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Conceitos Iniciais

•Contabilidade - Conceito
É a ciência que permite, através de suas técnicas, um controle
permanente do patrimônio das empresas” (Osni Moura Ribeiro).

“É a ciência que estuda e pratica as funções de orientação de controle


e de registro relativas à administração econômica” (1º Congresso
Brasileiro de Contabilidade).

“É a ciência que adota uma metodologia especialmente concebida


para captar, registrar, acumular, resumir e interpretar os fenômenos
que afetam as situações patrimoniais, financeiras e econômicas de
qualquer ente, seja este pessoa física, entidade de finalidades não
lucrativas, empresas, mesmo aquelas de Direito Público, tais como
Estados, Municípios, União, autarquias, etc.”
(Equipe da USP).
•Legislação
- Lei 6.404/76, de 15 de dezembro de 1976.
- Lei 11.638/07, de 28 de dezembro de 2007.
- MP 449/08, de 3 de dezembro de 2008.
-Lei 11.941/09, de 27 de maio de 2009.

•Funções da Contabilidade
-Função Administrativa: Controlar o patrimônio tanto sob o aspecto
estático quanto o dinâmico.

- Função Econômica: Apurar o resultado (redito), isto é, apurar o lucro ou


prejuízo da entidade.
• Finalidade/Objetivo:

A finalidade da Contabilidade, que também pode ser entendida


como seu principal objetivo, é fornecer informações às pessoas ou
entidades interessadas sobre as situações patrimonial e
econômica da entidade.
• Técnicas Contábeis

- Escrituração;

- Demonstrações Contábeis;

- Auditoria; e

- Análise de Balanço.
• Escrituração - É o registro sistemático, em livros próprios, de
todos os fatos administrativos que modifiquem o patrimônio.
Registros estes efetuados a partir de documentos idôneos como
contas, recibos de aluguel, notas fiscais etc... A escrituração inicia-
se pelo livro DIÁRIO.
• Demonstrações contábeis - São extratos gráficos de situações estáticas do
patrimônio ou parte específica do patrimônio relativo a determinado lapso de tempo.
As Demonstrações Contábeis exigidas pela Lei 6.404/76 (Art. 176 e 186 § 2) são
as seguintes:
- Balanço Patrimonial (BP);
- Demonstração do Resultado do Exercício (DRE);
- Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) que poderá estar
inclusa na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL);
- Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC); e
- Se companhia aberta, Demonstração do Valor Adicionado (DVA).
OBS.: A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço,
inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e
publicação da demonstração dos fluxos de caixa. (Redação dada pela Lei nº
11.638,de 2007)
• Auditoria - Técnica especializada da contabilidade que consiste
em verificar e atestar através de “Parecer”, se as Demonstrações
Contábeis refletem a realidade do patrimônio.
Subdivide-se em:
- Auditoria Interna: É aquela realizada por um contador, o qual é
funcionário da entidade auditada.
- Auditoria Externa: Também chamada de auditoria independente, é
aquela realizada por um profissional liberal, o qual também é
contador, mas, além do contrato de prestação de serviços de
auditoria, não deve possuir vínculo com a entidade auditada.
- Auditoria Fiscal: É aquela realizada por funcionário público, não
necessariamente contador, cujo objetivo é a fiscalização de tributos.
• Análise de Balanço - É a técnica especializada da
contabilidade que busca, através de índices de análise
em Demonstrações Contábeis de períodos consecutivos,
demonstrar situações específicas (solvência, liquidez,
imobilização do Capital, Giro de Estoques etc...).
(Agente da Polícia Federal – 2004) Julgue o item abaixo:

( E ) As demonstrações contábeis obrigatórias incluem o


balanço de lucros ou prejuízos acumulados, que representa a
variação do lucro/prejuízo acumulado, ao considerar o
resultado do exercício.
(Auditor Fiscal da Receita Federal Brasil – ESAF – 2009 -
Adaptada) A Lei n. 6.404/76, com suas diversas atualizações,
determina que, ao fim de cada exercício social, com base na
escrituração mercantil da companhia, exprimindo com clareza a
situação do patrimônio e as mutações ocorridas no exercício, a
diretoria fará elaborar as seguintes demonstrações financeiras:
balanço patrimonial; demonstração dos lucros ou prejuízos
acumulados; demonstração do resultado do exercício;
demonstração das origens e aplicações de recursos;
demonstração dos fluxos de caixa; e, se companhia aberta,
demonstração do valor adicionado. ( E )
• Campo de Aplicação
É vasto o campo de atuação da contabilidade, ele
abrange todas as entidades econômico-administrativas,
inclusive as pessoas jurídicas de direito público (União,
Estados, Municípios, Autarquias...).

Entidades econômico-administrativas – São


organizações que reúnem pessoas, patrimônio, titular,
ação administrativa e fim determinado (também
conhecidas como AZIENDAS). Segundo o fim a que se
destinam podem ser:
• INSTITUIÇÕES podem ser: SOCIAIS (visam o bem-
estar social da coletividade. Ex: Asilos, Associações
recreativas e esportivas, hospitais beneficentes) ou
SOCIOECONÔMICAS (Tem interesse no aspecto
econômico da entidade, porém reverte em benefício da
coletividade a que pertencem. Ex: Institutos de
aposentadorias, pensões, previdências etc).
• EMPRESAS: São entidades econômico-administrativas
que têm finalidade econômica, isto é, visam ao lucro.
segundo a natureza do capital com que são
constituídas, as empresas podem ser:
Públicas = Capital do governo. Ex: CEF, EBCT.
Privadas = Capital de Particulares. Ex. Casas Bahia,
Casas Sendas, etc.
Mistas = Capital do Governo > Capital de Particulares.
Ex. Petrobrás, Banco do Brasil, etc.
• Usuários da Contabilidade
Compreendem todas as pessoas físicas e jurídicas que,
direta e indiretamente, tenham interesse na avaliação da
situação e do desenvolvimento da entidade, como titulares
(sócios, acionistas, administradores, governo,
fornecedores, bancos, etc.)
Patrimônio.
• Conceito
É o conjunto de bens, direitos e obrigações, de uma pessoa física ou
jurídica, avaliado em moeda.
• Bens - São coisas capazes de satisfazer as necessidades humanas e
suscetíveis de avaliação econômica. Sob o ponto de vista contábil, Bem é
tudo aquilo que a empresa possui para usar, consumir ou trocar. Os bens
podem ser classificados de acordo com o modo que forem considerados.
Segundo sua constituição física, os bens podem ser: Materiais ou tangíveis
– possuem corpo, são móveis (dinheiro, veículo...) ou imóveis (casas,
terrenos, ...). Imateriais ou intangíveis – Não possuem corpo, não tem
matéria. São determinados gastos que por sua natureza devem ser
considerados parte do patrimônio. Ex.: Benfeitorias em propriedade de
terceiros, fundo de comércio (ponto comercial), Marcas e Patentes, etc.
• Direitos – Correspondem aos bens da empresa em posse de
terceiros. É tudo aquilo que a empresa tem a receber. Vejamos
como poderemos identificar os direitos de uma empresa:
a) Principal conta que identifica um direito: Clientes.
b) . . . a receber. Ex. Promissórias a receber.
c) Com relação aos impostos: . . . a recuperar.
Ex. ICMS a recuperar.
d) Adiantamentos e empréstimos:
Adiantamentos a . . .
Empréstimos a . . .
Ex. Adiantamentos a Fornecedores
Empréstimos a sócios
• Obrigações – Correspondem aos bens de terceiros
em posse da empresa. É tudo aquilo que a empresa tem
a pagar.
a) Principal conta que identifica uma obrigação:
Fornecedores.
b) . . . a pagar. Ex. Promissórias a pagar.
c) Com relação aos impostos: . . . a recolher.
Ex. ICMS a recolher.
d) Adiantamentos e empréstimos:
Adiantamentos de . . .
Empréstimos de . . .
Ex. Adiantamentos de clientes
Empréstimos de sócios
• Duplicatas
É um título de crédito comercial, usado em vendas a prazo. A
duplicata é emitida pelo fornecedor (aquele que vende a mercadoria
ou serviço a prazo) e deve receber o ACEITE do cliente (assinatura
do cliente na duplicata). É admitida a emissão de uma segunda via
da duplicata, a qual chamamos TRIPLICARA, em caso de extravio
ou retenção por parte do sacado.
• Nota Promissória
Recebe este nome por ser um título de crédito representativo
de uma promessa de pagamento, ou seja, o devedor (emitente
do título) se compromete a pagar ao credor (favorecido ou
beneficiário do título) determinada quantia. Ao contrário da
duplicata, não é um título comercial e sim um título financeiro,
usado normalmente em empréstimos e financiamentos.
• Aspecto Qualitativo e Quantitativo do Patrimônio
• Aspecto qualitativo - refere-se a qualidade, tipo do patrimônio Ex:
Bens ( caixa, mercadorias); Direitos (duplicatas a receber); Obrigações
(duplicatas a pagar).
Aspecto quantitativo refere-se a quantidade ou expressão em
valores monetários do patrimônio. Ex: Bens (caixa = R$1.000,00;
Mercadorias = R$ 15.000,00); Direitos (duplicatas a receber = R$
5.000,00); Obrigações (duplicatas a pagar = R$ 3.500,00).
• Representação Gráfica do Patrimônio
A fim de facilitar a aprendizagem, utilizamos o “T” para representar
graficamente o patrimônio. Do lado esquerdo do T colocamos os bens e
direitos, elementos positivos (ativo) e do lado direito as obrigações, elementos
negativos do patrimônio (passivo).
Características do Ativo:

- Tem que ser um bem ou um direito.


- Tem que ser de propriedade da empresa.
- Tem que ser mensurável economicamente.
- Tem que proporcionar benefício presente ou futuro
AT I V O (Aplicações) P A S S I V O (Origens)
(ELEMENTOS POSITIVOS) (ELEMENTOS NEGATIVOS )
Bens Obrigações

Caixa (dinheiro) Salários a pagar


Estoque de Mercadorias Duplicatas a pagar
Móveis e utensílios Impostos a pagar
Direitos
Duplicatas a receber
Promissórias a receber
• Patrimônio Líquido
Grupo que juntamente com os bens, direitos e obrigações, iguala,
completa a equação patrimonial. É a parte do patrimônio que pertence
aos sócios. É o capital próprio do(s) titular(es), formado pelo capital
inicial, nominal, subscrito, integralizado mais reservas e mais ou
menos, respectivamente, lucro ou prejuízo. No gráfico é colocado
sempre do lado direito, devendo ser somado (ou subtraído) das
obrigações de modo a igualar os elementos positivos (ativo), com os
elementos negativos (passivo).
Balanço Patrimonial

AT I V O P A S S I V O
(ELEMENTOS POSITIVOS) (ELEMENTOS NEGATIVOS )
Bens Obrigações

Caixa (dinheiro) ................... 50 Salários a pagar ............... 100


Estoque de Mercadorias ...... 100 Duplicatas a pagar ........... 30
Móveis e utensílios .............. 200 Impostos a pagar ............. 10
Direitos
Patrimônio Líquido
Duplicatas a receber ............. 50
Promissórias a receber.......... 100 Capital ............................. 300
Lucros Acumulados .......... 60

TOTAL ............................... 500 TOTAL ............................ 500


•Equação Patrimonial

ATIVO – PASSIVO = SITUAÇÃO LÍQUIDA


(Bens + Direito) (Obrigações) ( Capital Próprio )
AT I V O P A S S I V O

- Capital de terceiros
- Capital Bruto - Capital Alheio
- Patrimônio Bruto - Passivo exigível
- Aplicações de Recursos - Origens de terceiros
- Capital Aplicado - Fontes de terceiros
- Recursos de terceiros

Patrimônio Líquido

- Situação líquida
- Capital próprio
- Passivo não-exigível
- Origens próprias
- Fontes próprias
- Recursos próprios
NOTA: O valor do Capital de Terceiros somado ao
Capital Próprio indica o Capital Total a disposição
da empresa, que corresponde ao valor do Ativo.
• Situações Líquidas Patrimoniais

1ª Ativo Maior que o Passivo


A P
(Situação Normal)
A>P SL
PL > 0
Neste caso a situação líquida chama-se:
Situação Líquida Ativa, Positiva, Superavitária, Favorável,
Normal, Riqueza Patrimonial.
• 2ª Ativo Menor que o Passivo
A P
A<P
PL < 0 SL
Neste caso a situação líquida chama-se:
Situação Líquida Passiva, Negativa,
Deficitária, Desfavorável, Passivo a Descoberto
• 3ª Ativo Igual Passivo

Neste caso o Ativo é inteiramente absorvido pelas


A P
Obrigações e a Situação Líquida é inexistente,
tecnicamente chamada Situação Líquida Nula ou
Situação Líquida Compensada.
A=P
PL = 0
• Caso Particular da 1ª Situação Líquida: Ativo = Patrimônio Líquido

Neste caso não há obrigações, a Situação Líquida A SL


é Positiva. (Particularidade da 1ª situação).
A = SL
P=0
• Caso Particular da 2ª Situação Líquida: Situação Líquida = Passivo

Neste caso, não há Ativo, apenas


Obrigações, a Situação Líquida SL P
é Negativa.
P = SL
A=0
• Situação Líquida Patrimonial Impossível

Patrimônio Líquido maior que Ativo (pois não pode haver origem sem
aplicação).
•Origens e Aplicações de Recursos
O início da formação do Patrimônio é o Capital Inicial, como já vimos,
também chamado capital nominal, subscrito, integralizado ou seja, o capital
do proprietário, mais as suas evoluções (Lucros e Reservas) que pode ser
complementado por outros capitais de terceiros que são obrigações para a
empresa porque terá que pagar, devolver esses capitais. Dessa forma
podemos resumir:
As origens dos recursos são: Capitais de Terceiros = Obrigações e os
Capitais Próprios = Patrimônio Líquido (Capital Nominal + Reservas +
Lucros)
•Principais elementos do Patrimônio Líquido
- Capital Social ou Capital Nominal ou Capital Inicial
- Reservas
- Lucros ou Prejuízos Acumulados
Nota: O valor da conta Lucros ou Prejuízos Acumulados será apurado a partir do
confronto entre as Receitas e Despesas na Demonstração do Resultado do
Exercício. Sendo que no Balanço Patrimonial elaborado no final do Exercício
Social, só poderá figurar os Prejuízos Acumulados, já os Lucros Acumulados serão
distribuídos segundo o que preconiza o Art. 189 da Lei 6.404/76 com suas
respectivas alterações:
Art. 189. Do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer
participação, os prejuízos acumulados e a provisão para o Imposto sobre a Renda.
Parágrafo único. o prejuízo do exercício será obrigatoriamente absorvido
pelos lucros acumulados, pelas reservas de lucros e pela reserva legal, nessa
ordem.
(Escrivão da Polícia Federal – 2004) Julgue o item abaixo:

( E ) O patrimônio líquido deve apresentar o registro dos bens e


direitos da empresa.
• Método das Partidas Dobradas
Modo de escriturar os valores de formação e alterações do
patrimônio.
De uso universal, foi exposto publicamente, pela primeira vez em 1494,
pelo Frade Franciscano LUCA PACIOLI e consiste, basicamente, no duplo
registro do mesmo recurso, mostrando sua aplicação (elemento devedor) e
sua origem (elemento credor) decorre, então, que:
“PARA TODO DÉBITO EXISTE UM OU MAIS CRÉDITOS DE IGUAL
VALOR”.
• Débito - Situação de dívida do elemento (representado por
uma conta). O elemento (conta) que “recebe” um valor é
devedor (debitado) desse valor.
• Crédito - Situação de direito do elemento (conta). O
elemento (a conta) que “empresta” ” é credor (creditado) desse
valor.
(Escrivão da Polícia Federal – 2004) Julgue o item abaixo:

( C ) A aquisição de mercadorias para revenda a prazo não


representará redução no resultado do exercício.
(TFC/2000) Os procedimentos contábeis utilizados
no Método das Partidas Dobradas exigem que se
registrem os investimentos da atividade em
contrapartida com as respectivas fontes de
financiamento, formando-se, com isso, um fundo de
valores positivos e negativos que se contrapõem.
Desse modo, quando é elaborado um balancete de
verificação no fim de determinado período, o fundo
de valores positivos, do ponto de vista contábil,
estará representado pela soma dos bens e dos
direitos ( C ).
(ESAF - Adaptada) A empresa Asas da Liberdade S.A. tem em sua
representação gráfica de seus elementos contábeis, em 31/12/X6, a
seguinte discrição:
Caixa R$100,00
Estoque de Mercadorias R$150,00
Veículos para uso R$400,00
Duplicatas a pagar R$160,00
Empréstimos a pagar R$350,00
Capital R$140,00
Os valores, respectivamente, do Capital Bruto, do Passivo Total e
Passivo Exigível são R$650,00, R$650,00 R$510,00 ( ).
(ESAF/TTN–1994/vespertino - Adaptada) “o patrimônio, que a
Contabilidade estuda e controla, registrando todas as
ocorrências nele verificadas”. “estudar e controlar o patrimônio,
para fornecer informações sobre sua composição e variações,
bem como sobre o resultado econômico decorrente da gestão
da riqueza patrimonial.” As proposições indicam,
respectivamente a finalidade e as técnicas contábeis da
Contabilidade ( ).
Contas
• Conceito
Vários são os conceitos apresentados para contas:
É o nome técnico que identifica os elementos patrimoniais (bens,
direitos, obrigações e patrimônio líquido) e de resultado (despesa e
receita).
Conta é a representação gráfica dos débitos e créditos que qualifica os
componentes patrimoniais.
Conta é um título que identifica um componente do patrimônio.
Conta é um termo técnico utilizado pela contabilidade para registrar as
ocorrências que envolvem o Patrimônio, as Receitas e as Despesas.
•Teoria das Contas
•Teoria Patrimonialista
•Contas Patrimoniais - bens, direitos, obrigações e P.L.
•Contas de Resultado - despesa e receita.

•Teoria Materialista
•Contas Integrais - bens, direitos e obrigações.
•Contas Diferenciais - P.L., receita e despesa

•Teoria Personalista
•Contas do Agente Consignatário – bens.
•Contas do Agente Correspondente - direitos e obrigações.
•Contas do Agente Proprietário – P. L., despesas e receitas.
•Elementos da Conta:

- Título (nome);
- Valor debitado;
- Valor creditado;
- Histórico ou operação; e
- Saldo.
• Uma Conta pode apresentar os seguintes saldos:

• Devedor – Quando o Débito é maior que o Crédito.


• Credor – Quando o Crédito é maior que o Débito.
• Nulo – Quando o Débito é igual ao Crédito.
• Razonete
Para estudos, explicações, resoluções de problemas etc., sempre
usamos o gráfico simplificado, denominado conta “T” , RAZONETE ou
RAZONETE EM T, como abaixo:

Débito Crédito

O lado esquerdo da Conta chama-se Débito, enquanto o lado direito chama-


se Crédito.
• Função e Funcionamento da Conta
• Função - Registrar as operações que ocorrem com o Patrimônio.
Ex.: Caixa - Registrar as operações de recebimentos e pagamentos em
dinheiro.
Veículos - Registrar as aquisições e baixas de veículos pertencentes à
empresa.
Capital - Registrar os valores que constituem o Capital Social registrado.
• Funcionamento - É a forma pela qual a Conta é movimentada. Relaciona-
se com os registros a Débito ou a Crédito das Contas.
• Débitos e Créditos
Todas as operações ocasionam aumentos e diminuições no Ativo, Passivo e
Patrimônio Líquido. Esses aumentos e diminuições são indicados através dos
Débitos e Créditos efetuados nas Contas.

• Debitar uma conta é registrar um valor na coluna do Débito.

• Creditar uma conta é registrar um valor na coluna do Crédito.


• Contas de Resultado
O resultado (ou rédito) de uma entidade, num determinado período,
poderá ser lucro ou prejuízo. Será lucro, se o total de receitas auferidas
pela entidade for maior que o total de despesas. Será prejuízo, caso a
despesas ultrapassarem as receitas.
Ex: Receitas 16.000
Despesas (9.000)
Lucro 7.000
e
Receitas 23.000
Despesas (27.000)
Prejuízo (4.000)
• RECEITA – Ingresso de valores no Patrimônio através do aumento do Ativo ou
redução do Passivo.
• É uma origem de recursos.
• É creditada.
• Sua contra-partida aumenta o Ativo (Receita à vista aumenta o Caixa, Receita a
prazo aumenta Duplicatas a Receber).
• Aumenta o Patrimônio Líquido.
As Receitas decorrem da venda de bens ou da prestação de serviços. Há
menos contas de receitas que de despesas; vejamos as mais comuns:
Aluguéis Ativos
Descontos Obtidos
Juros Ativos
Vendas de Mercadorias
Receita de Serviços
Comissões Ativas
• DESPESA – Saída de valores do Patrimônio.
• É uma aplicação de recursos.
• Contribui para redução do Patrimônio Líquido.
• Sua contra-partida contribui para diminuir o Ativo, quando consumida e
paga.
• Sua contra-partida contribui para o aumento do Passivo, quando
consumida e não paga. O mesmo que apropriada.
As Despesas caracterizam-se pelo consumo de bens e pela
utilização de serviços, com o objetivo de obter receitas. Como exemplo,
podemos citar a energia elétrica consumida, o material de expediente,
os salários pagos, etc. Vejamos algumas contas que representam
despesas:
 Água e Esgotos
 Aluguéis Passivos
 Descontos Concedidos
 Despesas Bancárias
 Fretes e Carretos
 Impostos
Juros Passivos
Há casos em que uma mesma conta de resultado poderá representar tanto
uma receita como uma despesa. É o caso das contas Aluguéis, Juros e
Descontos, por exemplo. Nesses casos, a classificação da conta como
receita ou despesa deve ser feita observando-se o adjetivo que segue na
denominação da conta.

•Os adjetivos: Ativos, Recebidos ou Auferidos representam idéia


positiva, de aumento do patrimônio. Nestes casos, a idéia é de receita.
•Os adjetivos: Passivos, Pagos ou Concedidos representam idéia
negativa, de diminuição patrimonial. Nestes casos, a idéia de despesas.
Dentro desse contexto, podemos
interpretar algumas contas da seguinte
forma:
•Aluguéis Passivos é conta de despesa
•Aluguéis Ativos é de receita
•Juros Ativos é receita
•Juros Passivos é despesa
•Descontos Concedidos é despesa
•Descontos Obtidos é receita
•Descontos Ativos é receita
•Descontos Passivos é despesa
•Juros Ativos é receita
•Juros Passivos é despesa
•Juros Pagos é despesa
•Juros Recebidos é receita
(Agente da Polícia Federal – 2004) Julgue o item abaixo:
( E ) As contas registradas no patrimônio líquido incluem a provisão
para contingências. Essa conta representa o reconhecimento de
provável perda futura.

(ESAF - Adaptada – 2004) Julgue o item abaixo:


( E ) As contas que transitam pela Demonstração do Resultado do
Exercício serão classificadas como Contas dos Agentes Proprietários,
segundo a Teoria Materialista.
•Contas Retificadoras
Também chamadas de redutoras, são contas que, embora
apareçam num determinado grupo patrimonial (Ativo ou Passivo),
têm saldo contrário em relação às demais contas desse grupo.
Desse modo, uma conta retificadora do Ativo terá natureza credora,
bem como uma conta retificadora do Passivo terá natureza
devedora. As contas retificadoras reduzem o saldo total do grupo em
que aparecem.
Vejamos as contas retificadoras mais comuns em
cada grupo, e subgrupo:

No Ativo Circulante:
•Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa
•Provisões para Ajustes de Custos ao Valor
de Mercado

No Ativo Não-Circulante
•Provisão para Perdas Prováveis na Realização
de Investimentos
•Depreciação Acumulada
•Exaustão Acumulada
•Amortização Acumulada
No Passivo Circulante e Não-Circulante
•Encargos financeiros a transcorrer
•Custos de Exercícios futuros

No Patrimônio Liquido (PL)


•Capital a Realizar ou a Integralizar
•Prejuízos Acumulados
•Ações em Tesouraria
•Dividendos antecipados

OBSERVAÇÃO: Mais adiante, em nosso curso, veremos


detalhadamente as mais importantes, dentre essas contas
retificadoras, bem como suas respectivas aplicações. A disposição das
contas acima já está de acordo com a Lei 11.941/09 que alterou a estrutura
dos grupos do Balanço Patrimonial, cujas modificações serão abordadas
ainda nesta aula.
• (Agente da Polícia Federal – 2009) ( C ) Em
decorrência da aplicação do método das partidas
dobradas, as contas retificadoras do patrimônio
líquido têm seu saldo aumentado quando são
debitadas, e diminuído quando são creditadas.
•Saldos das Contas
BIZU:
Ativo Passivo/PL Despesas Receitas Retif. Passivo/PL Retif. de Ativo
DÉBITO: + - + - + -

CRÉDITO: - + - + - +
DÉBITO CRÉDITO SALDO
ATIVO AUMENTA DIMINUI DEVEDOR
PASSIVO DIMINUI AUMENTA CREDOR
P.L. DIMINUI AUMENTA CREDOR
DESPESA AUMENTA DIMINUI DEVEDOR
RECEITA DIMINUI AUMENTA CREDOR
RETIFICADORAS DO
DIMINUI AUMENTA CREDOR
ATIVO
RETIFICAD. DO PASSIVO AUMENTA DIMINUI DEVEDOR
A T I V O PASSIVO

DUPLICATAS A PAGAR
CAIXA
20.000
70.000 5.000
10.000 1.000 .
74.000

MERCADORIAS

5.000
PATRIMÔNIO LÍQUIDO

CAPITAL SOCIAL

VEÍCULOS 70.000

20.000

L P A

9.000

99.000 99.000
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
( + ) RECEITAS:
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

10.000

( - ) DESPESAS
ENERGIA ELÉTRICA

1.000

( = ) RÉDITO (RESULTADO)
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

9.000
• Plano de Contas
É um conjunto composto pela relação ordenada e codificada das contas utilizadas pela
entidade, bem como de todas as normas e procedimentos adotados pelo seu sistema
contábil, objetivando servir como meio de padronização, a fim de facilitar à análise e
elaboração dos registros e demonstrações contábeis.
Cada empresa deverá elaborar o seu próprio plano de contas, de acordo com o
seu porte, ramo de atividades e quaisquer outros fatores que determinem características
peculiares relacionadas com seus controles internos e sistemas contábeis.
Basicamente, o que irá determinar uma maior ou menor quantidade de
informações contidas num plano de contas é o grau de exigência de seus usuários, o qual
está diretamente vinculado à complexidade das operações realizadas pela empresa.
O Plano de Contas não deve ser rígido e inflexível, ele deve ser organizado,
permitindo que seja possível fazer tantas alterações quantas sejam necessárias e será
elaborado de acordo com a estrutura e tamanho da empresa, obedecendo o que determina
a Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, quanto ao agrupamento das contas.
• Composição do Plano de Contas
• Elenco de Contas - É a estrutura do plano de contas. Compreende
a relação ordenada e codificada de todas as contas utilizadas pela
entidade. No caso das empresas, a ordenação do plano de contas
deve ser de acordo com o disposto na Lei 6.404/76 e suas
alterações. No caso de entidades ligadas a setores da economia de
relevante controle governamental, tais como órgãos públicos,
instituições financeiras e seguradoras, o plano de contas é
padronizado pelos respectivos órgãos de fiscalização.
• Manual de Contas - Sua função é explicar o uso correto de cada conta
componente do plano de contas, definindo os seguintes elementos:
• Função: Razão da sua existência
• Funcionamento: Quando a conta será debitada e quando será
creditada
• Natureza: Devedora ou Credora
• Lançamento Explicativo - Usado para registro de acontecimento que
raramente ocorre na empresa.
• Contas de Compensação - São contas utilizadas para registro de
acontecimentos que não afetam o patrimônio da empresa. Ex. Seguros
Contratados.
• Agrupamento de Contas
• Códigos de Contas – É o número que você encontra à esquerda de cada
conta e serve para facilitar o seu manuseio. Note que os códigos das contas
começam com os seguintes algarismos:

Algarismo Contas
1 Contas do Ativo
2 Contas do Passivo
3 Contas de Despesas
4 Contas de Receitas
5 Contas de Custos, Deduções e Prej. Bruto
6 Contas de Receita Bruta, Deduções e LB
7 Contas de Apuração do Resultado
• Disposição das Contas no Balanço Patrimonial (nova redação dada pela Lei
11.941/09):

Ativo:
No Ativo você encontra todas as contas que representam os Bens e os
Direitos, devidamente classificados em três grupos:

1.1. Ativo Circulante


1.2. Ativo Não-Circulante

A ordem de disposição, segundo a legislação vigente, é a ordem decrescente


do grau de liquidez dos elementos nelas registrados.
1.1. Ativo Circulante
Neste grupo você encontra todas as contas que representam os Bens e
os Direitos que, devido a sua finalidade, e em sua maioria, estão em
constante circulação. Correspondem aos recursos aplicados em elementos
que estão em franco movimento, como, por exemplo, a conta Caixa, que a
todo instante está sendo movimentada (entra e sai dinheiro); o mesmo
ocorre com as contas de Estoque, Banco Conta Movimento, etc.

1.2. Ativo Não-Circulante


Este grupo é composto pelo ativo realizável a longo prazo, investimentos,
imobilizado e intangível.
• Ativo Realizável a Longo Prazo
Neste subgrupo você encontra classificadas todas as contas que representam
Direitos cujos vencimentos ocorram após o término do exercício social
subseqüente. Por exemplo, os Títulos a Receber (Duplicatas, Promissórias,
etc.).

• Investimentos
Corresponde às participações permanentes em outras sociedades e os
direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não
se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa.
• Imobilizado
São os bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da
companhia ou da empresa ou exercícios com essa finalidade, inclusive os
decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos
e controle desses bens.

• Intangível
Os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à
manutenção da companhia ou exercício com essa finalidade, inclusive o
fundo de comércio adquirido.
• Passivo
No passivo você encontra as contas que representam as Obrigações e
Patrimônio Líquido, devidamente classificados em quatro grupos:

2.1. Passivo Circulante


Neste grupo você encontra classificadas as contas que representam as
Obrigações da empresa que vencem até o curso do exercício seguinte.

2.2. Passivo Não-Circulante


Neste grupo você encontra classificadas as contas que representam
Obrigações da empresa que têm vencimentos após o término do exercício
seguinte.
2.3. Patrimônio Líquido
Neste grupo você encontra as contas que representam o Patrimônio
Líquido:
Capital Social
Reservas de Capital
Ajuste de Avaliação Patrimonial
Reservas de Lucros
( - ) Ações em tesouraria
Prejuízos Acumulados

OBS: As contas deste grupo representam os capitais próprios.


• Contas Extra-patrimoniais ou de Compensação
A Lei 6.404/76, e suas alterações, não contemplam essas contas, porém
dispõe que os ônus reais constituídos sobre elementos do Ativo, as
garantias prestadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou
contingentes sejam indicados, na apresentação do Balanço, em Notas
Explicativas.
O Conselho Federal de Contabilidade aprovou Norma Brasileira de
Contabilidade NBC T 2.5, através da Resolução CFC 612, de 17.12.1985,
que torna obrigatória a escrituração das Contas de Compensação.
A finalidade dessas contas é controlar os atos administrativos relevantes
que possam afetar futuramente a Situação Patrimonial da empresa.
Quando, por exemplo, a empresa assina contrato com uma companhia
seguradora, o valor segurado deve ser registrado através das Contas de
Compensação.
Exemplo de Contas Extra-patrimoniais

- Compensação do Ativo
Seguros Contratados
Títulos em Cobrança

- Compensação do Passivo
Contratos de Seguros
Endossos para Cobrança
(Adaptada) Indique a ordem correta de seus respectivos conceitos:
... Trata-se do passivo propriamente dito, ou, na classificação da Lei 6.404/76,
do passivo circulante, passivo exigível a longo prazo. Corresponde ao conceito
de Capital de Terceiros.
... Pode ser resumido como sendo ativo que será transformado em dinheiro,
compreendendo basicamente os direitos e os estoques.
... Parte do ativo que abrange exclusivamente o dinheiro em espécie e outros
haveres da empresa que possa ser convertido imediatamente em dinheiro.
... Parcela do Ativo que, representando inversões básicas e permanentes na
empresa, se compõem de elementos que servem a vários ciclos operacionais
e, portanto, não se destinam à venda.
( E ) Conforme acima, é correto afirmarmos que a ordem estabelecida pelos
conceitos acima é a seguinte: Realizações – Exigibilidades – Disponibilidades
– Imobilizações
Escrituração
Escrituração é uma técnica contábil responsável pelos registros dos fatos
relacionados com o Patrimônio. A escrituração é feita observando as técnicas e
princípios contábeis, bem como a legislação em vigor.
Segundo a Lei 6.404/76, Art. 177, “A escrituração da Companhia será
mantida em registros permanentes, com obediência aos preceitos da legislação
comercial, desta Lei e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos,
devendo observar os métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e
registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de competência.”
A Escrituração apresenta duas funções importantes:

• Função Histórica - Compreende os registros dos fatos, relatando a


história do Patrimônio ao longo do tempo.

• Função Monetária - Compreende os valores reunidos tecnicamente,


mostrando as variações monetárias que afetam o Patrimônio.
• Métodos de Escrituração
Método é o modo como se faz alguma coisa. A escrituração contábil é realizada
observando o MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS.
Este método foi apresentado em meados do século XV (1494), pelo frade LUCA
PACIOLI e, desde então passou a ser usado mundialmente para registrar os fatos
contábeis. Consiste o método em que “PARA TODO DÉBITO, EXISTE UM
CRÉDITO DE IGUAL VALOR E VICE-VERSA” . Significa vincular o registro de um
débito ao respectivo crédito. Isto é, não existe Débito sem Crédito, então podemos
deduzir:
• A soma dos valores debitados será igual a soma dos valores creditados.
• A soma dos saldos devedores será igual a soma dos saldos credores.
• A soma das Aplicações (Débitos) será igual a soma das Origens (Créditos).
• Lançamento

Lançamento é o registro individual do fato contábil. A escrituração é


processada através de lançamentos. O conjunto de todos os lançamentos
chama-se Escrituração. As funções Histórica e Monetária da escrituração,
retro-citadas, são evidenciadas no lançamento, relatando em ordem cronológica
e de modo simplificado, o fatos relacionado ao Patrimônio (função histórica) e
mensurando em valores monetários os referidos fatos (função monetária).
•Elementos do Lançamento
•Local e data
•Conta Debitada
•Conta Creditada
•Histórico
•Valor

•Estrutura do Lançamento
•Local e Data
•Conta Debitada
•a Conta Creditada
•Histórico.......................... Valor
Exemplo: Registro de compra de Mercadorias à vista, R$1.000,00:
Rio de janeiro, 10 de fevereiro de 2008.
Estoque de mercadorias
a Caixa
Nossa compra, conforme Nota Fiscal 01........1.000,00

Obs: No exemplo a conta Estoque de Mercadorias foi debitada por estar


numa situação de dívida em relação a conta Caixa, pois está recebendo o
valor de 1.000,00 em mercadorias, logo está num “Dever a” Caixa.
A conta Caixa foi creditada por estar numa situação de direito em relação
a conta Estoque de Mercadorias, pois está emprestando o valor de 1000,
portanto há um “haver de” Estoque de Mercadorias.
Lançamento no DIÁRIO:

• Fórmulas de Lançamento
Devido a necessidade de debitar e creditar várias contas, nos registros
de determinados fatos contábeis, agrupando-os num mesmo lançamento,
foram criadas as seguintes fórmulas de lançamento:
• Primeira Fórmula:
Existe 1 Débito e 1 Crédito
Exemplo: Compra de Mercadorias a prazo no valor de $ 5.000,00,
conforme N.F 001.

Rio de janeiro, 10 de fevereiro de 2008.


Estoque de mercadorias
a Fornecedores
Nossa compra, conforme Nota Fiscal 01........5.000
• Segunda Fórmula:
Existe 1 Débito para 2 ou mais de um Crédito.
Exemplo: Compra de Mercadorias no valor de $ 5.000,00, com entrada
de 20% em dinheiro e o restante mediante aceite de Duplicata.

Rio de janeiro, 10 de fevereiro de 2008.


Estoque de mercadorias
a Diversos
a Caixa
Nossa entrada em dinheiro 1.000,00
a Fornecedores
Parcela e praxo, conf. Nota Fiscal 01 4.000,00 5.000,00
• Terceira Fórmula:
Existem 2 Débitos e 1 só Crédito.
Exemplo: Compra de Móveis por R$ 5.000,00 e Máquinas por R$ 20.000,00
para uso, à vista, conforme NF 002.

Rio de janeiro, 10 de fevereiro de 2008.


Diversos
a Caixa
Móveis e Utensílios
Nossa compra de Móveis, Nf 02 5.000,00
Máquinas
Nossa compra de Máquinas, Nf 02 20.000,00 25.000,00
• Quarta Fórmula
Existem 2 ou mais Débitos e 2 ou mais Créditos.
Exemplo: Compra de Móveis por R$ 5.000,00 e Máquinas por R$
20.000,00 para uso, com entrada de 20% e o restante a prazo, conforme
NF 002. Rio de janeiro, 10 de fevereiro de 2008.
Diversos
a Diversos
Móveis e Utensílios
Nossa compra de Móveis, Nf 02 5.000,00
Máquinas
Nossa compra de Máquinas, Nf 02 20.000,00 25.000,00
a Caixa
Nossa entrada em dinheiro 5.000,00
a Duplicatas a pagar
Parcela a prazo, conf. NF 02 20.000,00 25.000,00
• (Agente da Polícia Federal – 2009) ( ) O fato contábil registrado no
lançamento de 4.ª fórmula abaixo pode ser entendido como recebimento por
uma venda a prazo, após o vencimento da obrigação, e concessão de
abatimento por problemas com a mercadoria ou sua entrega.
D - bancos
D - abatimentos
C - cliente
C - juros
• (Agente da Polícia Federal – 2004) Julgue o item abaixo:
( ) A aquisição de mercadorias para revenda a prazo não representará
redução no resultado do exercício.
• (Agente da Polícia Federal – 2004) Julgue o item abaixo:
( ) Considere a seguinte situação hipotética.Dois sócios resolveram
realizar aporte de capital em uma empresa. O valor total do aporte é de R$
98.000. Um sócio entregou R$ 45.000 em dinheiro e R$ 30.000 em
máquinas e equipamentos. O outro sócio entregou o restante por meio de
terrenos no valor de R$ 110.000, ainda não pagos em sua totalidade. Nessa
situação, o registro poderia ser corretamente representado do seguinte
modo:
D - Caixa R$ 45.000
D - Máquinas e Equipamentos R$ 30.000
D - Terrenos R$ 110.000
C - Contas a Pagar R$ 87.000
C - Capital Social R$ 98.000
OBS: Em todos os lançamentos, o “a” que precede a conta, indica que ela
está sendo creditada. E a expressão “Diversos” indica que mais de uma conta
está sendo debitada ou creditada.
O lançamento de Quarta fórmula também é conhecido como lançamento
de fórmula complexa.
Para a utilização do lançamento de 4ª fórmula é preciso que o fato ocorrido
permita a utilização de várias contas debitadas e várias contas creditadas.
A legislação não permite que empresas de grande movimento façam
registros contábeis utilizando a fórmula complexa para registrar todo o seu
movimento. Somente empresas de pequeno movimento poderão utilizar tal
expediente para registrar seus fatos. Neste Caso usam-se as chamadas
PARTIDAS MENSAIS DE DIÁRIO.
Obs.: O histórico é um elemento essencial na elaboração do lançamento.
Podemos deixar de apresentá-lo em alguns exemplos para facilitar apresentação
do lançamento.
Nos processamento do lançamento um dos aspectos mais importantes é
identificar a(s) conta(s) a ser(em) debitada(s) e a(s) conta(s) a ser(em)
creditada(s). Observe as informações abaixo na mecânica dos lançamentos que
facilitarão o aprendizado:
• Debita-se a aplicação de valores e credita-se a origem dos valores.
• Débito indica dívida da conta, logo a conta que recebe será debitada. Crédito
indica direito da conta, logo a conta que fornece será creditada.
• As contas de Ativo são debitadas quando ocorre aumento do saldo dos Bens
e Direitos, e são creditadas quando ocorre redução de Bens e Direitos.
• As contas de Passivo são debitadas quando ocorre redução das Obrigações e
são creditadas quando ocorre aumento do saldo das Obrigações.
• Todas as contas de despesas são debitadas.
• Todas as contas de receitas são creditadas.
Obs.: As contas de despesas e receitas só serão creditas e debitadas,
respectivamente, quando do encerramento, como veremos mais adiante, ou por
estorno.
Atos Administrativos

São os acontecimentos que ocorrem na empresa e que não provocam


alterações no Patrimônio.
São exemplos: Contratação de empregados, seguros, fiança em favor de
terceiros, Contrato de Compras, etc.
Em virtude de alguns atos poderem provocar alterações futuras no patrimônio
(chamados ATOS RELEVANTES), deverão ser registrados em Contas de
Compensação (por determinação de Resolução do Conselho Federal de
Contabilidade) como, por exemplo:
OBS.: Sobre as contas de Compensação a Lei 6.404/76 nada comenta,
entretanto, sobre os atos relevantes ela determina que sejam relatados
em “Notas Explicativas” às Demonstrações.

ATO ADMINISTRATIVO CONTAS PARA REGISTRO:


RELEVANTE:
D–Seguros contratados,
Contrato de Seguros C– Contrato de Seguros

D- Duplicatas
Remessa de Duplicatas como C – Caução Bancária de
garantia por empréstimos Duplicatas
• Fatos Administrativos

São os acontecimentos que alteram os valores do patrimônio, podendo


ou não alterar o Patrimônio Líquido.
Para registrar os fatos administrativos devemos utilizar Contas Patrimoniais e
Contas de Resultado, conforme a natureza da alteração provocada no
Patrimônio.
Os fatos administrativos ou fatos contábeis Classificam-se em Permutativos,
Modificativos e Mistos.
• Fatos Permutativos ou Compensativos
São aqueles que permutam elementos do Ativo e/ou do Passivo, sem alterar o valor do
Patrimônio Líquido.
Exemplos de Permuta ou compensação entre elementos do Ativo, do Ativo e do
Passivo ou do lado Passivo. ( +A, –A) (+A,+P) (–A,–P) (+P,–P) (+PL,-PL).
• Fatos Modificativos
São os fatos que, necessariamente, alteram o valor do Patrimônio Líquido para mais
(no caso de Receita) ou para menos (no caso de Despesa). Quando a alteração é para mais
chama-se Fato Modificativo Aumentativo, quando é para menos chama-se Fato
Modificativo Diminutivo (–A, –PL) (+A, +PL) (–P,+PL) (+P, –PL)
• Fatos Mistos ou Compostos
Ocorre um fato misto com a união de um fato permutativo e um fato modificativo
aumentativo ou diminutivo.
Quando ocorre um fato permutativo junto com um fato modificativo aumentativo, temos um
fato misto aumentativo.
Quando ocorre um fato permutativo junto com um fato modificativo diminutivo, temos um
fato misto diminutivo.
Exemplos de Fatos Mistos:
Quando ocorre um fato permutativo junto com um fato modificativo diminutivo, temos um fato misto
diminutivo. ( +A, –A , –PL ) ( +A, –A , +PL ) (–A, –P, +PL) (–A, –P, +PL)
Contabilização de Fatos na Fase Inicial
Conceitos Iniciais:
•CAPITAL NOMINAL – Capital registrado por uma firma ou empresa individual. Pode
também representar o Capital Inicial da Pessoa Jurídica. O mesmo que Capital Social.
•CAPITAL INICIAL – Investimento inicial do(s) proprietário(s) de uma empresa. (o mesmo
que Capital Social).
•CAPITAL SOCIAL – Capital registrado no Órgão competente em nome da Sociedade. O
mesmo que Capital Subscrito.
•CAPITAL SUBSCRITO – Capital pelo qual os sócios se obrigam perante a entidade, no
ato da assinatura do contrato ou estatuto social (o mesmo que Capital Social, o mesmo
que Capital Nominal).
•CAPITAL REALIZADO (INTEGRALIZADO) – Parte do Capital subscrito efetivamente
realizada, pelos sócios ou acionista. O mesmo que Capital Social ou Nominal se
realização à vista.
CAPITAL A REALIZAR (A INTEGRALIZAR) – Parte que falta ao componente de
uma entidade para cobrir em dinheiro ou outro bem ou direito a participação pelo
qual se obrigou na constituição do Capital Social. Tem saldo devedor, mas por força
de Lei está classificado no PL como conta retificadora deste.
Na fase de constituição de uma empresa, podemos considerar dois momentos:
• Constituição do Capital: momento em que o proprietário providencia o registro da
empresa nos órgãos competentes a fim de dotá-la de personalidade jurídica (o registro se
dá pelo arquivamento, no órgão, do contrato social ou Estatuto).
• Realização ou Integralização do Capital: momento em que o proprietário entrega para a
empresa, como pagamento do Capital que constituiu (subscreveu) no Contrato ou Estatuto,
seja dinheiro ou outros bens ou direitos.
OBS.: À Luz da Lei 6.404/76, em seu art. 182, diz que deverão estar discriminados na
conta Capital Social o montante subscrito pelos sócios ou acionistas e, por dedução, a
parcela ainda não realizada, vejamos:
Patrimônio Líquido (PL)
Capital Social
Subscrito
( - ) a Realizar (a Integralizar)
( = ) Realizado (Integralizado)
A observação supra-aludida faz menção à integralização de Capital a prazo, ou seja,
permanecerá uma parcela do Capital a Realizar. Quando os proprietários integralizam
todo o capital, a conta Capital a Integralizar desaparece.
Regime de Caixa e Regime de Competência:
•(Agente da Polícia Federal – 2004) Julgue o item abaixo:
( ) No regime de caixa para registro de venda de mercadorias, a empresa
reconhece o valor correspondente à venda no momento em que esta ocorre,
independentemente da forma de pagamento.
Possíveis nomes de Receitas e Despesas relativos a Juros, Aluguéis e
Descontos – Interpretação quanto ao grupo de contas a que pertencem (Ativo,
Passivo, Despesa ou Receita):

ATIVOS = receita (resultado)


RECEBIDOS= receita (resultado)
PAGOS = despesa (resultado)
ALUGUÉIS PASSIVOS = despesa (resultado)
PASSIVOS A VENCER = despesa antecipada (ativo)
ATIVOS A VENCER = Receita antecipada (Obrigação)
ATIVOS = receita (resultado)
RECEBIDOS= receita (resultado)
PAGOS = despesa (resultado)
JUROS PASSIVOS = despesa (resultado)
PASSIVOS A VENCER = despesa antecipada (ativo)
ATIVOS A VENCER = Receita antecipada
(Obrigação)
ATIVOS = receita (resultado)
OBTIDOS OU RECEBIDOS= receita (resultado)
DESCONTOS CONCEDIDOS = despesa (resultado)
PASSIVOS = despesa (resultado)
•(Técnico em Contabilidade da Polícia Federal – 2004) Julgue o item abaixo:
( ) Um empréstimo obtido pela empresa Águas Cristalinas, no valor de R$
350.000,00, em 1.º/3/2003, deverá ser liquidado em 31/12/2005. O tomador do
empréstimo pagará juros simples totais de R$ 35.000,00 no momento da
liquidação da dívida. Nessa situação, no final de 2003, em conseqüência dessa
operação, o ativo da empresa foi aumentado em R$ 350.000,00 e o passivo
exigível em R$ 385.000,00.
•Contabilização da Aquisição e Consumo de Materiais de Expediente:

• Empresas de Grande e médio Porte:


• Quando da aquisição de material de expediente:
Lançamento:
Estoque de material de consumo
a Caixa
• Quando do consumo do material de expediente:
Lançamento:
Despesa de material de consumo
a Estoque de material de consumo
• Empresas de Pequeno Porte:
• Quando da aquisição de material de expediente:
Lançamento:
Despesa de material de consumo
a Caixa
• Despesas de Seguros:
Quando uma empresa contrata seguros de uma Cia, contra incêndio, por
exemplo, há vários fatores a considerar, Tomemos como exemplo uma
empresa que contratou seguros de uma Cia Seguradora Quebrados S.A,
no valor de $ 50.000,00 para determinado patrimônio, no período de
01/08/20x1 a 31/07/20x2, pagando para isso um prêmio de $ 1.200,00:
•Período de vigência do Seguro: é de um ano (01/08/20x1 a 31/07/20x2)
•Valor pago pela empresa para ter direito ao seguro: Prêmio de seguro
(despesa) = R$ 1.200,00
•Valor contratado: Valor que a empresa receberá da Cia Seguradora
Quebrados S.A, caso ocorra o sinistro (incêndio), é o valor que o perito da cia
Seguradora avaliou o Patrimônio segurado. $ 50.000,00.
A empresa efetuará os seguintes lançamentos contábeis para registrar o
fato:
1º - REGISTRO DO VALOR SEGURADO (COMPENSAÇÃO)
Seguros Contratados
a Contrato de Seguros
Valor da apólice.............................................................50.000
2º - REGISTRO DA DESPESA ANTECIPADA (+A, – A)
Prêmio de Seguros a Vencer
a Banco Conta Movimento (ou Caixa)
Pagamento do prêmio referente seguro contratado.......1.200

3º - REGISTRO DE 5/12 DA DESPESA (apropriação mensal, –A, –PL após


ocorrer o fato gerador: transcurso de 5 meses da vigência: agosto a dezembro
de 20x1)
Prêmio de Seguros
a Prêmio de Seguros a Vencer
Despesa de seguro ref ago a Dez de 20x1.....................500
Reflexo no Patrimônio:

Reflexos dos 2º e 3º fatos no Balanço Patrimonial para um prêmio de


seguros de R$ 1200,
2º registro: pelo pagtº antecipado ( + A; - A ) - DIA 01/08/20X1.

A T I V O PA S S I V O

Caixa

1 10.000 1.200 2 PAT. LIQUIDO


Capital Social
Prêmio de Seg. a Vencer 10.000 1
2 1.200

TOTAL TOTAL
3º Registro: pela apropriação de 5/12 do pagtº antecipado como despesa –
31/12/20X1.
Reflexo no Patrimônio:
A T I V O PA S S I V O
Caixa
1 10.000 1200 2 PAT. LIQUIDO

saldo
8.800
Capital Social
Prêmio de Seg. a Vencer 10.000 1
2 1.200 500 3
saldo Prêmio de Seg (Desp Prej)
700 3 500
TOTAL 9.500 TOTAL 9.500
OBS: Não Registraremos reflexo do 1º fato porque, na realidade, trata-se de
ato administrativo ou seja, não altera o patrimônio no momento em que
ocorre.
• Balancete
Balancete é uma relação de todas as contas extraídas do livro Razão,
com seus saldos devedores e credores.
A soma dos saldos devedores deve ser igual a soma dos saldos credores.
Existem vários tipos de Balancete, com duas , quatro, seis ou oito colunas. A
seguir apresentamos modelos com duas, quatro e seis colunas:

Nº CONTAS SALDO DEVEDOR SALDO CREDOR

TOTAIS
Nº CONTAS MOVIMENTO SALDO
DÉBITO CRÉDITO DEVEDOR CREDOR

TOTAIS
Nº CONTAS SALDO ANTERIOR MOVIMENTO SALDO
DEVEDOR CREDOR DÉBITO CRÉDITO DEVEDOR CREDOR

TOTAIS
Veja como funciona o balancete dentro da rotina contábil:
Fatos ocorridos no exercício 19x1, na empresa Q brei Ltda:

•Constituição do capital social , no valor de R$50.000 com integralização em


dinheiro.

•Compra de Mercadorias para revenda, a prazo, R$40.000.

•Pagamento de alugueis do ano x1 R$ 12.000 (não provisionados = não foi


registrada mensalmente a despesa e a respectiva obrigação de pagar)
Diário: 1ª fase da rotina. Após consultar plano de contas, registros dos débitos
(aplicações) e créditos (origens) nas contas efetuado diariamente
Fato 1:
Rio de Janeiro, 10 jan 19x1
Caixa
a Capital Social
Pela constituição e integralização.........................R$ 50.000
Fato 2:
Rio de Janeiro, 10 Jun 19x1
Estoque de Mercadorias
A Fornecedores
Nossa compra conforme NF 01...........................R$ 40.000
__________________ _____________________
Fato 3:
Rio de Janeiro, 31 Dez 19x1
Alugueis passivos
A Caixa
Nosso pgto alugueis jan a dez x1 conf. recibo....R$ 12.000
Razão: 2ª fase da rotina. Transcrição dos débitos e créditos registrados no livro Diário para as
representações gráficas das contas ( Conta em T ou razonete em T; efetuada sistematicamente ou
seja controlando individualmente a conta).
Caixa Capital Social Est. Mercadorias Alugueis passivos
50.000 12.000 50.000 40.000 12.000

Fornecedores
40.000
Balancete de verificação 3ª fase da rotina; consiste na relação de todas as
contas do razão com os saldos devedores e credores; é elaborado, no mínimo,
mensalmente.
EMPRESA Q BREI LTDA - 31 DE DEZEMBRO DE 19X1

Nº CONTAS MOVIMENTO SALDO


DÉBITO CRÉDITO DEVEDOR CREDOR
1 Caixa 50.000 12.000 38.000
2 Est. de Mercad. 40.000 40.000 40.000 40.000
3 Alug Passivos 12.000 50.000 12.000 50.000
4 Fornecedores
Capital Social
TOTAIS 102.000 102.000 90.000 90.000
As fases seguintes da rotina contábil seriam: apuração do resultado e
Demonstrações Contábeis.
O balancete auxilia, em muito, a apuração do resultado, a medida que mostra
conjuntamente todas as contas do Razão.
Informações Relativas a Normas Técnicas Referentes ao Balancete de
Verificação:

•O grau de detalhamento deve ser consentâneo com a finalidade.

•No mínimo deve conter os elementos: Identificação da entidade; data a que se


refere; abrangência; identificação das contas e respectivos grupos; saldos
indicando se devedores ou credores e soma dos saldos.

•A periodicidade do balancete é, no mínimo, mensal.

•Se destinado a fins externos a entidade, deve conter a assinatura do


contabilista responsável, sua categoria e o número de registro no CRC.
OBS: Balancete Patrimonial - é o balancete em que,
após a apuração do resultado, as contas patrimoniais
são novamente relacionadas na forma de balancete.
•(Técnico em Contabilidade da Polícia Federal – 2004) Julgue o item abaixo:
( ) O balancete de verificação apurado após os lançamentos de ajustes
mensais apresentará todas as contas patrimoniais e integrais que
apresentarem saldo no final do período.

•(Técnico em Contabilidade da Polícia Federal – 2004) Julgue o item abaixo:


( ) Se, no balancete de verificação, a soma dos débitos (ou saldos devedores)
não for igual à soma dos créditos (ou saldos credores), é possível que os
registros contábeis estejam incorretos. Porém, a igualdade dos débitos e
créditos não garante a correção dos lançamentos contábeis.
•(Técnico em Contabilidade da Polícia Federal – 2004) Julgue o
item abaixo:
( ) A divulgação da demonstração dos lucros e prejuízos
acumulados pode substituir a demonstração do resultado do
exercício, caso a empresa tenha seu capital constituído por ações e
registro na Comissão de Valores Mobiliários.
Livros Utilizados Pela Contabilidade.

Leis Fiscais:Vários
Finalidade: Obrigatórios Lei S/A: Vários
Novo Cod. Civil : Diário

Facultativos: *Razão, caixa e


contas correntes
Classificação dos Cronológicos Diário
Livros utilizados Natureza:
Pela Contabilidade Sistemáticos Razão
Quanto a :

Principais: Diário e Razão


Utilidade

Auxiliar: Os Demais
Observações:

O Razão passou a ser obrigatório para os contribuintes sujeitos à tributação do


Imposto de Renda com base no lucro real (art 18. Da Lei nº 8.218/91).
São livros cuja utilização decorre de exigências legais, para registro dos fatos
contábeis e situações sociais e fiscais, podendo ser classificados em Livros
Contábeis (registro dos fatos administrativos), Livros Sociais - registro de Atas de
Reunião e Controle de Ações, (obrigatórios para as S.A conforme Lei 6404/76) e
Livros Fiscais (basicamente para controle dos elementos necessários à ocorrência
dos fatos geradores de impostos).
Dos vários livros mencionados, vamos atentar apenas para os que registram os
atos e fatos administrativos, que são: Livro Diário, Livro Razão, Livro Caixa e Livro
Contas-Correntes.
Livro Diário

É um livro obrigatório pela legislação comercial. Por ser Obrigatório, o Diário


está sujeito a formalidades legais extrínsecas e intrínsecas

Formalidades extrínsecas (externas) :


- Termos de Abertura e encerramento.
- Registro na Junta Comercial (Deptº Nacional de Registro de Comércio) ou
Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas. ( para empresas e empresas ou
instituições que pratiquem atos de natureza comercial ou de natureza civil,
respectivamente).
- Páginas numeradas, em seqüência, tipograficamente.
Formalidades intrínsecas (internas) :

- Escrituração completa em idioma e moeda nacionais, em forma mercantil, com


individualização e clareza.
- Escrituração em ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco
nem entrelinhas, borraduras, rasuras, emendas e transporte para as margens.
- A escrituração deve obedecer um método uniforme (plano de contas).
Observação: A empresa pode, alternativamente, substituir o livro Diário por fichas
(contínuas, em forma de sanfona, soltas ou avulsas) porém ainda terá que cumprir os
requisitos intrínsecos previstos na lei comercial e fiscal e adotar o livro próprio para
transcrição das Demonstrações Contábeis.
Livro Razão

O Razão é um livro de grande utilidade para a Contabilidade pois registra o


movimento de todas as contas. É o resumo do livro Diário. O livro Razão passou a
ser obrigatório a partir de 1991, para as empresas tributadas pelo Lucro Real (Leis
8.218 e 8.383/91 – Imposto de Renda). Na Contabilidade moderna o Razão é
escriturado em fichas, devendo os registros serem individualizados, obedecendo a
ordem cronológica das operações.
Livro Contas-Correntes

O Contas-Correntes é o livro auxiliar do Razão. Serve para controlar as contas


que representam Direitos e Obrigações para a empresa, isto é, controla cliente por
cliente, fornecedor por fornecedor.

Livro Caixa

O Caixa também é um livro auxiliar. Nele são registrados todos os fatos


administrativos que envolvem entradas e saídas de dinheiro. O Caixa deverá ser
escriturado diariamente. A empresa pode substituir o livro Caixa, pela Ficha
Movimento do Caixa.
1.(Agente da Polícia Federal – 2002) Julgue o item abaixo:
( )O livro diário não é obrigatório para atividades de serviços, enquanto o
livro razão é obrigatório para companhias abertas.

2.(Agente da Polícia Federal – 2004) Julgue o item abaixo:


( ) Os livros obrigatórios de uma empresa comercial incluem o balanço
patrimonial, que registra as contas de ativo, passivo e patrimônio líquido.

3. (Agente da Polícia Federal – 2009) ( ) Os livros diário e razão, por


constituírem os registros permanentes de uma entidade e por serem
obrigatórios, devem ser registrados no registro público competente.
ROTEIRO PARA APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (Forma
simplificada)

A apuração do Resultado do Exercício consiste em verificar, através das Contas


de Resultado (Despesas e Receitas), se a movimentação do Patrimônio da empresa
apresentou lucro ou prejuízo no período.
Para conhecermos o resultado do exercício de forma simplificada relativo a
empresa prestadora de serviços , vamos seguir o seguinte roteiro:
1º - Elaborar um balancete de verificação composto por Contas cujos saldos
serão extraídos do livro Razão.
2º - Transferir os saldos das Contas de Despesa para a conta transitória
Resultado do Exercício.
3º - Transferir os saldos das contas de Receitas também para a Conta
Resultado do Exercício.
4º - Apurar o saldo da conta Resultado do Exercício.
5º - Transferir o Resultado da Conta Resultado do Exercício para a Conta
Lucros ou Prejuízos Acumulados.
6º - Levantar o Balanço Patrimonial.
7º - Transcrever o Balanço Patrimonial no livro Diário.
Obs: Normalmente o resultado do exercício das empresas é apurado no final
do ano civil.
A Lei 6404/76 (Lei das Sociedades Anônimas) denomina de exercício social o
período de um ano.
Exemplo prático de Apuração do Resultado:
1º Passo: Elaborar um balancete de verificação composto por Contas
cujos saldos serão extraídos do livro Razão.
Seja o balancete de verificação abaixo, extraído do Livro Razão da Empresa PUREZA
LTDA em 31/12/20X8:
Nº CONTAS SALDO

DEVEDOR CREDOR

1 Caixa 38.000 -
2 Banco c/movimento 140.000 -
3 Estoque de Material de -
Expediente 20.000 -
4 Móveis e Utensílios 60.000 -
5 Veículos 40.000 -
6 Fornecedores - 50.000
7 Capital Social - 150.000
8 Aluguéis Passivos 6.000 -
9 Material de Expediente 7.000 -
10 Água e Esgoto 2.400 -
11 Energia elétrica 1.600 -
12 Custo do Serviço Prestado 20.000 -
13 Receita de Serviços - 128.000
14 Receita de Juros - 7.000
TOTAIS 335.000 335.000
2º Passo: Transferir os saldos das Contas de Despesa para a conta transitória
Resultado do Exercício.
Resultado
a Diversos
a Aluguéis Passivos.....................6.000
a Material de Expediente..............7.000
a Água e esgoto...........................2.400
a Energia elétrica..........................1.600
a Custo dos serviços prestados..20.000 37.000
3º Passo: Transferir os saldos das contas de Receitas também para a Conta
Resultado do Exercício.
Diversos
a Resultado
Receita de Serviços.....................128.000
Receita de Juros......................... 7.000 135.000
4º Passo: Apurar o saldo da conta Resultado do Exercício

APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO


37.000 135.000
SALDO CREDOR

98.000
5º Passo: Transferir o Resultado da Conta Resultado do Exercício para a
conta Prejuízos Acumulados, se for apurado prejuízo no período, ou para os
demais destinos (Prejuízos Acumulados, Reserva de Lucros, Reserva Legal
ou dividendos a pagar), se for apurado lucro no período.
Se o saldo da conta de Resultado fosse devedor (prejuízo), o lançamento seria:
Prejuízos Acumulados
a Apuração do Resultado do Exercício
Prejuízo líquido apurado.......................................$

OBS: Após efetuados os lançamentos necessários à apuração do resultado do


exercício, todas as contas de resultado (despesas e receitas) foram encerradas
(zeradas) pois tiveram seus saldos transferidos para a conta "Resultado do
Exercício". No Livro Razão da empresa (ou, didaticamente, nos razonetes) só
permaneceram com saldos as contas Patrimoniais (Bens, direitos, obrigações e de
PL) que serão utilizadas para a elaboração do Balanço Patrimonial
Demonstração do Resultado do Exercício.

Essa demonstração evidencia o resultado que a empresa obteve (lucro ou


prejuízo) no desenvolvimento de suas atividades durante um determinado período,
geralmente igual a um ano.
Segundo o Art 187 da Lei nº 6.404/76:
A Demonstração do resultado do exercício discriminará:
I – a receita bruta de vendas e serviços, as deduções das vendas, os
abatimentos e os impostos;
II – a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e
serviços e o lucro bruto;
III – as despesas com vendas, as despesas financeiras, deduzidas das
receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;
IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e outras despesas.
V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão
para o imposto;
VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e
partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições
ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem
como despesa; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do
capital social.
§ 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados:
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua
realização em moeda; e
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos,
correspondentes a essas receitas e rendimentos.
§ 2º O aumento do valor de elementos do ativo em virtude de novas avaliações,
registrados como reserva de reavaliação (artigo 182, § 3º), somente depois de
realizado poderá ser computado como lucro para efeito de distribuição de dividendos
ou participações.
§ 2o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) (Revogado pela
Lei nº 11.638,de 2007)
MODELO DE DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
1 – RECEITA OPERACIONAL BRUTA
. Venda de Mercadorias e/ou Prestação de Serviços..................................1
2 – DEDUÇÕES E ABATIMENTOS
. Vendas Anuladas........................................................X
. Descontos Incondicionais concedidos........................X
. ICMS sobre Vendas....................................................X
. PIS sobre o faturamento.............................................X
. COFINS .....................................................................X..............................2
3 – RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA ( 1 – 2 )...............................................3
4 – CUSTOS OPERACIONAIS
. Custo das Mercadorias Vendidas e/ou Custo dos Serviços Prestados.......4
5 – LUCRO OPERACIONAL BRUTO ( 3 – 4 ).....................................................5
5 – LUCRO OPERACIONAL BRUTO ( 3 – 4 )......................................................5
6 – DESPESAS OPERACIONAIS
. Despesas com Vendas...................................................X
. Despesas Financeiras....................................................X
. (-) Receitas Financeiras..................(X)...........................X
. Despesas Administrativas...............................................X
. Outras Despesas Operacionais......................................X...............6
7 – OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS....... .........................................7
8 – LUCRO (PREJUÍZO) OPERACIONAL ( 5 – 6 + 7)................................8
9 – OUTRAS RECEITAS..............................................................................9
10 –OUTRAS DESPESAS .........................................................................10
11 – RES. DO EXERC. ANTES DA CONT. SOCIAL ( 8 + 9 – 10 ).......................11
12 – PROVISÃO PARA A CONTRIBUIÇÃO SOCIAL.............................................12
13 – RESULTADO DO EXERCÍCIO ANTES DO IMP DE RENDA ( 11 – 12 ) ....13
14 – PROVISÃO PARA O IMPOSTO DE RENDA...............................................14
15 – RESULT. DO EXERCÍCIO APÓS O IMP DE RENDA ( 13 – 14 ) ................15
16 – PARTICIPAÇÕES
. Debêntures.............................................................X
. Empregados...........................................................X
. Administradores......................................................X

. Partes Beneficiárias................................................X
. Contribuições para Instituições ou Fundo de assistência ou Previdência de
Empregados.......................................................................X...................................16
17 – LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO ( 15 – 16 )...............................................17
18 – LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO DO CAPITAL ( 17 / Nº Ações) .............18
APURAÇÃO COMPLETA DO RESULTADO:

1 – RESULTADO COM MERCADORIAS (R.O.B) itens 1 a 5 DREX


2 – RESULTADO OPERACIONAL (R.O) até item 8 da DREX
3 – RESULTADO NÃO OPERACIONAL (R.N.O) itens 9 a 11 DREX
4 – RESULTADO LÍQUIDO (RL = LUCRO LÍQUIDO) itens 12 a 18 DREX
A apuração completa do resultado do exercício envolve diversos fatos a serem
considerados, tendo em vista os princípios gerais de Contabilidade e Legislação
vigente. (Lei nº 6.404/76)
1 – RESULTADO OPERACIONAL BRUTO (R.O.B)

Corresponde ao resultado obtido em decorrência da atividade principal da


empresa, no caso das empresas comerciais, as compras e vendas de Mercadorias.
Pode ser Lucro ou Prejuízo Bruto.
2 – RESULTADO OPERACIONAL (R.O)

Partindo do Lucro Bruto, chegaremos ao Lucro Operacional Líquido, ao


deduzirmos as despesas operacionais e adicionarmos outras receitas operacionais.
As Despesas Operacionais e as Receitas Operacionais são decorrentes do
desenvolvimento das atividades normais da empresa e estão agrupadas em três
grandes grupos:
Despesas/Receitas com Vendas: São aquelas ligadas diretamente a vendas,
são de fácil identificação pois menciona, quase sempre, a palavra vendas.
Despesas/Receitas Administrativas: despesas decorrentes das atividades da
empresa no que tange à parte administrativa para que seja executada sua atividade
fim.
Despesas/Receitas Financeiras: identificadas por mencionarem palavras
ligadas a juros, descontos, etc.
As Despesas e Receitas Operacionais podem ser agrupadas do seguinte modo:
DESPESAS COM VENDAS . Luz e Telefone
Pessoal . Material de Expediente
. Comissões sobre Vendas . Prêmio de Seguros
. Encargos Sociais pessoal de vendas . Despesas Eventuais
. Salários pessoal de vendas Tributárias
Outras . Impostos e Taxas
. Despesas com Créditos de Liquidação Duvidosa Outras
. Fretes e Carretos Serviços de Terceiros
. Material de Embalagem . Despesas Eventuais
. Propaganda e Publicidade OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS
DESPESAS FINANCEIRAS . Multas Fiscais
. Descontos Concedidos . Variações Monetárias Passivas
. Despesas Bancárias . Perdas não cobertas por Seguros
. Juros Passivos RECEITAS OPERACIONAIS
DESPESAS ADMINISTRATIVAS RECEITA BRUTA
Pessoal . Venda de Mercadorias
. Café e Lanches . Receitas de Serviços
. Encargos Sociais RECEITAS FINANCEIRAS
. Salários . Descontos Obtidos
. Condução e Transporte . Juros Ativos
. Honorários da Diretoria . Rendimentos sobre Aplicações Financeiras
. Pró-labore OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS
Gerais . Aluguéis Ativos
. Água e Esgoto . Perdas Recuperadas
. Alugueis Passivos . Variações Monetárias Ativas
. Amortização . Receitas Eventuais
. Combustíveis
. Depreciação
3 – RESULTADO NÃO OPERACIONAL (R.N.O)
São ganhos ou perdas com venda de bem pertencente ao ativo permanente
imobilizado.

4 – RESULTADO LÍQUIDO (RL = LUCRO LÍQUIDO)


É o resultado final, pode extra-contabilmente ser apurado através da seguinte
fórmula RES LIQ = LB + OR – OD. Onde LB= lucro bruto; OR= outras receitas e
OD=outras despesas.
APURAÇÃO EXTRA-C0NTÁBIL (POR FÓRMULA):
FÓRMULA 1: CMV = Ei + C – Ef
FÓRMULA 2: LB = V – CMV
FÓRMULA 3: LL = LB + OR – OD

LEGENDA

CMV = custo da mercadoria V = vendas


vendida
C = compras LL = lucro líquido
Ei = estoque inicial de OR = outras receitas
mercadorias
Ef = Estoque final de OD = outras
mercadorias despesas
LB = lucro bruto
OBS: Não considerando possíveis deduções de compras e de vendas que, caso
existam e sejam registradas em contas próprias, farão com que as fórmulas acima
sejam modificadas (veremos adiante).

APURAÇÃO DO RESULTADO BRUTO (RCM):


Vamos visualizar inicialmente a DRE na forma da legislação apresentada acima
(forma dedutiva) e numa visão contábil (Contas do Razão), com valores. Para
apurarmos extra-contabilmente, utilizaríamos apenas as fórmulas 1 e 2 acima.
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
( Forma Dedutiva)
1 – RECEITA OPERACIONAL BRUTA
Venda de Mercadorias ................................................ 50.000
2 – DEDUÇÕES E ABATIMENTOS .......................................( - )
3 – RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA ( 1 – 2 ).....................50.000
4 – CUSTOS OPERACIONAIS
(EI 20.000 + Compras 40.000 - EF 47.200)
. Custo das Mercadorias Vendidas ...............................(12.800)

5 – LUCRO OPERACIONAL BRUTO ( 3 – 4 )...................37.200

Eis o primeiro resultado parcial da empresa, que agrupa


somente as contas ligadas a principal receita da empresa =
vendas e a principal despesa = CMV ou CSP ou CPV conforme
seja a atividade principal, respectivamente revenda de
mercadorias, prestação de serviços ou fabricação e venda
de produto.
(Visão Contábil da DRE – Contas do Razão)
1 - Receita Operacional Bruta (vendas Brutas)
50.000
2 - Deduções (Vendas anuladas...)
0
3 - Receita Operacional Líquida (vendas Líquidas)
50.000
4 - Custo da Mercadoria Vendida (CMV
12.800
5 - Resultado Bruto (Lucro Bruto, RCM)
27.200
4. (Agente da Polícia Federal – 2009)
Conta em R$
serviços prestados 480.000
descontos promocionais 20.000
propaganda e publicidade 18.000
descontos financeiros a clientes 13.000
ISS 23.000
contribuições incidentes sobre as receitas 28.000
custo dos serviços prestados 170.000
Com base nas informações apresentadas na tabela acima, referentes a uma
empresa prestadora de serviços, julgue o item seguinte.
( ) As informações mostram que o lucro bruto da empresa foi de R$
226.000,00.
PRINCIPAIS TITULOS DA DRE E CONTAS QUE REPRESENTAM:
1 - RECEITA OPERACIONAL BRUTA OU VENDAS BRUTAS – Representa o valor
total das vendas do período
2 - DEDUÇÕES E ABATIMENTOS
2.1 - IMPOSTOS E TAXAS INCIDENTES SOBRE VENDAS (mais comuns ICMS,
PIS, COFINS) – Representam deduções de vendas brutas e incidem sobre o valor das
vendas, segundo legislações específicas com alíquotas e condições diferenciadas.
2.2 - VENDAS ANULADAS – Representam as devoluções de vendas do período
(opcionalmente podemos não utilizar essa conta, nesse caso registra-se o valor das
vendas pelo líquido : Vendas –devoluções)
2.3 - DESCONTOS INCONDICIONAIS CONCEDIDOS – Também chamado
Desconto Comercial, é concedido no ato da venda, na nota fiscal. (não confundir com
desconto concedido que se trata de desconto posterior a venda, concedido quando do
recebimento de direito antes do vencimento, é um desconto financeiro (Despesa
Financeira), considerado na apuração do resultado líquido e não na apuração do
resultado bruto)
3 - RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA OU VENDAS LÍQUIDAS – Representa o
valor das vendas deduzido dos impostos, descontos incondicionais concedidos, das
vendas anuladas e dos abatimentos sobre vendas. Cálculo extra-contábil: VL = VB –
Deduções (Imp inc. s/vendas, Vendas Anuladas, Abatimentos sobre vendas e Descontos
Incondicionais Concedidos)
4 - CUSTOS OPERACIONAIS: NAS EMPRESAS COMERCIAIS É O C.M.V –
Representa o custo da mercadoria vendida e é obtido, extra-contabilmente pela Fórmula
:Estoque inicial + Compras – Estoque Final. OBS.: Nas empresas prestadoras de
serviços é o Custo do Serviço Prestado; Nas empresas industriais é o Custo do Produto
Vendido.
4.1 - COMPRAS BRUTAS – Representa o valor total das compras de mercadorias do
período (quando se utiliza o método da conta mercadoria desdobrada em compras e
vendas)
4.2 - COMPRAS ANULADAS – Representam as devoluções de compras do período
(opcionalmente pode-se não utilizar essa conta, nesse caso registra-se o valor das
compras pelo líquido : Compras –devoluções)
4.3 - DESCONTOS INCONDICIONAIS OBTIDOS – Também chamado Desconto
Comercial, é obtido no ato da compra, na nota fiscal. (não confundir com desconto
obtido que se trata de desconto posterior a compra, obtido quando do pagamento de
obrigação antes do vencimento, é um desconto financeiro (Receita Financeira),
considerado na apuração do resultado líquido e não na apuração do resultado bruto.
4.4 - FRETES E SEGUROS SOBRE COMPRAS – Representam custos adicionais às
compras e podem, opcionalmente, não serem destacados em conta própria. Os fretes
sobre vendas não fazem parte dessa fase da apuração, é considerado na apuração do
resultado líquido (como Despesas de Vendas) e não na apuração do resultado bruto.
4.5 - COMPRAS LÍQUIDAS – Representam o valor das compras adicionado ao valor
dos fretes e seguros sobre compras e deduzido das compras anuladas, dos descontos
incondicionais obtidos e dos abatimentos sobre compras. Cálculo extra-contábil CL =
CB – Deduções+ fretes e seguros sobre compras
O Resultado Bruto, conforme contas discriminadas acima, refere-se exclusivamente
ao resultado com a atividade principal da empresa (no caso da comercial, o resultado
com mercadorias).
Para contabilizar as operações com mercadorias existem dois métodos:
•Método da conta Mista: Consiste em utilizar uma única conta que poderá ser
chamada de Mercadorias, ou outra similar, para registrar todas as operações com
mercadorias (Estoque inicial e Final, compras, vendas, devoluções de compras e
devoluções de vendas.)
•Método da Conta Desdobrada: Consiste em utilizar as três contas básicas: Estoque
de Mercadorias (para registrar os estoques inicial e final), Compras de Mercadorias e
Vendas de Mercadorias. Podem ainda, ser utilizadas contas Compras Anuladas (para
registrar as devoluções de compras) e Vendas Anuladas (para registrar as devoluções de
Vendas)
Seja qual for o método utilizado, a empresa poderá, ainda, adotar um dos
seguintes sistemas:
•Inventário Permanente: Consiste em controlar diariamente o valor do Estoque de
Mercadorias (após cada compra e após cada venda)
- Normalmente é utilizado por empresas de médio e grande porte;
- O Custo da Mercadoria Vendida é registrado, normalmente, após cada venda, a débito
da conta CMV e a crédito da conta Estoque de Mercadorias.
•Inventário Periódico: Por este sistema o valor do Estoque só é conhecido no final do
período mediante levantamento (inventário) físico realizado e, naturalmente, a
diferença entre o que existia anteriormente (Estoque Inicial + Compras) e o que
foi encontrado (estoque final) representa o valor do CMV.
- Normalmente é utilizado por empresas de pequeno porte, onde a relação custo X
benefício não recomenda um controle permanente
O método da Conta mista, pressupõe o desinteresse da empresa num controle mais
pormenorizado, devido ao volume das transações, porte da empresa e outros fatos
circunstanciais, desta forma não se adota o inventário permanente neste método.
Importante:
Mista = Debitada por compras e
creditada por vendas.
Método da conta
mercadorias: Desdobrada em Compras e Vendas
(Se inventário periódico) ou
Desdobrada somente em Vendas (se
inventário Permanente).
Permanente = O valor do estoque e do
custo da mercadoria vendida são
atualizados a cada compra e a cada
venda.
Sistema de Inventário:
Periódico: O valor do estoque e do custo
da mercadoria vendida só são
conhecidos no final do período, quando
da apuração do Resultado.
OBS: Como você pode observar, na mercadoria desdobrada com
inventário permanente o desdobramento é somente para vendas pois as
compras têm que ser registradas direto no estoque de mercadorias.
1 - FATOS QUE ALTERAM COMPRAS E VENDAS
Considerando o método da conta mercadoria desdobrada com inventário
periódico e desejando registrar os ajustes de compras e vendas em contas próprias
observemos os fatos abaixo:
Fatos que alteram compras: Compras Anuladas, Descontos ou Abatimentos
Incondicionais Obtidos, Fretes e Seguros sobre Compras.
Fatos que alteram vendas: Vendas Anuladas, Descontos ou Abatimentos
Incondicionais Concedidos, Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas (ICMS,
PIS, COFINS).
O Resultado da Conta Mercadorias (RCM) quando influenciado por
fatos que alteram as compras e as vendas terão suas fórmulas de
apuração extracontabeis alteradas na forma abaixo:

1ª fórmula: CMV = EI + C – EF passa a ser:


CMV = EI +(C + FC – CA – DIO ) – EF

Onde:

CMV  Custo..das..Mercadorias..Vendidas
 EI  Estoque..Inicial

C  Compras

 EF  Estoque..Final
 FC  Fretes ..e..seguros..sobre..compras

CA  Compras..anuladas
 DIO  Descontos..Incondicio nais..Obtidos

e a 2ª fórmula: RCM = V – CMV passa a ser
RCM = (V – VA – DIC – ICMS – PIS – COFINS ) – CMV

Onde:

 RCM  Re sultado..Conta..Mercadorias
V  Vendas

CMV  Custo..das..Mercadorias..Vendidas .

VA  Vendas.. Anuladas

 DIC  Descontos..Incondicio nais..Concedidos
 PIS  PIS ..sobre..o.. faturamento

COFINS  Contribuiç ão..Social ..sobre..o.. faturamento
 ICMS  Im posto..sobre..circulação ..de..Mercadorias..e..serviços

A apuração contábil segue a mesma rotina já mostrada Obs: Note que
destacou-se nas fórmulas (C + FC – CA – DIO ) que representa as
compras líquidas e também (V – VA – DIC – ICMS – PIS – COFINS )
que representa as vendas líquidas.
ICMS – O Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e
sobre Prestações de Serviço de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação é um imposto de competência estadual, incidente sobre a circulação de
mercadorias e sobre a prestação de alguns serviços, como o fornecimento de energia
elétrica, transporte e comunicações.
Até agora, quando nos referimos a compras e vendas de mercadorias, não
nos preocupamos como o ICMS, mas esse imposto incide sobre a maioria das
operações.
O valor do ICMS já vem incluso no valor das mercadorias constantes da
Nota Fiscal.
Exemplo de compras com incidência de ICMS: Compra no valor total de
R$1.000,00 com incidência de 18% de ICMS.
Registro no diário:
1 - Diversos
a caixa
Compra de Mercadorias ... 820,00
C/C ICMS ......................... 180,00 1.000,00
OBS.: A conta Compras de Mercadorias que é de apuração de Resultado Bruto, foi
debitada pelo valor líquido da compra, ou seja, pelo valor pago, menos o valor do ICMS.
O saldo desta conta será transferido para a conta Custo de Mercadorias Vendidas no
momento da apuração do Resultado Bruto.
A conta ICMS a Recuperar, do Ativo Circulante, foi debitada pelo valor do
ICMS incidente nessa compra. Esse valor representa Direito para a empresa, que
poderá compensá-lo no valor do ICMS devido nas vendas efetuadas no mesmo mês.
Exemplo de venda com incidência de ICMS: Digamos que tenha sido efetuada uma
venda no valor de R$500,00 com 18% de ICMS.
Registro no diário:
2 – Caixa
a Venda de Mercadorias .................. 500,00
3 – ICMS sobre Vendas
a C/C ICMS ...................................... 90,00
OBS.: A conta venda de mercadorias foi creditada no lançamento – 2 – por
R$500,00, corresponde ao valor da venda bruta. Essa conta representa Receita
Bruta de Vendas e seu saldo será transferido para a conta Resultado Com
Mercadorias no momento da apuração do Resultado Bruto.
A conta ICMS sobre Vendas foi debitada no lançamento – 3 – por
R$90,00correspondente ao valor do ICMS incidente sobre a venda. Essa conta é
redutora da Receita Bruta de Vendas e seu saldo será transferido para a conta
Resultado Com Mercadoria no momento da apuração do Resultado Bruto.
No lançamento – 1 – a conta C/C ICMS foi debitada pelo valor do ICMS
incidente sobre a compra (Direito da empresa), e no lançamento – 3 – foi creditada
pelo valor do ICMS incidente sobre a venda (Obrigação da empresa).
Como você pode observar, nas compras de mercadorias com incidência do
ICMS basta um lançamento para registrar o valor líquido das compras de
mercadorias e o valor do ICMS a débito da conta C/C ICMS. Por outro lado, nas
vendas de mercadorias com incidência de ICMS são necessários outros
lançamentos: um para registrar o valor da venda bruta e outro para registrar o ICMS
incidente na venda.
Você pode notar ainda que a conta C/C ICMS foi debitada no lançamento –
1 – pelo valor do ICMS incidente sobre a compra e creditada pelo lançamento – 3 –
pelo ICMS incidente sobre a venda.
Por esse imposto pertence ao governo, assim, nas compras as empresas
tem direito a recuperar o valor do ICMS pago ao fornecedor, e nas vendas, tem a
obrigação de recolher ao Governo do Estado o respectivo valor do ICMS incidente.
No final de cada mês, as empresas deverão apurar o saldo da C/C ICMS,
para verificar se a movimentação das mercadorias durante o mês acarretou direito ou
obrigação da empresa para com o Governo do Estado.
Se, no último dia do mês, a conta C/C ICMS apresenta saldo devedor,
significa que a empresa teve direito no referido mês; caso contrário, o valor deve ser
recolhido ao Governo do Estado, já que representa obrigação. Essas operações
deverão coincidir com o movimento registrado nos livros fiscais utilizados para registro
do ICMS.
Dessa forma, sendo o saldo credor, no último dia do mês deverá ser feito o
seguinte lançamento no livro Diário:
C/C ICMS
a ICMS a recolher .......................... $$$$$
Com esse lançamento, a conta C/C ICMS fica com saldo igual a zero, e a
conta ICMS a recolher, sendo creditada, representa a obrigação que a empresa terá
que recolher ao Governo do Estado nos primeiros dias do mês seguinte.
Quando, no final do mês, o saldo da C/C ICMS devedor, deveremos creditá-
la pelos mesmo valor do seu saldo para encerrá-la e transferir seu saldo para a
Conta ICMS a recuperar, que representa um direito da empresa, e a referida conta,
sendo do Ativo Circulante, reflete tal situação, vejamos:
ICMS a recuperar
a C/C ICMS ..................................... $$$$$
NOTAS: Atualmente, pela Constituição Federal, o IPI (Imposto sobre Produto
Industrializado) e o ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) são
os únicos impostos não cumulativos, isto é, são compensados em cada operação com o
montante cobrado nas anteriores. Em outras palavras, as empresas contribuintes dos
referidos impostos, ou seja, empresas que os cobram quando vendem suas
mercadorias (empresas comerciais) ou produtos (empresas industriais), tornando-se,
desta forma, devedoras do Estado (no caso do ICMS) ou da União (no caso do IPI), as
adquirirmos mercadorias para revenda (no caso das empresas comerciais) ou matérias-
primas para fabricação de produtos (no caso das empresas industriais), adquirirem
crédito contra o Estado (no caso do ICMS) ou contra a União (no caso do IPI).
Pela legislação atual, o ICMS é um mposto “por dentro”, isto é, já está embutido
no valor da operação. Porém, o IPI é um imposto “por fora”, ou seja, não está
embutido no valor da operação. Assim, por exemplo, se uma empresa compra
mercadorias para revenda no valor de R$1.000,00 com ICMS de 18% e IPI de
20%, os R$180,00 de ICMS já estão embutidos nos R$1.000,00. Porém, os
R$200,00 de IPI não estão embutidos nos R$1.000,00. Logo, o total da nota
fiscal de compra é de R$1.200,00. Como a empresa comercial em questão
cobra apenas o ICMS na venda de suas mercadorias, ela é contribuinte do
mesmo, mas é do IPI. Desa forma, só irá recuperar o ICMS (ICMS a Recuperar
= R$180,00). O IPI não recuperável se tornará um custo da mercadoria
comprada.
. Desta forma:

COMPRAS BRUTAS = R$1.000,00 + R$200,00 – R$180,00 = R$1.020,00

Todos os gastos assumidos pela empresa comercial para que as mercadorias


adquiridas para revenda cheguem as seu estabelecimento devem integrar o custo das
mercadorias compradas, tais como os fretes, os seguros e as armazenagens. No caso
do frete, independentemente do mesmo ser cobrado pelo próprio fornecedor da
mercadoria (e incluído ou não na nota fiscal) ou por uma empresa transportadora, sobre
ele deverá incidir o ICMS, no caso em que o transporte seja interestadual ou
intermunicipal. Se o transporte for dentro do município, indicará apenas ISS.
5. (Agente da Polícia Federal – 2004) ( ) Quando o valor do ICMS a
recolher for superior ao valor do ICMS a recuperar, o diferencial obtido entre
o ICMS a recolher e o ICMS a recuperar será registrado no ativo.
• Apuração do Resultado Operacional Líquido.
Partindo do Lucro Bruto, estudado em aulas anteriores, chegaremos ao Lucro
Operacional Líquido, ao deduzirmos as despesas operacionais e adicionarmos outras
receitas operacionais.
As Despesas Operacionais são aquelas decorrentes do desenvolvimento das
atividades normais da empresa.
As Receitas Operacionais são, também, aquelas decorrentes do desenvolvimento
das atividades normais da empresa.
As Despesas e Receitas Operacionais foram as mencionadas em aulas
anteriores. Enfatizaremos as despesas com depreciação, amortização, exaustão e com
devedores duvidosos, a seguir.
Depreciação, Amortização e Exaustão

• Depreciação
Corresponde à diminuição do valor dos elementos classificáveis no Ativo Imobilizado,
resultante do desgaste pelo uso, ação da natureza ou obsolescência normal. A
depreciação é efetivada em taxa anual do valor em função da vida útil do bem material
considerado, pode também ser contabilizada mensalmente, dividindo a quota anual por
doze.
Existem vários métodos de depreciação como método linear ou em linha reta, método
da soma dos dígitos crescentes e decrescentes (Método de Cole). O mais usado (é o
que o utilizaremos) é o método linear ou em linha reta, que consiste em aplicar taxas
constantes durante o tempo de vida útil estimado para o bem.
A depreciação pode ainda ser normal ou acelerada, diferenciando-se tão somente em
relação à taxa aplicada, que poderá variar conforme o número de turnos de utilização
do bem (cada turno corresponde a um período de oito horas). Assim, se o bem for
utilizado durante um único turno, a ele será aplicada a taxa normal; se for utilizado
durante dois turnos, será aplicada a taxa multiplicada pelo coeficiente 1,5 e ser for
utilizado durante três turnos será aplicada a taxa multiplicada pelo coeficiente 2.
Os bens que normalmente aparecem no Ativo Imobilizado e estão sujeitos a
depreciação, com os respectivos prazos de vida útil estimado e taxas aplicáveis são:

CONTAS PRAZOS TAXAS


ADMITIDOS

Computadores 5 anos 20% ao ano


Imóveis (exceto Terrenos) 25 anos 4% ao ano
Instalações 10 anos 10% ao ano
Móveis e Utensílios 10 anos 10% ao ano
Veículos 5 anos 20% ao ano
Vamos calcular o valor da quota de depreciação da Conta Móveis e Utensílios, sabendo
que o saldo da conta é de R$ 80.000 e a taxa anual de depreciação é de 10%.
Temos:

taxa.. X ..valor..do..bem
 quota de depreciação
100

Veja os Cálculos:

10 X 80.000
 R$ 8.000
100
A contabilização da quota de depreciação é feita através do seguinte lançamento:

Depreciação (Conta de Despesa, vai para o Resultado)


a Depreciação Acumulada (Conta Patrimonial, redutora de Ativo Permanente)
Depreciação anual sobre Móveis e Úteis. Pela taxa 10% ao ano......................8.000
A Quota de Depreciação poderá ser calculada, também, da seguinte maneira:

Quota = valor do bem – valor residual


Tempo de vida útil

Taxa de Depreciação = 100%


TV/u

Quota = Taxa . (valor do bem - valor residual)

Valor Contábil = Valor do bem - Depreciação Acumulada


OBS: . O bem material só está sujeito a depreciação a partir da data de sua
efetiva utilização que, caso ocorra no curso de um exercício, terá a sua
quota de depreciação daquele exercício, proporcional ao número de meses
efetivamente utilizados.
Método da Soma dos Dígitos

O Cálculo das quotas de depreciação neste método será realizado da seguinte


forma:
1ª. Etapa – Somar os algarismos que compõem o número de anos de vida útil do bem
a ser depreciado.
2ª. Etapa – Multiplicar o valor a ser depreciado a cada ano pela fração cujo
denominador é a soma obtida na 1ª. Etapa, e o numerador, para o primeiro ano, é de n
(n = tempo de vida útil estimado), para o 2º. Ano, n – 1, para o 3º. Ano, n – 2, e assim
sucessivamente até o último ano, onde o numerador é 1, isso para o método da soma
dos dígitos decrescentes, já para o método crescente, o processo será inverso.
Exemplo: Veículo adquirido por R$40.000,00, em 01/01/X1 e posto
imediatamente em uso. Calcule as quotas de depreciação pelo método da
soma dos dígitos crescentes e decrescentes.

Tempo de vida útil: 5 anos, logo, 1+2+3+4+5 = 15


Soma dos dígitos crescentes:

Ano de X1 = (40.000,00 – 10.000,00) x 1 = 2.000,00


15
Ano de X2 = (40.000,00 – 10.000,00) x 2 = 4.000,00
15
Ano de X3 = (40.000,00 – 10.000,00) x 3 = 6.000,00
15
Ano de X4 = (40.000,00 – 10.000,00) x 4 = 8.000,00
15
Ano de X5 = (40.000,00 – 10.000,00) x 5 = 10.000,00
15

TOTAL = 30.000,00
Soma dos dígitos decrescentes (Método de Cole):

Ano de X5 = (40.000,00 – 10.000,00) x 5 = 10.000,00


15
Ano de X4 = (40.000,00 – 10.000,00) x 4 = 8.000,00
15
Ano de X3 = (40.000,00 – 10.000,00) x 3 = 6.000,00
15
Ano de X2 = (40.000,00 – 10.000,00) x 2 = 4.000,00
15
Ano de X1 = (40.000,00 – 10.000,00) x 1 = 2.000,00
15

TOTAL = 30.000,00
Depreciação Acelerada Normal.

Consiste em se atribuir coeficientes multiplicativos em função do número de


horas trabalhadas por bens móveis sujeitos ao desgaste pelo uso.
Os coeficientes de aceleração são os seguintes:

Exemplo: Uma máquina, cuja taxa de depreciação é de 10% a.a. está sendo utilizada
em 2 turnos de 8 h. diárias. Assim, a taxa de depreciação passa a ser:

10% x 1,5 = 15% a.a.


Número de turnos de 8 h Coeficiente a ser
aplicado à tx
1 1,0
2 1,5
3 2,0
Depreciação de Bens Adquiridos Usados:

Neste caso, o prazo de depreciação será o maior dentre os seguintes:

a) metade do tempo de vida útil do bem adquirido novo.

b) restante do prazo de vida útil do bem, considerando este em relação à primeira


instalação ou utilização desse bem.
Exemplo: Veículo posto em uso pela primeira vez em 01/01/X1. Tendo sido adquirido
usado em 01/01/X3, por R$30.000,00. Calcule a nova quota de Depreciação,
considerando a data em que o bem foi adquirido usado.

a) Metade do Tempo de vida útil do bem adquirido novo = 5 anos / 2 = 2,5 anos

b) Restante do tempo de vida útil do bem:

Como o veículo foi adquirido usado em 01/01/X3 e foi posto em uso pela
primeira vez em 01/01/X1, restam, portanto, 3 anos a ser depreciado, tomando-se por
base a primeira vez em que o bem foi posto em uso.

Com isso, o maior dentre os dois itens são 3 anos:

Nova Quota: 30.000,00 / 3 anos = 1.000,00 a.a.


• Amortização

Diminuição do valor dos Bens imateriais (Benfeitorias em Imóveis de Terceiros


Marcas e Patentes, Despesas de Organização etc.) em razão do tempo. O Cálculo das
quotas de amortização é semelhante ao das quotas de depreciação. Para conhecer o
valor da quota de Amortização basta aplicar a taxa sobre o valor da conta a se
amortizada.
Portanto, com base no parágrafo 2º. do artigo 183 da Lei 6.404/76, podemos inferi
que a diminuição do valor dos elementos do ativo imobilizado ou do ativo intangível será
registrada periodicamente nas contas de amortização quando corresponder à perda do
valor do capital aplicado na aquisição de direitos de propriedade comercial ou industria
(exemplo: patentes – ativo intangível) e quaisquer outros com existência ou exercício de
duração limitada (exemplo: concessões obtidas – ativo intangível), ou cujo objeto sejam
bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado (exemplo: benfeitorias
em imóveis de terceiros – ativo imobilizado).
OBS.: Para a aplicação da amortização, devem ser observadas duas características
básicas e cumulativas:

- Prazo de duração limitado.


- Inexistência de indenização.

Assim , por exemplo, as benfeitorias em imóveis de terceiros somente se


sujeitam a amortização, caso sejam atendidas as seguintes condições cumulativas:
- O Contrato de locação, arrendamento ou cessão seja celebrado por prazo
determinado.
- Não haja direito à indenização das benfeitorias edificadas por ocasião do
término do prazo contratual estabelecido.
Bens sujeitos à Amortização:

- Patentes de invenção, fórmulas e processos de fabricação, direitos autorais


licenças, amortizações ou concessões.
- Direitos sobre bens que, nos termos da lei ou contrato que regule a
concessão de serviço público, devem reverter ao poder concedente, ao fim do prazo de
concessão, sem indenização.
- Custo de aquisição, prorrogação ou modificação de contratos e direitos de
qualquer natureza, inclusive de exploração de fundo de comércio.
- Custo das construções ou benfeitorias em bens locados ou arrendados, ou
de bens de terceiros, quando não houver direito ao recebimento de seu valor em
restituição.
Cálculo:
Para o cálculo da quota de amortização, aplica-se a taxa de amortização sobre
a base de cálculo, sendo esta o custo de aquisição do bem amortizável, mais
posteriores acréscimos. Se a taxa for mensal, a quota de amortização será mensal. Se
a taxa de amortização for anual, a quota de amortização será anual. Assim, por
exemplo, se uma patente de invenção foi adquirida em 13/10/X0 por R$48.000,00, com
duração de 10 anos, teremos:
- Taxa anual de amortização = 100% / 10 anos = 10% a.a.
- Quota anual = 10% x R$48.000,00 = R$4.800,00
- Taxa mensal de amortização = 10% / 12 meses = 5/6% a.m.
- Quota mensal de amortização = R$48.000,00 / 12 meses = R$400,00 a.m.
10X 40.000
 4.000
100

Neste caso o valor a ser amortizado é de R$ 4.000 e seria contabilizado da seguinte


forma:
Suponhamos, agora, que a Conta Benfeitorias em Imóveis de Terceiros apresente
saldo de R$ 40.000, o qual deve ser amortizado a taxa de 10% ao ano. Temos:

Lançamento:

Amortização (Conta de Despesa, vai para o Resultado)


a Amortização Acumulada (Conta Patrimonial, redutora de Ativo Permanente)
Amortização anual sobre Benfeitorias, Pela taxa 10% ao ano....................4.000
• Exaustão

Diminuição ao longo do tempo, do valor dos Bens e Direitos do Ativo Imobilizado


relativos a recursos minerais e florestais. Essa diminuição decorre de sua exploração
(extração ou aproveitamento). Os procedimentos para cálculo e contabilização da
Exaustão são semelhantes aos da Depreciação e Exaustão.
OBSERVAÇÕES:
1) As máquinas e equipamentos de extração mineral ou florestal, opcionalmente, podem
ser depreciados, ao invés de serem exauridos.
2) Somente se sujeitam à exaustão as minas que estejam sob regime de concessão
A exploração de recursos minerais sob a forma de arrendamento ou licenciamento não
pode ser objeto de exaustão.
3) No caso da exploração de recursos florestais, temos quatro hipóteses:
1ª. Hipótese – Quando o prazo contratual for inferior ao período previsto para o
esgotamento do recursos florestais, a perda de valor será contabilizada como
amortização, e não como exaustão, visto que, antes do esgotamento dos recursos, o
direito de exploração será terminado.
2ª. Hipótese – Quando o esgotamento dos recursos estiver previsto para ocorrer antes
do fim do prazo contratual, a perda de valor será contabilizada como exaustão.
3ª. Hipótese – Quando o prazo de exploração dos recursos for indeterminado, a
perda de valor será contabilizada como exaustão.
4ª. Hipótese – Os projetos florestais destinados à exploração dos respectivos frutos
sujeitam-se à depreciação, e não à amortização ou exaustão. Tal depreciação será
calculada com base na vida útil estimada dos recursos florestais objeto da exploração.
4) Não se há de confundir a exaustão de recursos florestais com a depreciação de
projetos florestais destinados à exploração dos frutos. Ao passo que a exaustão é
referente ao corte (exemplo: extração de madeira), a depreciação é relativa à
extração de frutos (exemplo: extração de manga). Assim, suponhamos que uma
empresa agropecuária explore o cultivo de café. Considerando um tempo de vida útil de
20 anos para este plantio, a taxa anual de depreciação seria de 5%.

5) Ao passo que os gastos para a obtenção do direito de exploração de minas e jazidas


estão sujeitos à exaustão, as despesas com prospecção e cubagem estão sujeitas à
amortização.
CÁLCULO DE EXAUSTÃO DE RECURSOS MINERAIS:
São dois os métodos para o cálculo de exaustão de recursos minerais:
1º. Método – Exaustão em função do prazo de concessão:
Exemplo:
Custo da concessão = R$120.000,00
Prazo da concessão = 20 anos
Taxa de exaustão anual: 100% / 20 = 5%
Despesa de Exaustão (anual) = 5% x R$120.000,00 = R$6.000,00
2º. Método - Exaustão em função da relação entre a produção do período e a
possança conhecida da mina.
Exemplo:
Custo da concessão = R$120.000,00
Possança conhecida = 50.000 m3
Produção do ano = 2.000 m3
Taxa de exaustão do ano = 4% x R$120.000,00 = R$4.800,00
Obs.: A escolha do primeiro ou segundo método dependerá da comparação entre o
prazo de concessão dos direitos de exploração e o prazo previsto para o efetivo
esgotamento dos recursos. Se o prazo da concessão for maior do que o prazo previsto
para o esgotamento, deve-se se exaurir com base nos recursos efetivamente extraídos
(segundo método). No entanto, se o prazo da concessão for menor do que o prazo
previsto para o esgotamento, deve-se exaurir em função do prazo da concessão (RIR
1999, art. 330, § 2º.). Assim, suponhamos, por exemplo, que uma empresa mineradora
tenha adquirido os direitos de exploração de uma mina por R$5.000.000,00, por meio
de um contrato de 5 anos de vigência. Se, após dois anos de exploração, tiverem sido
extraídos 30% da possança da mina, teremos o seguinte:

- Prazo de concessão (= prazo de contrato) = 5 anos


- Prazo previsto para o esgotamento = 30% --------------------- 2 anos
100% ------------------- X

30X = 200, logo, X = 200 / 30, logo, X = 6,67


Com isso, como o prazo da concessão (5 anos) é menor do que o prazo
previsto para esgotamento (6,67 anos), deve-se exaurir a referida mina em função do
prazo de concessão, aplicando, no caso, uma taxa de exaustão de 100% / 5 anos, ou
seja, 20% ao ano. Desta forma, no exemplo dado, a exaustão acumula ao fim de 2 anos
será de 40% do valor do direito de exploração da mina, isto é, 40% de R$5.000.000,00
ou seja, R$ 2.000.000,00. Assim, o referido direito será classificado no ativo não
circulante intangível da empresa e avaliado no balanço ao valor contábil de
R$3.000.000,00.
Cálculo de Exaustão de Recursos Florestais

Com base no art. 330 do RIR/1999, o critério adotado para a exaustão de


recursos florestais não é o mesmo para a exaustão de recursos minerais, pois, mesmo
que a perda de valor dos recursos minerais seja em função do prazo contratual, e não
no tempo de esgotamento de recursos, deve ser sempre contabilizada como exaustão
Desta forma, com relação aos recursos florestais, só haverá exaustão quando o
esgotamento dos recursos estiver previsto para ocorrer antes do fim do prazo
contratual, ou quando o prazo de exploração dos recursos for indeterminado.
Exemplo:

Bem a ser exaurido: Plantação de eucaliptos para utilização numa siderúrgica


Valor de aquisição = R$360.000,00
Quantidade Total = 300 hectares de floresta com eucaliptos plantados
Extração do ano = 75 hectares de floresta
Taxa de exaustão do ano = 75 / 300 = 25%
Despesa de exaustão do ano = 25% x R$360.000,00 = R$90.000,00
Contabilização:

Ao exaurimos do ativo intangível os direitos de exploração de minas, jazidas ou


florestas, regra geral, debitamos a conta Despesa de Exaustão, que, apesar da
impropriedade da palavra “despesa”, não é considerada como tal e sim como custo de
extração, e creditamos a conta Exaustão Acumulada.
D – Despesa de Exaustão
C – Exaustão Acumulada

Em seguida, essa “pseudo” despesa integrará o saldo dos minérios da seguinte forma:
D – Estoque de Minérios
C – Despesa de Exaustão
No entanto, há uma alternativa mais recomendável: Não utilizamos a conta “Despesa de
Exaustão” e integramos diretamente o valor da exaustão aos estoques de minérios
extraídos, fazendo o seguinte lançamento:

D – Estoque de Minérios
C – Exaustão Acumulada
Assim, por exemplo, suponhamos que uma empresa mineradora adquirisse em 1º. de
outubro de 2009 uma mina de bauxita por R$5.000.000,00 e que essa mina tivesse
capacidade para produzir 20.000 toneladas desse minério. Suponho que no referido mês
a empresa extraísse 500 toneladas de bauxita. Supondo também que a exaustão é
calculada com base nas toneladas extraídas, ao fim de outubro teríamos o seguinte
cálculo e a seguinte contabilização:

Exaustão = (500 / 20.000) x R$5.000.000,00 = R$125.000,00

D – Estoque de bauxita
C – Exaustão Acumulada 125.000,00
Supondo que nos meses de novembro e dezembro a extração mensal fosse a mesma de
outubro, então a exaustão acumulada até o fim do ano seria de R$375.000,00 e no
balanço patrimonial teríamos:

Ativo Intangível:
Direitos de Exploração de Minas R$5.000.000,00
Exaustão Acumulada (R$ 375.000,00)

R$4.625.000,00
Exercício
• (Agente da Polícia Federal – 2009) Suponha que uma empresa mineradora tenha
adquirido os direitos de exploração de uma mina por R$ 5 milhões, por meio de um
contrato com cinco anos de vigência. Nesse caso, após dois anos de exploração, se
tiverem sido extraídos 30% da possança da mina, o referido ativo, classificado no
imobilizado, deverá estar avaliado no balanço da empresa por R$ 3 milhões ( ).

Resolução:

Segundo vimos, deveremos comparar o prazo de concessão com o prazo de


esgotamento da mina, dos dois, o que tiver o menor prazo:

- Prazo de concessão (= direito de exploração) = 5 anos


- Prazo previsto para o esgotamento = 30% --------------------- 2 anos
100% ------------------- X

30X = 200, logo, X = 200 / 30, assim, X = 6,67


Como pudemos comprovar, o menor prazo é o prazo de concessão.

Com isso, a taxa de exaustão que deverá ser usada para o cálculo da Quota d
Exaustão será => 100% / 5 anos = 20% a.a.

20% x 5.000.000,00 = R$1.000.000,00 a.a.

Logo, o valor contábil dessa mina será R$5.000.000,00 – R$2.000.000,00 =


R$3.000.000,00
O valor expresso pela questão está certo, só que o referido valor não será classificado
no Ativo Não-Circulante – Imobilizado, mas sim no Intangível, conforme preconiza o
inciso VI, do art. 179 da Lei 6.404/1976 – no intangível: os direitos que tenham po
objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com
essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. Diferentemente do que diz o
inciso IV da mesma lei que classifica os bens no Imobilizado, vejamos: IV – no ativo
imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à
manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa
finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os
benefícios, riscos e controle desses bens;
Provisões:

As provisões, sejam do ativo ou do passivo, representam valores cujas


perfeitas quantificações dependem de fatos ainda não concretizados, mas que, devido
aos princípios da oportunidade, competência e, principalmente, ao princípio da
prudência, devem ser contabilizadas. Em outras palavras, podemos afirmar que as
provisões são determinadas com base em estimativas que envolvam certa incerteza.
Todas Provisões terão saldo credor, e são divididas em Provisões Ativas, que
funcionam como contas retificadoras de Ativo e Provisões Passivas que funcionam
como contas normais de Passivo.
Dentre as Provisões Ativas destacaremos a Provisão para Crédito de Liquidação
Duvidosa ou Provisão para Devedores Duvidosos (PDD). Se as duplicatas a receber
referentes a tais vendas forem para recebimento dentro do mesmo exercício da venda,
nenhuma provisão será feita e, caso haja insolvência das referidas, a perda deverá ser
apropriada como Perdas com Clientes. No entanto, se o prazo das duplicatas a receber
ultrapassar o exercício social da venda, neste deverá ser feita uma Provisão para
Devedores Duvidosos, a qual gerará uma Despesa com Provisão para Devedores
Duvidosos, sendo esta apropriada ao resultado do exercício em que ocorrer a venda, e
não no exercício em que se esgotarem todos os recursos de recebimento.
As Provisões do ativo mais conhecidas são:

- Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado.


- Provisão para Devedores Duvidosos ou Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa.
- Provisão para Perdas Prováveis na Realização de Investimentos
- Provisão para Ajuste ao Valor Recuperável ou Provisão para Perdas
Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado

De acordo com o inciso II do art. 183 da Lei 6.404/1976, no balanço os


estoques de mercadorias, de produtos, de matérias-primas e de material de
almoxarifado devem ser avaliados pelo custo de aquisição (ou produção), ou o valor
de mercado, dos dois o menor.
Nesse caso, sendo o valor de mercado dos estoques inferior ao custo de
aquisição (no caso das mercadorias, matérias-primas e material de almoxarifado) ou
ao custo de produção (no caso de produtos fabricados por uma indústria), deve-se
fazer uma Provisão para Ajuste ao Mercado.
Exemplo:

A Cia. Claudinho Alves, cujo exercício social coincide com o ano-calendário, no encerramento do
exercício de 20X8, possuía em estoque as seguintes mercadorias:

Mercadoria X Mercadoria Y Mercadoria Z

Custo de Aquisição 7.000 6.300 1.900

Valor de Mercado 9.400 5.100 1.400

Valor a Provisionar 1.200 500


Lançamento da Provisão:

D – Despesa com Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado


C – Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado 1.700

Com isso, no Balanço Patrimonial de 31/12/X8, entre outras contas, a empresa terá:

Mercadorias 15.200,00
Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado (1.700,00)

Exercício

(Agente da Polícia Federal – 2002) Julgue o item abaixo:


Sempre que os custos de produção apresentarem valor inferior aos preços de mercado,
os estoques de produtos acabados serão avaliados a preços de mercado. ( )
Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa

A Provisão para Crédito de Liquidação duvidosa é constituída no final do Exercício


contábil, com a finalidade de absorver perdas que provavelmente ocorrerão no
recebimento de direitos oriundos da exploração da atividade econômica da empresa,
decorrentes da venda de bens nas operações de conta própria, dos serviços prestados
e das operações de conta alheia, normalmente contabilizados nas Contas Duplicatas a
Receber ou Clientes. A PDD poderá ser calculada a partir do Critério das Perdas
Prováveis, onde a mesma é calculada a partir de uma taxa sobre determinada base de
cálculo. O percentual a ser aplicado sobre os direitos citados será obtido pela relação
entre a soma das perdas efetivamente ocorridas nos últimos três exercícios.
Atualmente, pela Legislação do Imposto de Renda, não existe mais o
conceito de perdas prováveis, razão pela qual a despesa com PDD, segundo este
critério, não é mais dedutível (já foi no passado) no cálculo do Lucro Fiscal ou Lucro
Real, sendo esta a base de cálculo do imposto de renda das empresas do Brasi
obrigadas a declararem desta forma. No entanto, apesar da restrição imposta pelo
Fisco, em observância, principalmente, ao princípio da prudência, as empresas devem
continuar constituindo a PDD com base neste critério.
A base de cálculo da PDD é formada a partir do montante das Duplicatas a
Receber, no encerramento do exercício social, desde que estas estejam relacionadas
com as atividades operacionais da empresa da seguinte forma:
- Se for uma empresa comercial, são relacionadas com as vendas de mercadorias a
prazo.
- Se for uma empresa industrial, são aquelas relacionadas com a venda de produtos a
prazo.
- Se for uma empresa prestadora de serviços, aquelas relacionadas com a prestação de
serviços a prazo.
Veja como o percentual deve ser apurado e o respectivo lançamento:

Dados extraídos da escrita contábil de uma empresa comercial:

ANO SALDO DA CONTA DUPLICATAS A PERDAS –


RECEBER EM 1º DE JANEIRO VALORES NÃO
RECBIDOS

X1 10.000 500
X2 20.000 3.000
X3 30.000 700
TOTAIS 60.000 4.200
Neste Caso, em 31/12/ X3, o percentual para fins de cálculo da provisão será de 7%

7% de 30.000 = 2.100 (valor da provisão)


Cálculo do percentual: 60.000 = 100%
4.200 = X

Logo :

4200 X 100
 7%
60.000
O lançamento contábil seria:
Despesas com Créditos de Liquidação Duvidosa (Despesa)
a Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa (Conta Patrimonial,
7% sobre os Direitos, nesta data..........................................................2.100
Suponhamos que no final do ano seguinte, X4, duplicata no valor de R$ 1.000 fo
considerada incobrável. Esse valor deverá ser baixado do saldo de Duplicatas a Receber
contra a Conta Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa. O Lançamento contábi
seria:
Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa
a Duplicatas a Receber
Baixa da Duplicata Y de aceite do Sr José Calote, nesta data, incobrável................1.000
Ainda no final do ano X4, quando se deve criar nova Provisão e havendo saldo na conta
Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa, que é o caso (saldo de 1.100), o mesmo
será revertido para resultado através do seguinte lançamento:
Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa
a Resultado do Exercício
Reversão do saldo não utilizado......................................................................1.100

Após a reversão do saldo não utilizado, cria-se nova provisão, conforme exemplo
anterior.

OBS: A nova provisão poderá ser criada, também, pela diferença entre o saldo existente
no exercício anterior e o valor calculado da nova provisão, eliminando assim o
lançamento da reversão do saldo não utilizado.
PDD pelas Perdas Efetivas:
Segundo esse critério, o qual é o único atualmente contemplado pela
legislação do imposto de renda, a dedutibilidade da despesa com PDD estará
condicionada às seguintes restrições:
a) Os créditos baixados em decorrência de sentença proferida pelo Poder Judiciário
poderão ser deduzidos como despesas no cálculo do imposto de renda.
b) Os créditos sem garantia poderão ser deduzidos como despesas, observadas as
seguintes condições:
- Os vencidos a mais de seis meses, de valor igual ou inferior a R$5.000,00, po
operação, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu
recebimento.
- Os vencidos há mais de um ano, de valor acima de R$5.000,00 até R$30.000,00 po
operação, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu
recebimento, porém, mantida a cobrança administrativa.
- Os vencimentos há mais de um ano, de valor acima de R$30.000,00, por operação
desde que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento.
c) Os créditos com garantia, de qualquer valor, vencidos a mais de dois anos, desde que
iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento ou arresto das
garantias.

d) Os créditos contra devedor declarado falido ou pessoa jurídica concordatária,


relativamente à parcela que exceder o valor que esta tenha se comprometido a pagar,
observado que a parcela do crédito cujo compromisso de pagar não houver sido
honrado pela empresa concordatária poderá, também, ser deduzida como perda,
respeitadas as condições e limites acima previstos.
Provisões para Perdas Prováveis na Realização de Investimentos (PPPRI)

Conta retificadora de participações permanentes no capital de outras


sociedades que não sejam empresas coligadas ou controladas. Deve ser constituída no
encerramento do exercício social quando, nas empresas investidas, há perdas de difícil
ou improvável recuperação, isto é, quando essa perda estiver comprovada como
permanente.
Exemplo: A Cia. X, em março de 20X1, adquiriu, sem a intenção de venda 7% das
ações da Cia Y, por R$40.000,00. Em 31/12/20X1, o valor de mercado das ações caiu
para R$31.000,00, pois em setembro de 20X!, houve um incêndio na Cia Y, destruindo
uma de suas fábricas, sendo tal perda considerada de difícil recuperação. Assim, no
encerramento do seu exercício social a Cia X fará uma Provisão para Perdas Prováveis
na Realização de Investimentos, da seguinte forma:

D – Despesas com PPPRI (despesa não-operacional)


C – PPPRI 9.000,00

No balanço de 31/12/20X1 da Cia X:


Participações Societárias 40.000
PPPRI (9.000)
Supondo que no exercício social de 20X2 parte da perda seja recuperada, fazendo com
que o valor das ações suba de R$31.000,00 para R$34.000,00, no encerramento do
exercício de 20X2 a Cia X, faria a reversão de R$3.000,00 da referida provisão:

D – PPPRI
C – Reversão de PPPRI (receita não-operacional) 3.000,00

No balanço de 31/12/20X2 da Cia X:


Participações Societárias 40.000
PPPRI (6.000)
Provisões Passivas:

As provisões passivas, por terem, também, saldo credor, serão classificadas


como contas normais de Passivo. As contas que representam as provisões do passivo
mais conhecidas são:
- Provisão para Imposto de Renda.
- Provisão para Contribuição Social sobre o Lucro
- Provisão para 13º. Salário
- Provisão para Férias
- Provisão para Contingências

Exercício

(Agente da Polícia Federal – 2004) Julgue o item abaixo:

Ao se efetuar o registro de provisão passiva, o valor do patrimônio líquido aumenta.


( ).
•Notas Explicativas.

As demonstrações contábeis devem ser complementadas por notas explicativas


quadros analíticos e outras demonstrações contábeis necessárias para uma plena
avaliação da situação e da evolução patrimonial de uma empresa. As notas devem
conter no mínimo a descrição dos critérios de avaliação dos elementos patrimoniais e
das práticas contábeis adotadas, dos ajustes dos exercícios anteriores, reavaliações
ônus sobre ativos, detalhamento das dívidas de longo prazo, do capital e dos
investimentos relevantes em outras empresas etc.
Portanto, as Notas Explicativas são informações que visam complementar as
demonstrações financeiras e esclarecer os critérios contábeis utilizados pela empresa,
a composição dos saldos de determinadas contas, os métodos de depreciação, os
critérios de avaliação dos elementos patrimoniais etc.
No tange às Notas Explicativas, a Lei 6.404/76, em seu parágrafe 5º do artigo
176, já com as modificações da Lei 11.941/09, uma série de situações que devem ser
mencionadas em Notas Explicativas, para isso montamos o seguinte bizu:

E O R I C O A A A
-Eventos Relevantes ocorridos após o encerramento do exercício (i).

-Obrigações a Longo Prazo (e).

-Reavaliação de Ativos (c).

-Investimentos em Outras Cias – Relevantes (b).

-Critério de Avaliação Patrimonial – Depreciação – Estoques – Provisões (a).

-Ônus Reais e Garantia a Terceiros (d).

-Ajuste de Exercícios Anteriores (h).

-Ações – Opção de compras exercidas no exercício (g).

- Ações – número, espécie e classes (f).


Art. 176 - § 5o As notas explicativas devem: (Redação dada pela Lei 11.941, de
2009)
I - apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações
financeiras e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para negócios
e eventos significativos; Lei 11.941, de 2009)
II - divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil
que não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações
financeiras; (Incluído pela Lei 11.941, de 2009)
III - fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações
financeiras e consideradas necessárias para uma apresentação adequada; e (Incluído
pela Medida Provisória nº 449, de 2008)
IV - indicar: (Incluído pela Lei 11941, de 2009)
a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente
estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de
provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis na
realização de elementos do ativo; (Incluído pela Lei 11.941, de 2009)
b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (art. 247, parágrafo
único); (Incluído pela Lei 11.941, de 2009)
c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações (art
182, § 3o); (Incluído pela Lei 11.941, de 2009)
d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a
terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes; (Incluído pela Le
11.941, de 2009)
e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo
prazo; (Incluído pela Lei 11.941, de 2009)
f) o número, espécies e classes das ações do capital social; (Incluído pela Lei
11.941, de 2009)
g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício; (Incluído
pela Lei 11.941, de 2009)
h) os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1o); e (Incluído pela Lei 11.941,
de 2009)
i) os eventos subseqüentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou
possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da
companhia. (Incluído pela Lei 11.941, de 2009)
Erros e Escrituração / Soluções

Conforme vimos, dentre os livros de escrituração, somente o


Diário é obrigatório pela legislação comercial. Diante disso o livro
Diário está sujeito a formalidades intrínsecas como: as operações
devem ser registradas em rigorosa ordem cronológica de dia, mês
e ano; a escrituração não deve conter linhas em branco, escritos nas
entrelinhas, borrões, rasuras ou emendas.
Observa-se que os erros de escrituração mais comuns são:

- Erros de redação, borrões, rasuras, registros nas entrelinhas, saltos de


linhas ou de páginas;

- Valores lançados a maior ou a menor;

- Troca de uma conta por outra;

- Inversão de contas;

- Omissão de lançamentos; e

- Lançamentos em duplicata, isto é, lançamentos repetidos.


Os modos de correção utilizados são:

-Estorno total do lançamento;

-Lançamento retificativo;

-Lançamento complementar; e

- Ressalva por profissional habilitado.


ERROS DE REDAÇÃO – Nos erros de redação (histórico), quando
constatados antes de encerrado o lançamento, basta utilizar um termo adequado
como: digo, ou melhor etc.

Exemplo: Rio de janeiro, 28 de outubro de 2011.


Móveis e Utensílios
a Caixa
Nota Fiscal nº 01, ref. compra de um automóvel, digo, de uma mesa
150

Se, porventura, o erro de histórico for notado posteriormente, a solução


será estornar totalmente o lançamento e efetuar novo lançamento correto.

OBS.: ESTORNAR significa lançar inversamente, ou seja, a conta debitada


no lançamento errado será creditada no estorno e a conta creditada no
lançamento errado será debitada no estorno. Assim o lançamento de estorno anula o
lançamento errado.
BORRÕES, RASURAS, REGISTROS NAS ENTRELINHAS,
SALTOS DE LINHAS OU DE PÁGINA – Ocorrendo um
destes erros de escrituração, o Contabilista deverá ressalvar,
datar e assinar a ressalva na própria escrituração. No caso
de salto de linhas deverá, além disso, preencher a linha com
um traço horizontal e no caso de salto de páginas, deverá
preencher a página em branco com um traço diagonal.
VALORES LANÇADOS A MAIOR/ SOLUÇÃO: Lançamento retificativo.
Exemplo: Fato: Retirada de banco para reforço de caixa, no valor de R$ 1.000

Lançamento (errado)
Caixa
a Banco c/ movimento
Nossa retirada para reforço de caixa.............................10.000

A correção poderá ser feita de duas maneiras:


a) Estornar o lançamento inteiro (anulando-o) e lançar novamente a importância
correta.
b) Estornar apenas a diferença:

Lançamento retificativo (estornando apenas a diferença a maior):


Banco c/ movimento
a Caixa
Estorno de parte do lançamento efetuado a maior em ___/___/___Referente a
nossa retirada para reforço de caixa............................................................9.000
VALORES LANÇADOS A MENOR / SOLUÇÃO - Lançamento Complementar.
Exemplo: Fato: Pagamento de Imposto predial, relativo ao ano anterior, no valor de
R$ 890.

Lançamento (errado)
Impostos
a Caixa
Pago imposto predial referente a pagamento de imposto predial .....................390
Esse erro também pode ser corrigido de duas maneiras:
a) Estornar o lançamento e lançar novamente.
b) Efetuar um lançamento complementar:

Lançamento Complementar - Lançando a diferença que complementa o valor correto


Impostos
a Caixa
Complemento do lançamento efetuado a menor em __/__/__ referente a
pagamento de imposto predial ...........................................................................500
TROCA DE UMA CONTA POR OUTRA /ESTORNAR SOMENTE A CONTA ERRADA
Exemplo: Fato: Compra de Veículo, à vista, no valor de R$20.000.

Lançamento (errado)
Moveis e Utensílios
a Caixa
Compra de um automóvel conforme N.F .....................20.000
Observe que a conta a ser debitada seria Veículos, porém lançamos, erradamente,
Móveis e Utensílios.
A correção pode ser feita de duas maneiras:
a) Estornar e lançar novamente.
b) Estornar somente a Conta Móveis e Utensílios e debitar a conta Veículos:
Veículos
a Móveis e Utensílios
Transferência que se processa da 2ª para a 1ª conta, tendo em vista
lançamento indevido em ref. a compra de uma estante conf. NF....20.000
INVERSÃO DE CONTAS / SOLUÇÃO - Estornar e lançar novamente ou inverter as
contas e lançar o valor duas vezes.
Exemplo: Fato: compra de veículo, a vista no valor de R$30.000.
Lançamento (errado)
Caixa
a Veículos
Compra de um automóvel............................................30.000
Note que a conta debitada deveria ser Veículos e não Caixa. Nesse Caso a correção
pode ser feita de duas maneiras:
a) Estornar e lançar corretamente. Ou conforme abaixo,
b) Inverter as contas e lançar a importância duas vezes:
Veículos
a Caixa
Estorno do lançamento de __/__/__ ref. a compra......30.000
Compra de um automóvel conforme N.F.....................30.000
60.000
OMISSÃO DE LANÇAMENTOS /SOLUÇÃO - Efetivar o lançamento.

A omissão de lançamento se dá quando, por esquecimento, o


lançamento não foi efetuado na época oportuna. Para corrigir, basta
efetivar o lançamento no dia em que se verificou a omissão,
mencionado no histórico o motivo e a data correta do evento.

Quando a omissão implicar em falta de recolhimento de impostos,


a empresa deverá providenciar os respectivos recolhimentos,
espontanea-mente, acrescidos dos encargos correspondentes.
LANÇAMENTO EM DUPLICIDADE/ SOLUÇÃO - Estornar o último
lança-mento.

Ocorre quando se registra duas vezes o mesmo fato administrativo.


Quando observado o erro de lançamento em duplicata, basta que se
proceda ao estorno de um do último lançamento.
OPERAÇÕES COM DUPLICATAS
FATURA – Documento essencialmente comercial emitido nas vendas a
prazo com vencimento superior a trinta dias.
A principal finalidade da fatura é informar ao comprador a relação das
Notas Fiscais correspondentes às compras, bem como a data que o
cliente deverá efetuar o pagamento de uma só vez ou em parcelas.
DUPLICATA – É um título de crédito que pode ser emitido pelas
empresas que efetuarem vendas a prazo. Tem esse nome por
corresponder a cópia da fatura. SACADOR: Quem emite a Duplicata.
SACADO: Quem aceita pagar o valor mencionado na data referida. (O
aceite do comprador configura-se pela sua assinatura no Título)
EXEMPLO:
Data: 01/12/2009 – A empresa ALFA LTDA possui 5 duplicatas de sua
emissão, no valor de R$ 2.000 cada, de números 01 a 05 com vencimentos
para 31/01/2010 (nº 01 e 02) e 28/02/2010 (nº 03, 04 e 05).
A empresa poderá manter as referidas duplicatas em “carteira de cobrança”
ou enviar para o banco para uma das operações:
a) COBRANÇA SIMPLES - A empresa remete as duplicatas para cobrança, sem sacar
adiantadamente qualquer importância.

a-1) Pela remessa ao banco, para cobrança, das duplicatas 01 a 05 Lançamento


(Diário) :

Rio de Janeiro, 01 de dezembro de 2009.


Títulos em Cobrança
a Endosso para cobrança
Nossa remessa conf. Borderô 001.........10.000
a-2) Pelo aviso de débito da comissão bancária (R$ 100) Lançamento
Diário:
Rio de Janeiro, 01 de dezembro de 2009
Despesas bancárias
a Banco conta Movimento
Conforme aviso bancário de débito.............100

a-3) Pelo aviso de crédito em conta corrente das duplicatas recebidas pelo banco:
Lançamento Diário:

Rio de Janeiro, 28 de fevereiro de 2010.


Banco conta Movimento
a Duplicatas a Receber
Conforme aviso bancário de crédito.......10.000
a-4) Pela baixa na compensação

Rio de Janeiro, 28 de fevereiro de 2010.


Endosso para Cobrança
a Títulos em cobrança
pela baixa na compensação..................10.000
b) DESCONTO – A empresa desconta a duplicata nº 01 (R$ 2000) com vencimento
a 31/01/2010. O banco cobra uma taxa de juros simples de 5% ao
mês (antecipadamente, isto é, deduz o valor de 200 relativo a juros sendo 100
referente a dezembro 2010 e mais 100 referente ao mês de janeiro de 2011)
cobra, ainda, R$ 80 de comissão bancária.

b-1) Pelo desconto (no dia 01/12/2010)

D - Banco conta movimento ...................................... 1720


D - Juros passivos a vencer ........,,............................ 200
D - Comissão bancária .............................................. 80
C - Duplicatas Descontadas ...................................... 2000
b-2) Pela apropriação dos juros incorridos ref dez/10 (no dia 31/12/2010)
D - Juros Passivos
C - Juros Passivos a Vencer .............................. 100

b-3) Pela apropriação dos juros incorridos relativos a jan /11 ( 31/01/2011)

D - Juros Passivos
C - Juros Passivos a Vencer .............................. 100
b-4) Pelo aviso bancário de quitação da duplicata descontada, pelo sacado
(31/01/2011).

D - Duplicatas Descontadas
C - Duplicatas a Receber .................................... 2.000

b-5) Pelo aviso bancário de transferência da duplicata descontada para


cobrança simples (31/01/2011) caso não houvesse a quitação.

D - Duplicatas Descontadas
C - Banco Conta movimento ..................................2.000
- REFLEXO NO PATRIMÔNIO:
c) EMPRÉSTIMO COM CAUÇÃO DE DUPLICATAS
Dados relativos ao contrato de empréstimo:
- Valor do empréstimo: R$ 8.000 (entre 60 e 80% das duplicatas)
- Valor da duplicatas dadas ao banco para cobrança em garantia: R$ 10.000
- Prazo do empréstimo: 6 meses
- Vencimentos das duplicatas : até seis meses
- Valor da comissão bancária (Despesa bancária): R$ 50

c-1) Pela remessa ao banco, para cobrança, como garantia por empréstimos,
das duplicatas.

D - Duplicatas em caução bancária


C - Caução bancária de Duplicatas ....................10.000
c-2) Pelo aviso de crédito em conta corrente do valor do empréstimo (80%):

D - Banco Conta Movimento


C - Banco conta Caução ,,,,,,,,,,,,....................8.000

c-3) Pelo aviso de débito da comissão bancária (R$ 50):


D - Despesas Bancárias
C - Banco conta movimento ..............................50

c-4) Pelo aviso bancário de recebimento do valor total das duplicatas dadas
em garantia:
D - Banco Conta Caução
C - Duplicatas a Receber .....,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,.10.000
c-5) Pelo aviso de crédito em conta corrente do excesso do valor das
duplicatas recebidas em relação ao valor do empréstimo (normalmente
20% do valor das duplicatas): Lançamento (Diário) :
D - Banco conta Movimento
C - Banco conta caução ...........................................2.000

c-6) Pela baixa na compensação Lançamento (Diário) :

D - Caução bancária de duplicatas


C - Duplicatas em caução bancária ....,,,,,,,,,..........10.000
- REFLEXO NO PATRIMÔNIO:
DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE
CAIXA - DFC
A DFC é uma demonstração que tem por
finalidade evidenciar as transações
ocorridas em determinado período e que
provocaram modificações nas
disponibilidades da empresa (caixa, bancos
e aplicações imediatas).
Métodos da DFC
Método direto – Por este método são
demonstrados os pagamentos e
recebimentos que entraram no Caixa.
(disponibilidades)
Modelo de DFC DIRETO
DFC da _________em __/12/XX:
I - Fluxos das Operações:
(+) Recebimento de Vendas
(-) Pagamento de Compras
(-) Pagamentos de impostos
(-) Pagamento de Despesas Operacionais
(=) Caixa Gerado pelas Operações
II - Fluxos dos Investimentos:
(-) Aquisição de Investimentos /imobilizado
(+) Vendas de Investimentos /imobilizado
(=) Caixa Gerado pelos Investimentos
III - Fluxos dos Financiamentos:
(+) integralização do capital
(+) Empréstimos Bancários
(-) Amortização de Financiamentos
(-) Pagamentos de dividendos
(=) Caixa Gerado pelos Financiamentos
Variação Total das Disponibilidades: (I + II + III)
Saldo Inicial das Disponibilidades:
Saldo Final das Disponibilidades:
SITUAÇÃO INICIAL

ATIVO PASSIVO E PL
X6 X7 X6 X7

Circulante Circulante
- Caixa 700 - - fornecedores 100 -
- Duplicatas a receber 300 - - Empréstimos 500 -
- Estoques 500 - -

Permanente - Patrimônio Líquido -


- Investimentos 100 Capital 1.500
- Imobilizado 1.000 - Lucros acumulados 1000 -
- Diferido 500 - -
- -
- -

Total do ativo 3.100 - Total do passivo/PL 3.100 -


Fatos em X7
-Receitas de R$ 2.000,00, sendo 70% à vista e o restante a
prazo
- Impostos sobre vendas: R$ 400,00
-CMV : R$ 250,00
- Depreciação: 10% Imobilizado
- Impostos sobre o lucro: R$ 210,00
- Pagamento de outras despesas: R$ 200,00 (à vista )
- Pagamento dos fornecedores e do empréstimo de X6 (em
dinheiro)
- compra de um terreno para alugar: R$ 50,00 (em dinheiro)
- Reserva legal 5% e dividendos:400
DRE E VARIAÇÃO DO CAIXA
DRE
CAIXA VENDAS 2.000
(-) IMPOSTOS (400)
700 200
V. LÍQUIDAS 1.600
1.400 100
500 (-) CMV (250)
50 LUCRO BRUTO 1.350
(-) DESP. OPER. (300)
SD 1.250 LUC. OPERAC. 1.050
(-) IR/CSLL (210)
LUCRO LIQUID. 840
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
X6 X7 X6 X7
Circulante Circulante
- Caixa 700 1250 fornecedores 100 0
- Duplicatas a Rec. 300 900 Empréstimos 500 0
- Estoques 500 250 Impostos a Rec. 610
Permanente Dividendos a PG 400
- Investimentos 100 150
- Imobilizado Patrim. Líquido
1.000 1000
- Deprec Acum Capital 1.500 1500
(100)
- Diferido Lucros acum. 1408
500 500 1.000
Reserva legal 32

Total do ativo 3.100 3950 Total do passivo/PL 3.100 3950


DFC MODELO DIRETO

DFC em 31/12/07:
I - Fluxos das Operações:
(+) Recebimento de Vendas 1.400
(-) Pagamento de Compras (100)
(-) Pagamento de Despesas Operacionais (200)
(=) Caixa Gerado pelas Operações 1.100
II - Fluxos dos Investimentos:
(-) Aquisição de novos Investimentos/Imobilizado (50)
(=) Caixa Gerado pelos Investimentos (50)
III - Fluxos dos Financiamentos:
(+) Empréstimos Bancários 0
(-) Amortização de Financiamentos (500)
(=) Caixa Gerado pelos Financiamentos (500)
Variação Total das Disponibilidades: 550
Saldo Inicial das Disponibilidades: 700
Saldo Final das Disponibilidades: 1.250
DFC MÉTODO INDIRETO
Para evidenciar os fluxos operacionais no
método indireto, partimos do lucro líquido do
exercício da DRE, isto é, partimos do resultado
econômico da companhia. Após sucessivos
ajustes, chegamos ao valor de fluxo gerado pelo
caixa, este método também é conhecido como o
método da reconciliação.
MODELO DFC INDIRETO
DFC ________em __/12/XX:
I - Fluxos das Operações:
Resultado do Exercício
(+) Depreciação
(-) aumento das duplicatas a receber
(+) Diminuição dos estoques
(-) diminuição de fornecedores
(-) diminuição de contas a pagar e impostos a recolher
(=) Caixa Gerado pelas Operações
II - Fluxos dos Investimentos:
(-) Aquisição de Investimentos /imobilizado
(+) Vendas de Investimentos /imobilizado
(=) Caixa Gerado pelos Investimentos
III - Fluxos dos Financiamentos:
(+) integralização do capital
(+) Empréstimos Bancários
(-) Amortização de Financiamentos
(-) Pagamentos de dividendos
(=) Caixa Gerado pelos Financiamentos
Variação Total das Disponibilidades: (I + II + III)
Saldo Inicial das Disponibilidades:
Saldo Final das Disponibilidades:
MODELO DFC INDIRETO
DFC da em 31/12/X7:
I - Fluxos das Operações:
Resultado do Exercício 840
(+) Depreciação 100
(-) aumento das duplicatas a receber (600)
(+) Diminuição dos estoques 250
(-) diminuição de fornecedores (100)
(+ aumento de contas a pagar e impostos a recolher 610
(=) Caixa Gerado pelas Operações 1.100
II - Fluxos dos Investimentos:
(-) Aquisição de Investimentos /imobilizado (50)
(+) Vendas de Investimentos /imobilizado
(=) Caixa Gerado pelos Investimentos (50)
III - Fluxos dos Financiamentos:
(+) integralização do capital
(+) Empréstimos Bancários
(-) Amortização de Financiamentos (500)
(-) Pagamentos de dividendos
(=) Caixa Gerado pelos Financiamentos (500)
Variação Total das Disponibilidades: (I + II + III) 550
Saldo Inicial das Disponibilidades: 700
Saldo Final das Disponibilidades: 1.250
Entendendo o método Indireto
O método indireto não apresenta diretamente as
variações nas disponibilidades (daí o nome
indireto),mas efetua a análise por meio das
variações corridas nas demais contas do Ativo
Circulante e do Passivo Circulante.
Resumo das variações do AC e PC

Aumento Redução

Contas do AC Redução do Caixa (desembolso) Aumento do Caixa (recebimento)

Contas do PC Aumento do Caixa (não pagamento) Redução do Caixa (pagamento)


CONCLUSÃO

A diferença entre o modelo indireto e o modelo


direto da DFC está apenas na evidenciação dos
fluxos gerados pelas operações. Não há
diferença no que diz respeito aos fluxos gerados
pelos financiamentos e pelos investimentos
EXERCÍCIO

(Agente da Polícia Federal – 2009) Na demonstração


dos fluxos de caixa, classificam-se no fluxo de
financiamento, entre outras operações, a colocação de
debêntures, a distribuição de juros sobre o capital
próprio e a integralização de capital em espécie ( ).
DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS (DLPA)

A DLPA evidencia as alterações ocorridas no saldo da conta de lucros ou prejuízos


acumulados, no Patrimônio Líquido.

De acordo com o artigo 186, § 2º da Lei nº 6.404/76, adiante transcrito, a companhia


poderá, à sua opção, incluir a demonstração de lucros ou prejuízos acumulados nas
demonstrações das mutações do patrimônio líquido.

"A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá indicar o montante do dividendo


por ação do capital social e poderá ser incluída na demonstração das mutações do
patrimônio líquido, se elaborada e publicada pela companhia."
OUTRAS SOCIEDADES

A DLPA é obrigatória para as sociedades limitadas e outros tipos de


empresas, conforme a legislação do Imposto de Renda (art. 274 do
RIR/99).

COMPOSIÇÃO

A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá discriminar:

1. o saldo do início do período e os ajustes de exercícios anteriores;


2. as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício; e
3. as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros
incorporada ao capital e o saldo ao fim do período.
TRANSFERÊNCIAS PARA RESERVAS

São as apropriações do lucro feitas para a constituição das reservas


patrimoniais, tais como: reserva legal, reserva estatutária, reserva de lucros
a realizar, reserva para contingências.

SUBSTITUIÇÃO PELA DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO


PATRIMÔNIO LÍQUIDO

De acordo com o § 2º do artigo 186 da Lei nº 6.404/76 a Demonstração de


Lucros ou Prejuízos Acumulados poderá ser incluída na demonstração das
mutações do patrimônio líquido, se elaborada e divulgada pela companhia,
pois não inclui somente o movimento da conta de lucros ou prejuízos
acumulados, mas também o de todas as demais contas do patrimônio
líquido.
Estrutura da Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados

Saldo Inicial
Ajustes de Exercícios Anteriores
Efeitos da Mudança de Critério Contábil
Retifcação de Erro de Exercícios Anteriores
Parcela de Lucros Incorporados ao Capital
Reversão de Reservas
De Contingências
De Lucros a Realizar
Lucro (Prejuízo) Líquido do Exercício
Proposta da Administração de Destinação do Lucro
Reserva Legal
Reserva Estatutária
Dividendos a Distribuir ou Lucros a Destinar
Saldo Final de Lucros (Prejuízos) Acumulados
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
- Conceito
A demonstração das mutações do patrimônio líquido é aquela destinada a
evidenciar as mudanças, em natureza e valor, havidas no patrimônio líquido da
entidade, em um determinado período de tempo.

- Conteúdo e Estrutura
A demonstração das mutações do patrimônio líquido discriminará:
- os saldos no início do período;
- os ajustes de exercícios anteriores;
- as reversões e transferências de reservas e lucros;
- os aumentos de capital, discriminando sua natureza;
- as destinações do lucro líquido do período;
- as reavaliações de ativos e sua realização, líquida do efeito dos
impostos correspondentes;
- o resultado líquido do período;
- as compensações de prejuízos;
- os lucros distribuídos;
- os saldos no final do período.
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
ESTRUTURA

Itens Capital Reservas Reservas Lucros e Total


Social de Capital de Lucros Prej. Acum.
Saldos (31/12/X1)

Lucro Líquido (X2)


Reserva Legal
Dividendos
Ágio na emissão de
ações
Aumento do Capital:
-Com lucros
-Com res. de Capital
-Pelos sócios

Saldos (31/12/X1)
DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO
A partir de 1º de janeiro de 2008, com o advento da Lei nº 11.638/07, essa
demonstração contábil passou a ser obrigatória. Sendo assim, o Valor Adicionado ou
Valor Agregado que representa a riqueza criada por uma entidade num determinado
período de tempo (geralmente, um ano), passou, além de ter uma considerada
importância quanto à tomada de decisão, agora também tem sua relevância perante
o fisco.
Com essa demonstração pode-se afirmar que a soma das importâncias
agregadas representa, na verdade, a soma das riquezas criadas, logo, a riqueza total
de um país pode ser obtida pela soma dos valores agregados pelos seus agentes
econômicos, ou seja pelas pessoas físicas, pessoas jurídicas com fins lucrativos, o
governo, associações, fundações, demais entidades sem fins lucrativos, etc. O
somatório dos valores agregados por todos esses agentes é conhecido pelo nome de
Produto Interno Bruto (PIB).
Antes mesmo de tornar-se obrigatória, a necessidade da elaboração
fazia-se presente num grande número das empresas brasileiras, em função dos
aspectos abaixo elencados:
- A Demonstração do Resultado do Exercício identifica apenas qual a parcela da
riqueza criada que efetivamente permanece na empresa na forma de lucro, logo
não identifica as demais gerações de riquezas (valores adicionados ou agregados);
- As demais demonstrações financeiras também não são capazes de indicar
quanto de valor (riqueza) a entidade está adicionando ou agregando às
mercadorias ou insumos que adquire; e
- As demonstrações mencionadas não identificam, ainda, quanto e de que forma
foram distribuídos os valores adicionados ou agregados (ou seja, não identificam
de que forma foram distribuídas as riquezas criadas pela empresa).
A Demonstração do Valor Adicionado indica de forma clara e precisa a
parte da riqueza que pertence aos sócios ou acionistas, a que pertence aos
demais capitalistas que financiam a entidade (capital de terceiros), a que pertence
aos empregados e finalmente a parte que fica com o governo.
Na Demonstração do Resultado do Exercício, a parte de terceiros
(capitalistas, empregados, governo) é considerada como despesas ou custos,
porque, do ponto de vista dos proprietários, esses valores distribuídos
representam redução do lucro e consequentemente redução da parcela que cabe
a cada proprietário.
Como se pode observar, a Demonstração do Resultado do Exercício e a
Demonstração do Valor Adicionado têm enfoques bem diferentes e objetivam
fornecer informações sob distintos pontos de vista, o que as torna
complementares e imprescindíveis, pois a elaboração e divulgação de ambas
atende de forma eficaz a necessidade que os usuários possuem de informações.
Vários estados e municípios, antes da concessão de incentivos fiscais,
analisam o projeto de instalação da empresa, incluindo nessa análise o montante do
possível valor a ser adicionado e sua efetiva distribuição (mão-de–obra, serviços de
terceiros utilizados ou adquiridos, impostos, juros e lucros).
O valor agregado e sua efetiva distribuição pode, na maioria das vezes,
decidir sobre a concessão ou não dos incentivos fiscais pelo município ou estado,
tendo em vista que a obtenção e distribuição do valor adicionado (agregado)
representa o valor da efetiva riqueza produzida e distribuída pela empresa
provocando, dessa forma, crescimento econômico efetivo na área municipal ou
estadual.
Quando uma sociedade efetua a produção cria riqueza, a qual é
representada pela diferença entre o valor da venda e o valor pago a terceiros a título
de insumos para a obtenção dos produtos, mercadorias ou serviços. Na verdade, os
fornecedores de insumos também geraram riquezas quando os produziram.
Esta é a razão pela qual são diminuídos, na parte inicial da DVA, o valor
pago a terceiros para a aquisição das mercadorias e serviços vendidos e pela
utilização de insumos e materiais (de limpeza, de escritório, de propaganda e
publicidade), bem como pelos demais consumos administrativos.
É de se notar que a transferência de riqueza aparece na parte inferior da
demonstração, evidenciando a sua efetiva distribuição na forma de pagamento de
impostos para a administração pública (tributos), ou como remuneração do trabalho
ou do capital (de terceiros, pela obtenção do capital sob a forma de empréstimo ou
próprio, na forma de risco assumido pelos proprietários).
Como se pode perceber, a DVA fornece uma visão bem abrangente sobre a
real capacidade de uma sociedade produzir riqueza (no sentido de agregar ou
adicionar valor em seu patrimônio) e sobre a forma como distribui essa riqueza entre
os diversos fatores da produção (trabalho, capital próprio ou de terceiros, governo).
De maneira genérica, o valor adicionado pode ser calculado pela diferença
entre o valor das vendas brutas (já deduzidos o valor das devoluções de vendas e dos
descontos incondicionais concedidos) e o valor total dos insumos adquiridos de
terceiros (custos das mercadorias revendidas, matéria-prima e demais insumos
consumidos, serviços adquiridos de terceiros, etc.).
Como distribuição do valor agregado, devem ser considerados os seguintes
valores:
- Mão-de-obra de terceiros (sem computar o valor dos encargos sociais);
- Encargos sociais (INSS e FGTS);
- Impostos e contribuições (valores devidos ao governo municipal, estadual e federal);
- Juros, aluguéis e outras remunerações a terceiros;
- Lucro líquido (inclusive a parte não distribuída).
A Demonstração do Valor Adicionado pode ser apresentada da seguinte forma:
I – Geração do Valor Adicionado – Elementos:
Receitas Operacionais e não Operacionais
(-) Custo das Mercadorias, Produtos e Serviços Vendidos
(-) Serviços adquiridos de terceiros
(-) Materiais e Insumos, Energia, Comunicação, Propaganda e etc.
(-) Outros Valores
(=) Valor Bruto Adicionado
(-) Despesas de Depreciação, Amortização e Exaustão
(=) Valor Adicionado Líquido
(+) Valores remunerados por terceiros (juros, aluguéis e outros)
(=) Valor Adicionado à Disposição da Empresa
II – Distribuição do Valor Adicionado
Remuneração do Trabalho
Remuneração do Governo (impostos e contribuições)
Remuneração do Capital de Terceiros (juros, aluguéis, etc.)
Remuneração do Capital Próprio (Dividendos e Lucros Retidos)
Outros
(=) Total do Valor Distribuído (igual ao total gerado)
EXERCÍCIO

Demonstração de lucros acumulados de 1999 (em R$ mil)


Lucros acumulados em 31/12/98 50.000
Lucro do exercício social de 1999 120.000
Parcela destinada à formação da reserva legal (6.000)
Parcela destinada à formação da reserva de (20.000)
contingências
Reversão da reserva de lucros a realizar 10.000
Dividendos declarados (50.000)
Lucros acumulados em 31/12/99 104.000

(Agente da Polícia Federal – 2000) Com base no quadro demonstrativo de lucros acumulados de
uma sociedade anômina do ramo de navegação, apresentado acima, julgue os itens que se
seguem.
1. Os dividendos declarados pela empresa, relativamente ao exercício social de 1999, são
superiores a 25% do lucro líquido do exercício ajustado por constituição e reversão de reservas.
2. A reserva legal, a de contingências e a de lucros a realizar fazem parte do patrimônio líquido da
empresa.
3. O saldo de lucros acumulados em 31/12/99 não poderá ser utilizado para nova distribuição de
dividendos, em conformidade com os princípios de contabilidade.
4. Para a formação da reserva de contingências, deverá haver um registro a débito da conta
relativa a essa reserva no valor de R$ 20.000.000,00.
5. Os dividendos declarados deverão ser registrados a débito das disponibilidades.
Princípios de Contabilidade.
Resolução CFC n.º 750/93

(Esta Resolução possui o Apêndice II aprovado pela Resolução CFC nº 1111/07).


Dispõe sobre os Princípios Fundamentais de Contabilidade (PFC).
Dispõe sobre os Princípios de Contabilidade (PC). (Redação dada pela
Resolução CFC nº. 1.282/10)
O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições
legais e regimentais,
CONSIDERANDO que a evolução da última década na área da Ciência Contábil
reclama a atualização substantiva e adjetiva dos Princípios Fundamentais de
Contabilidade a que se refere a Resolução CFC 530/81,
CONSIDERANDO a necessidade de prover fundamentação apropriada para
interpretação e aplicação das Normas Brasileiras de Contabilidade, (Redação dada
pela Resolução CFC nº. 1.282/10)
CAPÍTULO I

DOS PRINCÍPIOS E DE SUA OBSERVÂNCIA

Art. 1º Constituem PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE


(PFC) os enunciados por esta Resolução.

§ 1º A observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade é


obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das
Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC).

§ 2º Na aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade há situações


concretas e a essência das transações deve prevalecer sobre seus aspectos
formais.
Art. 1º Constituem PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (PC) os enunciados po
esta Resolução.

§ 1º A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício


da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de
Contabilidade (NBC).

§ 2º Na aplicação dos Princípios de Contabilidade há situações concretas e a


essência das transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais
(Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)
CAPÍTULO II

DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO

Art. 2º Os Princípios Fundamentais de Contabilidade representam a essência das


doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento
predominante nos universos científico e profissional de nosso País. Concernem, pois,
à Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o
patrimônio das entidades.

Art. 2º Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias


relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos
universos científico e profissional de nosso País. Concernem, pois, à Contabilidade no
seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o patrimônio das entidades.
(Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)
Art. 3º São Princípios Fundamentais de Contabilidade:

Art. 3º São Princípios de Contabilidade: (Redação dada pela Resolução CFC nº.
1.282/10)
I) o da ENTIDADE;
II) o da CONTINUIDADE;
III) o da OPORTUNIDADE;
IV) o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;
V) o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; (Revogado pela Resolução CFC nº. 1.282/10)
VI) o da COMPETÊNCIA; e
VII) o da PRUDÊNCIA.
O PRINCÍPIO DA ENTIDADE

Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da


Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um
Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de
pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de
qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por conseqüência, nesta
acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários,
no caso de sociedade ou instituição.

Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é


verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em
nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.
O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE

Art. 5º A CONTINUIDADE ou não da ENTIDADE, bem como sua vida definida ou


provável, devem ser consideradas quando da classificação e avaliação das mutações
patrimoniais, quantitativas e qualitativas.

§ 1º A CONTINUIDADE influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o


valor ou o vencimento dos passivos, especialmente quando a extinção da ENTIDADE
tem prazo determinado, previsto ou previsível.

§ 2º A observância do Princípio da CONTINUIDADE é indispensável à correta


aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA, por efeito de se relacionar diretamente à
quantificação dos componentes patrimoniais e à formação do resultado, e de constituir
dado importante para aferir a capacidade futura de geração de resultado.
Art. 5º O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em
operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos
componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância. (Redação
dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)
O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE

Art. 6º O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se, simultaneamente, à


tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas mutações,
determinando que este seja feito de imediato e com a extensão correta,
independentemente das causas que as originaram.

Parágrafo único – Como resultado da observância do Princípio da


OPORTUNIDADE:
I – desde que tecnicamente estimável, o registro das variações patrimoniais
deve ser feito mesmo na hipótese de somente existir razoável certeza de sua
ocorrência;

II – o registro compreende os elementos quantitativos e qualitativos,


contemplando os aspectos físicos e monetários;

III – o registro deve ensejar o reconhecimento universal das variações


ocorridas no patrimônio da ENTIDADE, em um período de tempo determinado,
base necessária para gerar informações úteis ao processo decisório da gestão.
Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e
apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações
íntegras e tempestivas.

Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na


divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância,
por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a
confiabilidade da informação. (Redação dada pela Resolução CFC nº.
1.282/10)
O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL

Art. 7º Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores


originais das transações com o mundo exterior, expressos a valor presente na
moeda do País, que serão mantidos na avaliação das variações patrimoniais
posteriores, inclusive quando configurarem agregações ou decomposições no
interior da ENTIDADE.

Parágrafo único – Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL


resulta:

I – a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos
valores de entrada, considerando-se como tais os resultantes do consenso
com os agentes externos ou da imposição destes;
II – uma vez integrado no patrimônio, o bem, direito ou obrigação não poderão
ter alterados seus valores intrínsecos, admitindo-se, tão-somente, sua
decomposição em elementos e/ou sua agregação, parcial ou integral, a outros
elementos patrimoniais;

III – o valor original será mantido enquanto o componente permanecer como


parte do patrimônio, inclusive quando da saída deste;

IV – os Princípios da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA e do REGISTRO PELO


VALOR ORIGINAL são compatíveis entre si e complementares, dado que o
primeiro apenas atualiza e mantém atualizado o valor de entrada;

V – o uso da moeda do País na tradução do valor dos componentes


patrimoniais constitui imperativo de homogeneização quantitativa dos mesmos.
Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os
componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores
originais das transações, expressos em moeda nacional.

§ 1º As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus


distintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas:

I – Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem


pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que
são entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são
registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da
obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou
equivalentes de caixa, os quais serão necessários para liquidar o passivo no
curso normal das operações; e
II – Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes
patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes dos seguintes
fatores:

a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes


de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem
adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis. Os passivos são
reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que
seriam necessários para liquidar a obrigação na data ou no período das demonstrações
contábeis;

b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes de


caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os passivos
são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se
espera seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das
operações da Entidade;
c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do
fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no
curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor
presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera
seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da
Entidade;

d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo
liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem
favorecimentos; e

e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda


nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o
ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais.
§ 2º São resultantes da adoção da atualização monetária:

I – a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não


representa unidade constante em termos do poder aquisitivo;

II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das


transações originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda
nacional, a fim de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos
componentes patrimoniais e, por consequência, o do Patrimônio Líquido; e

III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente
o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a
aplicação de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do
poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período. (Redação dada pela
Resolução CFC nº. 1.282/10)
O PRINCÍPIO DA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA

Art. 8º Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem


ser reconhecidos nos registros contábeis através do ajustamento da expressão
formal dos valores dos componentes patrimoniais.

Parágrafo único – São resultantes da adoção do Princípio da ATUALIZAÇÃO


MONETÁRIA:
I – a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não
representa unidade constante em termos do poder aquisitivo;

II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das


transações originais (art. 7º), é necessário atualizar sua expressão formal em
moeda nacional, a fim de que permaneçam substantivamente corretos os
valores dos componentes patrimoniais e, por conseqüência, o do patrimônio
líquido;

III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas, tão-


somente, o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante
a aplicação de indexadores, ou outros elementos aptos a traduzir a variação do
poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período. (Revogado pela
Resolução CFC nº. 1.282/10)
O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA

Art. 9º As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do


resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se
correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento.

§ 1º O Princípio da COMPETÊNCIA determina quando as alterações no ativo


ou no passivo resultam em aumento ou diminuição no patrimônio líquido,
estabelecendo diretrizes para classificação das mutações patrimoniais,
resultantes da observância do Princípio da OPORTUNIDADE.

§ 2º O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quando


correlatas, é conseqüência natural do respeito ao período em que ocorrer sua
geração.
§ 3º As receitas consideram-se realizadas:

I – nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou


assumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela investidura na
propriedade de bens anteriormente pertencentes à ENTIDADE, quer pela
fruição de serviços por esta prestados;

II – quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o


motivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou
maior;

III – pela geração natural de novos ativos independentemente da intervenção


de terceiros;

IV – no recebimento efetivo de doações e subvenções.


§ 4º Consideram-se incorridas as despesas:

I – quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de


sua propriedade para terceiro;

II – pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo;

III – pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo.


Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e
outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem,
independentemente do recebimento ou pagamento.

Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da


confrontação de receitas e de despesas correlatas. (Redação dada pela
Resolução CFC nº. 1.282/10)
O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA

Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para


os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se
apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações
patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

§ 1º O Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da hipótese de que resulte


menor patrimônio líquido, quando se apresentarem opções igualmente
aceitáveis diante dos demais Princípios Fundamentais de Contabilidade.
Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau
de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em
certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam
superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados,
atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação
dos componentes patrimoniais. (Redação dada pela Resolução CFC nº.
1.282/10)

§ 2º Observado o disposto no art. 7º, o Princípio da PRUDÊNCIA somente se


aplica às mutações posteriores, constituindo-se ordenamento indispensável à
correta aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA. (Revogado pela Resolução
CFC nº. 1.282/10)
§ 3º A aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA ganha ênfase quando, para
definição dos valores relativos às variações patrimoniais, devem ser feitas
estimativas que envolvem incertezas de grau variável. (Revogado pela
Resolução CFC nº. 1.282/10)

Art. 11. A inobservância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade


constitui infração nas alíneas “c”, “d” e “e” do art. 27 do Decreto-Lei n.º 9.295,
de 27 de maio de 1946 e, quando aplicável, ao Código de Ética Profissional do
Contabilista.

Art. 11. A inobservância dos Princípios de Contabilidade constitui infração nas


alíneas “c”, “d” e “e” do art. 27 do Decreto-Lei n.º 9.295, de 27 de maio de 1946
e, quando aplicável, ao Código de Ética Profissional do Contabilista. (Redação
dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

Art. 12. Revogada a Resolução CFC n.º 530/81, esta Resolução entra em
vigor a partir de 1º de janeiro de 1994.
Exercícios

(Adaptada) Uma empresa que contabiliza suas operações pelo regime de


caixa, quando as comparar com o princípio da competência, para fins de
balanço, vai verificar que as despesas incorridas, mas não pagas no exercício,
provocaram um passivo menor que o real e um lucro maior que o real ( ).
(AFRF/98 - Adaptada) - No mês de julho, a firma Papoulas Ltda. foi registrada e captou
recursos totais de R$7.540,00, sendo R$ 7.000,00 dos sócios, como capital registrado e
R$ 540,00 de terceiros, sendo 2/3 como empréstimos obtidos e 1/3 como receitas
ganhas. Os referidos recursos foram todos aplicados no mesmo mês, sendo R$ 540,00
em mercadorias; R$ 216,00 em poupança bancária; R$ 288,00 na concessão de
empréstimos; e o restante em despesas normais. Após realizados esses atos de
gestão, pode-se afirmar que a empresa ainda tem um patrimônio bruto e um patrimônio
líquido, respectivamente, de R$ 1.044,00 e R$ 684,00 ( ).
(TRF/2000 - Adaptada) - Considerando as regras fundamentais da digrafia contábil,
que determina o registro da aplicação dos recursos simultaneamente e em valores
iguais às respectivas origens, temos como correta a seguinte equação contábil geral:
Ativo = Passivo + Capital Social + Despesas – Receitas ( ).
(Adaptada) Considere os dados a seguir:
Caixa R$10.000,00
Bancos R$18.000,00
Mercadorias R$26.000,00
Imóveis ?
Fornecedores R$30.000,00
Capital Social R$20.000,00
Lucros Acumulados ?

Sabendo-se que o Capital Próprio equivale a quatro vezes o valor dos bens de
venda. Podemos afirmar que o saldo de Lucros Acumulados e de Imóveis são,
respectivamente R$24.000,00 e R$84.000,00 ( ). x
(Analista de Planejamento e Orçamento - ESAF - Adaptada) Situação Líquida é
definida como sendo o nome técnico dado aos elementos do patrimônio e aos
elementos do resultado. ( ).

(Agente Fiscal de Tributos Municipais – Teresina – PI – CESPE/UnB – Adaptada)


Com relação à contabilidade e a legislação aplicável, julgue o item a seguir.
( ) “A despeito das mudanças substanciais nos tipos de usuários e nas modalidades de
informação que estes têm procurado, a função fundamental da contabilidade continua
atrelada à finalidade de prover esses usuários das demonstrações contábeis com
informações que os ajudem a tomar decisões de natureza econômico-financeira.”
(ESAF - Adaptada – 2004) Julgue o item abaixo:
( ) As contas que transitam pela Demonstração do Resultado do Exercício serão
classificadas como Contas dos Agentes Proprietários, segundo a Teoria Materialista.

(ATE/MS/2001–ESAF - Adaptada) – Folheando o Plano de Contas utilizado na


Empresa Berilo S/A, destacamos os seguintes títulos, pendentes de classificação:
Título das contas
01 – Ações de coligadas 02 – Ações em tesouraria
03 – Bancos c/movimento 04 – Capital a integralizar
05 – Capital social 06 – Clientes
07 – Despesas antecipadas 08 – Duplicatas a pagar
09 – Duplicatas descontadas 10 – Empréstimos bancários
11 – Mercadorias em estoque 12 – Receitas antecipadas
13 – Venda de mercadorias

( ) Analisando os títulos acima, podemos afirmar que todas as contas acima são
patrimoniais e devem figurar no balanço patrimonial.
(AFRF/98 - Adaptada) O Balancete levantado em 31/12 apresenta a seguinte posição:
Caixa R$ 50,00; Fornecedores R$ 150,00; Contas a Pagar R$ 100,00; Duplicatas a
Receber R$ 100,00; Móveis e Utensílios R$ 250,00; Estoques R$ 50,00; Bancos conta
Movimento R$ 25,00; Vendas R$ 1.200,00; Despesas Antecipadas R$ 25,00; Salários
R$ 100,00; Custo das Mercadorias Vendidas R$ 500,00; Capital Social R$ 200,00;
Lucros Acumulados R$ 50,00; Impostos R$ 100,00; Despesas de Impressos e Materiais
para Escritório R$ 100,00; Energia R$ 50,00; Despesas Diversas R$ 150,00; Receitas
de Juros R$ 50,00; Descontos Concedidos R$ 50,00; Instalações R$ 200,00.

( ) O encerramento das contas de resultado relacionadas acima demonstra que houve


um lucro líquido de R$ 50,00.
(AFRF 2002-1/ESAF) A Cia. Poços & Minas possui uma máquina própria de sua
atividade operacional, adquirida por R$ 30.000,00, com vida útil estimada em 5 anos e
depreciação baseada na soma dos dígitos dos anos em quotas crescentes.
A mesma empresa possui também uma mina custeada em R$ 60.000,00, com
capacidade estimada de 200 mil kg, exaurida com base no ritmo de exploração anual
de 25 mil kg de minério.
O usufruto dos dois itens citados teve início na mesma data. As contas jamais sofreram
correção monetária. Analisando tais informações, podemos concluir que, ao fim do
terceiro ano, essa empresa terá no Balanço Patrimonial, em relação aos bens referidos,
o valor contábil de R$ 34.500,00.
(TRF - 2002/ESAF - Adaptada) A empresa Andaraqui S/A possui no Ativo Imobilizado
um imóvel adquirido por R$ 65.000,00 e Móveis e Utensílios adquiridos por R$
20.000,00. O desgaste desses bens é contabilizado anualmente, calculado pelo método
da linha reta. No encerramento do exercício, em 31.12.01, o imóvel completou exatos
oito anos de uso e os móveis apenas quatro anos. A vida útil do imóvel (edificação) foi
estimada em 25 anos e a dos móveis e utensílios em 10 anos. Os saldos não sofreram
baixas, reavaliação, nem correção monetária. O custo do terreno equivale a 60% do
imóvel. Com as informações supra alinhadas, feitos os cálculos corretos, podemos dizer
que no balanço de 31.12.01, a depreciação acumulada de imóveis e de móveis e
utensílios estará com saldo credor de R$ 16.320,00 ( ).

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