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DIREITO ELEITORAL

RECURSOS ELEITORAIS

Por Priscilla von Sohsten


SUMÁRIO

1 TEORIA DOS RECURSOS..............................................................................................................................3


1.1 Princípios............................................................................................................................................3
1.1.1 Irrecorribilidade das Decisões Eleitorais......................................................................................4
1.1.2 Efeitos dos Recursos....................................................................................................................4
1.2 Prazos para recurso e preclusão..........................................................................................................5
1.3 Prevenção para julgamento dos recursos............................................................................................6
2 RECURSOS EM ESPÉCIE...............................................................................................................................7
2.1 Recurso Inominado.............................................................................................................................7
2.2 Recurso Contra ato dos Juízes e da Junta Eleitoral..............................................................................7
2.3 Recursos Contra Atos do TRE...............................................................................................................8
2.4 Recursos Contra Atos do TSE.............................................................................................................11
3 DISPOSITIVOS PARA CICLOS DE LEGISLAÇÃO............................................................................................12
4 BIBLIOGRAFIA UTILIZADA.........................................................................................................................12
ATUALIZADO EM 16/04/20181

RECURSOS ELEITORAIS

1 TEORIA DOS RECURSOS

As regras gerais referentes aos recursos são tratadas entre os arts. 257 ao 264 do CE. Recurso
diferencia-se de impugnação. Afinal, quando a legislação se reporta à impugnação ela está tratando de recursos
eleitorais? Não! São coisas distintas, de forma geral a impugnação, que poderá ser verbal ou escrita, constitui
pressuposto ou ato preparatório ao recurso. Por exemplo, no dia das eleições, os delegados de partido político
poderão impugnar alguma decisão adotada pela Junta Eleitoral. Essa impugnação deverá ser operada
imediatamente de forma oral ou escrita. Posteriormente, no prazo de três dias, o instrumento de impugnação –
no caso, o recurso – será apresentado ao TRE, para reanálise.

1.1 Princípios

 Princípio da taxatividade informa que somente serão admissíveis os recursos expressamente previstos
na legislação. Não é possível aparte criar peculiar para o caso concreto. Somente será admissível ou
recurso nas hipóteses taxativamente previstas na legislação eleitoral.
 Princípio do duplo grau de jurisdição é o fundamenta a existência dos recursos, na medida em que prevê
a possibilidade de reanálise da mesma matéria por órgão diverso e em grau hierárquico superior. O
princípio do duplo grau de jurisdição confere segurança às decisões jurídicas.
 Princípio da fungibilidade refere-se à possibilidade de se adaptar um recurso erroneamente interposto,
a fim de atender à finalidade para a qual se destinada, desde esse erro não seja grosseiro. Assim, se a
parte nomina incorretamente um recurso. Com vistas a atender a finalidade a que se destinou processa-
se o recurso que ela pretendeu e que está de acordo com a legislação.
 Princípio da proibição da reforma para pior (ou reformatio in pejus) informa que da decisão do recurso
não é admissível piorar a situação do recorrente, exceto se forma matéria de ordem pública, a qual
pode ser conhecida de ofício.

1
As FUCS são constantemente atualizadas e aperfeiçoadas pela nossa equipe. Por isso, mantemos um canal aberto de
diálogo (setordematerialciclos@gmail.com) com os alunos da #famíliaciclos, onde críticas, sugestões e equívocos,
porventura identificados no material, são muito bem-vindos. Obs1. Solicitamos que o e-mail enviado contenha o título do
material e o número da página para melhor identificação do assunto tratado. Obs2. O canal não se destina a tirar dúvidas
jurídicas acerca do conteúdo abordado nos materiais, mas tão somente para que o aluno reporte à equipe quaisquer dos
eventos anteriormente citados.
1.1.1 Irrecorribilidade das Decisões Eleitorais

Em razão do princípio da taxatividade dos recursos e dada a natureza das matérias eleitorais – que
demandam decisão célere – entende-se que vigora no Direito Eleitoral o princípio da irrecorribilidade das
decisões eleitorais. As hipóteses de recursos são excepcionais e, como vimos acima, somente poderão ser
interpostos conforme estrita previsão legal.

1.1.2 Efeitos dos Recursos

O efeito devolutivo está presente em todos os recursos e significa a devolução da matéria recorrida ao
órgão jurisdicional superior para reanálise.
Já o pedido suspensivo se reporta aos efeitos da sentença recorrida. Questiona-se se a decisão recorrida
poderá ser aplicada desde logo, ou se é necessário aguardar a decisão dos recursos para possa produzir efeitos.
Todos os recursos possuem efeito devolutivo. Já em relação ao efeito suspensivo o Código Eleitoral é claro em
estabelecer os recursos “não terão efeito suspensivo”.

Art. 257. Os recursos eleitorais NÃO terão efeito suspensivo.

Os recursos, em regra, não têm efeito suspensivo, conforme regra prevista no artigo 257 do CE. Essa
regra, no entanto, tem exceções:
 Recurso ordinário em cassação de registro, perda de mandato e afastamento do titular.
 Art. 216, do Código Eleitoral: enquanto o Tribunal Superior não decidir o recurso interposto contra a
expedição do diploma, poderá o diplomado exercer o mandato em toda a sua plenitude.
 Art. 26-C, da LC nº 64/90: órgão colegiado do tribunal ao qual couber a apreciação do recurso contra as
decisões colegiadas a que se referem as alíneas d, e, h, j, l e n do inciso I do art. 1º poderá, em caráter
cautelar, suspender a inelegibilidade sempre que existir plausibilidade da pretensão recursal e desde
que a providência tenha sido expressamente requerida, sob pena de preclusão, por ocasião da
interposição do recurso.
 Art. 16-A, da Lei das Eleições: o candidato cujo registro esteja sub judice poderá efetuar todos os atos
relativos à campanha eleitoral, inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão e ter
seu nome mantido na urna eletrônica enquanto estiver sob essa condição, ficando a validade dos votos
a ele atribuídos condicionada ao deferimento de seu registro por instância superior. No entanto, se ao
final, não houver deferimento do recurso, os votos atribuídos serão considerados nulos.
 Art. 37, § 4º, da LOPP: a desaprovação das contas do partido implicará exclusivamente a sanção de
devolução da importância apontada como irregular, acrescida de multa de até 20%. Da decisão que
desaprovar total ou parcialmente a prestação de contas dos órgãos partidários caberá recurso para os
Tribunais Regionais Eleitorais ou para o Tribunal Superior Eleitoral, conforme o caso, o qual deverá ser
recebido com efeito suspensivo.
 Art. 45, § 5º, da LOPP: Trata da hipótese do recurso da decisão que tenha imposto pena ou sanção por
conta de propaganda partidária ilícita, em face da qual tenha sido interposto recurso, que observará o
efeito suspensivo.

É permitido também o efeito extensivo, pois se apenas um dos litigantes interpuser o recurso o resultado
poderá beneficiar os litisconsortes.
O efeito regressivo é cabível no recurso inominado e no recurso em sentido estrito, pois cabe o juízo de
retratação em ambos.
O efeito translativo ocorre quando o juízo ad quem puder examinar questões não suscitadas nas razões
recursais, ou mesmo não apreciadas pelo juízo a quo.
O efeito substitutivo ocorre uma vez que o acórdão do TRE substitui e prevalece sobre a sentença do juiz
eleitoral.
O Tribunal dará preferência ao julgamento de recursos, exceto os processos de habeas corpus e de
mandado de segurança.
Por fim, a execução de qualquer acórdão será feita imediatamente, através de comunicação por ofício,
telegrama, ou, em casos especiais, a critério do presidente do Tribunal, através de cópia do acórdão.

*#OLHAOGANCHO #IMPORTANTE: A Lei nº 13.165/2015 (minirreforma eleitoral de 2015) inseriu os §§ 3º e 4º


ao art. 224 do Código Eleitoral. O § 3º prevê que “a decisão da Justiça Eleitoral que importe o indeferimento do
registro, a cassação do diploma ou a perda do mandato de candidato eleito em pleito majoritário acarreta, após
o trânsito em julgado, a realização de novas eleições, independentemente do número de votos anulados.” O STF
declarou a inconstitucionalidade da expressão “após o trânsito em julgado” e decidiu que basta a exigência de
decisão final da Justiça Eleitoral. Assim, concluído o processo na Justiça Eleitoral (ex: está pendente apenas
recurso extraordinário), a nova eleição já pode ser realizada mesmo sem trânsito em julgado. O § 4º, por sua
vez, determina que: § 4º A eleição a que se refere o § 3º correrá a expensas da Justiça Eleitoral e será: I -
indireta, se a vacância do cargo ocorrer a menos de seis meses do final do mandato; II - direta, nos demais
casos. O STF afirmou que esse § 4º deveria receber uma interpretação conforme a Constituição, de modo a
afastar do seu âmbito de incidência as situações de vacância nos cargos de Presidente e Vice-Presidente da
República, bem como no de Senador da República. Vale ressaltar que a regra do § 4º aplica-se aos cargos de
Governador e Prefeito. STF. Plenário. ADI 5525/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 7 e 8/3/2018 (Info
893)

1.2 Prazos para recurso e preclusão

Dispõe o CE que quando não houver previsão legal relativa ao prazo para interposição do recurso, deve-se
apresentá-lo em três dias.
Há entretanto, uma exceção: matéria constitucional. Vejamos o art. 259, do CE, para após dar sequência
às explicações:

Art. 259. São preclusivos os prazos para interposição de recurso, salvo quando neste se discutir matéria
constitucional. Parágrafo único. O recurso em que se discutir matéria constitucional não poderá ser interposto
fora do prazo.
Perdido o prazo numa fase própria, só em outra que se apresentar poderá ser interposto. Da leitura do
dispositivo acima, devemos concluir que os recursos que envolvam matéria constitucional não estão sujeitos à
prescrição, contudo somente poderão ser alegados no momento processual oportunidade. O que isso significa?
A matéria constitucional somente poderá ser alegada, quando houver a possibilidade de apresentar nova ação,
representação ou recurso. Esse dispositivo é utilizado, por exemplo, para fundamentar a impossibilidade de
apresentação do AIRC após o prazo de cinco dias da diplomação. Defende a doutrina e jurisprudência que, se
envolver uma hipótese de inelegibilidade ou ausência de condição de elegibilidade prevista
constitucionalmente, a parte interessada somente poderá rediscuti-la no RCED.

#ATENÇÃO: Das decisões finais em processo de apuração de crime eleitoral de que resulte condenação ou
absolvição (art. 362 do CE), o prazo recursal será de 10 dias.

1.3 Prevenção para julgamento dos recursos

O artigo 260 do CE dispõe sobre a prevenção para julgamento dos recursos. Neste sentido, a distribuição
do primeiro recurso que chegar ao Tribunal Regional ou Tribunal Superior prevenirá a competência do Relator
para todos os demais casos do mesmo Município ou Estado. Ocorre que, de acordo com jurisprudência
consolidada do TSE, o presente dispositivo é aplicável, tão somente, aos chamados recursos parciais,
oponíveis às juntas eleitorais quando as mesmas decidirem sobre impugnações a urnas, cédulas e
votos.
Outra questão importante referente aos recursos eleitorais diz respeito à existência dos "prejulgados"
prevista no art. 263 do CE. Dispõe o referido dispositivo que "no julgamento de um mesmo pleito eleitoral,
as decisões anteriores sobre questões de direito constituem prejulgados para os demais casos, salvo se
contra a tese votarem dois terços dos membros do Tribunal", criando uma espécie de "súmula vinculante"
aplicável às cortes eleitorais. Ocorre que o TSE, afirmou a inconstitucionalidade do referido dispositivo legal,
referindo-se, inclusive, ao fato de tal inconstitucionalidade subsistir desde a Constituição Federal de 1946,
antes mesmo da publicação do Código Eleitoral.

2 RECURSOS EM ESPÉCIE
2.1 Recurso Inominado

É o mais utilizado, sendo que não há nominação para esse recurso no Código Eleitoral. Na maioria das
vezes, o Código Eleitoral apenas menciona “caberá recurso”. Diante disso, costuma-se dizer que o recurso
cabível contra ato de Juiz eleitoral é o Recurso Inominado. Vale observar que esta previsão apenas atinge o
processo civil eleitoral, vez que, em se tratando de processo penal eleitoral, será cabível apelação.

2.2 Recurso Contra ato dos Juízes e da Junta Eleitoral

Nesse caso, há duas hipóteses:


 Recurso Inominado;
 Recurso Parcial: Este recurso é aquele referente a um voto. Este recurso foi criado para situações em
que havia a apuração em cédulas de papel, e, naquele momento, o fiscal do partido indicaria o desejo
de recorrer daquele voto por qualquer motivo, como por exemplo em razão de haver duas marcações
na cédula. Nesse cenário, a junta eleitoral se reunia e prolatava a decisão, da qual caberia esse recurso.

Art. 261, do Código Eleitoral: os recursos parciais, entre os quais não se incluem os que versarem matéria
referente ao registro de candidatos, interpostos para os Tribunais Regionais no caso de eleições municipais, e
para o Tribunal Superior no caso de eleições estaduais ou federais, serão julgados à medida que derem entrada
nas respectivas Secretarias.
Assim, vale observar que nem todo recurso interposto em face da Junta Eleitoral se tratará de recurso
parcial, podendo ser interposto também o recurso inominado.
Os recursos perante os juízes e juntas eleitorais observarão o seguinte trâmite:
1. Interposto por petição, o juiz intimará a parte contrária, por publicação, para contrarrazões;
2. Réplica, em 48 horas, se a parte contrária juntar documentos novos;
3. Se o juiz não se retratar, remeterá o recurso ao TRE; se se retratar, a parte contrária pode requerer a
subida do recurso em 3 dias.

2.3 Recursos Contra Atos do TRE

Existem nessa situação os possíveis recursos:


 Recurso Parcial: caberá recurso parcial ao TSE quando a eleição for estadual ou federal (art. 261, do
Código Eleitoral).

 * Embargos de Declaração: via de regra, o prazo de recurso eleitoral é 3 dias. Os embargos serão
utilizados para casos de: omissão, contradição e obscuridade. Segundo o Código Eleitoral, os embargos
de declaração interrompem o prazo para a interposição de outros recursos (art. 275, §5º). No entanto,
o posicionamento do TSE é que a interrupção só terá efeito se os embargos não forem reconhecidos
como manifestamente protelatórios. Para o Tribunal Superior, os embargos meramente protelatórios
não são conhecidos, e por isso não tem o condão de interromper o prazo recursal.

 Recurso Especial:
O fundamento legal se encontra no art. 276, I, CE, bem como no art. 121, §4º, I e II, CF. Não se trata de um
recurso de reexame, tal qual o ordinário, mas de guarda da vigência da Constituição, da legislação eleitoral e de
uniformização da jurisprudência dos TREs, razão pela qual o cabimento é restrito, com uma série de restrições e
limites de cabimento, a fim de evitar que o TSE se transforme em uma “terceira instância” da Justiça Eleitoral.
É importante notar que não cabe recurso extraordinário das decisões dos TREs. Tanto em caso de ofensa à
lei quanto à CF/88, o recurso cabível é o especial. Trata-se de entendimento pacífico do TSE, que, inclusive,
considera “erro grosseiro” a interposição de recurso extraordinário, inaplicável o princípio da fungibilidade.
Em princípio, é o relator quem decide nos TREs. Portanto, antes de interpor o recurso especial é necessário
esgotar a jurisdição mediante a provocação do colegiado por meio de agravo regimental, sob pena de não
cabimento do recurso. A mesma hipótese ocorre no caso das decisões dos juízes auxiliares dos TREs. Nesses
casos, não se trata de uma decisão do colegiado, motivo pelo qual se deve recorrer, inicialmente, ao TRE e,
posteriormente, ao TSE.
Outro ponto importante é que só cabe recurso especial quando as instâncias ordinárias foram exauridas.
Vale ressaltar, ainda, que não cabe recurso especial se a matéria for administrativa, nem de decisão de
natureza interlocutória. Vale salientar, nesse ponto, que, no processo eleitoral, a decisão interlocutória não
preclui, sendo combatida posteriormente, pelo recurso contra decisão final do processo. É por esse motivo que
vige, no processo eleitoral, a irrecorribilidade das decisões interlocutórias, somente cabendo recurso de decisão
terminativa (tanto de mérito quanto processual).
O prazo do recurso especial é diverso daquele normalmente previsto no processo civil. No processo
eleitoral, deve ser interposto no prazo de três dias (da publicação do acórdão no Diário Oficial ou da intimação
pessoal, no caso do MP) e, excepcionalmente, de 24 horas (no caso de direito de resposta, da sessão de
julgamento). Vale destacar, contudo, que, no período eleitoral, o prazo de três dias conta-se da sessão de
julgamento. Além disso, é importante ter em mente que se o prazo terminar domingo, ele não será prorrogado
para o primeiro dia útil seguinte .

#DEOLHONOGANCHO: surgiu a dúvida em relação a se, também no caso do recurso especial com base nas
representações da Lei nº 9.504/97 o prazo seria de 3 dias ou deveria ser de 24 horas, com base no que diz o art.
96, §8º. O TSE editou a Res. 23.398/2013, cujo art. 37 é claro ao prever o prazo de 3 dias, com exceção do caso
do direito de resposta, com prazo de 24 horas. Vale observar, contudo, que esse entendimento vale
exclusivamente para o recurso especial, de modo que qualquer outro recurso interno perante o TRE, com base
no art. 96, da Lei nº 9.504/97, deve ser interposto no prazo de 24 horas; caso contrário, qualquer outro recurso
interposto posteriormente à perda do prazo padecerá de “intempestividade reflexa”.
Quanto à interposição do recurso antes do prazo, é importante destacar que, embora o TSE viesse
seguindo a Súmula 481, do STJ, que considera extemporâneo o recurso em tais situações, no julgamento do
REspe 104683, em 10/03/2015, o Tribunal mudou seu entendimento para acompanhar a mudança de
entendimento do STF. Assim, não mais é considerado intempestivo o recurso interposto nessas condições.
Além disso, o prequestionamento é também um pressuposto de cabimento do recurso especial, de
modo que toda matéria a ser apreciada tenha sido anteriormente debatida. Nessa hipótese, é cabível o recurso
de embargos de declaração para fins de prequestionamento, que não podem ser considerados protelatórios.

#IMPORTANTE: Tem legitimidade ativa para propor o recurso especial o MP, seja na condição de parte, seja na
de custos legis. Contudo, é importante destacar que o TSE tem denominado de “esquizofrenia ministerial” o fato
de um procurador, em recurso, manifestar opinião contrária àquela anteriormente manifestada por outro, em
sede de alegações finais, e acolhida pelo tribunal. Também têm legitimidade ativa os partidos e as coligações,
desde que tenham oficiado no processo.

Vamos agora elencar as hipóteses de cabimento do recurso especial:


 Súmula 7, do STJ: não cabe para rediscutir provas. Cumpre salientar, contudo, que os julgados do TSE
distinguem “reexame” de “revaloração” da prova. Ou seja, permite-se rediscutir as consequências
jurídicas atribuídas à análise de determinadas provas.
 Ofensa à lei ou à Constituição Federal: trata-se da hipótese mais difícil de recurso especial, visto se
tratar de matéria de interpretação, sujeita a diferentes análises por diferentes atores jurídicos. No
entanto, se a intepretação da decisão recorrida coincide com a interpretação da jurisprudência
consolidada do TSE em relação ao mesmo dispositivo, dificilmente o recurso terá sucesso.
 Dissídio jurisprudencial: é a hipótese mais fácil, visto que sempre haverá divergências entre os
diferentes TREs. A análise da divergência deve ser analítica, envolvendo os trechos que o recorrente
pretende ver analisados.

O despacho de admissibilidade do recurso especial realizado no TRE não comporta qualquer recurso para
este tribunal, visto que o Presidente do TRE age por delegação do TSE. Nessa hipótese, o recurso é o “agravo
nos próprios autos” no prazo de 3 dias. Vale acrescentar, ainda, que as providências cautelares, antes do juízo
de admissibilidade, devem ser dirigidas ao Presidente do TRE.

 Recurso ordinário: o fundamento legal se encontra no art. 276, II, do CE, bem como no art. 121, §4º, III,
IV e V da CF/88. Muito se assemelha a uma apelação, sendo, portanto, mais apropriado para realizar o
duplo grau de jurisdição, visto que a cognição é ampla (efeito devolutivo amplo), não há óbice a
reexame de provas e nem se exige prequestionamento. Não há juízo de admissibilidade no recurso
ordinário. O TRE o envia diretamente ao TSE, a quem incumbe realizar o único juízo de admissibilidade.
Art. 276. As decisões dos Tribunais Regionais são terminativas, salvo os casos seguintes em que cabe recurso
para o Tribunal Superior:
II - ordinário:
a) quando versarem sobre expedição de diplomas nas eleições federais e estaduais;
b) quando denegarem habeas corpus ou mandado de segurança.
§ 4º - Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando:
III - versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou estaduais;
IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais;
V - denegarem habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou mandado de injunção.

#NÃOCONFUNDIR: se o TRE decretar a perda de um mandato municipal, tal decisão deverá ser questionada
mediante recurso especial, e não mediante recurso ordinário, visto que este somente cabe nas eleições
estaduais e federais, conforme expressão previsão legal. Para as condições de elegibilidade, o recurso cabível
também é o Resp, e não o recurso ordinário, tendo em vista que este último somente cabe para questões de
inelegibilidade.

#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA: Se houver dúvida quanto ao cabimento do recurso especial ou do recurso


ordinário, o TSE entende que será necessário interpor um Resp, visto que os requisitos de admissibilidade e
cabimento são muito mais restritos e específicos, de modo que viabilizam a aplicação do princípio da
fungibilidade para o conhecimento como recurso ordinário; a recíproca, no entanto, não é verdadeira.

* O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é o órgão competente para julgar os Recursos Contra Expedição de Diploma
(RCED) nas eleições presidenciais e gerais (federais e estaduais). STF. Plenário. ADPF 167/DF, Rel. Min. Luiz Fux,
julgado em 7/3/2018 (Info 893).

 Agravo: o agravo, no Direito Eleitoral só funciona quando há negativa de Recurso Especial ou


Extraordinário, isto porque as decisões interlocutórias são irrecorríveis.
 Agravo Regimental: é interposto perante decisões monocráticas de membros de TRE.

Por fim, o prazo para interposição de Recurso Contra Ato do TRE é de 3 dias, salvo no caso de Recurso
Parcial, cujo prazo é imediato, podendo as razões serem apresentadas em 48 horas.

2.4 Recursos Contra Atos do TSE

 Recurso inominado eleitoral: Art. 264, CE. É oponível contra atos, resoluções ou despachos do
presidente do TSE, quando não cabível recurso específico.
 Agravo de instrumento ou agravo: serve para fazer subir para o STF o RE que teve seu seguimento
negado pelo presidente do TSE. Prazo: 3 dias.
 Embargos de declaração
 Agravo regimental ou Agravo interno: É para o próprio TSE. Previsto no regimento interno. Prazo: 3 dias
(se for direito de resposta é de 24 horas). Cabimento: seve para agravar decisão monocrática de
membro do TSE, levando a decisão impugnada ao Colegiado. O mérito é julgado pelo pleno.
 Recurso ordinário constitucional: é cabível em decisões de única instância que denegar HC, MS, HD ou
MI. Efeito meramente devolutivo. É possível ao STF atribuir efeito suspensivo. Prazo: 3 dias. Pode haver
reexame de fatos provas.
 Recuso extraordinário: Cabível nas hipóteses do art. 102, III, a, b, c e d, CF . O prazo é de 3 dias,
conforme súmula 728, STF. Não é cabível contra acórdão dos TREs. Após o oferecimento de razões,
ocorre o juízo de admissibilidade, de forma idêntica aos recursos extraordinários não eleitorais. Efeito
meramente devolutivo. Cabe medida cautelar inominada em busca do efeito suspensivo, mas tem que
preencher dois requisitos: pré-questionamento e não rediscutir ou reexaminar matéria fático
probatória. Além do que exige repercussão geral das questões constitucionais.

#SELIGANASSÚMULAS:
Não cabe recurso especial eleitoral para simples reexame do conjunto fático-probatório.
Súmula-TSE nº 25
É indispensável o esgotamento das instâncias ordinárias para a interposição de recurso especial eleitoral.
Súmula-TSE nº 26
É inadmissível o recurso que deixa de impugnar especificamente fundamento da decisão recorrida que é, por si
só, suficiente para a manutenção desta.
Súmula-TSE nº 27
É inadmissível recurso cuja deficiência de fundamentação impossibilite a compreensão da controvérsia.
Súmula-TSE nº 28
A divergência jurisprudencial que fundamenta o recurso especial interposto com base na alínea b do inciso I do
art. 276 do Código Eleitoral somente estará demonstrada mediante a realização de cotejo analítico e a
existência de similitude fática entre os acórdãos paradigma e o aresto recorrido.
Súmula-TSE nº 29
A divergência entre julgados do mesmo Tribunal não se presta a configurar dissídio jurisprudencial apto a
fundamentar recurso especial eleitoral.
Súmula-TSE nº 30
Não se conhece de recurso especial eleitoral por dissídio jurisprudencial, quando a decisão recorrida estiver em
conformidade com a jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral.
Súmula-TSE nº 31
Não cabe recurso especial eleitoral contra acórdão que decide sobre pedido de medida liminar.
Súmula-TSE nº 32
É inadmissível recurso especial eleitoral por violação à legislação municipal ou estadual, ao Regimento Interno
dos Tribunais Eleitorais ou às normas partidárias.
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Súmula-TSE nº 33
Somente é cabível ação rescisória de decisões do Tribunal Superior Eleitoral que versem sobre a incidência de
causa de inelegibilidade.
Súmula-TSE nº 34
Não compete ao Tribunal Superior Eleitoral processar e julgar mandado de segurança contra ato de membro de
Tribunal Regional Eleitoral.
Súmula-TSE nº 35
Não é cabível reclamação para arguir o descumprimento de resposta a consulta ou de ato normativo do Tribunal
Superior Eleitoral.
Súmula-TSE nº 36
Cabe recurso ordinário de acórdão de Tribunal Regional Eleitoral que decida sobre inelegibilidade, expedição ou
anulação de diploma ou perda de mandato eletivo nas eleições federais ou estaduais (art. 121, § 4º, incisos III e
IV, da Constituição Federal).
Súmula-TSE nº 38
Nas ações que visem à cassação de registro, diploma ou mandato, há litisconsórcio passivo necessário entre o
titular e o respectivo vice da chapa majoritária.
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Súmula-TSE nº 39
Não há formação de litisconsórcio necessário em processos de registro de candidatura.
Súmula-TSE nº 40
O partido político não é litisconsorte passivo necessário em ações que visem à cassação de diploma.
Súmula-TSE nº 41
Não cabe à Justiça Eleitoral decidir sobre o acerto ou desacerto das decisões proferidas por outros Órgãos do
Judiciário ou dos Tribunais de Contas que configurem causa de inelegibilidade.
Súmula-TSE nº 42
A decisão que julga não prestadas as contas de campanha impede o candidato de obter a certidão de quitação
eleitoral durante o curso do mandato ao qual concorreu, persistindo esses efeitos, após esse período, até a
efetiva apresentação das contas.
Súmula-TSE nº 46
É ilícita a prova colhida por meio da quebra do sigilo fiscal sem prévia e fundamentada autorização judicial,
podendo o Ministério Público Eleitoral acessar diretamente apenas a relação dos doadores que excederam os
limites legais, para os fins da representação cabível, em que poderá requerer, judicialmente e de forma
individualizada, o acesso aos dados relativos aos rendimentos do doador.
Súmula-TSE nº 47
A inelegibilidade superveniente que autoriza a interposição de recurso contra expedição de diploma, fundado
no art. 262 do Código Eleitoral, é aquela de índole constitucional ou, se infraconstitucional, superveniente ao
registro de candidatura, e que surge até a data do pleito.
Súmula-TSE nº 49
O prazo de cinco dias, previsto no art. 3º da LC nº 64/90, para o Ministério Público impugnar o registro inicia-se
com a publicação do edital, caso em que é excepcionada a regra que determina a sua intimação pessoal.
Súmula-TSE nº 58
Não compete à Justiça Eleitoral, em processo de registro de candidatura, verificar a prescrição da pretensão
punitiva ou executória do candidato e declarar a extinção da pena imposta pela Justiça Comum.
Súmula-TSE nº 59
O reconhecimento da prescrição da pretensão executória pela Justiça Comum não afasta a inelegibilidade
prevista no art. 1º, I, e, da LC nº 64/90, porquanto não extingue os efeitos secundários da condenação.
Súmula-TSE nº 62
Os limites do pedido são demarcados pelos fatos imputados na inicial, dos quais a parte se defende, e não pela
capitulação legal atribuída pelo autor.
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Súmula-TSE nº 64
Contra acórdão que discute, simultaneamente, condições de elegibilidade e de inelegibilidade, é cabível o
recurso ordinário.
Súmula-TSE nº 65
Considera-se tempestivo o recurso interposto antes da publicação da decisão recorrida.
Súmula-TSE nº 66
A incidência do § 2º do art. 26-C da LC nº 64/90 não acarreta o imediato indeferimento do registro ou o
cancelamento do diploma, sendo necessário o exame da presença de todos os requisitos essenciais à
configuração da inelegibilidade, observados os princípios do contraditório e da ampla defesa.
Súmula-TSE nº 68
A União é parte legítima para requerer a execução de astreintes, fixada por descumprimento de ordem judicial
no âmbito da Justiça Eleitoral.
Súmula-TSE nº 71
Na hipótese de negativa de seguimento ao recurso especial e da consequente interposição de agravo, a parte
deverá apresentar contrarrazões tanto ao agravo quanto ao recurso especial, dentro do mesmo tríduo legal.

3 DISPOSITIVOS PARA CICLOS DE LEGISLAÇÃO

DIPLOMA DISPOSITIVO
Código Eleitoral Artigos 257 a 282

4 BIBLIOGRAFIA UTILIZADA

- GOMES, José Jairo. Direito eleitoral. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2015
- Anotações pessoais de aulas

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