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Análise da Vulnerabilidade Socioambiental nas Áreas Urbanas do Litoral Norte


de São Paulo

Conference Paper · October 2010

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4 authors, including:

Allan Yu Iwama Alvaro D'Antona


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V Encontro Nacional da Anppas
4 a 7 de outubro de 2010
Florianópolis - SC – Brasil
_______________________________________________________

Análise da Vulnerabilidade Socioambiental nas Áreas


Urbanas do Litoral Norte de São Paulo

Allan Yu Iwama de Mello


Engenheiro Ambiental, Doutorando em Ambiente e Sociedade – NEPAM/UNICAMP
allan.iwama@gmail.com

Álvaro de Oliveira D’Antona


Economista, Professor Doutor - FCA/UNICAMP
alvaro.dantona@fca.unicamp.br

Humberto Prates da Fonseca Alves


Economista, Professor Adjunto - UNIFESP, Campus Guarulhos
humberto.alves@unifesp.br

Roberto Luiz do Carmo


Sociólogo, Professor Doutor – Depto. Demografia/IFCH/UNICAMP
roberto@nepo.unicamp.br

Resumo
No contexto das mudanças climáticas, buscar mecanismos para caracterizar as situações de
vulnerabilidade socioambiental nas zonas costeiras têm sido fundamental para as agendas científicas
relacionadas à temática das dimensões humanas das mudanças ambientais globais. O objetivo deste
trabalho foi analisar as áreas em situação de vulnerabilidade socioambiental nas áreas urbanas dos
municípios de Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba, no Litoral Norte do estado de São
Paulo, em conjunto com uma análise da população possivelmente afetada na zona costeira. Com a
aplicação de técnicas de geoprocessamento, foram identificadas áreas de Muito Alta, Alta, Moderada
e Baixa vulnerabilidade socioambiental – a relação entre vulnerabilidade social e áreas de exposição
ao risco de deslizamento (declividade superior a 30°). Além disso, foi estimada a população ao longo
da faixa de 500 metros da linha da costa. Os resultados mostram características socioeconômicas e
ambientais no Litoral Norte Paulista, tendo em vista uma caracterização inicial das áreas em situação
de vulnerabilidade socioambiental (áreas situadas em encostas) e faixas próximas à linha costeira.
Esta caracterização permitiu identificar áreas de Muito Alta, Alta, Moderada e Baixa vulnerabilidade
socioambiental, obtidas através da sobreposição espacial entre o Índice de Vulnerabilidade Social
(IPVS) e áreas expostas ao risco de deslizamento (declividades superiores a 30°). Os resultados
deste artigo expressam o ponto de partida para análises mais aprofundadas da vulnerabilidade
socioambiental da região do Litoral Norte Paulista.
Palavras-chave
Litoral Norte Paulista, Mudanças climáticas, Vulnerabilidade socioambiental
V Encontro Nacional da Anppas
4 a 7 de outubro de 2010
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Introdução
No contexto das mudanças climáticas, cada vez mais tem se buscado meios para caracterizar as
situações de vulnerabilidade socioambiental nas zonas costeiras. De acordo com Kron (2008), as
zonas costeiras são as áreas de maior risco no mundo e serão as porções mais afetadas pelas
mudanças ambientais globais. Entre os diversos efeitos dessas mudanças globais, pode-se destacar
aqueles associados ao aumento do nível médio dos oceanos e a maior frequência e intensidade de
eventos extremos climáticos, muitas vezes implicando em variações dos níveis das marés, riscos de
inundações, enchentes, alagamentos e deslizamentos (IPCC, 2007). Além disso, em zonas costeiras
de baixa altitude - Low Elevation Coastal Zones (LECZ), áreas contíguas ao longo da costa com
menos de dez metros acima do nível do mar - residem cerca de 10% da população mundial e 13% da
população urbana mundial (McGRANAHAN et al. 2007). De acordo com McGranahan et al. (2007), os
assentamentos situados em planícies costeiras são especialmente vulneráveis aos riscos das
mudanças climáticas devido às suas áreas densamente povoadas e urbanizadas.

No Brasil, dados da Contagem 2007 (IBGE, 2010) indicam que aproximadamente 43 milhões de
habitantes (18% da população total) residem na zona costeira, na qual se localizam 16 das 28 regiões
metropolitanas brasileiras (MMA, 2008: 14). Nos municípios da zona costeira, em 2007,
aproximadamente 70% da população residia em municípios com sedes em altitudes inferiores a 20
metros; 16,77%, em cidades com altitudes entre 0 e 2 metros – especialmente no Rio de Janeiro e
Santos (CARMO e SILVA, 2009).

O processo de urbanização no Brasil tem se caracterizado por problemas recorrentes: ocupações


irregulares em encostas ou nas margens dos corpos de água; precariedade de abastecimento de
água potável e de saneamento básico, entre outros elementos indicativos de inadequação e de má
distribuição dos serviços e da infraestrutura no meio urbano (RIBEIRO, 2008; CARMO e SILVA,
2009). Tais problemas, adicionados aos cenários de aumento da intensidade e frequência de eventos
extremos, antecipam a tendência de aumento expressivo das situações de vulnerabilidade
socioambiental nas áreas litorâneas (BONDUKI e ROLNIK, 1982; MARICATO, 1996; HOGAN et al.,
2001; CARMO e SILVA, 2009).

A Lei n.o 12.187/2009, instituída Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC), estabeleceu,
entre outros elementos, diretrizes que promovam o desenvolvimento de pesquisas científico-
tecnológicas como forma de identificar vulnerabilidades para que sejam adotadas medidas de
adaptação adequadas. Assim, buscar mecanismos para caracterizar as situações de vulnerabilidade
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socioambiental nas zonas costeiras tem sido fundamental para as agendas científicas relacionadas à
temática das dimensões humanas das mudanças ambientais globais.

Este trabalho traz as primeiras contribuições para o projeto temático Clima - “Crescimento
populacional, vulnerabilidade e adaptação: dimensões sociais e ecológicas das mudanças climáticas
no litoral de São Paulo” (n.o 2008/58159-7), no âmbito do Programa FAPESP de Pesquisa sobre
Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG), identificando as áreas de alta vulnerabilidade às mudanças
climáticas, para posterior pesquisa de campo e análise em profundidade. Trata-se também de uma
abordagem para a construção de indicadores em escala desagregada que representem a
vulnerabilidade, a susceptibilidade e a exposição ao risco ambiental nas dimensões ambientais e
socioeconômicas, integrando dados socioeconômicos, demográficos e ambientais.

1. Riscos e vulnerabilidades às mudanças climáticas


De acordo com Hewitt e Burton (1971), os estudos sobre perigos e vulnerabilidade sempre tiveram a
dimensão populacional presente, mas muito ligada à percepção imediata, à capacidade de resposta e
à adaptação. O aumento de eventos extremos climáticos, associados com as intervenções humanas
no espaço físico (ocupações em encostas declivosas, áreas contaminadas ou várzeas, por exemplo),
tem evidenciado que pessoas de diferentes classes sociais e de diferentes regiões estão expostas a
determinados riscos. Essa situação, chamada de sociedade do risco na perspectiva de Beck (1992;
1999), tem evidenciado que os riscos são democráticos e sem fronteiras.

Além do risco, tem se tratado o termo de vulnerabilidade. Segundo as Nações Unidas, a década de
90 foi considerada a “Década Internacional da Redução de Perigos Naturais” (ONU/ISDR, 2005),
onde os estudos iam além das dimensões causais e técnicas dos eventos, passando a dar ênfase a
resposta e capacidade de absorção e adaptação da população e lugares frente aos eventos. Nesse
contexto, o termo vulnerabilidade surgiu como conceito-chave, mostrando as condições e recursos
disponíveis para a resposta (HOGAN e MARANDOLA Jr., 2007).

Cutter (1994, 1996) considera vulnerabilidade sob diferentes aspectos, por exemplo, em avaliações
de desastres naturais e riscos das populações expostas. De acordo com Moser (1998),
vulnerabilidade pode ser definida como uma situação em que pelos menos três componentes estão
presentes: (a) exposição ao risco; (b) incapacidade de reação; (c) dificuldade de adaptação diante da
materialização do risco. Nessa perspectiva, Kaztman (1999, 2000) considera que a vulnerabilidade
está relacionada com a incapacidade de uma pessoa ou de um domicílio de aproveitar-se das
oportunidades disponíveis em distintos âmbitos socioeconômicos, para melhorar sua situação de
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bem-estar. O acesso às estruturas de oportunidades oferecidas pelo mercado, pelo Estado e pela
sociedade permitiriam aos ativos dos domicílios aproveitarem as oportunidades e, assim,
diminuíssem suas situações de vulnerabilidade. Assim, os grupos sociais mais vulneráveis seriam
aqueles mais expostos a situações de risco ou estresse, mais sensíveis a estas situações e com
menor capacidade de mobilização com os diversos ativos disponíveis (MOSER, 1998; CARMO e
HOGAN, 2006; DE SHERBININ et al., 2007; HOGAN e MARANDOLA Jr., 2007; MARANDOLA Jr.,
2009).

A vulnerabilidade deve ser entendida além das dimensões causais e técnicas dos eventos, devendo
revelar quais as condições e recursos disponíveis para a resposta das populações expostas a tais
eventos (HOGAN e MARANDOLA Jr., 2007). Estudos em múltiplas escalas, portanto, têm sido
fundamentais na análise de fatores de riscos e prejuízos (como perdas materiais), tendo em vista
avaliar as dimensões relacionais, circunstanciais e espaciais que afetam a sociedade e indivíduos
expostos aos mesmos perigos e que podem ser afetados de modo diferente (MARANDOLA Jr. e
HOGAN, 2006a; HOGAN e MARANDOLA Jr., 2007).

Assim, tem sido cada vez mais importante desenvolver análises e métodos que busquem quantificar
diferentes graus de vulnerabilidade às mudanças climáticas, sobretudo considerando as diferentes
escalas de ocorrência dos fenômenos, que incluem agregações de dados que interagem de
diferentes maneiras e em distintas situações. Para isso, tem sido cada vez mais evidente uma
abordagem interdisciplinar (FERREIRA, 2000; BRAGA et al., 2006; HOGAN e MARANDOLA Jr.,
2007; NOBRE e OMETTO, 2008; MARANDOLA Jr., 2009; MORAN, 2009; FERREIRA et al., 2010).

Portanto, no contexto de uma agenda brasileira de estudos sobre ambiente, sociedade e mudança
climática, é fundamental um esforço para o desenvolvimento das metodologias e indicadores para a
identificação e caracterização das áreas de maior risco e dos grupos populacionais mais vulneráveis
às mudanças climáticas nas áreas urbanas. Neste sentido, o presente trabalho contribui para um
primeiro esforço nessa direção.

2. Área de estudo
A área de estudo abrange os municípios do Litoral Norte de São Paulo, que se insere no contexto de
grandes mudanças ambientais e sociais. Nos próximos cinco anos serão implantados (alguns em
implantação) grandes projetos de infraestrutura relacionados ao Litoral Norte Paulista: (a) obras na
rodovia Tamoios, que se referem na ampliação da faixa de rodagem no trecho planalto, da
implantação da nova pista no trecho serra e dos contornos entre Caraguatatuba e São Sebastião e
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Caraguatatuba e Ubatuba (as quais passam por seus respectivos licenciamentos ambientais na
Secretaria de Meio Ambiente); (b) expansão do porto de São Sebastião, (c) construção da exploração
de gás no Complexo Mexilhão na Bacia de Santos, cerca de 140 quilômetros da costa do município
de Caraguatatuba, onde está ocorrendo a instalação da Unidade de Tratamento de Gás de
Caraguatatuba – UTGCA. Além disso, a produção de gás associada a exploração dos Blocos do Pré-
sal (Tupi, Guará, Carioca, Uruguá e Iracema) também será escoada através de um sistema de dutos
interligado ao Complexo Mexilhão (TEIXEIRA 1, comunicação pessoal). Esses grandes projetos,
relevantes para o desenvolvimento econômico da região, poderão causar impactos significativos que
podem comprometer a integridade da Mata Atlântica (HOGAN, 2009).

Figura 1. Localização do Litoral Norte no Estado de São Paulo. Imagem Geocover/Landsat, composição
colorida falsa cor nos canais 3 (vermelho), 4 (infravermelho próximo), 5 (infravermelho médio).

3. Materiais e métodos
Tendo em vista o interesse em realizar uma caracterização geral da área de estudo e de definir
elementos básicos para o indicador de vulnerabilidade socioambiental, dados de variáveis
socioeconômicas e de variáveis ambientais foram organizados em um Sistema de Informação

1
Leonardo Teixeira - Chefe do Escritório Regional do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA,
Caraguatatuba.
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Geográfica, em projeção UTM e Datum WGS84. Nesta primeira abordagem, foram privilegiadas as
fontes de dados secundárias mais acessíveis e com os dados apresentados nas menores unidades
territoriais possíveis.

3.1. Variáveis socioeconômicas

No grupo das variáveis socioeconômicas foram incluídos: renda, escolaridade, atendimento pela rede
de esgotos, rede de água e coleta de resíduos sólidos obtidos diretamente do Censo Demográfico do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ano 2000 (Quadro 1). Os dados, do Universo do
Censo, encontram-se agregados por setor censitário, “unidade de controle cadastral formada por área
contínua (...) com dimensão e número de domicílios que permitam o levantamento das informações
por um único recenseador, segundo cronograma estabelecido” (IBGE, 2003 : 226), sendo a menor
unidade territorial para a qual se pode obter os dados dos Censos Demográficos. Na área de estudo
existiam, em 2000, 2.681 setores censitários, 81,1% deles nos municípios da Baixada Santista, um
reflexo de sua maior população (Tabela 1).

Tabela 1. Total de setores censitários, domicílios e população por municípios do Litoral Norte Paulista

Municípios Variáveis por setor censitário (Censo 2000)


Setores Domicílios População residente
Caraguatatuba 155 21.504 75.266
Ilhabela 67 5.909 20.807
São Sebastião 84 16.690 57.794
Ubatuba 155 18.251 65.425
Total 461 62.354 219.292

3.2. Variáveis sociodemográficas

Ao grupo das variáveis sociodemográficas foi incluído o Índice Paulista de Vulnerabilidade Social
(IPVS), criado pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), a fim de subsidiar a
reflexão sobre elementos que apresentem diferentes desempenhos econômicos e sociais dos
municípios paulistas. O IPVS se baseia em dois pressupostos: primeiro, na agregação dos
indicadores de renda com os de escolaridade e ao ciclo de vida familiar; segundo, na identificação de
áreas segundo o grau de vulnerabilidade de sua população residente (SEADE 2000). Conforme o
Quadro 1, o indicador define seis grupos de vulnerabilidade, entre Nenhuma Vulnerabilidade (Grupo
1) e Vulnerabilidade Muito Alta (Grupo 6). Criado a partir de dados do Censo Demográfico 2000, e
apresentado por setores censitários, o IPVS é compatível com as demais variáveis anteriormente
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mencionadas; é relativamente simples de calcular, e aplicável a todo o território nacional - o que
facilita a generalização da metodologia e os estudos comparativos.

Quadro 1. Grupos de Vulnerabilidade do IPVS-SEADE


Grupo Vulnerabilidade Características
setores censitários em situação socioeconômica muito alta; responsáveis pelo
1 Nenhuma domicílio – que tendem a ser mais velhos comparativamente ao conjunto do estado
– apresentam os mais elevados níveis de renda e escolaridade.
setores censitários com dimensão socioeconômica média ou alta, nos quais se
2 Muito Baixa
concentram as famílias mais velhas.
setores censitários com níveis altos ou médios da dimensão socioeconômica, e
3 Baixa
com predominância de famílias jovens e adultas.
setores censitários com níveis médios na dimensão socioeconômica, famílias
4 Média jovens (com forte presença de chefes com menos de 30 anos e de crianças
pequenas).
setores censitários com as piores condições na dimensão socioeconômica (baixa),
5 Alta entre os dois grupos em que os chefes de domicílios apresentam os níveis mais
baixos de renda e escolaridade, e com concentração de famílias mais velhas.
o segundo dos dois piores grupos em termos da dimensão socioeconômica (baixa),
com grande concentração de famílias jovens. A combinação entre chefes jovens,
6 Muito Alta
com baixos níveis de renda e de escolaridade e presença significativa de crianças
pequenas permite inferir ser este o grupo de maior vulnerabilidade à pobreza
Fonte: Índice Paulista de Vulnerabilidade Social. Disponível em:
<http://www.al.sp.gov.br/web/ipvs/index_ipvs.htm>

3.3. Variáveis ambientais

No grupo das variáveis ambientais foram incluídos dados de altimetria e declividade, geradas a partir
das malhas digitais de curvas de nível (altimetria); hidrografia, obtidas no site do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE, 2010), em escala 1:50.000; e o sistema viário. Com os dados de
curvas de nível e de hidrografia, foi gerado o Modelo de Elevação do Terreno (MDE), a partir do qual
foi criado um mapa de declividade. Considerando que terrenos com o predomínio de encostas com
declividade superior a 30º são bastante suscetíveis aos processos de instabilização e aos
deslizamentos (OGURA et al., 2004; LOPES, 2006; LOPES et al., 2007; SANTOS; VIEIRA, 2009),
para os objetivos do presente trabalho foram identificadas as áreas com declividade superior a 30°.

3.4. Indicador de vulnerabilidade socioambiental (IVSA)

As variáveis dos dois grupos – socioeconômicas e ambientais – foram utilizadas preliminarmente para
uma caracterização geral do litoral paulista. A partir da análise preliminar, selecionou-se uma variável
de cada grupo para fazer a primeira aproximação do indicador de áreas em situação de
vulnerabilidade socioambiental nos municípios considerados.
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Entre as variáveis socioeconômicas, selecionou-se o IPVS. Dentre as variáveis ambientais,
selecionou-se a declividade, dividida em duas faixas, superior a 30º e igual ou menor que 30º, para
representar as áreas expostas e não expostas ao risco de deslizamento. Nesta primeira abordagem,
optou-se por privilegiar um tipo de perigo ambiental – e uma única variável – em lugar da combinação
de vários componentes. A declividade foi preferida pois o deslizamento é o principal risco ambiental
existente presentemente no litoral paulista.

Para operacionalizar a vulnerabilidade socioambiental dos municípios do litoral paulista o mapa com
as áreas de vulnerabilidade social (IPVS) foi sobreposto ao mapa de declividade classificado segundo
as duas classes anteriormente mencionadas. O procedimento, permitiu identificar áreas de Muito Alta,
Alta, Moderada e Baixa vulnerabilidade socioambiental – a relação entre vulnerabilidade social e
áreas mais expostas ao risco de deslizamento (declividade superior a 30°).

Para mostrar a distribuição espacial das áreas de vulnerabilidade socioambiental, foi aplicada a
estimativa Kernel. A estimativa da densidade Kernel é uma técnica de análise espacial que se baseia
na criação de superfícies de densidade de Kernel (WHITTLE, 1958; PARZEN, 1962). Essa estimativa
é apropriada para posições de dados individuais, entretanto pode-se adotar esta técnica se o
interesse é mostrar regiões menos fragmentadas de um determinado evento ou conjunto de eventos
(BRASIL, 2007a). Para isso, foi considerada cada unidade de setor censitário como unidade de
análise, na qual foi estimada a densidade de eventos segundo o centróide da cada setor censitário.
Assim, a distribuição de eventos foi transformada em uma superfície contínua de vulnerabilidade
socioambiental no litoral paulista.

3.5. Indicador de população vulnerável em zonas costeiras

Esse indicador foi utilizado seguindo as normas e metodologias de indicadores de desenvolvimento


sustentável, organizado pela Comissão de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas -
Commission on Sustainable Development – CSD (UN, 2007). Entre uma série de indicadores
(pobreza, governança, biodiversidade, entre outros), há um que se baseia no cálculo do percentual de
população que vive nas zonas costeiras. De acordo com a Comissão de Desenvolvimento
Sustentável (UN, 2007), devido aos benefícios econômicos relacionados às atividades de navegação,
pesca, turismo e recreação, cada vez mais a população tem se concentrado em zonas costeiras.
Cerca de 40% da população mundial vive à 100 km da costa. As atividades humanas em zonas
costeiras aumentam a pressão sobre ecossistemas costeiros, podendo levar à perda de
biodiversidade, branqueamento de recifes de coral, introdução de novas doenças nos organismos,
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proliferação de algas tóxicas, assoreamento, redução da qualidade de água, além de ameaçar a
saúde humana através de toxinas em peixes e mariscos. Outro fator é que a concentração de
população em zona costeira de baixas altitudes (definida como menos de 10 metros de altitude)
aumenta sua vulnerabilidade relacionada à subida do nível do mar.

Portanto, o indicador percentual de população que vive nas zonas costeiras tem dois propósitos: (a)
quantificar indiretamente a pressão sobre os ecossistemas costeiros e (b) quantificar o componente
de vulnerabilidade relacionado ao nível do mar.

Como os dados do Censo Demográfico estão vinculados no nível de setores censitários, esse método
busca estimar a população base em unidades de análise menores do os setores censitários. Para
operacionalizar esse indicador, foi criada uma grade de células de 100 x 100 m sobre a malha de
setores censitários urbanos dos municípios do Litoral Norte. Assim, a população de uma unidade do
setor censitário é distribuída igualmente na grade de células que correspondem a essa unidade.

Para este trabalho foi estimada apenas a população ao longo da faixa costeira, sem considerar áreas
de baixas altitudes. Para isso, foi criada uma faixa – buffer – de 500 metros a partir da linha da costa,
baseada no limite dos municípios do Litoral Norte Paulista. Como há um erro de escala ao se
comparar as distâncias da linha da costa gerada a partir do limite dos municípios, foram feitas
algumas edições sobre algumas imagens HRC/CBERS e com auxílio de imagens do Google Earth.

Os mapas de células foram sobrepostos com essa faixa de 500 metros, para estimar a população ao
longo da faixa costeira. Foram consideradas áreas de sobreposição somente onde as células
estavam totalmente inseridas na faixa de 500 m da costa.

4. Resultados
Segundo dados do Censo 2000, no Litoral Norte de São Paulo, verifica-se que cerca de 60% dos
setores censitários (de um total de 461 setores) têm mais do que 80% de atendimento pela rede geral
de água, e 84% dos setores têm coleta de resíduos sólidos. Entretanto, apenas 18,2% dos setores
têm mais do que 50% de acesso à rede geral de esgotos. Essa situação, na escala de municípios,
mostra que as áreas com menor percentual de atendimento de esgotos estão situadas em Ilhabela
(não possui atendimento pela rede esgotos), Ubatuba (15%), Caraguatatuba (20%) e São Sebastião
(34%), na região do Litoral Norte.

A existência de muitos setores sem acesso à rede de esgotos, associado à existência de setores que
possuem percentuais relativamente baixos de acesso à rede de água e coleta de resíduos sólidos,
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indica que a universalização do acesso aos serviços de saneamento básico ainda é bastante limitada
em alguns municípios, não garantindo a integralidade de acesso de serviços em conformidade com a
necessidade da população, prevista pela Lei de Saneamento de 2007 (BRASIL, 2007b). Essa
situação pode ser observada nos casos de setores que não possuem um adequado atendimento de
esgotos ou de resíduos sólidos, o que pode acarretar em despejos clandestinos. No limite, esses
despejos irregulares podem causar a poluição do solo e de água subterrâneas, influenciando assim a
qualidade de água, sobretudo, daqueles setores que são servidos por água de poços ou nascentes.

Em relação às categorias de renda por faixa de salários mínimos, resultado apresentado para as
pessoas responsáveis pelos domicílios particulares permanentes em cada setor censitário, observa-
se o predomínio de pessoas com renda de até 5 salários mínimos. Do total de 60.961 pessoas
responsáveis pelo domicílio (IBGE, 2001) no Litoral Norte Paulista, cerca de 23.253 pessoas tem
renda até 2 salários mínimos (38,1%) e 21.665 tem renda entre 2 a 5 salários mínimos (35,5%). Ao
mesmo tempo, observa-se que pessoas de renda entre 5 a 10 salários mínimos e mais do que 10
salários, representam percentuais menores, com 16,9% e 9,5%, respectivamente. Somente Ubatuba
e Caraguatatuba concentram 7.236 (40%) e 8.287 (39%) de pessoas com renda igual ou inferior a 2
salários mínimos, comparado aos outros municípios.

Em relação às faixas de anos de estudo, observa-se que a maior proporção de pessoas possui de 4 a
10 anos de estudo (50,6%), em relação ao total de pessoas responsáveis pelos domicílios no
conjunto do Litoral Norte Paulista. Já 27,7% tem até 3 anos de estudo, e 21,7% tem mais do que 11
anos de estudo.

Quanto à vulnerabilidade, observa-se na Figura 2, um mapa que mostra a distribuição espacial dos
seis grupos de vulnerabilidade social do IPVS, que as áreas consideradas de Alta ou Muito Alta
vulnerabilidade social estão situadas nas regiões costeiras. Esse mapa foi sobreposto com o mapa de
declividade (Figura 3), resultando no mapa de vulnerabilidade socioambiental (Figura 4).

As áreas consideradas de Muito Alta vulnerabilidade socioambiental foram identificadas em alguns


locais próximos da costa litorânea, em áreas com risco de deslizamento (declividade acima de 30º).
Destacam-se nesta categoria algumas áreas dos municípios de Caraguatatuba e Ubatuba, as quais
estão associadas com um perfil socioeconômico caracterizado por setores de baixa renda e baixo
nível de escolaridade, além de serem observados alguns setores com baixo atendimento de esgotos.

Em áreas de Alta vulnerabilidade socioambiental há o predomínio de locais situados mais distantes


da costa, em áreas com risco de deslizamento (declividade acima de 30º), ainda que algumas dessas
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áreas de Alta vulnerabilidade situem-se nas zonas costeiras de Ilhabela. Normalmente tais áreas são
caracterizadas por um perfil de setores com média ou alta renda e elevado grau de escolaridade. As
áreas consideradas de Moderada vulnerabilidade socioambiental foram identificadas ao longo da
faixa costeira de São Sebastião e Caraguatatuba, caracterizadas por setores com médio ou elevado
perfil socioeconômico. As áreas de Baixa vulnerabilidade socioambiental estão situadas na maior
parte das áreas mais distantes da costa, em declividades inferiores a 30º e caracterizadas, na sua
maioria, por setores com médio ou elevado perfil socioeconômico.

A Tabela 2 mostra como as variáveis IPVS (dimensão socioeconômica) e declividade (dimensão


ambiental) foram combinadas para formar as quatro categorias de vulnerabilidade socioambiental.
Esta tabela também permite observar a distribuição (absoluta e percentual) dos domicílios dos
municípios do Litoral Norte Paulista em relação às quatro categorias de vulnerabilidade
socioambiental. Cerca de 53,7% dos domicílios (de um total de 62.354) estão em situação de baixa
vulnerabilidade socioambiental e 16,3% em situação de moderada vulnerabilidade. Entre 13% de
16% dos domicílios estão em situação de alta ou muito alta vulnerabilidade socioambiental. Em
valores absolutos esses números representam aproximadamente 18,7 mil domicílios (pouco mais de
96 mil habitantes) em situação de alta ou muito alta vulnerabilidade socioambiental.

Figura 2. Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS) por setores censitários urbanos.
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Figura 3. Mapa de declividade.

Figura 3. Vulnerabilidade Socioambiental (IVSA).


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Tabela 2. Vulnerabilidade socioambiental e total de domicílios e população por categoria de
vulnerabilidade.
Dimensões Índice de
Vulnerabilidade
Socioeconômica Domicílios População
Ambiental Socioambiental
(IPVS) (IVSA)
Vulnerabilidade Baixa, 33.487 113.480
Declividade ≤ 30° Baixa
Muito Baixa ou Média (53,70) (51,75)
Vulnerabilidade Alta 10.171 39.357
Declividade ≤ 30° Moderada
ou Muito Alta (16,31) (17,95)
Vulnerabilidade Baixa, 10.455 35.223
Declividade > 30° Alta
Muito Baixa ou Média (16,77) (16,06)
Vulnerabilidade Alta 8.241 31.232
Declividade > 30° Muito Alta
ou Muito Alta (13,22) (14,24)
62.354 219.292

Em relação ao indicador da população vulnerável ao longo da faixa costeira, foi delimitada a faixa de
500 metros a partir do limite da costa, com base no limite dos municípios (Figura 4).

Figura 4. (a) Setores censitários no Litoral Norte Paulista e (b) faixa de 500 metros a partir do limite da costa.
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Para realizar a estimativa dessa população foi calculado o total de células (100 x 100 m) em cada
setor censitário, e o total de células ao longo da faixa de 500 metros do limite da costa litorânea
(Figura 5 e Tabela 3).

Figura 5. Grade de células (100 x 100 metros) e faixa – buffer – de 500 metros da costa em (a) São Sebastião,
(b) Ubatuba, (c) Caraguatatuba, (d) Ilhabela.

Tabela 3. Total de células (100 x 100 metros) por setor censitário e ao longo da faixa de 500 metros
da costa.

Municípios Grade de células (100 m x 100 m)


o
Total de células (por setor censitário) N . de células (Faixa de 500m da costa)
Caraguatatuba 6.507 1.573
Ilhabela 26.236 5.642
São Sebastião 14.078 3.883
Ubatuba 19.768 7.060
Total 66.589 18.158

Com as células espacializadas por setores, foi calculada a razão entre o total de domicílios e
população (Tabela 1) com o total de células (Tabela 3), para cada município no Litoral Norte. Essa
razão foi multiplicada com o total de células na faixa de 500 m a partir do limite da costa. Foram
estimados cerca de 17,5 mil domicílios e quase 62 mil pessoas ao longo da faixa de 500 metros da
costa do Litoral Norte. Os municípios de Ubatuba e Caraguatatuba são os que concentram a maior
parte dos domicílios e da população na situação de vulnerabilidade em zonas próximas ao limite da
costa litorânea, somando aproximadamente 11,7 mil domicílios e um pouco mais de 41 mil pessoas.

Em percentuais, cerca de 28% da população (do total de 219.292 pessoas – Tabela 1) encontra-se
em situação de vulnerabilidade pela proximidade à linha da costa.
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Considerações finais
Através da utilização de metodologias de geoprocessamento, foi possível identificar e caracterizar,
em termos quantitativos e espaciais, situações de vulnerabilidade socioambiental nos municípios do
Litoral Norte Paulista. Ao realizar a integração de fontes censitárias de dados sociodemográficos com
cartografias ambientais (áreas de risco) para análise da vulnerabilidade socioambiental, o exercício
contribui para aspectos metodológicos em estudos de população.

Os resultados mostram características socioeconômicas e ambientais no Litoral Norte Paulista, tendo


em vista uma caracterização inicial das áreas em situação de vulnerabilidade socioambiental (áreas
situadas em encostas) e faixas próximas à linha costeira. Esta caracterização permitiu identificar
áreas de Muito Alta, Alta, Moderada e Baixa vulnerabilidade socioambiental, obtidas através da
sobreposição espacial entre o Índice de Vulnerabilidade Social (IPVS) e áreas expostas ao risco de
deslizamento (declividades superiores a 30°). Além disso, foi estimada a população ao longo da faixa
de 500 metros da linha da costa. Ambas as situações devem aumentar significativamente com o
aumento da frequência e intensidade de eventos extremos associados às mudanças climáticas.

Portanto, o resultado deste trabalho contribui para o desenvolvimento de metodologias de integração


de dados sociodemográficos e ambientais para análise de situações de vulnerabilidade
socioambiental às mudanças climáticas. Além disso, esses resultados devem fazer parte da agenda
de pesquisa em torno da temática das dimensões humanas das mudanças ambientais globais, no
meio acadêmico e científico brasileiro e internacional. Nesse sentido, coloca-se uma série de desafios
metodológicos, empíricos e conceituais para a construção de uma agenda de pesquisa sobre
População e Mudança Climática (ALVES, 2009).

Os resultados deste artigo expressam o ponto de partida para análises mais aprofundadas da
vulnerabilidade socioambiental da região do Litoral Norte Paulista. Outras análises já estão sendo
desenvolvidas no âmbito do Projeto Temático “Crescimento populacional, vulnerabilidade e
adaptação”, a partir da proposta de construir indicadores que representem duas dimensões da
vulnerabilidade socioambiental, susceptibilidade e exposição ao risco ambiental, por setores
censitários,por áreas de ponderação dos censos ou por grades de células.

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