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1 Coríntios 12

1.1 Introdução aos capítulos 12-14


 Os capítulos 12-14 se tratam de um único assunto: abusos dos dons espirituais
 Outro conceito unificador, junto com o cap. 11 assunto: o culto da igreja. (BKN
“irregularidades”)
 De certa forma faz parte do assunto ainda mais amplo: liberdade cristã, liberdade
esta regulamentada pelo princípio do amor (à partir de 8:1) (BKN).
 cap. 12 Unidade do corpo e diversidade dos membros. A natureza e
propósito dos dons (BKN)
 cap. 13 A importância do amor.
obs. este cap. é integralmente ligado ao contexto, pois mostra a necessidade
do amor no funcionamento dos dons. Aliás, este era o problema básico por
trás todos os assuntos problemáticos abordados por Paulo no livro—
remontam à falta do amor.
 cap. 14 Prezar a profecia acima de línguas. Tudo em ordem e decência.
“Regulamentar o exercer dos dons pelo amor” (BKN).
 “Como nas outras áreas, também usando os dons na igreja, crentes devem
promover a glória de Deus e o bem dos outros ao invés de buscar auto-
agrado” (BKN).

1.1.1 Sequência de Assuntos no capítulo 12-14


“A respeito dos...” (12:1)
 Prova Cristológica contra a heresia
 Um corpo, muitos membros. Escolha/ vontade soberana; funções
específicas
 “Vós sois corpo de Cristo, membros individuais” (12:27)
 “Procurai, com zelo, os melhores dons” (12:31.a)
 “Um caminho sobremodo excelente” [amor] (12:31.b)
 “Fé, esperança, amor... o maior é o amor” (13:13)
 “Segui o amor, e procurai com zelo espirituais, mas principalmente que
profetizeis” (14:1)
Línguas e profecia
Descência e ordem
 “Procurias com zelo o dom de profetizar, e não proibais o falar em outras
línguas”(14:39)
 “Tudo, porém, seja feito com decência e ordem” (14:40)

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1.1.2 Comparação entre os trechos que falam dos dons
espirituais
Wiersbe observa que as três passagens principais que abordam os dons contém as
mesmas três ênfases (WIERSBE, p 125).
(WIERSBE, 125) Unidade Diversidade Maturidade
1 Coríntios 12:1-13 12:14-31 13:1-13
Romanos 12:1-5 12:6-8 12:9-21
Efésios 4:1-6 4:7-12 4:13-16
Em respeito a 1 Coríntios, ele observa o seguinte (WIERSBE, cap. 10, p. 125-138):
Unidade:
 confessamos o mesmo Senhor (12:1-3)
 dependemos do mesmo Deus (12:4-6)
 ministramos ao mesmo corpo (12:7-11)
 temos experimentado o mesmo batismo (12:12,13)
Diversidade:
 o corpo necessita funções diferentes para poder viver, crescer e servir
(12:14-20)
 Os membros promovem a unidade quando descobrem a dependência mútua
(12:21-26)
 a diversidade do membros é de acordo com a vontade de Deus no corpo
(12:27-31)
Maturidade:
 o amor é a principal evidência de maturidade cristã (1 Cor 13)
 (veja cap. 13 para o esboço de WIERSBE).

1.2 “Os Espirituais”: Unidade e Diversidade (cap 12)

1.2.1 Introdução
 veja MORRIS, 132-133 para um pano de fundo e panorama
 Neste capítulo Paulo dá uma introdução (v. 1-3) e depois passa a ensinar usando
uma sequência de princípio seguido por exemplo ou ilustração (v. 4-31).
 O ensino principal se encontra nos vss. 12-26.
 Ele fecha o capítulo trazendo à atual situação corintiana (v. 27-30 “Ora, vós...”) e
um conselho final (v. 31.a).
 obs. vs. 31.b. é uma conexão direta ao cap. 13, e portanto incluído no análise do
cap. 13.
(porém pode ser considerado separado visto que o cap. 13 contém características
poéticas (cf ad loc).
 WIERSBE (Port, 2006) diz que os coríntios—“não agiam como adultos que
haviam recebido instrumentos valiosos, mas sim como crianças com seus
brinquedos” (WIERBSE, 795)
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1.2.2 O Contexto Histórico
 veja referência acima (MORRIS, 132-133).
(religiões pagãs que valorizavam experiências “espirituais”)
 GODET (escrevendo em 1886, ou seja, antes do movimento pentecostal) sugere
que os coríntios, influenciado pela cultura grega, erravam ao achar que o
espíritual era oposto ao racional. Eles buscavam uma inspiração espiritual que
levava a êxtase emocional. A regra geral era—“mais ‘pneuma’ (espírito), menos
‘nous’ (inteligência)” (tradução livre de GODET, II:174-175).

1.2.3 Sequência de Assuntos no capítulo 12


Introdução:
obs. O ensino principal do capítulo está nos vss. 12-26
v. 12 Princípio
v. 13-17 Exemplo
v. 18-20 Princípio
v. 21-24.a Exemplo
v. 24.b-26 Princípio, propósito e exemplo menor
Sequência:
v. 1-3 Prova Cristológica da mensagem (veja “Mensagem” abaixo)
v. 4-7 Princípio: Há muita diversidade visando a um fim proveitoso.
palavras chaves: “diversos/variedade”, “mesmo”
v. 8-11 Exemplo: Categorias detalhadas, todos distribuidos pela vontade do
Espírito
conceitos chaves: Vontade soberana (“lhe apraz,” v. 11)
unidade de Fonte, o mesmo Doador
diferenças na dádiva, diferentes dons. (“cada um, individualmente,” v.
11)

v. 12-14 Princípio: Explicação de vários pontos de vista daquilo que introduzira


 Um corpo, muitos membros
 Muitas procedências, beber de um Espírito
 O corpo não é um membro mas composta de diversos membros
v. 15-17 Exemplo por meio de diálogo.
frase repetida: “nem por isso deixa de ser parte do corpo”
v. 19-20 Princípio: O membro individual* não constitua um corpo
individual. Muitos membros compoem um corpo.
*parece que aqui visa a categoria do dom e não o indivíduo (veja
abaixo)
v. 21-24.a Exemplo: olho-mão; cabeça-pés
palavras chaves: “fraco, necessário, precisar, dignos, honra, nobre,
mais/muito/maior”

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v. 24.b-25 Princípio: Deus coordenou os membros para cooperarem em
favor uns dos outros.
v. 26 Exemplo: Sofrimento mútua; honra/glória mútua

v. 27 Mudança enfática de pronome: “Ora, vós...”


Aplicação: Aqui Paulo traz ao desfecho onde se relaciona o ensino à
situação específica corintiana.
Exemplo 1: Lista de dons em ordem prioritário (v. 28)
Exemplo 2: Contraste com perguntas retóricas negativas (v. 29-30)
12:31.a “Procurai, com zelo, os melhores dons

1.2.4 Esboço
Introdução (v. 1-3)
Princípios e Exemplos (v. 4-26)
Exortação (v. 27-31.a)

WIERSBE (795ss)
1. Unidade: O dom do Espírito (12:1-13)
2. Diversidade: Os Dons do Espírito (12:14-31)
3. Maturidade: As Graças do Espírito (13:1-13)

1.2.5 Mensagem
Introdução: Uma prova Cristológica (v 1-3)
v. 1 “A respeito dos” peri de veja introdução a 1 Coríntios
v. 1 “dons espirituais” Obs. que a palavra “dons” não se encontra no grg.
Simplesmente “espirituais”—um adj. usado como subst. (comp. rom 15:27 “assuntos
espirituais”; 1 Cor 9:11 “cousas espirituais”).
 forma masc. ou nt.: O contexto indica que provavelmente seja nt. e se refere
aos “dons espirituais” (cf. 14:1; 2:13 pode ser masc. ou nt). Porém, BAGD
permite a possibilidade que seja masc.: “àqueles que possuem os dons
espirituais” (comp. 1 Cor 14:37; 3:1)
 Há um discurso exegético se trata-se de “dons espirituais” ou
“espiritualidade” como experimentada pelas religiões místicas abundantes no
mundo antigo incluíndo em Corinto. Esta mesma “espiritualidade” é
semelhante às experiências “carismáticas” da atualidade. Nota-se que não
são limitadas aos “evangélicos” mas englobam grupos certamente não-
regeneradas. Veja apostila em 14:1.
v. 1 “ignorantes” contraste c/ v. 2 “sabeis” (comp. tb. 8:1ss)
v. 2 “éreis gentios” Indício dispensacionalista. De forma alguma afirma que o crente
passa a ser “judeu.” O crente em Jesus Cristo passa a fazer parte de um novo corpo, a
“igreja de Deus.”
comp. 10:32

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v. 2 “mudos”—tb. “silenciosos”
v. 2 “segundo éreis guiados”—menos a idéia de “guiar” e mais “levar.” Eram
levados ou decepcionados.
 termo usado para “levar um prisioneiro,” “levar à justiça” ou “levar à
execução.”
 O erro leva um pessoa; não guia, nem convence.
 Nós batistas apelamos à mente; não tentamos “levar” o povo, mas guiar o
indivíduo a fazer um decisão sábia, conciente à luz da verdade nas
Escrituras.
v. 3 “Senhor Jesus”—certamente no contexto significa muito mais que mero “senhor,
sr., mestre” mas com “S” maiúscula. comp. Rom 10:9; Jo 13:13; (Atos 9:5??). Não
se trata simplesmente de reproduzir esta sequência de fonêmas, mas confissão pessoal
e publicamente.
 veja Morris, em vários lugares onde usado em 1 Cor.
 “A frase Senhor Jesus (v. 3) é tão familiar e fundamental que precisamos
redescobrir sua singularidade especial” ...”Cada cultura tinha as suas
próprias divindades, que exigiam a lealdade e a fidelidade dos seus devotos.
Os cristãos ficavam de fora, acima desses ‘senhores’ e contra eles, e
proclamavam juntos, com ousadia: ‘Jesus é Senhor’, idêntico ao Javé do
Antigo Testamento, supremo sobre o imperador romano, o vencedor
ressureto sobre qualquer principado e poder cósmico ou demoníaco”
(PRIOR, 207).
Pergunta:
v. 1-3—Um teste cristológico da mensagem. Como combina com o contexto?
 Obs. o contexto histórico—antes do N.T. ser completada, quanto mais
distribuida à disposição da igreja. Havia profetas e mestres itinerantes, cada
qual trazendo seus “catálogo de crenças.”
 Veja também no contexto, a prioridade da profecia sobre os outros dons, esp.
línguas. Dentro desta prioridade, havia um risco e vulnerabilidade.
 veja também MORRIS, 133—todos os dons eram submissos a este teste
 Paulo confronto qualquer um na assembléia que estivesse pronto a
contradizer (comp. 14:37) (BKN)
Aplicação
observe a importância de conteúdo objetivo na avaliação de ensino. Vivemos em dias
em que a sã doutrina é desprezada ao passo que palavras bonitas, carisma, etc. são
valorizadas.

Princípios e Exêmplos (v 4-26)


Comp. a ordem inverso (cf.v.3 “Deus, Jesus, Espírito”):
 o Espírito concede os dons (v. 7-9, 11);
 para que indivíduos possam servir ao Senhor no Seu corpo (v. 7, 22), suprido
pelo poder de Deus (v. 18, 24) (BKN).
Os dons tinham unidade de fonte (v. 4-6) (BKN)
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v. 4 “diversos” diairesei “variedade, diversidade, diferença, porção” A idéia da
palavra traz uma “distribuição” ou “repartição” (BAGD)

Os dons tinham unidade de propósito (v. 7-10) (BKN).


(Obs.: WIESBE, 796 dá breve explicação de cada dom)
O propósito dos dons: proveito e edificação do corpo (cf 1 Cor. 10:24; 14:12; Ef 4:12-
14)
não para proveito pessoal (1 Cor 14:4; 1 Pd 4:10)
v. 7 “manifestação”—“anúncio”. Dificil distinguir se:
a. o Espírito anuncia/ manifesta
b. o Espírito anunciado/ manifestado
v. 7 “proveitoso” algo que traz proveito ou vantagem (comp. 7:35; 10:33)
v. 8 “palavra de sabedoria”—“discernimento de verdades doutrinárias” (BKN)
comp. Paulo em 2:6
comp. sabedoria, uma preocupação coríntia/grega
v. 8 “palavra do conhecimento”—“habilidade de aplicar verdades à vida” (BKN)
comp. Paulo em 12:1-3; 11:3
conhecimento da verdade em Jesus (PRIOR, 214)
comp. conhecimento, preocupação coríntia/grega
v. 9 “fé”—“uma confiança em Deus extraordinariamente além da maioria dos crentes
(e.g. 13:2)” (BKN)
 não se trata de fé salvadora.
 Uma pessoa que tem “confiança que Deus vai agir em situações
aparentementes impossíveis” e transmite essa confiança à igreja (PRIOR,
216).
v. 9 “dons de curas”—“a capacidade de restaurar saúde (e.g. Atos 3:7; 19:12) e
temporariamente adiar a morte (Atos 9:40; 20:9-10)” (BKN)
 obs. ambos pl. “dons de curas”
 PRIOR acha que ainda presente e inclue cura de todo tipo de enfermidade
(e.g. emocional, mental).
v. 10 “operações de milagres”—“possivelmente exorcismo de demônios (Atos
19:12), causando deficiência física (Atos 3:11) ou até morte (Atos 5:5,9)” (BKN)
 lit. “operações poderosas”
 (PRIOR, 219) como visto no ministério de Jesus que “impressionou as
pessoas com um poder surpreendente e extraordinário” talvez incluindo
exorcismo e libertação das garras das forças demoníacas (PRIOR, 219).
v. 10 “profecia”—veja MORRIS, 138,
 Trata bem o contexto do assunto—a importante função do profeta antes da
dessiminação das Escrituras. Ao mesclar o dom de ensino com profecia por
ter semelhança nas funções, MORRIS incorretamente sugere que este dom
permanece no presente.
Comparação entre o profeta e o pastor
a. Função do profeta:
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- receptor da palavra de Deus (por meio de revelação específica)
recebida diretamente (sobrenatural): voz, visão, sonho
incluia prever o futuro
- comunicador da Palavra de Deus
transmitida autoritativamente: absoluto
- portanto, avaliado absolutamente: completamente verdadeiro ou senão
completamente rejeitado
b. Função do pastor:
- receptor da Palavra de Deus (entre todos os irmãos que tenham as
Escrituras em mãos)
recebida por meio de estudo (forma natural)
- comunicador da Palavra de Deus
sendo ele um irmão entre os demais que explica ou expõe a Palavra de
Deus.
transmitida baseada na autoridade das Escrituras
Comparação: apesar das semelhanças, são dons distintos
1. o elemento sobrenatural na origem profética:
 visto por incluir predição do futuro
(obs. apesar que não seja limitada somente à predição, comp.
14:3)
 visto na forma de avaliação (note “julguem”—14:29)
2. o elemento sobrenatural no caráter profético:
 visto na mensagem específica e local
 visto na autoridade baseada no ofício da pessoa—por ser
profeta.
 obs. A autoridade pastoral procede do testemunho
(irrepreensivel) da pessoa—ele é respeitado devido sua
sabedoria, piedade e conhecimento de Deus. Ele fala das
Escrituras e é avaliado segundo as Escrituras. O profeta
geralmente falava extra-biblicamente e, apesar de ser
examinado pelas Escrituras existentes (já revelado), sua
reputação inteira dependia no cumprimento exato dos
elementos futuros.
Conclusão:
A profecia é “a habilidade, como no A.T., de declarar a mensagem divina ao
Seu povo (1 Cor 14:3)” (BKN). Por outro lado, há uma linha de
pensamento, errôneo, que resume a profecia ao ato de “proclamar algo de
Deus.” Assim sendo, passa a definir as função tão vaga, que perde seu
sentido sobrenatural possibilitando afirmar que o pastor ainda cumpre esse
papel profético. É interessanto notar outro ofício vetero-testamentário
responsável primáriamente ao ensino—o sacerdócio. Não se confunde o
sacerdote e o profeta. Portanto não deve confundir estes com o ministério
pastoral.
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v. 10 “discernimento de espíritos”—Este dom se relaciona com profecia. Se trata do
“dom de distinguir a Palavra de Deus proclamado pelo profeta legítimo do
decepcionador satânico (cf. 2 Cor 11:14-15; 1 Jo 4:1). Se os coríntios possuiam este
dom (cf. 1 Cor. 1:7), não estavam pondo o em prática (cf. 12:1-3)” (BKN).
PRIOR—“capacidade de reconhecer a fonte de onde procede determinada
manifestação espiritual” (PRIOR, 221) sendo que parece haver três possiveis
fontes: o Espírito Santo, o espírito humano ou espíritos malignos (PRIOR, 221).
v. 10 “variedade de línguas”—aqui claramente se trata de idiomas.
“variedade” genh “raça, linhagem” (comp. o Port.—“gênero”)
1. descendentes;
2. família, parentes;
3. nação, povo;
4. classe, tipo, variedade (cf. Mt 13:47 “peixes”; Mt 17:21).
cf. 12:28; 14:10
 Este dom é definido como—“A habilidade de falar em um idioma viva,
porém desconhecida” (BKN) comp. Atos 2.
 O balbúcio chamado “línguas” praticado na atualidade não tem classificação
nem “variedade.” O melhor que se pode dizer é que todas sejam uma única
“classe”—linguagém de anjos; tentativa desesperadamente fútil.
Quanto à permanência destes dons:
Concorda-se com LOWERY (em BKN) ao comentar—“Exceto o dom de fé, todos
estes dons parecem ser confirmatórios e dons fundamentais para o estabelecimento da
igreja (cf. Heb. 2:4; Ef. 2:20) e eram, portanto, temporários” (BKN, ad. loc).
PRIOR (220) aceita a permanência destes dons na atualida. Mesmo assim ele ressalta
que estes dons devem ser exercidos dentro do contexto da igreja local, sendo que está
fora da abrangência Bíblica um “ministério” itinerante como “se fossem
especialistas” operando autônomos da igreja local.

v. 11 “distribuindo” comp. Lc 15:12—propriedade; Jos 18:5


 cf. v. 4 o subst.;
 Aqui implica soberania por parte do Distribuidor/ Doador (comp. tb. “apraz”
bouletai)
- Não há lugar para o indivíduo escolher nem buscar um determinado dom
(BKN).
- Parece equívoco afirmar serem “disponíveis a qualquer membro...
distribuídos pelo Espírito...”(PRIOR, 221).
 Também implica individualidade do beneficiado (“individualmente”)
 Também implica diferenças na dádiva (“cada um”).
 A ênfase do Texto não está nas variedades dos dons mas na única Fonte
ou Doador.
“Espírito” ocorre 6 x nos vs. 7-11
- esta única fonte, implica união entre os diferente indivíduos receptores.

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 Observação: O corpo de Cristo, a Igreja, não sendo uma “religião”
propriamente dita, não coloca os seus adeptos em um molde único. Existe
em união sem exigir unanimidade.
O Corpo: unidade e diversidade
LOWERY (em BKN) observe que o v. 12 resume o resto do cap. 12.
a. o corpo humano é uma unidade (v. 13)
b. o corpo humano contém muitas partes, com uma diversidade necessária entre os
membro (v. 14-20)
c. As partes do corpo trabalham juntos como um, sendo que há um dependência
mútua ao passo que cada parte cumpre o seu papel importante (v. 21-26)
 Da mesma forma, o corpo de Cristo há uma diversidade das partes funcionando
juntos (v. 27-30).

v. 13 Importância teológica: É o texto principal acerca do Batismo do Espírito


Santo (RYRIE, T.B., 420ss):
 obs.: para o termo “batismo” veja 10:2 (lembra que a interpretação de Morris
sofre por não ser batista)
 comp. tb. PRIOR “Documentos gregos seculares daquela época falavam de
um navio submerso como estando ‘batizado’” (PRIOR, 224).
O ministério do Espírito Santo: “em... Espírito” (12:13)
Os teólogos fazem muito esforço decidir o significado de “em... Espírito.”
Opções gramaticais:
a. “em” no sentido de “para dentro,” i.e. local figurativo
Postos para dentro do meio do Espírito
MORRIS, citando Mt. 3:11 (MORRIS, 139)
b. “em” no sentido de “por,” i.e. agente
O Espírito Santo é quem batiza.
c. “em” no sentido de “com” i.e. meio figurativo.
Semelhante ao “a” acima.
PRIOR faz muito questão do “em... Espírito” ao ponto de literalmente omitir
comentário no “em...corpo.” Ele diz que en—
“poderia ser traduzida por “com” um só Espírito. Tal possibilidade
coloca, portanto, o versículo em alinhamento com as seis outras
passagens nos evangelhos e em Atos onde ser batizado com/ em o
Espírito é apresentado como obra distinta de Jesus. Jesus é o batizado; o
Espírito Santo é o “elemento” no qual todos os cristãos são batizados”
(PRIOR, 224).
LOWERY parece sugerir aspectos de todos—“(O Espírito) era também o meio
no qual, pelo qual e com qual (possíveis traduções da preposição Grg en; cf. Mt
3:11) a união existe” (LOWERY em BKN).

A Abrangência do Batismo: “todos nós” (12:13)


1. não é limitada a aspectos naturais (relacionados a preconceitos humanos)
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esp. no contexto etnia ou cultura; posição social
2. não é limitada a variações espirituais
toda pessoa “batizada” está no único corpo, o corpo de Cristo, a igreja.
Portanto, não se trata de níveis de crescimento espiritual, maturidade,
espiritualidade, ofício da igreja.
No que se trata do Corpo de Cristo, não há excessão da obra descrita neste
vs.
Quem faz parte do “nós” (crentes), é participante (veja Rom 8:9).
O Tempo do Batismo: “fomos batizados” (12:13)
Este é o verbo principal do vs.
Observar a conjugação deste verbo é de suprema importância no que se trata
do pentecostalismo (e seus descendentes). O verbo está no AorPass. Nota-se os
dois elementos:
1. Aor: um ato simples, geralmente no passado
 Nota-se que Paulo indica que o batismo ocorreu no passado. É um ato
simples sem indícios de ser repetitiva. Não é algo esperado a acontecer,
nem algo que deve está acontecendo ou que acontecia.
 Pelos requerimentos (“todos nós”), indentifica-se que ocorre no ato de
conversão (cf. Rom 8:9)
 obs. PRIOR (225) é um caso clássico de confusão teológica que levou
ao Pentecostalismo, estando desnorteado quando afirma “Paulo apela
não a um simples acontecimento, mas a uma experiência na vida de
cada cristão coríntio... Precisamos hoje lembrar, uns aos outros, de
esperar em Jesus, o batizador, como a pessoa que anseia por nos
introduzir cada vez mais profundamente na realidade do poder e da
presença do Espírito. Não se trata de uma experiência especial que
dever ser imposta a todos; mas de uma realidade que dever ser
experimentada, e essa experiência pode ser contínua e diária.... Não
devemos permitir que o medo de experiências erradas ou superficiais
impeça que tomemos posse daquilo que pertence, por direito, à igreja
desde o Pentecost até hoje: ‘todos foram cheios com o Espírito Santo’.”
PRIOR confunde conceitos e mistura a verdade com o erro.
1. Certamente como ele afirma o batismo do Espírito traz uma
mudança definitiva na vida do crente, porém esta não é a
ênfase do Texto.
2. o grg. tem meios melhores de comunicar o que PRIOR quis
que dissesse e não o que o grg. diz. O verbo no imperf. seria
ideal para PRIOR ou até daria para expremê-lo do perf. ou
pres. Só que o texto traz o aor.—algo que aconteceu; não que
“estava acontecendo”; nem que “estava sendo acontecido/
aconteceu com efeitos contínuos”, quanto menos que “está
acontecendo.”

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[obs. Dependendo do contexto o Aor. pode ser algo que
acontece como padrão geral (ou normal). Porém mesmo este
uso não contribuiria à causa Pentecostal].
3. Ele também confunde o batismo e o encher do Espírito Santo.
Esta é uma indefinição geral que leva ao Pentecostalismo. Ele
corretamente repreende a busca humana do batismo, busca esta
sendo errada, porém o batismo como ato identificadora não se
pode ser “mais” ou “menos” profundo. Não existe em niveis
variáveis (i.e. cidadania tem ou não tem; não é progressivo). A
citação de Atos (2:4) fala do encher do Espírito Santo, não do
batismo (que ocorre em Atos 2:2-3) (veja Franklin, súmula
“Análise de Atos”, ad. loc).
2. Voz passiva: significa que o sujeito recebeu a ação do V.; ele não executou a
ação.
 O sujeito crente (“nós”) tem nada a ver com a execução da ação
(batismo). Não provém da vontade dele nem deve ser buscado por ele.
 Em prática, o movimento Pentecostal desde seu nascimento cai por terra
neste único detalhe. Sempre houve neste meio uma busca intensa por
parte do fiel para um “segunda bênção,” busca esta que levou a
extremos gemidos e fases emocionais para alcança-la.

“em...corpo” ei~ uma tradução possivel mas perde a força (e distinção de “em”
en, acima )
lit.—“para dentro”. Idéia de movimento. Esta prep. apoia:
1. a idéia de imersão (apesar que este texto não se trata de batismo nas
águas)
2. a idéia de transferência. O ato (resulta ou tem o efeito de) “põe a
pessoa dentro um corpo” (BAGD).
O Batismo do Espírito Santo é: o ato (do Espírito Santo) ao identificar a
pessoa para dentro do Corpo de Cristo no passado, isto é no momento de
conversão. É feito apenas uma só vez e e em todos os crentes.
 Atos 1:5; 2:1-10; 11:15,16 mostram que ocorre pós-Pentecostes, i.e. não
no A.T.
 Rm 6:1-10 e Cl 2:12 também mostram que une o crente com Cristo e
Sua crucificação.

v. 13 “beber” cf. Jo 4:14; 7:38-39. Figura de linguagem para “participar.”


v. 18 nuni não traduzida pela ARA. Melhor—“Mas, de fato/agora Deus...]; comp. v.
20 “o certo”
1. tempo presente
2. a situação como se trata no momento dado “como de fato” (BAGD).
v. 18 “aprouve” qelw “vontade” comp. v. 11

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Deus coloca cada um como Ele quer. Cada crente tem um dom de Deus. Não
devemos pensar que alguns dons são “sobras” para irmãos menos especializados
ou que há uma categoria para “o resto.”
 Deus é soberano.
 Deus concede.
 Cada um recebe a sua função específica.
v. 19-20 “membro”—parece que se trata de categorias (de dons) e não indivíduos.
v. 20 “o certo” veja vs. 18 “Mas, de fato há...”
v. 21 veja MORRIS, 141
v. 24 “Contudo” contraste forte
v. 24 “coordenou” cf. Heb 4:2 (veja MORRIS, 142)
v. 25 Propósito da diversidade: não divisão mas cuidado para o bem mútuo

Com Respeito aos Coríntios (v. 27-31)


v. 28 “primeiramente... segundo... terceiro... depois... depois” significa honra (veja
MORRIS) e portanto prioridade e preferência. Isto combina com ambos o contexto
histórico e o contexto literário. Note que havia em Corinto uma ênfase demasiada
nos dons espetaculares (esp. línguas) e Paulo passa a elevar a importância dos dons
que trazem mais ampla edificação (14:1-4). No contexto literário note 12:31; 14:1.
PRIOR (231) perde toda noção quando diz—“As expressões primeiramente, em
segundo lugar e depois... podem se referir à prioridade cronológica mais do que
à importância” (PRIOR, 231). No rodape (#66, pág. 239) ele rebate MORRIS
(pág. 143) alegando que a lista de Efésios é diferente (e aí?) e “a idéia de dons
superiores não se encaixa muito facilmente no contexto de Paulo nestes
capítulos.”
 obs. PRIOR interpreta 12:31 no indicativo* (“vós estais procurando...”)
assim sendo uma repreensão daquilo que os coríntios estavam fazendo.
Por outro lado ele viola a força do “e” (kai) ao impor como se fosse uma
conjução de contraste.
*opção legítima, pois a conjugação é a mesma
 Em respeito 14:1 ele não comenta além “do valor especial da profecia”
(PRIOR, 253).
v. 28 “operadores de milagres”. lit. “poderes, abilidades”
cf. 12:10 onde há a palvra “operações”
v. 31.a “procurai, com zelo” traduz uma única palavra zhloute
1. Conjugação:
a. PresIndicativo: é isto que estão fazendo, mas não deviam
b. PreImperativo: devem fazer isto (como na ARA)
2. Definição: (cognato no Port.—“zelar”)
a. Negativo: cheio de inveja cf. 13:4
b. Positivo: buscar, desejar, procurar
3. Interpretação:
a. Endereçado aos indivíduos
TMF. Natal, SIBB. Análise de 1 Coríntios: cap. 12, v. 2008.1 p. 12
Alguns entendem aqui que os crentes devem buscar exercer os melhores
dons
b. Endereçado à igreja
A igreja como um corpo deve buscar ter os melhores dons no seu meio.
O soberano Dispenseiro dos dons diversifica os membros do corpo (vs.
12ss).
c. Genérico
Deve-se valorizar mais a função dos melhores dons.
À luz do ensino da primeira parte do capítulo que os dons são distribuidos
soberana (vs. 1ss) e diversamente (vs. 12ss).
v. 31.a “os melhores dons”
 No contexto, o “melhores dons” são profetas e mestres em 2º e 3º lugar e
“línguas” em penúltima lugar, só a frente de interpretação, sendo isto obvio
pois é logicamente após o exercer de línguas.
 comp. 14:1, 39.
 Não se tratam dos dons “mais maravilhosos” (e.g. línguas) mas a ordem
identificada no contexto—vs. 28-30) (MACARTHUR, 325).

1.3 Apêndice
Línguas de 1 Cor 12 parecem ser idiomas
veja apostila cap. 14.

TMF. Natal, SIBB. Análise de 1 Coríntios: cap. 12, v. 2008.1 p. 13

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