Sunteți pe pagina 1din 5

Nota técnica 2010/12/15/AE/FENASSOJAF

Ementa: Servidor público. Aposentadoria especial. Atividade de risco. Projetos


de lei complementar nº 330/2006 e 554/2010. Tramitação. Proposta. Alterações.
Sugestão.

Trata-se de análise efetuada sobre o Projeto de Lei Complementar nº 330, de


2006, e sobre o Projeto de Lei Complementar nº 554, de 2010, que pretendem regulamentar a
concessão de aposentadoria especial aos policiais e aos servidores públicos que exerçam atividade
de risco, respectivamente.

Mais especificamente, examina-se o substitutivo aprovado pela Comissão de


Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO), quando votou o parecer do
Relator da Comissão, deputado Marcelo Itagiba (PSDB-RJ).

Originalmente, pretendendo regulamentar o disposto no artigo 40, § 4º, II, da


Constituição1, ou seja, a aposentadoria especial para os servidores que exercem atividade de risco,
o Projeto de Lei Complementar nº 330, de 2006, do deputado Mendes Ribeiro Filho, tratou dos
servidores policiais, da forma seguinte:

Art. 1º - O servidor público policial será aposentado:

I – Voluntariamente, independentemente da idade, após 30 (trinta) anos de


contribuição, desde que conte, pelo menos, 20 (vinte) anos de exercício em
cargo de natureza policial, se homem e, após 25 (vinte e cinco) anos de
contribuição, desde que conte, pelo menos, 15 (quinze) anos de exercício em
cargo de natureza policial, se mulher.

II – Compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição,


aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem e, aos 60 (sessenta) anos de
idade, se mulher, qualquer que seja a natureza dos serviços prestados.

O projeto de lei complementar tramitou pela Comissão de Seguridade Social e


Família (CSSF) e, após, pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC), nas quais
foram aprovados substitutivos que alteravam a Lei Complementar nº 51, de 1985, que atualmente
dispõe sobre a aposentadoria dos policiais.

Interessa ao presente exame o substitutivo aprovado pela Comissão de


Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO), de que se falará adiante.

1
Constitutição: “Art. 40 (...) § 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão
de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em
leis complementares, os casos de servidores: (...) II que exerçam atividades de risco;

SHS Qd 6 Cj A Bl E Salas 408/410 - Edifício Business Center Park - Complexo Brasil 21 - CEP 70322-915 - Brasília-DF
Contato: (61)30399559 - contato@casselecarneiro.adv.br – www.casselecarneiro.adv.br
Página 1 de 5
O Projeto de Lei Complementar nº 554, de 2010, foi apresentado pelo Poder
Executivo, no intuito de regulamentar a concessão de aposentadoria especial aos servidores que
exerçam atividades de risco, nele definidos como sendo a de polícia e a exercida no controle
prisional, carcerário ou penitenciário e na escolta de preso.

Os requisitos de idade, tempo de contribuição, tempo de efetivo exercício no


cargo foram assim estabelecidos no PLP 554:

Art. 3º O servidor a que se refere o art. 2º fará jus à aposentadoria ao completar:


I - vinte e cinco anos de efetivo exercício em atividade de que trata o art. 2º;
II - cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria;
III - trinta anos de tempo de contribuição; e
IV - cinquenta e cinco anos de idade, se homem, e cinqüenta anos, se mulher.

Parágrafo único. Aplica-se o disposto nos §§ 2º, 3º, 8º e 17 do art. 40 da


Constituição às aposentadorias especiais concedidas de acordo com esta Lei
Complementar.

Os projetos de lei complementar sob exame foram apensados e submetidos à


apreciação da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO), onde o
relator designado, deputado Marcelo Itagiba (PSDB-RJ) apresentou substitutivo aprovado pela
Comissão, de modo que a proposta atualmente tramita, no que interessa ao momento, com a
redação seguinte:

Art. 1º A concessão da aposentadoria de que trata o inciso II do § 4º do art. 40


da Constituição ao servidor público titular de cargo efetivo da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios que exerça atividade de risco fica
regulamentada nos termos desta Lei Complementar.

Art. 2º Para os efeitos desta Lei Complementar considera-se atividade que


exponha o servidor a risco:

I - a de polícia, exercida pelos servidores referidos nos incisos I a IV do art. 144


da Constituição Federal;
II - a exercida em guarda municipal, no controle prisional, carcerário ou
penitenciário e na escolta de preso;
III – a exercida pelos profissionais de segurança dos órgãos referidos no art. 51,
IV, e no art. 52, XIII, da Constituição Federal.

Art. 3º. O servidor a que se refere o art. 2º fará jus à aposentadoria:

I – voluntariamente, ao completar 30 (trinta) anos de contribuição, com


proventos integrais e paritários ao da remuneração ou subsídio do cargo
em que se der a aposentadoria, desde que conte, pelo menos, 20 (vinte) anos
de exercício de atividade de risco;
II – voluntariamente, ao completar 25 (vinte e cinco) anos de contribuição, com
proventos integrais e paritários ao da remuneração ou subsídio do cargo
em que se der a aposentadoria, desde que conte, pelo menos, 20 anos (vinte)
anos de exercício de atividade de risco, se mulher;

SHS Qd 6 Cj A Bl E Salas 408/410 - Edifício Business Center Park - Complexo Brasil 21 - CEP 70322-915 - Brasília-DF
Contato: (61)30399559 - contato@casselecarneiro.adv.br – www.casselecarneiro.adv.br
Página 2 de 5
III – por invalidez permanente, com proventos integrais e paritários ao da
remuneração ou subsídio do cargo em que se der a aposentadoria, se decorrente
de acidente em serviço ou doença profissional, ou quando acometido de
moléstia contagiosa ou incurável ou de outras especificadas em lei; ou
IV – por invalidez permanente, com proventos proporcionais ao tempo de
contribuição em atividade de risco, tendo por base a última remuneração ou
subsídio do cargo em que se der a aposentadoria, se decorrente de doenças não
especificadas em lei ou em razão de acidente que não tenha relação com o
serviço.

§1º Os proventos da aposentadoria de que trata esta Lei terão, na data de


sua concessão, o valor da totalidade da última remuneração ou subsídio do
cargo em que se der a aposentadoria.
§2º Os proventos da aposentadoria de que trata esta Lei serão revistos na
mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a
remuneração ou subsídio dos servidores em atividade.
§3º Serão estendidos aos aposentados quaisquer benefícios ou vantagens
posteriormente concedidos aos servidores em atividade, incluídos os casos de
transformação ou reclassificação do cargo ou da função em que se deu a
aposentadoria.
§4º O valor mensal da pensão por morte corresponderá a cem por cento do valor
da aposentadoria que o servidor recebia ou daquela a que teria direito se
estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento, observado, em
qualquer caso, o disposto nos §§2º e 3º deste artigo.
§5º As pensões já concedidas na data da publicação desta Lei terão os cálculos
revisados para serem adequadas aos termos deste artigo.
§6º Serão considerados tempo de efetivo serviço em atividade de risco, para os
efeitos desta Lei, as férias, as ausências justificadas, as licenças e afastamentos
remunerados, as licenças para exercício de mandato classista e eletivo e o tempo
de atividade militar.

Art. 4º O disposto nesta Lei Complementar não implica afastamento do direito


de o servidor se aposentar segundo as regras gerais.

O substitutivo aprovado pela CSPCCO, como se vê, a par de ampliar o rol das
atividades a serem consideradas de risco, para fins de concessão de aposentadoria especial, nos
termos do artigo 40, § 4º, II, da Constituição, resgata a integralidade e a paridade na concessão do
benefício.

Por outro lado, conquanto tenham sido elencadas - como atividades que expõem
os servidores a risco - aquelas exercidas por profissionais de segurança da Câmara e do Senado 2,
não estão abrangidas pela pretendida regulamentação as atividades dos servidores responsáveis
pela segurança dos órgãos do Poder Judiciário nem aquelas desempenhadas pelos oficiais de
justiça.
2
Constitutição: “Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados: (...) IV - dispor sobre sua
organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de
seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; (...) Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: (...)
XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos,
empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração,
observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;”

SHS Qd 6 Cj A Bl E Salas 408/410 - Edifício Business Center Park - Complexo Brasil 21 - CEP 70322-915 - Brasília-DF
Contato: (61)30399559 - contato@casselecarneiro.adv.br – www.casselecarneiro.adv.br
Página 3 de 5
É certo que a definição do rol de atividades consideradas de risco, para fins de
concessão da aposentadoria especial, tal como posta nos projetos originais e no substitutivo
atualmente em tramitação, restringe a concessão do benefício às categorias ali referidas, excluindo
uma série de cargos outros com atribuições similares nos diversos órgãos da pública administração.

Assim, como precaução, é necessária a mobilização dos oficiais de justiça,


através de suas entidades representativas, para buscar, junto ao relator no Plenário, a inclusão na
proposta de lei complementar de disposição que contemple as atividades exercidas pelos oficiais de
justiça como de risco, para fins de concessão da aposentadoria especial.

No que se refere aos requisitos para a concessão da aposentadoria, traçando-se


um paralelo com a aposentadoria especial dos trabalhadores que laboram em condições especiais –
cuja regulamentação (art. 57, da Lei 8.213, de 1991) vem sendo aplicada aos servidores públicos
por força de decisões proferidas pelo STF em mandados de injunção –, tem-se que o benefício
deveria ser concedido à vista do preenchimento dos 20 (vinte) anos de exercício na atividade de
risco, sem exigir-se 30 (trinta) anos de contribuição. Esse, portanto, outro ponto cuja alteração se
entende pode ser sugerida junto aos parlamentares.

Sucessivamente, na hipótese de não ser acolhida a primeira opção, o contido


nos incisos I e II, do artigo 3º, do substitutivo em tramitação parece atender parte das pretensões
dos servidores que exercem atividades de risco, vez que estabelece 30(trinta) anos de contribuição
e 20 (vinte) na atividade de risco para homens e 25(vinte e cinco) de contribuição e 20 (vinte) na
atividade de risco para mulheres.

Registre-se que a proposta contida no inciso I, do artigo 3º, do substitutivo em


tramitação – isto é, 30 (trinta) anos de contribuição e 20 (vinte) de exercício na função – é
semelhante ao que atualmente se aplica à aposentadoria dos policiais, contido na Lei
Complementar nº 51, de 1985, recepcionado pela Constituição de 1988, conforme entendimento do
Supremo Tribunal Federal.3

3
STF: “AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ART. 3º DA LEI DISTRITAL N. 3.556/2005.
SERVIDORES DAS CARREIRAS POLICIAIS CIVIS CEDIDOS À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E
INDIRETA DA UNIÃO E DO DISTRITO FEDERAL: TEMPO DE SERVIÇO CONSIDERADO PELA NORMA
QUESTIONADA COMO DE EFETIVO EXERCÍCIO DE ATIVIDADE POLICIAL. AMPLIAÇÃO DO BENEFÍCIO
DE APOSENTADORIA ESPECIAL DOS POLICIAIS CIVIS ESTABELECIDO NO ARTIGO 1º DA LEI
COMPLEMENTAR FEDERAL Nº 51, DE 20.12.1985. AÇÃO JULGADA PROCEDENTE. 1. Inexistência de
afronta ao art. art. 40, § 4º, da Constituição da República, por restringir-se a exigência constitucional de lei
complementar à matéria relativa à aposentadoria especial do servidor público, o que não foi tratado no
dispositivo impugnado. 2. Inconstitucionalidade formal por desobediência ao art. 21, inc. XIV, da Constituição
da República que outorga competência privativa à União legislar sobre regime jurídico de policiais civis do
Distrito Federal. 3. O art. 1º da Lei Complementar Federal n. 51/1985 que dispõe que o policial será
aposentado voluntariamente, com proventos integrais, após 30 (trinta) anos de serviço, desde que conte pelo
menos 20 anos de exercício em cargo de natureza estritamente policial foi recepcionado pela Constituição da
República de 1988. A combinação desse dispositivo com o art. 3º da Lei Distrital n. 3.556/2005 autoriza a
contagem do período de vinte anos previsto na Lei Complementar n. 51/1985 sem que o servidor público
tenha, necessariamente, exercido atividades de natureza estritamente policial, expondo sua integridade física
a risco, pressuposto para o reconhecimento da aposentadoria especial do art. 40, § 4º, da Constituição da
República: inconstitucionalidade configurada. 4. Ação direta de inconstitucionalidade julgada procedente.”
(ADI 3817, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, julgado em 13/11/2008, DJe-064 DIVULG 02-
04-2009 PUBLIC 03-04-2009 EMENT VOL-02355-01 PP-00059 RTJ VOL-00209-01 PP-00118)

SHS Qd 6 Cj A Bl E Salas 408/410 - Edifício Business Center Park - Complexo Brasil 21 - CEP 70322-915 - Brasília-DF
Contato: (61)30399559 - contato@casselecarneiro.adv.br – www.casselecarneiro.adv.br
Página 4 de 5
Porém, para além do resgate essencial da paridade e da integralidade, note-se
que a melhoria apresentada pelo substitutivo carece de complementações importantes para a
garantia plena dos direitos derivados da aposentadoria especial.

Com efeito, os desdobramentos da contagem diferenciada e seus resultados


podem ser isolados nas hipóteses seguintes:

(i) viabilizar aos oficiais o exercício do direito à aposentadoria especial prevista


no artigo 40, § 4º, inciso II, da Constituição da República, com proventos
alcançados pela integralidade e paridade plenas, independente de idade
mínima;

(ii) viabilizar aos oficiais, no tocante à aposentadoria por idade (a partir dos 65
anos para homem e 60 anos para mulher), compulsória (70 anos) e por
invalidez, proporcionais ao tempo de contribuição, o exercício do direito a que
os valores sejam calculados a partir da última remuneração percebida em
atividade, com resguardo da paridade, tendo por tempo integral de referência o
tempo especial;

(iii) diante da ausência de requisito de exclusividade no artigo 40, § 4º, inciso II,
da Constituição da República, viabilizar a conversão do tempo especial em
tempo comum ou outro tempo especial, para averbação em outra atividade, bem
como permitir a conversão do tempo comum anterior a abril de 1995 em tempo
especial de risco;

(iv) viabilizar o direito ao abono de permanência aos oficiais que optarem pela
continuidade do trabalho, quando atingirem os requisitos da aposentadoria
especial, uma vez que esta não é compulsória.

Logo, a sugestão inclusão dos oficiais no substitutivo deve contemplar tais


hipóteses, ainda que a redação final não as contemple inteiramente. Para tanto, a FENASSOJAF
apresenta a proposta de emenda anexa, que reúne os pontos ora discutidos.

Como recomendação final, sem prejuízo das ingerências para que os mandados
de injunção (verdadeiros catalisadores do atual processo legislativo) produzam o melhor resultado
possível, deve-se empreender todos os esforços possíveis para que os oficiais de justiça integrem o
substitutivo apresentado pela CSPCCO, com as complementações anexas a esta nota técnica.

Em linhas gerais, é o que tenho a anotar.

Brasília, DF, 15 de dezembro de 2010.

Rudi Cassel
OAB/DF 22.256

SHS Qd 6 Cj A Bl E Salas 408/410 - Edifício Business Center Park - Complexo Brasil 21 - CEP 70322-915 - Brasília-DF
Contato: (61)30399559 - contato@casselecarneiro.adv.br – www.casselecarneiro.adv.br
Página 5 de 5

S-ar putea să vă placă și