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3.1 A comunicação
O conceito de comunicação
O homem é um ser que necessita de viver inserido na sociedade a que pertence, o que o
consagra como animal social por excelência. E, como animal social, precisa de estabelecer uma relação
comunicativa com tudo o que o envolve e com todos os seres com quais contacta, especialmente com os
seus semelhastes. Essa comunicação, natural e permanente, com o quotidiano é estabelecida através dos
sentidos. E é dessa forma que ele se encontra constantemente receptivo e pronto, para conseguir
relações humanas existem se desenvolvem. De tal modo que nenhum grupo social teria possibilidade de
sobreviver se, entre os elementos que o compõem, não existisse uma troca de qualquer espécie de
ou mais receptores.
A palavra comunicar vem do latim “communis”, que significa “em comum”; pelo que só existe
comunicação quando, aquilo que é comunicado, tem um significado comum para os dois extremos do canal
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Funções da Comunicação
Uma função de informação propriamente dita, que se refere à reunião e tratamento de dados,
que garantem a liberdade de expressão, que facilita a transferência de relações sociais e que assegura
democrático.
organização das actividades colectivas, à coerência das acções públicas e, sobretudo, ao esforço de
convicção e de comando que supõe os objectivos comuns. Esta função é inseparável dos esforços de
Uma função de educação e de transmissão da herança social e cultural, função que deve ser
exercida na ampla fidelidade aos objectivos de informação e aos objectivos da educação, segundo as
modalidades que lhe são próprias. Embora esses objectivos possam ser convergentes, devem
a curiosidade pelos problemas; a educação facilita a sua compreensão, favorece a tomada de consciência
e prepara a solução.
Uma função de socialização destinada a facilitar a participação dos indivíduos, dos grupos e das
colectividades na vida pública e na elaboração e tomada das decisões. A troca e a difusão das
crescente de cidadãos tomarem parte activa na solução dos problemas que lhes dizem respeito. Esta
Uma função de distracção associada aos tempos livres, segundo modalidades variáveis, de
acordo com a diversidade dos contextos culturais e os níveis de desenvolvimento económico. Esta
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Informação e Comunicação
informação”(p.335)
Uma mensagem não possui carácter comunicativo se a informação não é útil ou se não produz
Comunicar deriva do latim communicare, que significa “tornar comum, partilhar, repartir,
pois existe uma manifestação coerente do receptor aos enunciados do emissor. Comunicar significa
partilhar, isto é, compartilhar com alguém um certo conteúdo de informações, tais como pensamentos,
sentido de uma comunhão com aquele a quem nos dirigimos, porque com ele passamos a ter algo em
comum.
Já, para que a comunicação se configure é preciso entender a lógica do receptor, ao comunicador
não importa apenas a elaboração da mensagem, mas a sua compreensão pelo público-alvo . Para que
exista comunicação é pressuposto que exista uma relação, uma dinâmica, um fluxo de informações entre
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Comunicação VS Relações interpessoais
Simples gestos, gritos, pinturas rupestres, escrita, numeração, papiro, pedra, placas de argila,
estafetas, telégrafos de tochas, telégrafos de tambor, telégrafos por sinais de fumo, cartas, postais,
carteiros, código Morse, “telégrafo falante”, telefone de caixa, telefone de escrivaninha, telefone com
marcador de disco, telefone fixo com marcador de teclas, telemóvel, telemóvel a cores, telemóvel com
câmara digital incorporada, de 2ª, 3ª, 4ª e seguintes gerações, pequenos chips instalados no corpo
substituindo os telefones móveis, televisão a preto e branco, televisão a cores, televisão digital, rádio,
rádios on-line, computadores, Internet, sem fios, de banda larga, motores de busca, blogs, flogs,
homepages, videoconferências, chats, Orkut , YouTube , Wikipedia , MSN Messenger , Hi5, jornais,
jornais on-line em tempo real, vinil, cassete, cd, mini-disc , mp3 , VHS, DVD, DVR, walkman, discman,
leitor de mp3 , iPod , e-mails, mensagens de texto, mensagens de multimédia, postais electrónicos,
música, filmes, livros, arte, ciência... que é isto tudo se não um conjunto de elementos que fizeram e
fazem parte do evoluir da comunicação? Já não se trata de estarmos mais perto do outro, e de fazer
chegar a nossa informação. Agora, ela é difundida, para onde os nossos desejos a guiarem.
Sabemos que, como tudo, também os meios de comunicação têm evoluído ao longo dos séculos.
Apercebendo-nos, do mesmo modo, da rapidez com que somos bombardeados por novidades constantes.
A desactualização dos meios de comunicação de pequena ou grande escala dá-se quase diariamente, o
que reflecte o empenho da melhoria dos serviços mas também a avidez do mercado de venda.
Distinguindo a ténue fronteira do consumismo que separa o querer do necessitar, seremos nós
capaz de escolher a melhor forma de comunicar, e de regular o impacto que a inovação da tecnologia da
comunicação pode ter na nossa vida? É que, neste caso, o futuro já chegou, e o que poderá vir, deverá
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familiares, aos jogos de futebol de rua depois das aulas e outro tipo de actividades enriquecedoras.
pessoas, é verdade; assim como o MSN Messenger e outros. É uma fuga ao contacto directo, à troca de
olhares, e à revelação de expressões faciais. É uma máscara atrás de um Nome de Utilizador; um falso
compromisso numa sala de conversação on-line; uma personalidade fabricada num profile de uma
comunidade de criação de amigos como se supõe ser o Hi5. Será isso o que se prevê para as nossas
De um outro ponto de vista, temos a facilidade tecnológica trazida por todos os aparelhos e
programas inovadores que nos permitem comunicar da forma como o fazemos hoje em dia, de modo já
considerado banalmente vital. Cada vez mais estamos em disponibilidade crescente, o que nos pode
ocupar o tempo de lazer com emergências de trabalho ou manter-nos comunicáveis para velhos amigos
ou casos de emergência. Há histórias já de simples início de comunicação on-line que deram origem a
sólidas relações amorosas. Podemos usar a internet de um modo sinceramente pessoal, com todos os
trabalhos, reuniões em videoconferência, jogos em rede, etc... Usar o rádio de um modo participativo –
podemos, até, criar a nossa próprio rádio on-line. Ou mesmo canal de televisão!
Num mundo onde dos meios de comunicação em massa está a surgir a massa dos meios de
comunicação, devemos lembrar-nos que somos os responsáveis pela sua utilização, e a devemos usar de