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Universidade Estadual da Paraíba

Centro de Ciências Humanas e Exatas – CCHE

Escola Estadual de Ensino Médio Inovador Integrando à Educação Profissional José Leite de
Souza – Poeta Pinto do Monteiro

Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID

Coordenador de área: Marcelo Medeiros da Silva

Bolsista: Alessandra Batista dos Santos

Sequência didática: Amores marginais: as diferenças não nos tornam desiguais.

1- Público: Alunos do 3º ano do ensino regular, turno noturno da Escola Estadual de


Ensino Médio José Leite de Souza.

2- Espaço: Sala de aula, auditório e biblioteca.

3- Duração: Aulas de 45 minutos.

4- Conteúdo: Trabalhar a concepção de amor, discutindo o modelo padrão de


relacionamento e analisando as diversas possibilidades de relacionamentos.

5- Objetivos:

5.1- Objetivo Geral:


 Refletir sobre a concepção de amor a partir das diversas possibilidades de
relacionamentos existentes na sociedade contemporânea.

5.2- Objetivos Específicos:


Espera-se que, após a realização deste trabalho, os alunos estejam aptos a:
 Ler criticamente os textos “Julieta e Julieta”, de Fátima Mesquita, “Aqueles
dois”, de Caio Fernando Abreu, e “O triunfo dos pelos” de Aretusa Von.
 Compreender as diversas possibilidades/modalidades de amor existentes.
 Posicionar-se criticamente diante de situações de preconceito contra as formas
de amar que não seguem o modelo heteronormativo.
 Produzir/Reconhecer os gêneros “carta argumentativa” e “artigo de opinião”.

6- Procedimentos:

Momento 1: Refletindo acerca da concepção de amor.

No primeiro encontro, a professora deverá dar inicio às discussões, sondando o que os


alunos entendem por amor. Para dar início às atividades, a professora escreverá no quadro a
frase “Amar é...” e pedirá que os alunos conceituem o que é o amor/amar. Após essa
atividade, a professora exibirá uma sequência de imagens animadas que têm por título “Amar
é...”. Em seguida, promoverá uma discussão sobre tais imagens, levando os alunos a
perceberem que elas apresentam um único modelo de casal, que atende aos padrões sociais, já
que são brancos e héteros. Desse modo, os diferentes modelos de relacionamentos que não
atendem ao paradigma que as imagens referendam são descartados. Ainda na discussão sobre
as imagens, a professora deverá questionar aos alunos se as definições de amor presentes
nelas estão de acordo com as definições apresentadas por eles quando realizaram a primeira
atividade. Nesse momento, cabe ainda à professora questionar se as imagens e os textos
verbais que as ilustram contemplam todas as formas de amor.

Momento 2: Leitura e análise da crônica “Amor” de Rachel de Queiroz.

Com a finalização do momento anterior, em que os alunos conceituaram e analisaram


algumas definições do que é amar, a professora deve nesse segundo momento ler e analisar a
crônica “Amor”, de Rachel de Queiroz. Nesse texto a autora narra algumas tentativas de
conceituação do amor. Embora o amor seja apresentado como sinônimo de paciência, ilusão,
tolice e sexo, a autora pensa o amor apenas a partir modelo heterossexual, já que na crônica
em questão o amor propriamente dito é o amor entre um homem e uma mulher.
Antes de iniciar a leitura integral do texto, a professora deve questionar os alunos
sobre o título do texto. De certa forma, essa discussão retomará a discussão anterior na qual os
alunos foram já levados a exporem o que pensam sobre o que é o amor. Nesse momento, cabe
à professora perguntá-los se podemos inferir algo sobre o texto. Após obter as respostas dos
alunos, a professora deve dar início à leitura do texto, realizando uma leitura compartilhada, já
que os alunos devem dar sequência à leitura do texto. A realização da leitura compartilhada
neste momento possibilita que a professora sonde o nível de proficiência de leitura de cada
aluno. Com a finalização da leitura integral do texto, a professora deverá partir para a análise
do texto, utilizando as seguintes perguntas como roteiro para a discussão acerca do texto lido:

 No texto não há um consenso para as definições de amor. Entretanto, para


você, qual delas está mais próxima da forma como você próprio concebe o
amor?
 A autora nos diz que o amor propriamente dito é o amor entre homem e
mulher. Você está de acordo com está afirmação? Por quê?

 No fim do texto, a personagem da matrona sossegada nos diz que o amor é


precioso e que “o que o amor é, principalmente, são duas pessoas neste
mundo”. Você está de acordo com o que foi dito pela matrona? Por quê?

 Considerando o que dito pela personagem da matrona que o amor é


principalmente duas pessoas nesse mundo, relações homoafetivas podem ser
conceituadas como sendo relações amorosas? Por quê?

Considerando as respostas obtidas pelos alunos, a professora deverá apresentar imagens com
casais que estejam fora do modelo heteronormativo e, a partir das seguintes perguntas,
conduzir a discussão sobre tais imagens:

 A imagem que lhe foi apresentada representa uma relação amorosa? Por quê?

 As pessoas presentes nas imagens são iguais? Quais as diferenças existentes que
você(s) pode(m) apontar?

 Essas diferenças os impossibilitam de se relacionarem afetivamente? Por quê?


 O que os impossibilita de se relacionarem?

Momento 3: Análise da campanha “Liberte seu beijo” produzida pela Closeup, e do


videoclipe “Beija eu” produzido por Lúcio Silva de Souza.

Após a realização da atividade anterior, supondo que os alunos deverão apresentar


modelos para o amor, cabe à professora neste momento iniciar as atividades de
“desconstrução” do modelo padrão de amar. Neste momento para iniciar as discussões e
subsidiar as atividades futuras, a professora deverá reproduzir para os alunos a música “Beija
eu” composta por Marisa Monte e Arnaldo Antunes, e questioná-los sobre a interpretação de
tal. A música expressa e cultua a liberdade de amar e ser. Partindo das respostas obtidas, a
professora deverá neste momento apresentar aos alunos o vídeo “Beija eu” produzido por
Lúcio Silva de Souza. Esse vídeo que tem como pano de fundo a música de Marisa Monte e
Arnaldo Antunes, casais de orientações sexuais diversas se beijando.

Com a realização da atividade anterior, caberá à professora apresentar e discutir a


campanha publicitária “Liberte seu beijo!”, lançada em 13 (treze) de abril (dia internacional
do beijo) pela marca Closeup (Unilever). A campanha apresenta cinco imagens de diferentes
casais, pintados em cores fortes, que representam a diversidade sexual. Para essa discussão, a
professora deverá dividir a turma em cinco grupos, de modo que cada grupo análise uma
imagem. Nesse momento, a professora deverá realizar um sorteio, de modo que os alunos
sejam surpreendidos com as imagens. Para realizar a análise das imagens, cada grupo será
questionado sobre o que vêm. Sendo assim, as seguintes perguntas deverão ser feitas aos
grupos:

 O que você achou das imagens apresentadas pela campanha “Liberte seu
beijo!”? O que elas representam/apresentam para você?
 As cores presentes nas imagens representam algo para você? Elas chamam a
sua atenção? Por quê?

 As imagens apresentam diferentes tipos de casais, para você, todos os casais


representam as formas de amar? Por quê?
 O que a imagem escolhida para o seu grupo representa? Argumente(m) sobre.

 A campanha “Liberte seu beijo!” apresenta o seguinte slogan “Não julgue.


Beije”. Para você o que a frase representa? Faz-se pertinente apresentar tal
slogan? Por quê?

As perguntas apresentadas acima devem ser feitas para todos os grupos (e seus
membros), porém, considerando que cada imagem apresenta uma maneira diferente de se
relacionar, deverão ser feitas perguntas específicas para cada grupo.

Momento 4: Produção textual “Carta a um preconceituoso”

Com a finalização do momento anterior, em que os alunos discutiram as imagens


apresentadas, a professora deverá neste momento encarregá-los de acessar a página da
Closeup no Facebook, onde a campanha está sendo veiculada, com o intuito de buscar
comentários e reações apresentadas pelos internautas sobre as imagens da campanha. Cada
grupo deverá selecionar comentários e levá-los para a sala de aula, socializando com os
demais as reações e opiniões apresentadas em cada imagem, seguindo o exemplo abaixo.
Inclusive se posicionando a favor ou contra o comentário escolhido.
Imagem 01 (Casal homossexual)

Imagem 02 (Reações à imagem do casal homossexual)


Imagem 03 (Comentários sobre a imagem do casal homossexual)

Após a apresentação e posicionamento dos alunos sobre os comentários deixados na


página da Closeup, a professora deverá pedir-lhes que produzam uma resposta aos
comentários que se apresentaram excessivamente preconceituosos. Tal resposta deverá ser
produzida em formato de carta, atendendo à tipologia argumentativa. Partindo do pressuposto
de que os alunos desconhecem o gênero textual carta argumentativa, a professora deverá
apresentar-lhes o gênero e auxiliá-los em suas produções. Como incentivo para a produção
textual, a professora deverá organizar uma competição, de modo que o “melhor texto” escrito
será premiado e poderá ser publicado ou enviado para a Closeup.

Momento 5: Correção textual.

Considerando todos os problemas referentes à organização textual (ortografia,


pontuação, falta de coesão e coerência) apontados pelos alunos na aplicação do questionário e
constatados pela a professora durante o período de observação das aulas, alguns encontros
serão destinados para a correção dos textos. Assim sendo, a bolsista seguirá o que já é
realizada pelo professor supervisor, no qual trechos que apresentam muitos problemas de
ordem escrita são selecionados e corrigidos com toda a turma. Todos os alunos devem corrigir
o trecho selecionado, apresentando diversas possibilidades de correção.

Momento 6: Refletindo sobre a padronização do amor

Considerando que o texto “Julieta e Julieta” de Fátima Mesquita deverá ser trabalhado
no momento seguinte, após a produção escrita e tendo em vista que ele retoma a temática que
motivou as discussões e as propostas de atividade, a professora deverá propiciar a reflexão
dos alunos em torno da padronização e idealização do amor. Desse modo, o clássico da
literatura universal Romeu e Julieta será utilizado como ponto de partida para a reflexão, já
que o título do texto de Fátima Mesquita relaciona-se à obra de William Shakespeare, e sua
narrativa desconstrói o padrão de amor presente na obra de Shakespeare. Partindo do
pressuposto de que os alunos desconhecem a tragédia shakespereana, a professora deverá
apresentar-lhes imagens e um breve resumo da obra, ressaltando o ideal de amor presente em
Romeu e Julieta.

Com a finalização da atividade anterior, a professora deverá pedir que os alunos


produzam um texto que utilize como referência o amor sublime de Julieta e Romeu, porém,
será pedido que os alunos fujam do padrão dos personagens shakespereanos, escrevendo uma
narrativa de amor diferenciado. Nesse momento, o que se busca analisar é o conceito de
padrão e diferença de cada aluno.

Momento 7: Trabalhando o conceito de diferença.

Considerando a atividade de produção textual realizada no momento anterior, em que


foi pedido aos alunos que escrevessem uma narrativa de amor diferenciada que fugisse dos
padrões apresentados, caberá à professora neste momento desenvolver com a turma o conceito
de diferença. Neste momento, os alunos deverão formar um círculo no centro da sala, de
modo que todos estejam posicionados de frente para o outro. A professora deverá iniciar um
debate entre os alunos, fazendo-lhes as seguintes perguntas:
 Na aula passada foi pedido que vocês escrevessem uma narrativa de amor
diferenciada que fugisse dos padrões. Considerando que o conceito de
diferença é “o que distingue uma coisa de outra”, o que é ser diferente?

 Sabendo que padrão é um modelo a ser seguido, o que você considera ser
padrão?

 Na sua opinião, quem em sua sala atende ao(s) padrão(ões)?

 Você atende aos padrões ou você é diferente? Por quê?

 Já que estamos falando de padrão, que padrão é esse? Como ele se caracteriza?

 Olhe para o lado. O seu colega é igual você? O que os torna diferentes?

 Considerando a campanha “Liberte seu beijo!” apresentada em momentos


anteriores, você acha que aqueles casais seguem um padrão ou eles são
diferentes? O que os torna diferentes?

Momento 8: Leitura e análise do texto “Julieta e Julieta” de Fátima Mesquita.

Com a finalização do momento anterior, a professora deverá iniciar o trabalho com o


conto “Julieta e Julieta”, de Fátima Mesquita. O conto marca o início do trabalho com os
diferentes modos de amar, já que o texto apresenta a relação de um casal constituído de duas
mulheres. O texto constrói-se a partir da narração das lembranças de uma das Julietas, já que
ambas as personagens têm o mesmo nome. As lembranças narradas vão desde o momento
inicial, em que as personagens se cruzaram pela primeira vez, até o momento atual, em que as
personagens engatam um relacionamento.

Considerando que o conto de Fátima Mesquita faz menção à tragédia shakespereana,


cabe à professora iniciar a discussão do texto problematizando o conceito de amor presente no
texto de Shakespeare, já que o mesmo apresenta em sua obra o conceito de amor impossível,
desse modo, um relacionamento entre pessoas do mesmo sexo nos dias atuais pode ser
considerado algo “impossível”, devido ao preconceito e violência sofrida por pessoas que
apresentam uma orientação sexual diferente. Seguindo essas questões, as seguintes perguntas
deverão ser feitas aos alunos:

 O que você conseguiu entender do texto?

 Você acha que o título “Julieta e Julieta”, e o enredo do conto remetem à obra
de William Shakespeare? Por quê?

 Você concorda com a autora em achar que “Julieta e Julieta” seria uma versão
apócrifa de “Romeu e Julieta”? Por quê?

 O amor presente em “Julieta e Julieta” pode ser inserido na tradição dos


amores impossíveis. Em caso afirmativo, a impossibilidade de realização
amorosa nos dois casos tem a mesma natureza? Argumente.

 Você acha que relacionamentos constituídos de Julieta e Julieta, e Romeu e


Romeu são amores possíveis? Por quê?

Momento 9: Leitura e análise do conto “Aqueles dois” de Caio Fernando Abreu.

Após a finalização do momento anterior, a professora deverá realizar junto com os


alunos a leitura do conto “Aqueles dois” de Caio Fernando Abreu. O texto narra à história de
dois amigos – Raul e Saul –, que se conhecem no trabalho, e encontram na amizade que
sentem um pelo o outro, apoio para enfrentar as decepções amorosas e as frustrações sociais
sofridas, já que ambos chegam à cidade grande em função do trabalho. No texto cria-se uma
atmosfera homoerótica, porém, ela é apenas sugerida, não sendo explícito no texto, se há de
fato ou não um relacionamento entre eles. Mesmo sem haver a confirmação do
relacionamento homoafetivo, os personagens são demitidos da empresa em que trabalham
“em defesa da moral e dos bons costumes.”

A leitura do texto deve ser realizada por cinco alunos diferentes, já que o conto está
organizado em cinco atos. Neste momento, a leitura do texto irá possibilitar a sondagem do
nível de proficiência de leitura dos alunos pela professora. O texto deverá seguir as divisões
de sua organização, desse modo após a leitura de cada ato, a professora deverá realizar
atividades e fazer questionamentos. Antes mesmo de dar início a leitura do conto, a professora
deverá provocar a reflexão sobre o título do texto, questionando-os se podemos fazer
inferências a partir de tal. Assim sendo, as seguintes perguntas deverão ser feitas:

 O título do texto (“Aqueles dois”) lhe sugere algo? O quê?

 Considerando a temática trabalhada, a quem você acha que o título “Aqueles


dois” se refere? Pessoas? Objetos? Dê sugestões.

 O título do texto te remete a algo? O quê?

Considerando as respostas obtidas, a professora deverá pedir que algum aluno inicie a
leitura do texto. Como dito anteriormente, cada aluno deverá ler um ato do conto. Desse
modo, ao finalizar a leitura do primeiro ato que narra a chegada de Raul e Saul ao trabalho, a
professora deve questioná-los se já é possível criarmos um perfil para os personagens, e qual
perfil poderia ser sugerido. A professora deve questioná-los sobre o desenrolar do texto,
perguntando-os sobre os possíveis finais que podem ser sugeridos através da leitura do
primeiro ato. Com a finalização da leitura do primeiro ato, a professora deverá pedir para que
outro aluno inicie a leitura do ato seguinte. No segundo ato, o autor apresenta características
e informações sobre os personagens. Neste momento, considerando todas as informações
sobre o perfil dos personagens apresentadas, cabe a professora pedir aos alunos que desenhem
cada personagem principal (Raul e Saul), e apresente para os colegas, ressaltando suas
características. Novamente, a professora deverá questioná-los sobre o desenrolar do texto,
fazendo-os criar possibilidades a partir daquilo que lhes fora apresentado. No terceiro ato, há
a inserção da música “Tú me Acostumbraste” de Lucho Gatica, que é citada nos atos
seguintes, e torna-se a “trilha sonora” de Raul e Saul. Desse modo, faz-se necessário a
professora apresentar a música de Lucho Gatica para os alunos, para que os mesmos
percebam o conteúdo da música e entendam as citações seguintes.

A partir do quarto ato, os personagens começam, implicitamente, a sofrer repressões


no ambiente de trabalho. Neste momento, cabe a professora questionar os alunos se há
motivos cabíveis para que os personagens sejam reprimidos. Considerando as respostas
obtidas, a professora deverá pedi-los que produzam possíveis finais para o conto, observando
se os alunos em suas produções irão afirmar que os personagens mantêm um relacionamento
homossexual. Todas as produções devem ser socializadas, de modo que os alunos elucidem
como formularam tais hipóteses. Após a socialização dos textos, a professora deverá realizar a
leitura do último ato, revelando o final para todos.

Com a finalização da leitura do conto de Caio Fernando Abreu, a professora deverá


fazer perguntas aos alunos, para sondar a interpretação e compreensão do texto. Desse modo,
as seguintes perguntas serão feitas:

 O que você achou do conto?

 O final do conto atendeu a suas expectativas? Por quê?

 O remetente das cartas nomeia-se como “Um atento guardião da moral”, o


conteúdo das cartas faz com que os personagens sejam demitidos. Pra você o
que justifica a demissão de Raul e Saul? Você está de acordo com a atitude
tomada? Por quê?

 “Relação anormal e ostensiva” e “desavergonhada aberração” foram alguns dos


julgamentos proferidos contra Raul e Saul. O que é uma relação anormal?
Considerando que anormal é sinônimo irregular, incomum, anômalo e etc.

 Pra você, a relação existente entre Raul e Saul é anormal? Por quê?

 E ostensivo o que significa? Há realmente uma relação ostensiva? Por quê?

 Mesmo não havendo a confirmação da existência de um relacionamento


homossexual, Raul e Saul são chamados de aberrações. Pra você o que
significa dizer que alguém é uma aberração de psicologia deformada? Isso está
relacionado à orientação sexual de alguém?

 Pra você a homossexualidade configura-se como sendo um comportamento


doentio? Por quê?
 Podemos confirmar que no conto há uma relação homossexual entre Raul e
Saul? Como?

Considerando que após a realização da leitura do segundo ato, os alunos deveriam


desenhar um perfil para cada personagem (Raul e Saul), a professora deverá perguntá-los se
após a finalização da leitura do conto, há a necessidade de alterar algum perfil. Se algum
aluno achar pertinente, a professora deverá pedi-lo que o faça e explique o porquê de tal
modificação.

Momento 10: Realização da dinâmica “O que você faria se fosse homem/mulher por um
dia?”

Neste momento considerando as atividades que serão desenvolvidas posteriormente, a


professora deverá desenvolver com os alunos a dinâmica “O que você faria se fosse homem/
mulher por um dia?”. Para que se dê a realização de tal atividade os alunos devem ser
colocados lado a lado, alternando-os entre homens e mulheres. Desse modo, a professora deve
fazê-los as seguintes perguntas:

 O que você faria se por um acaso se tornasse homem/mulher por um dia? Por
quê?

 Essas atividades descritas por você não podem ser realizadas pelo sexo oposto?
Por quê?

 O que o impede de realizar tais atividades?

Momento 11: Leitura e análise do conto “O triunfo dos pelos” de Aretusa Von.

Considerando a atividade realizada anteriormente, a professora deverá neste momento


iniciar a leitura do texto “O triunfo dos pelos” de Aretusa Von. O conto narra às experiências
sexuais de uma personagem, que é inicialmente mulher, mas após pedir a Oxem que a faça
homem na próxima encanação, a mesma acorda homem no dia seguinte. Após tornar-se
homem a personagem realiza desejos ocultos, que não realizava quando era mulher.
Começando a descobrir-se sexualmente. Nesse momento a autora trabalha as diversas
possibilidades de práticas sexuais, já que, inicialmente a personagem se encaixa no modelo
heterossexual, mas após sua transformação a mesma é transexual (através da mudança de sexo
biológico), homossexual (devido à relação sexual satisfatória praticada com um guarda de
trânsito), e por fim torna-se travesti. Ao fim do texto a autora nos diz “Todos os meus
instintos vem à tona. Sou homem, sou mulher, sou gay, sou travesti, sou o universo.”
(ARETUSA VON. s/d. p. 21)

Para realizar a leitura do texto, a professora deverá iniciar a leitura e os alunos devem
dar continuidade, alternando a leitura entre eles e realizando uma leitura compartilhada. Antes
de realizar a leitura integral do texto, a professora deve questionar os alunos sobre o título do
texto, as inferências que podemos fazer a partir de tal e o que podemos entender por “O
triunfo dos pelos”. Após a finalização da leitura do texto, a professora deve questioná-los
sobre a compreensão do texto e discutir as questões centrais. Desse modo, as seguintes
perguntas devem conduzir a discussão:

 O que você achou do texto? Você conseguiu compreendê-lo? O que você


concluiu?
 Você acha que o título do texto (O triunfo dos pelos) está relacionando ao
texto integral? Por quê?

 Com a finalização da leitura o que você acha que significa “O triunfo dos
pelos?”

 O triunfo dos pelos pode significar a “soberania” do sexo masculino?

 Você consegue perceber tal soberania no texto? Por quê?

Momento 12: Exposição de índices de violência contra o público LGBT e produção de faixas
em combate a LGBTfobia.
Neste momento, considerando a temática aqui desenvolvida e todos os textos
trabalhados, a professora deverá, inicialmente, exibir aos alunos os índices de violência contra
lésbicas, gays, bissexuais e transexuais, com o intuito de conscientizá-los, já que, segundo o
relatório do Grupo Gay da Bahia, publicado em 2014, o Brasil lidera o ranking mundial de
assassinatos de pessoas LGBT, sendo cometido um assassinato a cada 27 horas.

Após a exibição dos índices de violência, os alunos deverão produzir faixas em


combate a LGBTfobia, utilizando-se da técnica de estêncil para tingir o material. A produção
das faixas deverá subsidiar o desenvolvimento da campanha de conscientização.

Momento 13: Produção da campanha de conscientização.

Após a finalização dos momentos anteriores, os alunos deverão escolher entre a


produção de um vídeo ou a encenação de um curta-metragem, tendo como tema central o
preconceito sofrido por casais homossexuais. O arquivo deve ser produzido, e ser exibido para
os demais alunos da escola após a realização do momento a seguir.

Momento 14: Realização da palestra em combate a LGBTfobia.

Para finalizar as atividades realizadas com a temática aqui trabalhada, a bolsista


deverá, juntamente, com o professor supervisor elaborar uma palestra de conscientização e
combate a LGBTfobia, para todos os alunos da escola, em que os materiais produzidos
anteriormente deverão ser expostos. Os palestrantes deverão apresentar os índices de
assassinatos de pessoas LGBT para todos os alunos, com o intuito de conscientizá-los sobre o
preconceito existente.
REFERÊNCIAS:

LINS, Beatriz Accioly. Diferentes, não desiguais: a questão de gênero na escola./ Beatriz
Accioly Lins, Bernardo Fonseca Machado e Michele Escoura. – 1ª ed. – São Paulo: Editora
Reviravolta, 2016.

MESQUITA, Fátima. Julieta e Julieta / Fátima Mesquita. – São Paulo : Sumus, 1998.

PIERRO & ORTIZ. Gênero fora da caixa. Gabriel Di Pierro & Marília Ortiz. – São Paulo.
Instituto sou da Paz. 1ª Edição. 2011.

SOUZA, Renata Junqueira de. Ler e compreender: estratégias de leitura / Renata Junqueira
de Souza.. [et al.]. – Campinas, SP : Mercado das letras, 2010. Outros autores: Ana Maria C.
S. Menin, Cyntia Graziella Guizelim Simões Girotto, Dagoberto Buim Arena. 1ª Edição.
ABRIL/2010.

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