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I) INTRODUÇÃO
Pelo princípio tempus regit actum (‘o tempo rege o ato’), a lei
penal não alcança os fatos ocorridos antes ou depois de sua vigência, de forma que,
em regra, a lei aplicável a um crime é aquela vigente ao tempo da execução deste crime.
A) ABOLITIO CRIMINIS
I) INTRODUÇÃO
1.7.1) CONCEITO
É o conflito que se estabelece entre duas ou mais normas
aparentemente aplicáveis ao mesmo fato. Há conflito porque mais de uma norma
pretende regular o fato, mas é aparente, porque apenas uma delas acaba sendo
aplicada à hipótese.
1.7.2) PRINCÍPIOS PARA A SOLUÇÃO DOS CONFLITOS APARENTES DE
NORMAS
A) PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE
B) PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE
B.2) Espécies
a) Subsidiariedade Expressa ou explícita
C) PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO
CONDUTA
ELEMENTOS
TIPICIDADE DO FATO RESULTADO
TÍPICO
NEXO DE
CAUSALIDADE
2. RELAÇÃO DE CAUSALIDADE
2.1. Conceito
a) Preexistentes
b) Concomitantes
c) Supervenientes
Aqui não há, de regra, uma quebra do nexo causal, mas uma
soma entre as causas, que, ao final, conduzem ao resultado lesivo.
a) Preexistentes
A causa que efetivamente gerou o resultado já existia ao tempo
da conduta do agente, que concorreu para a sua produção.
b) Concomitantes
c) Supervenientes
DEVER DE AGIR
PODE CONFIGURAR
NÃO TEM O DEVER DE NÃO RESPONDE PELO EX: ART. 135,
CRIMES OMISSIVOS
MAJORANTE ou
IMPEDIR O RESULTADO RESULTADO QUALIFICADORA PARÁGRAFO ÚNICO, CP
PRÓPRIOS
NÃO ADMITE
TENTATIVA
É o caso, por exemplo, dos pais em relação aos filhos (art. 1634
e 1566, IV, ambos do Código Civil), ao dever de mútuo assistência entre os cônjuges
(art. 1566 do Código Civil).
Ex: Mãe que deixa de alimentar o filho, que, por conta da sua
negligência, acaba morrendo por inanição. Essa mãe deverá responder pelo resultado
gerado, qual seja, homicídio culposo. Se, de outro lado, a mãe desejou a morte do filho
ou assumiu o risco de produzi-la, responderá por homicídio doloso.
4. CRIME DOLOSO
4.1. Introdução
5.1. Introdução
* Nexo de causalidade;
* tipicidade;
* Previsibilidade objetiva;
* Ausência de previsão.
5.2.1. Imprudência
5.2.2. Negligência
5.2.3. Imperícia
6. ITER CRIMINIS
6.1. Introdução
c) EXECUÇÃO
d) CONSUMAÇÃO
6.1.1. Cogitação
6.1.3. Execução
6.1.4. Consumação
7. TENTATIVA
7.1. Introdução
9. ARREPENDIMENTO POSTERIOR
9.1. CONCEITO
Trata-se de causa obrigatória de diminuição da pena que incide
quando o agente, responsável pelo crime praticado sem violência ou grave à pessoa,
repara o dano provocado ou restitui a coisa, desde que de forma voluntária, até o
recebimento da denúncia ou da queixa.
9.2. REQUISITOS
Perigo atual
16.2. Requisitos
Nesses casos, o fato típico praticado não será ilícito, desde que
a conduta desenvolvida pelo agente observe os estritos limites das regras do esporte
praticado.
17. CULPABILIDADE
17.1. INTRODUÇÃO
c
A imputabilidade do sujeito;
EXCLUDENTES DE
CULPABILIDADE
INIMPUTABILIDADE INEXIGIBILIDADE DE
CONDUTA DIVERSA
FALTA DE POTENCIAL
Doença
CONSCIÊNCIA DA
Coação
Mental art. 21, CP Moral
art. 26, CP
Irresistível
art. 22, CP
Embriaguez completa e
acidental ERRO DE Obediência
art. 28, § 1º, CP PROIBIÇÃO
Hierárquica
art. 22, CP
17.3. Inimputabilidade por doença mental, desenvolvimento mental incompleto ou
desenvolvimento mental retardado
A inimputabilidade pela enfermidade mental é aferida pelo
sistema biopsicológico. Além da doença mental, é necessário que, em consequência
desse estado biológico, o agente seja, no momento da conduta, inteiramente incapaz
de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento.
Logo, se, embora portador de doença mental, o agente, ao
tempo da conduta, apresentar lucidez, isto é, capacidade de compreensão do caráter
ilícito do fato e de determinação de acordo com esse entendimento, será considerado
imputável.
Em relação aos menores de 18 anos de idade, a
inimputabilidade gera presunção absoluta, não admitindo prova em contrário, sem
prejuízo, à evidência, de instauração de procedimento para apuração de ato infracional
no Juizado da Infância e Juventude.
A responsabilidade do menor de 18 anos de idade é aferida
conforme o que dispõe a Lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente), mediante
a instauração de procedimento para apuração de ato infracional, com aplicação, se for
o caso, de medida socioeducativa.
Em relação à inimputabilidade pela enfermidade mental, o
agente será processado e julgado normalmente, mas, ao final, o juiz não poderá proferir
sentença condenatória. Isso porque ausente a culpabilidade, pressuposto para a
aplicação da pena.
Nesse contexto, uma vez verificado que o agente praticou um
fato típico e ilícito, sendo, ao final, considerado inimputável por conta da sua
enfermidade mental, o juiz deverá proferir sentença absolutória imprópria, aplicando
medida de segurança, consistente em internação em hospital de custódia ou tratamento
ambulatorial, nos termos do artigo 386, parágrafo único, inciso III, do Código de
Processo Penal.
17.3.1. Semi-imputabilidade ou imputabilidade diminuída ou restrita
A semi-imputabilidade ou imputabilidade diminuída ou restrita
encontra previsão no artigo 26, parágrafo único, do Código Penal. Trata-se, na verdade,
de uma causa de diminuição da pena.
O artigo 26, parágrafo único, do Código Penal traz a expressão
“perturbação mental”, que também se caracteriza como doença mental, mas de menor
intensidade, já que não retira completamente a capacidade de compreensão do caráter
ilícito do fato e de determinação de acordo com esse entendimento.
Diversamente do que ocorre na inimputabilidade, em que o
agente tem suprimida por completo a capacidade de compreensão e de determinação,
na semi-imputabilidade há a redução da capacidade de entendimento e de
autodeterminação. Em outras palavras, o agente, não obstante a perturbação mental,
detém capacidade de compreensão e de autodeterminação, mas em grau reduzido,
subsistindo, por isso, a imputabilidade e, por conseguinte, a culpabilidade.
17.4. Da inimputabilidade por embriaguez completa proveniente de caso fortuito
ou força maior
17.4.1. Conceito
Embriaguez é a intoxicação aguda e transitória causada pelo
álcool ou qualquer substância de efeitos análogos, sejam eles entorpecentes (morfina,
ópio), estimulantes (cocaína) ou alucinógenos (ácido lisérgico), capaz de levar à
exclusão da capacidade de entendimento acerca do caráter ilícito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse entendimento.
17.4.2. Espécies de embriaguez
A embriaguez aguda classifica-se quanto à intensidade e quanto
à origem.
Quanto à intensidade, a embriaguez pode ser completa ou
incompleta.
A embriaguez completa, total ou plena, é aquela em que o
agente chegou à segunda ou terceira fase.
A embriaguez incompleta, parcial ou semiplena, é aquela em
que o agente ficou na 1ª fase.
Quanto à origem, a embriaguez voluntária, culposa,
preordenada ou acidental.
A embriaguez voluntária, ou intencional, como o próprio nome
diz, é aquela em que o agente ingere bebida alcóolica com a intenção de se embriagar,
mas sem o desiderato de praticar infração penal.
A embriaguez culposa é aquela em que a intenção do agente
se limita a apenas ingerir bebida alcóolica, mas não a de se embriagar. No entanto,
acaba se excedendo no consumo do álcool e acaba se embriagando.
Nos termos do artigo 28, inciso II, do Código Penal, a
embriaguez voluntária ou culposa não exclui a imputabilidade penal, e, por
consequência, não fica excluída a culpabilidade. Ele responde pelo crime.
A embriaguez preordenada, ou dolosa, é aquela em que o
agente se embriaga intencionalmente para cometer uma infração penal. A embriaguez
serve como espécie de estímulo e encorajamento para a prática de crime ou
contravenção penal. Evidentemente, não há exclusão da imputabilidade, antes pelo
contrário, pois, além de responder pelo delito, incide, ainda, a agravante prevista no
artigo 61, II, “l”, do Código Penal.
A embriaguez é acidental quando não voluntária nem culposa.
Pode ser proveniente de caso fortuito ou força maior.
No caso fortuito, o sujeito desconhece o efeito inebriante da
substância que ingere, ou quando, desconhecendo uma particular condição fisiológica,
ingere substância que possui álcool (ou substância análoga), ficando embriagado. Ex:
agente ingere substância alcóolica e, inadvertidamente, também medicamento que
potencializa os efeitos do álcool.
Na força maior, o agente é obrigado a ingerir bebida alcoólica.
Tomemos como exemplo trote acadêmico de mau gosto, em que os veteranos obrigam
um calouro a ingerir bebida alcóolica.
Quando a embriaguez acidental, proveniente de caso fortuito ou
força maior, for completa, ou seja, apta a deixar o agente, ao tempo da ação ou da
omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se
de acordo com esse entendimento, há exclusão da imputabilidade, nos termos do que
dispõe o artigo 28, § 1º, do Código Penal.
Logo, não basta a embriaguez acidental, sendo, ainda,
necessário que, em decorrência da substância alcoólica ou de efeitos análogos, o
agente tenha ficado, ao tempo da conduta, inteiramente incapaz de entender o caráter
ilícito da sua conduta ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Quando a embriaguez acidental, proveniente de caso fortuito ou
força maior, é incompleta, não há exclusão da imputabilidade. O sujeito responde pelo
crime com a pena atenuada, desde que haja redução de sua capacidade intelectiva ou
volitiva. A sentença é condenatória. Aplica-se o disposto no art. 28, § 2º, do Código
Penal.
17.5. POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE
17.5.1. Introdução
Trata-se, na verdade, da possibilidade de o agente estabelecer
um juízo de valor acerca da sua conduta, reunindo condições de compreender o caráter
ilícito do fato.
A falta da potencial consciência acerca da ilicitude do fato gera
a exclusão da culpabilidade pelo erro de proibição escusável ou inevitável, nos termos
do artigo 21 do Código Penal.
17.5.2. Erro de proibição
Nos termos do artigo 21 do Código Penal, o desconhecimento
da lei é inescusável. Não se mostra possível, portanto, o agente acusado de uma
infração penal alegar desconhecimento da lei para se eximir da aplicação da lei penal.
A partir da publicação da lei no Diário Oficial, há presunção absoluta acerca do seu
conhecimento.
O desconhecimento da lei não se confunde com a falta de
potencial consciência da ilicitude. A primeira guarda relação com o desconhecimento do
seu texto legal, dos seus detalhes, ao passo que a segunda se caracteriza pela ausência
de conhecimento que a conduta desenvolvida é ilícita. É nesse contexto que surge o
instituto do erro de proibição.
O erro de proibição é o erro que incide sobre a ilicitude do fato.
Encontra-se disciplinado no artigo 21 do Código Penal.
No erro de proibição, o agente desenvolve uma conduta movido
por uma falsa percepção acerca do caráter ilícito do fato típico praticado. Ou seja, o
agente tem consciência da conduta praticada, mas lhe falta potencial consciência da
ilicitude do fato.
17.5.3. Efeitos: Erro de proibição escusável e inescusável
O erro de proibição escusável, inevitável ou invencível
ocorre quando o erro sobre a ilicitude do fato é impossível de ser evitado, valendo-se o
ser humano da sua diligência ordinária.
Em outras palavras, ainda que tivesse empregado as diligências
necessárias à sua condição pessoal, o agente não reuniria condições para compreender
o caráter ilícito do fato praticado.
Exemplo: um telejornal de alcance nacional informa, de forma
equivocada, a aprovação da lei que autoriza a eutanásia de doentes em estágio
terminal. Não havendo nenhuma razão para duvidar da veracidade da notícia, o agente
se dirige até o hospital e desliga os aparelhos que mantinham vivo um ente querido, que
se encontrava sofrendo com a doença que o acometia e em estágio terminal, causando-
lhe a morte. Praticou fato típico e ilícito, mas lhe faltou potencial consciência da ilicitude,
incidindo o erro de proibição inevitável, cuja consequência será a exclusão da
culpabilidade.
17.6.1. Conceito
17.6.3.1. Conceito
18.1. Conceito
Trata-se de contribuição entre dois ou mais agentes para o
cometimento de uma infração penal. Ocorre quando duas ou mais pessoas, em
conjugação de esforços e comunhão de vontades, reúnem-se para a prática de um ou
mais delitos.
A doutrina utiliza também as expressões concurso de agentes e
codelinquência.
Para a maioria da doutrina, a teoria restritiva é a aplicada pelo
Código Penal, embora a teoria do domínio do fato já tenha sido admitida pelo STF.
18.2. Participação
Conforme a teoria restritiva de autoria, partícipe é quem contribui
para que o autor ou coautores realizem a conduta principal, ou seja, aquele que, sem
praticar o verbo nuclear do tipo, concorre de algum modo para a produção do resultado.
A participação pode ser:
A) Moral
A determinação (ou induzimento) e a instigação são as formas
de participação moral.
A.1) Induzimento ou determinação
Ocorre a determinação ou induzimento quando uma pessoa faz
surgir na mente de outra a intenção delituosa.
Ex: Rafa incute na mente de Iuri a ideia homicida contra Jonas.
A característica da determinação é a inexistência da resolução criminosa na pessoa do
autor principal. Se Iuri matar Jonas, Rafa responde por homicídio na condição de
partícipe.
A.2) Instigação
Instigar é reforçar uma ideia já existente. O agente já a tem em
mente, sendo apenas reforçada pelo partícipe.
No caso do exemplo acima, Iuri já tinha em mente matar Jonas.
Rafa apenas reforçou a ideia homicida. Rafa é partícipe do crime de homicídio, enquanto
Iuri responde pelo crime na condição de autor.
B) Material
Ocorre na forma de auxílio. Considera-se, assim, partícipe
aquele que presta ajuda efetiva na preparação ou execução do delito.
Auxilia na preparação quem fornece a arma ou informações úteis
à realização do crime. Auxilia na execução quem permanece de atalaia, no sentido de
avisar o autor da aproximação de terceiro, leva o ladrão em seu veículo ao local do furto,
carrega a arma do homicida.
18.2.1. Natureza Jurídica da participação
A participação é acessória a um fato principal. Significa que não
se pode falar em participação sem que haja uma ação principal, ou seja, sem que
alguém realize atos de execução de um crime consumado ou tentado.
Como a conduta do partícipe não descrita no tipo penal, faz-se
necessária uma norma de extensão que viabilize a adequação típica da conduta do
partícipe à norma incriminadora. Trata-se de uma norma de ligação entre a conduta do
partícipe e o tipo penal. E essa norma se encontra no artigo 29 do Código Penal,
segundo o qual quem concorrer, de qualquer forma, para um crime por ele responderá.
Para a participação ser punível, afigura-se imprescindível que o
ato executório do crime tenha sido iniciado.
Ex: Fabrício contrata Félix para matar Mafalda. Félix sai em
busca de Mafalda e, ao avistá-la, apiedado, não dá início ao intento executório. Nesse
caso, tanto Fabrício quanto Félix não respondem pelo delito de homicídio, pois sequer
foi dado início ao ato executório.
18.2.2. Teorias do concurso de pessoas
a) Teoria Pluralista
Para esta teoria, havendo pluralidade de agentes, com
diversidade de condutas, ainda que provocando somente um resultado, cada agente
responde por um delito.
Em outras palavras, para a teoria pluralista, atribui-se a cada um
dos agentes um delito diferente.
b) Teoria dualista
Para esta teoria, há dois crimes: um para os autores e outro para
os partícipes.
c) Teoria unitária (ou monista)
É o que se extrai do artigo 29, “caput”, do Código Penal: “Quem, de qualquer modo,
concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua
culpabilidade”.
A) Pluralidade de condutas
Trata-se de requisito elementar do concurso de pessoas: a
concorrência de mais de uma pessoa na execução de uma infração penal.
19.1. Conceito
20.1. Conceito
21.1. Conceito
22.3.2. Da reincidência
I) Introdução
23.1. Introdução
23.2.1. Conceito
1
AgRg no HC 412140/MG, Superior Tribunal de Justiça, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, 6ª Turma, j.
01/03/2018.
No concurso formal imperfeito, ou impróprio, o agente, mediante
uma ação ou omissão, pretende, de forma consciente e voluntária, o resultado em
relação a cada um dos crimes.
4 crimes ¼ de aumento
6 ou mais ½ de aumento
23.5.1. Conceito
23.5.2. Requisitos
2
HC 384875/SP, Superior Tribunal de Justiça, Rel. Min. Ribeiro Dantas, 5ª Turma, j. 20/03/2018.
3
AgRg no AREsp 542556 / SC, Superior Tribunal de Justiça, Rel. Min. Jorge Mussi, 5ª Turma, j. 14/03/2018
Deve existir entre os crimes da mesma espécie uma conexão
espacial para caracterizar o crime continuado.
4 crimes ¼ de aumento
6 crimes ½ de aumento
4
HC 131871/ PR, Supremo Tribunal Federal, Rel. Min. Dias Toffoli, 2ª Turma, j. 31/05/2016.
Todavia, esse limite só se refere ao tempo de cumprimento de
pena, não podendo servir de base para o cálculo de outros benefícios, como o
livramento condicional e progressão de regime.
25.1. CONCEITO
25.2. REQUISITOS
26.1. CONCEITO
26.2. REQUISITOS
5
HC 102.278/RJ. Superior Tribunal de Justiça. Rel. Min. Jane Silva (Desembargadora Convocada do
TJ/MG), 6ª Turma, julgado em 03/04/2008.
pode obter o livramento condicional enquanto não repara o dano causado, salvo quando
insolvente.
Na prática, esse requisito tem limitado alcance, uma vez que, via
de regra, os condenados são pessoas pobres, absolutamente insolventes, sem a menor
possibilidade de reparar o dano causado.
Ao referir-se a “trabalho que lhe foi atribuído” fica claro que não
se trata apenas das atividades laborais desenvolvidas no interior do cárcere, mas
também se refere ao trabalho efetuado fora da prisão, como, por exemplo, o serviço
externo, tanto na iniciativa privada como na pública.
28. DA PRESCRIÇÃO
28.1. INTRODUÇÃO
28.2. IMPRESCRITIBILIDADE
Como visto, nos termos do que dispõe o art. 109, caput, do CP,
a prescrição da pretensão punitiva, salvo a exceção do § 1º do art. 110, é regulada pelo
máximo da sanção privativa de liberdade.
II - PELA PRONÚNCIA
VI - PELA REINCIDÊNCIA.