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Visto isso, entendo claramente que a reserva constitucional referida atine a lei
complementar FEDERAL, desta forma, descabe falar em lei complementar estadual
ou municipal que disponha sobre prescrição e decadência, sob pena de usurpação
de competência revista no art. 146, III, “b” da Carta Magna.
4. Como deve ser interpretado o parágrafo único do art. 173 do CTN? Que
se entende por “medida preparatória indispensável ao lançamento”? Tal
medida tem apenas o condão de antecipar o termo inicial da contagem do
prazo prescricional no inciso I ou pode também posterga-lo? Trata-se de causa
de interrupção do prazo decadencial? (vide anexo V).
Compactuo com o entendimento do STJ quando este define que não se trata
de interrupção do prazo decadencial e sim de antecipação do dies a quo do prazo e,
de qualquer sorte aquele ato da notificação representará o marco inicial para a
contagem do prazo de cinco anos.
A Lei de Execuções Fiscal (Lei nº 6830/80) assim prevê no seu art. 40:
[...].
Entretanto, muita polêmica gerou sobre o dies a quo bem como o prazo da
prescrição intercorrente, tendo em vista que o prazo prescricional para o fisco cobrar
o crédito tributário, como já visto é de 5 anos, definido assim por lei complementar
federal.
Com isso, o STJ editou a súmula 314 que define que: “em execução fiscal,
não localizados bens penhoráveis, suspende-se o processo por um ano, findo o qual
se inicia o prazo da prescrição qüinqüenal intercorrente”. Nesse ínterim, entendo que
há sim prescrição intercorrente na execução fiscal, e esta se dá após a suspensão
de 1 ano prevista no art. 40 da LEF, quando então se inicia o prazo da prescrição
qüinqüenal.
6. Qual o marco inicial da contagem do prazo para redirecionamento da
execução fiscal contra os sócios? Trata-se de prazo decadencial ou
prescricional? (vide anexos IX e X).
Analisado isso, entendo que os indébitos atingidos por tal prazo prescricional
de 5 anos são aqueles “cuja restituição seja requerida depois do termo inicial de sua
vigência”.