Sunteți pe pagina 1din 8

QUAL O IMPACTO DO ENSINO DE EMPREENDEDORISMO PARA A MELHORIA

DE VIDA DAS PESSOAS QUE VIVEM NO TERRITÓRIO ONDE OS ALUNOS DO


IFSC CAMPUS RAU MORAM?

Marcos Bertemes1
Orientadora - Fabiolla Falconi Vieira2

RESUMO: Este trabalho buscará fazer um levantamento das ofertas de unidades


curriculares de empreendedorismo nos cursos técnicos do Campus RAU do IFSC,
verificando encontrar os pontos onde a prática do empreendedorismo atinge o aluno
dentro do contexto onde vive. Tendo o objetivo de identificar quais pontos que geram
esta dificuldade, tendo como metodologia a pesquisa bibliográfica dos projetos
pedagógicos. Os resultados trazem a realidade da prática pedagógica atual e o que
tem sido feito para aperfeiçoar este tema. Ao final concluiremos com uma análise
geral destes dados, dando um panorama se os objetivos foram atingidos ou não e
quais as dificuldades encontradas.

PALAVRAS-CHAVE: Negócio. Empreendedorismo. Comunidade. Projetos.

1 INTRODUÇÃO

Este trabalho busca o levantamento das ofertas de unidades curriculares de


empreendedorismo nos cursos técnicos do Campus RAU do IFSC, para responder a
questão de quantas e quais são as ofertas de unidades curriculares que promovem
uma formação empreendedora dos alunos nos cursos técnicos do Campus RAU do
IFSC?
Diante desta circunstância, este trabalho procura encontrar quais os desafios
encontrados para potencializar a formação empreendedora dos alunos em seu
território.

1 Acadêmico do Curso de Licenciatura em Educação Profissional e Tecnológica.


marcoscaad@gmail.com
2 Orientadora do TCC.
2
Com estas respostas coletadas, o objeto do trabalho trata em ter um
levantamento de quantas e quais são as unidades curriculares ofertadas nos cursos
técnicos pelo Campus RAU do IFSC que promovem uma formação empreendedora
aos alunos. De forma a ter um panorama de qual dimensão geográfica o Instituto
Federal tem alcançado, com base na região onde os alunos vivem.
A motivação deste trabalho decorreu da perspectiva de analisar a realidade
da oportunização profissional que qualificam o corpo discente para uma atuação
próximo da região onde vivem.
Quanto a relevância, veremos como o ensino médio técnico profissional
contribui para potencializar a laboralidade dos alunos em seu território de forma
empreendedora.
O tipo de pesquisa a ser realizada é a de natureza aplicada, com uma
abordagem qualitativa em fontes bibliográficas, para que mediante estas pesquisas
venhamos a visualizar a realidade atual e como está o panorama futuro de tais
práticas que qualifiquem e ampliem o empreendedorismo de alunos, tanto no
contexto para aqueles que já atuam em determinados setores produtivos, como
aqueles desejosos de montar um novo negócio.
Para que possamos atingir nossos objetivos vamos descrever sobre o
fenômeno do empreendedorismo e como ele pode ser útil em soluções locais, para
um bom desenvolvimento regional.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 O que é Empreendedorismo.

O empreendedorismo segundo Dolabela (2012, p. 31) tem tradução literal da


palavra Entrepreneurship que reporta a ideia de iniciativa ou inovação.
Para isto Dolabela destaca que o agente deste empreendedorismo que é o
empreendedor é identificado como um ser “insatisfeito transformador de seu
inconformismo em descobertas e propostas positivas para si e para os outros.
Segue caminhos não percorridos e não definidos, acredita em atos que podem gerar
consequências que podem mudar o mundo.” (Dolabela, 2012,p. 31).
3
Importante destacar antes das pessoas se lançarem ao empreendedorismo
existem aspectos de relações sociais, como família, líderes e amigos, que
influenciam esta decisão. (DOLABELA, 2012). Existe uma visão empreendedora que
poderíamos destacar como intraempreendedorismo, quando um empreendedor
aprende no convívio com outro, mostrando que a projeção em negócios familiares,
serem case de sucesso, segundo pesquisas relatadas nesta fonte bibliogŕafica.
(Filion 1991 apud DOLABELA, 2012).
Avançando nesta conceituação do negócio próximo, lembramos que um dos
primórdios após uma avaliação de mercado, dentro do planejamento para se montar
este recurso é a necessidade de capital. E nas literaturas do projeto pedagógico do
curso existe um destaca revelando-se como peça motriz, a necessidade de crédito e
para o pequeno existe o chamado microcrédito, onde é apresentado o exemplo do
Grameen Bank, ajudador do alívio a pobreza ofertando linhas de crédito para
aqueles necessitados(OSTERWALDER; PIGNEUR, 2011, p. 13).
Embora este trabalho destaque a valorização do trabalho como fortalecimento
no local de moradia dos alunos, sendo muitas vezes decorrentes de apoio a um
negócio existente ou abertura de um novo negócio tendo as dimensões de uma
pequena empresa, os conceitos apresentados tem uma característica de uma ação
de empresa em qualquer tipo de tamanho, pois para se ter um negócio, precisa-se
ter clientes e para isto se conceitua aqui o princípio do mercado de massa onde
OSTERWALDER; PINGNEUR (2011, p. 28) citam:

Os modelos de negócios concentrados em mercados de massa não


distinguem entre diferentes segmentos de clientes. As propostas de valor,
os canais de distribuição e o relacionamento com os clientes se concentram
em um grupo uniforme de clientes com necessidades e problemas similares.
Este tipo de negócio é mais encontrado no setor de eletrônicos de consumo.

2.2 A qual curso técnico estamos nos referindo.

Os Cursos Técnicos do IFSC RAU, são ministrados na modalidade de


Educação Profissional Técnica de Nível Médio, tendo por finalidade desenvolver
capacidades para o exercer a cidadania por intermédio de uma atividade
profissional,
4
com base nos fundamentos científico-tecnológicos, sócio-históricos e
culturais, em conformidade com a legislação vigente: Lei de Diretrizes e
Bases da Educação 9394/96, Política Nacional de Educação Ambiental lei
nº 9795/99, Regulamentação de Diretrizes e Bases da Educação lei nº
5154/2004, Plano Nacional da Educação lei nº 13005/2014, Resolução
CNE/CEB nº 06 de 20 de Setembro de 2012 que define as diretrizes
Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio, Catálogo
de Cursos Técnicos, Plano de Desenvolvimento Institucional e Plano de
Oferta de Cursos e Vagas dos IFSCs, Regulamento Didático-Pedagógico do
IFSC da resolução nº 41, 20 de Novembro de 2014 e CBO 3171 do Curso
Técnico de Desenvolvimento de Sistemas.” (IFSC RAU, 2017, p. 05)

2.2.1 Cursos Analisados nesta pesquisa.

A análise deste conceito de empreendedorismo se dará na disciplina que tem


o mesmo nome e é executada no Curso Técnico de Desenvolvimento de Sistemas.
Porém também analisamos o Projeto Pedagógico de Curso de Eletrotécnica
que é um curso de formação técnica de Nìvel Médio, sendo uma atividade
profissional regulamentada pelo Catálogo Brasileiro de Ocupação de número 3131
no contexto de técnicos em eletricidade e eletrotécnica.
Na questão do próprio curso técnico, a grade curricular apresenta em seu
projeto pedagógico da disciplina de empreendedorismo, o tema do modelo de
negócio com o uso da ferramenta Canvas.
Esta ferramenta é uma estruturação de um quadro que aborda quatro áreas:
“clientes, oferta, infraestrutura e viabilidade financeira.” (OSTERWALDER;
PIGNEUR, 2011, p. 22).
Este quadro apresenta 9 componentes: Segmentos de Clientes, proposta de
valor, canais, relacionamento com clientes, fonte de receita, recursos principais,
atividades-chave, parcerias principais e estrutura de custo. (OSTERWALDER;
PIGNEUR, 2011, p. 23-24).
Ao buscar informações junto ao corpo docente do IFSC RAU, obtive contato
com o professor Willian José Borges, da disciplina de Empreendedorismo, onde em
contato via aplicativo de internet WhatsApp, ele explanou a prática de
empreendedorismo da seguinte forma:
“Trabalho a disciplina de empreendedorismo da seguinte forma: identificação
de problemas, criação de uma ideia de negócios, trim-tab, ideação, design thinking,
MVP, pivotagem e canvas. Depois apresentamos como modelo de negócio”.
(BORGES, 2020).
5
Para isto o IFSC RAU, tem um conjunto de projetos de pesquisa,
desenvolvido por seu corpo docente, que integra a instituição as realidades locais 3.

2.3 Projeto Político Pedagógico de Curso.

É importante destacar que estamos analisando os Projetos Pedagógicos de


Cursos, porém devemos saber que tipo de ferramental é este que os Institutos
Federais têm para conceituar a grade da formação ao qual estará ofertando a
comunidade, desta forma teríamos aqui o currículo do curso, com sua

identidade, objetivos e competências educacionais, profissionais, sociais e


culturais. Retrata também a intenção da formação do curso, o perfil do
egresso, número de vagas, o período mínimo e máximo de sua
integralização, a justificativa da oferta, eixo tecnológico e componentes
curriculares. (Lengert, 2019, p. 22)

Também é bom lembrar que além destas características este projeto deve
estar alinhado a Leis de Diretrizes e Bases (LDB), o catálogo nacional de cursos,
parâmetros curriculares nacionais, diretrizes nacionais e demais legislações. Além
disso, deve atender características do mercado de trabalho local que está amparado
no projeto pedagógico institucional (PPI). (Lengert, 2019, p. 21).

3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Ao analisar os projetos pedagógicos de cursos das formações técnicas de


ensino médio do IFSC RAU, percebe-se embora todos os projetos apresentam a
produção de novas soluções e o desenvolvimento de autonomia em produção de
soluções para a sociedade, o único projeto que dá uma ênfase mais direta é do
curso de Desenvolvimento de Sistemas onde em seu objetivo específico destaca a
aplicação de soluções para a economia local (IFSC, 2017, p. 4).
Na questão da competência daquele que vai exercer uma atividade
profissional dentro da respectiva área de formação, novamente o curso de
Desenvolvimento de Sistemas apresenta um olhar de destaque quando apresenta
que uma das competências é a comunicação com “diferentes meios sociais” (IFSC,
2017, p. 6).
3 http://gw.ifsc.edu.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=69&Itemid=66
6
Embora todos os cursos estimule a produção de novas soluções com base
nos conhecimentos adquiridos em sua formação, percebe somente que cursos de
Desenvolvimento de Sistemas e o curso de Eletrotécnica propõe uma disciplina
específica de empreendedorismo ligada ao currículo de sua formação (IFSC, 2017,
p. 26; IFSC, 2017, p. 32).
Como já mencionamos na introdução deste trabalho, nossa pesquisa teria
como foco o olhar sobre as práticas curriculares que busca verificar as orientações
de empreendedorismo na proximidade de moradia dos alunos dos cursos técnicos
do IFSC RAU.
As fontes documentais da base desta pesquisa percebe-se uma preocupação
do IFSC em se relacionar com as demandas da comunidade, trazendo o
aprendizado ao diálogo com o espaço onde ela está inserida. Porém, embora os
registros apresentem tal registro, os objetivos traçados em resultados mais práticos
no território onde os alunos estão presentes não foi visualizado, isto quer dizer, as
estratégias são bem elaboradas, todavia se visualiza muitas vezes resultados para o
mercado de trabalho em geral, sem um alcance desta realidade empreendedora de
forma distribuída nos territórios dos alunos.
Com relação às fontes bibliográficas existe uma apresentação de vários
casos práticos de instrumentos de ensino/aprendizagem que leva os alunos a
construção de ferramentas de construção de negócio, como a ferramenta Canvas,
utilizada pelos professores de empreendedorismo. O recurso dá aos alunos uma
visão geral sobre qualquer tipo de negócio, trazendo a reflexão sobre os 9
componentes, que são: Segmentos de Clientes, proposta de valor, canais,
relacionamento com clientes, fonte de receita, recursos principais, atividades-chave,
parcerias principais e estrutura de custo. (OSTERWALDER; PIGNEUR, 2011, p. 23-
24).
Neste contexto destaco que em contato com o professor de
empreendedorismo do Cursos de Desenvolvimento de Sistemas, ele enfatizou
utilizar mecanismos práticos no sentido dos alunos visualizarem um negócio diante
dos recursos e ferramentas que são disponibilizados a eles em sua formação.
Porém em termos de projeto, somente um outro professor da mesma
disciplina, do curso de eletrotécnica fez destaque de um projeto denominado IFSC
IDEIAS INOVADORAS, do curso superior em tecnologia em Fabricação Mecânica
7
que aqui não trataremos de detalhes, por não se tratar do foco de nossa pesquisa.
Interessante destacar que a realidade hoje vista nos meios de comunicação,
da situação dos informais, já é tratada pelo IFSC RAU a muito tempo em seus
projetos de pesquisa e extensão. Quando vemos a realidade hoje da epidemia do
CoronaVírus, onde trouxe um público que está muitas vezes em nosso espaço
geográfico sem ser visto, que no momento com o crédito do chamado auxílio
emergencial, são consumidores, porém segundo o ministério da cidadania, órgão
gestor deste auxílio, existe a pretensão de tornar este público, empreendedor por
intermédio de microcrédito. (Correio Braziliense - 12 Mai 2020, Acesso em: 13 Maio
2020).

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesta pesquisa concluímos que o IFSC RAU, tem uma boa estruturação de
seus projetos pedagógicos com ênfase na aproximação com a comunidade escolar.
Porém percebe-se que este conhecimento não tem chegado de uma maneira
distribuída aos territórios onde vivem os alunos desta instituição.
Lembrando que o foco de nossa pesquisa foi verificar qual realidade de
formação empreendedora encontrada no corpo discente que se atinge em ações
práticas dentro do território onde os alunos vivem, assim podemos afirmar que na
questão de ferramentas para capacitar os alunos, o IFSC têm boa base instrumental,
então desta forma podemos considerar que parte do objetivo foi alcançado e agora
como mencionado acima cabe a possibilidade de desenvolver mecanismos de
ensino/aprendizagem que enxerguem melhor os territórios dos alunos e também
verificar a possibilidade de uma reformulação dos projetos pedagógicos que
agregassem estratégias para está articulação, seja com políticas públicas,
organizações sociais e/ou comunidade organizada.
Importante aqui fazer um destaque, existe cada vez mais uma necessidade
de desenvolvimento de ações de empreendedorismo sustentável, onde valores
locais sejam ampliados no sentido de desenvolver ações globais. Lembrando que
aqui mencionamos a questão do auxílio emergencial do governo federal que em si
não dá a economia brasileira sustentabilidade de geração de renda, porém ações de
formação empreendedora, podem tornar este cidadão desenvolvedor de soluções
8
que atinjam um atendimento global, usando-se de seu espaço local.
Desta forma está foi a busca da análise deste trabalho, olhar aquilo que já
tem sido feito e propor formas para ações de articulação de formação que aproxime
o ensino técnico a diferentes realidades sociais.

REFERÊNCIAS

BORGES, Willian José. Registros do plano de ensino. WhatsApp: Comunicação


pessoal. 15 mai. 2020. 16:09. 1. Mensagem de WhatsApp.

DOLABELA, Fernando. O Segredo de Luíza. São Paulo: Cultura Editores


Associados, 1999.

ECONOMIA nega que auxílio emergencial será mantido após pandemia. Correio
Braziliense. Brasília: 12 Maio 2020. Disponível em:
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2020/05/12/internas_eco
nomia,853889/economia-nega-que-auxilio-emergencial-sera-mantido-apos-
pandemia.shtml. Acesso em: 13 Maio 2020.

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA


CATARINA. Campus Rau. Projeto Pedagógico de Curso Técnico em
Desenvolvimento de Sistemas. Jaraguá do Sul: IFSC Rau, 2018.

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA


CATARINA. Campus Rau. Projeto Pedagógico de Curso Técnico em
Eletrotécnica. Jaraguá do Sul: IFSC Rau, 2018.

LENGERT, Caroline. LIVRO DIDÁTICO - UC POP I. Florianópolis: IFSC Cerfead,


2019.

OSTERWALDER, Alexander. Business Model Generation - Inovação em Modelos


de Negócios: um manual para visionários, inovadores e revolucionários. Rio de
Janeiro: Alta Books, 2011.

S-ar putea să vă placă și