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Índice

Relatório da Administração 3
Resumo do Relatório do Comitê de Auditoria 7
Relatório dos Auditores Independentes sobre as Demonstrações Financeiras 8
Balanços Patrimoniais 12
Demonstrações dos Resultados 14
Demonstrações dos Resultados Abrangentes 15
Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido 16
Demonstrações dos Fluxos de Caixa (Método Indireto) 17
Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras 18
1. Contexto operacional 18
2. Apresentação das demonstrações financeiras 18
3. Principais práticas contábeis 19
4. Caixa e equivalentes de caixa 21
5. Títulos e valores mobiliários 21
6. Operações de crédito 22
7. Outros créditos 23
8. Créditos tributários 23
9. Investimento 24
10. Imobilizado 24
11. Intangível 24
12. Depósitos 25
13. Depósitos interfinanceiros 25
14. Captações no mercado aberto 25
15. Captação em letras financeiras 25
16. Relações interfinanceiras 25
17. Outras obrigações 25
18. Provisões para contingências 26
19. Patrimônio líquido 26
20. Rendas de operações de crédito 28
21. Resultado de operações com títulos e valores mobiliários 29
22. Operações de captação no mercado 29
23. Receitas de prestação de serviços 29
24. Despesas de pessoal 29
25. Outras despesas administrativas 29
26. Despesas tributárias 29
27. Outras receitas operacionais 30
28. Outras despesas operacionais 30
29. Imposto de renda e contribuição social 30
30. Transações entre partes relacionadas 30
31. Benefícios a empregados 31
32. Valor justo dos ativos e passivos 31
33. Gestão de capital e dos riscos de liquidez, mercado, crédito e operacional 32
34. Índice de Basileia 34
35. Outras informações 34
36. Informações suplementares 34
Relação dos Diretores 35
Relatório da Administração

Prezados acionistas,
Submetemos à apreciação de V.Sas. as Demonstrações Financeiras do Banco CSF S.A. (“Banco”), relativas ao semestre findo em
30 de junho de 2020, elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis às instituições autorizadas
a funcionar pelo Banco Central do Brasil - BACEN, acrescidas das Notas Explicativas e do Relatório dos Auditores Independentes
sobre as Demonstrações Financeiras.

Ativos Totais
Os ativos totais atingiram, no semestre findo em 30 de junho de 2020, o montante de R$ 10.437.833 (31/12/2019:
R$ 11.012.344).

Patrimônio Líquido e Resultado


O Patrimônio Líquido total atingiu, em 30 de junho de 2020, o montante de R$ 2.739.245 (31/12/2019: R$ 2.569.578).
O Banco encerrou o semestre com um lucro líquido de R$ 169.483 (30/06/2019: R$ 263.640).

Governança Corporativa
O Banco mantém práticas adequadas nos processos de governança corporativa, controles internos e gestão de riscos, com
atuação ativa da alta Administração. Os Comitês que se reportam diretamente ao Conselho de Administração são:

Comitê Integrado de Riscos: composto por membro independente e representantes dos acionistas, é responsável

por propor recomendações ao Conselho de Administração sobre a gestão integrada de riscos, bem como avaliar os
níveis de apetite de riscos da Instituição, políticas, estratégias e supervisionar a atuação do CRO (Chief Risk Officer),
avaliando o grau de aderência aos processos de gerenciamento de riscos e capital.

Comitê de Auditoria: composto pela diretoria do Banco, com a participação de membro independente, atuando

como especialista financeiro, é responsável pela supervisão dos processos de controles internos e de administração
de riscos, pelas atividades da auditoria interna e as atividades das empresas de auditoria independente do Banco.

Comitê de Remuneração: composto por representantes dos acionistas especialistas no assunto, é responsável por

assessorar o Conselho de Administração do Banco na condução da política de remuneração de seus Administradores.

Indicadores de Negócio - Comparável

Em junho de 2020, o Banco permanece com a tendência de crescimento, com um aumento em relação ao semestre anterior de 12,8%.

Demonstrações Financeiras - 30 de junho de 2020 03


(*) Em conformidade com a Resolução CMN nº 4.720/19 e Circular BACEN nº 3.959/10, foi adaptada a apresentação do gráfico de receitas, conforme detalhado
na nota explicativa nº 2.

A receita total apresentou crescimento de 15,3% em comparação ao mesmo semestre anterior. A mesma tendência de
crescimento ocorreu para a receita de prestação de serviços, representando 31% da receita total.

O LAIR teve uma queda de 33,6%, que reflete uma posição adequada de proteção ao crédito decorrente das estratégias
tomadas pelo Banco devido aos potenciais impactos da COVID-19.

Demonstrações Financeiras - 30 de junho de 2020 04


As duas metodologias de provisionamento refletem a estabilidade da performance de crédito

Cobertura = provisão / carteira


Por política interna do Banco, o saldo de provisão é mensalmente calculado em duas metodologias, Resolução nº 2.682/99 e modelo interno,
e contabilizado, sempre, o de maior cobertura. Para o semestre findo em 30 de junho de 2020, o saldo de provisionamento registrado foi a
metodologia Resolução nº 2.682/99, que está em linha com a carteira de crédito, que cresceu 14,3% no semestre.

Indicadores de Performance de Crédito

Distribuição em dia e atraso sobre a Carteira Total % acima de 30 a 90 dias de atraso (Over 30 e Over 90)
(Em milhões de Reais) (Em milhões de Reais)

O percentual da carteira em dia apresenta uma leve queda, mesmo A carteira em atraso acima de 30 dias (Over 30) e 90 dias
com o aumento do saldo em atraso decorrente do efeito da Covid. (Over 90) apresentam ligeiro crescimento, influenciado
pela inadimplência e a um menor crescimento da
carteira, absorvendo os efeitos da Covid.

Demonstrações Financeiras - 30 de junho de 2020 05


RELAÇÃO DOS INVESTIMENTOS EM SOCIEDADES COLIGADAS E/OU CONTROLADAS
Em 8 de fevereiro de 2019, o Banco teve deferido pela JUCESP – Junta Comercial do Estado de São Paulo, o Termo de
Autenticação - Registro de Constituição da empresa CSF Administradora e Corretora de Seguros EIRELI (empresa individual de
responsabilidade limitada). É uma empresa subsidiária, onde o Banco é detentor de 100% (cem por cento) do capital social.

REMUNERAÇÃO DOS ACIONISTAS E REINVESTIMENTO DE LUCROS


Aos acionistas é assegurado o direito ao recebimento de um dividendo anual obrigatório não inferior a 30% (trinta por cento)
do lucro líquido do exercício, com base nas práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis às instituições autorizadas a
funcionar pelo Banco Central do Brasil, ajustado pelas importâncias destinadas à constituição das reservas legal e de incentivos
fiscais e à formação ou reversão da reserva para contingências.
A destinação das reservas estatutárias deverá ser deliberada em Assembleia Geral, quando o saldo dessa reserva, somado
às demais reservas de lucros a realizar e reservas para contingências, ultrapassar o limite de 100% (cem por cento) do capital
social, podendo ocorrer sua utilização para o aumento de capital social ou outra destinação a ser aprovada, nos termos da
legislação em vigor.

GESTÃO DE CAPITAL E DOS RISCOS DE LIQUIDEZ, MERCADO, CRÉDITO E OPERACIONAL


A estrutura de gerenciamento de riscos do Banco visa assegurar um crescimento sustentável com efetivo controle das operações,
otimizando a utilização do capital e garantindo a solvência da Instituição, o aprimoramento contínuo dos seus processos e
maior segurança e retorno aos nossos acionistas.
O gerenciamento de riscos é realizado de forma integrada por uma estrutura segregada das demais unidades de negócios. Com
o objetivo de garantir uma atuação independente, está estruturada à área de Riscos, responsável pelo gerenciamento integrado
dos riscos de liquidez, mercado, crédito, operacional e gestão do capital. O processo de Gerenciamento Integrado de Riscos
consiste em identificar, mensurar, avaliar, monitorar, controlar, reportar e mitigar os riscos do Banco, reportando-os à alta
Administração da Instituição por meio de uma estrutura de comitês periódicos. A aprovação das políticas e relatórios de acesso
público referentes ao gerenciamento de riscos é submetida para aprovação do Conselho de Administração. As informações
detalhadas sobre a estrutura de gerenciamento de riscos do Banco podem ser consultadas no site www.carrefoursolucoes.com.br
na página de Governança Corporativa.

Agradecimentos
A Administração do Banco agradece aos clientes pela preferência, confiança e fidelidade e, aos colaboradores, pelo empenho
e talento que nos permitiram obter resultados consistentes.

A Diretoria

São Paulo, 24 de julho de 2020.

Demonstrações Financeiras - 30 de junho de 2020 06


Resumo do Relatório do Comitê de Auditoria

Introdução
O Comitê de Auditoria é um órgão consultivo permanente, que assessora o Conselho de Administração no cumprimento de suas
responsabilidades de supervisão, analisando e assegurando a observância, por parte do Banco, das leis e regulamentos aplicáveis.

É responsável pela supervisão: (i) dos processos de controles internos e de administração de riscos; (ii) das atividades da auditoria interna; e
(iii) das atividades das empresas de auditoria independente do Banco.

O Regimento Interno do Comitê de Auditoria do Banco estabelece a sua composição por, no mínimo, 3 (três) e no máximo 4 (quatro) membros,
eleitos anualmente pelo Conselho de Administração, sendo que um dos membros, no mínimo, deverá ser designado Especialista Financeiro.
Por ser uma instituição de capital fechado, o Banco enquadra-se ao Item II do Art. 13 da Resolução nº 3.198/04, que estabelece a eleição de
diretores do Banco como integrantes do Comitê.

O Comitê de Auditoria sofreu alterações em sua estrutura, que por sua vez, elevou o nível de governança incorporando um membro
independente em 25 de março de 2019, que também foi nomeado como especialista financeiro, restabelecendo a conformidade com a
Resolução CMN nº 3.198/04. Desta forma, o comitê passou a possuir 4 (quatro) membros aprovados pelo Banco Central do Brasil. As reuniões
do Comitê de Auditoria do Banco contaram também com a presença de diretores da Auditoria Interna do Banco Itaú S.A. e da diretoria do
Carrefour Comércio e Indústria Ltda. como convidados, ambos sócios do Banco, além das áreas de Auditoria Interna (Coordenador do Comitê)
e Compliance (Secretária do Comitê) do Banco.

O Banco Central do Brasil, aprovou em fevereiro de 2020, o novo membro deste Comitê:
- José Manuel Barbosa da Silva (Diretor estatutário do Banco CSF S.A.)

As atividades do Comitê de Auditoria do Banco iniciaram-se em 23 de março de 2016 e atualmente apresenta a seguinte composição:

Carlos Eduardo Carvalho Mauad Presidente / Membro


Roberto Sadami Ikegami Membro
José Manuel Barbosa da Silva Membro
José Ronaldo Vilela Rezende Especialista Financeiro / Membro Independente

Atividades exercidas
No intuito de cumprir suas atribuições e, em atendimento ao previsto em seu Calendário Anual de Trabalho, o Comitê de Auditoria reuniu-se
cinco vezes no ano de 2020. As Demonstrações Financeiras relativas ao fechamento de junho de 2020 foram revisadas em reunião de
24/07/2020, oportunidade em que também foi avaliado e aprovado o presente relatório.

Nessas reuniões foram abordados, em especial, assuntos relacionados a processos contábeis e financeiros, controles internos, processos de
negócio e produtos, operações, crédito e cobrança, compliance, segurança da informação, gestão de riscos e atividades de auditoria interna,
bem como acompanhamento dos efeitos da pandemia do COVID-19 no negócio.

Em conjunto com a auditoria externa, acompanhou e verificou os trabalhos do período, em especial a revisão das demonstrações financeiras e
o relatório referente à Circular nº 3.467 do Banco Central do Brasil.

Foram examinadas as demonstrações financeiras elaboradas em conformidade com as normas legais e regulamentares, em especial o Plano
Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional – COSIF e a conformidade com as práticas contábeis adotadas no país.

Nas situações em que foram identificadas oportunidades de melhoria, foram sugeridos aprimoramentos.

Conclusões
Com base nas atividades desenvolvidas no período, em linha com as suas atribuições, o Comitê de Auditoria concluiu que: (i) o Sistema de
Controles Internos está bem consolidado e não identificou no período fatos relevantes ou evidências que permitissem inferir que o Sistema de
Controles Internos, como um todo, não é efetivo; (ii) a Auditoria Interna, tendo por base os assuntos discutidos, desempenha suas funções de
forma independente e adequada; (iii) a Auditoria Externa – KPMG Auditores Independentes – realizou seus trabalhos de forma independente
e efetiva; e (iv) as demonstrações financeiras do semestre findo em 30/06/2020 foram elaboradas em conformidade com as normas legais e
com as práticas adotadas no país e refletem, em todos os aspectos relevantes, a situação patrimonial e financeira do Banco e estão em
condições de ser aprovadas.
Demonstrações Financeiras - 30 de junho de 2020 07
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Relatório dos auditores independentes sobre as


demonstrações financeiras
Aos Conselheiros e Acionistas do 
Banco CSF S.A. 
São Paulo ‐ SP

Opinião 

Examinamos as demonstrações financeiras do Banco CSF S.A. (“Banco”), que compreendem o balanço 
patrimonial em 30 de junho de 2020 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado 
abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o semestre findo nessa data, 
bem como as correspondentes notas explicativas, incluindo o resumo das principais práticas contábeis. 
Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os 
aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco em 30 de junho de 2020, o desempenho 
de suas operações e os seus fluxos de caixa para o semestre findo nessa data, de acordo com as práticas 
contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil 
– Bacen.

Base para opinião 

Nossa auditoria foi conduzida  de acordo com as normas  brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas 


responsabilidades,  em  conformidade  com  tais  normas,  estão  descritas  na  seção  a  seguir  intitulada 
“Responsabilidades dos auditores pela auditoria das demonstrações financeiras”. Somos independentes em 
relação ao Banco, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do 
Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as 
demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria 
obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. 

Principal assunto de auditoria 

Principal assunto de auditoria é aquele que, em nosso julgamento profissional, foi o mais significativo em 
nossa  auditoria  do  semestre  corrente.  Esse  assunto  foi  tratado  no  contexto  de  nossa  auditoria  das 
demonstrações  financeiras  como  um  todo  e  na  formação  de  nossa  opinião  sobre  essas  demonstrações 
financeiras e, portanto, não expressamos uma opinião separada sobre esse assunto. 

KPMG Auditores Independentes, uma sociedade simples brasileira e firma- KPMG Auditores Independentes, a Brazilian entity and a member firm of the
membro da rede KPMG de firmas-membro independentes e afiliadas à KPMG KPMG network of independent member firms affiliated with KPMG
International Cooperative (“KPMG International”), uma entidade suíça. International Cooperative (“KPMG International”), a Swiss entity.

Provisão para perdas esperadas associada ao risco de crédito 

Ver notas explicativas 3.5 e 6 das demonstrações financeiras. 

Principal assunto de auditoria  Como nossa auditoria endereçou esse assunto 

O Banco CSF é um banco com foco principal em  Nossos procedimentos de auditoria incluíram: 
operações de crédito a pessoas físicas por meio do 
produto de cartões de crédito. Tais operações estão  — Avaliação do desenho dos controles internos
sujeitas ao risco de crédito dos clientes e,  chave relacionados aos processos de 
consequentemente, a Administração mensura esse  aprovação, registro, classificação e atualização 
risco por meio da Provisão para perdas esperadas  dos níveis de risco (“ratings”) das operações de 
associada ao risco de crédito. O Banco classifica  crédito.  
suas operações de crédito em oito níveis de risco, 
levando em consideração fatores e premissas dos  — Avaliação das principais premissas e dados
clientes e das operações, tais como atraso, situação  utilizados na mensuração da provisão para 
econômico‐financeira, grau de endividamento e  perdas esperadas associada ao risco de crédito. 
demais fatores e premissas previstos na Resolução 
CMN nº 2.682/1999. O Banco aplica, inicialmente,  — Avaliação dos requisitos estabelecidos pela
os percentuais de perda determinados pela referida  regulamentação vigente relacionados à 
Resolução a cada nível de risco para fins de  apuração da provisão para perdas esperadas 
mensuração da provisão, e complementa, quando  associada ao risco de crédito.  
necessário, suas estimativas com base em 
metodologia interna (provisão adicional). A 
— Revisão do estudo referente à provisão
classificação das operações, bem como os  adicional mensurada com base em 
percentuais de perda referentes à provisão 
metodologia interna do Banco e análise da 
adicional para cada nível de risco, são determinados 
consistência dos modelos aplicados com 
com base em uma metodologia interna baseada em 
períodos anteriores, assim como a 
comportamento histórico das rolagens da carteira e 
documentação suporte.  
representa a melhor estimativa do Banco quanto às 
perdas da carteira. Devido à relevância das 
Com base nas evidências obtidas por meio dos 
operações de crédito, às estimativas apuradas com 
base na metodologia interna para a determinação  procedimentos acima descritos, consideramos 
da provisão para perdas esperadas associada ao  aceitável o saldo da provisão para perdas 
risco de crédito e às incertezas relacionadas a  esperadas associada ao risco de crédito, bem como 
fatores micro e macro econômicos que afetam a  as respectivas divulgações no contexto das 
capacidade de pagamento dos tomadores,  demonstrações financeiras tomadas em conjunto, 
consideramos que este é um principal assunto de  referentes ao semestre findo em 30 de junho de 
auditoria.  2020. 

Outras informações que acompanham as demonstrações financeiras e o relatório dos auditores

A administração do Banco é responsável por essas outras informações que compreendem o Relatório da 
Administração. 
Nossa opinião sobre as demonstrações financeiras não abrange o Relatório da Administração e não 
expressamos qualquer forma de conclusão de auditoria sobre esse relatório. 
Em conexão com a auditoria das demonstrações financeiras, nossa responsabilidade é a de ler o Relatório 
da Administração e, ao fazê‐lo, considerar se esse relatório está, de forma relevante, inconsistente com as 
demonstrações financeiras ou com nosso conhecimento obtido na auditoria ou, de outra forma, aparenta 
estar distorcido de forma relevante. Se, com base no trabalho realizado, concluirmos que há distorção 
relevante no Relatório da Administração, somos requeridos a comunicar esse fato. Não temos nada a 
relatar a este respeito. 

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Responsabilidades da administração e da governança pelas demonstrações financeiras  

A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras 
de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar 
pelo Banco Central do Brasil – Bacen e pelos controles internos que ela determinou como necessários para 
permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se 
causada por fraude ou erro. 
Na elaboração das demonstrações financeiras, a administração é responsável pela avaliação da capacidade 
do Banco continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua 
continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações financeiras, a não 
ser que a administração pretenda liquidar o Banco ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma 
alternativa realista para evitar o encerramento das operações. 
Os responsáveis pela governança do Banco são aqueles com responsabilidade pela supervisão do processo 
de elaboração das demonstrações financeiras.  

Responsabilidades dos auditores pela auditoria das demonstrações financeiras 

Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras, tomadas em 
conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir 
relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não 
uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de 
auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser 
decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, 
possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas 
com base nas referidas demonstrações financeiras. 
Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, 
exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso: 
– Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras,
independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de
auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente
para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é
maior do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles
internos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsas intencionais.
– Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos
procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas, não, com o objetivo de expressarmos
opinião sobre a eficácia dos controles internos do Banco.
– Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis e
respectivas divulgações feitas pela administração.
– Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade
operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante em relação a
eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa em relação à capacidade de
continuidade operacional do Banco. Se concluirmos que existe incerteza relevante, devemos chamar
atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações financeiras
ou incluir modificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão
fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou
condições futuras podem levar o Banco a não mais se manter em continuidade operacional.
– Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações financeiras, inclusive as
divulgações e se as demonstrações financeiras representam as correspondentes transações e os
eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada.

KPMG Auditores Independentes, uma sociedade simples brasileira e firma- KPMG Auditores Independentes, a Brazilian entity and a member firm of the
membro da rede KPMG de firmas-membro independentes e afiliadas à KPMG KPMG network of independent member firms affiliated with KPMG
International Cooperative (“KPMG International”), uma entidade suíça. International Cooperative (“KPMG International”), a Swiss entity.
10 
– Obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente referente às informações financeiras das
entidades ou atividades de negócio do grupo para expressar uma opinião sobre as demonstrações
financeiras. Somos responsáveis pela direção, supervisão e desempenho da auditoria do grupo e,
consequentemente, pela opinião de auditoria.
Comunicamo‐nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do alcance 
planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais 
deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos trabalhos.  
Fornecemos também aos responsáveis pela governança declaração de que cumprimos com as exigências 
éticas relevantes, incluindo os requisitos aplicáveis de independência, e comunicamos todos os eventuais 
relacionamentos ou assuntos que poderiam afetar, consideravelmente, nossa independência, incluindo, 
quando aplicável, as respectivas salvaguardas. 
Dos assuntos que foram objeto de comunicação com os responsáveis pela governança, determinamos 
aqueles que foram considerados como mais significativos na auditoria das demonstrações financeiras do 
semestre corrente e que, dessa maneira, constituem os principais assuntos de auditoria. Descrevemos 
esses assuntos em nosso relatório de auditoria, a menos que lei ou regulamento tenha proibido divulgação 
pública do assunto, ou quando, em circunstâncias extremamente raras, determinarmos que o assunto não 
deve ser comunicado em nosso relatório porque as consequências adversas de tal comunicação podem, 
dentro de uma perspectiva razoável, superar os benefícios da comunicação para o interesse público. 

São Paulo, 24 de julho de 2020 

KPMG Auditores Independentes 
CRC SP014428/O‐6 

Rodrigo de Mattos Lia 
Contador CRC 1SP252418/O‐3 

KPMG Auditores Independentes, uma sociedade simples brasileira e firma- KPMG Auditores Independentes, a Brazilian entity and a member firm of the
membro da rede KPMG de firmas-membro independentes e afiliadas à KPMG KPMG network of independent member firms affiliated with KPMG
International Cooperative (“KPMG International”), uma entidade suíça. International Cooperative (“KPMG International”), a Swiss entity.
11 
Balanços Patrimoniais em 30 de junho de 2020 e 31 de dezembro de 2019
(Em milhares de Reais)

Ativo Nota Explicativa 30/06/2020 31/12/2019

Caixa e equivalentes de caixa 4 4.394 4.481

Instrumentos financeiros

Títulos e valores mobiliários 5 298.239 293.112


Carteira própria 287.222 9.624

Vinculados a compromisso de recompra 11.017 283.488

Operações de crédito 6 2.388.325 2.235.520


Setor privado 3.695.924 3.349.257

(-) Provisões para perdas esperadas associadas ao risco de crédito (1.307.599) (1.113.737)

Outros créditos 7 6.612.729 7.392.169


Rendas a receber 20.388 14.424

Valores a receber relativos a transações de pagamento 6 5.939.619 6.749.025


(-) Provisões para perdas esperadas associadas ao risco de crédito 6 (49.951) (54.204)
Diversos 702.673 682.924

Outros valores e bens 65.704 52.115


Outros valores e bens 162 53

Despesas antecipadas 3.6 65.542 52.062

Créditos tributários 8 246.339 192.485

Imobilizado de uso 10 40.054 42.769


Outras imobilizações de uso 88.179 84.984

(-) Depreciações acumuladas (48.125) (42.215)

Intangível 11 782.049 799.693

Ativos intangíveis 1.073.580 1.053.962


(-) Amortizações acumuladas (291.531) (254.269)

Total do Ativo 10.437.833 11.012.344

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Demonstrações Financeiras - 30 de junho de 2020 12


Balanços Patrimoniais em 30 de junho de 2020 e 31 de dezembro de 2019
(Em milhares de Reais)

Passivo Nota Explicativa 30/06/2020 31/12/2019

Passivos Financeiros

Depósitos 622.027 31.612


Depósitos à vista 12.1 8.706 7.415
Depósitos a prazo 12.2 6.777 4.193
Depósitos interfinanceiros 13 606.544 20.004

Captações no mercado aberto 14 10.972 281.842


Carteira própria 10.972 281.842

Recursos de aceites e emissão de títulos 15 901.732 1.204.546


Recursos de letras imobiliárias, hipotecárias, crédito e similares 901.732 1.204.546

Relações interfinanceiras 16 3.818.653 4.431.875


Recebimentos e pagamentos a liquidar 3.818.653 4.431.875

Outras obrigações 1.823.439 1.993.209


Cobrança e arrecadação de tributos e assemelhados - 2.805
Sociais e estatutárias 19.4 - 160.612
Fiscais e previdenciárias 17.1 227.699 186.374
Diversas 17.2 1.595.740 1.643.418

Provisões 18 521.765 498.902

Resultado de Exercícios Futuros - 780


Resultado de exercícios futuros - 780

Patrimônio líquido 19 2.739.245 2.569.578


Capital 1.142.000 1.142.000
De domiciliados no país 1.142.000 1.142.000
Aumento de Capital Social - Pendente de aprovação
pelo Banco Central 600.000 -

Reservas de capital 19.1 2.903 2.694

Reservas de lucros 19.2 825.259 1.425.259


Reserva legal 169.984 169.984
Reserva estatutária 655.275 1.255.275

Outros Resultados Abrangentes 19.3 (400) (375)

Lucros Acumulados 169.483 -

Total do Passivo e do Patrimônio Líquido 10.437.833 11.012.344

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Demonstrações Financeiras - 30 de junho de 2020 13


Demonstrações dos Resultados
Semestres findos em 30 de junho de 2020 e de 2019
(Em milhares de Reais)

Nota 01/01 a 01/01 a


Explicativa 30/06/2020 30/06/2019

Receitas da intermediação financeira 1.303.295 1.133.101


Operações de crédito 20 1.295.595 1.124.533
Resultado de operações com títulos e valores mobiliários 21 7.700 8.568
Despesas da intermediação financeira (32.418) (36.174)
Operações de captação no mercado 22 (32.418) (36.174)
Resultado bruto da intermediação financeira 1.270.877 1.096.927
Despesas de provisões para perdas esperadas associadas
ao risco de crédito 6.4 (808.461) (483.653)
Outras receitas (despesas) operacionais (174.716) (181.036)
Receitas de prestação de serviços 23 596.516 522.666
Despesas de pessoal 24 (98.782) (79.139)
Outras despesas administrativas 25 (481.694) (450.941)
Despesas tributárias 26 (104.656) (107.303)
Resultado de participações em coligadas e controladas 9 (800) (110)
Reversões (Despesas) e atualizações de provisões
de contingências cíveis e trabalhistas 18.2.2 (4.024) (1.773)
Outras receitas operacionais 27 26.562 15.244
Outras despesas operacionais 28 (107.838) (79.680)
Resultado Operacional 287.700 432.238
Outras receitas (despesas) não operacionais (22) 2.034
Resultado Não Operacional (22) 2.034
Resultado antes da tributação sobre o lucro 287.678 434.272
Imposto de renda e contribuição social 29 (118.195) (170.632)
Provisão para imposto de renda corrente (98.737) (106.758)
Provisão para contribuição social corrente (73.295) (65.192)
Ativo fiscal diferido para imposto de renda 28.429 824
Ativo fiscal diferido para contribuição social 25.408 494
Lucro Líquido 169.483 263.640
Quantidade de ações (mil) 1.114.671 903.404
Lucro básico e diluído por ação (em R$) 0,15 0,29

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Demonstrações Financeiras - 30 de junho de 2020 14


Demonstrações dos Resultados Abrangentes
Semestre findo em 30 de junho de 2020
(Em milhares de Reais)

01/01 a
30/06/2020

Lucro Líquido 169.483


Outros Resultados Abrangentes que serão reclassificados para o resultado do período:
Ativos Financeiros Disponíveis para Venda (25)
Variação de Valor Justo (46)
Efeito Fiscal 21
Outros Resultados Abrangentes que não serão reclassificados para o resultado do período:
Remensurações em Obrigações de Benefícios Pós-Emprego -
Total do Resultado Abrangente 169.458

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Demonstrações Financeiras - 30 de junho de 2020 15


Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido
Semestres findos em 30 de junho de 2020 e de 2019
(Em milhares de Reais)

Reservas de Lucros
Outros
Nota Capital Social Aumento Reserva Resultados Lucros
Explicativa Integralizado de Capital de Capital Legal Estatutária Abrangentes Acumulados Total

Saldos em 31 de dezembro de 2018 1.142.000 - 2.399 141.806 952.870 (525) - 2.238.550

Lucro Líquido do semestre - - - - - - 263.640 263.640

Pagamento baseado em instrumento de capital 19.1 - - 130 - - - - 130

Pagamento de dividendos adicionais 19.4 - - - - (72.356) - - (72.356)

Ajuste ao valor justo - TVM 19.3 - - - - - 3 - 3

Saldos em 30 de junho de 2019 1.142.000 - 2.529 141.806 880.514 (522) 263.640 2.429.967

Mutação do período - - 130 - (72.356) 3 263.640 191.417

Saldos em 31 de dezembro de 2019 1.142.000 - 2.694 169.984 1.255.275 (375) - 2.569.578

Lucro Líquido do semestre - - - - - - 169.483 169.483

Aumento de capital - Incorporação de reservas - 600.000 - - (600.000) - - -

Pagamento baseado em instrumentos de capital 19.1 - - 209 - - - - 209

Ajuste ao valor justo - TVM 19.3 - - - - - (25) - (25)

Saldos em 30 de junho de 2020 1.142.000 600.000 2.903 169.984 655.275 (400) 169.483 2.739.245

Mutação do Período - 600.000 209 - (600.000) (25) 169.483 169.667

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Demonstrações Financeiras - 30 de junho de 2020 16


Demonstrações dos Fluxos de Caixa (Método Indireto)
Semestres findos em 30 de junho de 2020 e de 2019
(Em milhares de Reais)

01/01 a 01/01 a
Nota Explicativa 30/06/2020 30/06/2019

Atividades operacionais
Lucro líquido ajustado 1.001.126 807.875
Lucro líquido 169.483 263.640
Ajustes ao lucro líquido: 831.643 544.235
Depreciações e amortizações 10 & 11 43.244 41.580
Provisões para perdas esperadas associadas ao risco de crédito 6.4 808.461 483.653
Atualização monetária de depósitos judiciais 27 (6.625) (9.627)
Impostos diferidos (53.835) (1.318)
Receita de juros não recebidos de títulos e valores mobiliários (5.153) (9.975)
Despesa de juros provisionados de captações e depósitos 10.148 2.891
Provisão para contingências cíveis e trabalhistas 18.2.2 4.024 5.119
Provisão para contingências fiscais 18.2.2 30.260 31.491
Reserva de pagamentos baseados em instrumentos de capital 19.1 289 179
Perda na venda do imobilizado 10 30 132
Resultado de equivalência patrimonial 9 800 110
Variação de ativos e passivos (817.686) (659.100)
(Aumento) / redução dos ativos (105.395) (1.229.317)
Títulos e valores mobiliários - (493)
Operações de crédito (965.519) (968.870)
Comissões a receber (5.961) (6.934)
Valores a receber de sociedades ligadas 32.170 10.664
Outros créditos 892.059 (215.981)
Outros valores e bens (13.588) (12.945)
Impostos a compensar (4.242) (3.794)
Depósitos judiciais (40.314) (30.964)
Aumento / (redução) das obrigações (712.291) 570.217
Captações no mercado aberto (269.030) 47.578
Captação em letras financeiras (6.387) 20.330
Depósitos interfinanceiros 587.419 414.803
Juros pagos (309.199) (35.569)
Depósitos a prazo 2.489 2.267
Impostos e contribuições a pagar 38.440 18.809
Obrigações com pessoal (1.912) (4.925)
Depósitos à vista 1.292 955
Valores a pagar a sociedades ligadas 158.586 (15.951)
Contas a pagar (818.375) 193.440
Realização de contingências cíveis e trabalhistas (11.421) (7.039)
Resultado de exercícios futuros (780) -
Passivo fiscal diferido (2) -
Impostos pagos (83.411) (64.481)
Caixa líquido proveniente / (aplicado) nas atividades operacionais 183.440 148.775

Atividades de investimento
Aquisição de imobilizado de uso 10 (3.332) (11.666)
Alienação de imobilizado de uso 10 (72) -
Baixa de imobilizado de uso 10 107 91
Aquisição de intangível 11 (19.618) (15.970)
Integralização de capital - CSF Adm. e Corretora de Seguros EIRELI - (100)

Caixa líquido proveniente / (aplicado) nas atividades de investimento (22.915) (27.645)

Atividades de financiamento
Dividendos pagos 35.1 (160.612) (180.891)
Caixa líquido proveniente / (aplicado) nas atividades de financiamento (160.612) (180.891)

Aumento / (diminuição) em caixa e equivalentes de caixa (87) (59.761)

Caixa e equivalentes de caixa no início do semestre 4 4.481 63.335


Caixa e equivalentes de caixa no final do semestre 4 4.394 3.574

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Demonstrações Financeiras - 30 de junho de 2020 17


Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras
Semestres findos em 30 de junho de 2020 e de 2019 e exercício findo em 31 de dezembro de 2019
(Em milhares de Reais, exceto informações por ação)

1. Contexto operacional
O Banco CSF S.A. (“Banco”), controlado pelo Atacadão S.A., é uma sociedade anônima de capital fechado, com sede na Avenida Dr. Chucri Zaidan, nº 296 - 19º e
20º andar - Vila Cordeiro - São Paulo - SP, constituído em 31 de agosto de 2006 e está autorizado a operar nas Carteiras de Investimento, Crédito, Financiamento
e Investimentos regulamentadas pelo Banco Central do Brasil - BACEN.
O Banco Central do Brasil concedeu a autorização para funcionamento do Banco, através do despacho da Diretoria de Normas e Organização do Sistema Financeiro
em 31 de agosto de 2006, publicado no Diário Oficial da União em 4 de setembro de 2006. As atividades do Banco deram início em janeiro de 2007, com o cartão
Private Label utilizado por seus clientes para realização de compras dentro da rede Carrefour.
Atualmente, o Banco é um dos principais emissores de cartão de crédito no Brasil, emitindo cartões com as marcas Carrefour e Atacadão, com as bandeiras
Visa e MasterCard.
Em 8 de fevereiro de 2019, a JUCESP - Junta Comercial do Estado de São Paulo deferiu o Termo de Autenticação - Registro de Constituição da empresa
CSF Administradora e Corretora de Seguros EIRELI (empresa individual de responsabilidade limitada). É uma empresa subsidiária, o Banco é detentor de 100% (cem
por cento) do capital social.
A CSF Administradora e Corretora de Seguros EIRELI opera como corretora de seguros, principalmente na realização de corretagem, intermediação, administração,
consultoria e angariação na área de seguros e na área de serviços de assistência, caracterizados como serviços complementares às atividades de seguros.
Em 7 de maio de 2020, o Banco CSF S.A. recebeu a informação que os testes homologatórios para abertura da conta STR no Banco Central foram aprovados,
conforme Circular nº 4.011, de 10 de março de 2020, através do Correio nº 120036570. Em 14 de maio de 2020, o Banco recebeu a resposta do Banco Central,
através do Correio nº 120039130, comunicando que o cadastramento da conta reserva no ambiente de produção (conta STR) seria em 22 de maio de 2020, com
o início da operação em 25 de maio de 2020, data que efetivamente foi dado início às atividades operacionais da conta reserva do Banco CSF S.A.

2. Apresentação das demonstrações financeiras


Sobre o pressuposto da continuidade, as demonstrações financeiras individuais foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis
às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil - BACEN, as quais abrangem a legislação societária, associadas às normas e instruções do Banco
Central do Brasil - BACEN, consubstanciadas no Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional – COSIF, e do Comitê de Pronunciamentos Contábeis
- CPC, quando aplicável.
Adicionalmente, a partir de janeiro de 2020, as alterações advindas da Resolução CMN nº 4.720/19 e da Circular BACEN nº 3.959/10 foram incluídas nas
demonstrações financeiras do Banco. O objetivo principal dessas normas é trazer similaridade com as diretrizes de apresentação das demonstrações financeiras de
acordo com as normas internacionais de contabilidade, International Financial Reporting Standards (IFRS). As principais alterações implementadas foram: as contas
do Balanço Patrimonial estão apresentadas por ordem de liquidez e exigibilidade; os saldos do Balanço Patrimonial do semestre estão apresentados comparativamente
com o final do exercício social imediatamente anterior e as demais demonstrações estão comparadas com os mesmos períodos do exercício social anterior para as
quais foram apresentadas; e a inclusão da Demonstração do Resultado Abrangente.
O quadro abaixo apresenta as reclassificações feitas no Balanço Patrimonial e na Demonstração do Resultado, advindas da Resolução CMN nº 4.720/19 e da
Circular BACEN nº 3.959/10:

31/12/2019
Saldo Saldo
Balanço Patrimonial Anterior Reclassificação Atual

Disponibilidades 4.481 - 4.481 Caixa e equivalentes de caixa


Títulos e valores mobiliários 293.112 - 293.112 Títulos e valores mobiliários
Operações de crédito 2.235.520 - 2.235.520 Operações de crédito
Outros créditos 7.584.654 (192.485) 7.392.169 Outros créditos
Outros valores e bens 52.115 - 52.115 Outros valores e bens
Créditos tributários - 192.485 192.485 Créditos tributários
Imobilizado de uso 42.769 - 42.769 Imobilizado de uso
Intangível 799.693 - 799.693 Intangível
Total do Ativo 11.012.344 - 11.012.344 Total do Ativo
Depósitos 31.612 - 31.612 Depósitos
Captações no mercado aberto 281.842 - 281.842 Captações no mercado aberto
Recursos de aceites e emissão de títulos 1.204.546 - 1.204.546 Recursos de aceites e emissão de títulos
Relações interfinanceiras 4.431.875 - 4.431.875 Relações interfinanceiras
Outras obrigações 2.492.111 (498.902) 1.993.209 Outras obrigações
Provisões - 498.902 498.902 Provisões
Resultado de exercícios futuros 780 - 780 Resultado de exercícios futuros
Patrimônio líquido 2.569.578 - 2.569.578 Patrimônio líquido

Total do Passivo e do Patrimônio Líquido 11.012.344 - 11.012.344 Total do Passivo e do Patrimônio Líquido

Demonstrações Financeiras - 30 de junho de 2020 18


30/06/2019

Saldo Saldo
Demonstração do Resultado Anterior Reclassificação Atual
Receitas da intermediação financeira 1.133.101 - 1.133.101 Receitas da intermediação financeira
Despesas da intermediação financeira (519.827) 483.653 (36.174) Despesas da intermediação financeira
Resultado bruto da intermediação financeira 613.274 483.653 1.096.927 Resultado bruto da intermediação financeira
Despesas de provisões para perdas esperadas Despesas de provisões para perdas esperadas
associadas ao risco de crédito - (483.653) (483.653) associadas ao risco de crédito
Outras receitas (despesas) operacionais (181.036) - (181.036) Outras receitas (despesas) operacionais
Receitas de prestação de serviços 522.666 - 522.666 Receitas de prestação de serviços
Despesas de pessoal (79.139) - (79.139) Despesas de pessoal
Outras despesas administrativas (450.941) - (450.941) Outras despesas administrativas
Despesas tributárias (107.303) - (107.303) Despesas tributárias
Resultado de participações em coligadas e controladas (110) - (110) Resultado de participações em coligadas e controladas
Reversões (despesas) e atualizações de provisões Reversões (despesas) e atualizações de provisões
de contingências cíveis e trabalhistas - (1.773) (1.773) de contingências cíveis e trabalhistas
Outras receitas operacionais 30.089 (14.845) 15.244 Outras receitas operacionais
Outras despesas operacionais (96.298) 16.618 (79.680) Outras despesas operacionais
Resultado operacional 432.238 - 432.238 Resultado operacional
Resultado não operacional 2.034 - 2.034 Resultado não operacional
Resultado antes da tributação sobre o lucro 434.272 - 434.272 Resultado antes da tributação sobre o lucro
Imposto de renda e contribuição social (170.632) - (170.632) Imposto de renda e contribuição social
Lucro Líquido 263.640 - 263.640 Lucro Líquido
As demonstrações financeiras do semestre findo em 30 de junho de 2020 foram aprovadas pela Administração em 24 de julho de 2020.

3. Principais práticas contábeis


3.1. Moeda funcional e moeda de apresentação
Estas demonstrações financeiras estão apresentadas em Reais, que é a moeda funcional do Banco. Todos os saldos foram arredondados para o milhar mais próximo,
exceto quando indicado de outra forma.
3.2. Apuração do resultado
As receitas e despesas são apropriadas pelo regime de competência. As receitas e despesas de natureza financeira são apropriadas observando-se o critério
pro rata temporis, substancialmente, com base no método exponencial.
As operações com taxas pós-fixadas são atualizadas até a data das demonstrações financeiras.
3.3. Caixa e equivalentes de caixa
Caixa e equivalentes de caixa foram apurados de acordo com a Resolução nº 3.604/08 do Conselho Monetário Nacional – CMN e do Comitê de Pronunciamentos
Contábeis – CPC 03, e são representadas por depósitos em instituições financeiras, incluindo as disponibilidades, bem como aplicações interfinanceiras de liquidez,
que possuem conversibilidade imediata em caixa e estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor justo, bem como possuem prazo total de aplicação
de até 90 dias a partir da data da aplicação. Dentre os recursos disponíveis com essas características, são classificados como equivalentes de caixa somente aqueles
recursos mantidos com a finalidade de atender a compromissos de caixa de curto prazo e não para investimento ou outros fins.
3.4. Títulos e valores mobiliários
De acordo com a Circular nº 3.068/01 do Banco Central do Brasil – BACEN, os títulos e valores mobiliários são classificados em três categorias específicas,
atendendo aos seguintes critérios de contabilização: “títulos para negociação”, “títulos disponíveis para venda” e “títulos mantidos até o vencimento”.
Os títulos classificados na categoria “títulos para negociação” são aqueles adquiridos com o objetivo de serem negociados frequentemente e de forma ativa,
ajustados pelo valor justo em contrapartida ao resultado do período.
Os títulos classificados na categoria “títulos disponíveis para venda” são aqueles para os quais a Administração não tem intenção de mantê-los até o vencimento,
nem foram adquiridos com o objetivo de serem ativos e frequentemente negociados. Esses títulos apresentam seu valor de custo, acrescido pelos rendimentos
incorridos até a data das demonstrações financeiras e ajustado pelo valor justo, sendo esses ajustes lançados em conta específica do patrimônio líquido na rubrica
“Ajuste ao valor justo – TVM”, líquidos dos efeitos tributários.
Os ganhos e as perdas de “títulos disponíveis para venda”, quando realizados, serão reconhecidos na data de negociação nas Demonstrações dos Resultados em
contrapartida da conta específica do patrimônio líquido.
Os títulos classificados na categoria “títulos mantidos até o vencimento” são aqueles para os quais a Administração tem intenção e capacidade financeira de
mantê-los até o vencimento. Esses títulos são registrados pelo seu valor de custo, acrescido dos rendimentos incorridos até a data das demonstrações financeiras.
O ágio ou deságio, quando aplicável, são apropriados ao resultado em função dos prazos remanescentes dos títulos.
Na data das demonstrações financeiras não existiam títulos e valores mobiliários classificados nas categorias: “títulos para negociação” e “títulos mantidos
até o vencimento”.
3.5. Operações de crédito e valores a receber relativos a transações de pagamento e provisão para operações de crédito e para valores a receber
relativos a transações de pagamento
As operações de crédito e valores a receber relativos a transações de pagamentos são classificadas quanto ao nível de risco, de acordo com critérios que levam em
consideração a conjuntura econômica, a experiência passada e os riscos específicos em relação às operações, aos devedores e garantidores, observando os
parâmetros estabelecidos pela Resolução nº 2.682/99 do Conselho Monetário Nacional – CMN, os quais requerem a análise periódica da carteira.
Adicionalmente, além dos parâmetros estabelecidos na referida Resolução, a política de provisionamento do Banco considera a perda histórica da carteira de crédito
para avaliação da suficiência dos montantes registrados no balanço.
As rendas de operações de crédito vencidas há mais de 59 dias, independentemente do seu nível de risco, somente são reconhecidas como receita, quando
efetivamente recebidas.
As operações classificadas como nível H (100% de provisão) permanecem nessa classificação por seis meses, quando então são baixadas contra a provisão existente
e controladas por cinco anos em contas de compensação, não mais figurando no balanço patrimonial.
As operações renegociadas são mantidas, no mínimo, no mesmo nível em que estavam classificadas no momento da renegociação e se houver amortização
significativa da operação, poderá ocorrer a reclassificação para uma categoria de menor nível. Aquelas que haviam sido baixadas contra provisão e que estavam em
contas de compensação permanecem classificadas como nível H, sendo os eventuais ganhos provenientes das renegociações somente reconhecidos como receita
quando efetivamente recebidos.
A provisão para operações de crédito e valores a receber relativos a transações de pagamentos, considerada suficiente pela Administração para cobrir as perdas
prováveis, atende ao requisito mínimo estabelecido pela Resolução anteriormente referida, conforme demonstrado na nota explicativa nº 6.2.

Demonstrações Financeiras - 30 de junho de 2020 19


3.6. Despesas antecipadas
São representadas, substancialmente, por valores pagos relativos à contratação de licença de uso de software, antecipação de despesas de prestação de serviços
de processamento de dados e seguros contratados. Tais valores são apropriados ao resultado pelo prazo previsto contratualmente.
Fazem parte também do grupo de despesas antecipadas os custos com originação de aquisição de clientes do Banco. Tais custos são amortizados levando-se em
consideração o prazo médio de durabilidade do ciclo de vida dos produtos e dos cartões, assim como o percentual observado de ativação dos plásticos.
3.7. Investimento
O investimento do Banco em entidades é contabilizado pelo método de equivalência patrimonial.
Tal investimento é reconhecido inicialmente pelo custo, o qual inclui os gastos com a transação. Após o reconhecimento inicial, as demonstrações financeiras
incluem a participação do Banco no lucro ou prejuízo líquido do período da investida até a data em que a influência significativa ou controle em conjunto
deixa de existir.
3.8. Ativo imobilizado
Os bens e direitos, classificados no imobilizado de uso, são registrados pelo custo de aquisição. As depreciações são calculadas pelo método linear, de acordo com
as taxas anuais que contemplam o prazo de vida útil econômica estimada dos bens, detalhadas na nota 10, baseada em laudo de avaliação técnica elaborado por
empresa especializada.
3.9. Ativo intangível
São registrados pelo custo, deduzido da amortização calculada pelo método linear durante a vida útil estimada, a partir da data da sua disponibilidade para uso,
detalhadas na nota 11, baseada em laudo de avaliação técnica elaborado por empresa especializada e correspondem aos direitos adquiridos que tenham por objeto
bens incorpóreos destinados à manutenção do Banco ou exercidos com essa finalidade.
3.10. Ajuste ao valor de recuperação de ativos não financeiros (Impairment)
Ativos não financeiros estão sujeitos à avaliação ao valor recuperável em períodos anuais, ou em maior frequência, se as condições ou circunstâncias indicarem a
possibilidade de redução do valor de recuperação dos mesmos.
3.11. Outros ativos circulante e realizável a longo prazo
São demonstrados pelos valores de custo, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias auferidos, deduzidos das correspondentes
provisões para perdas ou ajustes ao valor de realização.
3.12. Passivos circulante e exigível a longo prazo
São demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo, quando aplicável, os encargos e as variações monetárias ou cambiais incorridos até a data das
demonstrações financeiras.
3.13. Depósitos, captações no mercado aberto, recursos de aceites e emissão de títulos
São demonstrados por valores das exigibilidades considerando os encargos exigíveis até a data das demonstrações financeiras, reconhecidos em base pro rata dia.
Os valores e prazos estão demonstrados nas notas 12, 13, 14 e 15.
3.14. Ativos e passivos contingentes e obrigações legais, fiscais e previdenciárias
O reconhecimento, a mensuração e a divulgação dos ativos e passivos contingentes, e obrigações legais são efetuados de acordo com a Resolução nº 3.823/09 do
Conselho Monetário Nacional – CMN, que aprovou o Pronunciamento Contábil (CPC 25) e a Carta Circular BACEN nº 3.429 de 11 de fevereiro de 2010, da
seguinte forma:
• Ativos contingentes - Não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, exceto quando da existência de evidências que propiciem a garantia de sua
realização, sobre as quais não cabem mais recursos.
• Passivos contingentes - São reconhecidos nas demonstrações financeiras quando, baseado na opinião de assessores jurídicos e da Administração, for
considerado provável o risco de perda de uma ação judicial ou administrativa, com uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os
montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. As provisões para contingências são realizadas de acordo com o CPC 25.
O Banco adota a seguinte metodologia de provisão para contingências cíveis e trabalhistas:
a) As ações cíveis com depósitos judiciais, para garantia da ação, e as com risco acima de R$ 25 mil, são provisionadas na totalidade dos depósitos e do risco,
registrados, contabilmente, para cada ação. A Administração do Banco entende que estes valores representam a melhor estimativa de perda.
b) Para as demais ações cíveis ativas, é realizado expurgos das ações com risco baixo ou inexistente de desembolso, para as demais o Banco adota a metodologia
de média móvel, calculada, levando em consideração as perdas efetivas dos últimos doze meses e a quantidade de processos encerrados a favor do autor para o
mesmo período. Assim, a perda esperada é mensurada para estes processos de forma agregada.
c) A constituição da provisão para processos trabalhistas leva em consideração o valor nominal envolvido de cada ação e a fase processual. Sobre esse valor é
calculado um percentual de provisão que pode variar de 25% a 100%, de acordo com a fase em que o processo se encontra. Assim, os processos trabalhistas são
agregados de acordo com a fase processual para mensuração da perda esperada.
Para os processos trabalhistas movidos por funcionários de empresas terceirizadas, a provisão é constituída somente quando envolver empresa terceira inativa e
somente na fase recursal e de execução, observando os percentuais de 70% a 100%.
• Obrigações legais, fiscais e previdenciárias - Referem-se às demandas judiciais, onde estão sendo contestadas a legalidade e a constitucionalidade de tributos
e contribuições. O montante discutido é quantificado, integralmente provisionado e atualizado mensalmente.
3.15. Benefícios pós-emprego
O Banco participa de plano de assistência à saúde para aposentados de benefício definido. A obrigação reconhecida no balanço representa o cálculo atuarial do
valor presente da obrigação relativa a benefícios definidos na data do balanço.
A obrigação relativa a benefícios definidos é calculada anualmente por atuários independentes, usando o método da unidade de crédito projetada. O valor presente
da obrigação de benefício definido é determinado mediante o desconto das saídas de caixa estimadas futuras, utilizando taxas de juros de títulos do governo
denominados na moeda em que os benefícios serão pagos, e que tenham prazos de vencimento similares aos prazos da respectiva obrigação. Os ganhos e as perdas
atuariais são reconhecidos imediatamente em ajuste de avaliação patrimonial. Os custos do serviço corrente são reconhecidos na demonstração do resultado.
O Conselho Monetário Nacional publicou, em 25 de junho de 2015, a Resolução nº 4.424, referendando o Pronunciamento Técnico CPC 33 (R1) - Benefícios a
Empregados, emitido pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC).
3.16. Provisão para imposto de renda e contribuição social
As provisões para imposto de renda e contribuição social foram constituídas às alíquotas vigentes, sendo: imposto de renda 15%, acrescidos de adicional de 10%
para o lucro tributável excedente a R$ 240 no exercício, e contribuição social 15%, de janeiro de 2019 até fevereiro de 2020 e 20%, a partir de março de 2020,
conforme PEC 06/2019. Adicionalmente, foram constituídos créditos tributários às mesmas alíquotas vigentes para o imposto de renda e contribuição social, no
pressuposto de geração de lucros tributáveis futuros, suficientes para a compensação desses créditos.
Aprovada pelo Congresso Nacional em outubro de 2019, a PEC 06/2019 dispõe sobre a Previdência Social e outros assuntos, tratando inclusive da majoração da
alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido dos bancos (inciso I, do parágrafo 1º, da Lei Complementar nº 105, de 10 de janeiro de 2001), que passará
a ser de 20%, a partir de sua entrada em vigor.
Em 31 de dezembro de 2019, o Banco já havia reconhecido a majoração da alíquota sobre os créditos tributários com previsão de realização a partir de março de
2020, resultando no montante positivo de R$ 19.019.
3.17. Reservas de pagamentos baseados em Instrumentos de Capital
O custo é reconhecido como despesa com benefícios a empregados e corresponde ao valor justo dos instrumentos patrimoniais na data da outorga, ou seja, a data
em que os beneficiários são informados das características e termos do plano. Como o plano é liquidado com instrumentos patrimoniais, o benefício representado
pelo pagamento baseado em ações é registrado como despesa com benefícios a empregados em contrapartida ao patrimônio líquido, de acordo com a Resolução
CMN nº 3.989/11 que aprovou o CPC 10 - Pagamento Baseado em Ações. O valor justo é determinado utilizando o modelo de precificação de opções de ações e
o preço da ação na data de outorga.

Demonstrações Financeiras - 30 de junho de 2020 20


3.18. Uso de estimativas
A preparação das demonstrações financeiras requer que a Administração efetue estimativas e adote premissas, no seu melhor julgamento, que afetam os montantes
apresentados de certos ativos, passivos, receitas, despesas e outras transações, tais como: determinação de prazo para realização dos créditos tributários,
constituição de provisão para operações de crédito e valores a receber relativos a transações de pagamentos e provisões para passivos contingentes, entre outras.
Os valores reais podem diferir dessas estimativas.
A constituição de provisão para operações de crédito considera a expectativa de não recebimento futuro correlacionada às expectativas macroeconômicas. Isso inclui
as expectativas de deterioração que podem ser causadas pela COVID-19.
3.19. Ajuste a valor presente de ativos e passivos
Os ativos e passivos monetários de longo prazo são atualizados monetariamente e, portanto, estão ajustados pelo seu valor presente. O ajuste a valor presente de
ativos e passivos monetários de curto prazo é calculado, e somente registrado, se considerado relevante em relação às demonstrações financeiras tomadas em
conjunto. Para fins de registro e determinação de relevância, o ajuste a valor presente é calculado levando em consideração os fluxos de caixa contratuais e a taxa
de juros explícita, e em certos casos implícita, dos respectivos ativos e passivos. Com base nas análises efetuadas e na melhor estimativa apurada, a Administração
do Banco concluiu que o ajuste a valor presente de ativos e passivos monetários é irrelevante em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto
e, dessa forma, não registrou nenhum ajuste.
3.20. Valor justo dos instrumentos financeiros
Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação ordenada entre participantes
do mercado na data de mensuração.
O Banco classifica a hierarquia de valor justo conforme a relevância dos dados observados no processo de mensuração.
As compras e as vendas regulares de ativos financeiros são reconhecidas e baixadas, respectivamente, na data de negociação.
Os ativos financeiros são baixados quando os direitos de receber os fluxos de caixa se expiram ou quando o Banco transfere, substancialmente, todos os riscos e
benefícios de propriedade e tal transferência se qualifica para baixa. Caso contrário, deve-se avaliar o controle para determinar se o envolvimento contínuo
relacionado com qualquer controle retido não impede a baixa.
Ativos e passivos financeiros são compensados e o valor líquido é reportado no Balanço Patrimonial exclusivamente quando há um direito legalmente aplicável de
compensar os valores reconhecidos e há uma intenção de liquidá-los numa base líquida, ou realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente.
Segundo o CPC 46, a mensuração do valor justo utiliza uma hierarquia de valor justo que reflete o modelo utilizado no processo de mensuração, de acordo com
os seguintes níveis hierárquicos:
Nível 1: São preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos ou passivos idênticos a que a entidade possa ter acesso na data de mensuração.
Na ausência de um mercado principal, os ativos e passivos podem ser negociados no mercado mais vantajoso.
Nível 2: São os derivados de dados diferentes dos preços cotados incluídos no Nível 1 que são observáveis para o ativo ou passivo, diretamente (como preços) ou
indiretamente (derivados dos preços). Se o ativo ou o passivo tiver prazo determinado (contratual), a informação classificada nesse nível deve ser observável
substancialmente pelo prazo integral do ativo ou passivo.
Nível 3: São derivados de técnicas de avaliação que incluem dados para os ativos ou passivos que não são baseados em variáveis observáveis de mercado (dados não
observáveis). Esses dados, devem ser utilizados para mensurar o valor justo na medida em que dados observáveis relevantes não estejam disponíveis, admitindo
assim situações em que há pouca ou nenhuma atividade de mercado para o ativo ou passivo na data de mensuração.
O valor justo de instrumentos financeiros é calculado mediante o uso de técnicas de avaliação baseadas em premissas, que levam em consideração informações e
condições de mercado. As principais premissas são: dados históricos, informações de transações similares e técnicas de precificação. Para instrumentos mais
complexos ou sem liquidez, é necessário um julgamento significativo para determinar o modelo utilizado mediante seleção de inputs específicos, e, em alguns
casos, são aplicados ajustes de avaliação ao valor do modelo ou preço cotado para instrumentos financeiros que não são negociados ativamente.

4. Caixa e equivalentes de caixa


Descrição 30/06/2020 31/12/2019
Disponibilidades 4.394 4.481
Total 4.394 4.481

5. Títulos e valores mobiliários


O Banco não adota como estratégia de atuação, a aquisição de títulos e valores mobiliários com o propósito de ser negociados de forma ativa e frequente e também
não tem a intenção de mantê-los até o vencimento. Dessa forma, a carteira de títulos e valores mobiliários foi classificada na categoria “títulos disponíveis para
venda” e não houve reclassificação de categoria entre os períodos apresentados.
A carteira de títulos e valores mobiliários era composta como segue:
30/06/2020
Valores por prazo de vencimento
Valor justo
Valor de custo Ajuste ao
Descrição atualizado Até 360 dias Acima de 360 dias Total valor justo
Carteira livre:
Letras Financeiras do Tesouro – LFT 287.268 234.034 53.188 287.222 (46)
Vinculados a operações compromissadas:
Letras Financeiras do Tesouro – LFT 11.017 11.017 - 11.017 -
Total 298.285 245.051 53.188 298.239 (46)

31/12/2019
Valores por prazo de vencimento
Valor justo
Valor de custo Ajuste ao
Descrição atualizado Até 360 dias Acima de 360 dias Total valor justo
Carteira livre:
Letras Financeiras do Tesouro – LFT 9.624 523 9.101 9.624 -
Vinculados a operações compromissadas:
Letras Financeiras do Tesouro – LFT 283.490 283.488 - 283.488 (2)
Total 293.114 284.011 9.101 293.112 (2)
O valor justo dos títulos registrados na categoria “disponíveis para venda” foi apurado com base nas informações divulgadas pela Associação Brasileira das
Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais - ANBIMA, e a perda não realizada para estes títulos no período foi de R$ 46 (31/12/2019: R$ 2), impactando
negativamente o patrimônio líquido do Banco em R$ 25 (31/12/2019: R$ 1), líquido dos efeitos tributários.

Demonstrações Financeiras - 30 de junho de 2020 21


6. Operações de crédito
As informações da carteira de operações de crédito e valores a receber relativos a transações de pagamento, em 30 de junho de 2020 e 31 de dezembro de 2019,
estão assim sumarizadas:
6.1. Por tipo de operação - pessoas físicas
Descrição 30/06/2020 31/12/2019
Empréstimos (i) 3.695.924 3.349.257
Subtotal de operações de crédito 3.695.924 3.349.257
Valores a receber relativos a transações de pagamento (ii) 5.939.619 6.749.025
Total da carteira 9.635.543 10.098.282
Provisões para perdas esperadas associadas ao risco de crédito (1.307.599) (1.113.737)
Provisões para perdas esperadas associadas ao risco de crédito - Valores a receber relativos
a transações de pagamento (49.951) (54.204)
Total da carteira líquida de PCLD 8.277.993 8.930.341
(i) A partir da data-base janeiro/20, por requerimento do BACEN, foi realizada a reclassificação em adequação à Carta Circular nº 3.896, de 7 de agosto de 2018,
das operações com cartão de crédito - compras parceladas, que passaram a ser contabilizadas na linha de Empréstimos. A reclassificação foi realizada
retroativamente para fins de apresentação.
(ii) Referem-se aos valores a faturar de clientes, relativos às compras realizadas com cartão de crédito no período, entre a data da compra e a data do faturamento,
e às transações de parcelamento de compras que não envolvam juros (parcelado sem juros), nota explicativa nº 7.

6.2. Distribuição da carteira por prazo de vencimento das operações, segregadas por parcelas
30/06/2020
Operações em Curso Anormal
Prazo A B C D E F G H Total
Vincendas
01 a 30 - 26.665 14.569 2.623 1.063 812 664 9.057 55.453
31 a 60 - 11.634 7.936 1.283 324 277 220 2.964 24.638
61 a 90 - 8.657 6.425 1.030 230 198 158 2.074 18.772
91 a 180 - 18.719 14.375 2.175 444 396 303 3.816 40.228
181 a 365 - 18.972 12.983 1.811 410 353 277 3.202 38.008
Acima de 365 - 7.743 5.665 1.022 243 204 159 1.996 17.032
Vencidas
01 a 14 - 274 166 96 77 47 32 291 983
15 a 30 - 52.296 270 142 63 60 28 943 53.802
31 a 60 - - 79.543 632 224 162 88 5.579 86.228
61 a 90 - - - 203.170 1.444 389 259 13.646 218.908
91 a 180 - - - - 187.534 169.424 148.833 41.573 547.364
181 a 365 - - - - - - - 701.864 701.864
Subtotal - 144.960 141.932 213.984 192.056 172.322 151.021 787.005 1.803.280
Provisão Resolução nº 2.682/99 - (1.450) (4.258) (21.398) (57.617) (86.162) (105.715) (787.005) (1.063.605)

Operações em Curso Normal (*)


Prazo A B C D E F G H Total
Vincendas
01 a 30 2.978.665 9 9 10.419 14.052 4.098 2.722 19.424 3.029.398
31 a 60 1.030.450 3 2 8.089 11.495 3.162 2.129 13.044 1.068.374
61 a 90 702.282 3 2 7.311 10.383 2.956 1.941 11.934 736.812
91 a 180 1.241.278 4 7 19.037 27.287 8.132 5.011 27.600 1.328.356
181 a 365 939.244 2 9 27.043 35.674 12.506 7.587 35.133 1.057.198
Acima de 365 352.696 1 17 33.973 36.506 21.448 12.275 50.390 507.306
Vencidas até 14 dias 104.591 - - 47 36 12 10 123 104.819
Subtotal 7.349.206 22 46 105.919 135.433 52.314 31.675 157.648 7.832.263
Provisão Resolução nº 2.682/99 (36.746) - (1) (10.592) (40.630) (26.157) (22.171) (157.648) (293.945)
Total da carteira 7.349.206 144.982 141.978 319.903 327.489 224.636 182.696 944.653 9.635.543
Total PCLD (36.746) (1.450) (4.259) (31.990) (98.247) (112.319) (127.886) (944.653) (1.357.550)

31/12/2019
Operações em Curso Anormal
Prazo A B C D E F G H Total
Vincendas
01 a 30 - 30.964 17.980 1.528 827 624 673 8.832 61.428
31 a 60 - 12.012 8.296 597 254 178 190 2.797 24.324
61 a 90 - 8.914 6.797 469 181 117 133 1.911 18.522
91 a 180 - 18.871 15.593 1.031 329 222 254 3.568 39.868
181 a 365 - 17.535 13.895 795 269 189 216 3.100 35.999
Acima de 365 - 6.365 5.567 392 155 116 138 2.029 14.762
Vencidas
01 a 14 - 367 201 98 50 35 29 286 1.066
15 a 30 - 56.834 241 103 61 45 22 4.264 61.570
31 a 60 - - 93.023 407 173 93 65 9.186 102.947
61 a 90 - - - 131.317 645 256 119 11.330 143.667
91 a 180 - - - - 122.788 120.689 117.405 25.255 386.137
181 a 365 - - - - - - - 615.382 615.382
Subtotal - 151.862 161.593 136.737 125.732 122.564 119.244 687.940 1.505.672
Provisão Resolução nº 2.682/99 - (1.519) (4.848) (13.674) (37.719) (61.282) (83.470) (687.940) (890.452)

Demonstrações Financeiras - 30 de junho de 2020 22


Operações em Curso Normal (*)
Prazo A B C D E F G H Total
Vincendas
01 a 30 3.454.204 8 3 8.699 13.073 3.769 2.475 17.932 3.500.163
31 a 60 1.136.408 4 2 7.057 10.947 3.049 2.045 12.258 1.171.770
61 a 90 755.925 3 2 6.173 10.002 2.836 1.825 10.741 787.507
91 a 180 1.340.613 6 6 15.281 24.884 7.406 4.433 25.280 1.417.909
181 a 365 994.350 4 17 21.431 32.442 11.521 6.522 35.054 1.101.341
Acima de 365 364.877 - 12 26.104 31.533 19.223 10.326 46.470 498.545
Vencidas até 14 dias 114.924 - - 48 49 8 6 340 115.375
Subtotal 8.161.301 25 42 84.793 122.930 47.812 27.632 148.075 8.592.610
Provisão Resolução nº 2.682/99 (40.807) - (1) (8.479) (36.879) (23.906) (19.342) (148.075) (277.489)
Total da carteira 8.161.301 151.887 161.635 221.530 248.662 170.376 146.876 836.015 10.098.282
Total PCLD (40.807) (1.519) (4.849) (22.153) (74.598) (85.188) (102.812) (836.015) (1.167.941)

(*) Curso normal são as operações com atraso inferior a 15 dias, incluindo as operações que foram renegociadas e deixaram de estar em atraso.
A Administração do Banco apura a provisão para operações de crédito e valores a receber relativos a transações de pagamentos com base na estimativa de perda
sobre a carteira na data-base, baseado em comportamento histórico das rolagens da carteira. Em 30 de junho de 2020 e em 31 de dezembro de 2019, não houve
montante adicional de provisão para operações de crédito e valores a receber relativos a transações de pagamentos.

6.3. Por nível de concentração


30/06/2020 31/12/2019
Maiores devedores Valor % Provisão Valor % Provisão
10 maiores clientes 1.862 0,02 (1.862) 1.826 0,02 (1.826)
50 seguintes maiores clientes 4.719 0,05 (4.719) 4.732 0,05 (4.732)
100 seguintes maiores clientes 6.634 0,07 (6.634) 6.534 0,06 (6.534)
Demais clientes 9.622.328 99,86 (1.344.335) 10.085.190 99,87 (1.154.849)
Total da carteira 9.635.543 100,00 (1.357.550) 10.098.282 100,00 (1.167.941)

6.4. Movimentação da provisão para créditos e valores a receber relativos a transações de pagamentos
Movimentação 30/06/2020 30/06/2019
Saldo inicial (1.167.941) (938.012)
Constituição (998.963) (567.858)
Reversão 190.502 84.205
Baixa para prejuízo 618.852 476.073
Saldo final (1.357.550) (945.592)

No semestre findo em 30 de junho de 2020, o montante de créditos recuperados foi de R$ 64.157 (30/06/2019: R$ 50.982) e os créditos renegociados totalizaram
R$ 679.854 (30/06/2019: R$ 591.247).

7. Outros créditos
30/06/2020 31/12/2019
Descrição Circulante Não circulante Total Circulante Não circulante Total
Rendas a receber 20.388 - 20.388 14.424 - 14.424
Valores a receber relativos a transações de pagamento
(nota 6) (i) 5.738.664 200.955 5.939.619 6.535.462 213.563 6.749.025
Provisões para perdas esperadas associadas ao risco
de crédito (nota 6) (34.910) (15.041) (49.951) (52.577) (1.627) (54.204)
Diversos: 189.500 513.173 702.673 216.690 466.234 682.924
Adiantamentos e antecipações salariais 2.943 - 2.943 453 - 453
Adiantamento para pagamento de nossa conta 1 - 1 125 - 125
Devedores por depósitos em garantia (ii) - 513.173 513.173 - 466.234 466.234
Impostos a compensar 90.394 - 90.394 2.759 - 2.759
Outros valores a receber 5 - 5 31 - 31
Valores a receber de sociedades ligadas (nota 30) 82.757 - 82.757 114.928 - 114.928
Devedores diversos no país (iii) 13.400 - 13.400 98.394 - 98.394
Total 5.913.642 699.087 6.612.729 6.713.999 678.170 7.392.169

(i) Referem-se aos valores a faturar de clientes, relativos às compras realizadas com cartão de crédito no período, entre a data da compra e a data do faturamento,
e às transações de parcelamento de compras que não envolvam juros (parcelado sem juros).
(ii) Referem-se aos depósitos de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL, no montante de R$ 491.271 (31/12/2019: R$ 439.781), depósitos para garantia
de reclamações trabalhistas no montante de R$ 4.117 (31/12/2019: R$ 2.160), outros depósitos judiciais, referentes a processos cíveis no montante de
R$ 11.031 (31/12/2019: R$ 17.570), os depósitos judiciais do Programa de Integração Social – PIS, no montante de R$ 952 (31/12/2019: R$ 948) e Contribuição
para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS, no montante de R$ 5.802 (31/12/2019: R$ 5.775).
(iii) Referem-se, substancialmente, a saques em redes credenciadas, no montante de R$ 4.698 (31/12/2019: R$ 3.575), recebimento de clientes em trânsito, no
montante de R$ 4.142 (31/12/2019: R$ 52.534) e valores a receber das Bandeiras sobre aliança estratégica, no montante de R$ 3.417 (31/12/2019: R$ 2.009).

8. Créditos tributários
8.1. Os créditos tributários estão compostos como segue:
Em 30 de junho de 2020, os créditos tributários de imposto de renda e contribuição social, no montante de R$ 246.339 (31/12/2019: R$ 192.485), referem-se às
diferenças temporárias, basicamente, representadas pela provisão para operações de crédito e valores a receber relativos a transações de pagamentos, provisões
para contingências fiscais, cíveis e trabalhistas, provisão para pagamento de bônus e participação nos lucros.

Demonstrações Financeiras - 30 de junho de 2020 23


8.2. Movimentação dos créditos tributários
30/06/2020
IR CS
Saldo em Constituição/ Saldo em Saldo em Constituição/ Saldo em
Descrição 31/12/2019 (Realização) 30/06/2020 31/12/2019 (Realização) 30/06/2020
Refletido no resultado
Provisão para créditos e valores a receber relativos
a transações de pagamentos (i) 57.909 31.453 89.362 44.016 27.474 71.490
Provisão para outras despesas de pessoal / participação
nos lucros 6.928 (3.203) 3.725 5.395 (2.414) 2.981
Provisão para contingências tributárias 33.718 1.533 35.251 26.974 1.227 28.201
Provisão para perdas operacionais 1.650 494 2.144 1.265 450 1.715
Provisão para contingências cíveis 6.779 (1.915) 4.864 5.294 (1.403) 3.891
Provisão para contingências trabalhistas 1.430 67 1.497 1.123 74 1.197
Refletido no patrimônio líquido
Ajuste ao valor justo sobre títulos e valores mobiliários 2 10 12 2 7 9
Total 108.416 28.439 136.855 84.069 25.415 109.484
(i) O saldo dos créditos tributários está demonstrado pelo valor líquido, considerando a reativação de operações de crédito renegociadas após a baixa para prejuízo.
8.3. Previsão de realização dos créditos tributários
Com base em estudo técnico, os créditos tributários apresentados em 30 de junho de 2020 têm sua previsão de realização demonstrada no quadro a seguir:
Período de Realização
Imposto de renda e contribuição social 2020 2021 2022 2023 2024 Total
Valor Nominal 169.420 11.030 2.110 178 63.601 246.339
Valor Presente 166.847 10.630 1.937 155 53.170 232.739
O valor presente é calculado com base na expectativa das taxas médias de juros SELIC praticadas no mercado, relativamente aos prazos esperados de realização
de tais créditos.

9. Investimento
30/06/2020
Valor Patrimonial Resultado de participações
No País Patrimônio líquido Resultado da controlada Investimento em controladas
CSF Administradora e Corretora de Seguros EIRELI (i) (592) (800) (1.392) (800)

31/12/2019 30/06/2019
Valor Patrimonial Resultado de participações
No País Patrimônio líquido Resultado da controlada Investimento em controladas
CSF Administradora e Corretora de Seguros EIRELI (i) 100 (692) (592) (110)
(i) Em 30 de junho de 2020 e 31 de dezembro de 2019, o saldo de investimento da Controladora está registrado na rubrica “Outras Obrigações - Credores
Diversos País”.

10. Imobilizado

Móveis e Sistema de Sistema de Sistema de


Descrição Instalações equipamentos de uso comunicação processamento de dados segurança Total
Custo
Saldos em 31 de dezembro de 2019 10.444 5.424 1.636 66.970 510 84.984
Aquisição 321 95 21 2.874 21 3.332
Baixa - (95) - (42) - (137)
Saldos em 30 de junho de 2020 10.765 5.424 1.657 69.802 531 88.179
Depreciação
Saldos em 31 de dezembro de 2019 (2.279) (1.294) (1.264) (37.134) (244) (42.215)
Despesa de depreciação (574) (360) (70) (4.937) (41) (5.982)
Baixa - 56 - 16 - 72
Saldos em 30 de junho de 2020 (2.853) (1.598) (1.334) (42.055) (285) (48.125)
Valor contábil
Saldos em 30 de junho de 2020 7.912 3.826 323 27.747 246 40.054
Saldos em 31 de dezembro de 2019 8.165 4.130 372 29.836 266 42.769
Taxas anuais de depreciação 10% De 10% a 20% De 10% a 20% De 12,5% a 33,3% 20%

11. Intangível
Softwares e sistemas Softwares e sistemas Direito de
Descrição desenvolvidos em desenvolvimento exclusividade Total
Custo
Saldos em 31 de dezembro de 2019 215.571 13.391 825.000 1.053.962
Aquisição 8.137 11.481 - 19.618
Transferência para utilização 15.700 (15.700) - -
Saldos em 30 de junho de 2020 239.408 9.172 825.000 1.073.580
Amortização
Saldos em 31 de dezembro de 2019 (93.730) - (160.539) (254.269)
Despesa de amortização (10.505) - (26.757) (37.262)
Saldos em 30 de junho de 2020 (104.235) - (187.296) (291.531)
Valor contábil
Saldos em 30 de junho de 2020 135.173 9.172 637.704 782.049
Saldos em 31 de dezembro de 2019 121.841 13.391 664.461 799.693
Taxas anuais de amortização De 6,5 % a 12,5% 0% 6,5%

Demonstrações Financeiras - 30 de junho de 2020 24


Os ativos intangíveis referem-se à aquisição, desenvolvimento de software e direito de exclusividade, destinados à manutenção da atividade do Banco e
implementação de novos produtos.
O Direito de Exclusividade refere-se ao valor pago ao Atacadão S.A. pela exclusividade na oferta e distribuição de serviços financeiros.
A amortização é realizada pelo método linear pela estimativa de vida útil dos ativos adquiridos e desenvolvimento de software e pelo período de dezesseis anos
para o ativo de direito de exclusividade, durante o qual espera-se que os benefícios futuros sejam substancialmente alcançados.
De acordo com a avaliação elaborada pela Administração sobre os ativos intangíveis, concluiu-se que, em 30 de junho de 2020 e 31 de dezembro de 2019, não
houve nenhuma indicação relevante de que os ativos possam ter sofrido qualquer desvalorização.

12. Depósitos
12.1. Depósitos à vista
Valores de saldo credor em faturas de cartões de crédito referentes a pagamentos efetuados a maior pelos clientes no montante de R$ 8.706 (31/12/2019:
R$ 7.415).
12.2. Depósitos a prazo
Captações na modalidade CDB – Certificado de Depósito Bancário, por intermédio de corretora, à taxa média de juros pós-fixada é de 101,00% do DI, na data-base
de 30 de junho de 2020 e 31 de dezembro de 2019.
Prazo de vencimento 30/06/2020 31/12/2019
De 3 a 12 meses 1.125 -
De 1 a 3 anos 5.652 4.193
Total 6.777 4.193

13. Depósitos interfinanceiros


As captações foram realizadas em condições de mercado, à taxa média de juros de 116,85% do DI (31/12/2019: 107,65% do DI).
Prazo de vencimento 30/06/2020 31/12/2019
Até 3 meses - 20.004
De 3 a 12 meses 606.544 -
Total 606.544 20.004

14. Captações no mercado aberto


As captações no mercado aberto foram realizadas à taxa média de juros SELIC Over + 0,05bps, que na data-base de 30 de junho de 2020, era de 2,20% a.a
(31/12/2019: 4,45% a.a.) e estão compostas como segue:
Descrição 30/06/2020 31/12/2019
Carteira própria:
Letras Financeiras do Tesouro – LFT (até 360 dias) 10.972 281.842
Total 10.972 281.842

15. Captação em letras financeiras


Em 22 de outubro de 2019, o Banco concluiu a 3ª emissão de letras financeiras, no valor total de R$ 500.000 em duas séries, sendo: 1ª série no valor de R$ 387.500,
com vencimento em 28/10/2021, à taxa de 100% do DI + 0,34% a.a., e a 2ª série no valor de R$ 112.500, com vencimento em 30/10/2023, à taxa de 100% do
DI + 0,54% a.a. Ambas com pagamentos de juros semestrais.
Os valores captados estão acrescidos das despesas auferidas até a data das demonstrações financeiras, calculadas “pro rata” dia.
Em 30 de junho de 2020 e 31 de dezembro de 2019, as letras financeiras estão compostas como segue:
Prazo de vencimento 30/06/2020 31/12/2019
De 3 a 12 meses 399.811 300.700
De 1 a 3 anos 388.957 790.210
De 3 a 5 anos 112.964 113.636
Total 901.732 1.204.546

16. Relações interfinanceiras


Valores a pagar a adquirentes, relativos às transações realizadas com cartão de crédito bandeirado.
30/06/2020 31/12/2019
Descrição Circulante Não circulante Total Circulante Não circulante Total
Recebimentos e pagamentos a liquidar 3.818.491 162 3.818.653 4.431.761 114 4.431.875
Total 3.818.491 162 3.818.653 4.431.761 114 4.431.875

17. Outras obrigações


17.1. Fiscais e previdenciárias
30/06/2020 31/12/2019
Descrição Circulante Não circulante Total Circulante Não circulante Total
Provisão para imposto de renda 98.737 - 98.737 101.706 - 101.706
Provisão para contribuição social 49.167 - 49.167 50.942 - 50.942
Impostos e contribuições sobre serviços
de terceiros 2.708 - 2.708 2.849 - 2.849
Impostos e contribuições sobre salários (i) 16.522 563 17.085 9.740 790 10.530
PIS (i) 7.776 - 7.776 2.185 - 2.185
COFINS (i) 47.852 - 47.852 13.448 - 13.448
ISS 3.870 - 3.870 4.083 - 4.083
IRRF 504 - 504 631 - 631
Total 227.136 563 227.699 185.584 790 186.374
(i) Segundo as Portarias ME 139/2020 e 245/2020 e a MP 927/2020, houve uma postergação do pagamento dos tributos PIS, COFINS, INSS e FGTS. Sendo que
INSS a postergação é parcial, somente para a quota patronal e FGTS, além da postergação, o pagamento pode ser realizado em até seis vezes.

Demonstrações Financeiras - 30 de junho de 2020 25


17.2. Diversas
30/06/2020 31/12/2019
Descrição Circulante Não circulante Total Circulante Não circulante Total
Provisão para despesas de pessoal 33.894 1.418 35.312 34.979 2.246 37.225
Valores a pagar a sociedades ligadas (i) 26.516 - 26.516 30.275 - 30.275
Obrigações por transações de pagamento (ii) 234.267 51.435 285.702 102.085 21.271 123.356
Credores diversos - País (iii) 1.079.925 168.285 1.248.210 1.244.296 208.266 1.452.562
Total 1.374.602 221.138 1.595.740 1.411.635 231.783 1.643.418
(i) Referem-se, substancialmente, a pagamentos por serviços prestados no montante de R$ 20.084 (31/12/2019: R$ 22.322), incentivo de venda no montante
de R$ 3.086 (31/12/2019: R$ 5.537).
(ii) Refere-se a repasses de valores referentes a compras de clientes realizadas nas lojas Carrefour, Atacadão e Magazine Luiza.
(iii) Referem-se, substancialmente, a valores a repassar a bancos referentes a créditos cedidos pela empresa Carrefour Comércio e Indústria Ltda., no montante
de R$ 1.118.090 (31/12/2019: R$ 1.305.248) e contas a pagar a fornecedores no montante de R$ 75.799 (31/12/2019: R$ 83.879).

18. Provisões para contingências


18.1. Ativos contingentes
No semestre findo em 30 de junho de 2020 e no exercício findo em 31 de dezembro de 2019, o Banco não identificou ativos contingentes.
18.2. Passivos contingentes
O Banco é parte em processos judiciais de natureza cível, fiscal e trabalhista. A avaliação para constituição de provisões é efetuada, conforme critérios descritos na
nota 3.14. A Administração do Banco entende que a provisão constituída é suficiente para cobrir perdas decorrentes dos respectivos processos.
18.2.1. Classificação dos passivos contingentes
30/06/2020 31/12/2019
Descrição Circulante Não circulante Total Circulante Não circulante Total
CSLL - Adicional 6% - 496.324 496.324 - 466.064 466.064
Provisões para riscos fiscais - 496.324 496.324 - 466.064 466.064
Provisões para contingências cíveis 11.530 7.925 19.455 15.564 11.555 27.119
Provisões para contingências trabalhistas 2.685 3.301 5.986 2.510 3.209 5.719
Total 14.215 507.550 521.765 18.074 480.828 498.902

18.2.2. Movimentação dos passivos contingentes


30/06/2020
Descrição Fiscais Cíveis (i) Trabalhistas (ii) Total
Saldos em 31 de dezembro de 2019 466.064 27.119 5.719 498.902
Constituição 24.128 15.292 2.664 42.084
Atualização monetária 6.132 141 310 6.583
Reversão - (12.822) (1.561) (14.383)
Realização - (10.275) (1.146) (11.421)
Saldos em 30 de junho de 2020 496.324 19.455 5.986 521.765
(i) Nas ações cíveis que envolvem disputas, principalmente, relativas a danos morais e materiais, o montante provisionado representa a avaliação da Administração
do Banco sobre as perdas esperadas nessas ações.
(ii) Nas ações trabalhistas que envolvem disputas relativas a processos de funcionários do Banco, o montante provisionado representa a avaliação da Administração
do Banco sobre as perdas esperadas nessas ações.
18.2.3. Cronograma esperado de desembolsos
Descrição Fiscais (i) Cíveis Trabalhistas
Até 5 anos 496.324 19.455 5.986
Total 496.324 19.455 5.986
(i) O
 Banco questiona judicialmente a legalidade da Lei nº 11.727/08, que majorou a alíquota da CSLL de 9% para 15%, realizando mensalmente o depósito
judicial, equivalente à majoração (6%). Em 15/06/2020, foi publicada decisão do STF nas ações Declaratórias de Inconstitucionalidade, ADI’s 4.101 e 5.485,
julgando constitucional a majoração das alíquotas de CSLL para as instituições financeiras. A aplicação dessa decisão não é automática aos demais casos,
devendo ser proferida uma decisão específica na ação do Banco.
O cenário de imprevisibilidade do tempo de duração dos processos, bem como a possibilidade de alterações na jurisprudência dos tribunais, tornam incertos os
valores e o cronograma esperado de saída.
18.2.4. Causas possíveis
Os valores das causas fiscais, com probabilidade de perda classificada pelas assessorias jurídicas como possíveis, em 30 de junho de 2020, é de R$ 2.691
(31/12/2019: R$ 2.746).
O Banco não tem valores de causas com probabilidade de perdas possíveis para ações Cíveis e Trabalhistas.

19. Patrimônio líquido


O Banco propôs aumento de capital de acordo com a Lei nº 6.404/76, aprovados pelos acionistas na AGO/E de 22 de maio de 2020, no montante de R$ 600.000,
mediante a utilização de saldo das reservas estatutárias. Tal aumento encontra-se em processo de aprovação pelo Banco Central do Brasil.
O valor do capital social, pendente de aprovação do BACEN, no semestre passa de R$ 1.142.000 para R$ 1.742.000 e está dividido em 1.114.671.113 ações
ordinárias nominativas e sem valor nominal.
19.1. Reserva de capital
Reserva de pagamentos baseados em instrumentos de capital
Descrição dos planos de opções de compra de ações
Primeiro plano de opções aprovado (“Plano Pré-IPO”) - Pagos com ações da controladora final do Banco - Atacadão S.A.
O primeiro plano de opções de compra de ações da Controladora foi aprovado na Assembleia Geral de acionistas, em 21 de março de 2017. O objetivo principal
deste plano, implementado de acordo com a Lei nº 6.404, de 15/12/1976, foi reter um grupo de executivos-chave para o planejamento e a execução da sua oferta
pública inicial (IPO), e obter um alinhamento de seus interesses com o interesse dos acionistas. Os executivos elegíveis são nomeados pelo Conselho de Administração,
e são empregados do Grupo Carrefour (“Grupo”). O plano é gerido pelo Conselho de Administração, de acordo com as regras do plano aprovadas formalmente.
O Conselho de Administração tem a capacidade de, a qualquer momento: (i) modificar ou encerrar o plano; e (ii) estabelecer as regras aplicáveis às situações não
tratadas no plano, desde que não altere ou afete negativamente, sem consentimento do beneficiário, quaisquer direitos ou obrigações estabelecidas em quaisquer
contratos relacionados ao plano.

Demonstrações Financeiras - 30 de junho de 2020 26


Os termos e as condições deste plano são regulamentados em um contrato individual com cada executivo elegível. Este contrato, de acordo com as regras
aprovadas pela Assembleia Geral de acionistas, define: (i) os executivos elegíveis e sua quantidade individual de opções outorgadas; (ii) o preço de exercício das
opções outorgadas; (iii) o cronograma do período de aquisição do direto de exercício (vesting); e (iv) as condições para acessar as opções na data de vesting ou
outros eventos que impactariam a data de vesting. Estas condições não incluem condições de desempenho que não são baseadas em condições de mercado
(non-market vesting conditions).
Os detalhes deste plano de opções de compra de ações são apresentados abaixo:
(1)
Número de opções autorizadas 700.364
Prazo de vida contratual esperada das opções 6 anos
Número de executivos elegíveis 3
(2)
Período de exercício das opções A partir do IPO até 21 de março de 2023
Preço de exercício (em R$ por opção) 11,70
(1)
Número de opções autorizadas aprovadas em Assembleia Geral de acionistas em 27 de junho de 2017.
(2)
As opções podem ser exercidas somente após a ocorrência da oferta pública inicial (IPO) da Controladora e se o beneficiário ainda for empregado pelo Grupo no
início do período de exercício, nas seguintes frações:
-1/3 (um terço) na ocorrência do IPO;
-1/3 (um terço) após 12 meses a partir da ocorrência do IPO; e
-1/3 (um terço) após 24 meses a partir da ocorrência do IPO.
Para executivos contratados após a data de aprovação do Plano Pré-IPO (21 de março de 2017), as opções outorgadas no Plano Pré-IPO serão exercíveis de acordo
com o seguinte esquema:
(i) 1/3 (um terço) das opções outorgadas 12 meses após o IPO;
(ii) 1/3 (um terço) das opções outorgadas 24 meses após o IPO; e
(iii) 1/3 (um terço) das opções outorgadas 36 meses após o IPO.
O vesting do primeiro terço das opções outorgadas do Plano Pré-IPO aconteceu no dia 21 de julho de 2017, com a realização da Oferta Primária de Ações, 12 meses
depois, o segundo terço das opções tiveram seu vesting period completo.
Segundo plano de opções aprovado (“Plano Regular”)
O segundo plano de opções de compra de ações da Controladora foi aprovado na Assembleia Geral Extraordinária de acionistas, realizada em 26 de junho de 2017,
consistindo em outorgas anuais cujas principais diretrizes compreendem:
- Elegibilidade: os administradores e empregados do Grupo;
- Beneficiários: os executivos selecionados pelo Conselho de Administração do Grupo;
- Prazo para que as opções se tornem exercíveis: 36 meses após cada outorga;
- Prazo máximo para exercício das opções: até o final do 6º ano da data de tal plano;
- Diluição societária máxima: 2,50% do total de ações de nosso capital social, considerando-se, neste total, o efeito da diluição decorrente do exercício de todas
as opções concedidas e não exercidas no âmbito deste plano, bem como do plano de opção de compra de ações aprovado; e
- Preço de exercício: será determinado pelo Conselho de Administração do Grupo no momento da outorga das opções, que considerará, no máximo, os
30 pregões anteriores à data da outorga da opção.
Em 26 de setembro de 2019, o Conselho de Administração do Grupo aprovou a primeira outorga de opções conforme detalhes descritos a seguir:
Número de opções autorizadas (1) 320.579
Prazo de vida contratual esperada das opções 6 anos
Número de executivos elegíveis 8
(2)
Período de exercício das opções A partir de 26 de setembro de 2022 até 26 de março de 2025
Preço de exercício (em R$ por opção) 21,98
(1)
Número de opções autorizadas, aprovadas em reunião do Conselho de Administração de 26 de setembro de 2019.
(2)
As opções serão liberadas neste prazo e com base em uma cesta de determinados indicadores de performance aprovados no Conselho de Administração na
data de outorga.
Mensuração de valor justo
O valor justo é determinado utilizando o modelo de precificação de opções de ações e o preço da ação na data de outorga, conforme demonstrado nos itens abaixo.
Condições de desempenho que não são baseadas em condições de mercado (non-market vesting conditions) não são consideradas na estimativa do valor justo das
opções de compra de ações na data da mensuração. No entanto, são considerados na estimativa do número esperado de instrumentos patrimoniais que irão
proporcionar a aquisição de direito, atualizado a cada período baseado na taxa de realização esperado para as condições de desempenho que não são de mercado.
O custo calculado conforme acima descrito é reconhecido em linha reta ao longo do período de aquisição de direito (vesting period).
A tabela a seguir apresenta uma relação dos parâmetros do modelo utilizado:
Plano Pré-IPO Plano Regular
Valor justo da opção na data da outorga (R$ por opção) 3,73 5,20
Valor justo do preço da ação (R$ por ação) 11,70 21,98
Rendimento de dividendos (%) 1,35 1,09
Volatilidade esperada (%) 29,02 27,20
Taxa de retorno livre de risco (%) 10,25 5,57
Prazo de vida esperada das opções (anos) 2,72 3
Modelo utilizado Binomial Binomial
Volatilidade e rendimento de dividendos
Plano Pré-IPO: O Grupo, que ainda não estava listado no momento da aprovação do plano, definiu os parâmetros básicos com base nas cinco empresas de varejo
de capital aberto como Grupo comparável, considerando a diferença na capitalização de mercado, o Grupo adotou os valores médios da volatilidade e rendimento
de dividendos como a base mais apropriada para o exercício de avaliação.
A taxa de retorno livre de risco foi baseada na taxa de títulos de longo prazo divulgada pelo Banco Central para período similar, estabelecemos a taxa anual de
retorno livre de risco em 10,25%.
Plano Regular: O Grupo utilizou como parâmetro de volatilidade a taxa divulgada no site da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) para o período de 12 meses e o
rendimento de dividendos com base nos lucros distribuídos pelo Grupo no período de 2018.
A taxa de retorno livre de risco foi baseada na taxa de títulos de longo prazo divulgada pelo Banco Central para período similar, estabelecemos a taxa anual de
retorno livre de risco em 5,57%.
Conciliação de opções de compra de ações em circulação (primeiro plano de opções)
Os movimentos no plano de opções de ações no período foram os seguintes:
Plano Regular
Opções de ações pendentes em 31 de dezembro de 2019 320.579
Opções canceladas até 30 de junho de 2020 (170.575)
Opções de ações pendentes em 30 de junho de 2020 150.004
(Plano Pré-IPO)
Não houve movimentação nas opções de ações para o Plano Pré-IPO, entre os períodos de 31 de dezembro de 2019 e 30 de junho de 2020.

Demonstrações Financeiras - 30 de junho de 2020 27


Descrição dos planos de remuneração de ações
Em 27 de fevereiro de 2019, baseado na recomendação do comitê de remuneração, o Conselho de Administração do Grupo Carrefour na França decidiu pela
utilização da autorização concedida na 14ª Resolução da Assembleia Geral Ordinária anual ocorrida em 17 de maio de 2016 (Grupo Carrefour França) de outorgar
ações (novas ou existentes) para determinados funcionários do Grupo Carrefour Brasil. As ações têm o vesting period somente se o funcionário permanecer no
grupo até o término do vesting period e atingir determinadas metas.
O vesting period é de três anos, da data da reunião do Conselho que outorgou os direitos de ações. O número de ações que serão entregues, dependem do
atingimento de quatro condições de performance:
- Duas condições relacionadas à performance financeira (Retorno sobre investimento e Fluxo de caixa livre ajustado) – com peso de 25% cada;
- Retorno total ao acionista com peso de 25%; e
- Item relacionado à responsabilidade social corporativa com peso de 25%.
Os detalhes do plano de ações em 30 de junho de 2020 são demonstrados abaixo:
(1)
Número de opções autorizadas 26.400
Prazo de vida contratual esperada das opções 6 anos
Número de executivos elegíveis 6
(2)
Período de exercício das opções A partir de 26 de fevereiro de 2022 até 26 de fevereiro de 2025
(3)
Valor justo de cada ação (em EUR por opção) 14,32
(1)
Data da notificação (data em que os participantes são notificados sobre as características do plano).
(2)
As ações serão entregues somente se o participante permanecer no grupo no fim do período do vesting period e se as condições de performance
forem atingidas.
(3)
Preço da ação do Carrefour S.A. (França) na data da outorga (preço de referência) ajustado pela estimativa de dividendos não recebidos durante o vesting period.
O saldo das ações outorgadas em 30 de junho de 2020 e 31 de dezembro de 2019 é de R$10.000. Não houve movimentações das ações entre os períodos citados.
Despesas reconhecidas no resultado
As despesas de pagamentos baseados em ações do Banco totalizaram, em 30 de junho de 2020, o montante de R$ 289 (30/06/2019: R$ 240).
19.2. Reserva de lucros
Reserva legal
Nos termos da Lei nº 6.404/76 e do Estatuto Social, o Banco deve destinar 5% (cinco por cento) do lucro líquido do exercício para a reserva legal. A reserva legal
não poderá exceder 20% (vinte por cento) do capital integralizado do Banco. Além disso, o Banco poderá deixar de destinar parcela do lucro líquido para a reserva
legal, no exercício em que o saldo dessa reserva, acrescido do montante das reservas de capital, exceder a 30% (trinta por cento) do capital social.
Reserva estatutária
Visa garantir meios financeiros para a operação do Banco, bem como garantir recursos para pagamento de dividendos, inclusive na forma de juros sobre o capital
próprio ou suas antecipações. O saldo desta reserva, somado aos saldos das demais reservas de lucros a realizar e reservas para contingências, não poderá
ultrapassar o limite de 100% (cem por cento) do capital social. Caberá à Assembleia Geral deliberar acerca da destinação do valor que ultrapasse o limite em
questão, podendo ocorrer a distribuição do valor excedente, sua utilização para aumento do capital social ou outra destinação a ser aprovada, nos termos da
legislação em vigor.
Em 31 de dezembro de 2019, o valor das reservas de lucros excedeu o capital social. O valor excedente foi deliberado na Assembleia Geral realizada em
22 de maio de 2020.
Descrição 30/06/2020 31/12/2019
Legal 169.984 169.984
Estatutárias 655.275 1.255.275
Reserva de lucros 825.259 1.425.259

19.3. Ajuste de avaliação patrimonial


Descrição 30/06/2020 31/12/2019
Ajuste ao valor justo - TVM (26) (1)
Benefícios pós-emprego (374) (374)
Total (400) (375)

19.4. Dividendos
De acordo com o Estatuto Social do Banco, aos acionistas é assegurado o direito ao recebimento de um dividendo anual obrigatório não inferior a 30% (trinta por
cento) do lucro líquido do exercício, ajustado pela importância destinada à constituição da reserva legal.
30/06/2020
Descrição Total Reais por Ação
Dividendos mínimos obrigatórios referentes a 31 de dezembro de 2019 (i) 160.612 0,14409
Total de dividendos pagos 160.612 0,14409
(i) N
 a Assembleia Geral em 22 de maio de 2020, foi aprovada a distribuição de dividendos mínimos obrigatórios, decorrentes do lucro gerado no exercício findo
em 31 de dezembro de 2019. Em 23 de junho de 2020, o Banco liquidou dividendos no montante de R$ 160.612.
30/06/2019
Descrição Total Reais por Ação
Dividendos mínimos obrigatórios referentes a 31 de dezembro de 2018 (i) 108.534 0,12014
Dividendos adicionais referentes a 31 de dezembro de 2018 (i) 72.356 0,08009
Total de dividendos pagos 180.890 0,20023
(i) N
 a Assembleia Geral em 18 de abril de 2019, foi aprovada a distribuição de dividendos mínimos obrigatórios e dividendos adicionais, decorrentes do lucro
gerado no exercício findo em 31 de dezembro de 2018. Em 24 de junho de 2019, o Banco liquidou dividendos no montante de R$ 180.890.

20. Rendas de operações de crédito


01/01 a 01/01 a
Descrição 30/06/2020 30/06/2019
Rendas de empréstimos (i) 1.129.296 989.811
Recuperação de créditos baixados como prejuízo - renegociação (*) 166.299 134.722
Total 1.295.595 1.124.533
(i) A partir da data base janeiro/20, por requerimento do BACEN, foi realizada a reclassificação em adequação à Carta Circular nº 3.896, de 7 de agosto de 2018,
das operações com cartão de crédito - compras parceladas, que passaram a ser contabilizadas na linha de Empréstimos. A reclassificação foi realizada
retroativamente para fins de apresentação.
(*) O montante de créditos efetivamente recebido correspondente às renegociações de contratos em prejuízo em 30 de junho de 2020, foi de R$ 64.157
(30/06/2019: R$ 50.982).

Demonstrações Financeiras - 30 de junho de 2020 28


21. Resultado de operações com títulos e valores mobiliários
01/01 a 01/01 a
Descrição 30/06/2020 30/06/2019
Rendas de operações com títulos e valores mobiliários 5.172 8.532
Rendas de aplicação interfinanceira de liquidez 2.528 36
Total 7.700 8.568

22. Operações de captação no mercado


01/01 a 01/01 a
Descrição 30/06/2020 30/06/2019
Despesas de letras financeiras (23.126) (22.677)
Despesas de depósitos interfinanceiros (7.421) (6.378)
Despesas de operações compromissadas (1.777) (7.092)
Despesas de depósitos a prazo (94) (27)
Total (32.418) (36.174)

23. Receitas de prestação de serviços


01/01 a 01/01 a
Descrição 30/06/2020 30/06/2019
Rendas de tarifa bancária (ii) 242.932 200.298
Rendas de intercâmbio (iii) 159.201 145.720
Comissão sobre intermediação na venda de seguros 89.815 78.809
Serviços prestados a ligadas (i) 30.052 32.224
Tarifa de avaliação emergencial de crédito 31.240 32.903
Outros serviços (iv) 43.276 32.712
Total 596.516 522.666
(i) Referem-se às rendas de comissões sobre as compras, com ou sem juros, realizadas por clientes com Cartão Carrefour e Cartão Atacadão, emitidos pelo Banco.
(ii) Referem-se, substancialmente, às receitas de tarifa de anuidade no montante de R$ 242.366 (30/06/2019: R$ 198.997) e tarifa de saque no montante de
R$ 566 (30/06/2019: R$ 1.301).
(iii) Referem-se à receita de comissão paga pelos adquirentes ao Banco emissor.
(iv) Referem-se, substancialmente, à tarifa com pacote de SMS R$ 43.229 (30/06/2019: R$ 32.711).

24. Despesas de pessoal


01/01 a 01/01 a
Descrição 30/06/2020 30/06/2019
Proventos (66.982) (53.483)
Encargos sociais (20.347) (17.520)
Benefícios (11.017) (7.579)
Treinamento (436) (557)
Total (98.782) (79.139)

25. Outras despesas administrativas


01/01 a 01/01 a
Descrição 30/06/2020 30/06/2019
Despesas com serviços de terceiros (ii) (173.483) (169.975)
Despesas de processamento de dados (i) (98.184) (82.044)
Despesas de comunicações (44.672) (37.674)
Despesas de depreciação e amortização (43.244) (41.581)
Despesas de propaganda e publicidade (33.808) (35.202)
Despesas com serviços técnicos especializados (iii) (30.665) (28.590)
Despesas com serviços do sistema financeiro (26.829) (24.884)
Despesas de aluguéis (16.958) (15.177)
Despesas com materiais (6.825) (5.283)
Outras (7.026) (10.531)
Total (481.694) (450.941)
(i) Referem-se, substancialmente, às despesas com processamento das operações de cartão de crédito.
(ii) Referem-se, substancialmente, às despesas com correspondentes bancários no país no montante de R$ 100.574 (30/06/2019: R$ 104.679) e serviços de
cobrança no montante de R$ 71.342 (30/06/2019: R$ 58.243).
(iii) Referem-se, substancialmente, às despesas com auditoria, consultorias, assessorias e honorários advocatícios.

26. Despesas tributárias


01/01 a 01/01 a
Descrição 30/06/2020 30/06/2019
ISS (14.609) (26.133)
COFINS (71.646) (61.936)
PIS (11.642) (10.065)
Atualização de contingências de CSLL (nota 18.2.2) (6.132) (8.760)
Outras (627) (409)
Total (104.656) (107.303)

Demonstrações Financeiras - 30 de junho de 2020 29


27. Outras receitas operacionais
01/01 a 01/01 a
Descrição 30/06/2020 30/06/2019
Atualização monetária de depósitos judiciais 6.625 9.627
Incentivo de vendas recebido das Bandeiras 2.084 690
Variação cambial ativa 3.408 1.741
Outras rendas operacionais (i) 14.445 3.186
Total 26.562 15.244

(i) Referem-se, substancialmente, à participação nos lucros com venda de seguros no montante de R$ 9.833 (30/06/2019: R$ 1.776), reversão de provisão para
perdas operacionais R$ 1.855 (30/06/2019: R$ 853) e receita com descontos obtidos no montante de R$ 649 (30/06/2019: R$ 535).

28. Outras despesas operacionais


01/01 a 01/01 a
Descrição 30/06/2020 30/06/2019
Bonificações (23.300) (15.549)
Despesas com fraudes (6.050) (4.463)
Intercâmbio nacional e internacional (i) (65.936) (52.015)
Outras (ii) (12.552) (7.653)
Total (107.838) (79.680)

(i) Referem-se às despesas incorridas pela utilização da marca das bandeiras Visa e MasterCard.
(ii) Referem-se, substancialmente, a perdas operacionais no montante de R$ 3.424 (30/06/2019: R$ 2.471), provisão para crédito em confiança no montante de
R$ 3.394 (30/06/2019: R$ 994), incentivo de vendas no montante de R$ 3.086 (30/06/2019: R$ 2.256) e variação cambial passiva no montante de R$ 1.705
(30/06/2019: R$ 1.001).

29. Imposto de renda e contribuição social


30/06/2020
Descrição Imposto de renda Contribuição social Total
Resultado antes do imposto de renda e da contribuição social 287.678 287.678
Imposto de renda e contribuição social às alíquotas vigentes (71.920) (57.536) (129.456)
Efeito tributário da alíquota da CSLL – Emenda constitucional nº 103/2019 - 7.130 7.130
Efeito tributário sobre (adições) / exclusões permanentes:
Outras (despesas) indedutíveis / receitas não tributáveis (29.286) (23.463) (52.749)
Atualização monetária de depósitos judiciais 1.601 1.281 2.882
PLR dos estatutários (27) (22) (49)
Perdas operacionais (856) (685) (1.541)
Deduções de incentivos / subvenções fiscais 1.739 - 1.739
Efeito tributário do adicional de IRPJ 12 - 12
Despesa com imposto de renda e contribuição social (98.737) (73.295) (172.032)
Ativo fiscal diferido 28.429 25.408 53.837
Total do imposto de renda e contribuição social (70.308) (47.887) (118.195)

30/06/2019
Descrição Imposto de renda Contribuição social Total
Resultado antes do imposto de renda e da contribuição social 434.272 434.272
Imposto de renda e contribuição social às alíquotas vigentes (108.568) (65.141) (173.709)
Efeito tributário sobre (adições) / exclusões permanentes:
Outras (despesas) indedutíveis / receitas não tributáveis (1.808) (1.026) (2.834)
Atualização monetária de depósitos judiciais 2.270 1.362 3.632
PLR dos estatutários (26) (16) (42)
Perdas operacionais (618) (371) (989)
Deduções de incentivos / subvenções fiscais 1.980 - 1.980
Efeito tributário do adicional de IRPJ 12 - 12
Despesa com imposto de renda e contribuição social (106.758) (65.192) (171.950)
Ativo fiscal diferido 824 494 1.318
Total do imposto de renda e contribuição social (105.934) (64.698) (170.632)

30. Transações entre partes relacionadas


30.1. Empresas ligadas
As operações entre partes relacionadas são realizadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, quando aplicável, vigentes nas
datas das operações e divulgadas em atendimento à Resolução nº 3.750/09 do CMN.
Em 30 de junho de 2020, as partes relacionadas eram compostas pelas seguintes empresas:
- BSF Holding S.A., controladora direta do Banco;
- Carrefour Comércio e Indústria Ltda., controlador indireto do Banco;
- Comercial de Alimentos Carrefour Ltda. e Atacadão S.A., empresas ligadas;
- Itaú-Unibanco S.A., Nova Tropi Gestão de Empreendimentos Ltda. e Ewally Tecnologia e Serviços S.A., outras partes relacionadas; e
- CSF Administradora e Corretora de Seguros EIRELI, controlada do Banco.

Demonstrações Financeiras - 30 de junho de 2020 30


Em 30 de junho de 2020 e de 2019 e 31 de dezembro de 2019, as operações com tais partes relacionadas caracterizam-se, basicamente, por:
Ativo / (Passivo) Receitas / (Despesas)
Partes relacionadas / Operações 30/06/2020 31/12/2019 30/06/2020 30/06/2019
Carrefour Comércio e Indústria Ltda.
Nota de crédito 96 70 - -
Desconto de campanhas 27.679 22.052 - -
Valores a receber (i) 24.788 34.995 - -
Valores a receber - descontos concedidos a funcionários 259 218 - -
Valores a receber - desconto em folha de pagamento de funcionários 3.402 3.811 - -
Prestação de serviços de correspondente no país (ii) (11.730) (15.817) (59.952) (61.970)
Repasses de valores e comissões (iii) (249.372) (76.476) 19.884 20.632
Aluguéis a pagar (695) (634) (5.777) (5.228)
Despesas administrativas - - 333 (446)
Outras despesas operacionais - - (3.116) (2.739)
Comercial de Alimentos Carrefour Ltda.
Valores a receber (i) 623 977 - -
Prestação de serviços de correspondente no país (ii) (323) (337) (2.034) (2.048)
Repasses de valores e comissões (iii) (5.615) (1.448) 376 546
Atacadão S.A.
Desconto de campanhas 208 - - -
Valores a receber (i) 22.816 49.650 - -
Valores a receber - desconto em folha de pagamento de funcionários 2.886 3.155 - -
Prestação de serviços de correspondente no país (ii) (8.089) (6.257) (39.896) (41.854)
Repasses de valores e comissões (iii) (27.249) (41.732) 9.793 11.033
Aluguéis a pagar (514) (470) (4.149) (3.487)
Direito de exclusividade 637.704 664.461 (26.757) (26.757)
Itaú-Unibanco S.A.
Depósitos interfinanceiros 151.676 - (1.676) (4.499)
Operações compromissadas - - (242) (854)
Nova Tropi Gestão de Empreendimentos Ltda.
Certificado de depósito bancário (2.126) (2.089) (37) -
BSF Holding S.A.
Dividendos a pagar - (160.612) - -
Ewally Tecnologia e Serviços S.A.
Valores a pagar (1) - - -
Valores a receber - comissões - - 44 -
CSF Administradora e Corretora de Seguros EIRELI
Certificado de depósito bancário (2.968) (378) (28) -
(i) Referem-se a recebimentos de clientes nos pontos de vendas das lojas Carrefour e Atacadão.
(ii) Referem-se a serviços de cadastro e manutenção de clientes e prestação de serviços de correspondente bancário no país, com contrapartida em despesa.
(iii) Referem-se a repasses de compras efetuadas por clientes nas lojas Carrefour Comércio e Indústria Ltda., Comercial de Alimentos Carrefour Ltda. e Atacadão S.A.,
líquidos de comissão, com contrapartida em receita.
O Banco possui um limite de liquidez de linha rotativa, no valor de R$ 240.000, junto ao Itaú-Unibanco S.A., que pode ser utilizada para atender às necessidades
de financiamentos a curto prazo. As taxas de juros remuneratórios são limitadas a 118% do CDI (a.a.), definidas e aplicadas somente no momento da utilização
do recurso.

30.2. Remuneração do pessoal-chave da Administração


Descrição 30/06/2020 30/06/2019
Remuneração 7.568 4.130
Pagamento baseado em instrumentos de capital 2.903 2.529
Contribuição aos planos de aposentadoria 73 84
PLR 92 58
Total 10.636 6.801

31. Benefícios a empregados


Com o objetivo de complementar os benefícios da previdência social com um plano de contribuição definida, o Banco atua como patrocinador contribuindo,
mensalmente, com o fundo de previdência limitando-se ao percentual mínimo de 1% e máximo de 5% do salário bruto, de acordo com a opção feita
pelo funcionário.
No semestre findo em 30 de junho de 2020, o montante dessa contribuição foi de R$ 1.174 (30/06/2019: R$ 1.092) e está registrado na rubrica “despesas
de pessoal”.
Com base na Resolução nº 4.424/15 do CMN, o Banco elabora anualmente, para a data-base de dezembro, o estudo atuarial sobre a aplicação do CPC 33 –
Benefícios a empregados, que resultou no montante de provisão acumulada de R$ 707 (31/12/2019: R$ 707).

32. Valor justo dos ativos e passivos


32.1. Instrumentos financeiros mensurados ao valor justo
30/06/2020 31/12/2019
Descrição Valor justo Nível 2 Valor justo Nível 2
Ativos financeiros disponíveis para venda 298.239 298.239 293.112 293.112
Títulos públicos 298.239 298.239 293.112 293.112
Nível 2: Para os Títulos Públicos, a avaliação geralmente baseia-se em preços cotados do mercado de instrumentos semelhantes, informações de apreçamento
obtidas por meio dos serviços de apreçamento, como ANBIMA.

Demonstrações Financeiras - 30 de junho de 2020 31


32.2. Instrumentos financeiros não mensurados ao valor justo
Os instrumentos financeiros do Banco, exceto os ativos financeiros disponíveis para venda, são avaliados ao custo amortizado no balanço patrimonial.
30/06/2020
Descrição Valor contábil Valor justo Nível 2 Nível 3
Caixa e equivalentes de caixa (a) 4.394 4.394 4.394 -
Instrumentos financeiros e outros créditos (b) 9.001.054 8.662.329 723.061 7.939.268
Passivos financeiros 5.353.384 5.349.733 5.349.733 -
Captações no mercado aberto (a) 10.972 10.972 10.972 -
Depósitos (c) 622.027 623.082 623.082 -
Recursos de aceites e emissão de títulos (c) 901.732 897.026 897.026 -
Relações interfinanceiras (a) 3.818.653 3.818.653 3.818.653 -
Outros passivos (d) 1.823.439 1.823.439 1.823.439 -
Nível 2: O Nível 2 inclui as informações que não são observáveis para o ativo ou passivo direta ou indiretamente, que geralmente são: (i) preços cotados para ativos
ou passivos semelhantes em mercados ativos; (ii) preços cotados para ativos ou passivos idênticos ou semelhantes em mercados que não são ativos, isto é, mercados
nos quais há poucas transações para o ativo ou passivo, os preços não são correntes, ou as cotações de preço variam substancialmente ao longo do tempo ou entre os
especialistas no mercado de balcão (market makers), ou nos quais poucas informações são divulgadas publicamente; (iii) informações que não os preços cotados
que são observáveis para o ativo ou passivo (por exemplo, taxas de juros e curvas de rentabilidade observáveis em intervalos cotados regularmente, volatilidades
etc.); (iv) informações que são derivadas principalmente de ou corroboradas por dados do mercado observáveis por meio de correlação ou por outros meios.
Nível 3: O Nível 3 inclui as informações de dados para os ativos que não são baseados em dados observáveis de mercado como o fator de risco de crédito atrelado
ao valor justo da carteira de crédito.
Os métodos e premissas utilizados para a estimativa do valor justo estão definidos abaixo:
a) Caixa e equivalentes de caixa, Captações no mercado aberto e Outros passivos financeiros - Os valores contábeis foram considerados aproximadamente
equivalentes ao valor justo, pois caracterizam operações de curto prazo.
b) Instrumentos financeiros e outros créditos
Carteira em dia sem juros: levada a valor futuro pelas taxas equivalentes aos seus vértices de vencimento da curva Swap DI Pré. Trazida a valor presente pela taxa
DI Over. Ambas com data de referência desta demonstração financeira.
Carteira em dia com juros: levada a valor futuro pela taxa média do CSF informada ao BACEN em seus vértices de vencimento. Trazida a valor presente pela taxa
média de mercado informada pelo BACEN na data de referência desta demonstração financeira.
Carteira em atraso: levada a valor futuro pelas taxas equivalente do vértice 1 da curva Swap DI Pré. Trazida a valor presente pela taxa DI Over. Ambas com data de
referência desta demonstração financeira.
Como componente do Risco de Crédito, atrelado ao cálculo do valor justo para a carteira, o Banco CSF considerou a provisão para perdas esperadas segundo as
orientações do IAS-IFRS9 relativa à carteira local. No conceito IFRS9 a metodologia de cálculo já contempla a aplicação de valor justo em sua apuração.
c) Recursos de aceites e emissão de títulos e Depósitos - O valor justo estimado utiliza os vencimentos dos fluxos de caixa trazidos a valor presente pela taxa
interpolada do CDI (taxa média entre a data-base atual e data de vencimento do título).
d) Outros passivos - O valor justo é igual ao valor contábil levando em consideração que o pagamento da obrigação não sofrerá alteração até o momento
da liquidação.

33. Gestão de capital e dos riscos de liquidez, mercado, crédito e operacional


O Banco atua com uma estrutura segregada e independente das demais atividades do negócio para a atividade de gerenciamento integrado de riscos e capital,
buscando assegurar que os riscos incorridos sejam mitigados e administrados de acordo com os limites estabelecidos.
Na Estrutura Organizacional, o Conselho de Administração é o órgão responsável por estabelecer diretrizes, aprovar as políticas e definir o nível de apetite ao Risco
na Instituição. O Conselho de Administração conta ainda com uma estrutura de Comitês como ALCO (Comitê de Ativos e Passivos) e Comitê de Riscos que tem por
objetivo facilitar a comunicação para a alta Administração.
Com o objetivo de garantir uma atuação independente, está estruturada a área de Riscos, responsável pelo gerenciamento integrado dos riscos de liquidez,
mercado, crédito, operacional e gestão do capital. O processo de Gerenciamento Integrado de Riscos consiste em identificar, mensurar, avaliar, monitorar, controlar,
reportar e mitigar os riscos do Banco, reportando-os à alta Administração da Instituição por meio de uma estrutura de comitês periódicos. A aprovação das políticas
e relatórios de acesso público referentes ao gerenciamento de riscos é submetida para aprovação do Conselho de Administração.
O Banco realiza a gestão integrada de riscos em atendimento à Resolução nº 4.557 de fevereiro de 2017, para isto foi aprovado pelo Conselho de Administração
um plano de ação, buscando a aderência às melhores práticas de mercado.
33.1. Risco de liquidez
O risco de liquidez é definido como:
I. a possibilidade de a Instituição não ser capaz de honrar eficientemente suas obrigações esperadas e inesperadas, correntes e futuras, incluindo as decorrentes de
vinculação de garantias, sem afetar suas operações diárias e sem incorrer em perdas significativas; e
II. a possibilidade de a Instituição não conseguir negociar a preço de mercado uma posição, devido ao seu tamanho elevado em relação ao volume normalmente
transacionado ou em razão de alguma descontinuidade no mercado.
O gerenciamento de risco de liquidez é realizado por meio de controle diário do fluxo de caixa, elaborado através de modelos internos, projetando cenários de curto
e longo prazo, considerando as principais fontes de receitas, despesas e riscos relacionados, e variáveis econômicas que influenciam o negócio, possibilitando uma
visão estratégica do impacto do risco de liquidez no negócio. Esses modelos são baseados em metodologias que atendem às necessidades do nosso negócio e
passam por validações periódicas através de testes de aderência.
Compõe o gerenciamento de risco de liquidez, a simulação de cenários de estresse considerando as premissas de maior impacto sejam por eventos internos ou
impactos macroeconômicos. Por meio destes cenários podemos definir linhas de contingências e estratégias de liquidez. As decisões são aprovadas no ALCO.
O reporte regulatório das posições relacionadas ao risco de liquidez é realizado por meio do relatório mensal Demonstrativo de Risco de Liquidez (DRL).
Parte da estratégia administrativa de liquidez do Banco consiste em investir em títulos públicos, altamente líquidos e oferecendo um retorno satisfatório.
Em 30 de junho de 2020, o Banco detém R$ 298.239 de títulos públicos (31/12/2019: R$ 293.112). O Banco também detém uma linha de crédito não utilizada de
R$ 240.000 (31/12/2019: R$ 240.000). O Banco considera a posição de liquidez como sólida.
Em 22 de outubro de 2019, o Banco emitiu letras financeiras, no valor total de R$ 500.000, com vencimento em 2021 e 2023, com pagamentos de juros semestrais.
33.2. Risco de mercado
Risco de mercado e risco de taxas de juros da Carteira Banking (IRRBB - Risco de mercado) define-se como a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da
flutuação nos valores de mercado de instrumentos detidos pela Instituição. Para estas possibilidades temos duas subdefinições:
I. o risco da variação das taxas de juros e dos preços de ações, para os instrumentos classificados na carteira de negociação; e
II. o risco da variação cambial e dos preços de mercadorias (commodities), para os instrumentos classificados na carteira de negociação ou na carteira bancária.
Atualmente o Banco atua no mercado financeiro com estratégias conservadoras e com foco específico no mercado de crédito para pessoas físicas. Essa estratégia
permite que o Banco mantenha baixo seu nível de exposição com relação ao risco de mercado. Para realizar operações financeiras no mercado, a Instituição dispõe
de uma carteira de títulos públicos de alta qualidade e liquidez, sendo que as operações são negociadas exclusivamente na carteira de não negociação.
O risco de mercado no Banco envolve risco de taxa de juros e variação cambial devido à manutenção de uma conta com ativos em dólar. O monitoramento e
acompanhamento das exposições são realizados por meio de indicadores compatíveis ao risco assumido, dentre eles destacamos: Value at Risk (VaR), Economic
Value of Equity (EVE) e Net Interest Income (NII). Adicionalmente, são projetados cenários de estresse considerando situações hipotéticas para as taxas de mercado,
com análise de possíveis impactos nas posições ativa e passiva mantidas pela Instituição. O report regulatório das posições relacionadas ao risco de mercado é
efetuado por meio do relatório mensal CADOC 2040, que compõe o “Demonstrativo de Risco de Mercado (DRM)”, em cumprimento às exigências da Resolução
nº 3.464 de 26 de junho de 2007 e da Circular nº 3.687 de 6 de dezembro de 2013.

Demonstrações Financeiras - 30 de junho de 2020 32


33.2.1. Análise de sensibilidade
O Banco CSF possui somente posições na carteira banking, distribuídas em dois fatores de risco: taxa de juros e taxa de câmbio. A disponibilidade de moeda
estrangeira tem finalidade exclusiva de suportar operações internacionais dos cartões de crédito emitidos pelo Banco. A maior exposição ao risco está concentrada
na taxa de juros.
Para a análise de sensibilidade, foram realizadas três simulações de choques na taxa de juros (a maior) e na taxa de câmbio (a menor). As intensidades dos choques
nesses três cenários foram baseadas em práticas comuns da gestão do risco de mercado, a saber: 1bp, 25% e 50%.
No quadro abaixo encontram-se as variações observadas.
Carteira Banking Exposições 30/06/2020
Cenários
Fatores de Risco Risco da Variação em:
I II III
Taxa de juros Taxas de juros prefixadas em reais (83) (4.348) (8.669)
Moedas estrangeiras Taxas de câmbio (7) (934) (1.869)
Total (90) (5.282) (10.538)

33.3. Risco de crédito


O risco de crédito consiste na possibilidade de ocorrerem perdas associadas ao não cumprimento, pelo tomador ou contraparte, de suas respectivas obrigações
financeiras nos termos pactuados, bem como à desvalorização de contrato de crédito decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador, à redução
de ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na renegociação, aos custos de recuperação e a outros valores relativos ao descumprimento de obrigações
financeiras da contraparte. A estrutura de gerenciamento de risco de crédito está baseada na Resolução nº 4.557 de fevereiro de 2017 do Conselho Monetário
Nacional.
Atualmente, o Banco atua no segmento de varejo via concessão de crédito a pessoas físicas através dos cartões Carrefour e Atacadão. Os principais riscos de crédito
incorridos pela Instituição estão relacionados à inadimplência de tomadores de créditos na liquidação dos compromissos assumidos, desembolsos financeiros para
honrar compromissos de créditos ou operações de naturezas semelhantes e de possíveis renegociações em termos desfavoráveis frente às condições pactuadas
inicialmente.
A estrutura de gerenciamento de risco de crédito acompanha os indicadores de concessão de crédito, de utilização do crédito por seus clientes e de recuperação
de operações inadimplentes e/ou lançadas à perda contábil.
A concessão de crédito é realizada através da seleção de clientes por análise qualitativa e quantitativa de perfis. Para determinação do limite a ser disponibilizado,
a área conta com sistemas automatizados, modelos estatísticos e indicadores gerenciais definidos em políticas internas da Instituição.
A gestão do portfólio é direcionada por indicadores gerenciais e sistemas que permitem alterações de limites de crédito de forma massificada e automática. Critérios
de elegibilidade a estas ações, bem como limitadores de valores e períodos para realização das mesmas, estão definidos em política interna.
Sobre a carteira inadimplente ou com tendência à inadimplência são realizadas ações de recuperação da saúde financeira do cliente e das operações com alta
probabilidade de default. A régua de ações de cobrança, definições estratégicas de atuação, política de descontos em negociações e remuneração de escritórios
externos de cobrança estão definidos em política interna.
Os relatórios de análise da carteira de crédito são disponibilizados às áreas de negócio e à alta Administração. Periodicamente são apresentados ao Comitê de Risco
de Crédito e ao ALCO indicadores como o custo de crédito, saldo de Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD), indicadores de performance de carteira
e o cálculo da parcela de exposições sujeitas ao risco de crédito.
Para mais detalhes, vide nota 6.
33.4. Risco operacional
Risco Operacional é a possibilidade da ocorrência de perdas resultantes de eventos externos (catástrofes naturais, crises sociais e econômicas do mercado, problemas
com infraestrutura e crises sistêmicas) ou de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas ou sistemas. Inclui ainda o risco legal, associado
à inadequação ou deficiência em contratos firmados pela Instituição, bem como às sanções em razão de descumprimento de dispositivos legais e à indenização por
danos a terceiros decorrentes das atividades desenvolvidas pela Instituição.
O Banco classifica os eventos de riscos identificados em seus processos nas seguintes categorias:
I. Fraude interna;
II. Fraude externa;
III. Demandas trabalhistas e segurança deficiente do local de trabalho;
IV. Práticas inadequadas junto aos clientes, produtos e serviços;
V. Danos a ativos físicos próprios ou em uso pela Instituição;
VI. Danos que acarretem a interrupção das atividades da Instituição;
VII. Falhas sistêmicas de tecnologia da informação; e
VIII. Falhas na execução, cumprimento de prazos e gerenciamento das atividades na Instituição.
A área de Risco Operacional & Controles Internos encontra-se sob a mesma estrutura dos demais riscos e é responsável por implementar as políticas e os
procedimentos relacionados ao processo de gerenciamento de riscos operacionais do Banco.
A política de Risco Operacional & Controles Internos do Banco é submetida à revisão e aprovação anual pela Diretoria de Riscos & Governança de Dados e pelo
Conselho de Administração, e tem o objetivo de estabelecer as diretrizes e estratégias do gerenciamento de riscos operacionais e controles internos da Instituição,
definindo um sistema de regras, princípios e responsabilidades de modo a identificar, mensurar, avaliar, monitorar, reportar, controlar e mitigar riscos, em
conformidade com as regras estabelecidas pelos órgãos reguladores (Conselho Monetário Nacional e Banco Central do Brasil).
Seguindo os princípios de boas práticas determinados pelo Banco Central do Brasil, o sistema de gerenciamento de risco operacional do Banco se estrutura em três
linhas de defesa, com papéis e responsabilidades bem definidos, de forma a reafirmar a segregação entre as unidades de negócios e suporte e garantir a gestão
dos riscos de forma descentralizada e independente, além de uma governança estruturada através de fóruns e órgãos colegiados, que reportam à alta Administração.
Dentre as metodologias e ferramentas definidas pela área de Risco Operacional & Controles Internos utilizadas no Banco para o eficaz gerenciamento dos riscos
operacionais ressaltamos:
I. Mapeamento de riscos e controles;
II. Base de perdas operacionais;
III. Execução de testes;
IV. Monitoramento dos planos de ação para mitigação dos riscos apontados; e
V. A mensuração da exposição final ao risco.
Em atendimento ao disposto pela Circular nº 3.640/2013 do Banco Central do Brasil, o Conselho de Administração do Banco optou por seguir a metodologia
designada por “Abordagem Padronizada Alternativa Simplificada” para cálculo do Capital Regulatório para Risco Operacional.
33.5. Risco reputacional
O risco reputacional define-se como a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de eventos que possam prejudicar a imagem do Banco.
Dentre as metodologias e ferramentas definidas pela área de Gestão Integrada de Riscos, que modela o risco reputacional do Banco, ressaltamos:
I. Base de reclamações por jornada de cliente;
II. Acompanhamento das citações em mídias sociais;
III. Modelagem das informações para perda esperada; e
IV. Monitoramento do apetite a riscos de reclamações x contas ativas.
Para assegurar uma gestão efetiva do risco à estrutura de Gerenciamento Integrado de Riscos abrange:
• Políticas e procedimentos internos definidos e formalizados;
• Atividades de gerenciamento de risco reputacional (monitoramento, controle, avaliação); e
• Alçada superior definida para tomada de decisões estratégicas (Diretoria, Comitê Integrado de Riscos e Conselho de Administração).

Demonstrações Financeiras - 30 de junho de 2020 33


33.6. Gestão de capital
Gestão de capital na Instituição reflete um processo contínuo de ações que consideram os seguintes pontos de acordo com a exigência regulatória:
I. Monitoramento e controle do capital mantido pela Instituição;
II. A avaliação da necessidade de capital para fazer face aos riscos que a Instituição está exposta; e
III. Planejamento de metas e de necessidade de capital, considerando os objetivos estratégicos da Instituição.
Para assegurar uma gestão efetiva do capital a estrutura de Gerenciamento de Capital abrange:
• Políticas e procedimentos internos definidos e formalizados;
• Atividades de gerenciamento de capital (monitoramento, controle, avaliação e necessidade de capital e planejamento de metas) realizadas por área específica
e segregada das demais áreas do negócio;
• Comitê de Ativos e Passivos como órgão decisório; e
• Alçada superior definida para tomada de decisões estratégicas (Diretoria, Comitê de Riscos e Conselho de Administração).
A Instituição possui um plano de capital consistente para um horizonte de tempo de 3 anos. Este plano é atualizado anualmente e inclui a projeção do capital
disponível considerando o planejamento estratégico, as principais fontes de capital e um plano de contingência para suprir uma possível necessidade de capital,
inclusive em cenários de estresse, dando suporte a Instituição para alcançar as metas definidas.
A divulgação de informações referente à Gestão de Capital fica a cargo da área de Riscos, que reporta ao ALCO e ao Comitê de Riscos as informações do capital
da Instituição, bem como informações a respeito dos processos acompanhados. O ALCO por sua vez, é responsável por monitorar a adequação de capital e analisar
os resultados apresentados com periodicidade mínima bimestral.
A avaliação de suficiência do capital para suportar os riscos aos quais a Instituição está exposta é apurada por meio da relação entre Alocação de Capital Regulatório
(RWA) para os riscos de crédito, mercado e operacional e o capital da Instituição.
O indicador utilizado para medir a suficiência é o Índice de Basileia, que é apurado mensalmente pela área de Gestão Integrada de Riscos, utilizando as premissas
determinadas nos normativos divulgados pelo Banco Central do Brasil.

34. Índice de Basileia


Este gerenciamento é realizado por meio do Índice de Basileia que é apurado entre a relação de patrimônio de referência e os ativos ponderados pelos riscos, com
base nas práticas contábeis adotadas no Brasil “BRGAAP”. No Brasil, o índice mínimo requerido para 2020 é de 8%.
A tabela abaixo sumariza a composição do capital regulamentar, o capital mínimo requerido e o Índice de Basileia, apurado de acordo com as Resoluções da CVM
e as normas do Banco Central do Brasil.
Patrimônio de referência 30/06/2020 31/12/2019
Nível I 1.957.197 1.769.885
Capital principal 2.739.245 2.569.578
Ajuste prudencial (782.048) (799.693)
Total 1.957.197 1.769.885

Exigibilidades para cobertura dos ativos ponderados pelo risco - RWA


RWACPAD - Risco de crédito 9.369.661 11.290.835
RWAMPAD - Risco de mercado 10.279 8.965
RWAOPAD - Risco operacional 879.348 810.914
Total 10.259.288 12.110.714
Patrimônio de referência mínimo requerido 820.743 968.857
Folga em relação ao PR mínimo requerido 1.136.454 801.027
Índice de Basileia 19,1% 14,6%
O Índice de Basileia de junho de 2020 cresce em relação ao exercício anterior. Observa-se que além do crescimento orgânico do patrimônio de referência, há uma
queda nos ativos ponderados pelo risco, em particular no RWACPAD (Risco de Crédito). Essa queda é devida à restrição recente da oferta de crédito e dos aumentos
de limites, como medida mitigatória em relação aos impactos da atual pandemia. O nível de solvência da Instituição permanece acima do mínimo exigido pelo
regulador local (8%), em aderência à Resolução nº 4.193/13.

35. Outras informações


35.1. Conciliação da movimentação patrimonial com os fluxos de caixa decorrentes das atividades de financiamento
Passivo Patrimônio líquido
Descrição Dividendos a distribuir Capital social Reservas de lucros Total
Saldos em 31 de dezembro de 2019 160.612 1.142.000 1.425.259 2.727.871
Aumento de Capital Social - Pendente de aprovação pelo Banco Central - 600.000 (600.000) -
Variações dos fluxos de caixa de financiamento
Dividendos pagos (160.612) - - (160.612)
Saldos em 30 de junho de 2020 - 1.742.000 825.259 2.567.259

36. Informações suplementares


O Governo brasileiro tem adotado medidas para combater os impactos da COVID-19 nas operações de crédito, captação de recursos e temas relativos à capital.
Com intuito de garantir a continuidade dos negócios, o Banco CSF instituiu o Comitê de Gestão de Crise para alinhamento das ações a serem adotadas relacionadas
aos pilares: Crédito & Cobrança, Clientes, Liquidez & Capital e Operações & Pessoas, com o objetivo de minimizar os impactos financeiros e na experiência do cliente.
No semestre findo de 30 de junho de 2020, o Banco CSF, identificou: (i) diminuição de vendas off-us; (ii) incremento nos pedidos de renegociação e prorrogação
de prazos para as operações de crédito; (iii) aumento inicial de inadimplência, seguido de redução de novos atrasos e aumento nas renegociações de dívidas antigas;
(iv) impactos sobre a provisão para créditos de liquidação duvidosa; e (v) impactos na precificação de suas captações, devido à alta volatilidade nos mercados.
As atividades operacionais não foram afetadas, e os impactos da COVID-19 nas Demonstrações Contábeis estão refletidos nas notas: 6. Operações de crédito,
7. Outros créditos, 13. Depósitos interfinanceiros, 20. Rendas de operações de crédito, e 32. Valor justo dos ativos e passivos.

Demonstrações Financeiras - 30 de junho de 2020 34


A DIRETORIA

Diretor-Presidente
Carlos Eduardo Carvalho Mauad

Diretor Financeiro (Interino)


Roberto Sadami Ikegami

Diretor de Negócios
André Luiz Morais Tonelini

Diretor de Tecnologia da Informação & Operações


José Manuel Barbosa da Silva

Diretor de Gerenciamento de Riscos 


Roberto Sadami Ikegami

Contadora
Valéria Dias Prates
CRC nº 1SP239180/O-8

Demonstrações Financeiras - 30 de junho de 2020 35

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