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•Contabilidade - Conceito
É a ciência que permite, através de suas técnicas, um controle
permanente do patrimônio das empresas” (Osni Moura Ribeiro).
•Funções da Contabilidade
-Função Administrativa: Controlar o patrimônio tanto sob o aspecto
estático quanto o dinâmico.
- Escrituração;
- Demonstrações Contábeis;
- Auditoria; e
- Análise de Balanço.
• Escrituração - É o registro sistemático, em livros próprios, de
todos os fatos administrativos que modifiquem o patrimônio.
Registros estes efetuados a partir de documentos idôneos como
contas, recibos de aluguel, notas fiscais etc... A escrituração inicia-
se pelo livro DIÁRIO.
• Demonstrações contábeis - São extratos gráficos de situações estáticas do
patrimônio ou parte específica do patrimônio relativo a determinado lapso de tempo.
As Demonstrações Contábeis exigidas pela Lei 6.404/76 (Art. 176 e 186 § 2) são
as seguintes:
- Balanço Patrimonial (BP);
- Demonstração do Resultado do Exercício (DRE);
- Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) que poderá estar
inclusa na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL);
- Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC); e
- Se companhia aberta, Demonstração do Valor Adicionado (DVA).
OBS.: A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço,
inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e
publicação da demonstração dos fluxos de caixa. (Redação dada pela Lei nº
11.638,de 2007)
• Auditoria - Técnica especializada da contabilidade que consiste
em verificar e atestar através de “Parecer”, se as Demonstrações
Contábeis refletem a realidade do patrimônio.
Subdivide-se em:
- Auditoria Interna: É aquela realizada por um contador, o qual é
funcionário da entidade auditada.
- Auditoria Externa: Também chamada de auditoria independente, é
aquela realizada por um profissional liberal, o qual também é
contador, mas, além do contrato de prestação de serviços de
auditoria, não deve possuir vínculo com a entidade auditada.
- Auditoria Fiscal: É aquela realizada por funcionário público, não
necessariamente contador, cujo objetivo é a fiscalização de tributos.
• Análise de Balanço - É a técnica especializada da
contabilidade que busca, através de índices de análise
em Demonstrações Contábeis de períodos consecutivos,
demonstrar situações específicas (solvência, liquidez,
imobilização do Capital, Giro de Estoques etc...).
(Agente da Polícia Federal – 2004) Julgue o item abaixo:
AT I V O P A S S I V O
(ELEMENTOS POSITIVOS) (ELEMENTOS NEGATIVOS )
Bens Obrigações
- Capital de terceiros
- Capital Bruto - Capital Alheio
- Patrimônio Bruto - Passivo exigível
- Aplicações de Recursos - Origens de terceiros
- Capital Aplicado - Fontes de terceiros
- Recursos de terceiros
Patrimônio Líquido
- Situação líquida
- Capital próprio
- Passivo não-exigível
- Origens próprias
- Fontes próprias
- Recursos próprios
NOTA: O valor do Capital de Terceiros somado ao
Capital Próprio indica o Capital Total a disposição
da empresa, que corresponde ao valor do Ativo.
• Situações Líquidas Patrimoniais
Patrimônio Líquido maior que Ativo (pois não pode haver origem sem
aplicação).
•Origens e Aplicações de Recursos
O início da formação do Patrimônio é o Capital Inicial, como já vimos,
também chamado capital nominal, subscrito, integralizado ou seja, o capital
do proprietário, mais as suas evoluções (Lucros e Reservas) que pode ser
complementado por outros capitais de terceiros que são obrigações para a
empresa porque terá que pagar, devolver esses capitais. Dessa forma
podemos resumir:
As origens dos recursos são: Capitais de Terceiros = Obrigações e os
Capitais Próprios = Patrimônio Líquido (Capital Nominal + Reservas +
Lucros)
•Principais elementos do Patrimônio Líquido
- Capital Social ou Capital Nominal ou Capital Inicial
- Reservas
- Lucros ou Prejuízos Acumulados
Nota: O valor da conta Lucros ou Prejuízos Acumulados será apurado a partir do
confronto entre as Receitas e Despesas na Demonstração do Resultado do
Exercício. Sendo que no Balanço Patrimonial elaborado no final do Exercício
Social, só poderá figurar os Prejuízos Acumulados, já os Lucros Acumulados serão
distribuídos segundo o que preconiza o Art. 189 da Lei 6.404/76 com suas
respectivas alterações:
Art. 189. Do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer
participação, os prejuízos acumulados e a provisão para o Imposto sobre a Renda.
Parágrafo único. o prejuízo do exercício será obrigatoriamente absorvido
pelos lucros acumulados, pelas reservas de lucros e pela reserva legal, nessa
ordem.
(Escrivão da Polícia Federal – 2004) Julgue o item abaixo:
•Teoria Materialista
•Contas Integrais - bens, direitos e obrigações.
•Contas Diferenciais - P.L., receita e despesa
•Teoria Personalista
•Contas do Agente Consignatário – bens.
•Contas do Agente Correspondente - direitos e obrigações.
•Contas do Agente Proprietário – P. L., despesas e receitas.
•Elementos da Conta:
- Título (nome);
- Valor debitado;
- Valor creditado;
- Histórico ou operação; e
- Saldo.
• Uma Conta pode apresentar os seguintes saldos:
Débito Crédito
No Ativo Circulante:
•Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa
•Provisões para Ajustes de Custos ao Valor
de Mercado
No Ativo Não-Circulante
•Provisão para Perdas Prováveis na Realização
de Investimentos
•Depreciação Acumulada
•Exaustão Acumulada
•Amortização Acumulada
No Passivo Circulante e Não-Circulante
•Encargos financeiros a transcorrer
•Custos de Exercícios futuros
CRÉDITO: - + - + - +
DÉBITO CRÉDITO SALDO
ATIVO AUMENTA DIMINUI DEVEDOR
PASSIVO DIMINUI AUMENTA CREDOR
P.L. DIMINUI AUMENTA CREDOR
DESPESA AUMENTA DIMINUI DEVEDOR
RECEITA DIMINUI AUMENTA CREDOR
RETIFICADORAS DO
DIMINUI AUMENTA CREDOR
ATIVO
RETIFICAD. DO PASSIVO AUMENTA DIMINUI DEVEDOR
A T I V O PASSIVO
DUPLICATAS A PAGAR
CAIXA
20.000
70.000 5.000
10.000 1.000 .
74.000
MERCADORIAS
5.000
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
CAPITAL SOCIAL
VEÍCULOS 70.000
20.000
L P A
9.000
99.000 99.000
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
( + ) RECEITAS:
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
10.000
( - ) DESPESAS
ENERGIA ELÉTRICA
1.000
( = ) RÉDITO (RESULTADO)
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
9.000
• Plano de Contas
É um conjunto composto pela relação ordenada e codificada das contas utilizadas pela
entidade, bem como de todas as normas e procedimentos adotados pelo seu sistema
contábil, objetivando servir como meio de padronização, a fim de facilitar à análise e
elaboração dos registros e demonstrações contábeis.
Cada empresa deverá elaborar o seu próprio plano de contas, de acordo com o
seu porte, ramo de atividades e quaisquer outros fatores que determinem características
peculiares relacionadas com seus controles internos e sistemas contábeis.
Basicamente, o que irá determinar uma maior ou menor quantidade de
informações contidas num plano de contas é o grau de exigência de seus usuários, o qual
está diretamente vinculado à complexidade das operações realizadas pela empresa.
O Plano de Contas não deve ser rígido e inflexível, ele deve ser organizado,
permitindo que seja possível fazer tantas alterações quantas sejam necessárias e será
elaborado de acordo com a estrutura e tamanho da empresa, obedecendo o que determina
a Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, quanto ao agrupamento das contas.
• Composição do Plano de Contas
• Elenco de Contas - É a estrutura do plano de contas. Compreende
a relação ordenada e codificada de todas as contas utilizadas pela
entidade. No caso das empresas, a ordenação do plano de contas
deve ser de acordo com o disposto na Lei 6.404/76 e suas
alterações. No caso de entidades ligadas a setores da economia de
relevante controle governamental, tais como órgãos públicos,
instituições financeiras e seguradoras, o plano de contas é
padronizado pelos respectivos órgãos de fiscalização.
• Manual de Contas - Sua função é explicar o uso correto de cada conta
componente do plano de contas, definindo os seguintes elementos:
• Função: Razão da sua existência
• Funcionamento: Quando a conta será debitada e quando será
creditada
• Natureza: Devedora ou Credora
• Lançamento Explicativo - Usado para registro de acontecimento que
raramente ocorre na empresa.
• Contas de Compensação - São contas utilizadas para registro de
acontecimentos que não afetam o patrimônio da empresa. Ex. Seguros
Contratados.
• Agrupamento de Contas
• Códigos de Contas – É o número que você encontra à esquerda de cada
conta e serve para facilitar o seu manuseio. Note que os códigos das contas
começam com os seguintes algarismos:
Algarismo Contas
1 Contas do Ativo
2 Contas do Passivo
3 Contas de Despesas
4 Contas de Receitas
5 Contas de Custos, Deduções e Prej. Bruto
6 Contas de Receita Bruta, Deduções e LB
7 Contas de Apuração do Resultado
• Disposição das Contas no Balanço Patrimonial (nova redação dada pela Lei
11.941/09):
Ativo:
No Ativo você encontra todas as contas que representam os Bens e os
Direitos, devidamente classificados em três grupos:
• Investimentos
Corresponde às participações permanentes em outras sociedades e os
direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não
se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa.
• Imobilizado
São os bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da
companhia ou da empresa ou exercícios com essa finalidade, inclusive os
decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos
e controle desses bens.
• Intangível
Os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à
manutenção da companhia ou exercício com essa finalidade, inclusive o
fundo de comércio adquirido.
• Passivo
No passivo você encontra as contas que representam as Obrigações e
Patrimônio Líquido, devidamente classificados em quatro grupos:
- Compensação do Ativo
Seguros Contratados
Títulos em Cobrança
- Compensação do Passivo
Contratos de Seguros
Endossos para Cobrança
(Adaptada) Indique a ordem correta de seus respectivos conceitos:
... Trata-se do passivo propriamente dito, ou, na classificação da Lei 6.404/76,
do passivo circulante, passivo exigível a longo prazo. Corresponde ao conceito
de Capital de Terceiros.
... Pode ser resumido como sendo ativo que será transformado em dinheiro,
compreendendo basicamente os direitos e os estoques.
... Parte do ativo que abrange exclusivamente o dinheiro em espécie e outros
haveres da empresa que possa ser convertido imediatamente em dinheiro.
... Parcela do Ativo que, representando inversões básicas e permanentes na
empresa, se compõem de elementos que servem a vários ciclos operacionais
e, portanto, não se destinam à venda.
( E ) Conforme acima, é correto afirmarmos que a ordem estabelecida pelos
conceitos acima é a seguinte: Realizações – Exigibilidades – Disponibilidades
– Imobilizações
Escrituração
Escrituração é uma técnica contábil responsável pelos registros dos fatos
relacionados com o Patrimônio. A escrituração é feita observando as técnicas e
princípios contábeis, bem como a legislação em vigor.
Segundo a Lei 6.404/76, Art. 177, “A escrituração da Companhia será
mantida em registros permanentes, com obediência aos preceitos da legislação
comercial, desta Lei e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos,
devendo observar os métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e
registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de competência.”
A Escrituração apresenta duas funções importantes:
•Estrutura do Lançamento
•Local e Data
•Conta Debitada
•a Conta Creditada
•Histórico.......................... Valor
Exemplo: Registro de compra de Mercadorias à vista, R$1.000,00:
Rio de janeiro, 10 de fevereiro de 2008.
Estoque de mercadorias
a Caixa
Nossa compra, conforme Nota Fiscal 01........1.000,00
• Fórmulas de Lançamento
Devido a necessidade de debitar e creditar várias contas, nos registros
de determinados fatos contábeis, agrupando-os num mesmo lançamento,
foram criadas as seguintes fórmulas de lançamento:
• Primeira Fórmula:
Existe 1 Débito e 1 Crédito
Exemplo: Compra de Mercadorias a prazo no valor de $ 5.000,00,
conforme N.F 001.
D- Duplicatas
Remessa de Duplicatas como C – Caução Bancária de
garantia por empréstimos Duplicatas
• Fatos Administrativos
A T I V O PA S S I V O
Caixa
TOTAL TOTAL
3º Registro: pela apropriação de 5/12 do pagtº antecipado como despesa –
31/12/20X1.
Reflexo no Patrimônio:
A T I V O PA S S I V O
Caixa
1 10.000 1200 2 PAT. LIQUIDO
saldo
8.800
Capital Social
Prêmio de Seg. a Vencer 10.000 1
2 1.200 500 3
saldo Prêmio de Seg (Desp Prej)
700 3 500
TOTAL 9.500 TOTAL 9.500
OBS: Não Registraremos reflexo do 1º fato porque, na realidade, trata-se de
ato administrativo ou seja, não altera o patrimônio no momento em que
ocorre.
• Balancete
Balancete é uma relação de todas as contas extraídas do livro Razão,
com seus saldos devedores e credores.
A soma dos saldos devedores deve ser igual a soma dos saldos credores.
Existem vários tipos de Balancete, com duas , quatro, seis ou oito colunas. A
seguir apresentamos modelos com duas, quatro e seis colunas:
TOTAIS
Nº CONTAS MOVIMENTO SALDO
DÉBITO CRÉDITO DEVEDOR CREDOR
TOTAIS
Nº CONTAS SALDO ANTERIOR MOVIMENTO SALDO
DEVEDOR CREDOR DÉBITO CRÉDITO DEVEDOR CREDOR
TOTAIS
Veja como funciona o balancete dentro da rotina contábil:
Fatos ocorridos no exercício 19x1, na empresa Q brei Ltda:
Fornecedores
40.000
Balancete de verificação 3ª fase da rotina; consiste na relação de todas as
contas do razão com os saldos devedores e credores; é elaborado, no mínimo,
mensalmente.
EMPRESA Q BREI LTDA - 31 DE DEZEMBRO DE 19X1
Leis Fiscais:Vários
Finalidade: Obrigatórios Lei S/A: Vários
Novo Cod. Civil : Diário
Auxiliar: Os Demais
Observações:
Livro Caixa
DEVEDOR CREDOR
1 Caixa 38.000 -
2 Banco c/movimento 140.000 -
3 Estoque de Material de -
Expediente 20.000 -
4 Móveis e Utensílios 60.000 -
5 Veículos 40.000 -
6 Fornecedores - 50.000
7 Capital Social - 150.000
8 Aluguéis Passivos 6.000 -
9 Material de Expediente 7.000 -
10 Água e Esgoto 2.400 -
11 Energia elétrica 1.600 -
12 Custo do Serviço Prestado 20.000 -
13 Receita de Serviços - 128.000
14 Receita de Juros - 7.000
TOTAIS 335.000 335.000
2º Passo: Transferir os saldos das Contas de Despesa para a conta transitória
Resultado do Exercício.
Resultado
a Diversos
a Aluguéis Passivos.....................6.000
a Material de Expediente..............7.000
a Água e esgoto...........................2.400
a Energia elétrica..........................1.600
a Custo dos serviços prestados..20.000 37.000
3º Passo: Transferir os saldos das contas de Receitas também para a Conta
Resultado do Exercício.
Diversos
a Resultado
Receita de Serviços.....................128.000
Receita de Juros......................... 7.000 135.000
4º Passo: Apurar o saldo da conta Resultado do Exercício
98.000
5º Passo: Transferir o Resultado da Conta Resultado do Exercício para a
conta Prejuízos Acumulados, se for apurado prejuízo no período, ou para os
demais destinos (Prejuízos Acumulados, Reserva de Lucros, Reserva Legal
ou dividendos a pagar), se for apurado lucro no período.
Se o saldo da conta de Resultado fosse devedor (prejuízo), o lançamento seria:
Prejuízos Acumulados
a Apuração do Resultado do Exercício
Prejuízo líquido apurado.......................................$
LEGENDA
Onde:
CMV Custo..das..Mercadorias..Vendidas
EI Estoque..Inicial
C Compras
EF Estoque..Final
FC Fretes ..e..seguros..sobre..compras
CA Compras..anuladas
DIO Descontos..Incondicio nais..Obtidos
e a 2ª fórmula: RCM = V – CMV passa a ser
RCM = (V – VA – DIC – ICMS – PIS – COFINS ) – CMV
Onde:
RCM Re sultado..Conta..Mercadorias
V Vendas
CMV Custo..das..Mercadorias..Vendidas .
VA Vendas.. Anuladas
DIC Descontos..Incondicio nais..Concedidos
PIS PIS ..sobre..o.. faturamento
COFINS Contribuiç ão..Social ..sobre..o.. faturamento
ICMS Im posto..sobre..circulação ..de..Mercadorias..e..serviços
A apuração contábil segue a mesma rotina já mostrada Obs: Note que
destacou-se nas fórmulas (C + FC – CA – DIO ) que representa as
compras líquidas e também (V – VA – DIC – ICMS – PIS – COFINS )
que representa as vendas líquidas.
ICMS – O Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e
sobre Prestações de Serviço de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação é um imposto de competência estadual, incidente sobre a circulação de
mercadorias e sobre a prestação de alguns serviços, como o fornecimento de energia
elétrica, transporte e comunicações.
Até agora, quando nos referimos a compras e vendas de mercadorias, não
nos preocupamos como o ICMS, mas esse imposto incide sobre a maioria das
operações.
O valor do ICMS já vem incluso no valor das mercadorias constantes da
Nota Fiscal.
Exemplo de compras com incidência de ICMS: Compra no valor total de
R$1.000,00 com incidência de 18% de ICMS.
Registro no diário:
1 - Diversos
a caixa
Compra de Mercadorias ... 820,00
C/C ICMS ......................... 180,00 1.000,00
OBS.: A conta Compras de Mercadorias que é de apuração de Resultado Bruto, foi
debitada pelo valor líquido da compra, ou seja, pelo valor pago, menos o valor do ICMS.
O saldo desta conta será transferido para a conta Custo de Mercadorias Vendidas no
momento da apuração do Resultado Bruto.
A conta ICMS a Recuperar, do Ativo Circulante, foi debitada pelo valor do
ICMS incidente nessa compra. Esse valor representa Direito para a empresa, que
poderá compensá-lo no valor do ICMS devido nas vendas efetuadas no mesmo mês.
Exemplo de venda com incidência de ICMS: Digamos que tenha sido efetuada uma
venda no valor de R$500,00 com 18% de ICMS.
Registro no diário:
2 – Caixa
a Venda de Mercadorias .................. 500,00
3 – ICMS sobre Vendas
a C/C ICMS ...................................... 90,00
OBS.: A conta venda de mercadorias foi creditada no lançamento – 2 – por
R$500,00, corresponde ao valor da venda bruta. Essa conta representa Receita
Bruta de Vendas e seu saldo será transferido para a conta Resultado Com
Mercadorias no momento da apuração do Resultado Bruto.
A conta ICMS sobre Vendas foi debitada no lançamento – 3 – por
R$90,00correspondente ao valor do ICMS incidente sobre a venda. Essa conta é
redutora da Receita Bruta de Vendas e seu saldo será transferido para a conta
Resultado Com Mercadoria no momento da apuração do Resultado Bruto.
No lançamento – 1 – a conta C/C ICMS foi debitada pelo valor do ICMS
incidente sobre a compra (Direito da empresa), e no lançamento – 3 – foi creditada
pelo valor do ICMS incidente sobre a venda (Obrigação da empresa).
Como você pode observar, nas compras de mercadorias com incidência do
ICMS basta um lançamento para registrar o valor líquido das compras de
mercadorias e o valor do ICMS a débito da conta C/C ICMS. Por outro lado, nas
vendas de mercadorias com incidência de ICMS são necessários outros
lançamentos: um para registrar o valor da venda bruta e outro para registrar o ICMS
incidente na venda.
Você pode notar ainda que a conta C/C ICMS foi debitada no lançamento –
1 – pelo valor do ICMS incidente sobre a compra e creditada pelo lançamento – 3 –
pelo ICMS incidente sobre a venda.
Por esse imposto pertence ao governo, assim, nas compras as empresas
tem direito a recuperar o valor do ICMS pago ao fornecedor, e nas vendas, tem a
obrigação de recolher ao Governo do Estado o respectivo valor do ICMS incidente.
No final de cada mês, as empresas deverão apurar o saldo da C/C ICMS,
para verificar se a movimentação das mercadorias durante o mês acarretou direito ou
obrigação da empresa para com o Governo do Estado.
Se, no último dia do mês, a conta C/C ICMS apresenta saldo devedor,
significa que a empresa teve direito no referido mês; caso contrário, o valor deve ser
recolhido ao Governo do Estado, já que representa obrigação. Essas operações
deverão coincidir com o movimento registrado nos livros fiscais utilizados para registro
do ICMS.
Dessa forma, sendo o saldo credor, no último dia do mês deverá ser feito o
seguinte lançamento no livro Diário:
C/C ICMS
a ICMS a recolher .......................... $$$$$
Com esse lançamento, a conta C/C ICMS fica com saldo igual a zero, e a
conta ICMS a recolher, sendo creditada, representa a obrigação que a empresa terá
que recolher ao Governo do Estado nos primeiros dias do mês seguinte.
Quando, no final do mês, o saldo da C/C ICMS devedor, deveremos creditá-
la pelos mesmo valor do seu saldo para encerrá-la e transferir seu saldo para a
Conta ICMS a recuperar, que representa um direito da empresa, e a referida conta,
sendo do Ativo Circulante, reflete tal situação, vejamos:
ICMS a recuperar
a C/C ICMS ..................................... $$$$$
NOTAS: Atualmente, pela Constituição Federal, o IPI (Imposto sobre Produto
Industrializado) e o ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) são
os únicos impostos não cumulativos, isto é, são compensados em cada operação com o
montante cobrado nas anteriores. Em outras palavras, as empresas contribuintes dos
referidos impostos, ou seja, empresas que os cobram quando vendem suas
mercadorias (empresas comerciais) ou produtos (empresas industriais), tornando-se,
desta forma, devedoras do Estado (no caso do ICMS) ou da União (no caso do IPI), as
adquirirmos mercadorias para revenda (no caso das empresas comerciais) ou matérias-
primas para fabricação de produtos (no caso das empresas industriais), adquirirem
crédito contra o Estado (no caso do ICMS) ou contra a União (no caso do IPI).
Pela legislação atual, o ICMS é um mposto “por dentro”, isto é, já está embutido
no valor da operação. Porém, o IPI é um imposto “por fora”, ou seja, não está
embutido no valor da operação. Assim, por exemplo, se uma empresa compra
mercadorias para revenda no valor de R$1.000,00 com ICMS de 18% e IPI de
20%, os R$180,00 de ICMS já estão embutidos nos R$1.000,00. Porém, os
R$200,00 de IPI não estão embutidos nos R$1.000,00. Logo, o total da nota
fiscal de compra é de R$1.200,00. Como a empresa comercial em questão
cobra apenas o ICMS na venda de suas mercadorias, ela é contribuinte do
mesmo, mas é do IPI. Desa forma, só irá recuperar o ICMS (ICMS a Recuperar
= R$180,00). O IPI não recuperável se tornará um custo da mercadoria
comprada.
. Desta forma:
• Depreciação
Corresponde à diminuição do valor dos elementos classificáveis no Ativo Imobilizado,
resultante do desgaste pelo uso, ação da natureza ou obsolescência normal. A
depreciação é efetivada em taxa anual do valor em função da vida útil do bem material
considerado, pode também ser contabilizada mensalmente, dividindo a quota anual por
doze.
Existem vários métodos de depreciação como método linear ou em linha reta, método
da soma dos dígitos crescentes e decrescentes (Método de Cole). O mais usado (é o
que o utilizaremos) é o método linear ou em linha reta, que consiste em aplicar taxas
constantes durante o tempo de vida útil estimado para o bem.
A depreciação pode ainda ser normal ou acelerada, diferenciando-se tão somente em
relação à taxa aplicada, que poderá variar conforme o número de turnos de utilização
do bem (cada turno corresponde a um período de oito horas). Assim, se o bem for
utilizado durante um único turno, a ele será aplicada a taxa normal; se for utilizado
durante dois turnos, será aplicada a taxa multiplicada pelo coeficiente 1,5 e ser for
utilizado durante três turnos será aplicada a taxa multiplicada pelo coeficiente 2.
Os bens que normalmente aparecem no Ativo Imobilizado e estão sujeitos a
depreciação, com os respectivos prazos de vida útil estimado e taxas aplicáveis são:
taxa.. X ..valor..do..bem
quota de depreciação
100
Veja os Cálculos:
10 X 80.000
R$ 8.000
100
A contabilização da quota de depreciação é feita através do seguinte lançamento:
TOTAL = 30.000,00
Soma dos dígitos decrescentes (Método de Cole):
TOTAL = 30.000,00
Depreciação Acelerada Normal.
Exemplo: Uma máquina, cuja taxa de depreciação é de 10% a.a. está sendo utilizada
em 2 turnos de 8 h. diárias. Assim, a taxa de depreciação passa a ser:
a) Metade do Tempo de vida útil do bem adquirido novo = 5 anos / 2 = 2,5 anos
Como o veículo foi adquirido usado em 01/01/X3 e foi posto em uso pela
primeira vez em 01/01/X1, restam, portanto, 3 anos a ser depreciado, tomando-se por
base a primeira vez em que o bem foi posto em uso.
Lançamento:
Em seguida, essa “pseudo” despesa integrará o saldo dos minérios da seguinte forma:
D – Estoque de Minérios
C – Despesa de Exaustão
No entanto, há uma alternativa mais recomendável: Não utilizamos a conta “Despesa de
Exaustão” e integramos diretamente o valor da exaustão aos estoques de minérios
extraídos, fazendo o seguinte lançamento:
D – Estoque de Minérios
C – Exaustão Acumulada
Assim, por exemplo, suponhamos que uma empresa mineradora adquirisse em 1º. de
outubro de 2009 uma mina de bauxita por R$5.000.000,00 e que essa mina tivesse
capacidade para produzir 20.000 toneladas desse minério. Suponho que no referido mês
a empresa extraísse 500 toneladas de bauxita. Supondo também que a exaustão é
calculada com base nas toneladas extraídas, ao fim de outubro teríamos o seguinte
cálculo e a seguinte contabilização:
D – Estoque de bauxita
C – Exaustão Acumulada 125.000,00
Supondo que nos meses de novembro e dezembro a extração mensal fosse a mesma de
outubro, então a exaustão acumulada até o fim do ano seria de R$375.000,00 e no
balanço patrimonial teríamos:
Ativo Intangível:
Direitos de Exploração de Minas R$5.000.000,00
Exaustão Acumulada (R$ 375.000,00)
R$4.625.000,00
Exercício
• (Agente da Polícia Federal – 2009) Suponha que uma empresa mineradora tenha
adquirido os direitos de exploração de uma mina por R$ 5 milhões, por meio de um
contrato com cinco anos de vigência. Nesse caso, após dois anos de exploração, se
tiverem sido extraídos 30% da possança da mina, o referido ativo, classificado no
imobilizado, deverá estar avaliado no balanço da empresa por R$ 3 milhões ( ).
Resolução:
Com isso, a taxa de exaustão que deverá ser usada para o cálculo da Quota d
Exaustão será => 100% / 5 anos = 20% a.a.
A Cia. Claudinho Alves, cujo exercício social coincide com o ano-calendário, no encerramento do
exercício de 20X8, possuía em estoque as seguintes mercadorias:
Com isso, no Balanço Patrimonial de 31/12/X8, entre outras contas, a empresa terá:
Mercadorias 15.200,00
Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado (1.700,00)
Exercício
X1 10.000 500
X2 20.000 3.000
X3 30.000 700
TOTAIS 60.000 4.200
Neste Caso, em 31/12/ X3, o percentual para fins de cálculo da provisão será de 7%
Logo :
4200 X 100
7%
60.000
O lançamento contábil seria:
Despesas com Créditos de Liquidação Duvidosa (Despesa)
a Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa (Conta Patrimonial,
7% sobre os Direitos, nesta data..........................................................2.100
Suponhamos que no final do ano seguinte, X4, duplicata no valor de R$ 1.000 fo
considerada incobrável. Esse valor deverá ser baixado do saldo de Duplicatas a Receber
contra a Conta Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa. O Lançamento contábi
seria:
Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa
a Duplicatas a Receber
Baixa da Duplicata Y de aceite do Sr José Calote, nesta data, incobrável................1.000
Ainda no final do ano X4, quando se deve criar nova Provisão e havendo saldo na conta
Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa, que é o caso (saldo de 1.100), o mesmo
será revertido para resultado através do seguinte lançamento:
Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa
a Resultado do Exercício
Reversão do saldo não utilizado......................................................................1.100
Após a reversão do saldo não utilizado, cria-se nova provisão, conforme exemplo
anterior.
OBS: A nova provisão poderá ser criada, também, pela diferença entre o saldo existente
no exercício anterior e o valor calculado da nova provisão, eliminando assim o
lançamento da reversão do saldo não utilizado.
PDD pelas Perdas Efetivas:
Segundo esse critério, o qual é o único atualmente contemplado pela
legislação do imposto de renda, a dedutibilidade da despesa com PDD estará
condicionada às seguintes restrições:
a) Os créditos baixados em decorrência de sentença proferida pelo Poder Judiciário
poderão ser deduzidos como despesas no cálculo do imposto de renda.
b) Os créditos sem garantia poderão ser deduzidos como despesas, observadas as
seguintes condições:
- Os vencidos a mais de seis meses, de valor igual ou inferior a R$5.000,00, po
operação, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu
recebimento.
- Os vencidos há mais de um ano, de valor acima de R$5.000,00 até R$30.000,00 po
operação, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu
recebimento, porém, mantida a cobrança administrativa.
- Os vencimentos há mais de um ano, de valor acima de R$30.000,00, por operação
desde que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento.
c) Os créditos com garantia, de qualquer valor, vencidos a mais de dois anos, desde que
iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento ou arresto das
garantias.
D – PPPRI
C – Reversão de PPPRI (receita não-operacional) 3.000,00
Exercício
E O R I C O A A A
-Eventos Relevantes ocorridos após o encerramento do exercício (i).
- Inversão de contas;
- Omissão de lançamentos; e
-Lançamento retificativo;
-Lançamento complementar; e
Lançamento (errado)
Caixa
a Banco c/ movimento
Nossa retirada para reforço de caixa.............................10.000
Lançamento (errado)
Impostos
a Caixa
Pago imposto predial referente a pagamento de imposto predial .....................390
Esse erro também pode ser corrigido de duas maneiras:
a) Estornar o lançamento e lançar novamente.
b) Efetuar um lançamento complementar:
Lançamento (errado)
Moveis e Utensílios
a Caixa
Compra de um automóvel conforme N.F .....................20.000
Observe que a conta a ser debitada seria Veículos, porém lançamos, erradamente,
Móveis e Utensílios.
A correção pode ser feita de duas maneiras:
a) Estornar e lançar novamente.
b) Estornar somente a Conta Móveis e Utensílios e debitar a conta Veículos:
Veículos
a Móveis e Utensílios
Transferência que se processa da 2ª para a 1ª conta, tendo em vista
lançamento indevido em ref. a compra de uma estante conf. NF....20.000
INVERSÃO DE CONTAS / SOLUÇÃO - Estornar e lançar novamente ou inverter as
contas e lançar o valor duas vezes.
Exemplo: Fato: compra de veículo, a vista no valor de R$30.000.
Lançamento (errado)
Caixa
a Veículos
Compra de um automóvel............................................30.000
Note que a conta debitada deveria ser Veículos e não Caixa. Nesse Caso a correção
pode ser feita de duas maneiras:
a) Estornar e lançar corretamente. Ou conforme abaixo,
b) Inverter as contas e lançar a importância duas vezes:
Veículos
a Caixa
Estorno do lançamento de __/__/__ ref. a compra......30.000
Compra de um automóvel conforme N.F.....................30.000
60.000
OMISSÃO DE LANÇAMENTOS /SOLUÇÃO - Efetivar o lançamento.
a-3) Pelo aviso de crédito em conta corrente das duplicatas recebidas pelo banco:
Lançamento Diário:
b-3) Pela apropriação dos juros incorridos relativos a jan /11 ( 31/01/2011)
D - Juros Passivos
C - Juros Passivos a Vencer .............................. 100
b-4) Pelo aviso bancário de quitação da duplicata descontada, pelo sacado
(31/01/2011).
D - Duplicatas Descontadas
C - Duplicatas a Receber .................................... 2.000
D - Duplicatas Descontadas
C - Banco Conta movimento ..................................2.000
- REFLEXO NO PATRIMÔNIO:
c) EMPRÉSTIMO COM CAUÇÃO DE DUPLICATAS
Dados relativos ao contrato de empréstimo:
- Valor do empréstimo: R$ 8.000 (entre 60 e 80% das duplicatas)
- Valor da duplicatas dadas ao banco para cobrança em garantia: R$ 10.000
- Prazo do empréstimo: 6 meses
- Vencimentos das duplicatas : até seis meses
- Valor da comissão bancária (Despesa bancária): R$ 50
c-1) Pela remessa ao banco, para cobrança, como garantia por empréstimos,
das duplicatas.
c-4) Pelo aviso bancário de recebimento do valor total das duplicatas dadas
em garantia:
D - Banco Conta Caução
C - Duplicatas a Receber .....,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,.10.000
c-5) Pelo aviso de crédito em conta corrente do excesso do valor das
duplicatas recebidas em relação ao valor do empréstimo (normalmente
20% do valor das duplicatas): Lançamento (Diário) :
D - Banco conta Movimento
C - Banco conta caução ...........................................2.000
ATIVO PASSIVO E PL
X6 X7 X6 X7
Circulante Circulante
- Caixa 700 - - fornecedores 100 -
- Duplicatas a receber 300 - - Empréstimos 500 -
- Estoques 500 - -
DFC em 31/12/07:
I - Fluxos das Operações:
(+) Recebimento de Vendas 1.400
(-) Pagamento de Compras (100)
(-) Pagamento de Despesas Operacionais (200)
(=) Caixa Gerado pelas Operações 1.100
II - Fluxos dos Investimentos:
(-) Aquisição de novos Investimentos/Imobilizado (50)
(=) Caixa Gerado pelos Investimentos (50)
III - Fluxos dos Financiamentos:
(+) Empréstimos Bancários 0
(-) Amortização de Financiamentos (500)
(=) Caixa Gerado pelos Financiamentos (500)
Variação Total das Disponibilidades: 550
Saldo Inicial das Disponibilidades: 700
Saldo Final das Disponibilidades: 1.250
DFC MÉTODO INDIRETO
Para evidenciar os fluxos operacionais no
método indireto, partimos do lucro líquido do
exercício da DRE, isto é, partimos do resultado
econômico da companhia. Após sucessivos
ajustes, chegamos ao valor de fluxo gerado pelo
caixa, este método também é conhecido como o
método da reconciliação.
MODELO DFC INDIRETO
DFC ________em __/12/XX:
I - Fluxos das Operações:
Resultado do Exercício
(+) Depreciação
(-) aumento das duplicatas a receber
(+) Diminuição dos estoques
(-) diminuição de fornecedores
(-) diminuição de contas a pagar e impostos a recolher
(=) Caixa Gerado pelas Operações
II - Fluxos dos Investimentos:
(-) Aquisição de Investimentos /imobilizado
(+) Vendas de Investimentos /imobilizado
(=) Caixa Gerado pelos Investimentos
III - Fluxos dos Financiamentos:
(+) integralização do capital
(+) Empréstimos Bancários
(-) Amortização de Financiamentos
(-) Pagamentos de dividendos
(=) Caixa Gerado pelos Financiamentos
Variação Total das Disponibilidades: (I + II + III)
Saldo Inicial das Disponibilidades:
Saldo Final das Disponibilidades:
MODELO DFC INDIRETO
DFC da em 31/12/X7:
I - Fluxos das Operações:
Resultado do Exercício 840
(+) Depreciação 100
(-) aumento das duplicatas a receber (600)
(+) Diminuição dos estoques 250
(-) diminuição de fornecedores (100)
(+ aumento de contas a pagar e impostos a recolher 610
(=) Caixa Gerado pelas Operações 1.100
II - Fluxos dos Investimentos:
(-) Aquisição de Investimentos /imobilizado (50)
(+) Vendas de Investimentos /imobilizado
(=) Caixa Gerado pelos Investimentos (50)
III - Fluxos dos Financiamentos:
(+) integralização do capital
(+) Empréstimos Bancários
(-) Amortização de Financiamentos (500)
(-) Pagamentos de dividendos
(=) Caixa Gerado pelos Financiamentos (500)
Variação Total das Disponibilidades: (I + II + III) 550
Saldo Inicial das Disponibilidades: 700
Saldo Final das Disponibilidades: 1.250
Entendendo o método Indireto
O método indireto não apresenta diretamente as
variações nas disponibilidades (daí o nome
indireto),mas efetua a análise por meio das
variações corridas nas demais contas do Ativo
Circulante e do Passivo Circulante.
Resumo das variações do AC e PC
Aumento Redução
COMPOSIÇÃO
Saldo Inicial
Ajustes de Exercícios Anteriores
Efeitos da Mudança de Critério Contábil
Retifcação de Erro de Exercícios Anteriores
Parcela de Lucros Incorporados ao Capital
Reversão de Reservas
De Contingências
De Lucros a Realizar
Lucro (Prejuízo) Líquido do Exercício
Proposta da Administração de Destinação do Lucro
Reserva Legal
Reserva Estatutária
Dividendos a Distribuir ou Lucros a Destinar
Saldo Final de Lucros (Prejuízos) Acumulados
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
- Conceito
A demonstração das mutações do patrimônio líquido é aquela destinada a
evidenciar as mudanças, em natureza e valor, havidas no patrimônio líquido da
entidade, em um determinado período de tempo.
- Conteúdo e Estrutura
A demonstração das mutações do patrimônio líquido discriminará:
- os saldos no início do período;
- os ajustes de exercícios anteriores;
- as reversões e transferências de reservas e lucros;
- os aumentos de capital, discriminando sua natureza;
- as destinações do lucro líquido do período;
- as reavaliações de ativos e sua realização, líquida do efeito dos
impostos correspondentes;
- o resultado líquido do período;
- as compensações de prejuízos;
- os lucros distribuídos;
- os saldos no final do período.
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
ESTRUTURA
Saldos (31/12/X1)
DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO
A partir de 1º de janeiro de 2008, com o advento da Lei nº 11.638/07, essa
demonstração contábil passou a ser obrigatória. Sendo assim, o Valor Adicionado ou
Valor Agregado que representa a riqueza criada por uma entidade num determinado
período de tempo (geralmente, um ano), passou, além de ter uma considerada
importância quanto à tomada de decisão, agora também tem sua relevância perante
o fisco.
Com essa demonstração pode-se afirmar que a soma das importâncias
agregadas representa, na verdade, a soma das riquezas criadas, logo, a riqueza total
de um país pode ser obtida pela soma dos valores agregados pelos seus agentes
econômicos, ou seja pelas pessoas físicas, pessoas jurídicas com fins lucrativos, o
governo, associações, fundações, demais entidades sem fins lucrativos, etc. O
somatório dos valores agregados por todos esses agentes é conhecido pelo nome de
Produto Interno Bruto (PIB).
Antes mesmo de tornar-se obrigatória, a necessidade da elaboração
fazia-se presente num grande número das empresas brasileiras, em função dos
aspectos abaixo elencados:
- A Demonstração do Resultado do Exercício identifica apenas qual a parcela da
riqueza criada que efetivamente permanece na empresa na forma de lucro, logo
não identifica as demais gerações de riquezas (valores adicionados ou agregados);
- As demais demonstrações financeiras também não são capazes de indicar
quanto de valor (riqueza) a entidade está adicionando ou agregando às
mercadorias ou insumos que adquire; e
- As demonstrações mencionadas não identificam, ainda, quanto e de que forma
foram distribuídos os valores adicionados ou agregados (ou seja, não identificam
de que forma foram distribuídas as riquezas criadas pela empresa).
A Demonstração do Valor Adicionado indica de forma clara e precisa a
parte da riqueza que pertence aos sócios ou acionistas, a que pertence aos
demais capitalistas que financiam a entidade (capital de terceiros), a que pertence
aos empregados e finalmente a parte que fica com o governo.
Na Demonstração do Resultado do Exercício, a parte de terceiros
(capitalistas, empregados, governo) é considerada como despesas ou custos,
porque, do ponto de vista dos proprietários, esses valores distribuídos
representam redução do lucro e consequentemente redução da parcela que cabe
a cada proprietário.
Como se pode observar, a Demonstração do Resultado do Exercício e a
Demonstração do Valor Adicionado têm enfoques bem diferentes e objetivam
fornecer informações sob distintos pontos de vista, o que as torna
complementares e imprescindíveis, pois a elaboração e divulgação de ambas
atende de forma eficaz a necessidade que os usuários possuem de informações.
Vários estados e municípios, antes da concessão de incentivos fiscais,
analisam o projeto de instalação da empresa, incluindo nessa análise o montante do
possível valor a ser adicionado e sua efetiva distribuição (mão-de–obra, serviços de
terceiros utilizados ou adquiridos, impostos, juros e lucros).
O valor agregado e sua efetiva distribuição pode, na maioria das vezes,
decidir sobre a concessão ou não dos incentivos fiscais pelo município ou estado,
tendo em vista que a obtenção e distribuição do valor adicionado (agregado)
representa o valor da efetiva riqueza produzida e distribuída pela empresa
provocando, dessa forma, crescimento econômico efetivo na área municipal ou
estadual.
Quando uma sociedade efetua a produção cria riqueza, a qual é
representada pela diferença entre o valor da venda e o valor pago a terceiros a título
de insumos para a obtenção dos produtos, mercadorias ou serviços. Na verdade, os
fornecedores de insumos também geraram riquezas quando os produziram.
Esta é a razão pela qual são diminuídos, na parte inicial da DVA, o valor
pago a terceiros para a aquisição das mercadorias e serviços vendidos e pela
utilização de insumos e materiais (de limpeza, de escritório, de propaganda e
publicidade), bem como pelos demais consumos administrativos.
É de se notar que a transferência de riqueza aparece na parte inferior da
demonstração, evidenciando a sua efetiva distribuição na forma de pagamento de
impostos para a administração pública (tributos), ou como remuneração do trabalho
ou do capital (de terceiros, pela obtenção do capital sob a forma de empréstimo ou
próprio, na forma de risco assumido pelos proprietários).
Como se pode perceber, a DVA fornece uma visão bem abrangente sobre a
real capacidade de uma sociedade produzir riqueza (no sentido de agregar ou
adicionar valor em seu patrimônio) e sobre a forma como distribui essa riqueza entre
os diversos fatores da produção (trabalho, capital próprio ou de terceiros, governo).
De maneira genérica, o valor adicionado pode ser calculado pela diferença
entre o valor das vendas brutas (já deduzidos o valor das devoluções de vendas e dos
descontos incondicionais concedidos) e o valor total dos insumos adquiridos de
terceiros (custos das mercadorias revendidas, matéria-prima e demais insumos
consumidos, serviços adquiridos de terceiros, etc.).
Como distribuição do valor agregado, devem ser considerados os seguintes
valores:
- Mão-de-obra de terceiros (sem computar o valor dos encargos sociais);
- Encargos sociais (INSS e FGTS);
- Impostos e contribuições (valores devidos ao governo municipal, estadual e federal);
- Juros, aluguéis e outras remunerações a terceiros;
- Lucro líquido (inclusive a parte não distribuída).
A Demonstração do Valor Adicionado pode ser apresentada da seguinte forma:
I – Geração do Valor Adicionado – Elementos:
Receitas Operacionais e não Operacionais
(-) Custo das Mercadorias, Produtos e Serviços Vendidos
(-) Serviços adquiridos de terceiros
(-) Materiais e Insumos, Energia, Comunicação, Propaganda e etc.
(-) Outros Valores
(=) Valor Bruto Adicionado
(-) Despesas de Depreciação, Amortização e Exaustão
(=) Valor Adicionado Líquido
(+) Valores remunerados por terceiros (juros, aluguéis e outros)
(=) Valor Adicionado à Disposição da Empresa
II – Distribuição do Valor Adicionado
Remuneração do Trabalho
Remuneração do Governo (impostos e contribuições)
Remuneração do Capital de Terceiros (juros, aluguéis, etc.)
Remuneração do Capital Próprio (Dividendos e Lucros Retidos)
Outros
(=) Total do Valor Distribuído (igual ao total gerado)
EXERCÍCIO
(Agente da Polícia Federal – 2000) Com base no quadro demonstrativo de lucros acumulados de
uma sociedade anômina do ramo de navegação, apresentado acima, julgue os itens que se
seguem.
1. Os dividendos declarados pela empresa, relativamente ao exercício social de 1999, são
superiores a 25% do lucro líquido do exercício ajustado por constituição e reversão de reservas.
2. A reserva legal, a de contingências e a de lucros a realizar fazem parte do patrimônio líquido da
empresa.
3. O saldo de lucros acumulados em 31/12/99 não poderá ser utilizado para nova distribuição de
dividendos, em conformidade com os princípios de contabilidade.
4. Para a formação da reserva de contingências, deverá haver um registro a débito da conta
relativa a essa reserva no valor de R$ 20.000.000,00.
5. Os dividendos declarados deverão ser registrados a débito das disponibilidades.
Princípios de Contabilidade.
Resolução CFC n.º 750/93
Art. 3º São Princípios de Contabilidade: (Redação dada pela Resolução CFC nº.
1.282/10)
I) o da ENTIDADE;
II) o da CONTINUIDADE;
III) o da OPORTUNIDADE;
IV) o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;
V) o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; (Revogado pela Resolução CFC nº. 1.282/10)
VI) o da COMPETÊNCIA; e
VII) o da PRUDÊNCIA.
O PRINCÍPIO DA ENTIDADE
I – a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos
valores de entrada, considerando-se como tais os resultantes do consenso
com os agentes externos ou da imposição destes;
II – uma vez integrado no patrimônio, o bem, direito ou obrigação não poderão
ter alterados seus valores intrínsecos, admitindo-se, tão-somente, sua
decomposição em elementos e/ou sua agregação, parcial ou integral, a outros
elementos patrimoniais;
d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo
liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem
favorecimentos; e
III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente
o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a
aplicação de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do
poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período. (Redação dada pela
Resolução CFC nº. 1.282/10)
O PRINCÍPIO DA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA
Art. 12. Revogada a Resolução CFC n.º 530/81, esta Resolução entra em
vigor a partir de 1º de janeiro de 1994.
Exercícios
Sabendo-se que o Capital Próprio equivale a quatro vezes o valor dos bens de
venda. Podemos afirmar que o saldo de Lucros Acumulados e de Imóveis são,
respectivamente R$24.000,00 e R$84.000,00 ( ). x
(Analista de Planejamento e Orçamento - ESAF - Adaptada) Situação Líquida é
definida como sendo o nome técnico dado aos elementos do patrimônio e aos
elementos do resultado. ( ).
( ) Analisando os títulos acima, podemos afirmar que todas as contas acima são
patrimoniais e devem figurar no balanço patrimonial.
(AFRF/98 - Adaptada) O Balancete levantado em 31/12 apresenta a seguinte posição:
Caixa R$ 50,00; Fornecedores R$ 150,00; Contas a Pagar R$ 100,00; Duplicatas a
Receber R$ 100,00; Móveis e Utensílios R$ 250,00; Estoques R$ 50,00; Bancos conta
Movimento R$ 25,00; Vendas R$ 1.200,00; Despesas Antecipadas R$ 25,00; Salários
R$ 100,00; Custo das Mercadorias Vendidas R$ 500,00; Capital Social R$ 200,00;
Lucros Acumulados R$ 50,00; Impostos R$ 100,00; Despesas de Impressos e Materiais
para Escritório R$ 100,00; Energia R$ 50,00; Despesas Diversas R$ 150,00; Receitas
de Juros R$ 50,00; Descontos Concedidos R$ 50,00; Instalações R$ 200,00.