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Objectivo específico:
• Balanço
• Demonstração de Resultados
• Demonstração dos Fluxos Monetários
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do sistema de solidariedade e de segurança social devem dispor com vista a captarem
as actividades económicas que desenvolvem e a sua situação financeira. As contas
que integram as classes 1 a 5 dizem respeito às contas de balanço, as classes 6 a 8 às
contas de resultados.
3.1. Balanço
Esquematicamente:
Balanço
1º membro 2º membro
2
Património Líquido
Activo:
Traduz-se nos elementos patrimoniais activos, que correspondem a bens
ou direitos possuidos ou controlados pela instituição e dívidas a receber
resultantes de operações efectuadas no passado e que se poderão traduzir no
futuro em benefícios económicos.
Passivo:
Traduz-se nos elementos patrimoniais passivos, que correspondem a dívidas
ou encargos a pagar resultantes de operações passadas.
Esquematicamente:
Balanço
1º membro 2º membro
Aplicações Origens
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Activo Fundos Próprios e Passivo
Activo Imobilizado Fundos Próprios
Passivo de Médio/Longo
Prazo
Activo Circulante
Passivo de Médio/Longo
Prazo
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As rubricas estão ordenadas por ordem natural das aplicações de capitais (e
também por ordem crescente de liquidez, isto é, da sua capacidade de serem
convertidos em dinheiro), pelo que surgem no início as imobilizações
incorpóreas e em particular as despesas de instalação da instituição. Depois, as
restantes rubricas dos imobilizados (corpóreos e investimentos financeiros), e os
activos circulantes.
– Aplicações:
– Origens:
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1 ano.
Análise do Balanço
Liquidez Contabilística:
Imobilizado Líquido
Incorpóreo Bruto
Corpóreo Bruto
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- Amortizações Acumuladas
Investimentos Financeiros
- Provisões para invest. financeiros
Activo Circulante
Existências
Dívidas de Terceiros – Médio e Longo Prazo
Dívidas de Terceiros – Curto Prazo
Clientes
Utentes
Títulos Negociáveis
Depósitos em Instituições Financeiras e Caixa
Total do Activo
Património
Doações
Subsídios
Reservas
Resultados Transitados
Resultado Líquido do exercício (retido)
Total dos Fundos Próprios
Provisões para Riscos e Encargos
Dívidas a Terceiros – Médio e Longp Prazo
Dívidas a Terceiros – Curto Prazo
Dívidas a Fornecedores
Dívidas ao Estado
Total do Passivo
Total do Capital Próprio e do Passivo
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Normalmente, essa evidência é efectuada tendo em conta:
O princípio
1
De acordo com o “Princípio da especialização” (legislação de apresentação do POCISSSS,
p. 541), os proveitos e os custos são reconhecidos quando obtidos ou incorridos,
independentemente do seu recebimento ou pagamento, devendo incluir-se nas demonstrações
financeiras dos períodos a que respeitam.
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São os quadros demonstrativos dos resultados apurados pela
instituição, evidenciando os custos e os proveitos segundo a natureza dos
elementos de proveitos e custos.
Que tipo de resultados ? Os mais importantes para apreciar a
situação económica da instituição:
Resultado financeiro
Resultado extraordinário
PROVEITOS E GANHOS
Proveitos e Ganhos Operacionais
Proveitos e Ganhos Financeiros
Proveitos e Ganhos Extraordinários
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CUSTOS E PERDAS
Custos e Perdas Operacionais
Custos e Perdas Financeiros
Custos e Perdas Extraordinários
Imposto sobre o rendimento do exercício
Resultado Líquido
Indicadores associados
Proveitos Operacionais
Resultados Operacionais = -
Custos Operacionais
Resultados Operacionais
Resultados Correntes = +
Resultados Financeiros
Resultados Correntes
Resultados Antes de Impostos = +
Resultados Extraordinários
Resultados Antes de Impostos
Resultado Líquido = -
Imposto sobre o rendimento
Elementos e descrição
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• Neste caso, os custos e proveitos são agregados por funções, evidenciando os
custos das funções clássicas das organizações (produção, distribuição,
administrativa e financeira). A afectação dos custos em termos funcionais (custo
das vendas, administrativos, de distribuição) exige a utilização de uma
classificação complementar, ou seja, um sistema de contabilidade interna ou
analítica (ou de gestão).
Vendas
Prestação de serviços
Impostos e taxas
Variação da produção
Trabalhos para a própria entidade
Proveitos suplementares
Transferências e subsídios correntes obtidos
Outros
Proveitos operacionais totais
Mercadorias
Matérias
Fornecimentos e Serviços Externos
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Custos com Pessoal
Transferências correntes concedidas e prestações
sociais
Outros Custos Operacionais
Custos Operacionais Totais
Result. Antes Jur., Imp., Amort. (RAJIA)
Amortizações do Exercício
Provisões do Exercício
Resultados Operacionais
Resultados Extraordinários
Result. Antes Jur. e Imp. (RAJI)
Resultados Financeiros (Juros)
Resultados antes de Impostos
Imposto sobre o Rendimento
Resultado Líquido
Na Demonstração dos Fluxos Monetários (DFM) (ou dos fluxos de caixa) faz-se a
síntese entre todos os recebimentos e pagamentos anuais da instituição, relativos
aos seus três tipos de decisões: operacionais (actividades normais de
funcionamento), de investimento (aquisição de terrenos, edifícios ou equipamentos)
e de financiamento (obtenção do dinheiro necessário à realização dos investimentos
e das actividades operacionais). Deste modo, torna-se possível o esclarecimento da
natureza das entradas e saídas em dinheiro na instituição.
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Demonstração de Resultados, uma vez que vem preencher uma lacuna
informativa mostrando qual a variação dos meios monetários (disponibilidades
monetárias) num dado período e o que a originou. Pode, com efeito, acontecer
que instituições apresentem saldos anuais positivos na Demonstração de
Resultados, passando por dificuldades financeiras e vice-versa. Melhora assim a
possibilidade de uma apreciação quantitativa do resultado do exercício.
Fluxos Monetários
Actividades operacionais:
Actividades de investimento:
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Actividades de financiamento:
Assim:
Fluxos operacionais:
Aos resultados líquidos reúnem-se as amortizações e as provisões, e ajustam-se as
variações nos activos e passivos correntes (que correspondem a diferimentos nos
recebimentos e nos pagamentos relativamente às receitas e às despesas realizadas);
Fluxos investimento:
Consideram-se também estes fluxos, que envolvem alterações nos activos de
capital: aquisição de activos fixos e vendas de activos fixos
Fluxos financiamento:
E consideram-se ainda os fluxos em dinheiro para os credores e os fluxos em
dinheiro dos credores e da instituição, que incluem variações na dívida e nos fundos
próprios.
É a rubrica mais importante que se pode obter a partir dos documentos financeiros.
O que importa em finanças é o dinheiro recebido ou pago. Este documento explica
a variação anual desse valor.
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Exemplo de Demonstração dos Fluxos Monetários (rubricas mais
comuns)
1º Demonstração de Resultados
2º Demonstração dos Fluxos Monetários
3º Balanço
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actividades de funcionamento operacional, de investimento e de financiamento da
instituição.
3º Balanço (B)
Os valores das diferentes rubricas do B serão obtidos a partir da DFM (ver quais
as rubricas no modelo de B a seguir) e da DR (o Resultado Líquido do
exercício), anteriormente já construídas.
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Exemplos numéricos dos 3 Documentos Financeiros (e da sua construção articulada)
Pressupostos
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◦ Variação das dívidas de Curto Prazo (a bancos) 94,6
Para o Balanço:
2005
Imobilizado Líquido
Incorpóreo Bruto 20
Corpóreo Bruto 400
- Amortizações Acumuladas 100
Investimentos Financeiros 50
- Provisões para invest. financeiros 10
Activo Circulante
Existências 50
Dívidas de Terceiros – Curto Prazo
Clientes 40
Utentes 50
Depósitos em Instituições Financeiras e Caixa 100
Total do Activo 600
Património 200
Resultados Transitados 80
Resultado Líquido do exercício 5
Total dos Fundos Próprios 285
Provisões para Riscos e Encargos 10
Dívidas a Terceiros – CP 165
Dívidas a Instituições de Crédito 100
Fornecedores 30
Outros Credores 10
Total do Passivo 315
Total dos Fundos Próprios e do Passivo 600
Resultados
2006
Vendas 80
Prestação de serviços 120
Transferências e subsídios correntes obtidos 60
Proveitos operacionais totais 260
Mercadorias 96
Fornecimentos e Serviços Externos 30
Custos com Pessoal 20
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Outros Custos Operacionais 10
Custos Operacionais Totais 156
Result. Antes Jur., Imp., Amort. 104
Amortizações do Exercício 30
Resultados Operacionais 74
Resultados Financeiros - 35
Resultados antes de Impostos 39
Imposto sobre o Rendimento -15,6
Resultado Líquido 23,4
2006
Fluxos monetários das actividades operacionais
Resultado Antes de Juros e Impostos 74
Amortizações 30
Variação de
Valores a receber (dívidas de utentes) -10
Valores a receber (dívidas de clientes) -10
Existências -10
Valores a pagar (dívidas a fornecedores) 10
Pagamento de Impostos -15,6
Total 68,4
Fluxos monetários de investimento
Aquisição de activos fixos (instalações e -90
equipamento) -90
Total
Fluxos monetários de financiamento
Variação das dívidas de Curto Prazo 94,6
Pagamento de Juros de Médio e Longo Prazo -35
Total 59,6
Variação de disponibilidades 38
2005 2006
Imobilizado Líquido
Incorpóreo Bruto 20 20
Corpóreo Bruto 400 490
- Amortizações Acumuladas 100 130
Investimentos Financeiros 50 50
- Provisões para invest. financeiros 10 10
Activo Circulante
Existências 50 60
Dívidas de Terceiros – Curto Prazo
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Clientes 40 50
Utentes 50 60
Depósitos em Instituições Financeiras e Caixa 100 138
Total do Activo 600 728
Património 200 200
Resultados Transitados 80 85
Resultado Líquido do exercício 5 23,4
Total dos Fundos Próprios 285 308,4
Provisões para Riscos e Encargos 10 10
Dívidas a Terceiros – MLP 165 165
Dívidas a Terceiros – CP - -
Dívidas a Instituições de Crédito 100 194,6
Fornecedores 30 40
Outros Credores 10 10
Total do Passivo 315 419,6
Total dos Fundos Próprios e do Passivo 600 728
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4. Medidas de desempenho económico-financeiro
Objectivo específico:
Muito importante é procurar avaliar os benefícios dos programas sociais realizados, o que
deverá incluir a avaliação do “capital social” de uma instituição (liderança,
conhecimento, relações com outras entidades).
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poderá ser em parte subjectiva, mas é a medida de valor mais importante destas
instituições.
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A análise da estrutura das despesas poderá revelar, por exemplo, a importância
relativa dos custos de pessoal nos custos totais da instituição, a importância do
consumo de outros recursos na prestação de serviços do programa social ou a
importância dos serviços de apoio (por exemplo, serviços de angariação de fundos
ou administrativos).
- A evolução da actividade
- A eficiência da gestão
- A evolução das origens e aplicações de fundos
- O equilíbrio liquidez versus exigibilidade
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Ora, é suposto que a instituição deva gerir os recursos obtidos de modo a criar os
benefícios sociais requeridos.
Este rácio mede os custos dos “inputs” das actividades ou serviços prestados.
Rácios de rendibilidade
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actividades dos programas sociais. Para estas actividades, é comum comparar o lucro
realizado com a dimensão da actividade. Por exemplo:
• Endividamento
Esta medida indica que parte dos activos é financiada pelos fundos alheios.
Esta medida indica o peso dos Fundos Próprios no total dos fundos.
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A definição mais simples de “solvabilidade financeira” é serem positivos os activos
líquidos. Porém, as organizações não lucrativas poderão ser viáveis com activos
líquidos negativos, uma vez que muitos activos importantes não são registados ou são
subavaliados no sistema financeiro (como os valores menos tangíveis dos benefícios
sociais, o valor do “staff” existente ou da “expertise” desenvolvida na instituição).
Rácios de liquidez
• Liquidez Geral
• Liquidez Reduzida
• Liquidez Imediata
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Liquidez Imediata = (Disponibilidades + Títulos Negociáveis) / Passivo de curto
prazo
Rácios de cobertura
* No numerador destes rácios pode ser considerado o valor total dos “meios
libertos brutos de exploração”, que corresponde à soma do Resultado
Operacional com as Amortizações e as Provisões do exercício.
Rácios de rotação
PMR = (Valor médio das Dívidas de Utentes (ou Clientes) / Valor dos serviços
prestados (ou Vendas)) x 12
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• Prazo de médio de armazenagem (PMA, em meses)
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