradas [1].
Dependendo da potência do transformador a ser protegido, várias técnicas podem ser
aplicadas (fusíveis, relés de sobrecorrente instantâneos, relés diferenciais, etc.). Para a aplicação da
proteção diferencial percentual com restrição harmônica, normalmente, tem-se associados
equipamentos superiores a 10MVA, onde algumas considerações devem ser feitas. A análise da
importância do equipamento protegido dentro do SEP, se o transformador faz parte de um grande e/ou
complexo sistema, provavelmente relés mais sofisticados em termos de projeto e filosofias de proteção
são desejáveis [3]
Além da proteção por relés, as proteções específicas, ou intrínsecas do transformador são
também utilizadas como:
31
(4.2.1)
É uma proteção em que se utiliza um relé de sobrecorrente 50 ou 51, fazendo a função 87. A
figura 4.2.2 mostra o esquema genérico desta proteção, em que os TCs têm relação 1:1.
Esta proteção pode ser empregada em sistemas elétricos radiais e em anéis, sendo que sua
zona seletiva de atuação é entre os dois TCs, portanto não devendo operar para defeitos fora de sua
zona.
A figura 4.2.3 apresenta o caso de um curto-circuito fora da zona protegida pelos dois TCs, as
corrente que suprem o curto-circuito vêm dos dois lados, mas como o defeito ocorre fora da zona
protegida pela proteção diferencial, os dois TCs vêm a mesma corrente I1, e o relé não opera.
(4.2.2)
(4.2.3)
(4.2.5)
Portanto, desprezando-se a restrição da mola restauradora, o torque resultante que age no
balancim do relé diferencial percentual é dado pela expressão:
(4.2.6)
Fazendo-se a = tem-se:
(4.2.7)
Desenvolvendo:
(4.2.9)
Desenvolvendo:
(4.2.11)
Usando-se no relé diferencial percentual, o percentual “p” de 10% e 25%, o gráfico da zona
de atuação do relé é apresentado na figura 4.2.7.
Nota-se que a reta superior da gravata é dada pela expressão 4.2.9 e a reta inferior pela
expressão 4.2.11.
37
Assim, para qualquer operação que produza um ponto dentro da região hachurada o relé 87
não atua.
Qualquer ponto de operação fora da gravata representa uma corrente diferencial além do
ajustado no relé 87 e a proteção atua.
Portanto:
Como o próprio nome indica, são todos os relés que incorporam um sensor de corrente, que
atuam para uma corrente maior que a do seu ajuste, promovendo a abertura do disjuntor e eliminando
o defeito. É a proteção mínima que deve ser garantida em qualquer sistema elétrico.
São amplamente utilizados na proteção de equipamentos, assumindo funções como
direcionalidade e partida de outras unidades de proteção além de funções secundárias de proteção
como na proteção de transformadores.
Pick-up é o termo genérico designado para a menor corrente que é possível para fazer o relé
operar, ou seja, a menor de todas as corrente que deixam o relé no limiar de operação, já Drop-out, é o
termo genérico que se refere a desoperação do relé, ou seja, é a maior corrente que produz a
desativação do relé.
Estes dois termos produzem a segurança e garantia de se:
I < Ipick-up, o relé em hipótese alguma não irá operar, e;
I > Idrop-out, o relé em hipótese alguma não irá desoperar.
No SEP, em caso de defeito, para ter-se uma segura e adequada operação do relé, é
necessário ajustar a corrente de modo a atender a inequação abaixo:
(4.3.1)
o último elemento da inequação 4.3.1 é para garantir, no pior caso, que a menor corrente de curto-
circuito, seja 1,5 ou 1,1 vezes o limiar de operação do relé. [kindermann]
(4.3.2)
Onde:
Tcurva - múltiplo de tempo
Tatuação do relé - tempo de atuação do relés em segundos
M - múltiplo do relé, dado por:
(4.3.3)
Já as curvas de tempo x múltiplo definido pela IAC, são dadas pela equação abaixo:
(4.3.4)
CURVA IAC A B C D E
Pouca Inversa 0,428 0,609 6,2 -0,01 0,221
Inversa 2,078 8,63 8 -4,18 1,947
Muito Inversa 0,9 7,955 1 -12,885 79,586
Extremamente Inversa 0,04 6,379 6,2 17,872 2,461
Tabela 4.3.2 – Coeficientes da expressão 4.3.3
Dados Gerais
O Transformador IV da SE Carajás, a que se aplica essa proteção secundária de
sobrecorrente, possui os seguintes dados de base para a temperatura de 75º C:
VPrim = 138kV
Snominal = 33,3MVA
Inominal = 139,3A
Z% = 13,05%
(4.3.5)
(4.3.6)
Mudando a base para 100MVA, Zpu%, passa a ser:
(4.3.7)
42
Segundo dados do DT-SEO – CELG-D, será liberado 140A de corrente no lado AT desta
unidade transformadora, portanto temos que a Corrente de Partida (TAPAT) e dada por:
(4.3.7)
CARAJAS 13B
-30.0
(4.3.8)
(4.3.9)
CARAJAS 13B
-30.0
Considerando agora o curto-circuito na barra AT, conforme indica a figura 5.4, temos:
I liberada _ BT = 1400 A
44
Com base no curto-circuito trifásico na barra da baixa tensão do Trafo IV com as linhas de
138kV de Carajás radialmente e considerando os dados da unidade de sobrecorrente de fase do lado AT,
para cálculo do dial de fase, será definido um tempo de operação no vão da baixa tensão do Trafo IV de:
tT 4 _ BT = 0.5s
A figura abaixo ilustra as curvas de coordenação entre os vãos da AT e BT do Trafo IV, para
um curto-circuito no lado BT do Trafo IV, com os múltiplos de tempo e diais calculados anteriormente.
Deste modo, o ajuste sugerido de dial de fase está adequado à coordenação com as demais
proteções.
45
Para o lado da alta tensão, será considerado o curto-circuito nas barras de 138kV (AT) e
13.8kV (BT) do trafo IV:
I inst _ fase _ AT =
[
1.2 I cc _ T 4 _ AT + (1 − porcentagem ) × (I cc _ T 4 _ AT − I cc _ T 4 _ BT _ ref )]
= 44.995 A (4.3.12)
RTC AT _ ped
Para o lado da baixa tensão, a unidade instantânea de fase será mantida bloqueada para
evitar descoordenação com os alimentadores e o rele 51.
Adotando-se um desequilíbrio de 40%, a corrente de partida do lado de alta, será dada por:
(4.3.13)
46
Com base no curto-circuito monofásico na alta tensão do Trafo IV, com as linhas de 138kV de
Carajás radialmente e definido um tempo de operação no vão AT do Trafo IV de:
E o tipo de curva :
curva neutro _ AT =" IEC _ muito _ inversa "
0.0
Para cálculo do dial de neutro, será definido um tempo de operação no vão da baixa tensão
do trafo IV de:
tT 4 _ BT = 0.5s
E o tipo de curva:
curva neutro _ BT =" IEC _ muito _ inversa"
47
A figura abaixo ilustra as curvas de coordenação entre os vãos da AT e BT do Trafo IV, para
um curto-circuito no lado BT do Trafo IV, com os múltiplos de tempo e diais calculados anteriormente.
Deste modo, o ajuste sugerido de dial de neutro está adequado à coordenação com as
demais proteções.
Para o lado da alta tensão, será considerado o curto-circuito nas barras de 138kV (AT) e
13.8kV (BT) do Trafo IV:
porcentagem × I cc _ T 4 _ AT
I inst _ neutro _ AT = = 13.002 A (4.3.15)
RTC AT _ ped
Para o lado da baixa tensão, a unidade instantânea de fase será mantida bloqueada para evitar
descoordenação com os alimentadores e o rele 51.
Sobrecorrente de fase - T4 AT
1A
RTC AT _ ped = 1200
5A
I partida _ AT _ fase = 2 A
I inst _ fase _ AT = 45 A
Sobrecorrente de neutro - T4 AT
1A
RTC AT _ ped = 1200
5A
I partida _ AT _ neutro = 0.8 A
I inst _ neutro _ AT = 13 A
Sobrecorrente de fase - T4 BT
1A
RTC BT _ ped = 2000
5A
I partida _ BT _ fase = 3.5 A
Sobrecorrente de neutro - T4 BT
1A
RTC BT _ ped = 2000
5A
49
I partida _ BT _ neutro = 1A
Uma proteção de linhas deve garantir que todo defeito seja eliminado tão rapidamente quanto
possível, sendo também desligada uma única seção, de mínima extensão possível. Os defeitos mais
importantes a eliminar são os curtos-circuitos entre fases e à terra. Entre os múltiplos sistemas de
proteção possíveis, alguns constituem hoje soluções – padrão nos vários tipos de redes [9].
Assim, uma classificação grosseira das redes, pode ser feita com base na tensão:
1- Rede ou linha de transmissão – acima de 69kV, fornecendo em grosso;
2- Rede de subtransmissão – entre 13,8 e 115kV, fornecendo a granel;
3- Rede de distribuição – entre 2,2 e 34,5kV, fornecendo a granel aos consumidores
diversos.
Na proteção de linhas são usadas diversas classes de relés; em ordem crescente de
complexidade cita-se: relés de sobrecorrente instantâneos, relés de sobrecorrente de tempo inverso
e/ou definido, relés de sobrecorrente direcionais, relés de balanço de corrente, relés de distância e
relés piloto (fio piloto, onda portadora e microonda). Ou seja, basicamente há proteção com relés de
sobrecorrente e de distância [9].
O ajuste e a coordenação dos relés de sobrecorrente que atuam na proteção de SEP,
modifica se houver mudança na configuração da rede. Isto implica num problema em relação à
operação do sistema que está fazendo manobras para garantir a continuidade e qualidade do
fornecimento da energia elétrica. O relé de distância supre a deficiência dos relés citados, e produzem
uma proteção fácil de ajustar e coordenar. O relé de distância opera medindo o parâmetro de linha de
transmissão até o ponto do curto-circuito ou da carga. O relé de distância recebeu este nome genérico,
devido à sua filosofia de funcionamento se basear na impedância, admitância ou reatância vista pelo
relé. Como esses parâmetros são proporcionais à distância, daí a origem do nome do relé. Na verdade
o relé vê o parâmetro da linha ou sistema e não a distância propriamente dita [1].
O valor da corrente de curto-circuito, varia de acordo com a impedância medida desde a fonte
até o ponto de defeito. Quando se trata de linhas de transmissão de comprimento longo, existe
dificuldade no emprego da proteção de sobrecorrente, para um tempo “T” para atuação no final da
linha, ao se ajustar o relé em função da corrente de defeito nas proximidades do barramento. Pois a
corrente de defeito no final da linha é significativamente inferior ao valor obtido no ponto inicial da linha.
51
Neste caso, o tempo “T” ajustado para a atuação se tornaria excessivamente longo, trazendo graves
conseqüências ao sistema e às cargas a ele ligadas.
Em função dessa dificuldade, emprega-se os relés distância cujo tempo de atuação é
proporcional à distância entre o ponto de instalação do relé e o ponto de defeito. Outra forma de tornar
clara a utilização dos relés distância é entender que a tensão no ponto de defeito é praticamente nula;
porém, à medida que se afasta do ponto de defeito no sentido da fonte, esta tensão tende a aumentar
devido à queda de tensão na linha de transmissão. Assim, os relés distância comparam a tensão
aplicada em seus terminais, ligados através de TPs ao sistema de potência, com a corrente que circula
no mesmo ponto, resultando na conhecida expressão V/I, origem do nome do relé, já que essa
grandeza permite determinar a distância de um trecho qualquer de um alimentador a partir da
impedância unitária do condutor utilizado.
Numa linha de transmissão a impedância “Z” é diretamente proporcional à distância entre o
ponto de instalação do relé e o ponto de defeito, por isso, a denominação relé distância, que é um
nome genérico dado aos aparelhos que de um modo ou de outro utilizam este principio para proteger
uma linha de transmissão. Existem, na realidade, vários relés baseados neste princípio, a saber:
• Relé de impedância;
• Relé de reatância;
• Relé de admitância;
A aplicação de um ou outro relé de distância está condicionada à característica do sistema
no qual irá proteger, ou seja:
O relé de impedância é indicado para a proteção de linhas de transmissão consideradas de
comprimento médio para o seu nível de tensão. No caso de uma linha de transmissão de 230kV, pode-
se considerar como média aquela de comprimento igual a 200 km, já o relé de reatância é indicado
para a proteção de linhas de transmissão consideradas de comprimento curto para o seu nível de
tensão, pois foi desenvolvido para reduzir o efeito do arco no ponto de balanço do relé, durante a
ocorrência de um defeito.
O relé de admitância é indicado para a proteção de linhas de transmissão consideradas de
comprimento longo para o seu nível de tensão [5].
O ajuste do relé de distância deverá ser realizado de forma a se obter torque positivo para
valores de impedância abaixo do valor ajustado, normalmente tomado como porcentagem do
comprimento da linha de transmissão. O entendimento do funcionamento do relé de distância será mais
bem entendido a partir do exame da Figura 4.4.1.
O sistema elétrico principal é constituído de duas linhas de transmissão (L1 e L3), protegidas
pelos relés de distância R1, R2, R3 e R4 associados aos seus respectivos disjuntores para qualquer
52
defeito ocorrido em qualquer ponto das referidas linhas. Para um defeito no ponto “P” da linha 1-3
temos as seguintes considerações [5].
No momento do defeito a tensão no
ponto “P” é nula e as correntes I1 e I2 que circulam
nas linhas L1 e L3 podem ser consideradas
constantes ao longo das respectivas linhas;
A tensão cresce a partir do ponto de
defeito das fontes G1 e G2, considerando
desprezível a resistência do arco e a impedância
cresce a partir do ponto de defeito a direção das
fontes G1 e G2, tal como ocorre com a tensão.
Na presença do defeito no ponto “P” os
relés indicados na figura 4.4.1 reagirão da seguinte
Figura 4.4.1 - Representação de um sistema de potência forma:
1- Inicio da contagem de tempo de acordo com o esquema de proteção utilizado;
2- Atuação da unidade de seleção de fases, de acordo com a figura 4.4.2;
3- A unidade de seleção aciona as unidades direcionais e de medida;
4- A unidade direcional recebe da unidade de seleção os valores da corrente de defeito e
da tensão de polarização, a partir de quais informações a unidade direcional abre ou
fecha seus contatos liberando o relé para operação;
5- A unidade de medida recebe da unidade de seleção os valores da tensão e da corrente
de defeito.
A partir dessas considerações a atuação dos reles ocorrerá de acordo com a seguinte lógica,
previamente definida no projeto de proteção.
1- O relé R3 deverá operar primeiramente, pois a impedância vista por ele é menor do que
a impedância vista pelos demais;
2- Em seguida irá operar o relé R4, obedecendo o valor da impedância;
3- O relé R1 é considerado relé de segunda contingência, isto é, na falha de operação do
conjunto disjuntor da barra B mais o relé R3, o relé R1 operaria;
4- Os relés R2 e R3 vêem a impedância de defeito com praticamente o mesmo valor e
devem ser ajustados de forma a atuar somente o relé R3, já que a atuação do rele R2
implicará a desenergização das linhas L4 e L5.
Para que os relés R2 e R3 sejam coordenados nesse tipo de evento é necessário que sejam
equipados com unidades direcionais.
53
(4.4.1)
Onde:
I – corrente do circuito;
Φ – ângulo de defasagem entre V e I;
θ – ângulo de projeto do relé;
K3 – constante da mola de restrição.
Observa-se que a parcela K1 x F é diretamente proporcional ao quadrado da corrente
circulante, enquanto a parcela K2 x V x I x cos (Φ - θ) é diretamente proporcional à tensão, a corrente
circulante e ao co-seno do ângulo (Φ - θ) [5].
54
Analisando a posição de equilíbrio da unidade, isto é, a posição em que esta unidade está no
limite de sua atuação, ponto de balanço, onde T = 0, obtém-se, em conseqüência, para K3 = 0:
K1 ÷ K 2 = V ÷ I × cos(φ − θ )
Como V/I vale a impedância do circuito, logo se tem:
K 1 ÷ K 2 = Z cos(φ − θ ) (4.4.2)
A equação 4.2.2 representa uma reta num plano R – X, conforme mostrado na figura 4.4.3.
Ela indica o lugar geométrico para o torque nulo do relé. O torque positivo ocupa o semiplano inferior
limitado pela reta, e o negativo, o semiplano superior. Se os valores de K1 e K2, forem mantidos
constantes e se variar o ângulo de projeto θ, obtêm-se diversas retas tangentes ao circulo, cujo raio é
definido por K1/K2, conforme mostra a figura 4.4.4. Se forem modificados os valores de K1 e K2 e
mantido constante o ângulo θ, obtêm-se uma família de curvas paralelas, de conformidade com a figura
4.4.4 [5].
Figura 4.4.3 – a)Características básicas do relé de distância; b) Características dos relés de distância para ângulo θ
variável
seus contatos. A unidade Z1 não é sensibilizada neste caso. Sendo o tempo ajustado T2 inferior a T3, a
bobina do disjuntor é energizada através de (Z2 – CT2 – BS), sendo CT2 e CT3 os contatos do relé de
tempo RT [5].
A terceira zona de operação Z3 por abranger as zonas Z1 e Z2 sempre atuará, mesmo que o
defeito ocorra nas zonas Z1 e Z2.
Deve-se observar que em todos os casos a bobina de bandeirola e selagem fecha o contato
de selo CBS, garantindo o disparo do disjuntor e protegendo os contatos móveis do relé para a
condição de baixas correntes de acionamento. Sinaliza ainda, em que zona o relé operou e o
semiplano que limita os torques positivo e negativo (restrição) da direcionalidade, como ilustra a figura
4.4.5-b.
O ângulo de torque máximo é ajustado na fabrica, sendo, em geral, de 75º, com corrente em
atraso da tensão. Quando se trata de linha de transmissão, esse ajuste permanece, já que nesse caso
o ângulo é geralmente superior a 65º (condição de curto-circuito). Para situações diferentes é
necessário que sejam feitos ajustes de acordo com o caso.
Os ajustes do relé de impedância podem ser feitos com base na seguinte equação:
Z s = Z p × RTC ÷ RTP × K (4.4.5)
Onde:
Zs = impedância do sistema de potência referida ao circuito secundário dos transformadores
de medida em Ω;
Zp = impedância primária do sistema de potência, em Ω.
K = valor em pu do comprimento da linha que se quer proteger;
Quando ao longo do sistema há um transformador de potencia, o seu valor ôhmico pode ser
calculado por:
Quando for necessário um relé de impedância de característica cujo centro não passe pelo
centro do diagrama R-X, pode-se empregar o relé direcional de distância à impedância modificada, cuja
característica operacional está ilustrada na figura 4.4.7.
Essa característica pode ser obtida a partir do relé de impedância polarizando o circuito de
retenção por tensão [5].
Este relé, doravante chamado de relé de reatância, utiliza a reatância medida desde o início
da linha, onde está instalado o relé, até o ponto de defeito.
Os relés de reatância são empregados nos sistemas em que a variação da resistência de
arco é considerada significativa, já que esses relés não levam em consideração a influência dessa
resistência. Neste caso particular, o emprego do relé de impedância seria inadequado porque ele
contempla o valor da resistência de arco. Qualquer variação no valor desta resistência, no momento do
defeito, não prejudicará o desempenho do relé de reatância [5].
A resistência do arco pode ser dada pela equação a seguir:
Ra = 287 × La ÷ I cc1, 4 (4.4.7)
La = comprimento do arco, em cm;
Icc = corrente de curto-circuito, em A;
O comprimento de arco La corresponde à distância entre os dois pontos de fases diferentes
onde ocorre o defeito. No caso de uma falta entre duas fases de uma linha de transmissão de 69kV,
onde os condutores se aproximaram de uma distância de 240cm e a corrente de curto-circuito foi de
500A, a resistência de arco vale:
59
K1 ÷ K 2 = Z × cos(Φ − 90)
Como cos (Φ-90) = sen Φ, logo tem-se:
K1 ÷ K 2 = Z × senΦ
Finalmente, tem-se:
K1 ÷ K 2 = X (4.4.7)
Esta equação representa uma reta paralela ao eixo da resistência num plano R – X, como
visto na figura 4.4.9.
Esta reta representa a condição para T = 0. No semiplano acima da reta, tem-se a condição
de torque negativo e, no semiplano abaixo, a condição de torque positivo. O torque máximo do relé é
obtido para Φ = 90º, enquanto se verifica também que o torque de operação é tanto maior que quanto
menor for a tensão presente, portanto o ajuste do relé de reatância pode ser feito a partir de:
X S = X P × RTC ÷ RTP × K (4.4.8)
Onde:
XS – reatância do sistema de potência referida ao circuito secundário dos transformadores de
medida, em Ω;
XP – reatância primária do sistema de potência, em Ω;
K – valor em pu, do comprimento da linha que será protegida;
Além disso, esses relés possuem registro oscilográfico, localizador de defeito, registro de eventos e
históricos de medidas de corrente, tensão e potência.
Da mesma forma que os relés eletromecânicos, os relés digitais apresentam as seguintes
unidades:
Os relés digitais possuem uma unidade de sobrecorrente que tem a função de supervisionar
a operação das unidades de medida de distância, estabelecendo um valor mínimo de corrente de
atuação. Essas unidades de supervisão são compostas por uma subunidade de supervisão para a
frente e uma subunidade de supervisão para trás.
A unidade de supervisão referida é essencialmente uma unidade de sobrecorrente, sendo
sensibilizada pela corrente de fase cujo valor supere o valor de ajuste. Não tem a função de detectar a
direção da falta. Caracteriza-se pela função de operação das unidades de medida de cada zona,
coordenando o ajuste de direção relacionado no relé.
63
Ω
z 0 _ 605 MCM _ km = (0.4061 + j1.4893) × Impedância de seqüência zero
km
c1 = 16.2km
Impedância mútua em km
Ω
z 0 _ mutua _ km = (0.2774 + j 0.9213) ×
km
Seqüência positiva:
64
z1 _ prim _ 1
z1 _ sec_ 1 = = (0.187 + 0.804i )Ω sec
k rele
z1 _ sec_ 1 = 0.825Ω
z1 _ prim _ 1
z1 _ % pu _ 1 = × 100% = (0.354 + 1.5192i )%
z base
s1 _ 605 MCM _ km
s1 _ prim _ 1 = = 1.888 × 10 4 Ω
c1
vbase
s1 _ MVAr _ 1 = = 2.802 MVA VAr
s1 _ prim _ 1
Sequência zero:
z 0 _ prim _ 1
z 0 _ sec_ 1 = = (0.658 + 2.413i )Ω sec
k rele
z 0 _ sec_ 1 = 2.501Ω
z 0 _ prim _ 1
z 0 _ % pu _ 1 = × 100% = (1.2436 + 4.5608i )%
z base
65
s 0 _ 605 MCM _ km
s 0 _ prim _ 1 = = 2.806 × 10 4 Ω
c1
2
Vbase
s0 _ MVAr _ 1 = = 1.885MVA VAr
s 0 _ prim _ 1
Mútua:
z 0 _ mutua _ prim _ 1
z 0 _ mutua _ sec_ 1 = = (0.449 + 1.493i )Ω sec
k rele
z 0 _ mutua _ prim _ 1
z 0 _ mutua _ % PU _ 1 = × 100% = (0.8495 + 2.8214i )%
z base
z1 _ % pu _ 2 = (0.26 + 1.24i )% pu
z1 _ % pu _ 2 × z base
z1 _ prim _ 2 = = (1.375 + 6.56i )Ω primários
100
z1 _ prim _ 2 = 6.702Ω
z 0 _ % pu _ 2 = (0.93 + 3.35i )% pu
z 0 _ % pu _ 2 × z base
z 0 _ prim _ 2 = = ( 4.92 + 17.722i )Ω
100
66
z 0 _ prim _ 2 = 18.392Ω
z1 _ prim _ 2
z1 _ sec_ 2 = = (0.138 + 0.656i )Ω
k rele
z 0 _ prim _ 2
z 0 _ sec_ 2 = = (0.492 + 1.772i )Ω
k rele
C 3 = 16.2km
z1 _ prim _ 3
z1 _ sec_ 3 = = (0.187 + 0.804i )Ω
k rele
67
z1 _ sec_ 3 = 0.825Ω
z 0 _ prim _ 3
z 0 _ sec_ 3 = = (0.658 + 2.413i )Ω
k rele
z 0 _ sec_ 3 = 2.501Ω
1 ( z 0 _ sec_ 1 − z1 _ sec_ 1 )
k0 = ×
3 z1 _ sec_ 1
z 0 _ sec_ 1
km = k m = 1.009 − 0.038i k m = 1.01
3 z1 _ sec_ 1
arg(k m ) = −2.136°
ambos os terminais da LT via canal de radio digital que, posteriormente será substituído
por fibra óptica;
3- Ativação da função ECO, possibilitando o reenvio de sinal de teleproteção mesmo que o
relé na SE Carajás não tenha partido, onde testes mostraram que não é necessária
temporização para o ECO. Assim, quando receber o sinal de teleproteção, o sinal de
ECO será repassado para o terminal remoto sem atrasos.
4- Ativação da função Fonte Fraca que irá disparar o disjuntor quando o sinal de
teleproteção for recebido e haver partida da unidade 27 do relé;
5- O TDD, quando houver qualquer disparo da proteção, vai enviar qualquer sinal de
disparo ao terminal remoto;
6- O bloqueio de direção inversa estará ativado na zona 4 e somente quando houver
defeito na LT paralela.
Observamos que, por causa dos baixos valores de contribuição de Carajás, pode haver
subalcance do relé para defeitos além do trecho básico.
Zona 3 = 100% da LT Carajás - Anhanguera II + 50% da LT Anhanguera – Goiânia Leste,
com direcionalidade direta
alcance zona 3 _ LTadjacent e = 50%
Observamos que, por causa dos baixos valores de contribuição de Carajás, pode haver
subalcance do relé para defeitos além do trecho básico.
Já a Zona 4, será utilizada somente para o bloqueio direcional reverso, quando da ocorrência
de faltas na LT paralela, portanto:
Zona 4 = 50% da LT Carajás - Anhanguera I, com direcionalidade reversa
alcance zona 4 _ LTadjacent e = 50%
69
Zona 1:
z1 _ sec = alcance zona1 × z1 _ sec_ 1
No local do defeito
I ΦT _ total _ z1 = ∠(12167 .7,−84.2) A = (1229.62 − 12105 .410i ) A
No local do defeito
I ΦΦ _ total _ z1 = ∠(11317 .8,−84.7) A = (1045.432 − 11269 .413i ) A
Demais contribuições
I ΦT _ B _ z 2 = I ΦT _ total _ z 2 − I ΦT _ A _ z 2 = (960.951 − 13930 .857i ) A
Demais contribuições
I ΦΦ _ B _ z 2 = I ΦΦ _ total _ z 2 − I ΦΦ _ A _ z 2 = (970.451 − 12370 .646i ) A
Demais contribuições
I ΦT _ B _ z 3 = I ΦT _ total _ z 3 − I ΦT _ A _ z 3 = (960.951 − 13930 .857i ) A
74
Demais contribuições
I ΦΦ _ B _ z 3 = I ΦΦ _ total _ z 3 − I ΦΦ _ A _ z 3 = (970.52 − 12371 .54i ) A
No local do defeito
I ΦT _ total _ z 4 = ∠(9474.4,−82.4) A = (1253.05 − 9391.173i ) A
Demais contribuições
I ΦT _ B _ z 4 = I ΦT _ total _ z 4 − I ΦT _ A _ z 4 = (1509.757 − 10862 .039i ) A
4.4.7.14 - Zona 1
A resistência de falta detectada pelo relé é uma relação entre a tensão de arco e a corrente
de contribuição que passa pelo relé.
U arco _ ΦΦ _ z1
Rarco _ ΦΦ _ z1 = Rarco _ ΦΦ _ z1 = 1.915Ω primários
I ΦΦ _ A _ z1
R F _ ΦΦ _ z1 = Rarco _ ΦΦ _ z1
RF _ ΦΦ _ z1
RF _ ΦΦ _ z1 _ sec = = 0.195Ω sec
k rele
RF _ ΦΦ _ z1 _ sec
RF _ ΦΦ _ z1 _ rele = = 0.098Ω Resistência de falta vista pelo relé por fase
2
A soma da resistência da LT referente ao alcance mais a metade da resistência de falta com
20% de margem de segurança seria:
77
RF _ ΦΦ _ z1 _ sec
R z1 _ ΦΦ _ ajuste = Re( z1 _ sec ) + 1.2 × R z1 _ ΦΦ _ ajuste = 0.276Ω
2
Relação X/R:
R z1 _ ΦΦ _ ajuste
= 0.404
Im(z1 _ sec )
U arco _ ΦT _ z1
Rarco _ ΦT _ z1 = Rarco _ ΦT _ z1 = 1.53Ω primários
I Φ T _ A _ z1
I Φ T _ B _ z1
RF _ ΦT _ z1 = Rarco _ ΦT _ z1 + Z torre × 1 + R F _ ΦT _ z1 = 23.597 Ω
I Φ T _ A _ z1
primários
R F _ Φ T _ z1
RF _ ΦT _ z1 _ sec = = 2.36Ω secundários
k rele
RF _ ΦT _ z1 _ sec
RF _ ΦT _ z1 _ rele = = 1.407 Ω Resistência de falta vista pelo relé
1 + k0
Relação R/X:
R z1 _ ΦT _ ajuste
= 2.704Ω
Im(z1 _ sec )
78
4.4.7.15 – Zona 2
U arco _ ΦΦ _ z 2
Rarco _ ΦΦ _ z 2 = Rarco _ ΦΦ _ z 2 = 220.052Ω primários
I ΦΦ _ A _ z 2
R F _ ΦΦ _ z 2 = Rarco _ ΦΦ _ z 2
RF _ ΦΦ _ z 2
RF _ ΦΦ _ z 2 _ sec = = 22.005Ω sec
k rele
RF _ ΦΦ _ z 2 _ sec
RF _ ΦΦ _ z 2 _ rele = = 11.003Ω sec Resistência de falta vista pelo relé por
2
fase
O ajuste da resistência de zona 2 de fase-fase é a soma da resistência da LT referente ao
alcance mais a metade da resistência de falta.
RF _ ΦΦ _ z 2 _ sec
R z 2 _ ΦΦ _ ajuste = Re( z 2 _ sec ) + 1.2 × R z 2 _ ΦΦ _ ajuste = 13.418Ω
2
R z 2 _ ΦΦ _ ajuste
Relação R/X: = 14.353Ω
Im(z 2 _ sec )
U arco _ ΦT _ z 2
Rarco _ ΦT _ z 2 = Rarco _ ΦT _ z 2 = 37.4Ω primários
I ΦT _ A _ z 2
79
I ΦT _ B _ z 2
RF _ ΦT _ z 2 = Rarco _ ΦT _ z 2 + Z torre × 1 + R F _ ΦT _ z 2 = 113.953Ω
I ΦT _ A _ z 2
primários
R F _ ΦT _ z 2
RF _ ΦT _ z 2 _ sec = = 11.395Ω secundários
k rele
RF _ ΦT _ z 2 _ sec
RF _ ΦT _ z 2 _ rele = = 6.794Ω sec Resistência de falta vista pelo relé
1 + k0
Relação R/X:
R z 2 _ ΦT _ ajuste
= 8.951Ω
Im(z 2 _ sec )
4.4.7.16 - Zona 3
U arco _ ΦΦ _ z 3
Rarco _ ΦΦ _ z 3 = Rarco _ ΦΦ _ z 3 = 421Ω primários
I ΦΦ _ A _ z 3
R F _ ΦΦ _ z 3 = Rarco _ ΦΦ _ z 3
RF _ ΦΦ _ z 3
RF _ ΦΦ _ z 3 _ sec = = 42.123Ω sec
k rele
RF _ ΦΦ _ z 3 _ sec
RF _ ΦΦ _ z 3 _ rele = = 21.062Ω sec Resistência de falta vista pelo relé por
2
fase
80
U arco _ ΦT _ z 3
Rarco _ ΦT _ z 3 = Rarco _ ΦT _ z 3 = 70.698Ω primários
I ΦT _ A _ z 3
I ΦT _ B _ z 3
RF _ ΦT _ z 3 = Rarco _ ΦT _ z 3 + Z torre × 1 + R F _ ΦT _ z 3 = 147.223Ω
I ΦT _ A _ z 3
primários
R F _ ΦT _ z 3
RF _ ΦT _ z 3 _ sec = = 14.722Ω secundários
k rele
RF _ ΦT _ z 3 _ sec
RF _ ΦT _ z 3 _ rele = = 8.778Ω Resistência de falta vista pelo relé
1 + k0
Relação R/X:
R z 3 _ ΦT _ ajuste
= 9.534Ω
Im(z 3 _ sec )
81
4.4.7.17 – Zona 4
U arco _ ΦΦ _ z 4
Rarco _ ΦΦ _ z 4 = Rarco _ ΦΦ _ z 4 = 18.9Ω primários
I ΦΦ _ A _ z 4
R F _ ΦΦ _ z 4 = Rarco _ ΦΦ _ z 4
RF _ ΦΦ _ z 4
R F _ ΦΦ _ z 4 _ sec = = 1.891Ω sec
k rele
RF _ ΦΦ _ z 4 _ sec
RF _ ΦΦ _ z 4 _ rele = = 0.946Ω sec Resistência de falta vista pelo relé por fase
2
O ajuste da resistência de zona 4 de fase-fase é a soma da resistência da LT referente ao
alcance mais a metade da resistência de falta.
RF _ ΦΦ _ z 4 _ sec
R z 4 _ ΦΦ _ ajuste = Re( z 4 _ sec ) + 1.2 × R z 4 _ ΦΦ _ ajuste = 1.229Ω
2
R z 4 _ ΦΦ _ ajuste
Relação R/X: = 3.057 Ω
Im(z 4 _ sec )
U arco _ ΦT _ z 4
Rarco _ ΦT _ z 4 = Rarco _ ΦT _ z 4 = 30.202Ω primários
I ΦT _ A _ z 4
I ΦT _ B _ z 4
RF _ ΦT _ z 4 = Rarco _ ΦT _ z 4 + Z torre × 1 + R F _ ΦT _ z 4 = 53.892Ω
I ΦT _ A _ z 4
primários
82
R F _ ΦT _ z 4
RF _ ΦT _ z 4 _ sec = = 5.389Ω secundários
k rele
RF _ ΦT _ z 4 _ sec
RF _ ΦT _ z 4 _ rele = = 3.213Ω Resistência de falta vista pelo relé
1 + k0
Relação R/X:
Rz 4 _ ΦT _ ajuste
= 9.829Ω
Im(z 4 _ sec )
Direta
z 2 ΦΦ _ sec = R z 2 _ ΦΦ _ ajuste + j × Im(z 2 _ sec ) z 2 ΦΦ _ sec = (13.42 + 0.93i )Ω
Direta
z 3 ΦΦ _ sec = R z 3 _ ΦΦ _ ajuste + j × Im(z 3 _ sec ) z 3 ΦΦ _ sec = (23.56 + 1.13i )Ω
Direta
z 4 ΦΦ _ sec = R z 4 _ ΦΦ _ ajuste + j × Im(z 4 _ sec ) z 4 ΦΦ _ sec = (1.23 + 0.4i )Ω
83
t zona1 = 0 s
t zona 3 = 0.8s
t zona 4 = 0 s
z 21Φ _ sec = R z 2 _ ΦT _ ajuste + j × Im(z 2 _ sec ) z 21Φ _ sec = (8.37 + 0.93i )Ω Direta
z 31Φ _ sec = R z 3 _ ΦT _ ajuste + j × Im(z 3 _ sec ) z 31Φ _ sec = (10.79 + 1.13i )Ω Direta
z 41Φ _ sec = R z 4 _ ΦT _ ajuste + j × Im(z 4 _ sec ) z 41Φ _ sec = (3.45 + 0.4i )Ω Reversa
t zona1 = 0 s
t zona 3 = 0.8s
t zona 4 = 0 s
84
5 – CONCLUSÃO
Os resultados obtidos até o presente momento foram satisfatórios, sendo o objetivo proposto
em cada aplicação atingido de forma plena. Sob o ponto de vista da operação, os resultados sugerem
uma maior confiabilidade e desempenho da Subestação Carajás, garantido a continuidade do
fornecimento de energia elétrica, menos variações nas tensões e freqüência, quer seja por oscilações
ou por interrupções aos consumidores.
Cabe colocar que os problema estudados, seu resultado e a forma de condução deste
trabalho, podem ser apresentado como estudo de caso no âmbito da disciplina de proteção de
sistemas elétricos de potência, traduzindo-se portando, como ferramenta didática para a construção de
conhecimento discente, desde que tal ferramenta seja entendida com parte de uma prática pedagógica
85
6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS