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Matemática Financeira

Licenciaturas em Marketing e
Comércio Internacional

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 18- 1

4. Amortização de Empréstimos
4.1 Caracterização.
Amortização
Amortização Progressiva
Empréstimos com juros periódicos normais e
amortização progressiva
4.2 Capital em Dívida
Capital em dívida em função das amortizações
Capital em dívida em função dos termos da renda
4.3 Capital Amortizado
4.4 Sistema de prestações constantes (Sistema
francês)
4.5 Sistema de amortizações constantes.

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Amortização de Empréstimos - Caracterização

4.1 Caracterização

Tipos de empréstimos

elementares
Empréstimos periódicos
não elementares
não periódicos
- Empréstimos elementares são aqueles em que a
amortização do empréstimo e o juro são pagos de uma só
vez. Quando isso não acontece designam-se não
elementares.

- Empréstimos periódicos são aqueles em que os


intervalos de tempo que separam os pagamentos são
constantes. Caso contrário designam-se não periódicos.
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Amortização de Empréstimos - Caracterização

com juros normais ou postecipados


Empréstimos
com juros antecipados

- os juros normais são pagos no fim do empréstimo ou no


fim de cada período de capitalização no caso dos
empréstimos não elementares periódicos.

- os juros antecipados, vulgarmente designados por juros


“à cabeça”, são pagos no momento da contracção do
empréstimo ou no início de cada período de capitalização.

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Amortização de Empréstimos - Caracterização

Amortização
Cada uma das quantias destinadas a fazer o reembolso
progressivo do empréstimo. É também usada a expressão
"prestação de capital" ou “reembolso”.

"Amortização progressiva“
Significa que em cada um dos períodos em que se decompõe
a duração do empréstimo é paga uma parte da dívida.

Empréstimos com juros periódicos normais e


amortização progressiva
São empréstimos cuja liquidação é feita através de rendas
cujos termos incluem duas parcelas: a prestação de juro e a
amortização.

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Amortização de Empréstimos - Caracterização

Notação

V0 – valor inicial do empréstimo;

i – taxa de juro de período igual aos períodos em que


consideramos decomposta a duração total do
empréstimo;

D1, … Dn – amortizações efectuadas nas épocas 1, …, n;

V1, V2, …, Vn – valores a que fica respectivamente reduzido o


capital em dívida, após cada amortização.

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Amortização de Empréstimos - Caracterização

Quadro de amortização do empréstimo

Época Capital em dívida Prestação de juro Amortização Termo da renda

0 V0 ---------- ---------- ----------

1 V1=V0-D1 j1=V0 × i D1 A1=j1+D1

2 V2=V1-D2 j2=V1 × i D2 A2=j2+D2

3 V3=V2-D3 j3=V2 × i D3 A3=j3+D3

. . . . .
. . . . .
. . . . .

n-1 Vn-1=Vn-2-Dn-1 jn-1=Vn-2 × i Dn-1 An-1=jn-1+Dn-1

n Vn=Vn-1-Dn=0 jn=Vn-1 × i Dn An=jn+Dn

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Amortização de Empréstimos - Caracterização

Generalizando:

Vα = Vα−1 − D α
em que:
- Vα é o capital em dívida na época α
- Dα é a amortização da época α

O valor da prestação de juro da época α (jα) é calculado


sobre o capital em dívida no início do respectivo período ou
seja,

jα = Vα−1 × i

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4
Amortização de Empréstimos - Caracterização

Por sua vez, o termo da renda (ou prestação) de ordem α: Aα


A α = jα + Dα
A α = Vα-1 × i + Dα

Desta expressão podemos obter uma outra para o caso


particular do último termo da renda:

Como Vn deverá ser igual a zero, forçosamente Vn-1 = Dn:

A = V ⋅i + D
n n −1 n
∧ V n −1
= Dn

A = D ⋅i + D
n n n

A = D (1 + i )
n n

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4. Amortização de Empréstimos
4.1 Caracterização.
Amortização
Amortização Progressiva
Empréstimos com juros periódicos normais e
amortização progressiva
4.2 Capital em Dívida
Capital em dívida em função das amortizações
Capital em dívida em função dos termos da renda
4.3 Capital Amortizado
4.4 Sistema de prestações constantes (Sistema Francês)
4.5 Sistema de amortizações constantes.

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Amortização de Empréstimos - Caracterização

4.2 Capital em Dívida


O capital em dívida pode ser expresso em função das
amortizações e dos termos da renda.

Capital em dívida em função das amortizações


O capital em dívida numa época k (após a amortização de
ordem k) – representado por Vk – é igual à soma das
amortizações que ainda estão por pagar.
Assim

Vk = D k +1 + D k + 2 + D k +3 + ... + D n −1 + D n
Ou seja, n

∑D
Capital em dívida numa época k
Vk = α (após a amortização de ordem k)
α= k +1 em função das amortizações.

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Amortização de Empréstimos - Caracterização

Capital em dívida em função dos termos da renda

Teorema
O capital que fica em dívida após a amortização de ordem k é
igual ao valor actual, nessa época k, dos termos da renda que
ainda estão por pagar.

Vk Ak+1 Ak+2 …
An-1 An

0 … k k+1 k+2 … n-1 n

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Amortização de Empréstimos - Caracterização

Temos,

Vk = A k +1 × (1 + i) −1 + A k + 2 × (1 + i) −2 + ... + A n × (1 + i)k −n

Ou seja,

n Capital em dívida numa época k


Vk = ∑
α= k +1
A α × (1 + i)k−α (após a amortização de ordem k) em
função dos termos da renda.

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Amortização de Empréstimos - Caracterização

Exemplo 1
Calcule o valor do empréstimo com juros periódicos normais e
amortização progressiva contraído à taxa anual de 10%, que foi
liquidado através da seguinte renda:

V0 4 400 3 630 3 993 14 641


Anos
0 1 2 3 4

Resolução
V0 = 4 400 × (1 + 10%) −1 + 3 630 × (1 + 10%) −2 + 3 993 × (1 + 10%) −3 + 14 641× (1 + 10%) −4
V0 = 4 000 + 3 000 + 3 000 + 10 000 = 20 000

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Amortização de Empréstimos - Caracterização

Quadro

Época Capital em dívida Prestação de juro Amortização Termo da renda

0 20 000 ---------- ---------- ----------

20 000 – 2 400 = 20 000 ×0,1 = 4 400 – 2 000 =


1 4 400
= 17 600 = 2 000 = 2 400
17 600 – 1 870 = 17 600 ×0,1 = 3 630 – 1 760 =
2 3 630
= 15 730 = 1 760 = 1 870
15 730 – 2 420 = 15 730 ×0,1 = 3 993 – 1 573 =
3 3 993
= 13 310 = 1 573 = 2 420
13 310 – 13 310 = 13 310 ×0,1 = 14 641 – 1 331 =
4 14 641
=0 = 1 331 = 13 310

∑ = 20 000

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4. Amortização de Empréstimos
4.1 Caracterização.
Amortização
Amortização Progressiva
Empréstimos com juros periódicos normais e
amortização progressiva
4.2 Capital em Dívida
Capital em dívida em função das amortizações
Capital em dívida em função dos termos da renda
4.3 Capital Amortizado
4.4 Sistema de prestações constantes (Sistema
Francês)
4.5 Sistema de amortizações constantes.

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Amortização de Empréstimos - Caracterização

4.3 Capital Amortizado

O capital amortizado ou reembolsado numa época k (após a


amortização de ordem k) – que representamos por Ck– é igual
à soma das amortizações efectuadas até essa época
(inclusive).

Assim,

Ck = D1 + D 2 + D3 + ... + D k −1 + D k

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Amortização de Empréstimos - Caracterização

Ou seja,

k Capital amortizado (ou reembolsado) numa


Ck = ∑ Dα época k (após a amortização de ordem k)
em função das amortizações.
α=1

O capital amortizado pode igualmente ser obtido através da


diferença entre o valor inicial do empréstimo e o capital em
dívida na época k:

Ck = V0 − Vk

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4. Amortização de Empréstimos
4.1 Caracterização
4.2 Capital em dívida.
4.3 Capital amortizado.
4.4 Sistema de prestações constantes (Sistema Francês)
Capital em Dívida em função do termo da renda
Relação entre uma amortização qualquer e o termo da renda
Lei das amortizações
Capital em dívida em função de uma amortização
Capital amortizado
Total de juros
Empréstimos com período de carência
Empréstimos liquidados através de rendas diferidas
Outras situações
4.5 Sistema de amortizações constantes

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Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

4.4 Sistema de prestações constantes (Sistema Francês)


Este é o sistema mais utilizado na prática e consiste na
amortização do empréstimo através de uma renda constante
durante o prazo do empréstimo.

Capital em dívida em função do termo da renda


Partindo da expressão
n
Vk = ∑A
α= k +1
α × (1 + i)k −α ∧ Aα = a

considerando uma renda constante de (n-k) termos iguais a “a”


n
Vk = ∑ a × (1 + i)
α= k +1
k−α

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Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

Vk a a …………... a a

0 ………… k k+1 k+2 …………. n-1 n

Daqui resulta que:

1 − (1 + i) − ( n − k ) Capital em dívida numa época k (após a


Vk = a × amortização de ordem k) em função do
i termo da renda constante.

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Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

Particularizando para o valor inicial do empréstimo:

1 − (1 + i) − n
V0 = a ×
i

Exemplo 2
Construa o quadro de amortização de um empréstimo no
valor de 100 000,00 € à taxa i(2)=10%, a ser liquidado em 2
anos através de pagamentos semestrais constantes.

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Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

Resolução
1- (1 + 5%)-4
V0 = 100000 = a × ⇔ a = 28201,18
5%
j1 = V0 × i = 100000 × 0,05 = 5000,00
D1 = a − j1 = 28201,18 − 5000,00 = 23201,18
V1 = V0 − D1 = 100000,00 − 23201,18 = 76798,82

Época Capital em dívida Prestação de juro Amortização Termo da renda

0 100 000,00 ---------- ---------- ----------


1 76 798,82 5 000,00 23 201,18 28 201,18

2 52 437,57 3 839,94 24 361,24 28 201,18

3 26 858,27 2 621,88 25 579,30 28 201,18

4 0 1 342,91 26 858,27 28 201,18

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Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

Resolução em Excel:

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Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

Exemplo 3
O Sr. A contraiu um empréstimo com juros periódicos
normais, à taxa i(6) = 12%, que liquidou através de uma
renda bimestral e imediata constituída por 24 termos iguais a
528,71€ cada.

Calcule:
(a) O valor do empréstimo.
(b) O capital em dívida um ano após a contração do
empréstimo.
(c) O valor da última amortização.

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Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

Resolução
(a) 1 − (1 + 2%) −24
V0 = 528, 71×
2%
V0 = 10 000, 00
(b)
1 − (1 + 2%) − (24−6)
V6 = 528, 71×
2%
V6 = 7 926, 44

(c)
a = D 24 × (1 + 2%)
528, 71
D 24 = = 518,34
1, 02

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Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

Relação entre uma amortização qualquer e o termo da renda

a = D k + jk ∧ jk = Vk −1 × i
−[ n −(k −1) ]
1 − (1 + i)
a = D k + Vk −1 × i ∧ Vk −1 = a × ⇒
i
1 − (1 + i) [ ]
− n − (k −1)
a = Dk + a × ×i
i
a = D k + a × 1 − (1 + i) [ 
− n − (k −1) ]
 
−[ n − (k −1) ]
D k = a − a + a × (1 + i)
Temos

D k = a × (1 + i) − n + k −1 ⇔ a = D k × (1 + i) n −k +1

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 19-27

Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

Exemplo 4
Considere um empréstimo com juros periódicos normais, a
liquidar através de 10 semestralidades constantes. Sabendo
que a 4.ª amortização corresponde a 71,068133% do valor da
prestação, calcule a taxa de juro anual nominal de frequência
2 deste empréstimo.
Resolução:
−10+ 4−1
D 4 = a × 0, 71068133 ∧ D 4 = a × (1 + i 2 )
−10+ 4−1
(1 + i 2 ) = 0, 71068133
−7
(1 + i 2 ) = 0, 71068133 ⇔ i 2 = 5%

Então,
i(2) = 2 × i 2 ⇔ i(2) = 2 × 5% ⇔ i(2) = 10%

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 19-28

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Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

Lei das amortizações


Considere-se a expressão deduzida anteriormente:
D k = a × (1 + i) − n + k −1
A partir dela obtemos a expressão seguinte:
D k −1 = a × (1 + i) − n +(k −1)−1

Dividindo Dk por Dk-1 :

Dk a × (1 + i)− n + k −1
=
D k −1 a × (1 + i) − n + k −2
Dk (1 + i) − n + k −1
=
D k −1 (1 + i) − n + k −1 × (1 + i) −1

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 20-29

Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

Dk 1 D
= −1
⇔ k = 1+ i
D k −1 (1 + i) D k −1

Isto significa que é constante o quociente entre qualquer


amortização e a amortização anterior, o que nos permite
enunciar a Lei das Amortizações:

Lei das Amortizações


“Nos empréstimos com juros periódicos normais, servidos por
uma renda constante, as amortizações variam em progressão
geométrica de razão igual a 1+i.”

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 20-30

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Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

Podemos então, recorrendo à relação entre dois termos de


uma progressão geométrica, estabelecer a seguinte relação
entre duas amortizações:

Dα = D p × (1 + i)α−p

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 20-31

Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

Exemplo 5
Considere um empréstimo com juros periódicos normais no
valor de 15 000,00 €, a liquidar através de semestralidades
constantes.

(a) Sabendo que a terceira e a sexta amortizações foram de


1 079,74 € e 1 214,56 €, calcule a taxa de juro do empréstimo.
(b) Sabendo que a penúltima amortização foi de 1 477,70 €,
calcule a duração do empréstimo.
(c) Calcule o capital em dívida após a penúltima amortização.

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 20-32

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Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

Resolução

(a)
D 6 = D3 × (1 + i)6−3 ⇔ 1214,56 = 1079, 74 × (1 + i)3
(1 + i)3 = 1,12486 ⇔ i = 4%

(b)
D n −1 = D3 × (1 + 4%) n −1−3 ⇔ 1477, 70 = 1079, 74 × (1 + 4%) n − 4
(1 + 4%) n − 4 = 1,36857 ⇔ n = 12

(c)
Vn −1 = D n = 1477, 70 × (1 + 4%)
Vn −1 = 1536,81

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 20-33

Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

Capital em dívida em função de uma amortização


Como vimos anteriormente, o capital em dívida numa época k
(Vk) pode ser obtido através da soma de todas as
amortizações que ainda estão por pagar ou seja,
n
Vk = ∑D
α= k +1
α ⇔ Vk = D k +1 + D k +2 + Dk +3 + ... + Dn −1 + D n

Exprimindo as várias amortizações em função de Dk+1,


temos:

Vk = D k +1 × [ 1 + (1 + i) + (1 + i)2 + ... + (1 + i)n-1-(k+1) + (1 + i)n-(k+1) ]



Soma de n-k termos variáveis em progressão
geométrica de razão igual a (1+i)

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 20-34

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Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

Daqui resulta que:

(1 + i) n− k − 1 Capital em dívida numa época k (após a


Vk = Dk+1 × amortização de ordem k) em função da
i amortização a pagar na época seguinte (Dk+1).

Uma vez que,


D k +1 = D p × (1 + i) k +1−p

então:

Capital em dívida numa época k (após


(1 + i) n− k − 1
Vk = Dp × (1 + i)k+1− p × a amortização de ordem k) em função
i de uma amortização qualquer (Dp).

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 20-35

Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

Particularizando para o valor inicial do empréstimo:

(1 + i) n − 1
V0 = D1 ×
i

Exemplo 6
Considere um empréstimo à taxa i(12)=12%, a liquidar
através de 24 mensalidades constantes. Sabendo que foi de
374,44 € o valor da segunda amortização, calcule:
(a) o valor do empréstimo.
(b) o capital em dívida meio ano após a contracção do
empréstimo.
(c) o valor da mensalidade.

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 20-36

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Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

Resolução:

(a) (1+1%)24 −1 −1
V0 = D1 × ∧ D1 = D 2 × (1 + 1%)
1%
(1+1%)24 −1
V0 = 370, 73 ×
1%
V0 = 10 000

(b) (1+1%)24−6 −1 7−2


V6 = D 7 × ∧ D 7 = D 2 × (1 + 1%)
1%
(1+1%)18 −1
V = 393, 54 ×
6 1%
V6 = 7 719,19

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 20-37

Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

(c)
1-(1+1%)-24
10 000 = a ×
1%
a = 470, 73

ou
24 24
a = D1 × (1 + 1%) ⇔ a = 370, 73 × (1 + 1%)
a = 470, 73

ou

a = j1 + D1 ⇔ a = 10 000 × 0, 01 + 370, 73
a = 470, 73

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 20-38

19
Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

Capital amortizado

O capital amortizado numa época k (Ck) pode ser obtido


através da soma de todas as amortizações pagas até essa
época (inclusive) ou seja,
k
Ck = ∑ Dα ⇔ Ck = D1 + D 2 + D3 + ... + D k −1 + D k
α=1

Exprimindo as várias amortizações em função de D1, temos:

C k = D1 × 1+ (1+ i) + (1+ i)2 + ... + (1+ i)(k-1)-1 + (1+ i)k-1 



Soma de k termos variáveis em progressão
geométrica de razão igual a (1+i)

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 21-39

Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

Capital amortizado numa época k


(1 + i) k − 1
Ck = D1 × (após a amortização de ordem k) em
i função da 1.ª amortização (D1).

Uma vez que:

D1 = Dp × (1 + i)1− p

então:

Capital amortizado numa época k (após


(1 + i) k − 1
Ck = Dp × (1 + i)1− p × a amortização de ordem k) em função
i de uma amortização qualquer (D p).

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 21-


140

20
Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

O capital amortizado numa época k pode igualmente ser obtido


através da diferença entre o valor inicial do empréstimo e o
capital em dívida na época k ou seja,

C k = V0 − Vk

Exemplo 7
Considere um empréstimo com juros periódicos normais e
amortização progressiva, de 12 000,00 €, à taxa i(12)=9%, a
liquidar através de renda mensal constante de termos iguais a
548,22 €.
Calcule o valor do capital amortizado um ano e meio após a
contracção do empréstimo.

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 21-41

Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

Resolução:

(1+0,75%)18 −1
C18 = D1 × ∧
0,75%

D1 = a − j1 ⇔ D1 = 548, 22 − 12 000 × 0, 0075 ⇔ D1 = 458, 22

(1+0,75%)18 −1
C18 = 458, 22 × ⇔ C18 = 8 795, 40
0,75%

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 21-42

21
Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

Total de juros

O total de juros (JTotal) de um empréstimo na modalidade de


prestações constantes obtém-se através do somatório de
todas as prestações periódicas de juro vencidas ao longo do
prazo do empréstimo. Assim,
n
J Total = ∑ jα = j1 + j2 + j3 + ... + jn −1 + jn
α=1

J Total = (a − D1 ) + (a − D 2 ) + (a − D3 ) + ... + (a − D n −1 ) + (a − D n )
J Total = n × a − (D1 + D 2 + D3 + ... + D n −1 + D n )

Uma vez que:


D1 + D2 + D3 + ... + Dn −1 + D n = V0

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 21-43

Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

então,

J Total = n × a − V0

Esta expressão traduz algo perfeitamente evidente ou seja,


que o total de juros pode obter-se através da diferença
entre o total de pagamentos e o valor do empréstimo.

J Total = ∑ Pagamentos − Valor doEmpréstimo

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 21-44

22
Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

Exemplo 8

Considere um empréstimo com juros periódicos normais e


amortização progressiva, de 14 000,00 €, à taxa i(4)=8%, a
liquidar através de uma renda constituída por 20 termos
trimestrais constantes.
(a) Calcule o total de juros deste empréstimo.
(b) Calcule o valor de juros a pagar durante o 2.º ano do
empréstimo.

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 21-45

Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

Resolução:

(a)
J Total = 20 × a − 14 000

1−(1+ 2%) −20


∧ V0 = 14 000 = a × ⇒ a = 856,19
2%
J Total = 20 × 856,19 − 14 000 = 3123, 80

(b)
J 2.ºano = j5 + j6 + j7 + j8

J 2.ºano = (a − D5 ) + (a − D 6 ) + (a − D7 ) + (a − D8 )
J 2.ºano = 4 × a − (D5 + D 6 + D 7 + D8 )

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 21-46

23
Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

1.ª Alternativa

J 2.ºano = 4 × a − (C8 − C 4 )

(1+ 2%)8 −1 (1+ 2%)4 −1


J 2.ºano = 4 × a − D1 × + D1 ×
2% 2%

∧ D1 = a − j1 ⇔ D1 = a − 14 000 × 0, 02 ⇔ D1 = 856,19 − 280 = 576,19

(1+ 2%)8 −1 (1+ 2%)4 −1


J 2.ºano = 4 × 856,19 − 576,19 × + 576,19 ×
2% 2%
J 2.ºano = 854,17

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 21-47

Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

2.ª Alternativa

J 2.ºano = 4 × a − (V4 − V8 )

1−(1+ 2%)− (20− 4) 1−(1+ 2%)− (20 −8)


J 2.ºano = 4 × a − a × + a×
2% 2%

J 2.ºano = 4 ×856,19 − 856,19 × 13, 577509 + 856,19 × 10, 575341

J 2.ºano = 854,16

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 21-48

24
Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

Empréstimos com período de carência


Período de carência é o prazo durante o qual são pagos os
juros mas não são efectuadas amortizações ao empréstimo.
Assim, durante este período os juros pagos são sempre
iguais pois o capital em dívida permanece igual ao valor
inicial do empréstimo:

V( − k ) = V( − k +1) = V( − k + 2) = ... = V( −1) = V0

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 21-49

Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

Exemplo 9
Considere um empréstimo com juros periódicos normais e
amortização progressiva, de 100 000,00 € e à taxa i(4)=10%.
Após um período de carência de 1 ano o empréstimo vai ser
liquidado através de uma renda constituída por 12 termos
trimestrais constantes. Calcule:
(a) O total de juros a pagar durante o período de carência.
(b) O valor da 1ª amortização a pagar.

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 21-50

25
Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

Resolução:

(a)
j1ºTrim = j2ºTrim = j3ºTrim = j4ºTrim = j

j = 100.000 × 0, 025 = 2.500


jcarência = 4 × j = 10.000

(b)
(1+ 2,5%)12 −1
V0 = 100 000 = D1 ×
2,5%
D1 = 7 248, 71

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 21-51

Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

Empréstimos liquidados através de rendas diferidas

Durante o período de diferimento não são pagos os juros nem


são efectuadas amortizações ao empréstimo. Assim, durante
este período o capital em dívida vai aumentando pois os juros
vencidos e não pagos são adicionados ao capital em dívida.
Na época zero o capital em dívida será então igual ao valor
inicial do empréstimo capitalizado durante o período de
diferimento:

V( − k ) (1 + i)k = V0

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 22-52

26
Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

Obtido o valor em dívida na época zero todos os cálculos se


processam a partir desse valor como visto anteriormente:

1 − (1 + i) − n
V0 = a ×
i

V(-k) a a …………... a a

-k ………… 0 1 2 ………….. n-1 n

Diferimento

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 22-53

Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

Também podemos relacionar directamente o valor do


empréstimo inicial com o termo da renda recorrendo às
fórmulas analisadas no capítulo anterior:

1 − (1 + i) − n
V(− k) = a × × (1 + i) − k
i

Exemplo 10
Um empréstimo com juros periódicos normais e amortização
progressiva no valor de 300 000,00 vai ser liquidado através
de uma renda semestral, com 20 termos constantes e diferida
de um ano. Sabendo que a taxa de juro é semestral de 3%
calcule a semestralidade a pagar.

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 22-54

27
Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

Resolução:

1−(1+3%)−20 −2
V( −2) = 300 000 = a × × (1 + 3%) ⇒ a = 21 392, 74
3%

ou

V0 = V(−2) × (1 + 3%) 2 = 300 000 × (1 + 3%) 2 = 318 270

1-(1+3%)-20
V0 = 318 270 = a × ⇒ a = 21392, 74
3%

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 22-55

Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

Outras situações

Durante o prazo de um empréstimo podem ocorrer situações


que alteram o seu “normal funcionamento”. Entre elas,
podemos destacar:
- Alteração da taxa de juro;
- Pagamento extraordinário;
- Falta de pagamento;
- Alteração do número de termos da renda.

Quando uma dessas situações ocorre (isto é, mantendo as


demais condições do empréstimo inalteradas), o valor do
termo da renda a pagar a partir dessa data vai-se alterar.

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 22-56

28
Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

O novo termo da renda deverá ser calculado a partir do


capital que fica em dívida na época da alteração de algum
dos factores citados. Na prática trata-se de efectuar
novamente os cálculos a partir desse valor como se se
tratasse de um novo empréstimo que identificamos como V’0.

Alteração da taxa de juro


Quando numa dada época do empréstimo ocorre uma
alteração da taxa de juro, então o valor da prestação (termo
da renda) a pagar, a partir dessa data, também se vai alterar.
Assim, se a taxa de juro aumentar, a prestação aumenta; se
diminuir, a prestação também diminui.

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 22-57

Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

Exemplo 11

Considere um empréstimo com juros periódicos normais e


amortização progressiva no valor de 15 000,00 €, à taxa
i(12)=9%, a liquidar através de 30 mensalidades constantes.
Um ano após a contracção do empréstimo, o banco alterou a
taxa em 3 pontos percentuais. Calcule:
(a) o valor da nova mensalidade, admitindo que aquela
alteração foi no sentido ascendente.
(b) o valor da nova mensalidade, admitindo que aquela
alteração foi no sentido descendente.

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 22-58

29
Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

Resolução:
(a)
1-(1+1%)-18
V '0 = a '× ∧ V '0 = V12
1%

1-(1+0,75%)-18 1−(1+0,75%)−30
V12 = a × ∧ 15.000 = a × ⇒ a = 560, 22
0,75% 0,75%
V12 = 9 400, 03

1-(1+1%)-18
V '0 = 9 400, 03 = a '×
1%
a ' = 573, 23

(b)
1-(1+0,5%)-18
V '0 = a '× ∧ V '0 = V12 = 9 400, 03
0,5%
a ' = 547, 38

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 22-59

Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

Pagamento extraordinário
Sempre que, numa dada época do empréstimo, se efectua
um pagamento extraordinário, isto é, um pagamento que não
estava inicialmente previsto, o valor da prestação a pagar a
partir daí vai diminuir.

Exemplo 12
Considere um empréstimo, com juros periódicos normais e
amortização progressiva, de 20 000,00 €, à taxa i(6)=9%, pelo
prazo de 6 anos a ser liquidado através de uma renda
bimestral constante.
Sabendo que um ano e meio após a contracção do
empréstimo, o devedor efectuou um pagamento extraordinário
de 2 500,00 €, calcule:
(a) o valor da nova bimestralidade.
(b) o total de juros do empréstimo.

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 22-60

30
Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

Resolução:
(a) 1-(1+1,5%)-27
V '0 = a '× ∧ V '0 = V9 − 2.500
1,5%
1-(1+1,5%)-27 1−(1+1,5%) −36
V9 = a × ∧ V0 = 20000 = a × ⇒ a = 723, 05
1,5% 1,5%
V9 = 15 955, 99

então:
1-(1+1,5%)-27
V9 − 2 500 = 15 955, 99 − 2 500 = a '× ⇔ a ' = 609, 76
1,5%
(b)
J Total = 9 × a + 27 × a '+ 2.500 − 20 000

J Total = 9 × 723, 05 + 27 × 609, 76 + 2 500 − 20 000


J Total = 5 470, 97

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 22-61

Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

Falta de pagamento
Quando, numa dada época do empréstimo, não se efectua o
pagamento inicialmente previsto, o valor da prestação a pagar
a partir daí aumenta.

Exemplo 13
Considere um empréstimo, com juros periódicos normais e
amortização progressiva, à taxa i(4)=8% a liquidar através de
uma renda trimestral constante com 28 termos iguais a
939,79 € cada.
Sabendo que dois anos após a contracção do empréstimo, o
devedor não efectuou o pagamento respectivo, calcule o valor
da nova trimestralidade.

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 22-62

31
Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

Resolução:

1-(1+ 2%)-20
V '0 = a '× ∧ V '0 = V7 × (1 + 2%)
2%

1-(1+ 2%)-21
V7 = 939, 79 × = 15 986, 96
2%

1-(1+ 2%)-20
V '0 = 15 986, 96 × (1 + 2%) = a '×
2%
a ' = 997, 26

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 22-63

Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

Alteração do número de termos da renda

Uma alteração do número de termos da renda (e não da


periodicidade) leva não só a uma alteração do valor do termo
da renda a pagar a partir da época da referida alteração, mas
também do prazo do empréstimo.
- O aumento do número de termos implica:
• um aumento do prazo do empréstimo e
• uma diminuição do valor da prestação.
- A diminuição do número de termos implica:
• uma diminuição do prazo do empréstimo e
• um aumento do valor da prestação.

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 22-64

32
Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

Exemplo 14
Considere um empréstimo, com juros periódicos normais e
amortização progressiva, nas seguintes condições:
- Taxa: i(3)=12%;
- Prazo: 8 anos;
- Serviço da dívida: renda quadrimestral constante de
termos iguais a 800,00 € cada.

Quando faltavam 3 anos para o fim do prazo do empréstimo,


foi acordado prorrogá-lo por mais 1 ano.
Calcule o valor da nova quadrimestralidade.

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 22-65

Amortização de Empréstimos - Prestações Constantes

Resolução:

1-(1+ 4%)-12
V '0 = a '× ∧ V '0 = V15
4%

1-(1+ 4%)-9
V15 = 800 × = 5 948, 27
4%

1-(1+ 4%)-12
5 948, 27 = a '×
4%
a ' = 633, 80

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 22-66

33
4. Amortização de Empréstimos
4.0 Caracterização.
4.1 Capital em dívida.
4.2 Capital amortizado.
4.3 Empréstimos Amortizáveis por uma só vez.
4.4 Sistema de prestações constantes (Sistema Francês)
4.5 Sistema de amortizações constantes.

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 23-67

Amortização de Empréstimos - Amortizações Constantes

4.5 Sistema de amortizações constantes


Esta modalidade, pela sua simplicidade, é muito utilizada na
prática.
O valor de cada amortização, que representaremos por D, é
o resultado da divisão do capital emprestado pelo número de
prestações a pagar:

D = V0
n
Exemplo 15
Considere um empréstimo com juros periódicos normais e
amortização progressiva, no valor de 500 000,00 €, à taxa de
juro i(2)=10%, a liquidar na modalidade de amortizações
semestrais constantes durante 2,5 anos.
Construa o quadro de amortização respectivo.
Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 23-68

34
Amortização de Empréstimos - Amortizações Constantes

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 23-69

Amortização de Empréstimos - Amortizações Constantes

Capital em dívida em função das amortizações


n
Vk = ∑D
α= k +1
α ∧ Dα = D

n
Vk = ∑D
α= k +1

Vk = [ n − (k + 1) + 1] × D

Daqui resulta que:

Capital em dívida numa época k (após a


Vk = ( n − k ) × D amortização de ordem k) em função da
amortização constante (D).

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 23-70

35
Amortização de Empréstimos - Amortizações Constantes

Particularizando para o valor inicial do empréstimo:

V0 = n × D
Capital amortizado em função das amortizações
k
Ck = ∑ Dα ∧ Dα = D
α=1

k
Ck = ∑ D ⇔ Ck = ( k − 1 + 1) × D
α=1

Capital amortizado numa época k (após a


Ck = k × D amortização de ordem k) em função da
amortização constante (D).

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 23-71

Amortização de Empréstimos - Amortizações Constantes

O capital amortizado numa época k pode igualmente ser


obtido através da diferença entre o valor inicial do
empréstimo e o capital em dívida na época k ou seja,

Ck = V0 − Vk

Exemplo 16
Considere um empréstimo com juros periódicos normais e
amortização progressiva, no valor de 10 000,00 à taxa de
juro i(2)=10%, a liquidar na modalidade de amortizações
semestrais constantes durante 5 anos.
Calcule o capital em dívida e o capital amortizado 2 anos
após o empréstimo.

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 23-72

36
Amortização de Empréstimos - Amortizações Constantes

Resolução:
10 000
V4 = (10 − 4) × 1 000 = 6 000 ∧ D = = 1 000
10

C 4 = 4 × 1 000 = 4 000

Termos da renda
A α = jα + Dα ∧ Dα = D ⇒ A α = jα + D ∧ jα = Vα−1 × i

A α = Vα−1 × i + D ∧ Vα−1 = (n − α + 1) × D

A α = (n − α + 1) × D × i + D

Como variam os termos da renda?

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 23-73

Amortização de Empréstimos - Amortizações Constantes

Consideremos dois termos da renda consecutivos, e :

A k = jk + D ⇔ A k = (n − k + 1) × D × i + D

A k +1 = jk +1 + D ⇔ A k +1 = ( n − (k + 1) + 1) × D × i + D

Fazendo a diferença entre um termo e o anterior vem:

A k +1 − A k = [ n − (k + 1) + 1] × D × i + D − (n − k + 1) × D × i − D

A k +1 − A k = n × D × i − k × D × i + D − n × D × i + k × D × i − D × i − D

Logo,
A k +1 − A k = −D × i

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 23-74

37
Amortização de Empréstimos - Amortizações Constantes

Conclusão:
Nos empréstimos com juros periódicos normais e
amortização progressiva, na modalidade de amortizações
constantes, os termos da renda variam em progressão
aritmética de razão igual a (– D·i).

Assim, pode-se obter qualquer termo da renda a partir de


outro. Com efeito, se recorrermos à expressão do termo
geral de uma progressão aritmética vem:

A α = A p + (α − p) ⋅ (− D i)

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 23-75

Amortização de Empréstimos - Amortizações Constantes

Exemplo 17
Considere um empréstimo com juros periódicos normais e
amortização progressiva à taxa de juro i(2)=10%, a liquidar
na modalidade de amortizações semestrais constantes
durante 2,5 anos. O 2º e o 4º termos da renda são
respectivamente 2 400,00 e 2 200,00 euros.
Calcule o valor de cada amortização e o valor inicial do
empréstimo.

Resolução:
A 4 = A 2 + (4 − 2)( − D × 0, 05)
2200 = 2400 + 2( − D × 0, 05) ⇒ D = 2 000
V0 = n × D = 5 × 2 000 = 10 000

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 23-76

38
Amortização de Empréstimos - Amortizações Constantes

Total de Juros
Nos empréstimos com juros periódicos normais e
amortização progressiva, na modalidade de amortizações
constantes, o que faz variar os termos da renda são as
prestações de juro, então:
Nos empréstimos com juros periódicos normais e
amortização progressiva, na modalidade de amortizações
constantes, as prestações de juro variam em progressão
aritmética de razão igual a (– D·i).
Se somarmos todas as prestações de juro obtemos o total de
juros.

n
J Total = ∑ jα = j1 + j2 + j3 + ... + jn −1 + jn
α=1

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 23-77

Amortização de Empréstimos - Amortizações Constantes

Sabemos que j1,…,jn variam em progressão aritmética.


Então, recorrendo à fórmula da soma dos termos de uma
progressão aritmética vem,

j1 + jn
J Total = ×n
2

Exemplo 18
Considere um empréstimo com juros periódicos normais e
amortização progressiva, no valor de 10 000,00 €, à taxa de
juro i(2)=10%, a liquidar na modalidade de amortizações
semestrais constantes durante 5 anos.
Calcule o total dos juros a pagar.

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 23-78

39
Amortização de Empréstimos - Amortizações Constantes

Resolução:

j1 + j10
J Total = × 10
2

V0 × 0, 05 + V9 × 0, 05
J Total = ×10
2

10 000
V9 = Vn −1 = D = = 1000
10

10 000 × 0, 05 + 1 000 × 0, 05
J Total = × 10 = 2 750
2

Neto, C., Fernandes, M.N. Matemática Financeira Aula 23-79

40

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