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O povo Pataxó é uma etnia indígena do Brasil. Os relatos sobre esse povo
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elaborados por não índios remontam ao século XVI, quando os primeiros contatos
que se tem notícia se deram a partir de expedições organizadas pelo governo
português, conhecidas como entradas (ISA, 2016), assim como pelos registros do
Conselho Ultramarino de Lisboa (?????, 2016).
As entradas tinham o intuito de adentrar ao interior do território colonial a fim
de expandir as terras de domínio português. Mas esses contatos acabaram por
perturbar o modo de vida daqueles povos, haja vista que em sua decorrência,
embates violentos foram travados por conta da resistência indígena frente ao
processo de colonização.
O modo de vida dos Pataxó, antes do contato com os não índios, era
caracterizado pelo nomadismo. Dessa maneira, andavam livremente pelo território,
seja nas regiões de mata como no litoral, em locais que garantissem a todo o povo a
alimentação necessária que, por sua vez, se dava mediante a coleta de frutos e
mariscos, pela pesca e através da caça. É importante considerar que o nomadismo,
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além de ser um elemento caracterizador desse povo haja vista que nesse
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processo constante de caminhar se transmitia a cultura também resultava numa
certa delimitação e fiscalização do território por onde transitavam.
Outro elemento a ser destacado é o contato do povo Pataxó com outros
povos indígenas, que se desenrolavam de forma amigável ou em conflitos. Esse
aspecto é descrito por Braz (2016, p. 14-15) no específico encontro com os
Botokudos e os Maxakali. Esses primeiros representam os conflitos entre povos
indígenas, pois como relata o autor, “[...] quando os Pataxó perdiam a luta eles
levavam os feridos para servir de alimento ou para ficar trabalhando para eles. E
quando os Pataxó ganhavam a luta não deixava ninguém vivo também [...]”.
No que diz respeito ao encontro com os Maxakali, acaba por se desenvolver
um outro tipo de relação que, por sua vez, tem reflexos até os dias atuais. Isso
porque através do auxílio mútuo entre esses povos se constituiu o elemento
linguístico que permanece e garante a sobrevivência de um elemento constitutivo e
primordial dos Pataxó, que é a língua Patxohã. Essa língua se configura no tronco
Macro-Jê e pertence à família linguística Maxakalí. (ISA, 2016; BOMFIM, 2012).
Conforme Bomfim (2012), essa língua não é falada usualmente, e sim o
português. Isso se deve ao fato de que ela está em processo de reconstrução,
mediante a catalogação de palavras e da estrutura linguística. É imprescindível
destacar ainda que a quase extinção da língua Patxohã se deve inicialmente ao
processo de colonização empreendido pelos portugueses, por demais violento,
sendo caracterizado pela dispersão de povos indígenas e aglutinação de outros num
mesmo espaço, os aldeamentos, até mesmo à escravização e homicídios. No
entanto, o próprio governo brasileiro, já no século XX, empreendeu toda uma lógica
que contribuiu para tornar os índios invisíveis no cenário nacional, buscando eliminar
seus elementos culturais em vista de um processo descrito como civilizador.
Compreende-se então que eliminar a língua de um povo é um dos meios mais
eficientes de descaracterizá-los. Apesar de todo esse contexto desfavorável, o
Patxohã (“língua do guerreiro pataxó”) é ensinado em escolas indígenas desde a
década de 1990, e tornou-se disciplina do ensino fundamental em 2003 e do ensino
médio em 2007 (ISA, 2016; BOMFIM, 2012).
Os Pataxó, na atualidade, habitam o extremo sul da Bahia e norte de Minas
Gerais. As informações do ISA (2016) detalham que, no território baiano, eles
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habitam em 36 aldeias distribuídas em seis Terras Indígenas Águas Belas, Aldeia
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Velha, Barra Velha, Imbiriba, Coroa Vermelha e Mata Medonha situadas nos
municípios de Santa Cruz Cabrália, Porto Seguro, Itamaraju e Prado. Em Minas
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Gerais, eles perfazem um total de sete comunidades, das quais quatro Sede,
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Imbiruçu, Retirinho e Alto das Posses estão localizadas na Terra Indígena
Fazenda Guarani, município de Carmésia; Muã Mimatxí, em um imóvel cedido à
Funai pelo Serviço de Patrimônio da União, no município de Itapecerica;
Jundiba/Cinta Vermelha, no município de Araçuaí e também habitada pelos
Pankararu; e Jeru Tukumâ, em Açucena.
No que se refere ao foco principal desse texto, que é o território do Estado da
Bahia, conforme a FUNAI (2016), as terras delimitadas aos Pataxó cobrem uma
superfície de pouco mais de 15.677 hectares. Sua distribuição se configura como
terras tradicionalmente ocupadas e já regulamentadas, a saber: Aldeia Velha, Barra
Velha, Coroa Vermelha, Fazenda Bahiana, Imbiriba e Mata Medonha; e uma reserva
indígena, em Coroa Vermelha (Gleba C).

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