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BACIA DO
TOCANTINS-ARAGUAIA
Plano Nacional de Integração Hidroviária
Desenvolvimento de Estudos e Análises das Hidrovias Brasileiras
e suas Instalações Portuárias com Implantação de Base de Dados
Georreferenciada e Sistema de Informações Geográficas
Fevereiro 2013
Relatório Técnico Bacia do Tocantins-Araguaia
Diretoria Colegiada
Pedro Brito (Diretor-Geral Substituto)
Fernando José de Pádua C. Fonseca (Diretor Interino)
Mário Povia (Diretor Interino)
ii ANTAQ/UFSC/LabTrans
Bacia do Tocantins-Araguaia Relatório Técnico
FICHA TÉCNICA
ENTIDADES COLABORADORAS
Ministério dos Transportes (MT)
Administrações Hidroviárias
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT)
VALEC - Engenharia, Construções e Ferrovias S.A.
Unidades Administrativas Regionais da ANTAQ
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG)
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC)
Marinha do Brasil/Diretoria de Portos e Costas - Capitania Fluvial de Juazeiro
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)
Agência Nacional de Águas (ANA)
Secretaria do Planejamento do Estado da Bahia (BA)
Secretaria do Desenvolvimento Econômico de Pernambuco - Porto Fluvial de Petrolina (PE)
Secretaria de Transportes - RS - SEINFRA
Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (SOPH)
Superintendência de Portos e Hidrovias do Rio Grande do Sul (SPH)
Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo (DH)
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e suas Federações
Confederação Nacional do Transporte (CNT) e suas Federações
Petrobras Transporte S/A (TRANSPETRO)
Vale S.A.
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Relatório Técnico Bacia do Tocantins-Araguaia
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Bacia do Tocantins-Araguaia Relatório Técnico
Estudos
André Ricardo Hadlich - Responsável Técnico
Daniele Sehn - Economista
André Felipe Kretzer Carlo Vaz Sampaio
Felipe Souza dos Santos Gabriella Sommer Vaz
Guilherme Tomiyoshi Nakao Humberto Assis de Oliveira Sobrinho
Jonatas J. de Albuquerque Larissa Steinhorst Berlanda
Luiz Gustavo Schmitt Marjorie Panceri Pires
Natália Tiemi Gomes Komoto Priscila Lammel
Sistema
Luiz Claudio Duarte Dalmolin - Responsável Técnico
Emanuel Espíndola Rodrigo Silva de Melo
José Ronaldo Pereira Junior Sérgio Zarth Junior
Leonardo Tristão Tiago Lima Trinidad
Robson Junqueira da Rosa
Design Gráfico
Guilherme Fernandes
Heloisa Munaretto
Revisão de Textos
Lívia Carolina das Neves Segadilha
Paula Carolina Ribeiro
Pedro Gustavo Rieger
Renan Abdalla Leimontas
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Relatório Técnico Bacia do Tocantins-Araguaia
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LISTA DE FIGURAS
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LISTA DE QUADROS
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LISTA DE TABELAS
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................1
2 DETERMINAÇÃO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA.......................................................................3
2.1 Localização............................................................................................................................. 3
2.2 Determinação da Área de Influência ..................................................................................... 4
2.2.1 Área Inicial de Estudo ......................................................................................................... 4
2.2.2 Área de Influência Final ...................................................................................................... 7
3 IDENTIFICAÇÃO DOS PRODUTOS RELEVANTES PARA ANÁLISE ........................................ 11
3.1 Quantificação dos fluxos atuais de transporte.................................................................... 11
3.2 Definição dos produtos relevantes para a Bacia do Tocantins-Araguaia ............................ 12
4 DEFINIÇÃO DOS FLUXOS RELEVANTES PARA ANÁLISE .................................................... 13
4.1 Recorte da Matriz do PNLT .................................................................................................. 13
5 PROJEÇÃO DOS FLUXOS DE COMERCIALIZAÇÃO E TRANSPORTE ..................................... 15
5.1 Caracterização socioeconômica .......................................................................................... 15
5.2 Resultados da projeção de demanda da área contígua à Hidrovia
Tocantins-Araguaia .............................................................................................................. 16
5.3 Resultados da projeção de demanda da Área de Influência total da Hidrovia
Tocantins-Araguaia .............................................................................................................. 26
5.4 Resultados da alocação da carga total para a Hidrovia Tocantins-Araguaia....................... 28
6 DIAGNÓSTICO DA REDE DE TRANSPORTE ATUAL ........................................................... 31
6.1 Bacia do Tocantins-Araguaia ............................................................................................... 31
6.1.1 Rio Tocantins ..................................................................................................................... 34
6.1.2 Rio Araguaia ...................................................................................................................... 35
6.1.3 Rio das Mortes .................................................................................................................. 36
7 DEFINIÇÃO DA REDE FUTURA A SER ANALISADA - NOVAS OUTORGAS E TERMINAIS
HIDROVIÁRIOS.............................................................................................................. 37
7.1 Montagem dos cenários de infraestrutura ......................................................................... 37
7.1.1 Modal Rodoviário.............................................................................................................. 37
7.1.2 Modal Ferroviário ............................................................................................................. 39
7.1.3 Modal Hidroviário ............................................................................................................. 41
7.1.4 Novas outorgas de terminais hidroviários ........................................................................ 44
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Relatório Técnico Bacia do Tocantins-Araguaia
PREFÁCIO
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1 INTRODUÇÃO
No entanto, foi com o declínio da mineração e com a crise econômica que se abateu na
Província de Goiás, no final do século XVIII, que a navegação comercial nos rios Araguaia e
Tocantins começou a ser explorada, uma vez que o comércio fluvial entre essa província e o
Pará estava proibido desde 1733 devido ao contrabando de ouro.
Nesse mesmo período, os dois grandes rios passaram a ser considerados os escoadores
naturais do sertão goiano e os caminhos mais indicados para o desenvolvimento do comércio e
integração com as vastas regiões do Brasil. Foi um período em que o governo Imperial
incentivou a conquista de novos espaços territoriais em vários rios das bacias hidrográficas
brasileiras.
Os governantes optaram pela via fluvial por esta ser o meio mais viável de
comunicação devido à falta de estradas, fator que dificultava o acesso dos comerciantes aos
centros consumidores. A ligação com os portos marítimos promoveria o escoamento da
produção destinada à metrópole portuguesa.
Por possuir longos trechos navegáveis e por ter um grande potencial devido à sua
extensão e posição geográfica, a Hidrovia Tocantins-Araguaia poderá ser utilizada atualmente
para o escoamento da produção de grãos e minérios. Porém, alguns obstáculos naturais, a
dificuldade na conclusão de eclusas e impedimentos ambientais comprometem o total
aproveitamento dessa capacidade. A proposta de construção da Hidrovia Tocantins-Araguaia
visa estabelecer um canal de ligação hidroviário entre o Norte e o Sul do país, buscando o
desenvolvimento econômico da primeira região. É necessário, para isso, o investimento na
construção de eclusas, drenagem e derrocamento, previstos no Programa de Aceleração do
Crescimento 2 (PAC 2) (BRASIL, 2012a).
Este relatório diz respeito ao estudo da Bacia do Tocantins-Araguaia, tendo este sido
elaborado de acordo com os procedimentos descritos no Relatório de Metodologia. Segue a
mesma estrutura de capítulos utilizada neste, mas direciona o foco aos resultados obtidos. Ao
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todo, o presente relatório constitui-se de onze capítulos, sendo o primeiro composto por esta
introdução. Os demais são:
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2.1 Localização
A bacia hidrográfica dos rios Tocantins e Araguaia possui uma área de mais de 960.000
quilômetros quadrados e abrange os territórios dos estados de Goiás, Tocantins, Pará,
Maranhão, Mato Grosso e Distrito Federal. É formada por diversos rios. Os principais são
abordados neste estudo, quais sejam: Rio Tocantins, Araguaia e o Rio das Mortes.
Segundo Eiten (1994 apud MACHADO et al, 2008) e Pedroso (2004), a área de
abrangência da Bacia do Tocantins-Araguaia é caracterizada, em quase sua totalidade, pelo
bioma do Cerrado, que apresenta clima tropical com precipitação variando de 750 a 2.000
milímetros por ano, em média. O Cerrado é uma das áreas mais propícias à produção de
alimentos em todo o mundo devido à intensidade da luz solar e a outros fatores favoráveis,
como solo, topografia e água. Aproximadamente 18 milhões de habitantes vivem nessa área.
Considerando esses fatores, a região consiste em uma zona de frente de expansão em
desenvolvimento, com vasta potencialidade para o crescimento econômico.
No Rio Araguaia, o trecho navegável vai desde a cidade de Aruanã (GO) até a cidade de
Xambioá (TO), numa extensão de 1.230 quilômetros. Por fim, no trecho do Rio Tocantins, a
porção navegável se inicia na cidade de Miracema do Tocantins e vai até a foz do rio, no Pará,
numa extensão aproximada de 440 quilômetros (BRASIL, 2010b).
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Bacia do Tocantins-Araguaia Relatório Técnico
RR
AP
AM PA
CE
MA
RN
PI
PB
PE
AC TO
AL
SE
RO
MT
BA
GO DF
MG
ES
MS
RJ
SP
Figura 2 - Microrregiões PR
em estudo
Fonte: LabTrans/UFSC
SC
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O resultado pode ser observado nas figuras que seguem. Cada zona está ilustrada com
uma cor referente ao porto menos oneroso para ser utilizado. Algumas microrregiões se
encontram em branco por dois motivos: falta de acesso aos centroides, ou porque o porto de
destino estava situado no centroide em estudo.
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Figura 6 - Microrregiões que já tinham como destino os portos de Vila do Conde e Itaqui
Fonte: LabTrans/UFSC
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Devido à importância desse fluxo, foram incluídos na consulta os pares com origem na
microrregião de Manaus e qualquer destino no estado de São Paulo, sendo que o inverso
também foi adicionado (origens no estado de São Paulo, destino em Manaus).
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Os dados referentes ao Distrito Federal são bastante expressivos, já que este possui
93% de seu PIB constituído pelo setor de serviços, sendo praticamente nula a participação do
setor primário (IBGE, 2012).
Por fim, o Pará se diferencia um pouco dos demais estados analisados, pois os quase
30% de participação do setor industrial no PIB do estado indicam que há um forte viés nesse
sentido. O quadro se acentua quando considerado que em 2012 esse setor paraense foi o que
mais cresceu no país no início do ano, segundo pesquisa do IBGE (INDÚSTRIA..., 10/04/2012).
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Tabela 5 - Volume exportado e importado (t) por produto nos anos 2010 e 2030
Exportações
Produtos 2010 2015 2020 2025 2030
Produtos siderúrgicos 3.437.500 6.768.598 10.937.500 15.109.950
Gusa e ferro-ligas 1.208.875 1.326.884 1.591.793 1.822.752 2.040.211
Soja 2.707.632 4.323.378 6.432.484 8.250.502 10.080.135
Minério de ferro 15.000.000 1.620.697 1.750.000 1.879.031
Animais vivos 73.521 87.385 105.747 122.723
Produtos de Exploração vegetal 244.382 240.791 258.430 436.379 613.763
Milho 674.769 751.682 1.119.004 1.549.328 1.970.918
Manganês 1.619.937 1.980.729 2.421.212 2.960.226 3.518.800
Importações
Fertilizantes 689.594 1.131.009 1.790.615 2.439.321 3.123.065
Carvão mineral 1.998.547 3.935.231 6.359.012 8.784.855
Fonte: BRASIL (2011a)
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Os resultados descritos na tabela anterior indicam que até 2015 há um predomínio das
exportações de soja nas microrregiões próximas à hidrovia. Porém, a partir desse ano, as
exportações de produtos siderúrgicos ultrapassam esses valores. Destacam-se, ainda, os
aumentos de exportação de manganês e ferro-ligas, mesmo que em menor quantidade. Entre
os produtos de importação, pode-se notar maior significância dos fertilizantes e carvão
mineral, sendo este último o de maior crescimento ao longo do período analisado. A Figura 12
relaciona os principais produtos movimentados na Hidrovia Tocantins-Araguaia em 2010 e
previstos para 2030.
Figura 12 - Principais produtos movimentados em comércio exterior pelas regiões da área contígua
à Hidrovia Tocantins-Araguaia em 2010 e 2030
Fonte: BRASIL (2011a)
Soja
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Bacia do Tocantins-Araguaia Relatório Técnico
A soja, por ser uma commodity, pode ser classificada como um bem normal. Isto
significa que em relação à elasticidade-renda da demanda, um aumento na renda estimula um
aumento da demanda pelo produto. Sendo assim, pelo fato de a tendência futura ser de um
aumento na renda dos países devido aos avanços tecnológicos e à globalização, haverá uma
maior demanda por alimentos, vestuário, aparelhos domésticos, entre outros bens normais,
grupo no qual se encaixa a soja. A Figura 13 indica a projeção de soja para o período 2011 a
2030.
12.000 60
1000 t
Trilhões de US$
10.000 50
8.000 40
6.000 30
4.000 20
2.000 10
0 0
1996
1998
2002
2004
2006
2010
2012
2016
2018
2020
2024
2026
2028
2030
2000
2008
2014
2022
Minério de ferro
O minério de ferro tem seu principal uso na fabricação de aço e ferro fundido, mas
também é utilizado nas indústrias de ferros-liga e cimentos. Suas maiores reservas se
encontram em Minas Gerais, mas também são representativas as de Mato Grosso do Sul e do
Pará. Entre as variedades transportadas nas proximidades da Hidrovia Tocantins-Araguaia,
estão o minério de ferro não aglomerado e seus concentrados e o minério de ferro
aglomerado e seus concentrados.
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Ferro-gusa
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Produtos siderúrgicos
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A alta variedade de produtos que utilizam o aço acarreta uma grande demanda por
diferenciadas composições e formas. De acordo com sua aplicação, são empregados aços
carbono - que possuem baixos teores de elementos como Ni, Mo, Sn, W, Ti, entre outros - ou
aços ligados, com altos teores de tais elementos.
A crescente busca brasileira pela agregação de valor aos produtos exportados torna
maior a expectativa de aumentos na produção do aço visando à exportação, em detrimento da
exportação do minério de ferro. Essas expectativas são confirmadas pela atual presidenta
Dilma Roussef, que acredita na necessidade do país de aumentar sua capacidade produtora de
aço para os fins expostos acima. Para atingir esse objetivo, o governo aumentará os impostos e
financiará altos investimentos no setor siderúrgico brasileiro (GOVERNO..., 2011). Além de
outros quatro grandes projetos está a construção da Aços Laminados do Pará (ALPA), por
intermédio da Vale, uma iniciativa de mais de três bilhões de dólares (ORSOLINI, 2011).
A ALPA está sendo construída na cidade de Marabá, no Pará, e deve iniciar suas
atividades em 2014. Acredita-se que a empresa terá potencial para a produção de 2,5 milhões
de toneladas de placas de aço, dos quais 1,85 milhões serão exportados. Há expectativa, ainda,
de que 18,5 milhões de toneladas de aço bruto sejam produzidas nos próximos quatro anos
(DEPOIS..., 2010). O projeto acontece juntamente com investimentos em infraestrutura para o
escoamento da produção, incluindo rodovias, a Estrada de Ferro Carajás e um terminal fluvial
no Rio Tocantins. Esse terminal auxiliará no recebimento das importações de carvão e no
escoamento de produtos siderúrgicos produzidos na região (VALE..., 2010).
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Manganês
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Milho
As microrregiões dos estados do Mato Grosso, Pará, Goiás, Maranhão e Tocantins que
mais produziram esse produto agrícola (em toneladas) no ano de 2009 foram Alto Teles Pires e
Parecis, ambas no Mato Grosso, e a microrregião do Sudoeste de Goiás.
Animais vivos
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Fertilizantes
Como pode ser visto na Figura 18, a movimentação de fertilizantes na área contígua à
hidrovia deve seguir uma trajetória de crescimento, passando de 690.000 toneladas, em 2010,
para 3,1 milhões de toneladas em 2030. Isso significa um aumento de 353% nas importações
de fertilizantes na região.
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Carvão Mineral
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mescla dessas duas projeções resulta na projeção modificada da demanda total das
microrregiões consideradas como potencial de carga.
Tabela 6 - Projeção quinquenal da demanda de cargas, por grupo de produtos na Área de Influência
total da Hidrovia Tocantins-Araguaia - 2010-2030 (t)
Produtos 2010 2015 2020 2025 2030
Minério de ferro 90.295.924 116.490.820 155.332.729 153.963.605 154.092.636
Soja em grão 7.450.561 11.226.050 12.350.222 14.473.368 25.941.932
Carga Geral 7.168.255 8.322.635 10.340.206 12.529.673 14.661.184
Óleo de soja em bruto e tortas, bagaços e farelo de soja 5.008.092 8.602.850 16.039.305 19.242.243 13.976.273
Milho em grão 3.850.898 4.759.270 4.397.964 3.833.878 5.036.349
Gusa e ferro ligas 3.077.410 1.326.884 4.343.533 5.292.708 6.187.884
Manganês 1.686.590 1.980.729 2.421.212 2.960.226 3.518.000
Óleos de milho, amidos e féculas vegetais e rações 1.540.723 1.193.738 1.396.855 1.549.424 1.591.540
Minerais não-metálicos 1.252.269 1.406.230 1.708.664 2.104.525 2.575.009
Bovinos e outros animais vivos 1.241.206 1.479.363 1.751.169 2.028.334 2.234.904
Fertilizantes 738.461 1.131.009 1.790.615 2.439.321 3.123.065
Produtos da exploração florestal e da silvicultura 670.675 768.659 974.208 1.121.304 1.126.658
Produtos químicos inorgânicos 595.652 525.768 641.799 783.213 945.390
Semi acabacados, laminados planos, longos e tubos de aço 463.664 866.274 705.636 599.448 601.434
Carvão mineral 436.047 1.998.547 6.359.012 6.359.012 8.784.855
Outros produtos e serviços da lavoura 414.619 380.231 485.808 587.675 817.990
Cimento 351.644 336.210 423.466 419.538 255.508
Leite de vaca e de outros animais 307.061 422.666 572.286 725.439 850.053
Minerais metálicos não-ferrosos 130.862 307.570 554.317 848.325 1.175.798
Animais Vivos 64.909 73.521 87.385 105.747 122.723
Outros produtos do refino de petróleo e coque 41.029 71.525 102.260 141.993 190.203
Total 126.786.550 163.670.547 222.778.650 232.108.996 247.809.389
Fonte: BRASIL (2011a); dados do PNLT (documento reservado)
Através da análise dos resultados totais da projeção, nota-se que o principal produto
movimentado na área total de influência da Hidrovia Tocantins-Araguaia é o minério de ferro,
com participação de 71,2% em 2010. A demanda de minério é decorrente da empresa Vale do
Rio Doce, mais especificamente de sua mina na Serra de Carajás. Apesar de apresentar
aumento da demanda, sua participação deve cair de 71% a 62,2% ao final do período
compreendido entre 2010 e 2030.
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Relatório Técnico Bacia do Tocantins-Araguaia
1
Uma alternativa é ponderar o volume transportado pela distância percorrida e referir o resultado em tku
(tonelada-quilômetro útil). Esse procedimento está além do escopo deste estudo e dificultaria a comparação da
carga alocada com a demanda projetada.
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Tabela 7 - Projeção quinquenal da carga alocada, por produtos, para a Hidrovia Tocantins-
Araguaia - 2015-2030 (t)
Produtos 2015 2020 2025 2030
Soja em grão 2.782.820 5.735.920 7.466.640 12.187.650
Óleo de soja em bruto e tortas, bagaços e farelo de soja 2.510.580 - - -
Carvão Mineral 1.998.550 3.935.230 6.359.010 8.784.850
Milho em grão 805.620 482.280 340.160 2.250.610
Carga geral 683.040 3.722.490 3.936.070 5.549.610
Gusa e ferro ligas 519.910 623.710 714.200 799.410
Minerais não metálicos 167.180 753.490 1.230.890 1.392.050
Semi acabacados, laminados planos, longos e tubos de aço 46.000 132.000 126.000 126.000
Óleos de milho, amidos e féculas vegetais e rações 25.080 267.440 344.700 348.500
Leite de vaca e de outros animais 21.910 146.950 218.120 257.820
Bovinos e outros animais vivos 9.570 30.620 38.860 46.210
Produtos químicos inorgânicos 7.810 77.130 174.000 185.850
Outros produtos e serviços da lavoura 5.560 87.080 105.960 197.640
Produtos da exploração florestal e da silvicultura 4.220 27.500 38.410 40.760
Fertilizantes 2.000 4.000 4.000 5.000
Manganês 1.000 1.000 1.000 1.000
Animais Vivos 360 420 510 590
Cimento - 248.900 252.100 151.450
Outros produtos do refino de petróleo e coque - 45.690 59.840 69.230
Minério de ferro - - - -
Minerais metálicos não ferrosos - - - -
Total 9.591.210 18.764.610 21.410.470 33.760.780
Fonte: BRASIL (2011a); dados do PNLT (documento reservado)
Como pode ser visto na Tabela 4, em 2015 foram alocadas 9,6 milhões de toneladas de
cargas na Hidrovia Tocantins-Araguaia. Ao final do período de projeção, 2030, espera-se que a
hidrovia transporte 33,8 milhões de toneladas, o que representa um crescimento total de
252%.
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Relatório Técnico Bacia do Tocantins-Araguaia
Por fim, pode-se notar que algumas cargas demandadas na área de influência da
Hidrovia Tocantins-Araguaia não devem ser movimentadas nela, como é o caso de minério de
ferro e minerais não ferrosos, uma vez que são cargas tipicamente movimentadas por via
ferroviária. Conforme mencionado anteriormente, a Estrada de Ferro Carajás, operada pela
Vale, é utilizada para transportar minérios da Serra dos Carajás até o Porto de Itaqui e
proximidades, principalmente até o Terminal Marítimo Ponta da Madeira - porto privativo
também pertencente à Companhia Vale. Não há, portanto, expectativas de que essas cargas
sejam movimentadas na Hidrovia Tocantins-Araguaia.
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Bacia do Tocantins-Araguaia Relatório Técnico
Mas, para alcançar o objetivo de integração modal, foi necessário transpor alguns
desafios que inviabilizavam a utilização da Hidrovia Tocantins-Araguaia, como, por exemplo, a
construção das eclusas de Tucuruí no Rio Tocantins, hoje uma realidade.
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Relatório Técnico Bacia do Tocantins-Araguaia
1. Eclusa 1 6. Vertedouro
2. Eclusa 2 7. Canal de Fuga
3. Barragem de Terra 8. Canal Intermediário
4. Subestação 9. Canal de Jusante
5. Casa de Força 10. Porto Existente
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Bacia do Tocantins-Araguaia Relatório Técnico
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Relatório Técnico Bacia do Tocantins-Araguaia
O Rio Tocantins forma-se a partir dos rios das Almas, Maranhão e Tocantinzinho,
percorrendo uma extensão de 2.400 quilômetros até desaguar na baía de Marajó, próximo a
Belém (PA) (GOIÁS, 2010).
Administrado pela AHITAR, o rio possui uma extensão navegável de 712 quilômetros
divididos em três trechos. O primeiro, de 254 quilômetros, estende-se desde a foz em
Abaetetuba (PA) até a barragem de Tucuruí, na cidade de Tucuruí (PA). Desse local, o rio
percorre uma distância de 244 quilômetros até a cidade de Marabá (PA), caracterizando o
segundo trecho viável à navegação, percurso sujeito a variação dos níveis do reservatório de
Tucuruí. Por fim, o terceiro trajeto parte de Marabá (PA) até a cidade de Imperatriz (MA),
distando 214 quilômetros (BRASIL, 2010c).
Conforme a ANA (2005), o estirão que parte da foz até a barragem tem seu regime
determinado pela variabilidade das marés e pelas vazões efluentes da Usina Hidrelétrica de
Tucuruí. Tal área possui excelentes condições de navegação durante todo o ano, com calado
das embarcações podendo variar de 1,5 até 2,5 metros. A região compreendida entre a foz do
rio e a cidade de Cametá (PA) pode ser frequentada por embarcações marítimas. O trecho
dispõe de cartas de navegação. O comboio-tipo para o Tocantins possui comprimento de 200
metros, boca de 24 metros e calado de 2,5 metros.
De Marabá (PA) a Imperatriz (MA), segundo Godoy e Vieira (1999), o rio apresenta
certos empecilhos próximos à foz do rio Araguaia, tendo em vista as declividades acentuadas e
algumas sucessões de rochas existentes na região. De Imperatriz (MA) até Porto Franco (MA),
o Rio Tocantins não é considerado navegável. Nessa região, a montante de Imperatriz (MA),
está prevista a construção da barragem de Serra Quebrada, que criará um lago com
profundidade aproximada de 132 metros e 100 quilômetros de extensão (BRASIL, 2010c). Tal
volume d’água inundará o então trecho não navegável e, consequentemente, ligará os 712
quilômetros navegáveis de jusante com os 483 quilômetros de montante (atualmente
considerado inviável à navegação e não muito frequentado por embarcações comerciais) até a
cidade de Miracema do Tocantins (TO).
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diversos trechos em obras e outros em leito natural no Tocantins, mas no Pará apresenta
condições regulares de tráfego. Encontra-se com a BR-316 em Santa Luzia do Pará. A BR-316 é
uma rodovia diagonal, que tem início em Belém (PA) e termina em Maceió (AL). No Pará possui
boas condições de trafegabilidade, com 65 quilômetros duplicados entre Belém (PA) e
Castanhal (PA) e o restante do trecho em pista simples (DNIT, 2012).
No extremo nordeste do estado do Mato Grosso, o rio divide-se em dois braços: pela
esquerda, em que permanece denominado Rio Araguaia, e pela direita, quando torna-se Rio
Javaés, segundo o Portal de Informações e Serviços do Estado do Tocantins (2010). A
bifurcação se estende por alguns quilômetros até a nova junção, formando a ilha do Bananal,
maior ilha fluvial do mundo. Ao percorrer o estado do Pará nas proximidades da cidade de
Marabá, mais precisamente no município de São João do Araguaia, ele desemboca suas águas
no Rio Tocantins.
De acordo com a ANA (2005), a navegação no Rio Araguaia ocorre apenas no período
de cheias, entre os meses de dezembro e maio. Intervenções governamentais, como a
construção das barragens e eclusas de Santa Isabel (PA) e Araguanã (TO), ainda em fase de
projeto, bem como campanhas de dragagem e derrocamento de pedrais certamente
alterariam esse horizonte e poderiam tornar a navegação viável o ano todo. Contudo,
restrições socioambientais, como a presença de alguns Parques Nacionais e Reservas
Indígenas, dificultam essas práticas do governo.
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Relatório Técnico Bacia do Tocantins-Araguaia
Segundo Godoy e Vieira (1999), entre a foz e Santa Isabel (PA), nos primeiros 165
quilômetros do rio, a navegação é viável, porém apresenta algumas restrições de calado nos
períodos de águas baixas. O comboio-tipo para o Araguaia possui comprimento de 108 metros,
com 16 metros de boca e calado de 1,5 metros. Entre Santa Isabel (PA) e Xambioá (TO), em um
trecho de 60 quilômetros, encontram-se as quedas d’água de Santa Isabel, com 14 metros de
desnível; as de Santa Cruz e Sumauma; e a de São Miguel, com 8 metros, as quais tornam tal
percurso inviável à navegação e evidenciam a necessidade da construção das barragens e
eclusas de Santa Isabel. De Xambioá (TO) até Conceição do Araguaia (PA), em um curso de
aproximadamente 280 quilômetros, o rio é navegável e possui balizamento e sinalização, haja
vista alguns travessões de rochas existentes.
Administrado pela AHITAR, este rio possui extensão total de 580 quilômetros, dos
quais 425 são navegáveis, concentrados em um único trecho desde a foz, em São Félix do
Araguaia, até a cidade de Nova Xavantina (MT) com uma profundidade mínima de 0,80 metros
(BRASIL, 2010a). O rio desemboca na margem esquerda do Rio Araguaia. Nesse estirão,
relataram-se três passagens rochosas que foram sinalizadas e balizadas visando à segurança
das embarcações. Conforme Godoy e Vieira (1999), o rio apresenta baixa declividade, leito
arenoso e flutuação significativa do nível d’água entre enchente e vazante. O período de
estiagem ocorre de junho a janeiro.
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As informações deste item foram repassadas pela ANTAQ, as quais foram obtidas a
partir de análises feitas junto ao DNIT, Ministério dos Transportes e de uma análise conjunta
dos técnicos da Agência. O Quadro 4 apresenta as obras de melhoria da infraestrutura na Bacia
do Tocantins-Araguaia e os horizontes em estas que se tornam operacionais.
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Relatório Técnico Bacia do Tocantins-Araguaia
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Rio das Mortes: desde Nova Xavantina (MT) até a foz no Rio Araguaia.
De acordo com os procedimentos descritos no Relatório de Metodologia, foram
determinadas as áreas propícias para instalação de novos terminais hidroviários. Essas áreas
encontram-se representadas no Quadro 5.
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Bacia do Tocantins-Araguaia Relatório Técnico
Essas áreas propícias para a instalação de novos terminais foram adicionadas à malha
de transporte nos horizontes apropriados e fizeram parte da simulação descrita no capítulo 9.
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Relatório Técnico Bacia do Tocantins-Araguaia
Este item apresenta os valores de frete referentes a cada tipo de modal, considerando
os grupos de produtos mencionados anteriormente.
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Fonte: LabTrans/UFSC
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Através da análise dos resultados, verificou-se que seis das áreas propícias propostas
no capítulo 7 obtiveram carregamento significativo. Aquelas que apresentaram fluxo superior
a 500.000 toneladas permaneceram na malha durante a etapa de simulação e foram avaliadas
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Bacia do Tocantins-Araguaia Relatório Técnico
quanto à viabilidade no capítulo 10. Essas áreas estão elencadas a seguir com seus respectivos
anos ótimos de abertura:
Figura 34 - Terminais já existentes e áreas propícias de novos terminais hidroviários com ano
ótimo de abertura
Fonte: LabTrans/UFSC
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Em 2015, a hidrovia foi considerada navegável apenas até Marabá, com os fluxos
concentrando-se nesse terminal e em Vila do Conde. Esse horizonte é o que apresenta maior
movimentação de graneis líquidos agrícolas (óleo de soja). Após 2020, com a implantação de
trechos da FICO e da Ferrovia Norte-Sul, esse produto deixa de utilizar a hidrovia e passa a ser
transportado através dessas ferrovias até o Porto de Itaqui, no Maranhão.
Em 2030, com a viabilização de novos trechos do Rio das Mortes e do Rio Araguaia, há
um acréscimo considerável na movimentação de todos os grupos, especialmente de graneis
sólidos agrícolas. Isso pode ser explicado pela maior proximidade dos novos terminais às áreas
produtoras no interior do Mato Grosso e Goiás.
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De acordo com os resultados alcançados, o terminal se mostra viável nessa área, uma
vez que alcançou VPL positivo e TIR da ordem de 8,50%, próximo à TMA especificada para o
estudo.
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Relatório Técnico Bacia do Tocantins-Araguaia
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Bacia do Tocantins-Araguaia Relatório Técnico
De acordo com os resultados alcançados, o terminal se mostra viável nessa área, uma
vez que alcançou VPL positivo e TIR da ordem de 9,01%, superior à TMA definida para o
estudo. A Figura 40 mostra detalhadamente a área propícia de Barra do Ouro, bem como a
rede de transporte próxima ao terminal.
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De acordo com os resultados alcançados, o terminal se mostra viável nessa área, uma
vez que alcançou VPL positivo e TIR da ordem de 8,47%, próximo à TMA especificada para o
estudo. A Figura 41 mostra detalhadamente a área propícia de Aguiarnópolis, bem como a
rede de transporte próxima ao terminal.
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Bacia do Tocantins-Araguaia Relatório Técnico
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Relatório Técnico Bacia do Tocantins-Araguaia
De acordo com os resultados alcançados, o terminal se mostra viável nessa área, uma
vez que alcançou VPL positivo e TIR da ordem de 14,65%, muito superior à TMA especificada
para o estudo. A Figura 42 mostra detalhadamente a área propícia de Peixe, bem como a rede
de transporte próxima ao terminal.
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Bacia do Tocantins-Araguaia Relatório Técnico
De acordo com os resultados alcançados, o terminal se mostra viável nessa área, uma
vez que alcançou VPL positivo e TIR da ordem de 8,66%, superior à TMA especificada para o
estudo. A Figura 43 mostra detalhadamente a área propícia de Itaúba, bem como a rede de
transporte próxima ao terminal.
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Bacia do Tocantins-Araguaia Relatório Técnico
De acordo com os resultados alcançados, o terminal se mostra viável nessa área, uma
vez que alcançou VPL positivo e TIR da ordem de 10,13%, superior à TMA especificada para o
estudo. A Figura 44 mostra detalhadamente a área propícia de Nova Xavantina, bem como a
rede de transporte próxima ao terminal.
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Relatório Técnico Bacia do Tocantins-Araguaia
Todos os terminais analisados neste capítulo apresentam viabilidade, com VPL positivo
e TIR próxima ou superior à TMA. O terminal que apresenta melhores resultados é o localizado
na área propícia de Peixe, com TIR de 14,65%. A área propícia para instalação do terminal de
Nova Xavantina também apresenta bom valor de TIR e VPL. No entanto, o valor de
investimento é mais alto.
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11 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Devido à sua localização central e à ligação com importantes portos do norte do Brasil
(Belém, Barcarena, Vila do Conde), a Hidrovia Tocantins-Araguaia pode vir a ser uma
importante via de ligação na região Centro-Norte do país com a expansão de seus trechos
navegáveis.
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Relatório Técnico Bacia do Tocantins-Araguaia
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Bacia do Tocantins-Araguaia Relatório Técnico
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