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Eletrônica
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
52 pag.
Agosto/2008
¾ Caso VIN diminua podemos analisar o que acontece aplicando LKT, obedecendo aos
mesmos princípios adotados anteriormente. Neste caso VCB diminui.
LIMITAÇÕES:
Valores mínimos e máximos de VIN
Como VIN = VR + VZ e VR = R.IR mas IR = IZ + IB
então:
VIN = R(IZ + IB) + VZ
FUNCIONAMENTO:
¾ VZ = VCB Î como VZ é constante, VCB será constante.
¾ VCE = VCB + VBE, mas VCB >> VBE
logo: VCE = VCB, onde VCE = VZ
Ao variar a tensão de entrada dentro de certos limites, como VZ é fixa, variará VBE
variando a corrente IB e conseqüentemente IC. Em outras palavras, variando-se a tensão
de entrada ocorrerá uma atuação na corrente de base a qual controla a corrente de coletor.
Neste caso, VCE tende a permanecer constante desde que IZ não assuma valores
menores que IZ(MIN) e maiores que IZ(MAX).
FUNCIONAMENTO:
Quando houver uma variação da tensão de entrada, a tendência é ocorrer uma
variação da tensão de saída.
Supondo que VIN aumente, a tensão nos extremos de RL tenderá a aumentar,
aumentando a tensão no ponto “x”, mas como a tensão no emissor de T2 é fixada por VZ,
então um aumento de tensão no ponto "x" provocará um aumento de VBE2, que aumentará
IB2 e consequentemente IC2.
Quando IC2 aumenta, haverá um aumento da tensão em R3 (VR3), uma vez que a
tensão do emissor de T2 é fixada pela tensão de zener (VZ). Como VBE1 é fixa, então um
aumento de VR3 provocará um aumento de VCE1. Lembrar que VR3 = VCB1 e que VCB1 +
VBE1 = VCE1. Um aumento de IC2 provocará também um discreto aumento na corrente de
base de T1 (IB1).
IC2 = IR3 - IB1 ou IR3 = IC2 + IB1
Para todos os circuitos mostrados, o cálculo da tensão na carga pode ser realizado
da seguinte maneira:
Como:
V X = VBE 2 + VZ
R + R2
R2 Teremos: V L = 1 ⋅ (VZ + V BE 2 )
VX = ⋅ VL R2
R1 + R2
Outro componente que pode ser aplicado em uma configuração com amplificador
de erro é o amplificador operacional. A configuração descrita pode ser visualizada na
figura abaixo:
Parâmetros de regulação
Em projetos de fontes alguns parâmetros são calculados para que sejam definidas
as características de robustez a variações na carga e na linha. Desta maneira, listamos
abaixo os parâmetros citados:
• Regulagem de linha: é a variação da tensão de saída devido a uma variação da
tensão da entrada. Normalmente é dada pela relação percentual entre variação da
tensão de saída e a tensão nominal de saída, quando a tensão de entrada varia
entre os valores mínimo e máximo.
∆Vo
Rli = ⋅ 100%
∆Vi Rl =cte
• Regulagem de carga: é a relação percentual entre a variação da tensão de saída e
a tensão nominal de saída quando a corrente da saída varia de zero ate o valor
nominal.
Vo RL = RLnom −Vo RL = RL min
Rca = ⋅ 100%
Vo RL = RLnom
Exemlo: No circuito abaixo, observamos as seguintes medições:
Vi Vo Io Ação
10V 5V 300mA Variação da tensão
11V 5,1V 306mA de entrada
10V 5V 300mA Variação da
10V 5,2V 0mA corrente de saída
5,1 − 5
Rli = ⋅ 100% = 10%
11 − 10
5,2 − 5
Rca = ⋅ 100% = 3,85%
5,2
10
11
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Introdução
As potências manejadas pelos dispositivos
semicondutores, transistores, TRIAC,
MOSFET, Reguladores de tensão etc., tem
em muitos casos uma magnitude
considerável. Além disso, o problema se
agrava tendo em conta que o tamanho de
tais dispositivos é muito pequeno, o que dificulta a transferência do calor produzido. Um
corpo que conduz uma corrente elétrica perde parte de energia em forma de calor por
efeito Joule. No caso dos semicondutores, manifesta-se principalmente na junção PN, e
se a temperatura aumenta o suficiente, produz-se a fusão térmica da junção, inutilizando
o dispositivo. Os dispositivos de potência reduzida, dissipam o calor através de seu
encapsulamento para o ambiente, mantendo um fluxo térmico suficiente para evacuar
todo o calor e evitar sua destruição. Nos dispositivos de maior potência, a superfície do
encapsulamento não é suficiente para poder evacuar adequadamente o calor dissipado.
Recorre-se para isso aos radiadores (heatsinks), que proporcionam uma superfície
adicional para o fluxo térmico.
Propagação do calor
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Tj = temp. da junção
Ta = temp. ambiente
Rjc = resist. térmica junção-cápsula
Rcd = resist. térmica cápsula-dissipador
Rda = resist. térmica dissipador-ambiente
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O fluxo de calor, desde a junção PN até o ambiente tem que atravessar vários
meios, cada um com diferente resistência térmica.
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Valores para Cf
Dissipador brilhante Dissipador escuro
Montagem vertical 0,85 0,43
Montagem horizontal 1,00 0,50
A superfície preta pode ser conseguida pela cobertura do dissipador com óxido
preto, mas o preço pode aumentar na mesma proporção que a resistência térmica cai.
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Exemplo de projeto
Vamos utilizar um regulador de tensão LM317T com encapsulado TO-220 e
cujos dados são os seguintes:
Do datasheet obtemos os seguintes dados:
Tj = 125 ºC
Rjc = 5 ºC/w
Cálculo da potência que dissipa o LM317. A potência que dissipa o regulador é o produto
do V que existe entre o terminal de entrada e saída e a corrente que o regulador fornece.
Vin = 12 volts
Vout = 6.3 volts
V = Vin-Vout = 5.7 volts
I = 0.9A é a corrente que o regulador fornece.
Pot = 5.7 x 0.9 = 5.13 watts
partimos da expressão
T = Tj - Ta = P (Rjc + Rcd + Rda)
Temos que calcular o valor de dissipador que precisamos, ou seja, Rda. Escolhemos
um k = 0.7 porque vamos colocar o dissipador no exterior e vertical.
Rda = [(k Tj - Ta) / P] - Rjc - Rcd = [(0.7·125 - 25)/5.13] - 5 - 1.4 = 5.78 ºC/w
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19
20
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Se, a cada intervalo de tempo T, a chave fica conectada por um tempo Tc, a tensão na
carga Vc será pulsante conforme gráfico na figura.
Vm = (Tc/T) Ve
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O conversor Buck
O circuito básico do conversor buck é mostrado na figura abaixo:
Inicialmente, note-se que seja qual for o semicondutor de potência escolhido, ele
está genericamente representado pela chave S. Como o capacitor de filtro C é usualmente
projetado de forma que a tensão de saída Vo seja praticamente isenta de ondulação, então
o RC de saída pode ser representado por uma fonte de tensão, como mostrado na figura
anterior.
A figura abaixo mostra os modos de funcionamento do conversor Buck.
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Condução Contínua
A figura ao lado mostra as
formas de onda características do
conversor CC-CC tipo Buck
operando em condução contínua.
Como as tensões de entrada e saída
Vi e Vo podem ser consideradas
constantes (sem ripple), então a
corrente no indutor IL é formada
por trechos de reta (onda triangular)
e, por simetria, deduz-se que, para
que a condução seja de fato
contínua, deve-se ter:
2 ⋅ Po
∆ILPP ≤ 2 ⋅ IL = .
Vo
Note-se que o ripple da
tensão de saída ∆Vo PP foi
exagerado apenas para fins didáticos.
A análise deste conversor será feita a partir do ponto de vista do projetista, que
parte de certas condições iniciais e busca encontrar os valores dos componentes do
circuito. Neste caso, são considerados parâmetros fundamentais as tensões de entrada e
saída do circuito Vi e Vo e a potência de saída Po. Adicionalmente, deve-se especificar a
freqüência de chaveamento fc com a qual se deseja trabalhar e os ripples aceitáveis na
corrente do indutor ∆ILPP e na tensão de saída ∆Vo PP = ∆Vc PP . A partir desses dados,
deve-se calcular a razão cíclica D e os valores de L e C que satisfazem os requisitos do
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Condução descontínua
A figura ao lado mostra as
formas de onda características do
conversor CC-CC tipo Buck
operando em condução
descontínua. Para que a condução
seja de fato descontínua, deve-se
ter:
2 ⋅ Po
∆IL pp > 2 ⋅ IL =
Vo
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O conversor Boost
A figura abaixo mostra o circuito básico do conversor CC-CC tipo Boost:
Condução contínua
Quando S ON, Vi transfere
energia para L e IL aumenta
linearmente. Quando S OFF, L força
IL por D e pela carga e IL diminui.
Para que a condução seja, de
fato, contínua, a seguinte
desigualdade deve ser verdadeira:
2 ⋅ Po
∆ILPP ≤ 2 ⋅ IL =
Vo
A razão cíclica, bem como os
tempos ton e toff, podem ser
calculados a partir de:
V ⋅t
Vi = V x = o OFF = (1 − D ) ⋅ Vo
TC
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Condução descontínua
A figura ao lado mostra as
formas de onda características do
conversor CC-CC tipo Boost
operando em condução
descontínua:
Para que a condução seja,
defato, descontínua, deve-se ter:
2 ⋅ Po
∆IL pp > 2 ⋅ IL =
Vo
Note-se que de forma
análoga ao que ocorre com o
conversor Buck em condução
descontínua, ton e toff são
impostos pelo circuito, mas tx,
definido na figura anterior, é o
tempo de descarga do indutor L,
ou seja, é uma característica do
circuito.
Considerando-se sabidos os
( )
princípios envolvidos Pi = Po , V L = I C = 0, etc pode-se afirmar que para o conversor CC-
CC tipo Boost operando em condução descontínua valem as equações seguintes:
∆ILpp ⋅ t X P
ID = = Io = o
2 ⋅ Tc Vo
Vo ⋅ tx + Vi ⋅ (tOFF − t X )
VX = = Vi
TC
Vi ⋅ tON (Vo − Vi ) ⋅ t X
∆ILpp = =
L L
1 ⎡ ∆ILpp − I o ⎤
∆VCpp = ⋅ ⎢t X ⋅ ⎥ ⋅ (∆ILpp − I o )
2⋅C ⎣ ∆ILpp ⎦
2 ⋅ IL ⋅ L ⋅ Tc
tx =
Vi ⋅ ton
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2 ⋅ Po 2 ⋅ Po
∆ILPP ≤ 2 ⋅ IL = ∆IL pp > 2 ⋅ IL =
Vo Vo
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Condução contínua
Vi ⋅ t ON − Vo ⋅ t OFF
VX = =0
Tc
Vi ⋅ t ON Vo ⋅ t OFF
∆ILpp = =
L L
I o ⋅ t ON
∆Vopp = ∆Vcpp =
C
Condução descontínua
∆ILpp ⋅ t X P
ID = = Io = o
2 ⋅ TC Vo
Vi ⋅ t ON − Vo ⋅ t X
VX = =0
Tc
Vi ⋅ t ON Vo ⋅ t X
∆ILpp = =
L L
1 ⎡ ⎛ ∆ILpp − I o ⎞⎤
∆VCpp = ∆Vopp = ⋅ ⎢t X ⋅ ⎜⎜ ⎟⎟⎥ ⋅ (∆ILpp − I o )
2⋅C ⎣ ⎝ ∆ILpp ⎠⎦
Não esqueça que:
tON t 1 1
D= = ON e fc = =
tON + tOFF TC tON + tOFF TC
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5) Dado o circuito abaixo, calcule o máximo valor de R1 para que tenhamos Ccont.
Calcule o valor de C para um ∆Vopp=0.03Vpp. Dado Vo=36V.
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7) Para o circuito da figura abaixo, calcule D para que tenhamos Vo=15V. Verifique
se é Cdesc ou Ccont. Calcule ∆VOpp :
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O que é pwm?
PWM (PULSE WIDTH MODULATION), ou MODULAÇÃO POR LARGURA
DE PULSO, é uma forma de controle de tensão por recorte onde os tiristores ou
transistores de potência são ligados ou bloqueados de modo a obter na saída o valor de
tensão desejada.
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Oscilador dente-de-serra
O oscilador dente-de-serra interno do TL494 é programável, sendo a freqüência
determinada por um capacitor CT e um resistor RT externos. A escolha de CT e RT para uma
dada freqüência de chaveamento é feita de um gráfico fornecido pelo fabricante. Para o
Motorola TL494 a freqüência é dada aproximadamente por:
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Controle de saída
O pino de controle OC de saída permite que sejam gerados sinais de controle
para transistores operando em configuração push-pull, ou seja, sinais não superpostos no tempo
e em oposição de fase. Se o pino estiver aterrado, é gerado um sinal apenas, para operação
com um único transistor de chaveamento (single-ended).
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Filtros passivos
Os filtros são redes que permitem ou detêm a passagem de um determinado grupo
de freqüências (banda de freqüências).
Tipos de filtros existentes:
• Filtros passa baixo
• Filtros passa alto
• Filtros passa banda
• Filtros rejeita banda
Principais características dos filtros:
• Possuem uma freqüência central
• Possuem uma determinada largura de banda
• Possuem um fator de qualidade
Na figura abaixo, mostramos dois gráficos de filtros passa banda com mesma
freqüência central, porem com diferentes fatores de qualidade Q.
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A freqüência de corte é aquela onde a amplitude do sinal cai até 70,7% de seu
valor máximo e isto ocorre quando XC = R (reatância capacitiva igual à resistência).
Se XC = R, a freqüência de corte será:
1
fc =
2 ⋅π ⋅ R ⋅ C
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O valor da tensão de saída pode ser calculado com esta equação para qualquer
freqüência.
Para baixas freqüências, a saída tem um valor muito baixo. Para a freqüência de
corte Xc = R (reatância capacitiva igual à resistência), desta forma:
Vr = Vo = I ⋅ R = I ⋅ XC ∴Vo = 0,707 ⋅ Vin
Na freqüência de corte, a reatância
capacitiva e a resistência têm o mesmo valor,
desta forma:
1
R = XC =
2 ⋅π ⋅ fc ⋅ C
1
fc =
2 ⋅π ⋅ R ⋅ C
Equação idêntica à do filtro passa baixas.
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Filtros Ativos
Os filtros ativos diferem dos passivos por terem um elemento amplificador
operacional e por permitirem que tenhamos inclinações maiores que 20dB/década e um
ganho maior do que o unitário. Ao contrario dos filtros passivos, estes requerem
alimentação e são bastante populares, existindo uma grande variedade de tipos diferentes
(Butterworth, Chebyshev, Bessel e outros), cada um com uma característica.
R1
W = 2 ⋅π ⋅ fc Avf = 1 + Ganho(dB) = 20 ⋅ log Av
R2
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Vout Av f ⋅ W 1
Av = ∴ Av = Onde: f c = e W = 2 ⋅π ⋅ fc
Vin ⎛ 1 ⎞
2 2 ⋅π ⋅ R ⋅ C
W2 +⎜ ⎟
⎝ R ⋅C ⎠
R1
Avf = 1 + Ganho(dB) = 20 ⋅ log Av
R2
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1 R1
fc = e W = 2 ⋅π ⋅ fc Avf = 1 +
2 ⋅ π ⋅ Ra ⋅ Rb ⋅ C a ⋅ C b R2
O fator de qualidade do filtro pode ser calculado da seguinte forma:
Ra ⋅ Rb ⋅ C a ⋅ C b
Q=
Ra ⋅ C b + Rb ⋅ C b + Ra ⋅ C a (1 − Av f )
Ganho(dB) = 20 ⋅ log Av
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Isto também pode ser útil se quisermos obter um filtro que passe apenas uma
banda especifica, conforme figura abaixo:
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Exercícios
1) Considerando o filtro abaixo, determine o que se pede:
a. Tipo e ordem
b. Freqüência de corte
c. Curva de resposta
d. Ganho em 3KHz
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a. Tipo e ordem
b. Freqüência de corte
c. Curva de resposta
d. Ganho a 100Khz
e. Atenuação a 20KHz
f. Fator Q do filtro
50
a. Tipo e ordem
b. Freqüência de corte
c. Curva de resposta
d. Atenuação a 100KHz
e. Fator Q do filtro
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