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LEMES:5885050 ou=Autenticado
ou=RFB e-CPF A3, ou=(EM BRANCO),
por AR Certa,
cn=CLAUDIA VASCONCELLOS
3172 LEMES:58850503172
Dados: 2020.02.20 12:10:02 -03'00'
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2936 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: quinta-feira, 20/02/2020 PUBLICAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2936 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: quinta-feira, 20/02/2020 PUBLICAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020
Gabinete da Presidência Nº 0
DECRETA:
“Art. 1°.…………………………………………
Gabinete da Presidência
III – REVOGADO”.
“Art. 3°…………………………………
Presidente
Av. Assis Chateaubriand, 195, St. Oeste, Goiânia Goiás – CEP 74280-900 – Telefone (62)3216-2190 – www.tjgo.jus.br
Gabinete da Presidência Nº 0
D E C R E T A:
Av. Assis Chateaubriand, 195, St. Oeste, Goiânia Goiás – CEP 74280-900 – Telefone (62)3216-2190 – www.tjgo.jus.br
Gabinete da Presidência Nº 0
Av. Assis Chateaubriand, 195, St. Oeste, Goiânia Goiás – CEP 74280-900 – Telefone (62)3216-2190 – www.tjgo.jus.br
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Assinado digitalmente por: RUI GAMA DA SILVA, SECRETÁRIO-GERAL DA CORREGEDORIA, em 19/02/2020 às 11:22.
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2936 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: quinta-feira, 20/02/2020 PUBLICAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020
ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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Assinado digitalmente por: HOSANA PEREIRA DA SILVA MENDES, ANALISTA JUDICIÁRIO, em 31/01/2020 às 08:35.
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2936 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: quinta-feira, 20/02/2020 PUBLICAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020
Nº Processo PROAD: 202001000210510
Assinado digitalmente por: HOSANA PEREIRA DA SILVA MENDES, ANALISTA JUDICIÁRIO, em 31/01/2020 às 08:35.
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2936 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: quinta-feira, 20/02/2020 PUBLICAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020
Nº Processo PROAD: 202001000210510
Assinado digitalmente por: HOSANA PEREIRA DA SILVA MENDES, ANALISTA JUDICIÁRIO, em 31/01/2020 às 08:35.
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2936 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: quinta-feira, 20/02/2020 PUBLICAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020
Nº Processo PROAD: 202001000210510
Assinado digitalmente por: HOSANA PEREIRA DA SILVA MENDES, ANALISTA JUDICIÁRIO, em 31/01/2020 às 08:35.
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2936 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: quinta-feira, 20/02/2020 PUBLICAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020
Nº Processo PROAD: 202001000210510
Assinado digitalmente por: HOSANA PEREIRA DA SILVA MENDES, ANALISTA JUDICIÁRIO, em 31/01/2020 às 08:35.
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2936 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: quinta-feira, 20/02/2020 PUBLICAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020
ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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Assinado digitalmente por: MARCIRLEI MARIA DA SILVA, ASSESSOR CORREICIONAL DA C.G.J, em 11/02/2020 às 16:28.
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ANO XIII - EDIÇÃO Nº 2936 - SEÇÃO I DISPONIBILIZAÇÃO: quinta-feira, 20/02/2020 PUBLICAÇÃO: sexta-feira, 21/02/2020
ASSINATURA(S) ELETRÔNICA(S)
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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DIVISAO DE RECURSOS CONSTITUCIONAIS #
INTIMACAO A(S) PARTE(S)
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DIVISAO DE RECURSOS CONSTITUCIONAIS #
INTIMACAO A(S) PARTE(S)
===============================================================================
DIVISAO DE DISTRIBUICAO - PRESIDENCIA #
INTIMACAO AS PARTES
1 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 14979-09.2019.8.09.0152(201990149790)
COMARCA : URUACU
REDISTRIBUIDO PARA 1A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. IVO FAVARO
1 APELANTE(S) : DENISE ROBERTA DA SILVA
ADV(S) : 23165/GO -ANDERSON FELICIANO FREITAS ALCA
2 APELANTE(S) : JAIR DE HOLANDA
ADV(S) : 23165/GO -ANDERSON FELICIANO FREITAS ALCA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
2 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 128322-67.2015.8.09.0137(201591283221)
COMARCA : RIO VERDE
DISTRIBUIDO PARA 1A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. AVELIRDES ALMEIDA PINHEIRO DE LEMOS
1 APELANTE(S) : ELIEZER MACHADO MOURA SOBRINHO
ADV(S) : 27755/GO -DANILO MARQUES BORGES
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
3 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 135400-56.2019.8.09.0175(201991354002)
COMARCA : GOIANIA
DISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. JOAO WALDECK FELIX DE SOUSA
1 APELANTE(S) : VALTECY SEBASTIAO DE OLIVEIRA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
4 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 298543-32.2016.8.09.0175(201692985434)
COMARCA : GOIANIA
DISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
1 APELANTE(S) : FELIPE SOARES GLORIA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
5 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 50041-12.2017.8.09.0175(201790500419)
COMARCA : GOIANIA
DISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
1 APELANTE(S) : ALEX GONCALVES DA SILVA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
6 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 343391-75.2014.8.09.0175(201493433911)
COMARCA : GOIANIA
DISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
7 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 125546-38.2019.8.09.0175(201991255462)
COMARCA : GOIANIA
DISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. JOAO WALDECK FELIX DE SOUSA
1 APELANTE(S) : REGINALDO LIMA DA SILVA
MINISTERIO PUBLICO
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
8 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 10958-67.2018.8.09.0170(201890109584)
COMARCA : CAMPINORTE
REDISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
1 APELANTE(S) : MARCOS ROGERIO DE SOUZA
ADV(S) : 29292/GO -VANDERLEY FRANCISCO DE CARVALHO
2 APELANTE(S) : CASSIO SILVA DE AZEVEDO
ADV(S) : 34387/GO -HELDER LINCOLN CALACA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
9 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 160901-53.2018.8.09.0011(201891609017)
COMARCA : APARECIDA DE GOIANIA
REDISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. LEANDRO CRISPIM
1 APELANTE(S) : JHONATAN VITOR CORREIA DE MOURA
ADV(S) : 25351/GO -ROGERIO CARVALHO CARDOSO
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
10 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 130412-43.2018.8.09.0137(201891304127)
COMARCA : RIO VERDE
DISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
1 APELANTE(S) : JOSIEL BEZERRA DE OLIVEIRA
ADV(S) : 18399/GO -WHASLEN FAGUNDES
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
11 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 102747-19.2018.8.09.0148(201891027476)
COMARCA : TAQUARAL DE GOIAS
DISTRIBUIDO PARA 1A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. NICOMEDES DOMINGOS BORGES
1 APELANTE(S) : IDAIR JANUARIO DE FARIA
ADV(S) : 56877/GO -PEDRO HENRIQUE FARIA MARTINS
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
12 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 144653-57.2016.8.09.0148(201691446530)
COMARCA : TAQUARAL DE GOIAS
DISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
1 APELANTE(S) : JOSE MARIA DIAS FERREIRA
ADV(S) : 22710/GO -FERNANDO ALMEIDA SOUSA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
13 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 43749-18.2018.8.09.0032(201890437492)
COMARCA : CERES
DISTRIBUIDO PARA 1A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. AVELIRDES ALMEIDA PINHEIRO DE LEMOS
1 APELANTE(S) : DHYEGO TAVARES DOS SANTOS
ADV(S) : 6611/GO -FRANCISCO FELICIANO FERREIRA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
14 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 23627-81.2018.8.09.0032(201890236276)
COMARCA : CERES
DISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
1 APELANTE(S) : JORGE LOURENCO LOPES
ADV(S) : 45479/GO -CAIO BRUNO MARQUES MONTEIRO
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
15 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 36534-88.2018.8.09.0032(201890365343)
COMARCA : CERES
DISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
1 APELANTE(S) : FABIANO ANTONIO DE ALMEIDA LIMA
ADV(S) : 22706/GO -DINO CARLO BARRETO AYRES
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
16 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 149006-32.2018.8.09.0032(201891490060)
COMARCA : CERES
DISTRIBUIDO PARA 1A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. IVO FAVARO
1 APELANTE(S) : VINICIUS VIEIRA DE JESUS
ADV(S) : 22706/GO -DINO CARLO BARRETO AYRES
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
17 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 242343-53.2017.8.09.0180(201792423438)
COMARCA : CACHOEIRA DOURADA
DISTRIBUIDO PARA 1A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. AVELIRDES ALMEIDA PINHEIRO DE LEMOS
1 APELANTE(S) : HERCULES HENRIQUE DOS SANTOS
ADV(S) : 24741/GO -DORALEI DE FREITAS SANTOS
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
18 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 205342-08.2014.8.09.0158(201492053422)
COMARCA : SANTO ANTONIO DO DESCOBERTO
DISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
1 APELANTE(S) : JACOB PEREIRA BROTASEO
ADV(S) : 32986/GO -WALDEYLSON MENDES CORDEIRO DA S
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
19 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 35853-84.2018.8.09.0011(201890358533)
COMARCA : APARECIDA DE GOIANIA
DISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
1 APELANTE(S) : DOUGLAS VENANCIO SOBRINHO
ADV(S) : 27557/GO -LIVIA GOMES ARCANGELO
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
20 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 262191-19.2015.8.09.0011(201592621910)
COMARCA : APARECIDA DE GOIANIA
DISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
1 APELANTE(S) : PATRYCK WILSON DA SILVA
ADV(S) : 33571/GO -MAYCK FEITOSA CAMARA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
21 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 20784-61.2008.8.09.0011(202090130067)
COMARCA : APARECIDA DE GOIANIA
DISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. JOAO WALDECK FELIX DE SOUSA
1 APELANTE(S) : ARISTOTELES ANDRADE SANTOS
ADV(S) : 48234/GO -LETICIA FRANCIELE FERREIRA BARB
15218/GO -WALKYRIA WICTOWICZ DA SILVA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
22 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 286164-32.2016.8.09.0087(201692861646)
COMARCA : ITUMBIARA
DISTRIBUIDO PARA 1A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. J. PAGANUCCI JR.
1 APELANTE(S) : KARINA DA SILVA VIEIRA
ADV(S) : 19383/GO -ELISMARCIO DE OLIVEIRA MACHADO
2 APELANTE(S) : ANDERSON VALDERSON DA SILVA
ADV(S) : 29767/GO -NILVA MARIA GUIMARAES
3 APELANTE(S) : LUIZ RICARDO SILVA NAVES GARCIA
ADV(S) : 30465/GO -ANDRE LUIZ DUARTE PIMENTEL
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
23 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 147514-10.2014.8.09.0011(202090130113)
COMARCA : APARECIDA DE GOIANIA
DISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
1 APELANTE(S) : JOSENILDO PEREIRA DE CARVALHO
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
24 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 17979-08.2018.8.09.0134(201890179795)
COMARCA : QUIRINOPOLIS
DISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
1 APELANTE(S) : GUSTAVO CESAR GARCIA SILVA
ADV(S) : 26524/GO -ANDRESSA BERNARDES DE SENE
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
25 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 66477-63.2017.8.09.0137(201790664772)
COMARCA : RIO VERDE
DISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
1 APELANTE(S) : JOAO MARTINS DA SILVA
ADV(S) : 50678/GO -AMARILDO APARECIDO BORGES DE JE
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
26 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 43710-76.2019.8.09.0067(201990437109)
COMARCA : GOIATUBA
DISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
1 APELANTE(S) : MARCELO DE SOUSA OLIVEIRA
27 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 373867-45.2016.8.09.0040(201693738678)
COMARCA : EDEIA
DISTRIBUIDO PARA 1A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. IVO FAVARO
1 APELANTE(S) : PEDRO LOPES CARVALHO
ADV(S) : 27777/GO -THIAGO MARCAL FERREIRA BORGES
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
28 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 17560-56.2019.8.09.0003(201990175600)
COMARCA : ALEXANIA
DISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
1 APELANTE(S) : GLEICE OLIVEIRA BATISTA
ADV(S) : 52752/GO -WERIK JHONATAN CEZARIO PASSOS
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
29 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 82303-17.2019.8.09.0087(201990823033)
COMARCA : ITUMBIARA
DISTRIBUIDO PARA 1A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. NICOMEDES DOMINGOS BORGES
1 APELANTE(S) : JOAO PAULO OLIVEIRA MARCAL
ADV(S) : 36743/GO -FABIO GONCALVES JUNIOR
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
30 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 81892-28.2019.8.09.0069(201990818927)
COMARCA : GUAPO
DISTRIBUIDO PARA 1A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. NICOMEDES DOMINGOS BORGES
1 APELANTE(S) : IRMON DAS DORES MORAES
ADV(S) : 51538/GO -CLEIB BUENO DE MORAIS
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
31 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 51039-70.2018.8.09.0069(201890510394)
COMARCA : GUAPO
DISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
1 APELANTE(S) : IGOR CARDOSO
ADV(S) : 43578/GO -CARLOS EDUARDO FREITAS ARAUJO
57638/GO -GUILHERME LOPES MARTINS
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
32 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 15784-61.2018.8.09.0001(202090142006)
COMARCA : ABADIANIA
DISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
1 APELANTE(S) : FABIO SOUSA SILVA
ADV(S) : 44548/GO -EDMILSON DO NASCIMENTO JUNIOR
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
33 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 125551-65.2016.8.09.0175(201691255513)
COMARCA : GOIANIA
34 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 15690-13.2017.8.09.0175(201790156904)
COMARCA : GOIANIA
DISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. JOAO WALDECK FELIX DE SOUSA
1 APELANTE(S) : EDVAN DOS SANTOS SILVA
PAULO HENRIQUE SILVA MARCELINO
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
35 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 22355-46.2019.8.09.0152(201990223559)
COMARCA : URUACU
DISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
1 APELANTE(S) : MATEUS JORGE PEREIRA
ADV(S) : 23165/GO -ANDERSON FELICIANO FREITAS ALCA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUB LICO
36 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 92341-37.2018.8.09.0083(201890923419)
COMARCA : URUACU
DISTRIBUIDO PARA 1A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. J. PAGANUCCI JR.
1 APELANTE(S) : KESLEY LOPES CIRQUEIRA BATISTA
ADV(S) : 49390/GO -LEONARDO DE ALMEIDA LEAO
2 APELANTE(S) : ANNA CLARA BATISTA DE SOUZA
ADV(S) : 49390/GO -LEONARDO DE ALMEIDA LEAO
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROCESSO : 144959-74.2019.8.09.0001(201991449593)
COMARCA : ABADIANIA
REDISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
1 RECORRENTE(S) : MINISTERIO PUBLICO
1 RECORRIDO(S) : JOAO TEIXEIRA DE FARIA
ADV(S) : 56351/GO -JOSE JORGE DE OLIVEIRA NETO
41 - REVISAO CRIMINAL
PROCESSO : 14810-56.2020.8.09.0000(202090148101)
COMARCA : JATAI
DISTRIBUIDO PARA SECAO CRIMINAL
RELATOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
1 REQUERENTE(S) : MARCO AURELIO VALE LEITE
1 REQUERIDO(S) : MINISTERIO PUBLICO
===============================================================================
DIVISAO DE DISTRIBUICAO - PRESIDENCIA #
INTIMACAO AS PARTES
1 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 404700-26.2014.8.09.0134(201494047004)
COMARCA : QUIRINOPOLIS
REDISTRIBUIDO PARA ASSESSORIA PARA ASSUNTO DE RECURSOS CONSTITUCIONAIS
RELATOR : DES. PRESIDENTE DO TJ
1 APELANTE(S) : MINISTERIO PUBLICO
2 APELANTE(S) : WESLEY DOS SANTOS OLIVEIRA
ADV(S) : 26524/GO -ANDRESSA BERNARDES DE SENE
1 APELADO(S) : WESLEY DOS SANTOS OLIVEIRA
ADV(S) : 26524/GO -ANDRESSA BERNARDES DE SENE
2 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
2 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 123410-68.2019.8.09.0175(201991234104)
COMARCA : GOIANIA
DISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. LEANDRO CRISPIM
1 APELANTE(S) : THIERRY NIAGARA FERNANDES
ADV(S) : 44655/GO -ADEMIR LUIZ DA SILVA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
3 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 22827-75.2019.8.09.0175(201990228275)
COMARCA : GOIANIA
DISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. JOAO WALDECK FELIX DE SOUSA
1 APELANTE(S) : MARCO AURELIO AUGUSTO PIRES
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
4 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 357465-37.2014.8.09.0175(201493574655)
COMARCA : GOIANIA
DISTRIBUIDO PARA 1A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. IVO FAVARO
1 APELANTE(S) : FABRICIO EUCLIDES FERREIRA NOLETO
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
5 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 85891-59.2019.8.09.0175(201990858910)
COMARCA : GOIANIA
DISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
1 APELANTE(S) : ALEXANDRE BARROS RODRIGUES SOUZA
ADV(S) : 54697/GO -THIAGO LOPES DA CRUZ
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
6 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 7699-49.2018.8.09.0175(201890076996)
COMARCA : GOIANIA
7 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 142197-53.2016.8.09.0175(201691421979)
COMARCA : GOIANIA
DISTRIBUIDO PARA 1A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. IVO FAVARO
1 APELANTE(S) : AURELIO DA SILVA ROSA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
8 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 9299-76.2016.8.09.0175(201690092998)
COMARCA : GOIANIA
REDISTRIBUIDO PARA ASSESSORIA PARA ASSUNTO DE RECURSOS CONSTITUCIONAIS
RELATOR : DES. PRESIDENTE DO TJ
1 APELANTE(S) : LUCIANO ESTEVAM SANTOS
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
2 APELANTE(S) : WAGHTON ETERNO
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
9 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 44827-24.2017.8.09.0051(201790448271)
COMARCA : GOIANIA
REDISTRIBUIDO PARA ASSESSORIA PARA ASSUNTO DE RECURSOS CONSTITUCIONAIS
RELATOR : DES. PRESIDENTE DO TJ
1 APELANTE(S) : GABRIEL ISAQUE BARBOSA CAMBOTA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
10 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 326155-59.2005.8.09.0100(200593261550)
COMARCA : LUZIANIA
REDISTRIBUIDO PARA ASSESSORIA PARA ASSUNTO DE RECURSOS CONSTITUCIONAIS
RELATOR : DES. PRESIDENTE DO TJ
1 APELANTE(S) : ELIAS MACHADO VALADAO
PAULO ELIAS BATISTA MACHADO
ADV(S) : 20902/GO -DENIS DA COSTA MEIRELES
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
11 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 37746-34.2015.8.09.0038(201590377460)
COMARCA : CRIXAS
REDISTRIBUIDO PARA ASSESSORIA PARA ASSUNTO DE RECURSOS CONSTITUCIONAIS
RELATOR : DES. PRESIDENTE DO TJ
1 APELANTE(S) : DIEGO DOS ANJOS DE SOUSA
ADV(S) : 26432/GO -MARCOS DIETZ DE OLIVEIRA
2 APELANTE(S) : FREDERICO DA SILVA SOUSA
ADV(S) : 26432/GO -MARCOS DIETZ DE OLIVEIRA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
12 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 414076-95.2015.8.09.0006(201594140766)
COMARCA : ANAPOLIS
REDISTRIBUIDO PARA ASSESSORIA PARA ASSUNTO DE RECURSOS CONSTITUCIONAIS
RELATOR : DES. PRESIDENTE DO TJ
1 APELANTE(S) : ALESSANDRA PIRES PEREIRA DOS ANJOS
ADV(S) : 41707/GO -LEIFF SOARES DE OLIVEIRA
2 APELANTE(S) : RAFAEL MARTINS DA SILVA
13 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 30847-42.2016.8.09.0084(201690308478)
COMARCA : ITAPIRAPUA
REDISTRIBUIDO PARA ASSESSORIA PARA ASSUNTO DE RECURSOS CONSTITUCIONAIS
RELATOR : DES. PRESIDENTE DO TJ
1 APELANTE(S) : MARCELO RODRIGUES POVOA
ADV(S) : 33104/GO -ANDRE CARLOS DE OLIVEIRA BELTRA
2 APELANTE(S) : MINISTERIO PUBLICO
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
2 APELADO(S) : MARCELO RODRIGUES POVOA
ADV(S) : 33104/GO -ANDRE CARLOS DE OLIVEIRA BELTRA
14 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 15354-88.2018.8.09.0105(201890153540)
COMARCA : MINEIROS
REDISTRIBUIDO PARA ASSESSORIA PARA ASSUNTO DE RECURSOS CONSTITUCIONAIS
RELATOR : DES. PRESIDENTE DO TJ
1 APELANTE(S) : WANDERSON CARRIJO SILVA
ADV(S) : 26401/GO -ALEXANDRE ANTONIO DE SOUZA
30727/GO -MARLEI SANTOS BORGES
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
15 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 270374-71.2017.8.09.0087(201792703740)
COMARCA : ITUMBIARA
REDISTRIBUIDO PARA ASSESSORIA PARA ASSUNTO DE RECURSOS CONSTITUCIONAIS
RELATOR : DES. PRESIDENTE DO TJ
1 APELANTE(S) : DIONATAN LUIZ FREIRE
ADV(S) : 31146/GO -ORLANDO TERRA DE OLIVEIRA NETO
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
16 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 295703-95.2015.8.09.0074(201592957030)
COMARCA : IPAMERI
REDISTRIBUIDO PARA ASSESSORIA PARA ASSUNTO DE RECURSOS CONSTITUCIONAIS
RELATOR : DES. PRESIDENTE DO TJ
1 APELANTE(S) : REGINALDO WALDIVINO CANDIDO BARBOSA
ADV(S) : 19251/GO -CELIO EMEDIATO GERHARDT
39992/GO -THIAGO GERHARDT DE CAMARGO
27117/GO -WELLINGTON MONTEIRO GERHARDT
55205/GO -MARIA EMILIA MACHADO GERHARDC
2 APELANTE(S) : MINISTERIO PUBLICO
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
2 APELADO(S) : REGINALDO WALDIVINO CANDIDO BARBOSA
ADV(S) : 34394/GO -SIDNEI CARLOS DOS SANTOS
17 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 341334-50.2015.8.09.0175(201593413343)
COMARCA : GOIANIA
REDISTRIBUIDO PARA ASSESSORIA PARA ASSUNTO DE RECURSOS CONSTITUCIONAIS
18 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 13921-24.2018.8.09.0081(201890139211)
COMARCA : ITAGUARU
REDISTRIBUIDO PARA ASSESSORIA PARA ASSUNTO DE RECURSOS CONSTITUCIONAIS
RELATOR : DES. PRESIDENTE DO TJ
1 APELANTE(S) : JOHNATAN DE SOUZA SILVA
ADV(S) : 34011/GO -RICARDO PITHER DE SOUSA SANTIAG
2 APELANTE(S) : JOAO BOSCO SILVA DE CASTRO FILHO
ADV(S) : 34714/GO -CARLOS ROGERIO PINTO BRASIL
3 APELANTE(S) : GEDUCIE GOMES DA SILVA
ADV(S) : 28676/GO -MARQUES DA SILVA LIMA
4 APELANTE(S) : FRANKLIN NELSON DE CASTRO SILVA
ADV(S) : 14306/GO -MAGDA PEREIRA DE ANDRADE
5 APELANTE(S) : LUCAS PEREIRA ALBUQUERQUE SILVA
ADV(S) : 14306/GO -MAGDA PEREIRA DE ANDRADE
21875/GO -MOACIR ARAUJO DA SILVA
6 APELANTE(S) : SILOMAR GEREMIAS DE LIMA
ADV(S) : 14306/GO -MAGDA PEREIRA DE ANDRADE
7 APELANTE(S) : LETICIA FERREIRA COELHO RIBEIRO DE LIMA
ADV(S) : 14306/GO -MAGDA PEREIRA DE ANDRADE
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
19 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 244315-30.2012.8.09.0149(201292443154)
COMARCA : TRINDADE
REDISTRIBUIDO PARA ASSESSORIA PARA ASSUNTO DE RECURSOS CONSTITUCIONAIS
RELATOR : DES. PRESIDENTE DO TJ
1 APELANTE(S) : MARIO SERGIO DIAS DOS SANTOS
CAMILA DA SILVA
ADV(S) : 17673/GO -FRANCISCO CARNEIRO DA SILVA
24761/GO -LENIO CESAR GODINHO JUNIOR
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
20 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 31458-29.2017.8.09.0029(201790314585)
COMARCA : CATALAO
REDISTRIBUIDO PARA ASSESSORIA PARA ASSUNTO DE RECURSOS CONSTITUCIONAIS
RELATOR : DES. PRESIDENTE DO TJ
1 APELANTE(S) : LEANDRO SALES DOS SANTOS
ADV(S) : 17970/GO -ELSON FERREIRA DE SOUSA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
1 ASS.ACUS.(S) : DIRCE PEREIRA DE OLIVEIRA
DECIVALDO ANTONIO DA SILVA
ADV(S) : 47124/GO -LIVIA FLAVIA LIMA
21 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 48607-28.2018.8.09.0021(201890486078)
COMARCA : CACU
REDISTRIBUIDO PARA ASSESSORIA PARA ASSUNTO DE RECURSOS CONSTITUCIONAIS
RELATOR : DES. PRESIDENTE DO TJ
1 APELANTE(S) : MINISTERIO PUBLICO
2 APELANTE(S) : GENILSON BEZERRA CAVALCANTE
ADV(S) : 42281/GO -FELIPE MENDES VILELA
1 APELADO(S) : GENILSON BEZERRA CAVALCANTE
ADV(S) : 42281/GO -FELIPE MENDES VILELA
2 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
22 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 411502-63.2010.8.09.0107(201094115029)
COMARCA : MORRINHOS
REDISTRIBUIDO PARA ASSESSORIA PARA ASSUNTO DE RECURSOS CONSTITUCIONAIS
RELATOR : DES. PRESIDENTE DO TJ
1 APELANTE(S) : HEMERSON MARQUES DE SOUZA
ADV(S) : 34721/GO -ROBSON NEVES CANEDO
2 APELANTE(S) : WESLEY RODRIGUES DE JESUS
ADV(S) : 33815/GO -DIEGO ESTEVAO AMARAL
3 APELANTE(S) : JOHNATAN ATAIDES DE SOUSA SANTOS
ADV(S) : 45358/GO -PAULO DE TARSO MARTINS JUNIOR
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
23 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 330134-35.2013.8.09.0072(201393301347)
COMARCA : INHUMAS
REDISTRIBUIDO PARA ASSESSORIA PARA ASSUNTO DE RECURSOS CONSTITUCIONAIS
RELATOR : DES. PRESIDENTE DO TJ
1 APELANTE(S) : SANTIAGO SIQUEIRA
ADV(S) : 14341/GO -JEFFERSON DE PAULA COUTINHO
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
24 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 5508-02.2016.8.09.0078(201690055081)
COMARCA : ISRAELANDIA
REDISTRIBUIDO PARA ASSESSORIA PARA ASSUNTO DE RECURSOS CONSTITUCIONAIS
RELATOR : DES. PRESIDENTE DO TJ
1 APELANTE(S) : JULIO CESAR MARTINS DE AGUIAR RAMOS
ADV(S) : 34567/GO -OTAIR FRANCISCO COSTA NETO
53220/GO -RAFAEL DOMINGUES MUNHOZ
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
25 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 236491-63.2017.8.09.0175(201792364911)
COMARCA : GOIANIA
REDISTRIBUIDO PARA ASSESSORIA PARA ASSUNTO DE RECURSOS CONSTITUCIONAIS
RELATOR : DES. PRESIDENTE DO TJ
1 APELANTE(S) : VALDO DIAS PINTO
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
26 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 102278-93.2018.8.09.0011(201891022784)
COMARCA : APARECIDA DE GOIANIA
REDISTRIBUIDO PARA ASSESSORIA PARA ASSUNTO DE RECURSOS CONSTITUCIONAIS
RELATOR : DES. PRESIDENTE DO TJ
1 APELANTE(S) : MAYCON TAVARES DE ALMEIDA
ADV(S) : 37292/GO -THIAGO HUASCAR SANTANA VIDAL
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
27 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 72743-44.2018.8.09.0036(201890727431)
COMARCA : CRISTALINA
REDISTRIBUIDO PARA ASSESSORIA PARA ASSUNTO DE RECURSOS CONSTITUCIONAIS
RELATOR : DES. PRESIDENTE DO TJ
1 APELANTE(S) : WILLIAN FIUZA DA COSTA
ADV(S) : 40131/GO -MARCIO GABRIEL CAVALCANTE MARIA
40775/GO -GUIOMARA STEINBACH
52120/GO -JOICILENE RENATA DA SILVA OLIVE
48434/GO -BRENO MOHN GUIMARAES
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
28 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 447564-51.2011.8.09.0145(202090124121)
COMARCA : SAO DOMINGOS
DISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
29 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 71756-40.2019.8.09.0014(201990717560)
COMARCA : ARAGARCAS
DISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
1 APELANTE(S) : GABRIEL HENRIQUE DE SOUZA ROSA
ADV(S) : 28789/GO -VINICIUS DE OLIVEIRA RIBEIRO
2 APELANTE(S) : CASSIANO ARANTE DE PAULA
ADV(S) : 26106/O/MT -WORISTON BARROS DA CRUZ
3 APELANTE(S) : CASSIO GODIM MIRANDA
ADV(S) : 27388/O/MT -JOSE CARLOS CORDEIRO GOMES
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
30 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 73227-21.2018.8.09.0178(202090114045)
COMARCA : MAURILANDIA
DISTRIBUIDO PARA 1A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS
1 APELANTE(S) : HENRIQUE NATALINO CASTRO DE LIMA
DANIEL DOS SANTOS CARVALHO
ADV(S) : 17030/GO -GERCIONIL DUARTE DE OLIVEIRA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
31 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 153371-08.2018.8.09.0040(201891533711)
COMARCA : JANDAIA
DISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
1 APELANTE(S) : CELIA LIMA DO ROSARIO
ADV(S) : 40985/GO -JULIO CESAR PEREIRA SOUSA
2 APELANTE(S) : MATEUS ALVES DE ABREU
ADV(S) : 40050/GO -JOSE PERERIA MENDONCA MACHADO A
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
32 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 263834-84.2017.8.09.0029(201792638345)
COMARCA : CATALAO
DISTRIBUIDO PARA 1A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. AVELIRDES ALMEIDA PINHEIRO DE LEMOS
1 APELANTE(S) : BRENDON ALEXANDER DE SOUZA ANDRE
ADV(S) : 24968/GO -CLEYBER JOAO EVANGELISTA
40728/GO -MARCELO HENRIQUE DE MESQUITA
30827/GO -JAQUELINE FRANCISCA DA SILVA RO
37803/GO -JAMIL FELIPE ROMEIRO NETO SARDI
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
33 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 67085-19.2018.8.09.0172(201890670855)
COMARCA : SANTA TEREZINHA DE GOIAS
DISTRIBUIDO PARA 1A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. J. PAGANUCCI JR.
1 APELANTE(S) : FIRMINO GONCALVES DA SILVA
MARCIEL GONCALVES SARDINHA
ADV(S) : 29137/GO -KLEYTON MARTINS DA SILVA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
34 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 307681-86.2015.8.09.0036(201593076819)
COMARCA : IPAMERI
35 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 360606-19.2013.8.09.0072(202090139412)
COMARCA : INHUMAS
DISTRIBUIDO PARA 1A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. J. PAGANUCCI JR.
1 APELANTE(S) : JANILTON ALVES BESSA
ADV(S) : 38371/GO -ABNEL CARDOSO LOURENCO NETO
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
36 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 86547-03.2018.8.09.0029(201890865478)
COMARCA : CATALAO
DISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. JOAO WALDECK FELIX DE SOUSA
1 APELANTE(S) : BRUNO MARQUES DE OLIVEIRA
ADV(S) : 24968/GO -CLEYBER JOAO EVANGELISTA
2 APELANTE(S) : ANDRE MARQUES DE OLIVEIRA
ADV(S) : 24968/GO -CLEYBER JOAO EVANGELISTA
3 APELANTE(S) : IGOR STEFANI CORREIA PIRES
ADV(S) : 15932/GO -FERNANDA VAZ NETO
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
37 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 331234-19.2016.8.09.0040(201693312344)
COMARCA : EDEIA
DISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
1 APELANTE(S) : WILQUERSON MARCELO DA SILVA
ADV(S) : 37847/GO -EDUARDO SOARES FARIA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
38 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 296067-28.2016.8.09.0011(201692960679)
COMARCA : APARECIDA DE GOIANIA
DISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
1 APELANTE(S) : JOAO MARIA LOURENCO ALVES MARCELINO
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
39 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 80324-54.2018.8.09.0087(201890803243)
COMARCA : ITUMBIARA
DISTRIBUIDO PARA 1A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. J. PAGANUCCI JR.
1 APELANTE(S) : RAFAEL BARBOSA GUIMARAES
ADV(S) : 42066/GO -DOMINGOS PASCOAL DE OLIVEIRA
2 APELANTE(S) : GLEISON DINIZ DA SILVA
ADV(S) : 38352/GO -WUILITON LUIZ DA ROCHA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
40 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 423221-29.2016.8.09.0011(201694232212)
COMARCA : APARECIDA DE GOIANIA
DISTRIBUIDO PARA 1A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. NICOMEDES DOMINGOS BORGES
1 APELANTE(S) : LEONARDO GUSTAVO DA VEIGA JARDIM CUNHA
ADV(S) : 38435/GO -HELIO BUENO DE FARIA JUNIOR
41 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 51461-40.2009.8.09.0011(202090142030)
COMARCA : APARECIDA DE GOIANIA
DISTRIBUIDO PARA 1A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. J. PAGANUCCI JR.
1 APELANTE(S) : MOACIR GOMES DE OLIVEIRA SIQUEIRA NETO
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
42 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 203539-43.2014.8.09.0011(202090142057)
COMARCA : APARECIDA DE GOIANIA
DISTRIBUIDO PARA 1A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS
1 APELANTE(S) : MARCOS VINICIO FERREIRA DE PAULO
ADV(S) : 390448/SP -ALAN ARAUJO DIAS
2 APELANTE(S) : JEAN PIERRE DE SOUZA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
43 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 427460-75.2014.8.09.0034(201494274604)
COMARCA : CORUMBA DE GOIAS
DISTRIBUIDO PARA 1A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. J. PAGANUCCI JR.
1 APELANTE(S) : GLAYTON DE JESUS OLIVEIRA
ADV(S) : 39604/GO -CHRISTIANO DOUTOR BRANQUINHO
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
44 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 71050-86.2013.8.09.0137(201390710505)
COMARCA : RIO VERDE
DISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. LEANDRO CRISPIM
1 APELANTE(S) : MINISTERIO PUBLICO
1 APELADO(S) : DIVINO ALESSANDRO PERES
ADV(S) : 22771/GO -RENATA FERREIRA SILVA WEIRIG
45 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 158987-95.2015.8.09.0095(201591589878)
COMARCA : JOVIANIA
DISTRIBUIDO PARA 1A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. AVELIRDES ALMEIDA PINHEIRO DE LEMOS
1 APELANTE(S) : LUIS FELIPE SILVA
ADV(S) : 40664/GO -DAYANNE MARTINS CARVALHO
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
46 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 145074-37.2018.8.09.0064(201891450743)
COMARCA : GOIANIRA
DISTRIBUIDO PARA 1A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. NICOMEDES DOMINGOS BORGES
1 APELANTE(S) : ROBES MAX BARBOSA DOS REIS
ADV(S) : 33860/GO -PAULO ROBERTO MACHADO SOARES
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
47 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 17280-22.2018.8.09.0100(201890172804)
COMARCA : LUZIANIA
DISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
1 APELANTE(S) : MINISTERIO PUBLICO
48 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 85251-87.2019.8.09.0100(201990852513)
COMARCA : LUZIANIA
DISTRIBUIDO PARA 1A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS
1 APELANTE(S) : ANTONIO VIEIRA DE SOUZA
ADV(S) : 43949/DF -CARLOS AUGUSTO RODRIGUES XAVIER
58634/DF -LEILSON COSTA DA ROCHA
61213/DF -CARLOS MATHEUS COSTA MANINHO
39578/DF -THALES MEIRELLES B TELES
41016/DF -ABEL GOMES CUNHA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
49 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 342760-31.2007.8.09.0029(202090149167)
COMARCA : CATALAO
DISTRIBUIDO PARA 1A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. IVO FAVARO
1 APELANTE(S) : ADELSON MARGARIDO ASSUNCAO
ADV(S) : 12508/GO -JOSE ROBERTO FERREIRA CAMPOS
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
50 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 376482-41.2016.8.09.0029(201693764822)
COMARCA : CATALAO
DISTRIBUIDO PARA 1A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. ITANEY FRANCISCO CAMPOS
1 APELANTE(S) : MARTA ANGELA AIRES DOS SANTOS
ADV(S) : 13140/GO -WALDEMAR PEREIRA NETO
34386/GO -HEITOR AMORIM PEREIRA
51162/GO -CIL FARNEY MODESTO ARRANTES JUN
2 APELANTE(S) : NAYARA STEFANIA RIBEIRO DE SOUSA
ADV(S) : 36377/GO -RENATO RODRIGUES VIEIRA
36627/GO -THIAGO FERREIRA ALMEIDA
3 APELANTE(S) : DENIA AIRES DA SILVA
ADV(S) : 13140/GO -WALDEMAR PEREIRA NETO
34386/GO -HEITOR AMORIM PEREIRA
51162/GO -CIL FARNEY MODESTO ARRANTES JUN
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
51 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 31908-35.2018.8.09.0029(201890319082)
COMARCA : CATALAO
DISTRIBUIDO PARA 1A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. IVO FAVARO
1 APELANTE(S) : ROGER FELIPE DA SILVA
ADV(S) : 57123/GO -MICHEL DE LACERDA BENTO
2 APELANTE(S) : WILLIAN DE PAULA LIMA
ADV(S) : 12508/GO -JOSE ROBERTO FERREIRA CAMPOS
3 APELANTE(S) : RENATO ROCHA DA SILVA
ADV(S) : 34386/GO -HEITOR AMORIM PEREIRA
4 APELANTE(S) : ALESSANDRO AUGUSTO DE ASSUNCAO
ADV(S) : 49683/GO -ANA MARIA PIMENTA CARDOSO
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
52 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 103467-38.2019.8.09.0087(201991034679)
COMARCA : ITUMBIARA
53 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 229897-87.2017.8.09.0157(201792298978)
COMARCA : VIANOPOLIS
DISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. JOAO WALDECK FELIX DE SOUSA
1 APELANTE(S) : SERGIO VIEIRA SOARES
ADV(S) : 5362/GO -CARLOS ALBERTO BARBO DE SIQUEIRA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
54 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 89770-11.2018.8.09.0175(201890897701)
COMARCA : GOIANIA
DISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
1 APELANTE(S) : VICENTE MARTINS PEREIRA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
55 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 74644-18.2018.8.09.0175(201890746444)
COMARCA : GOIANIA
DISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
1 APELANTE(S) : EDUARDO MIRANDA RODRIGUES
ADV(S) : 47528/GO -SANTIAGO RODRIGUES OLIVEIRA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
56 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 72783-60.2019.8.09.0175(201990727832)
COMARCA : GOIANIA
DISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
1 APELANTE(S) : VALDINEI GASPAR PEREIRA DE MELO
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
57 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 20260-42.2017.8.09.0175(201790202604)
COMARCA : GOIANIA
DISTRIBUIDO PARA 1A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. NICOMEDES DOMINGOS BORGES
1 APELANTE(S) : SERGIO MARCOS JACINTO DA SILVA
ADV(S) : 33829/GO -NATHANY SANCHES BATISTA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE GOIAS
58 - APELACAO CRIMINAL
PROCESSO : 150525-64.2019.8.09.0175(201991505256)
COMARCA : GOIANIA
DISTRIBUIDO PARA 2A CAMARA CRIMINAL
RELATOR : DES. JOAO WALDECK FELIX DE SOUSA
1 APELANTE(S) : WELLINGTON RODRIGUES DE SOUZA
ADV(S) : 49138/GO -PEDRO RENE DOS SANTOS
1 APELADO(S) : MINSTERIO PUBLICO DO ESTADO GOIAS
59 - INQUERITO
PROCESSO : 411877-21.2015.8.09.0000(201594118779)
COMARCA : TURVANIA
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5ª CÂMARA CÍVEL
PAUTA DO DIA (NUMERO 05)
DATA DO JULGAMENTO 05/03/2020 AS 09:00 HORAS OU NAS SESSÕES POSTERIORES
1 Apelação (CPC)
Número Processo : 0002189.47.2016.8.09.0168
Comarca : ÁGUAS LINDAS DE GOIÁS
Relator : DES ALAN SEBASTIÃO DE SENA CONCEIÇÃO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Adriana Maria Cavalcante Costa
Adv(s): Marzone Batista de Sousa - 43331/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Antonio Paulo Moraes da Silva
Adv(s): Adriana Marques dos Reis Silva - 40475/N
2 Apelação (CPC)
Número Processo : 0420289.19.2015.8.09.0168
Comarca : ÁGUAS LINDAS DE GOIÁS
Relator : DES ALAN SEBASTIÃO DE SENA CONCEIÇÃO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Adriana Maria Cavalcante Costa, Charles Deleno Cordeiro
Calvocante
Adv(s): Marzone Batista de Sousa - 43331/N
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Antonio Paulo da Silva
Adv(s): Adriana Marques dos Reis Silva - 40475/N
3 Apelação (CPC)
Número Processo : 5608519.15.2018.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
Relator : DES ALAN SEBASTIÃO DE SENA CONCEIÇÃO
Proc. de Justiça :
Apelante(s) : 1º Apelante(s): Ângelo Vieira da Silva
Adv(s): Rogerio Icassatti Mota - 54232/A
Apelado(s) : 1º Apelado(s): Municipio de Goiânia
Adv(s): José Paulo Machado e Vasconcelos Junior - 36301/N
Apelado(s) :
1º Apelado(s): Estado de Goiás
Adv(s): Fernando Iunes Machado - 21735/N, Valeska de Oliveira Frazão - 16843/N,
Wiviany Cristine Araujo Neves - 19786/N
2º Apelado(s): Município de Firminópolis
Adv(s): Danilo Siqueira de Rezende - 21926/N, Manoel de Oliveira Mota - 2626/N,
Olimpio Alves Batista Junior - 44644/N
===============================================================================
2A CAMARA CRIMINAL #
INTIMACAO DE ACORDAO N.22/2020
===============================================================================
1 - APELACAO CRIMINAL
EMBARGOS DE DECLARACAO
PROTOCOLO : 451306-23.2013.8.09.0175(201394513062)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
1 APELANTE(S) : MINISTERIO PUBLICO
1 APELADO(S) : JOAO MARQUES BARBOSA LINO
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
EMENTA : EMENTA: EMBARGOS DECLARATÓRIOS EM APELAÇÃO
CRIMINAL. ACÓRDÃO OMISSO. OCORRÊNCIA DA
PRESCRIÇÃO. DECRETAÇÃO. Comprovado que o tempo
escoado entre o recebimento da denúncia e a
publicação do acórdão condenatório supera o
reclamado para a consumação da prescrição, tomado
o apenamento concretizado, deve ser reconhecida a
perda do direito estatal de punir, nos termos do
art. 109, inciso VI, do Código Penal Brasileiro.
EMBARGOS DECLARATÓRIOS PROVIDOS.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA
o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pela
Terceira Turma Julgadora de sua Segunda Câmara
Criminal, à unanimidade, prover os embargos de
declaração, nos termos do voto do Relator.
Votaram, com o Relator, os Senhores Juiz Rodrigo
de Silveira, em substituição à Desembargadora
Carmecy Rosa Maria Alves de Oliveira,
Desembargador Edison Miguel da Silva Júnior.
Presidiu a sessão de julgamento o Desembargador
Luiz Cláudio Veiga Braga. Presente à sessão,
representando a Procuradoria-Geral de Justiça, a
Doutora Yara Alves Ferreira e Silva. Goiânia,
28 de janeiro de 2020. Desembargador Luiz
Cláudio Veiga Braga Relator
2 - APELACAO CRIMINAL
EMBARGOS DE DECLARACAO
PROTOCOLO : 200846-79.2014.8.09.0175(201492008460)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
1 APELANTE(S) : DOUGLAS LEANDRO DONIZETI DA SILVA OLIVEIRA
ADV(S) : 25760/GO -LUIZ OTAVIO DA CUNHA ALVARES
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO DOS EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO. OMISSÃO. REEXAME DE MATÉRIA.
INCOMPORTABILIDADE. PREQUESTIONAMENTO. 1 -
Consoante a dicção do art. 619, do CPP, os
Embargos de Declaração tem como escopo o
saneamento de obscuridade, contradição, omissão ou
ambiguidade, eventualmente existente na decisão
colegiada. Ausentes tais requisitos, nega-se
provimento aos embargos de declaração, mormente
quando nítida a pretensão de rediscutir matéria já
suficientemente analisada. 2 - Os Embargos de
Declaração, mesmo para fins de prequestionamento,
devem obediência ao art. 619 do Código de Processo
Penal, vale dizer, que somente são cabíveis para
expungir do julgamento obscuridades, ambiguidades
3 - APELACAO CRIMINAL
EMBARGOS DE DECLARACAO
PROTOCOLO : 35250-67.2019.8.09.0175(201990352502)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. LEANDRO CRISPIM
1 APELANTE(S) : RIVELINO SOUSA ALENCAR
ADV(S) : 52037/GO -GABRIEL CELESTINO SADDI ANTUNES
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO
CRIMINAL. PREQUESTIONAMENTO. INEXISTÊNCIA DE
VÍCIOS. Os Embargos de Declaração visam sanar
ambiguidades, obscuridades, contradições ou
omissões presentes nos acórdãos proferidos pelo
órgão ad quem. Ausentes as hipóteses previstas no
artigo 619 do CPP, mister é o seu desprovimento,
ainda que se opostos para fins de
prequestionamento. 2- PEDIDO DE CONCESSÃO
JUSTIÇA GRATUITA. INVIÁVEL. Igualmente, inviável o
pedido de Justiça Gratuita em sede de embargos
declaratórios, não sendo o meio adequado para se
tentar obter diversa prestação jurisdicional.
EMBARGOS DECLARATÓRIOS CONHECIDOS E DESPROVIDOS.
DECISAO : ACORDAM os integrantes da Segunda Turma Julgadora
da Segunda Câmara Criminal do Egrégio Tribunal de
Justiça do Estado de Goiás, por votação uniforme,
em conhecer dos embargos de declaração, mas
negar-lhes provimento, nos termos do voto do
Relator, exarado na assentada do julgamento que a
este se incorpora. Custas de lei.
5 - APELACAO (E.C.A.)
PROTOCOLO : 273491-04.2017.8.09.0012(201792734913)
COMARCA : APARECIDA DE GOIANIA
RELATOR : DR. AURELIANO ALBUQUERQUE AMORIM
PROCURADOR : ABRAO AMISY NETO
1 APELANTE(S) : MINISTERIO PUBLICO
1 APELADO(S) : WBA
ADV(S) : 38040/GO -KALEBE KEYZER MENDES MENEZES
EMENTA : APELAÇÃO. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE.ATO
INFRACIONAL ANÁLOGO AO CRIME DE ROUBO. AUTORIA NÃO
COMPROVADA. REPRESENTAÇÃO IMPROCEDENTE. SE O SUBS-
TRATO PROBATÓRIO NÃO É CAPAZ DE ATESTAR, DE FORMA
INEQUÍVOCA, QUE O REPRESENTADO PRATICOU O ATO IN-
FRACIONAL ANÁLOGO AO CRIME DE ROUBO, IMPÕE-SE RE-
FERENDAR A SENTENÇA QUE JULGOU IMPROCEDENTE A RE-
PRESENTAÇÃO. APELO CONHECIDO E DESPROVIDO.
DECISAO : ACORDAM OS INTEGRANTES DA SEGUNDA TURMA JULGADORA
DA SEGUNDA CÂMARA CRIMINAL DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS, POR VOTAÇÃO UNIFORME,
ACOLHENDO O PARECER MINISTERIAL, EM CONHECER DA A-
PELAÇÃO CRIMINAL, MAS NEGAR-LHE PROVIMENTO, NOS
TERMOS DO VOTO DO RELATOR. CUSTAS DE LEI.
6 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 450143-28.2013.8.09.0136(201394501439)
COMARCA : RIALMA
RELATOR : DES. LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
PROCURADOR : AGUINALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
1 APELANTE(S) : LEIA PATRICIA VIEIRA
DIEGO SOUSA DE OLIVEIRA
ADV(S) : 6333/GO -PEDRO ANTONIO PEREIRA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME DE FURTO
QUALIFICADO. SENTENÇA CONDENATÓRIA. ABSOLVIÇÃO.
PROVA SUFICIENTE. PENA. CORREÇÃO. I - Comprovada
a autoria delitiva pelas provas recolhidas na fase
inquisitiva, repetidas durante a investigação
judicial, contendo declarações de informante e
depoimentos testemunhais, convergentes na
revelação dos processados como os responsáveis
pela ação criminosa, surpreendidos na posse dos
objetos subtraídos para si da vítima, a pretensão
absolutória da imputação, por violação do art.
155, § 4º, incisos I e IV, do Código Penal
Brasileiro, fica desautorizada, à conformação do
7 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 193868-54.2015.8.09.0142(201591938686)
COMARCA : SANTA HELENA DE GOIAS
RELATOR : DES. LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
PROCURADOR : ALTAMIR RODRIGUES VIEIRA JUNIOR
1 APELANTE(S) : ROGERIO GOMIDE
ADV(S) : 14863/GO -MARIA CECILIA BONVECHIO TEROSSI
36108/GO -GABRIELA MAIA GOMIDE
38005/GO -TAIS CECI TEROSSI
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME DE PORTE ILEGAL
DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO. SENTENÇA
CONDENATÓRIA. ABSOLVIÇÃO. PROVA. ATIPICIDADE DA
CONDUTA. ESTADO DE NECESSIDADE. ERRO DE PROIBIÇÃO.
NÃO CONFIGURAÇÃO. SOLUÇÃO PENAL MANTIDA. I - Não
se modifica o pronunciamento condenatório pelo
crime de porte de arma de fogo de uso permitido,
tipificado pelo art. 14, da Lei nº 10.826/03, ao
fundamento da atipicidade da conduta, se os
elementos de convicção dos autos, confissão
judicial e prova testemunhal, demonstram que o
processado trazia consigo material bélico, sem
autorização, conduta correspondente ao modelo
penal de incursão. II - A justificadora de
criminalidade do estado de necessidade exige a
comprovação de que o processado, ao praticar a
conduta considerada delituosa, atuou na proteção
de direito ou interesse em conflito,
permitindo-lhe o sacrifício de um deles, não sendo
o caso de quem, sem a autorização da autoridade
competente, porta arma de fogo a pretexto da
defesa pessoal, sem a devida demonstração dos
requisitos da causa absolutória, cometendo o
delito do art. 14, da Lei nº 10.826/03. III - O
erro sobre a ilicitude do fato, chamado erro de
proibição, previsto pelo art. 21, do Código Penal
Brasileiro, prevê que o desconhecimento formal da
lei é inescusável, mas o engano sobre a
antijuridicidade acarreta a isenção da pena, se
inevitável, a diminuição, se evitável,
circunstância que não está na conduta do
processado que portava, em via pública, arma de
fogo de uso permitido, sem autorização e em
desacordo com determinação legal, com plena
8 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 193868-54.2015.8.09.0142(201591938686)
COMARCA : SANTA HELENA DE GOIAS
RELATOR : DES. LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
PROCURADOR : ALTAMIR RODRIGUES VIEIRA JUNIOR
1 APELANTE(S) : ROGERIO GOMIDE
ADV(S) : 14863/GO -MARIA CECILIA BONVECHIO TEROSSI
36108/GO -GABRIELA MAIA GOMIDE
38005/GO -TAIS CECI TEROSSI
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME DE PORTE ILEGAL
DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO. SENTENÇA
CONDENATÓRIA. ABSOLVIÇÃO. PROVA. ATIPICIDADE DA
CONDUTA. ESTADO DE NECESSIDADE. ERRO DE PROIBIÇÃO.
NÃO CONFIGURAÇÃO. SOLUÇÃO PENAL MANTIDA. I - Não
se modifica o pronunciamento condenatório pelo
crime de porte de arma de fogo de uso permitido,
tipificado pelo art. 14, da Lei nº 10.826/03, ao
fundamento da atipicidade da conduta, se os
elementos de convicção dos autos, confissão
judicial e prova testemunhal, demonstram que o
processado trazia consigo material bélico, sem
autorização, conduta correspondente ao modelo
penal de incursão. II - A justificadora de
criminalidade do estado de necessidade exige a
comprovação de que o processado, ao praticar a
conduta considerada delituosa, atuou na proteção
de direito ou interesse em conflito,
permitindo-lhe o sacrifício de um deles, não sendo
o caso de quem, sem a autorização da autoridade
competente, porta arma de fogo a pretexto da
defesa pessoal, sem a devida demonstração dos
requisitos da causa absolutória, cometendo o
delito do art. 14, da Lei nº 10.826/03. III - O
erro sobre a ilicitude do fato, chamado erro de
proibição, previsto pelo art. 21, do Código Penal
Brasileiro, prevê que o desconhecimento formal da
lei é inescusável, mas o engano sobre a
antijuridicidade acarreta a isenção da pena, se
inevitável, a diminuição, se evitável,
circunstância que não está na conduta do
processado que portava, em via pública, arma de
fogo de uso permitido, sem autorização e em
desacordo com determinação legal, com plena
ciência da censurabilidade do comportamento.
APELO DESPROVIDO.
9 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 241205-66.2017.8.09.0175(201792412053)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
PROCURADOR : LUIZ GONZAGA PEREIRA DA CUNHA
1 APELANTE(S) : MINISTERIO PUBLICO
1 APELADO(S) : FABIO EUSEBIO FERREIRA
ADV(S) : 50161/GO -THALITA MONTEIRO MAIA
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME DE ROUBO
QUALIFICADO. SENTENÇA CONDENATÓRIA. FIXAÇÃO DA
PENA. PONDERAÇÃO DA ELEMENTARES JUDICIAIS.
DESFAVORABILIDADE. ELEVAÇÃO DO TRATAMENTO
PUNITIVO. Na definição da reprimenda ao
processado, condenado por violação do art. 157,
§3º, primeira parte, do Código Penal Brasileiro, o
sentenciante deve avaliar corretamente as
elementares do art. 59, do Código Penal
Brasileiro, observando a destinação (prevenção e
repreensão), a desfavorabilidade de algumas das
circunstâncias judiciais exige o afastamento do
menor grau punitivo, previsto pelo modelo penal,
presente justificativa bastante para a
consideração negativa. APELO PROVIDO.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA
o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pela
Terceira Turma Julgadora de sua Segunda Câmara
Criminal, à unanimidade, acolher o parecer da
Procuradoria-Geral de Justiça, conhecer do apelo e
o prover, nos termos do voto do Relator.
Votaram, com o Relator, os Senhores
Desembargadores Carmecy Rosa Maria Alves de
Oliveira e Edison Miguel da Silva Júnior.
Presidiu a sessão de julgamento o Desembargador
Luiz Cláudio Veiga Braga. Presente à sessão,
representando a Procuradoria-Geral de Justiça, o
Doutor Pedro Alexandre da Rocha Coelho.
Goiânia, 14 de fevereiro de 2019.
Desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga
Relator
10 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 426356-42.2016.8.09.0175(201694263568)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
PROCURADOR : PEDRO TAVARES FILHO
1 APELANTE(S) : DANIEL RODRIGUES DA SILVA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
11 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 67898-38.2015.8.09.0047(201590678982)
COMARCA : GOIANAPOLIS
RELATOR : DES. LEANDRO CRISPIM
PROCURADOR : YARA ALVES FERREIRA E SILVA
1 APELANTE(S) : ALEXANDRE RAFAEL OLIVEIRA BENEVIDES
ADV(S) : 14344/GO -JANNE RIBEIRO
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. ROUBO CIRCUNSTANCIADO.
DESCLASSIFICAÇÃO. TENTATIVA. INVIABILIDADE.
Descabido o pleito de desclassificação para a
forma tentada, dado que houve a inversão da posse
dos bens subtraídos, ainda que por um breve espaço
de tempo e dentro da esfera de vigilância das
vítimas - Súmula 582 do STJ. 2 - PENA-BASE.
REDIMENSIONADA. Constatado equívoco na análise das
circunstâncias judiciais, deve a pena-base ser
redimensionada. 3 - CAUSAS GRADATIVAS. FRAÇÃO DE
AUMENTO. MANUTENÇÃO. Deve ser mantida a fração de
aumento decorrente das causas previstas nos
incisos I, II e V do §2º do artigo 157 do Código
Penal, porque devidamente justificada no édito
condenatório. 4 - REGIME. ALTERAÇÃO. O regime
inicial de cumprimento da pena do apelante deve
ser alterado para o semiaberto, porquanto, nos
termos do artigo 33, §2º, alínea 'b', e §3º, do
Digesto Penal, é o compatível com a reprimenda
final imposta. 5 - MULTA. AJUSTADA. Em face do
princípio da proporcionalidade, a multa deve ser
ajustada para a mesma proporção que a pena
corpórea. APELAÇÃO CONHECIDA E PARCIALMENTE
PROVIDA.
DECISAO : ACORDAM os integrantes da Segunda Turma Julgadora
da Segunda Câmara Criminal do Egrégio Tribunal de
Justiça do Estado de Goiás, por votação uniforme,
acolhendo o Parecer Ministerial, em conhecer da
apelação, e dar-lhe parcial provimento, nos termos
do voto do Relator, exarado na assentada do
julgamento que a este se incorpora. Custas de lei.
12 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 455344-24.2015.8.09.0041(201594553440)
COMARCA : ESTRELA DO NORTE
RELATOR : DES. LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA
PROCURADOR : NILO MENDES GUIMARAES
1 APELANTE(S) : ALEXANDRE ALVES DE OLIVEIRA
ADV(S) : 105338/SP -LUCILA NARCISO SANCHES
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME DE ROUBO
CIRCUNSTANCIADO. SENTENÇA CONDENATÓRIA. RECURSO DA
DEFESA. APRESENTAÇÃO FORA DO PRAZO.
INTEMPESTIVIDADE. NÃO CONHECIMENTO. Não se
conhece de recurso apelatório formalizado fora do
prazo assinalado pelo art. 593, do Código de
Processo Penal, dele ausente o pressuposto
objetivo da tempestividade, cuja verificação, por
constituir juízo de admissibilidade, regra de
direito público, não se condiciona à indicação da
contraparte, devendo ser apurado ainda na omissão
do sujeito processual. APELO NÃO CONHECIDO.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDA
o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pela
Terceira Turma Julgadora de sua Segunda Câmara
Criminal, à unanimidade, desacolher o parecer da
Procuradoria-Geral de Justiça e não conhecer do
apelo, nos termos do voto do Relator. Votaram,
com o Relator, os Senhores Desembargadores
Carmecy Rosa Maria Alves de Oliveira e Edison
Miguel da Silva Júnior. Presidiu a sessão de
julgamento o Desembargador Luiz Cláudio Veiga
Braga. Presente à sessão, representando a
Procuradoria-Geral de Justiça, o Doutor Fernando
Aurvalle da Silva Krebs. Goiânia, 18 de julho
de 2019. Desembargador Luiz Cláudio Veiga
Braga Relator
13 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 252405-70.2017.8.09.0175(201792524056)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
PROCURADOR : JOANA DAR'C CORREA DA SILVA OLIVEIRA
1 APELANTE(S) : DANIEL SOUSA SILVA
ADV(S) : 31380/GO -AGMAR VIERA SANTOS
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. CÁRCERE PRIVADO.
ABSOLVIÇÃO. Provadas sobremaneira a autoria e
materialidade do crime de cárcere privado, por
meio da coerente, concreta e robusta prova oral,
improcede o pleito absolutório ou
desclassificatório para o delito de lesão corporal
de natureza leve. REGIME DE CUMPRIMENTO DA PENA.
PREJUDICIALIDADE. Resta prejudicado o pedido de
cumprimento da pena no regime inicial aberto,
quando já fixado na sentença apelada. APELO
PARCIALMENTE CONHECIDO E DESPROVIDO.
14 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 407500-30.2016.8.09.0175(201694075001)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DR. AURELIANO ALBUQUERQUE AMORIM
PROCURADOR : JOANA DAR'C CORREA DA SILVA OLIVEIRA
1 APELANTE(S) : LUIZ MAGALHAES ZEFERINO
ADV(S) : 39631/GO -KELVIN WALLACE CASTRO DOS SANTO
40512/GO -GUILHERME ORDONEZ DE MATOS
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : APELAçõA CRIMINAL. EMBRIAGUEZ AO VOLNTE. GRATUIDA-
DE DA JUSTIçA. INVIABILIDADE. SE O APELANTE FOI
DEFENDIDO DURANTE TODA A INSTRUçãO POR ADVOGADO
CONSTITUIDO, NãO JUSTIFICA A CONCESSãO DA ASSIS-
TêNCIA JUDICIáRIA. MORMENTE PORQUE NãO COMPROVADA
A SUA HIPOSSUFICIêNCIA.
2- DOSIMETRIA DE PENA. ADEQUAçÃO. REDUÇÃO. CONS-
TANDO EXCESSIVO
DECISAO : F
15 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 89464-52.2016.8.09.0162(201690894644)
COMARCA : VALPARAISO DE GOIAS
RELATOR : DES. LEANDRO CRISPIM
PROCURADOR : PAULO SERGIO PRATA REZENDE
1 APELANTE(S) : MINISTERIO PUBLICO
2 APELANTE(S) : ALEXANDRE ARAUJO CARNEIRO DA SILVA
ADV(S) : 34851/DF -EVERTON SOARES DE OLIVEIRA NOBR
37157/DF -JORGINAL FERNANDO DE SOUSA AGUI
1 APELADO(S) : ALEXANDRE ARAUJO CARNEIRO DA SILVA
ADV(S) : 34851/DF -EVERTON SOARES DE OLIVEIRA NOBR
37157/DF -JORGINAL FERNANDO DE SOUSA AGUI
2 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : D
DECISAO : D
16 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 101180-98.2017.8.09.0014(201791011802)
COMARCA : ARAGARCAS
RELATOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
PROCURADOR : LUIZ GONZAGA PEREIRA DA CUNHA
1 APELANTE(S) : IVONETE LOPES DA CRUZ
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : Tráfico privilegiado de drogas (37g de maconha)
17 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 191762-91.2017.8.09.0064(201791917623)
COMARCA : GOIANIRA
RELATOR : DES. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
PROCURADOR : AGUINALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
1 APELANTE(S) : DEIDE JUNIOR PIRES DE MORAES
ADV(S) : 25694/GO -CESAR JOSE CLARO
2 APELANTE(S) : LUCIANO NASCIMENTO DE OLIVEIRA
ADV(S) : 33860/GO -PAULO ROBERTO MACHADO SOARES
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. PRELIMINAR. NULIDADE.
AUSÊNCIA DAS FORMALIDADES DO ARTIGO 226 DO CPP. O
cumprimento das formalidades prescritas no artigo
226, do CPP configura apenas uma recomendação
legal, não tendo o condão de nulificar o processo,
tampouco o meio de prova, pois se trata de mera
irregularidade, sobretudo quando, em juízo, as
vítimas renovaram, sem dúvidas, o reconhecimento
do apelante como um dos autores dos crimes. ROUBO.
ESTUPRO. ABSOLVIÇÃO. Impõe-se referendar o édito
condenatório quando o substrato probatório
harmônico amealhado aos autos, composto pelos
elementos informativos, posteriormente
jurisdicionalizados, demonstra, de forma clara, a
materialidade e a autoria dos crimes.
REDIMENSIONAMENTO DAS PENAS. Considerando o
equívoco na análise das circunstâncias judiciais
do artigo 59 do CP devem ser redimensionadas as
penas corpórea e de multa impostas a ambos os
apelantes. MODIFICAÇÃO DO REGIME INICIAL DE
CUMPRIMENTO DA PENA. Apesar do redimensionamento
das penas aplicadas, deve ser mantido o regime
inicial de cumprimento da pena no fechado, nos
termos do artigo 33, § 2º, alínea a do CP.
EXCLUSÃO DA INDENIZAÇÃO. Comprovados os danos
sofridos pelas vítimas, inviável o pleito de
exclusão da condenação ao pagamento de reparação
dos mesmos. DIREITO DE RECORRER EM LIBERDADE.
Inviável a concessão do direito de recorrer em
liberdade, posto que a autoridade judicial, por
ocasião da prolação da sentença, justificou a
18 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 135922-20.2018.8.09.0175(201891359223)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
PROCURADOR : ABRAO AMISY NETO
1 APELANTE(S) : MINISTERIO PUBLICO
1 APELADO(S) : CLEITON DA SILVA FARIAS
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. ROUBO MAJORADO PELO
CONCURSO DE PESSOAS. INCLUSÃO DA MAJORANTE DO
EMPREGO DE ARMA DE FOGO. REDIMENSIONAMENTO DA
PENA. MANUTENÇÃO DO REGIME PRISIONAL FECHADO.
Havendo nos autos a comprovação de que os roubos
foram praticados com emprego de arma de fogo,
mister o reconhecimento da majorante prevista no
artigo 157, § 2º A, inciso I, do Código Penal,
sendo necessário o redimensionamento da pena
imposta ao apelado. PARECER ACOLHIDO. APELO
CONHECIDO E PROVIDO.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos estes autos,
ACORDAM, os integrantes da Quarta Turma Julgadora
da Segunda Câmara Criminal do Egrégio Tribunal de
Justiça do Estado de Goiás, por unanimidade de
votos, acolher o parecer ministerial de cúpula,
19 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 35689-42.2018.8.09.0069(201890356891)
COMARCA : GUAPO
RELATOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
PROCURADOR : PEDRO TAVARES FILHO
1 APELANTE(S) : MARCOS PAULO SILVERIO DE ANDRADE
ADV(S) : 48007/GO -ROGERIO RODRIGUES NERES
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : Ameaça. Condenação. Pena: 4 meses de detenção,
regime inicial aberto. Recurso da defesa
postulando absolvição por inexistência ou
insuficiência probatória. 1 - Considerando a
animosidade existente entre o réu e a única
testemunha direta das supostas ameaças, a prova é
insuficiente para a condenação. 2 - Recurso
conhecido e provido. Parecer desacolhido.
DECISAO : ACORDA o Tribunal de Justiça de Goiás, pela Quinta
Turma Julgadora da Segunda Câmara Criminal, em
votação unânime, desacolhendo o parecer
ministerial, em conhecer do apelo e dar-lhe
provimento, nos termos do voto do relator, que a
este se incorpora. Custas de Lei.
20 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 269257-72.2017.8.09.0175(201792692579)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
PROCURADOR : PEDRO ALEXANDRE ROCHA COELHO
1 APELANTE(S) : MINISTERIO PUBLICO
1 APELADO(S) : FABIO DE MACEDO
ADV(S) : 48800/GO -JEFFERSON WILLAMIS LOURENçO
EMENTA : Tráfico de drogas (32g de crack) e posse irregular
de arma de fogo e munições. Condenação. Pena
somada: 2 anos e 8 meses de reclusão (com a
detração, 1 ano e 10 meses), regime aberto
(substituída por duas restritivas de direitos), e
176 dias-multa. Apelo da acusação postulando
aumento da pena e afastamento do período da
monitoração eletrônica do cômputo da detração
penal. 1 - A prova dos autos não evidencia dolo do
tráfico de drogas, impondo-se, de ofício, a
desclassificação da conduta para a figura típica
do artigo 28 da Lei 11.343/06. 2 - Quanto ao crime
de posse de arma de fogo, impõe-se alterar a
modalidade da pena aplicada, de reclusão para
detenção, bem como, afastar a detração penal pelo
tempo de monitoramento eletrônico. 3 - De ofício,
substituída a pena privativa de liberdade do crime
de posse de arma de fogo por duas restritivas de
direitos. 4 - Pena reformulada: 1 ano de detenção,
21 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 37220-73.2017.8.09.0175(201790372208)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
PROCURADOR : LEONIDAS BUENO BRITO
1 APELANTE(S) : THIAGO SOUZA SIMONI
ADV(S) : 42952/GO -HUDSON THIAGO NERO DE OLIVEIRA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. ROUBO QUALIFICADO.
MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADAS. CONDENAÇÃO
MANTIDA. 1. Improcede a tese absolutória se a
materialidade e a respectiva autoria restou
devidamente comprovada nas declarações da vítima e
nos depoimentos dos policias que efetivaram o
flagrante, tomados sob o crivo do contraditório e
harmônicos entre si. REDUÇÃO DA PENA-BASE.
EQUIVOCO NA VALORAÇÃO DA CIRCUNSTÂNCIA JUDICIAL
CONSEQUÊNCIAS DO CRIME. 2. Impõe-se o afastamento
da negatividade do vetor “consequências do crime”,
eis que fundada apenas no prejuízo financeiro
suportado pela vítima, elemento já inserido no
próprio tipo penal (bis in idem), redimensionando,
consequentemente, a pena-base do apelante.
RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos estes autos,
ACORDAM, os integrantes da Quarta Turma Julgadora
da Segunda Câmara Criminal do Egrégio Tribunal de
Justiça do Estado de Goiás, por unanimidade de
votos, acolher o parecer Ministerial de Cúpula,
conhecer do recurso e o prover parcialmente, nos
termos do voto da Relatora. Custas de
lei.
VOTARAM, além da
Relatora, o eminente Desembargador Edison Miguel
da Silva JR. e João Waldeck Félix de Sousa.
Presidiu a sessão de
julgamento o Desembargador Luiz Cláudio Veiga
Braga. Esteve presente à sessão de julgamento,
o(a) nobre Procurador(a) de Justiça, Dr(a). Pedro
Alexandre da Rocha Coelho.
Goiânia, 06 de fevereiro de 2020.
Carmecy Rosa Maria
Alves de Oliveira Desembargadora Relatora
22 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 47368-22.2018.8.09.0107(201890473685)
COMARCA : MORRINHOS
RELATOR : DES. LEANDRO CRISPIM
PROCURADOR : LUIZ GONZAGA PEREIRA DA CUNHA
1 APELANTE(S) : WESLEY ROSA DA SILVA
ADV(S) : 12031/GO -OLDEMAR JOSE DA ROCHA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. TRÁFICO ILÍCITO DE
DROGAS. REFORMA DA PENA. PROCEDÊNCIA EM PARTE.
23 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 229856-03.2016.8.09.0175(201692298569)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
PROCURADOR : AGUINALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
1 APELANTE(S) : CSM
ADV(S) : 55514/GO -SAMUEL JOSE REIS DE LIMA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : Estupro de vulnerável. Condenação. Pena: 12 anos
de reclusão, regime inicial fechado. Apelação da
defesa requerendo absolvição, instauração de
incidente de insanidade mental e exclusão da causa
de aumento do art. 226, II, do CP. 1 - A prova é
suficiente para a condenação, pois a palavra da
vítima foi corroborada por testemunha direta do
fato, de forma harmônica e coerente. 2 - Se não há
dúvida sobre a integridade mental do réu,
inviável o pedido de instauração de incidente de
insanidade. 3 - Sendo inquestionável a qualidade
de padrasto, imperioso o aumento previsto em lei.
4 - Recurso conhecido e desprovido. Parecer
acolhido.
DECISAO : ACORDA o Tribunal de Justiça de Goiás, pela Quinta
Turma Julgadora da Segunda Câmara Criminal, em
votação unânime, acolhendo o parecer ministerial,
em conhecer do apelo e negar-lhe provimento, nos
termos do voto do relator, que a este se
24 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 288265-12.2016.8.09.0097(201692882651)
COMARCA : JUSSARA
RELATOR : DES. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
PROCURADOR : JOANA DAR'C CORREA DA SILVA OLIVEIRA
1 APELANTE(S) : WANDER JOSE DA CRUZ
ADV(S) : 12276/GO -JOSE ALVES TEIXEIRA
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. CONDUÇÃO DE VEÍCULO
AUTOMOTOR COM CAPACIDADE PSICOMOTORA ALTERADA EM
RAZÃO DA INFLUÊNCIA DE ÁLCOOL. ABSOLVIÇÃO. PROVA
DA MATERIALIDADE. Como prova da materialidade
delitiva do crime de embriaguez ao volante, basta
o depoimento do policial informando as condições
psicomotoras do apelante, aliado ao Relatório
Médico e ao Termo de Constatação de Alcoolemia ou
de outra Substância Psicoativa que Determine
Dependência (sinais de alteração da capacidade
psicomotora), demonstrando que no momento da
prisão aquele apresentava-se sonolento, com olhos
vermelhos, desordem nas vestes, odor de álcool no
hálito, estava com fala alterada e dificuldade no
equilíbrio. Imperativa, pois, a manutenção da
condenação. REDUÇÃO DA PENA. Descabe redução a
pena-base fixada no mínimo legal, inexistindo
reparos a serem feitos na dosimetria da pena,
porquanto estabelecida a sanção penal em quantum
justo e necessário. BENEFÍCIOS DA ASSISTÊNCIA
JUDICIÁRIA. Prejudicado o pleito de concessão dos
benefícios da assistência judiciária, quando já
atendido na prolação da sentença penal apelada.
APELO PARCIALMENTE CONHECIDO E DESPROVIDO.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos estes autos,
ACORDAM, os integrantes da Quarta Turma Julgadora
da Segunda Câmara Criminal do Egrégio Tribunal de
Justiça do Estado de Goiás, por unanimidade de
votos, acolher o parecer ministerial de cúpula,
conhecer em parte do apelo e o desprover, nos
termos do voto da Relatora. Custas de
lei.
VOTARAM, além da
Relatora, os eminentes Desembargadores: João
Waldeck Félix de Sousa e Edison Miguel da Silva
JR. Presidiu a sessão de
julgamento o Desembargador Luiz Cláudio Veiga
Braga. Esteve presente à
sessão de julgamento, o(a) nobre Procurador(a) de
Justiça, Dr(a). Nilo Mendes Guimarães.
Goiânia, 17 de dezembro de 2019.
Carmecy Rosa Maria
Alves de Oliveira Desembargadora
Relatora
25 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 456981-17.2015.8.09.0168(201594569819)
COMARCA : AGUAS LINDAS DE GOIAS
RELATOR : DR. AURELIANO ALBUQUERQUE AMORIM
PROCURADOR : AGUINALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
1 APELANTE(S) : JOAQUIM DOS SANTOS FERREIRA
ADV(S) : 51300/GO -ADENILSON DOS SANTOS SILVA FILH
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. HOMICÍDIO QUALIFICADO.
26 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 181538-52.2017.8.09.0175(201791815383)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
PROCURADOR : PEDRO TAVARES FILHO
1 APELANTE(S) : ANTONIO JOSE DOS SANTOS
ADV(S) : 26830/GO -DANILO DOS SANTOS VASCONCELOS
43061/GO -LUCIANA CARLA ALTOE DE LIMA FAL
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : Tráfico ilícito de drogas (18kg de maconha).
Condenação. Pena: 5 anos reclusão, regime inicial
semiaberto, 500 dias-multa. Recurso da defesa
sustentando nulidade, absolvição, redução máxima
pelo tráfico privilegiado e substituição da pena
privativa de liberdade por restritivas de
direitos. 1 - O ingresso na residência do réu foi
legitimado por anterior denúncia anônima,
inexistindo nulidade. 2 - A quantidade da droga
apreendida no interior do imóvel do réu, aliada
aos depoimentos dos policiais, não deixam dúvidas
acerca da prática do delito. 3 - Não há
ilegalidade ou arbitrariedade na dosimetria da
pena privativa de liberdade passível de reforma. 4
- Recurso conhecido e desprovido. Parecer
acolhido.
DECISAO : ACORDA o Tribunal de Justiça de Goiás, pela Quinta
Turma Julgadora da Segunda Câmara Criminal, em
votação unânime, acolhendo o parecer ministerial,
em conhecer do apelo e dar-lhe provimento, nos
termos do voto do relator, que a este se
incorpora. Custas de Lei.
27 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 92365-48.2017.8.09.0003(201790923654)
COMARCA : ALEXANIA
RELATOR : DES. LEANDRO CRISPIM
PROCURADOR : NILO MENDES GUIMARAES
28 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 129481-53.2016.8.09.0123(201691294810)
COMARCA : PIRACANJUBA
RELATOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
PROCURADOR : PEDRO TAVARES FILHO
1 APELANTE(S) : EDSON PONTES DE OLIVEIRA
ADV(S) : 52168/GO -JOSE VICTOR VITORINO GUIMARAES
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : Ameaça de gênero. Condenação. Pena: 5 meses de
detenção, regime inicial aberto. Recurso da defesa
sustentando redução da pena. 1 - Embora os
motivos do crime sejam inerentes ao tipo penal de
ameaça, o réu não é só portador de maus
antecedentes, na verdade, é multireincidente, pois
o presente crime ocorreu após três sentenças
condenatórias transitarem em julgado por fatos
contra a mesma vítima, o que justifica a
manutenção da pena-base fixada na sentença, ainda
mais porque não aplicada a devida agravante. 2 -
Recurso conhecido desprovido. Parecer acolhido.
DECISAO : ACORDA o Tribunal de Justiça de Goiás, pela Quinta
Turma Julgadora da Segunda Câmara Criminal, em
votação unânime, acolhendo o parecer ministerial,
em conhecer do recurso e negar-lhe provimento, nos
termos do voto do relator, que a este se
incorpora. Custas de Lei.
29 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 65805-04.2018.8.09.0175(201890658057)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
PROCURADOR : PAULO SERGIO PRATA REZENDE
30 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 177915-14.2016.8.09.0175(201691779156)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
PROCURADOR : JOANA DAR'C CORREA DA SILVA OLIVEIRA
1 APELANTE(S) : MINISTERIO PUBLICO
1 APELADO(S) : DAND GUID CAREZOLL MATHEUS
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DE G
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. LESÃO CORPORAL. RECURSO
DO MP. ABSOLVIÇÃO MANTIDA. Considerando que das
provas colhidas nos autos não é possível extrair a
certeza necessária para condenação do recorrido
pelo crime de lesão corporal, uma vez que na fase
judicial nenhuma prova foi produzida no sentido de
incriminar o acusado, impõe-se a manutenção da
absolvição em atenção ao princípio do in dubio pro
reo. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.
DECISAO : Vistos, relatados e discutidos estes autos,
ACORDAM, os integrantes da Quarta Turma Julgadora
da Segunda Câmara Criminal do Egrégio Tribunal de
Justiça do Estado de Goiás, por unanimidade de
votos, acolher o parecer do órgão ministerial de
cúpula, conhecer do apelo e o desprover, nos
termos do voto da Relatora. Custas
de lei.
VOTARAM, além
da Relatora, o eminente Desembargador Edison
Miguel da Silva JR. e Dra. Lília Mônica de
Castro Borges Escher(em subst. ao Des. João
Waldeck Félix de Sousa).
Presidiu a sessão de julgamento o
Desembargador Leandro Crispim. Esteve
presente à sessão de julgamento, o(a) nobre
Procurador(a) de Justiça, Dr(a). Pedro Alexandre
da Rocha Coelho.
Goiânia, 04 de fevereiro de 2020.
Carmecy Rosa Maria Alves de
Oliveira Desembargadora Relatora
31 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 219146-84.2017.8.09.0175(201792191464)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
PROCURADOR : PEDRO ALEXANDRE ROCHA COELHO
1 APELANTE(S) : JOEMESSON BISPO TORRES
ADV(S) : 21757/GO -MARGARETE DOS REIS MARTINS PACH
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
2 APELADO(S) : LEONARDO DIAS DOS SANTOS
ADV(S) : 49210/GO -FERNANDA KáTIA CARDOSO ALEXANDR
49688/GO -SIMARIA ALVES FOGACA
EMENTA : LESõES CORPORAIS E EMBRIAGUEZ NA CONDUçãO DE VEí-
CULO AUTOMOTOR. CONDENAçãO. PENA TOTAL: 3 ANOS, 5
MESES E 18 DIAS, REGIME INICIAL ABERTO, SUBSTITUí-
DA POR PRESTAçãO DE SERVIçOS À COMUNIDADE E FRE-
QUêNCIA A CURSO POR 6 MESES, PROIBIÇÃO DE OBTER
HABILITAÇÃO PARA DIRIGIR VEÍCULO AUTOMOTOR POR 6
MESES, 25 DIAS-MULTA E 21 MIL REAIS A TÍTULO DE
INDENIZAÇÃO àS VÍTIMAS. RECURSO DA DEFESA REQUE-
RENDO A EXCLUSÃO OU REDUÇÃO DO VALOR INDENIZATÓRIO
DECISAO : O TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE GOIÁS, PELA QUINTA TURMA
JULGADORA DA SEGUNDA CâMARA CRIMINAL, EM VOTAÇÃO
UNâNIME, DESACOLHENDO O PARECER MINISTERIAL, EM
CONHECER DO RECURSO E DAR-LHE PROVIMENTO, NOS TER-
MOS DO VOTO DO RELATOR, QUE A ESTE SE INCORPORA.
32 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 237931-07.2015.8.09.0162(201592379311)
COMARCA : VALPARAISO DE GOIAS
RELATOR : DES. LEANDRO CRISPIM
PROCURADOR : NILO MENDES GUIMARAES
1 APELANTE(S) : JOSE PEREIRA DE SOUSA SOBRINHO
ADV(S) : 24092/GO -CARLOS AUGUSTO RODRIGUES XAVIER
1 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
EMENTA : EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. TRÁFICO DE DROGAS.
ABSOLVIÇÃO. DESCLASSIFICAÇÃO. AUTORIA E
MATERIALIDADE COMPROVADAS. IMPOSSIBILIDADE. Não
prospera o pedido de absolvição ou
desclassificação para a figura da posse de drogas
para consumo próprio quando o conjunto probatório
formado pelo inquérito policial e pela prova
jurisdicionalizada é idôneo e uniforme quanto à
materialidade do fato e autoria do crime de
tráfico ilícito de drogas, praticado pelo
apelante. 2- DOSIMETRIA DA PENA. REDUÇÃO.
IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE ATECNIAS. Inexistente
equívoco na dosimetria confeccionada pela
sentenciante, não há que se falar em redução da
pena. Até mesmo porque esta já se encontra fixada
no menor patamar possível. APELAÇÃO CONHECIDA E
DESPROVIDA.
DECISAO : ACORDAM os integrantes da Segunda Turma Julgadora
da Segunda Câmara Criminal do Egrégio Tribunal de
Justiça do Estado de Goiás, por votação uniforme,
acolhendo o Parecer Ministerial, em conhecer da
Apelação Criminal, mas negar-lhe provimento, nos
termos do voto do Relator, exarado na assentada do
julgamento que a este se incorpora. Custas de
lei.
33 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 32090-88.2019.8.09.0157(201990320902)
COMARCA : VIANOPOLIS
RELATOR : DES. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
===============================================================================
2A CAMARA CRIMINAL #
PAUTA N. 12/2020
DATA DO JULGAMENTO: 03/03/2020 AS 13:00 HORAS OU NAS SESSOES POSTERIORES
===============================================================================
7 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 1985-74.2019.8.09.0175(201990019854)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
REVISOR : DES. JOAO WALDECK FELIX DE SOUSA
1 APELANTE(S) : MARCOS VINICIUS CARVALHO COUTINHO
ADV(S) : 2202/GO -ANTONIO CARLOS TRINDADE
2 APELANTE(S) : RAIANE DE JESUS SOUZA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO D
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). PEDRO TAVARES FILHO
8 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 2889-31.2018.8.09.0175(201890028894)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
APELANTE(S) : JOSE RENATO MIRANDA MEIRA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO D
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). SPIRIDON NICOFOTIS ANYFANTIS
9 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 4763-85.2017.8.09.0175(201790047633)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
APELANTE(S) : ROMARIO FRANCISCO DA SILVA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO D
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). LUIZ GONZAGA PEREIRA DA CUNHA
10 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 13953-38.2018.8.09.0175(201890139530)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DR. RODRIGO DE SILVEIRA
SUBST. DA DESA. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
REVISOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
APELANTE(S) : ALEX JUNIOR DA SILVA
ADV(S) : 29093/GO -JARBAS RIBEIRO DE PADUA
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). PAULO SERGIO PRATA REZENDE
11 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 19377-27.2019.8.09.0175(201990193773)
COMARCA : GOIANIA
RELATORA : DESA. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
REVISOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
APELANTE(S) : JORGE JARDEL LOPES DE LIMA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO D
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). LUIZ GONZAGA PEREIRA DA CUNHA
12 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 24745-85.2017.8.09.0175(201790247454)
COMARCA : GOIANIA
RELATORA : DR(A). LILIA MONICA DE CASTRO BORGES ESCHER
SUBST. DO DES. JOAO WALDECK FELIX DE SOUSA
REVISOR : DES. LEANDRO CRISPIM
APELANTE(S) : GETULIO DA CUNHA ALVES
ADV(S) : 38405/GO -DAVID ALVARO MEDEIROS SANTOS
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). JOANA DAR'C CORREA DA SILVA OLIVEIRA
13 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 28431-34.2013.8.09.0011(201390284310)
COMARCA : APARECIDA DE GOIANIA
RELATOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
REVISOR : DES. JOAO WALDECK FELIX DE SOUSA
APELANTE(S) : ACM
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO D
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). DEUSDETE CARNOT DAMACENA
14 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 31763-02.2018.8.09.0183(201890317632)
COMARCA : ARUANA
RELATORA : DR(A). LILIA MONICA DE CASTRO BORGES ESCHER
SUBST. DO DES. JOAO WALDECK FELIX DE SOUSA
REVISOR : DES. LEANDRO CRISPIM
APELANTE(S) : OTAVIO FERREIRA DE MORAIS NETO
ADV(S) : 21077/GO -CIRILO ALVES BONTEMPO NETO
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). JOANA DAR'C CORREA DA SILVA OLIVEIRA
15 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 33771-80.2018.8.09.0011(201890337714)
COMARCA : APARECIDA DE GOIANIA
RELATORA : DESA. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
REVISOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
APELANTE(S) : SANTIAGO RIBEIRO DA SILVA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO D
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). PEDRO ALEXANDRE ROCHA COELHO
16 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 37578-11.2019.8.09.0129(201990375782)
COMARCA : PONTALINA
RELATORA : DR(A). LILIA MONICA DE CASTRO BORGES ESCHER
SUBST. DO DES. JOAO WALDECK FELIX DE SOUSA
REVISOR : DES. LEANDRO CRISPIM
APELANTE(S) : IRAZIEL RODSON ALVES DA SILVA
APELANTE(S) : PABLO PETERSON RODRIGUES DA SILVA
ADV(S) : 2834/GO -ROBERTO MAIA ARANTES
25694/GO -CESAR JOSE CLARO
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). LEONIDAS BUENO BRITO
17 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 45174-39.2018.8.09.0175(201890451746)
COMARCA : GOIANIA
RELATORA : DESA. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
REVISOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
APELANTE(S) : MICHAEL SOARES BARBOSA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO D
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). ALTAMIR RODRIGUES VIEIRA JUNIOR
18 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 57652-45.2019.8.09.0175(201990576524)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. JOAO WALDECK FELIX DE SOUSA
REVISOR : DES. LEANDRO CRISPIM
1 APELANTE(S) : MINISTERIO PUBLICO
2 APELANTE(S) : MATHEUS AMANCIO DE OLIVEIRA
ADV(S) : 49848/GO -RENAN MACEDO VILELA GOMES
1 APELADO(S) : MATHEUS AMANCIO DE OLIVEIRA
19 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 64932-04.2018.8.09.0175(201890649325)
COMARCA : GOIANIA
RELATORA : DR(A). LILIA MONICA DE CASTRO BORGES ESCHER
SUBST. DO DES. JOAO WALDECK FELIX DE SOUSA
REVISOR : DES. LEANDRO CRISPIM
APELANTE(S) : LUIS FERNANDO DOS SANTOS
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO D
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). LUIZ GONZAGA PEREIRA DA CUNHA
20 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 64974-75.2018.8.09.0006(201890649740)
COMARCA : ANAPOLIS
RELATORA : DR(A). LILIA MONICA DE CASTRO BORGES ESCHER
SUBST. DO DES. JOAO WALDECK FELIX DE SOUSA
REVISOR : DES. LEANDRO CRISPIM
APELANTE(S) : THALLES HENRIQUE ALVES LEMOS
ADV(S) : 51756/GO -ALEX SILVA BATISTA
52631/GO -DIOGO BORGES MACHADO
17776/GO -MARIA JOSE DA SILVA
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). PEDRO ALEXANDRE ROCHA COELHO
21 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 68591-39.2017.8.09.0051(201991188323)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
REVISOR : DES. JOAO WALDECK FELIX DE SOUSA
APELANTE(S) : VALDENIR ALVES FREIRE
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO D
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). LEONIDAS BUENO BRITO
22 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 75376-96.2018.8.09.0175(201890753769)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DR. RODRIGO DE SILVEIRA
SUBST. DA DESA. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
REVISOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
APELANTE(S) : SERGIO BATISTA DO NASCIMENTO
ADV(S) : 18165/GO -RENATO ANTONIO DE ALMEIDA
51699/GO -RAFAEL PEREIRA SOARES
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). AGUINALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
23 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 76133-71.2014.8.09.0162(201490761330)
COMARCA : VALPARAISO DE GOIAS
RELATOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
REVISOR : DES. JOAO WALDECK FELIX DE SOUSA
APELANTE(S) : MINISTERIO PUBLICO
APELADO(S) : WADSON NUNES RODRIGUES
ADV(S) : 33245/GO -GISELE SALGUEIRO BESERRA
PROC. DE JUSTICA : DR(A). PEDRO ALEXANDRE ROCHA COELHO
24 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 110322-94.2018.8.09.0175(201891103229)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DR. RODRIGO DE SILVEIRA
25 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 119623-05.2012.8.09.0166(201291196234)
COMARCA : MONTES CLAROS DE GOIAS
RELATOR : DR. RODRIGO DE SILVEIRA
SUBST. DA DESA. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
APELANTE(S) : PAULO LEANDRO MARTINS
ADV(S) : 41184/GO -ANDRE LUIS DA SILVA
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). PAULO SERGIO PRATA REZENDE
26 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 128477-40.2016.8.09.0168(201691284777)
COMARCA : AGUAS LINDAS DE GOIAS
RELATOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
REVISOR :DRA. LILIA MONICA DE CASTRO BORGES ESCHER
SUBST. DO DES. JOAO WALDECK FELIX DE SOUSA
APELANTE(S) : CARLOS ALBERTO CARVALHO CAVALCANTE
ADV(S) : 53763/GO -LEONALDO CORREA DE BRITO
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). AGUINALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
27 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 133029-11.2016.8.09.0051(201990425992)
COMARCA : GOIANIA
RELATORA : DESA. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
REVISOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
APELANTE(S) : ALEXANDRE BARBOSA DE OLIVEIRA
ADV(S) : 22931/GO -ALESSANDRO LISBOA PEREIRA
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). LEONIDAS BUENO BRITO
28 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 147664-42.2018.8.09.0175(201891476645)
COMARCA : GOIANIA
RELATORA : DESA. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
REVISOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
1 APELANTE(S) : VICTOR CAIFAS LOPES GARCIA
ADV(S) : 37292/GO -THIAGO HUASCAR SANTANA VIDAL
2 APELANTE(S) : PABLO GEOVANNI MACEDO
ADV(S) : 10863/GO -INIS MOREIRA DAMACENO
3 APELANTE(S) : SILAS COELHO COSTA JUNIOR
ADV(S) : 25895/GO -WENDER DA COSTA OLIVEIRA
4 APELANTE(S) : ANA PAULA SOARES ROSA
ADV(S) : 25895/GO -WENDER DA COSTA OLIVEIRA
5 APELANTE(S) : DOUGLAS HENRIQUE SILVA
ADV(S) : 34198/GO -KASSIO COSTA DO NASCIMENTO S
6 APELANTE(S) : JOAO PAULO MODESTO FERRO
ADV(S) : 25895/GO -WENDER DA COSTA OLIVEIRA
7 APELANTE(S) : RAFAEL NAGEL VIANA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO D
8 APELANTE(S) : VINICIUS MATOSO MEDEIROS
ADV(S) : 38011/GO -TAFFAREL DE ALMEIDA FERREIRA
37948/GO -WALLAS ARAUJO SOBRINHO
9 APELANTE(S) : RENILTO FERNANDES COELHO JUNIOR
ADV(S) : 42226/GO -REGINALDO FERNANDES COELHO
44633/GO -EDUARDO HENRIQUE CASTRO CUNH
29 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 163064-71.2017.8.09.0130(201791630642)
COMARCA : PORANGATU
RELATORA : DESA. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
REVISOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
APELANTE(S) : NILSON BATISTA DOS REIS
ADV(S) : 30915/GO -MARIO MARCUS SILVA PINHEIRO
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). LUIZ GONZAGA PEREIRA DA CUNHA
30 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 189760-59.2017.8.09.0126(201991214790)
COMARCA : PIRENOPOLIS
RELATORA : DR(A). LILIA MONICA DE CASTRO BORGES ESCHER
SUBST. DO DES. JOAO WALDECK FELIX DE SOUSA
REVISOR : DES. LEANDRO CRISPIM
APELANTE(S) : ADAEL ANTUNES PINTO
ADV(S) : 9383/GO -GIANCARLO VAZ VENTO
14367/GO -GLADSTONE DE JESUS LIMA
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). PEDRO ALEXANDRE ROCHA COELHO
31 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 222329-68.2014.8.09.0175(201492223298)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DR. RODRIGO DE SILVEIRA
SUBST. DA DESA. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
REVISOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
APELANTE(S) : LEANDRO DE JESUS NEVES
ADV(S) : 23926/GO -JANDERSON DE SOUSA SILVA
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). AGUINALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
32 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 226904-17.2017.8.09.0175(201792269048)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. JOAO WALDECK FELIX DE SOUSA
REVISOR : DES. LEANDRO CRISPIM
1 APELANTE(S) : MINISTERIO PUBLICO
2 APELANTE(S) : WELINGTON ROCHA DA SILVA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO D
3 APELANTE(S) : RICKSON TAYLLO MARTINS SANTOS
ADV(S) : 42240/GO -BENEDITO EVARISTO CINTRA JUN
22686A/GO -DINARCY TEREZINHA NOGUEIRA
1 APELADO(S) : WELINGTON ROCHA DA SILVA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO D
2 APELADO(S) : RICKSON TAYLLO MARTINS SANTOS
ADV(S) : 42240/GO -BENEDITO EVARISTO CINTRA JUN
22686A/GO -DINARCY TEREZINHA NOGUEIRA
3 APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). NILO MENDES GUIMARAES
33 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 231679-58.2017.8.09.0116(201792316798)
COMARCA : PADRE BERNARDO
RELATOR : DES. JOAO WALDECK FELIX DE SOUSA
REVISOR : DES. LEANDRO CRISPIM
1 APELANTE(S) : LUCAS FERREIRA DOS SANTOS
ADV(S) : 28990/GO -EDSON SOARES DE SOUZA
2 APELANTE(S) : WASLEY MANOEL RODRIGUES DE SOUZA
ADV(S) : 22029A/GO -CARLOS ANTONIO LADISLAU
34 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 237559-23.2015.8.09.0206(201592375596)
COMARCA : APARECIDA DE GOIANIA
RELATORA : DR(A). LILIA MONICA DE CASTRO BORGES ESCHER
SUBST. DO DES. JOAO WALDECK FELIX DE SOUSA
REVISOR : DES. LEANDRO CRISPIM
APELANTE(S) : JUNIOR DE SOUZA COSTA
ADV(S) : 36247/GO -JARBAS RODRIGUES SILVA JUNIO
20234/GO -ROSANGELA DE ANDRADE A DA CO
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). AGUINALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
35 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 269485-65.2016.8.09.0051(201692694855)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DES. JOAO WALDECK FELIX DE SOUSA
REVISOR : DES. LEANDRO CRISPIM
APELANTE(S) : VANDA BATISTA MENDONCA
ADV(S) : 32018/GO -PAULO CORREIA DOS SANTOS
24841/GO -REGINALDO FERREIRA ADORNO FI
27534/GO -LUDIMILLA BORGES PIRES ADORN
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). AGUINALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
36 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 314789-40.2015.8.09.0175(201593147899)
COMARCA : GOIANIA
RELATORA : DESA. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
REVISOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
APELANTE(S) : EDNARDO DE SOUSA LIMA
ADV(S) : 38975/GO -RAFAEL LOPES DE SOUSA
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). NILO MENDES GUIMARAES
37 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 329312-57.2015.8.09.0175(201593293127)
COMARCA : GOIANIA
RELATOR : DR. RODRIGO DE SILVEIRA
SUBST. DA DESA. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
APELANTE(S) : ALESSANDRO BELEM DOS SANTOS
ADV(S) : 44887/GO -RODRIGO HENRIQUE LIMA DE SOU
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). JOANA DAR'C CORREA DA SILVA OLIVEIRA
38 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 331483-47.2014.8.09.0134(201493314831)
COMARCA : QUIRINOPOLIS
RELATORA : DESA. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
REVISOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
APELANTE(S) : LAZARO DIVINO BORGES
ADV(S) : 41017/GO -EDIVALDO SOUZA SANTOS
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). YARA ALVES FERREIRA E SILVA
39 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 333059-65.2014.8.09.0105(201493330594)
COMARCA : MINEIROS
RELATOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
REVISOR :DRA. LILIA MONICA DE CASTRO BORGES ESCHER
SUBST. DO DES. JOAO WALDECK FELIX DE SOUSA
APELANTE(S) : JOAO MARCOS DE SOUZA
40 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 333750-32.2015.8.09.0174(201593337507)
COMARCA : SENADOR CANEDO
RELATOR : DES. JOAO WALDECK FELIX DE SOUSA
REVISOR : DR. AURELIANO ALBUQUERQUE AMORIM
SUBST. DO DES. LEANDRO CRISPIM
APELANTE(S) : FRANCISCO JUNIO LOPES DE SOUZA
ADV(S) : 42240/GO -BENEDITO EVARISTO CINTRA JUN
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). LUIZ GONZAGA PEREIRA DA CUNHA
41 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 344287-94.2015.8.09.0107(201593442874)
COMARCA : MORRINHOS
RELATOR : DR. RODRIGO DE SILVEIRA
SUBST. DA DESA. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
APELANTE(S) : BRUNO RAMALHO CANDIDO
ADV(S) : 30547/GO -ALESSANDRA DIAS DE VASCONCEL
42726/GO -WANESSA ALVES DE SOUZA FREIT
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). ALTAMIR RODRIGUES VIEIRA JUNIOR
42 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 347396-93.2016.8.09.0168(201693473968)
COMARCA : AGUAS LINDAS DE GOIAS
RELATOR : DES. JOAO WALDECK FELIX DE SOUSA
REVISOR : DES. LEANDRO CRISPIM
1 APELANTE(S) : GABRIEL COSTA BARROS
ADV(S) : 43405/DF -MANOEL MESSIAS SOARES DA SIL
2 APELANTE(S) : JOSEILSON JOSE DE OLIVEIRA
ADV(S) : 43405/DF -MANOEL MESSIAS SOARES DA SIL
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). AGUINALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
43 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 359076-17.2014.8.09.0113(201493590766)
COMARCA : NIQUELANDIA
RELATOR : DES. JOAO WALDECK FELIX DE SOUSA
REVISOR : DR. AURELIANO ALBUQUERQUE AMORIM
SUBST. DO DES. LEANDRO CRISPIM
APELANTE(S) : MINISTERIO PUBLICO
APELADO(S) : DEILTON BOTELHO DOS SANTOS
ADV(S) : 47071/GO -PAULO RICARDO QUEIROZ DE PAI
PROC. DE JUSTICA : DR(A). NILO MENDES GUIMARAES
44 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 365113-79.2015.8.09.0160(201593651139)
COMARCA : NOVO GAMA
RELATOR : DES. JOAO WALDECK FELIX DE SOUSA
REVISOR : DR. AURELIANO ALBUQUERQUE AMORIM
SUBST. DO DES. LEANDRO CRISPIM
1 APELANTE(S) : BRUNO DA COSTA
ADV(S) : 43685/GO -LAERCIO DOS SANTOS
2 APELANTE(S) : DEIVERSON RAIMUNDO DE SOUZA DOS SANTOS
ADV(S) : 33973/DF -GESUEL JOSE VIEIRA
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). LEONIDAS BUENO BRITO
45 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 367260-96.2016.8.09.0175(201693672600)
COMARCA : GOIANIA
RELATORA : DR(A). LILIA MONICA DE CASTRO BORGES ESCHER
SUBST. DO DES. JOAO WALDECK FELIX DE SOUSA
REVISOR : DES. LEANDRO CRISPIM
APELANTE(S) : WENDELL SANTANA SILVA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO D
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). AGUINALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
46 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 399703-57.2012.8.09.0170(201293997030)
COMARCA : CAMPINORTE
RELATOR : DES. LEANDRO CRISPIM
APELANTE(S) : PLACIDES JOSE FERNANDES SOBRINHO
ADV(S) : 32879/GO -ADRIANO ALVES DE PAULA E SIL
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). AGUINALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
47 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 399890-66.2015.8.09.0168(201991131488)
COMARCA : AGUAS LINDAS DE GOIAS
RELATOR : DES. JOAO WALDECK FELIX DE SOUSA
REVISOR : DR. AURELIANO ALBUQUERQUE AMORIM
SUBST. DO DES. LEANDRO CRISPIM
APELANTE(S) : DANIEL CHAVES SIMOES
ADV(S) : 53763/GO -LEONALDO CORREA DE BRITO
53763/GO -LEONALDO CORREA DE BRITO
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). JOANA DAR'C CORREA DA SILVA OLIVEIRA
48 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 415300-23.2014.8.09.0097(201494153009)
COMARCA : JUSSARA
RELATOR : DES. JOAO WALDECK FELIX DE SOUSA
REVISOR : DR. AURELIANO ALBUQUERQUE AMORIM
SUBST. DO DES. LEANDRO CRISPIM
1 APELANTE(S) : PAULO ROGERIO DA SILVA
ADV(S) : 54095/GO -GABRIEL JOSE REIS NETO
2 APELANTE(S) : DENIS MOREIRA DO VALE
ADV(S) : 54095/GO -GABRIEL JOSE REIS NETO
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). NILO MENDES GUIMARAES
49 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 431299-46.2015.8.09.0011(201594312990)
COMARCA : APARECIDA DE GOIANIA
RELATORA : DESA. CARMECY ROSA MARIA ALVES DE OLIVEIRA
REVISOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
APELANTE(S) : DANIEL RODRIGUES DA SILVA
ADV(S) : DPE/GO -DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO D
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). YARA ALVES FERREIRA E SILVA
50 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 446166-39.2014.8.09.0024(201494461668)
COMARCA : CALDAS NOVAS
RELATOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
REVISOR :DRA. LILIA MONICA DE CASTRO BORGES ESCHER
SUBST. DO DES. JOAO WALDECK FELIX DE SOUSA
APELANTE(S) : JESUS DIVINO DE OLIVEIRA DA SILVA
ADV(S) : 36611/GO -JULIENE NEVES DE FREITAS GAL
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). AGUINALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
51 - APELACAO CRIMINAL
PROTOCOLO : 472064-65.2014.8.09.0085(201494720647)
COMARCA : ITAPURANGA
RELATOR : DES. EDISON MIGUEL DA SILVA JUNIOR
REVISOR :DRA. LILIA MONICA DE CASTRO BORGES ESCHER
SUBST. DO DES. JOAO WALDECK FELIX DE SOUSA
APELANTE(S) : ARNALDO FELIPE RODRIGUES DE SOUSA
APELANTE(S) : GERALDO GONCALVES DA SILVA
APELANTE(S) : SERGIO FORTUNATO DA SILVA
ADV(S) : 30583/GO -DIVINO INACIO DA SILVA JUNIO
APELADO(S) : MINISTERIO PUBLICO
PROC. DE JUSTICA : DR(A). AGUINALDO BEZERRA LINO TOCANTINS
FIM DE ARQUIVO
NR.PROCESSO: 5026315.19.2018.8.09.0132
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5026315.19.2018.8.09.0132
ACORDA o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, em sessão pelos
integrantes do Órgão Especial, à unanimidade de votos, em não conhecer do Agravo
Interno, nos termos do voto do Presidente-Relator.
Presidiu a sessão o Desembargador Walter Carlos Lemes.
Presente a Drª. Ana Cristina Ribeiro Peternella França, Procuradora de
Justiça.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 5026315.19.2018.8.09.0132
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
RELATÓRIO E VOTO
NR.PROCESSO: 5026315.19.2018.8.09.0132
“AGRAVO INTERNO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE
PREPARO. INTIMAÇÃO NOS MOLDES DO ART. 1007, § 4º, CPC/2015.
NÃO ATENDIMENTO. DESERÇÃO. NÃO CONHECIMENTO. I - Ao aviar o
recurso, caso o recorrente não comprove o pagamento regular do preparo no
ato de sua interposição e, devidamente intimado para realizar o pagamento
em dobro, não vier a supri-lo, este restará deserto, inteligência do 1.007,
caput e § 4º do estatuto processual vigente. II - Agravo não conhecido.”
(TJGO, AI 5079161-55.2017.8.09.0000, Rel. Desª. Beatriz Figueiredo
Franco, 3ª Câmara Cível, julgado em 16/03/2018, DJe de 16/03/2018).
“AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE
RESCISÃO CONTRATUAL C/C TUTELA DE URGÊNCIA. AUSÊNCIA DE
PREPARO. INTIMAÇÃO PARA O RECOLHIMENTO EM DOBRO.
ATENDIMENTO PARCIAL. DESERÇÃO DECRETADA. DECISÃO
REFERENDADA PELA TURMA RECURSAL. 1. Ausente o recolhimento do
preparo recursal, deve a parte recorrente ser intimada para fazê-lo, em dobro
(art. 1.007, § 4º, do CPC/2015). Realizada a intimação e não atendida
integralmente a determinação, o recurso será considerado deserto, tal como
ocorreu neste caso, não havendo razão jurídica para a modificação da
decisão monocrática. 2. Inexistindo nos autos argumentos novos capazes de
infirmar os fundamentos que alicerçaram a decisão agravada, impõe-se sua
manutenção. Agravo desprovido.” (TJGO, AI 5313115-45.2016.8.09.0000,
Rel. Des. Zacarias Neves Coêlho, 2ª Câmara Cível, julgado em 06/04/2017,
DJe de 06/04/2017).
Ao teor do exposto, deixo de conhecer do Agravo Interno interposto, porque
carente de pressuposto de admissibilidade consubstanciado no preparo.
É o voto.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 5026315.19.2018.8.09.0132
NR.PROCESSO: 5026315.19.2018.8.09.0132
EMENTA: AGRAVO INTERNO. DECISÃO QUE INADMITE RECURSO ESPECIAL.
AUSÊNCIA DE PREPARO. NÃO CONHECIMENTO. O preparo é requisito extrínseco
de admissibilidade recursal, de sorte que, não comprovado, como é o caso, acarreta a
deserção do recurso, se a parte intimada para o respectivo recolhimento, em dobro,
não o fizer, no prazo assinalado, consoante dicção do artigo 1.007, §4º, do Código de
Processo Civil, tendo em conta a previsão de recolhimento a que se refere a Lei
Estadual n. 14.376/2002 em sua Tabela I, item 2 e do Provimento n. 15/2008 da
Corregedoria-Geral de Justiça desta Corte. AGRAVO INTERNO NÃO CONHECIDO.
NR.PROCESSO: 0448528.95.2007.8.09.0044
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 0448528.95.2007.8.09.0044
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
10
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
RELATÓRIO E VOTO
NR.PROCESSO: 0448528.95.2007.8.09.0044
não houve prejuízo para as partes, quando a decisão reconheceu a impossibilidade
dos Agravantes de provarem que havia posse mansa e pacífica da área em questão.”
Acrescentaram ainda que “Houve violação ao princípio do contraditório
quando a decisão impugnada questiona a prova da totalidade da propriedade sub
judice sem oportunizar a parte sua manifestação na instrução processual, além disso,
afasta a nulidade absoluta que excluiu os direitos da litisconsorte, negando a esta as
condições de contraditório típicas de quem integra o polo passivo da demanda, para
praticar todos os atos de defesa a que faz jus a parte Requerem o provimento da
insurgência, para o fim de conferir regular processamento ao Recurso Extraordinário.”
Requerem o provimento da insurgência, para o fim de conferir regular
processamento ao Recurso Extraordinário.
Contrarrazões (Evento n. 60).
É o relatório. Passo ao voto.
Analisando os pressupostos de admissibilidade do recurso, verifico a
existência de óbice ao seu conhecimento.
É que, os agravantes insurgem-se contra a decisão que negou seguimento ao
Recurso Extraordinário em face do julgamento de representativo da controvérsia - RE
nº ARE nº 748.371/MT – Tema 660 .
Pois bem.
Com efeito, a nova sistemática processual civil instituída pela Lei n.
13.105/2015 dispõe que contra decisão que analisa admissibilidade de recursos
constitucionais, aplicando entendimento firmado em regime de repetitivo ou
repercussão geral, cabe o Agravo Interno (artigo 1.030, § 2º, Código de Processo
Civil), caracterizando erro grosseiro o manejo do Agravo para o Supremo Tribunal
Federal (artigo 1.042 do Código de Processo Civil de 2015).
Expressam as normas referidas:
“Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o
recorrido será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15
(quinze) dias, findo o qual os autos serão conclusos ao presidente ou ao
vice-presidente do tribunal recorrido, que deverá: (Redação dada pela Lei nº
13.256, de 2016) (Vigência)
I – negar seguimento: (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)
(…)
b) a recurso extraordinário ou a recurso especial interposto contra acórdão
que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal
Federal ou do Superior Tribunal de Justiça, respectivamente, exarado no
regime de julgamento de recursos repetitivos; (Incluída pela Lei nº 13.256,
de 2016) (Vigência)
(...)
NR.PROCESSO: 0448528.95.2007.8.09.0044
§ 2º Da decisão proferida com fundamento nos incisos I e III caberá agravo
interno, nos termos do art. 1.021.
Art. 1.042. Cabe agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente
do tribunal recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso especial,
salvo quando fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de
repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos (grifei). ”
Na hipótese, a decisão atacada negou seguimento ao Recurso Extraordinário
interposto, tendo em conta que o acórdão recorrido está em conformidade com o
julgamento proferido pelo Supremo Tribunal Federal em regime de repercussão geral
(artigo 1030, I, “b”, do novo Código de Processo Civil).
Desta forma, incabível o presente Agravo, interposto sob a égide do Novo
Código de Processo Civil, para combater decisão do Presidente do Tribunal que
inadmitiu Recurso Extraordinário com fundamento exclusivo em repercussão geral.
Ao teor o exposto, não conheço do recurso.
É o voto.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020
NR.PROCESSO: 0448528.95.2007.8.09.0044
EMENTA: AGRAVO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. NEGATIVA DE
SEGUIMENTO. APLICAÇÃO DE ENTENDIMENTO FIRMADO EM REGIME DE
REPERCUSSÃO GERAL. AGRAVO INTERNO. Não se conhece de Agravo (artigo
1.042 do Código de Processo Civil de 2015) interposto contra decisão que nega
seguimento a Recurso Extraordinário com fundamento na aplicação de entendimento
exarado no regime de repercussão geral (Tema 660), pois a previsão legal estabelece
o Agravo Interno para tal finalidade (artigo 1.030, § 2º, do referido Estatuto Processual)
. RECURSO NÃO CONHECIDO.
NR.PROCESSO: 5343648.91.2017.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5343648.91.2017.8.09.0051
Presidiu a sessão o Desembargador Walter Carlos Lemes.
Presente a Drª. Ana Cristina Ribeiro Peternella França, Procuradora de
Justiça.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 5343648.91.2017.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
RELATÓRIO E VOTO
Trata-se de Agravo Interno interposto por Cristina Mary Fiúza Adorno (Evento
n. 171), em face da decisão constante do Evento n. 166, que não conheceu dos
Embargos de Declaração, ante a sua inadmissibilidade.
Em suas razões, a agravante argumenta, em síntese, que: “os Embargos de
Declaração opostos, ainda, não demonstram erro grosseiro ou má-fé e foram
apresentados no prazo para a interposição do recurso próprio, qual seja, o Agravo;
não havendo óbice para o recebimento de acordo com artigo 1.042 do Código de
Processo Civil".
Requer ao final que, “sejam recebidos os Embargos de Declaração (Evento n.
158) como Agravo para que seja discutido o recebimento do Recurso Especial
interposto”.
Agravante beneficiária da gratuidade da justiça (Evento n. 9).
Contrarrazões apresentadas (Evento n. 179).
É o relatório. Passo ao voto.
Analisando os pressupostos de admissibilidade do recurso, verifico a
existência de óbice intransponível ao seu conhecimento.
NR.PROCESSO: 5343648.91.2017.8.09.0051
Verifica-se que o recurso é extemporâneo, uma vez que “...a oposição de
embargos de declaração incabíveis, no Tribunal de origem, não interrompe o prazo
para a interposição do Agravo.” (AgInt no AREsp 913.479/SC, Rel. Ministra REGINA
HELENA COSTA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 16/02/2017, DJe 23/02/2017)
Desse modo, o recurso é intempestivo, tendo em vista que os aclaratórios
opostos pela agravante (Evento n. 158) não interromperam o prazo recursal e,
publicada a intimação da decisão que inadmitiu o Recurso Especial no Diário da
Justiça Eletrônico em 29.07.19 (segunda-feira), conforme certidão do Evento n. 161,
tendo o prazo recursal começado a fluir em 30.07.19, exaurindo-se no dia 19.08.19
(segunda-feira) Todavia, o Agravo Interno foi interposto no dia 24.09.19 (Evento n.
171).
Ademais, segundo a dicção do artigo 1.042 do Código de Processo Civil, a
decisão que não admite Recurso Especial confere substrato ao Agravo para o Superior
Tribunal de Justiça, salvo quando a decisão se pautar em julgamento de recursos
repetitivos, o que não é a hipótese dos autos, pois o Recurso Especial foi inadmitido,
por ser intempestivo, sendo assim, incabível o presente Agravo Interno.
Ao teor do exposto, deixo de conhecer do Agravo Interno porque
manifestamente intempestivo e incabível.
É o voto.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 5343648.91.2017.8.09.0051
EMENTA: AGRAVO INTERNO. NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. RECURSO
ESPECIAL. INTEMPESTIVIDADE. NÃO CABIMENTO. 1 – “...a oposição de
embargos de declaração incabíveis, no Tribunal de origem, não interrompem o prazo
para a interposição do Agravo.” ( STJ AREsp 913.479/SC), tratando-se, assim, de
recurso manifestamente intempestivo. 2 - Em caso de inadmissão de Recurso
Especial, é cabível o Agravo para o STJ, salvo quando a decisão se pautar na
aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento
de recursos repetitivos (artigo 1.042 do CPC), o que não é a hipótese dos autos.
AGRAVO INTERNO NÃO CONHECIDO.
NR.PROCESSO: 5245619.06.2017.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5245619.06.2017.8.09.0051
Justiça.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 5245619.06.2017.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
RELATÓRIO E VOTO
NR.PROCESSO: 5245619.06.2017.8.09.0051
De pronto, observo que o expediente jurídico manejado pela agravante não
pode ser conhecido, ante sua manifesta incomportabilidade.
Com efeito, como já dito em decisão pretérita (mov. 76), na forma do art.
1029, § 5º, III do CPC, compete ao Presidente ou ao Vice-Presidente do Tribunal
recorrido, a análise do pedido de efeito suspensivo aos recursos especial e
extraordinário, enquanto ainda pender de exame de admissibilidade.
Por sua vez, o Diploma Processual Civil em seu artigo 1.030 § 2º estabelece,
apenas, que será cabível o Agravo Interno em sede de juízo de admissibilidade dos
recursos excepcionais nas hipóteses em que houver a negativa de seguimento ou o
sobrestamento do recurso em virtude da aplicação da sistemática dos recursos
repetitivos, não tendo elencado a possibilidade da interposição do referido recurso em
face da decisão que analisa o pedido de efeito suspensivo.
Desse modo, restando indeferido o pedido de efeito suspensivo, como no
presente caso, exaure-se a fase procedimental, não sendo admissível que o ato
decisório seja submetido a reexame na Corte local.
Nesse sentido, a jurisprudência deste Tribunal de Justiça:
“AGRAVO INTERNO. INDEFERIMENTO DE PEDIDO DE CONCESSÃO DE
EFEITO SUSPENSIVO. INCOMPORTABILIDADE. 1 - O Código de
Processo Civil não prevê a possibilidade de insurgência quanto à decisão
que aprecia o pedido de concessão de efeito suspensivo dos recursos
especial e extraordinário. 2 - De fato, são previstas expressamente as
hipóteses autorizadoras da interposição de recurso, silenciando-se naquelas
em que a insurgência é incomportável, como no caso da decisão que aprecia
o pedido de concessão do efeito suspensivo na órbita dos recursos especial
e extraordinário. 3 - Assim, uma vez indeferido o pedido de efeito suspensivo
pelo presidente ou vice-presidente, conforme o caso, esgota-se a atividade
jurisdicional, na espécie, de tal modo que o ato judicial não pode ser
reapreciado pelo mesmo prolator, ressalvada a hipótese de embargos de
declaração. Agravo interno não conhecido. (TJGO, Apelação (CPC)
0041902-39.2015.8.09.0176, Rel. GILBERTO MARQUES FILHO, Assessoria
para Assunto de Recursos Constitucionais, julgado em 02/05/2018, DJe de
02/05/2018).”
É o caso.
Ao teor do exposto, deixo de conhecer do recurso, ante sua manifesta
incomportabilidade.
É o voto.
Goiânia, 10 fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 5245619.06.2017.8.09.0051
NR.PROCESSO: 5245619.06.2017.8.09.0051
EMENTA: AGRAVO INTERNO. DECISÃO QUE INDEFERE PEDIDO DE
CONCESSÃO DE EFEITO SUSPENSIVO AO RECURSO ESPECIAL
INCOMPORTABILIDADE. 1. Compete ao Presidente ou ao Vice-Presidente do
Tribunal recorrido, a análise do pedido de efeito suspensivo aos recursos especial e o
extraordinário, enquanto o recurso ainda pender de exame de admissibilidade, nos
termos do artigo 1029, § 5º, inciso III, do CPC. 2. O Código de Processo Civil não
prevê a possibilidade de insurgência em face da decisão que aprecia o pedido de
concessão de efeito suspensivo aos recursos especial e extraordinário (artigo 1030 §
2º). AGRAVO INTERNO NÃO CONHECIDO.
NR.PROCESSO: 5278317.02.2016.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5278317.02.2016.8.09.0051
VISTOS, relatados e discutidos estes autos de Agravo Interno no Recurso
Extraordinário na Apelação Cível n. 5278317.02.2016.8.09.0051, da Comarca de
Goiânia.
ACORDA o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, em sessão pelos
integrantes do Órgão Especial, à unanimidade de votos, em conhecer e desprover o
Agravo Interno, nos termos do voto do Presidente-Relator.
Presidiu a sessão o Desembargador Walter Carlos Lemes.
Presente a Drª. Ana Cristina Ribeiro Peternella França, Procuradora de
Justiça.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 5278317.02.2016.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
RELATÓRIO E VOTO
NR.PROCESSO: 5278317.02.2016.8.09.0051
Pois bem.
Sobre o Tema 660, de pronto verifica-se que, muito embora o agravante tenha
deduzido a inaplicabilidade do tema em voga (ARE-RG n. 748.371/MT), não
apresentou fundamentos convincentes do aventado equívoco.
Ao apreciar a matéria, a Suprema Corte se manifestou pela inexistência de
repercussão geral da questão suscitada, por se tratar de matéria infraconstitucional.
Vejamos:
“Alegação de cerceamento do direito de defesa. Tema relativo à suposta
violação aos princípios do contraditório, da ampla defesa, dos limites da
coisa julgada e do devido processo legal. Julgamento da causa dependente
de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais.
Rejeição da repercussão geral.” (STF, Repercussão Geral no ARE-RG
748.371/MT, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 01/08/2013)
Assim, incensurável o emprego do artigo 1.030, inciso I, alínea “a”, do Código
de Processo Civil, uma vez que o Recurso Extraordinário baseou-se em hipotética
ofensa aos princípios do contraditório e da ampla defesa, sendo que é uníssona a
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido de que configura ofensa
meramente reflexa ao texto constitucional a questão da suposta afronta a tais
postulados, se dependente de prévia violação de normas infraconstitucionais, no caso
dos autos, o Código de Processo Civil, o Código de Defesa do Consumidor e a Lei n.
9.307/96.
Ao teor do exposto, nego provimento ao presente Agravo Interno.
É o voto.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 5278317.02.2016.8.09.0051
EMENTA: AGRAVO INTERNO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
APLICAÇÃO DO ARTIGO 1.030, INCISO I, ALÍNEA “A”, DO
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. OFENSA AOS PRINCÍPIOS DO
CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. AUSÊNCIA DE
REPERCUSSÃO GERAL. TEMA 660/STF. I – Uma vez que o
Supremo Tribunal Federal decidiu pela ausência de repercussão geral
da questão suscitada por se tratar de matéria infraconstitucional (ARE-
RG 748.371/MT, Tema 660), irrazoáveis os argumentos deduzidos no
Agravo Interno no sentido de tornar inaplicável a referida questão ao
presente caso. II – Encontrando-se a decisão objeto do Recurso
Extraordinário nos mesmos termos do representativo da controvérsia,
aplica-se o artigo 1.030, inciso I, alínea “a”, do Código de Processo
Civil. AGRAVO INTERNO CONHECIDO E DESPROVIDO.
NR.PROCESSO: 5022296.23.2018.8.09.0082
PODER JUDICIÁRIO
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Gabinete da Presidência
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5022296.23.2018.8.09.0082
Presidiu a sessão o Desembargador Walter Carlos Lemes.
Presente a Drª. Ana Cristina Ribeiro Peternella França, Procuradora de
Justiça.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
WALTER CARLOS
LEMES
Presidente
6
PODER JUDICIÁRIO
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RELATÓRIO E
VOTO
NR.PROCESSO: 5022296.23.2018.8.09.0082
posicionamentoestampado no recurso representativo da controvérsia julgado pelo
Superior Tribunal de Justiça (REsp n 1.061.530/RS – Tema 27).
Em suas razões, o agravante aduz que é ilegal a utilização da tabela price,
porquanto provoca a capitalização de juros sobre juros, vedada pela Súmula 121 do
STF.
Por derradeiro, requer o provimento da insurgência para o fim de conferir
regular processamento ao recurso.
Sem contrarrazões (Evento n. 72).
É o relatório.
Passo ao voto.
Analisando os pressupostos de admissibilidade do recurso, verifico a
existência de óbice intransponível ao seu conhecimento.
Com efeito, a nova sistemática processual civil instituída pela Lei n.
13.105/2015, dispõe que contra decisão que analisa admissibilidade de recursos
constitucionais, aplicando entendimento firmado em regime de repetitivo ou
repercussão geral caberá o Agravo Interno (artigo 1.030, § 2º, Código de Processo
Civil de 2015), caracterizando erro grosseiro o manejo do Agravo para as Cortes
Superiores (artigo 1.042 do Código de Processo Civil).
Expressam as normas referidas:
“Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o
recorrido será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15
(quinze) dias, findo o qual os autos serão conclusos ao presidente ou ao
vice-presidente do tribunal recorrido, que deverá: (Redação dada pela Lei nº
13.256, de 2016)
I – negar seguimento: (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016)
(…)
b) a recurso extraordinário ou a recurso especial interposto contra acórdão
que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal
Federal ou do Superior Tribunal de Justiça, respectivamente, exarado no
regime de julgamento de recursos repetitivos; (Incluída pela Lei nº 13.256,
de 2016)
(…)
§ 2º Da decisão proferida com fundamento nos incisos I e III caberá agravo
interno, nos termos do art. 1.021.”
Na hipótese, a decisão atacada negou seguimento ao Recurso Especial
interposto, tendo em conta que o acórdão recorrido está em conformidade com o
julgamento proferido pelo Superior Tribunal de Justiça, exarado no regime de
julgamento de recursos repetitivos (artigo 1.030, inciso I, alínea “b”, Estatuto
Processual Civil de 2015), sendo, pois, comportável o Agravo Interno, conforme dicção
NR.PROCESSO: 5022296.23.2018.8.09.0082
do § 2º, do referido artigo.
Desta forma, incabível o presente Agravo, interposto sob a égide do Código
de Processo Civil, para combater decisão do Presidente deste Tribunal que inadmitiu o
Recurso Especial, com fundamento exclusivo em recurso repetitivo.
Ao teor do exposto, não conheço do recurso.
É o voto.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
WALTER CARLOS
LEMES
Presidente
6
NR.PROCESSO: 5022296.23.2018.8.09.0082
EMENTA: AGRAVO. RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE SEGUIMENTO.
APLICAÇÃO DE ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO REPETITIVO.
AGRAVO INTERNO. Não se conhece de Agravo (artigo 1.042 do Código de Processo
Civil de 2015) interposto contra decisão que inadmite Recurso Especial exarado no
regime de julgamento de recursos repetitivos, pois a previsão legal estabelece o
Agravo Interno para tal finalidade (artigo 1.030, § 2º, do referido Estatuto Processual).
RECURSO NÃO CONHECIDO.
NR.PROCESSO: 5126664.16.2017.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
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Gabinete da Presidência
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5126664.16.2017.8.09.0051
integrantes do Órgão Especial, à unanimidade de votos, em conhecer e desprover o
Agravo Interno, nos termos do voto do Presidente-Relator.
Presidiu a sessão o Desembargador Walter Carlos Lemes.
Presente a Drª. Ana Cristina Ribeiro Peternella França, Procuradora de
Justiça.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 5126664.16.2017.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
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RELATÓRIO E VOTO
NR.PROCESSO: 5126664.16.2017.8.09.0051
Pois bem.
Verifica-se que a matéria versada no presente feito amolda-se, efetivamente,
àquela apreciada no recurso paradigma indicado no ato agravado (RE n. 632.853/CE -
Tema 485), em que a Suprema Corte manifestou-se definitivamente a respeito.
Confira-se:
“Recurso extraordinário com repercussão geral. 2. Concurso
público. Correção de prova. Não compete ao Poder Judiciário,
no controle de legalidade, substituir banca examinadora para
avaliar respostas dadas pelos candidatos e notas a elas
atribuídas. Precedentes. 3. Excepcionalmente, é permitido ao
Judiciário juízo de compatibilidade do conteúdo das questões
do concurso com o previsto no edital do certame. Precedentes.
4. Recurso extraordinário provido.”(STF, RE nº 632.853/CE,
Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 126, Publicado em 29/06/2015)
O acórdão objeto do Recurso Extraordinário, cuja ementa se vê no Evento n.
34, decidiu no mesmo direcionamento daquele estabelecido no recurso paradigma
acima transcrito. Vejamos:
“RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ANULATÓRIA DE ATO
ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. SOLDADO DE 3ª CLASSE.
EDITAL Nº 002/2016. PRETENSÃO DE ANULAÇÃO DE QUESTÕES.
CRITÉRIOS DE CORREÇÃO DA BANCA EXAMINADORA.
IMPOSSIBILIDADE DE REVISÃO JUDICIAL. MÉRITO ADMINISTRATIVO.
ATO MOTIVADO. A jurisprudência do colendo Superior Tribunal de Justiça é
pacífica no sentido de que a competência do Poder Judiciário limita-se ao
exame da legalidade das normas instituídas no edital e dos atos praticados
na realização do concurso, sendo vedada a análise dos critérios de
formulação de questões, de correção de provas, atribuição de notas aos
candidatos, matérias cuja responsabilidade é da Administração Pública,
excepcionadas as situações em que o vício da questão objetiva se manifesta
de forma evidente e insofismável, o que não se constata na espécie.
RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDO E DESPROVIDO.”
Nesse contexto, inviável o acolhimento da pretensão do agravante em
reformar a decisão agravada, pois o Recurso Extraordinário tratou de questão
constitucional decidida no mesmo sentido da orientação do Supremo Tribunal Federal,
tornando-se inafastável a aplicação do artigo 1.030, inciso I, alínea “a”, do Código de
Processo Civil de 2015.
Ao teor do exposto, nego provimento ao presente Agravo Interno.
É o voto.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 5126664.16.2017.8.09.0051
Presidente
25
NR.PROCESSO: 5126664.16.2017.8.09.0051
EMENTA: AGRAVO INTERNO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
APLICAÇÃO DO ARTIGO 1.030, INCISO I, ALÍNEA “A”, DO
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. Uma vez que a matéria versada no
feito amolda-se àquela apreciada pelo Supremo Tribunal Federal no
representativo da controvérsia indicado no ato agravado (RE n.
632.853/CE - Tema 485), qual seja, “controle jurisdicional do ato
administrativo que avalia questões em concurso público” e tendo o
acórdão objeto do Recurso Extraordinário julgado no mesmo
direcionamento do acórdão paradigma, nega-se provimento ao Agravo
Interno, atendendo-se ao art. 1.030, inciso I, alínea “a”, do CPC/2015.
AGRAVO INTERNO CONHECIDO E DESPROVIDO.
NR.PROCESSO: 5136901.20.2018.8.09.0134
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5136901.20.2018.8.09.0134
WALTER CARLOS LEMES
Presidente
18
PODER JUDICIÁRIO
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RELATÓRIO E VOTO
NR.PROCESSO: 5136901.20.2018.8.09.0134
Sem contrarrazões (Evento n. 69).
É o relatório. Passo ao voto.
Analisando os pressupostos de admissibilidade do recurso, verifico a
existência de óbice intransponível ao seu conhecimento.
Isto porque, segundo a dicção do artigo 1.042 do Código de Processo Civil,
ante a inadmissão de Recurso Especial ou Extraordinário, é cabível o Agravo para o
Superior Tribunal de Justiça ou Supremo Tribunal Federal, conforme o caso, salvo
quando a decisão se pautar em entendimento firmado em regime de repercussão geral
ou em julgamento de recursos repetitivos, o que é a hipótese dos autos.
Nesse caso, caberia o Agravo Interno com fundamento no artigo 1.021 do
mesmo Diploma Processual. Sobre o tema, eis a jurisprudência pacificada:
“PROCESSUAL CIVIL. DECISÃO QUE INADMITE RECURSO ESPECIAL.
INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO INTERNO. RECURSO MANIFESTAMENTE
INCABÍVEL. ERRO GROSSEIRO. DEFICIÊNCIA DA FUNDAMENTAÇÃO.
RAZÕES RECURSAIS DISSOCIADAS. SÚMULA 284/STF. 1. É assente no
STJ que a interposição de Agravo Interno (art. 1.021, CPC/2015), em vez de
Agravo em Recurso Especial (art. 1.042 do CPC/2015) contra decisão que
não admite o Recurso Especial na origem, configura erro grosseiro que
inviabiliza a aplicação do princípio da fungibilidade recursal. 2. omissis 3.
omissis 4. As razões recursais estão dissociadas da motivação do acórdão
impugnado. Incidência, por analogia, do enunciado da Súmula 284/STF: ‘É
inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua
fundamentação não permitir a exata compreensão da controvérsia.’ 5.
Recurso Especial parcialmente conhecido e, nessa parte, não provido."
(REsp 1740831/PR, Relator Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma,
julgado em 12/06/2018, DJe 26/11/2018).
Ao teor do exposto, deixo de conhecer do Agravo por incabível à espécie.
É o voto.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 5136901.20.2018.8.09.0134
EMENTA: AGRAVO. RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE SEGUIMENTO.
APLICAÇÃO DE ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO REPETITIVO.
AGRAVO INTERNO. Não se conhece de Agravo (artigo 1.042 do Código de Processo
Civil de 2015) interposto contra decisão que inadmite Recurso Especial exarado no
regime de julgamento de recursos repetitivos, prevê o Diploma Legal, o Agravo Interno
para tal finalidade (artigo 1.030, § 2º, do aludido Estatuto Processual). RECURSO
NÃO CONHECIDO.
NR.PROCESSO: 5078715.93.2017.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5078715.93.2017.8.09.0051
Interno, nos termos do voto do Presidente-Relator.
Presidiu a sessão o Desembargador Walter Carlos Lemes.
Presente a Drª. Ana Cristina Ribeiro Peternella França, Procuradora de
Justiça.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 5078715.93.2017.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
RELATÓRIO E VOTO
Trata-se de Agravo Interno interposto por Luiz Carlos Mendes (Evento n. 68),
em face da decisão desta Presidência que, em exercício do juízo de admissibilidade,
inadmitiu o Recurso Especial, ante sua manifesta intempestividade (Evento n. 65).
Em suas razões, o agravante, com fulcro nos artigos 1.021 do Código de
Processo Civil e 258 do Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás,
aduz que “(…) para contagem de prazos processuais, a nova redação dada pelo
Código de Processo Civil de 2015, passou-se a computar somente os dias úteis, ex vi
do art. 219 do CPC/2015. Assim, é importante saber que, além dos declarados em lei,
são considerados feriados, para efeito forense, os sábados, os domingos e os dias em
que por qualquer razão não houver expediente forense. (art. 216 CPC/2015). O que
não foi observado.”
Ao final, requer o provimento da insurgência para reformar a decisão que
inadmitiu o Recurso Especial interposto.
O recorrente é beneficiário da assistência judiciária (Evento n. 70).
Contrarrazões (Evento n. 74).
NR.PROCESSO: 5078715.93.2017.8.09.0051
É o relatório. Passo ao voto.
Analisando os pressupostos de admissibilidade do recurso, verifico a
existência de óbice intransponível ao seu conhecimento.
Emerge, in casu, a dicção do artigo 1.042 do Código de Processo Civil, ao
estabelecer que, ante a inadmissão de Recurso Especial ou Extraordinário, é cabível o
Agravo para o Superior Tribunal de Justiça ou Supremo Tribunal Federal, conforme o
caso, salvo quando a decisão se pautar em entendimento firmado em regime de
repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos, o que não é a hipótese
dos autos.
Sobre o tema, eis a provecta jurisprudência pacificada:
“PROCESSUAL CIVIL. DECISÃO QUE INADMITE RECURSO ESPECIAL.
INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO INTERNO. RECURSO MANIFESTAMENTE
INCABÍVEL. ERRO GROSSEIRO. DEFICIÊNCIA DA FUNDAMENTAÇÃO.
RAZÕES RECURSAIS DISSOCIADAS. SÚMULA 284/STF.
1. É assente no STJ que a interposição de Agravo Interno (art. 1.021,
CPC/2015), em vez de Agravo em Recurso Especial (art. 1.042 do
CPC/2015) contra decisão que não admite o Recurso Especial na origem,
configura erro grosseiro que inviabiliza a aplicação do princípio da
fungibilidade recursal.
2. O Tribunal de origem firmou a compreensão de que ‘o agravo interno,
interposto com apoio no art. 1021 do NCPC, mostra-se inadequado pelas
regras atuais, já que há previsão específica de agravo dirigido às Cortes
Superiores, contra a decisão que inadmite recurso excepcional (art. 1.042,
do NCPC). Por conseguinte, o ato processual carrega a pecha denominada
pelos Tribunais Superiores de erro grosseiro, porquanto impede a aplicação
do princípio da fungibilidade recursal’.
3. A parte recorrente alega, por sua vez, que ‘por se tratar de relação
consumerista, não há se falar em culpa in elegendo ou culpa in vigilando,
visto que a responsabilidade, neste caso, é objetiva do prestador de serviço,
nos termos do art. 14 da Lei n°. 8.078/1990’.
4. As razões recursais estão dissociadas da motivação do acórdão
impugnado. Incidência, por analogia, do enunciado da Súmula 284/STF: ‘É
inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua
fundamentação não permitir a exata compreensão da controvérsia.’
5. Recurso Especial parcialmente conhecido e, nessa parte, não provido."
(REsp 1740831/PR, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA,
julgado em 12/06/2018, DJe 26/11/2018) (grifei)
“PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. NÃO FORNECIMENTO DE
DIPLOMA DE CURSO SUPERIOR. ALEGAÇÃO DE OCORRÊNCIA DE
DANOS. INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO PARA
IMPUGNAR DECISÃO QUE NEGA SEGUIMENTO AO RECURSO
ESPECIAL. RECURSO INCABÍVEL. I- Para atacar a decisão que inadmite o
apelo especial, o recurso cabível é o agravo previsto no art. 1.042 do Código
NR.PROCESSO: 5078715.93.2017.8.09.0051
de Processo Civil de 2015. Ressalte-se que a interposição equivocada de
recurso quando há expressa disposição legal e ausente dúvida objetiva,
constitui manifesto erro grosseiro. Dessa forma, inaplicável o princípio da
fungibilidade II - Agravo interno improvido." (STJ, Rel. Min. Francisco Falcão,
AgInt no AREsp 1004764/AP, Segunda Turma, DJ de 13/06/2017) (Grifei)
Ao teor do exposto, deixo de conhecer do Agravo Interno porque
manifestamente incabível.
É o voto.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 5078715.93.2017.8.09.0051
AGRAVO INTERNO. DECISÃO QUE INADMITE RECURSO
ESPECIAL. NÃO CABIMENTO. Em caso de inadmissão de Recurso
Especial ou Extraordinário, é cabível o Agravo para o Superior Tribunal
de Justiça ou Supremo Tribunal Federal (artigo 1.042 do Código de
Processo Civil), conforme o caso, salvo quando a decisão se pautar na
aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou
em julgamento de recursos repetitivos, o que não é a hipótese dos
autos. AGRAVO INTERNO NÃO CONHECIDO.
NR.PROCESSO: 5103313.48.2016.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5103313.48.2016.8.09.0051
VISTOS, relatados e discutidos estes autos de Agravo Interno no Recurso
Extraordinário na Apelação Cível n. 5103313.48.2016.8.09.0051, da Comarca de
Goiânia.
ACORDA o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, em sessão pelos
integrantes do Órgão Especial, à unanimidade de votos, em conhecer e desprover o
Agravo Interno, nos termos do voto do Presidente-Relator.
Presidiu a sessão o Desembargador Walter Carlos Lemes.
Presente a Drª. Ana Cristina Ribeiro Peternella França, Procuradora de
Justiça.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 5103313.48.2016.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
RELATÓRIO E VOTO
NR.PROCESSO: 5103313.48.2016.8.09.0051
sobretudo nos termos do artigo 1.030, § 2º, do Código de Processo Civil.
A agravante insurge-se contra a decisão que negou seguimento ao Recurso
Extraordinário em face do julgamento de representativo da controvérsia – RE n.
837.311/PI - Tema 784.
Quanto ao Tema 784, o colendo Supremo Tribunal Federal manifestou-se
definitivamente a respeito do direito subjetivo à nomeação do candidato aprovado em
concurso público, consoante se vê da tese fixada. Confira-se:
“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO.
REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA. TEMA 784 DO PLENÁRIO
VIRTUAL. CONTROVÉRSIA SOBRE O DIREITO SUBJETIVO À
NOMEAÇÃO DE CANDIDATOS APROVADOS ALÉM DO NÚMERO DE
VAGAS PREVISTAS NO EDITAL DE CONCURSO PÚBLICO NO CASO DE
SURGIMENTO DE NOVAS VAGAS DURANTE O PRAZO DE VALIDADE
DO CERTAME. MERA EXPECTATIVA DE DIREITO À NOMEAÇÃO.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS. IN CASU, A
ABERTURA DE NOVO CONCURSO PÚBLICO FOI ACOMPANHADA DA
DEMONSTRAÇÃO INEQUÍVOCA DA NECESSIDADE PREMENTE E
INADIÁVEL DE PROVIMENTO DOS CARGOS. INTERPRETAÇÃO DO
ART. 37, IV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DE 1988. ARBÍTRIO.
PRETERIÇÃO. CONVOLAÇÃO EXCEPCIONAL DA MERA EXPECTATIVA
EM DIREITO SUBJETIVO À NOMEAÇÃO. PRINCÍPIOS DA EFICIÊNCIA,
BOA-FÉ, MORALIDADE, IMPESSOALIDADE E DA PROTEÇÃO DA
CONFIANÇA. FORÇA NORMATIVA DO CONCURSO PÚBLICO.
INTERESSE DA SOCIEDADE. RESPEITO À ORDEM DE APROVAÇÃO.
ACÓRDÃO RECORRIDO EM SINTONIA COM A TESE ORA DELIMITADA.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. O
postulado do concurso público traduz-se na necessidade essencial de o
Estado conferir efetividade a diversos princípios constitucionais, corolários
do merit system, dentre eles o de que todos são iguais perante a lei, sem
distinção de qualquer natureza (CRFB/88, art. 5º, caput). 2. O edital do
concurso com número específico de vagas, uma vez publicado, faz exsurgir
um dever de nomeação para a própria Administração e um direito à
nomeação titularizado pelo candidato aprovado dentro desse número de
vagas. Precedente do Plenário: RE 598.099 - RG, Relator Min. Gilmar
Mendes, Tribunal Pleno, DJe 03-10-2011. 3. O Estado Democrático de
Direito republicano impõe à Administração Pública que exerça sua
discricionariedade entrincheirada não, apenas, pela sua avaliação unilateral
a respeito da conveniência e oportunidade de um ato, mas, sobretudo, pelos
direitos fundamentais e demais normas constitucionais em um ambiente de
perene diálogo com a sociedade. 4. O Poder Judiciário não deve atuar como
“Administrador Positivo”, de modo a aniquilar o espaço decisório de
titularidade do administrador para decidir sobre o que é melhor para a
Administração: se a convocação dos últimos colocados de concurso público
na validade ou a dos primeiros aprovados em um novo concurso. Essa
escolha é legítima e, ressalvadas as hipóteses de abuso, não encontra
obstáculo em qualquer preceito constitucional. 5. Consectariamente, é
cediço que a Administração Pública possui discricionariedade para,
observadas as normas constitucionais, prover as vagas da maneira que
melhor convier para o interesse da coletividade, como verbi gratia, ocorre
NR.PROCESSO: 5103313.48.2016.8.09.0051
quando, em função de razões orçamentárias, os cargos vagos só possam
ser providos em um futuro distante, ou, até mesmo, que sejam extintos, na
hipótese de restar caracterizado que não mais serão necessários. 6. A
publicação de novo edital de concurso público ou o surgimento de novas
vagas durante a validade de outro anteriormente realizado não caracteriza,
por si só, a necessidade de provimento imediato dos cargos. É que, a
despeito da vacância dos cargos e da publicação do novo edital durante a
validade do concurso, podem surgir circunstâncias e legítimas razões de
interesse público que justifiquem a inocorrência da nomeação no curto
prazo, de modo a obstaculizar eventual pretensão de reconhecimento do
direito subjetivo à nomeação dos aprovados em colocação além do número
de vagas. Nesse contexto, a Administração Pública detém a prerrogativa de
realizar a escolha entre a prorrogação de um concurso público que esteja na
validade ou a realização de novo certame. 7. A tese objetiva assentada em
sede desta repercussão geral é a de que o surgimento de novas vagas ou a
abertura de novo concurso para o mesmo cargo, durante o prazo de validade
do certame anterior, não gera automaticamente o direito à nomeação dos
candidatos aprovados fora das vagas previstas no edital, ressalvadas as
hipóteses de preterição arbitrária e imotivada por parte da administração,
caracterizadas por comportamento tácito ou expresso do Poder Público
capaz de revelar a inequívoca necessidade de nomeação do aprovado
durante o período de validade do certame, a ser demonstrada de forma
cabal pelo candidato. Assim, a discricionariedade da Administração quanto à
convocação de aprovados em concurso público fica reduzida ao patamar
zero (Ermessensreduzierung auf Null), fazendo exsurgir o direito subjetivo à
nomeação, verbi gratia, nas seguintes hipóteses excepcionais: I) Quando a
aprovação ocorrer dentro do número de vagas dentro do edital (RE 598.099);
II) Quando houver preterição na nomeação por não observância da ordem
de classificação (Súmula 15 do STF); III) Quando surgirem novas vagas, ou
for aberto novo concurso durante a validade do certame anterior, e ocorrer a
preterição de candidatos aprovados fora das vagas de forma arbitrária e
imotivada por parte da administração nos termos acima. 8. In casu,
reconhece-se, excepcionalmente, o direito subjetivo à nomeação aos
candidatos devidamente aprovados no concurso público, pois houve, dentro
da validade do processo seletivo e, também, logo após expirado o referido
prazo, manifestações inequívocas da Administração piauiense acerca da
existência de vagas e, sobretudo, da necessidade de chamamento de novos
Defensores Públicos para o Estado. 9. Recurso Extraordinário a que se nega
provimento.” (Tema 784 - RE 837311, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Tribunal
Pleno, julgado em 09/12/2015, PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO
GERAL - MÉRITO DJe-072 DIVULG 15-04-2016 PUBLIC 18-04-2016)
O acórdão objeto do Recurso Extraordinário, cuja ementa se vê no Evento n.
60, decidiu no mesmo direcionamento daquele estabelecido no recurso paradigma
acima transcrito. Vejamos:
“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA. CONCURSO PÚBLICO.
APROVAÇÃO EM CADASTRO DE RESERVA. MERA EXPECTATIVA DE
DIREITO. DISCRICIONARIEDADE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. 1 –
Uma vez que a recorrente figura em cadastro de reserva, há para ela mera
expectativa de direito à nomeação, o que significa que a administração,
dentro de seu poder discricionário e atendendo aos seus interesses, poderá
NR.PROCESSO: 5103313.48.2016.8.09.0051
nomear livremente os candidatos nessa situação, de acordo com os critérios
de conveniência e oportunidade. 2 – A contratação temporária não constitui
automaticamente ato ilegal, não caracteriza, por si, preterição da recorrente,
nem autoriza a conclusão de que tenham automaticamente surgido vagas
correlatas no quadro efetivo a ensejar o chamamento de candidatos
aprovados. O intento exige prova da identidade de funções do cargo efetivo
e das que são desempenhadas por pessoal admitido a título precário,
situação não verificada nos presentes autos. APELAÇÃO CÍVEL
CONHECIDA E DESPROVIDA.”
Nesse contexto, inviável o acolhimento da pretensão da agravante em
reformar a decisão agravada, pois o Recurso Extraordinário tratou de questão
constitucional decidida no mesmo sentido da orientação do Supremo Tribunal Federal,
tornando-se inafastável a aplicação do artigo 1.030, inciso I, alínea “a”, do Código de
Processo Civil.
Ao teor do exposto, nego provimento ao presente Agravo Interno.
É o voto.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 5103313.48.2016.8.09.0051
EMENTA: AGRAVO INTERNO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
APLICAÇÃO DO ARTIGO 1.030, INCISO I, ALÍNEA “A”, DO
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. Uma vez que a matéria versada no
feito amolda-se àquela apreciada pelo Supremo Tribunal Federal no
representativo da controvérsia indicado no ato agravado (RE n.
837.311/PI - TEMA 784), qual seja, “direito à nomeação de candidatos
aprovados fora do número de vagas previstas no edital de concurso
público no caso de surgimento de novas vagas durante o prazo de
validade do certame” e tendo o acórdão objeto do Recurso
Extraordinário julgado no mesmo direcionamento do acórdão
paradigma, nega-se provimento ao Agravo Interno, atendendo-se ao
artigo 1.030, inciso I, alínea “a”, do CPC/2015. AGRAVO INTERNO
CONHECIDO E DESPROVIDO.
NR.PROCESSO: 0061770.53.2016.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 0061770.53.2016.8.09.0051
ACORDA o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, em sessão pelos
integrantes do Órgão Especial, à unanimidade de votos, em conhecer e desprover o
Agravo Interno, nos termos do voto do Presidente-Relator.
Presidiu a sessão o Desembargador Walter Carlos Lemes.
Presente a Drª. Ana Cristina Ribeiro Peternella França, Procuradora de
Justiça.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
RELATÓRIO E VOTO
NR.PROCESSO: 0061770.53.2016.8.09.0051
Trata-se de Agravo Interno interposto por Josiel Antônio Lisboa (mov. 121),
em face da decisão inserida na mov. 115 que, nos termos do artigo 1.030, inciso I,
alínea “a”, do Código de Processo Civil, negou seguimento ao Recurso Extraordinário
(mov. 99) com supedâneo no posicionamento estampado no recurso representativo da
controvérsia julgado pelo Supremo Tribunal Federal (RE n. 837.311/PI - Tema 784).
Em suas razões, o agravante aduz que :
“O concurso público é via eleita pelo legislador
constituinte para promoção e investidura em cargos
públicos, através da seleção dos profissionais mais
capacitados, como é o caso da Agravante, que participou
de concurso público de provas, sagrando-se então
devidamente APROVADO, nos termos consagrados no artigo
37, inciso II da Constituição Federal”.
Prossegue defendendo que:
“Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, a
mera expectativa de direito convola-se em Direito
Subjetivo à nomeação quando surgirem novas vagas e
ocorrem preterição arbitrária e imotivada pela
Administração Pública, DURANTE A VALIDADE DO CERTAME”.
Por derradeiro, requer o provimento da insurgência, para o fim de conferir
regular processamento ao recurso.
O agravante beneficiário da gratuidade da justiça (mov. 3, item 06).
Contrarrazões (mov. 126).
É o relatório. Passo ao voto.
Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do Agravo Interno,
sobretudo nos termos do artigo 1.030, § 2º, do Código de Processo Civil.
O agravante insurge-se contra a decisão que negou seguimento ao Recurso
Extraordinário, em face do julgamento de representativo da controvérsia - RE n.
837.311/PI - Tema 784.
Pois bem, analisando detidamente os autos, vislumbro que razão não assiste
ao agravante. Explico.
Verifica-se que a matéria versada no presente feito amolda-se, efetivamente,
àquela apreciada no recurso paradigma indicado no ato agravado (RE n. 837.311/PI -
Tema 784), em que a Suprema Corte manifestou-se definitivamente a respeito.
Confira-se:
“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO.
REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA. TEMA 784 DO PLENÁRIO
VIRTUAL. CONTROVÉRSIA SOBRE O DIREITO SUBJETIVO À
NOMEAÇÃO DE CANDIDATOS APROVADOS ALÉM DO NÚMERO DE VAGAS
PREVISTAS NO EDITAL DE CONCURSO PÚBLICO NO CASO DE
SURGIMENTO DE NOVAS VAGAS DURANTE O PRAZO DE VALIDADE DO
NR.PROCESSO: 0061770.53.2016.8.09.0051
CERTAME. MERA EXPECTATIVA DE DIREITO À NOMEAÇÃO.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS. IN CASU, A
ABERTURA DE NOVO CONCURSO PÚBLICO FOI ACOMPANHADA DA
DEMONSTRAÇÃO INEQUÍVOCA DA NECESSIDADE PREMENTE E
INADIÁVEL DE PROVIMENTO DOS CARGOS. INTERPRETAÇÃO DO ART.
37, IV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DE 1988. ARBÍTRIO.
PRETERIÇÃO. CONVOLAÇÃO EXCEPCIONAL DA MERA EXPECTATIVA EM
DIREITO SUBJETIVO À NOMEAÇÃO. PRINCÍPIOS DA EFICIÊNCIA,
BOA-FÉ, MORALIDADE, IMPESSOALIDADE E DA PROTEÇÃO DA
CONFIANÇA. FORÇA NORMATIVA DO CONCURSO PÚBLICO. INTERESSE
DA SOCIEDADE. RESPEITO À ORDEM DE APROVAÇÃO. ACÓRDÃO
RECORRIDO EM SINTONIA COM A TESE ORA DELIMITADA. RECURSO
EXTRAORDINÁRIO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. O postulado
do concurso público traduz-se na necessidade essencial de
o Estado conferir efetividade a diversos princípios
constitucionais, corolários do merit system, dentre eles
o de que todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza (CRFB/88, art. 5º, caput). 2. O edital
do concurso com número específico de vagas, uma vez
publicado, faz exsurgir um dever de nomeação para a
própria Administração e um direito à nomeação
titularizado pelo candidato aprovado dentro desse número
de vagas. Precedente do Plenário: RE 598.099 - RG,
Relator Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, DJe 03-10-
2011. 3. O Estado Democrático de Direito republicano
impõe à Administração Pública que exerça sua
discricionariedade entrincheirada não, apenas, pela sua
avaliação unilateral a respeito da conveniência e
oportunidade de um ato, mas, sobretudo, pelos direitos
fundamentais e demais normas constitucionais em um
ambiente de perene diálogo com a sociedade. 4. O Poder
Judiciário não deve atuar como ‘Administrador Positivo’,
de modo a aniquilar o espaço decisório de titularidade do
administrador para decidir sobre o que é melhor para a
Administração: se a convocação dos últimos colocados de
concurso público na validade ou a dos primeiros aprovados
em um novo concurso. Essa escolha é legítima e,
ressalvadas as hipóteses de abuso, não encontra obstáculo
em qualquer preceito constitucional.5. Consectariamente,
é cediço que a Administração Pública possui
discricionariedade para, observadas as normas
constitucionais, prover as vagas da maneira que melhor
convier para o interesse da coletividade, como verbi
gratia, ocorre quando, em função de razões orçamentárias,
os cargos vagos só possam ser providos em um futuro
distante, ou, até mesmo, que sejam extintos, na hipótese
de restar caracterizado que não mais serão necessários.
6. A publicação de novo edital de concurso público ou o
surgimento de novas vagas durante a validade de outro
anteriormente realizado não caracteriza, por si só, a
necessidade de provimento imediato dos cargos. É que, a
despeito da vacância dos cargos e da publicação do novo
NR.PROCESSO: 0061770.53.2016.8.09.0051
edital durante a validade do concurso, podem surgir
circunstâncias e legítimas razões de interesse público
que justifiquem a inocorrência da nomeação no curto
prazo, de modo a obstaculizar eventual pretensão de
reconhecimento do direito subjetivo à nomeação dos
aprovados em colocação além do número de vagas. Nesse
contexto, a Administração Pública detém a prerrogativa de
realizar a escolha entre a prorrogação de um concurso
público que esteja na validade ou a realização de novo
certame. 7. A tese objetiva assentada em sede desta
repercussão geral é a de que o surgimento de novas vagas
ou a abertura de novo concurso para o mesmo cargo,
durante o prazo de validade do certame anterior, não gera
automaticamente o direito à nomeação dos candidatos
aprovados fora das vagas previstas no edital, ressalvadas
as hipóteses de preterição arbitrária e imotivada por
parte da administração, caracterizadas por comportamento
tácito ou expresso do Poder Público capaz de revelar a
inequívoca necessidade de nomeação do aprovado durante o
período de validade do certame, a ser demonstrada de
forma cabal pelo candidato. Assim, a discricionariedade
da Administração quanto à convocação de aprovados em
concurso público fica reduzida ao patamar zero
(Ermessensreduzierung auf Null), fazendo exsurgir o
direito subjetivo à nomeação, verbi gratia, nas seguintes
hipóteses excepcionais: I) Quando a aprovação ocorrer
dentro do número de vagas dentro do edital (RE 598.099);
II) Quando houver preterição na nomeação por não
observância da ordem de classificação (Súmula 15 do STF);
III) Quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo
concurso durante a validade do certame anterior, e
ocorrer a preterição de candidatos aprovados fora das
vagas de forma arbitrária e imotivada por parte da
administração nos termos acima. 8. In casu, reconhece-se,
excepcionalmente, o direito subjetivo à nomeação aos
candidatos devidamente aprovados no concurso público,
pois houve, dentro da validade do processo seletivo e,
também, logo após expirado o referido prazo,
manifestações inequívocas da Administração piauiense
acerca da existência de vagas e, sobretudo, da
necessidade de chamamento de novos Defensores Públicos
para o Estado. 9. Recurso Extraordinário a que se nega
provimento.” (STF, RE nº 837311/PI, Rel. Min. Luiz Fux,
DJe 072, Publicado em 18/04/2016).
O acórdão objeto do Recurso Extraordinário, cuja ementa se vê na mov. 77,
decidiu no mesmo direcionamento daquele estabelecido no recurso paradigma acima
transcrito. Veja-se:
“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE DIREITO À
NOMEAÇÃO / POSSE EM CARGO PÚBLICO DA PREFEITURA DE
GOIÂNIA C/C OBRIGAÇÃO DE FAZER. CANDIDATO APROVADO PARA
NR.PROCESSO: 0061770.53.2016.8.09.0051
CADASTRO DE RESERVA. MERA EXPECTATIVA DE DIREITO À
NOMEAÇÃO. 1 – Não se reconhece o direito subjetivo dos
impetrantes à nomeação no cargo público para o qual foi
aprovado, quando fora das vagas previstas no edital, faz
parte do cadastro de reserva, e este direito somente
surge quando demonstrada a existência de novas vagas,
pelo motivo já delineado, preterição ou violação da ordem
de classificação dos candidatos nomeados, ou, ainda,
através da contratação irregular para a vaga, ainda na
vigência do concurso público; ou a abertura de novo
certame ainda na vigência do anterior. RECURSO CONHECIDO
E DESPROVIDO.”
Nesse contexto, inviável a pretensão da agravante de reformar a decisão
agravada, visto que está em perfeita consonância com o paradigma julgado pela
Suprema Corte, no tocante ao direito à nomeação de candidatos fora do número de
vagas previstas no edital de concurso público em caso de surgimento de novas vagas
durante o prazo de validade do certame, tornando-se inafastável a aplicação do artigo
1.030, inciso I, alínea “a”, Código de Processo Civil.
Ao teor do exposto, nego provimento ao presente Agravo Interno.
É o voto.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 0061770.53.2016.8.09.0051
EMENTA: AGRAVO INTERNO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DECISÃO
DENEGATÓRIA FUNDAMENTADA EM REPERCUSSÃO GERAL. APLICAÇÃO DO
ARTIGO 1.030, INCISO I, ALÍNEA “A”, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. Uma
vez que a matéria versada no presente feito amolda-se àquela apreciada pelo
Supremo Tribunal Federal no julgamento do representativo da controvérsia (RE n.
837.311/PI - Tema 784) e tendo o acórdão objeto do Recurso Extraordinário julgado no
mesmo direcionamento do acórdão paradigma, nega-se provimento ao Agravo Interno.
AGRAVO INTERNO CONHECIDO E DESPROVIDO.
NR.PROCESSO: 0108228.65.2015.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Gabinete da Presidência
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 0108228.65.2015.8.09.0051
Presente a Drª. Ana Cristina Ribeiro
Peternella, Procuradora de Justiça.
Goiânia,10 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 0108228.65.2015.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Gabinete da Presidência
RELATÓRIO E VOTO
NR.PROCESSO: 0108228.65.2015.8.09.0051
nº 748.371/MT – Tema 660 .
Pois bem.
Com efeito, a nova sistemática processual civil instituída pela Lei n.
13.105/2015 dispõe que contra decisão que analisa admissibilidade de recursos
constitucionais, aplicando entendimento firmado em regime de repetitivo ou
repercussão geral, cabe o Agravo Interno (artigo 1.030, § 2º, Código de Processo
Civil), caracterizando erro grosseiro o manejo do Agravo para o Supremo Tribunal
Federal (artigo 1.042 do Código de Processo Civil de 2015).
Expressam as normas referidas:
“Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o
recorrido será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15
(quinze) dias, findo o qual os autos serão conclusos ao presidente ou ao
vice-presidente do tribunal recorrido, que deverá: (Redação dada pela Lei nº
13.256, de 2016) (Vigência) I – negar seguimento: (Incluído pela Lei nº
13.256, de 2016) (Vigência) (…) b) a recurso extraordinário ou a recurso
especial interposto contra acórdão que esteja em conformidade com
entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de
Justiça, respectivamente, exarado no regime de julgamento de recursos
repetitivos; (Incluída pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência) (...) § 2º Da
decisão proferida com fundamento nos incisos I e III caberá agravo interno,
nos termos do art. 1.021. Art. 1.042. Cabe agravo contra decisão do
presidente ou do vice-presidente do tribunal recorrido que inadmitir recurso
extraordinário ou recurso especial, salvo quando fundada na aplicação de
entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de
recursos repetitivos" (grifei).
Na hipótese, a decisão atacada negou seguimento ao Recurso Extraordinário
interposto, tendo em conta que o acórdão recorrido está em conformidade com o
julgamento proferido pelo Supremo Tribunal Federal em regime de repercussão geral
(artigo 1030, I, “b”, do novo Código de Processo Civil).
Desta forma, incabível o presente Agravo, interposto sob a égide do Novo
Código de Processo Civil, para combater decisão do Presidente do Tribunal que
inadmitiu Recurso Extraordinário com fundamento exclusivo em repercussão geral.
Ao teor o exposto, não conheço do recurso.
É o voto.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
WALTER CARLOS LEMES
Presidente
15
NR.PROCESSO: 0108228.65.2015.8.09.0051
EMENTA: AGRAVO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. NEGATIVA DE
SEGUIMENTO. APLICAÇÃO DE ENTENDIMENTO FIRMADO EM REGIME DE
REPERCUSSÃO GERAL. AGRAVO INTERNO. Não se conhece de Agravo (artigo
1.042 do Código de Processo Civil de 2015) interposto contra decisão que nega
seguimento a Recurso Extraordinário com fundamento na aplicação de entendimento
exarado no regime de repercussão geral, pois a previsão legal estabelece o Agravo
Interno para tal finalidade (artigo 1.030, § 2º, do referido Estatuto Processual).
AGRAVO NÃO CONHECIDO.
NR.PROCESSO: 5513734.95.2017.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5513734.95.2017.8.09.0051
VISTOS, relatados e discutidos estes autos de Agravo Interno no Recurso
Extraordinário na Apelação Cível n. 5513734.95.2017.8.09.0051, da Comarca de
Goiânia.
ACORDA o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, em sessão pelos
integrantes do Órgão Especial, à unanimidade de votos, em conhecer e desprover o
Agravo Interno, nos termos do voto do Presidente-Relator.
Presidiu a sessão o Desembargador Walter Carlos Lemes.
Presente a Drª. Ana Cristina Ribeiro Peternella França, Procuradora de
Justiça.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
13
NR.PROCESSO: 5513734.95.2017.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
RELATÓRIO E VOTO
Trata-se de Agravo Interno interposto por Banco Cetelem S/A (Evento n. 87),
em face da decisão que negou seguimento ao Recurso Extraordinário, nos termos do
artigo 1.030, inciso I, alínea “a”, do Código de Processo Civil, em razão do julgamento
do recurso representativo da controvérsia pelo Supremo Tribunal Federal – ARE n.
748.371/MT–Tema 660 (Evento n. 81).
Em suas razões, o agravante alega que “ao dispensar a produção de provas,
o Venerando Acórdão outrora recorrido afrontou os princípios do contraditório e da
ampla defesa e, por conseguinte, do devido processo legal, previstos,
respectivamente, no artigo 5º, incisos LV e LIV, da Constituição Federal”.
Requer o provimento da insurgência, para o fim de conferir regular
processamento ao Recurso Extraordinário.
Preparo (Evento n. 87).
Contrarrazões (Evento n. 98).
É o relatório. Passo ao voto.
Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do Agravo Interno,
sobretudo nos termos do artigo 1.030, § 2º, do Código de Processo Civil.
NR.PROCESSO: 5513734.95.2017.8.09.0051
A decisão ora agravada negou seguimento ao Recurso Extraordinário, com
fundamento no artigo 1.030, inciso I, alínea "a", do Código de Processo Civil, em face
do julgamento de representativo da controvérsia – ARE n. 748.371/MT - Tema 660.
Pois bem.
Sobre o Tema 660, de pronto verifica-se que, muito embora o agravante tenha
deduzido a inaplicabilidade do tema em voga (ARE-RG n. 748.371/MT), não
apresentou fundamentos convincentes do aventado equívoco.
Ao apreciar a matéria, a Suprema Corte se manifestou pela inexistência de
repercussão geral da questão suscitada, por se tratar de matéria infraconstitucional.
Vejamos:
“Alegação de cerceamento do direito de defesa. Tema relativo à suposta
violação aos princípios do contraditório, da ampla defesa, dos limites da
coisa julgada e do devido processo legal. Julgamento da causa dependente
de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais.
Rejeição da repercussão geral.” (STF, Repercussão Geral no ARE-RG
748.371/MT, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 01/08/2013)
Assim, incensurável o emprego do artigo 1.030, inciso I, alínea “a”, do Código
de Processo Civil quanto à alegada violação do artigo 5º, incisos LIV e LV, da
Constituição Federal, uma vez que o Recurso Extraordinário baseou-se em hipotética
ofensa aos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa,
sendo que é uníssona a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido de que
configura ofensa meramente reflexa ao texto constitucional a questão da suposta
afronta a tais postulados, se dependente de prévia violação de normas
infraconstitucionais, neste caso, o Código de Processo Civil e o Código de Defesa do
Consumidor.
Ao teor do exposto, nego provimento ao presente Agravo Interno.
É o voto.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 5513734.95.2017.8.09.0051
EMENTA: AGRAVO INTERNO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. APLICAÇÃO DO
ARTIGO 1.030, INCISO I, ALÍNEA “A”, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.
VIOLAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DO DEVIDO PROCESSO LEGAL, DO
CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. ARTIGO 5º, INCISOS LIV E LV, DA
CARTA MAGNA. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. TEMA 660/STF. I – Uma
vez que o Supremo Tribunal Federal decidiu pela ausência de repercussão geral da
questão suscitada por se tratar de matéria infraconstitucional (ARE-RG 748.371/MT,
Tema 660), irrazoáveis os argumentos deduzidos no Agravo Interno no sentido de
tornar inaplicável a referida questão ao presente caso. II – Encontrando-se a decisão
objeto do Recurso Extraordinário nos mesmos termos do representativo da
controvérsia, aplica-se o artigo 1.030, inciso I, alínea “a”, do Código de Processo Civil.
AGRAVO INTERNO CONHECIDO E DESPROVIDO.
NR.PROCESSO: 0065820.25.2016.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 0065820.25.2016.8.09.0051
Justiça.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
RELATÓRIO E VOTO
NR.PROCESSO: 0065820.25.2016.8.09.0051
agravada.
Requer o recebimento do presente Recurso Extraordinário e, por conseguinte,
seu regular processamento e envio ao Supremo Tribunal Federal.
A agravante isenta de preparo, eis que beneficiária da gratuidade da Justiça
(mov. 14).
Sem contrarrazões (mov.107).
É o relatório.
Passo ao voto.
Analisando os pressupostos de admissibilidade do recurso, verifico a
existência de óbice ao seu conhecimento.
Com efeito, a nova sistemática processual civil instituída pela Lei n.
13.105/2015, dispõe que contra decisão que analisa admissibilidade de recursos
constitucionais, aplicando entendimento firmado em regime de repetitivo ou
repercussão geral cabe o Agravo Interno (artigo 1.030, § 2º, Código de Processo Civil),
caracterizando erro grosseiro o manejo do Agravo para o Supremo Tribunal Federal
(artigo 1.042 do Código de Processo Civil).
Expressam as normas referidas:
“Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela
secretaria do tribunal, o recorrido será intimado para
apre-sentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias,
findo o qual os autos serão conclusos ao presidente ou ao
vice-presidente do tribunal recorrido, que deverá:
Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)
I – negar seguimento: (Incluído pela Lei nº 13.256, de
2016)(Vigência)
(…)
b)… a recurso extraordinário ou a recurso especial
interposto contra acórdão que esteja em conformidade com
entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior
Tribunal de Justiça, respectivamente, exarado no regime
de julgamento de recursos repetitivos; (Incluída pela Lei
nº 13.256, de 2016) (Vigência)
(…)
§ 2º Da decisão proferida com fun-damento nos incisos I e
III caberá agravo interno, nos termos do art. 1.021.”
Na hipótese, a decisão atacada negou seguimento ao Recurso Extraordinário
interposto, tendo em conta que o acórdão recorrido está em conformidade com o
julgamento proferido pelo Supremo Tribunal Federal, exarado no regime de julgamento
de repercussão geral (artigo 1030, I, “b”, do Código de Processo Civil), sendo, pois,
NR.PROCESSO: 0065820.25.2016.8.09.0051
comportável, o Agravo Interno, conforme dicção do § 2º, dessa mesma Norma.
Desta forma, incabível o presente Agravo, interposto sob a égide do novo
Código de Processo Civil, para combater decisão que inadmitiu Recurso Extraordinário
com fundamento exclusivo em repercussão geral.
Ao teor do exposto, não conheço do recurso.
É o voto.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 0065820.25.2016.8.09.0051
EMENTA: AGRAVO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. NEGATIVA DE
SEGUIMENTO. APLICAÇÃO DE ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO
REPETITIVO. AGRAVO INTERNO. Não se conhece de Agravo (artigo 1.042 do
Código de Processo Civil) interposto contra decisão que inadmite Recurso
Extraordinário exarado no regime de julgamento de recursos repetitivos, prevê o
Diploma Legal, o Agravo Interno para tal finalidade (artigo 1.030, § 2º, do aludido
Estatuto Processual). RECURSO NÃO CONHECIDO.
NR.PROCESSO: 5299504.66.2016.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5299504.66.2016.8.09.0051
Justiça.
Goiânia,10 de fevereiro de 2020.
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
RELATÓRIO E VOTO
NR.PROCESSO: 5299504.66.2016.8.09.0051
“O concurso público é via eleita pelo legislador constituinte para promoção e
investidura em cargos públicos, através da seleção dos profissionais mais
capacitados, como é o caso da Agravante, que participou de concurso
público de provas, sagrando-se então devidamente ‘APROVADA’, nos
termos consagrados no artigo 37, inciso II da Constituição Federal”.
Prossegue defendendo que:
“Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, a mera expectativa
de direito convola-se em Direito Subjetivo à nomeação quando surgirem
novas vagas e ocorrem preterição arbitrária e imotivada pela Administração
Pública, DURANTE A VALIDADE DO CERTAME”.
Por derradeiro, requer o provimento da insurgência, para o fim de conferir
regular processamento ao Recurso Extraordinário.
Preparo (Evento n. 93 – itens 2 e 3).
Sem contrarrazões (Evento n. 98).
É o relatório. Passo ao voto.
Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do Agravo Interno,
sobretudo nos termos do artigo 1.030, § 2º, do Código de Processo Civil.
A agravante insurge-se contra a decisão que negou seguimento ao Recurso
Extraordinário, em face do julgamento de representativo da controvérsia - RE n.
837.311/PI - Tema 784.
Pois bem, analisando detidamente os autos, vislumbro que razão não assiste
à agravante. Explico.
Verifica-se que a matéria versada no presente feito amolda-se, efetivamente,
àquela apreciada no recurso paradigma indicado no ato agravado (RE n. 837.311/PI -
Tema 784), em que a Suprema Corte manifestou-se definitivamente a respeito.
Confira-se:
“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO.
REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA. TEMA 784 DO PLENÁRIO
VIRTUAL. CONTROVÉRSIA SOBRE O DIREITO SUBJETIVO À
NOMEAÇÃO DE CANDIDATOS APROVADOS ALÉM DO NÚMERO DE
VAGAS PREVISTAS NO EDITAL DE CONCURSO PÚBLICO NO CASO DE
SURGIMENTO DE NOVAS VAGAS DURANTE O PRAZO DE VALIDADE
DO CERTAME. MERA EXPECTATIVA DE DIREITO À NOMEAÇÃO.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS. IN CASU, A
ABERTURA DE NOVO CONCURSO PÚBLICO FOI ACOMPANHADA DA
DEMONSTRAÇÃO INEQUÍVOCA DA NECESSIDADE PREMENTE E
INADIÁVEL DE PROVIMENTO DOS CARGOS. INTERPRETAÇÃO DO
ART. 37, IV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DE 1988. ARBÍTRIO.
PRETERIÇÃO. CONVOLAÇÃO EXCEPCIONAL DA MERA EXPECTATIVA
EM DIREITO SUBJETIVO À NOMEAÇÃO. PRINCÍPIOS DA EFICIÊNCIA,
BOA-FÉ, MORALIDADE, IMPESSOALIDADE E DA PROTEÇÃO DA
CONFIANÇA. FORÇA NORMATIVA DO CONCURSO PÚBLICO.
INTERESSE DA SOCIEDADE. RESPEITO À ORDEM DE APROVAÇÃO.
NR.PROCESSO: 5299504.66.2016.8.09.0051
ACÓRDÃO RECORRIDO EM SINTONIA COM A TESE ORA DELIMITADA.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. O
postulado do concurso público traduz-se na necessidade essencial de o
Estado conferir efetividade a diversos princípios constitucionais, corolários
do merit system, dentre eles o de que todos são iguais perante a lei, sem
distinção de qualquer natureza (CRFB/88, art. 5º, caput). 2. O edital do
concurso com número específico de vagas, uma vez publicado, faz exsurgir
um dever de nomeação para a própria Administração e um direito à
nomeação titularizado pelo candidato aprovado dentro desse número de
vagas. Precedente do Plenário: RE 598.099 - RG, Relator Min. Gilmar
Mendes, Tribunal Pleno, DJe 03-10-2011. 3. O Estado Democrático de
Direito republicano impõe à Administração Pública que exerça sua
discricionariedade entrincheirada não, apenas, pela sua avaliação unilateral
a respeito da conveniência e oportunidade de um ato, mas, sobretudo, pelos
direitos fundamentais e demais normas constitucionais em um ambiente de
perene diálogo com a sociedade. 4. O Poder Judiciário não deve atuar como
‘Administrador Positivo’, de modo a aniquilar o espaço decisório de
titularidade do administrador para decidir sobre o que é melhor para a
Administração: se a convocação dos últimos colocados de concurso público
na validade ou a dos primeiros aprovados em um novo concurso. Essa
escolha é legítima e, ressalvadas as hipóteses de abuso, não encontra
obstáculo em qualquer preceito constitucional.5. Consectariamente, é cediço
que a Administração Pública possui discricionariedade para, observadas as
normas constitucionais, prover as vagas da maneira que melhor convier para
o interesse da coletividade, como verbi gratia, ocorre quando, em função de
razões orçamentárias, os cargos vagos só possam ser providos em um
futuro distante, ou, até mesmo, que sejam extintos, na hipótese de restar
caracterizado que não mais serão necessários. 6. A publicação de novo
edital de concurso público ou o surgimento de novas vagas durante a
validade de outro anteriormente realizado não caracteriza, por si só, a
necessidade de provimento imediato dos cargos. É que, a despeito da
vacância dos cargos e da publicação do novo edital durante a validade do
concurso, podem surgir circunstâncias e legítimas razões de interesse
público que justifiquem a inocorrência da nomeação no curto prazo, de modo
a obstaculizar eventual pretensão de reconhecimento do direito subjetivo à
nomeação dos aprovados em colocação além do número de vagas. Nesse
contexto, a Administração Pública detém a prerrogativa de realizar a escolha
entre a prorrogação de um concurso público que esteja na validade ou a
realização de novo certame. 7. A tese objetiva assentada em sede desta
repercussão geral é a de que o surgimento de novas vagas ou a abertura de
novo concurso para o mesmo cargo, durante o prazo de validade do certame
anterior, não gera automaticamente o direito à nomeação dos candidatos
aprovados fora das vagas previstas no edital, ressalvadas as hipóteses de
preterição arbitrária e imotivada por parte da administração, caracterizadas
por comportamento tácito ou expresso do Poder Público capaz de revelar a
inequívoca necessidade de nomeação do aprovado durante o período de
validade do certame, a ser demonstrada de forma cabal pelo candidato.
Assim, a discricionariedade da Administração quanto à convocação de
aprovados em concurso público fica reduzida ao patamar zero
(Ermessensreduzierung auf Null), fazendo exsurgir o direito subjetivo à
nomeação, verbi gratia, nas seguintes hipóteses excepcionais: I) Quando a
aprovação ocorrer dentro do número de vagas dentro do edital (RE 598.099);
NR.PROCESSO: 5299504.66.2016.8.09.0051
II) Quando houver preterição na nomeação por não observância da ordem
de classificação (Súmula 15 do STF); III) Quando surgirem novas vagas, ou
for aberto novo concurso durante a validade do certame anterior, e ocorrer a
preterição de candidatos aprovados fora das vagas de forma arbitrária e
imotivada por parte da administração nos termos acima. 8. In casu,
reconhece-se, excepcionalmente, o direito subjetivo à nomeação aos
candidatos devidamente aprovados no concurso público, pois houve, dentro
da validade do processo seletivo e, também, logo após expirado o referido
prazo, manifestações inequívocas da Administração piauiense acerca da
existência de vagas e, sobretudo, da necessidade de chamamento de novos
Defensores Públicos para o Estado. 9. Recurso Extraordinário a que se nega
provimento.” (STF, RE nº 837311/PI, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 072, Publicado
em 18/04/2016).
O acórdão objeto do Recurso Extraordinário, cuja ementa se vê no Evento n.
58, decidiu no mesmo direcionamento daquele estabelecido no recurso paradigma
acima transcrito. Veja-se:
“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. APROVAÇÃO EM
CONCURSO PÚBLICO. CADASTRO DE RESERVA. MERA EXPECTATIVA
DE DIREITO. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA MANTIDA. 1. O Supremo
Tribunal Federal consolidou entendimento segundo o qual o candidato
aprovado fora do número de vagas previstas no edital possui mera
expectativa de direito à nomeação, convolando-se em direito subjetivo
somente na hipótese de preterição arbitrária e imotivada por parte da
administração, a ser demonstrada de forma cabal pelo candidato (RE
837.311/PI, Tribunal Pleno, Rel. Ministro Luiz Fux, DJe 18/4/2016,
Repercussão Geral). 2. No caso dos autos, a requerente/apelante foi
aprovada fora do número de vagas e não logrou êxito em comprovar a sua
preterição. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.”
Nesse contexto, inviável a pretensão da agravante de reformar a decisão
agravada, visto que está em perfeita consonância com o paradigma julgado pela
Suprema Corte, no tocante ao direito à nomeação de candidatos fora do número de
vagas previstas no edital de concurso público, tornando-se inafastável a aplicação do
artigo 1.030, inciso I, alínea “a”, Código de Processo Civil.
Ao teor do exposto, nego provimento ao presente Agravo Interno.
É o voto.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 5299504.66.2016.8.09.0051
EMENTA: AGRAVO INTERNO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DECISÃO
DENEGATÓRIA FUNDAMENTADA EM REPERCUSSÃO GERAL. TEMA 784/STF.
APLICAÇÃO DO ARTIGO 1.030, INCISO I, ALÍNEA “A”, DO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL. Uma vez que a matéria versada no presente feito amolda-se
àquela apreciada pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do representativo da
controvérsia (RE n. 837.311/PI - Tema 784) e tendo o acórdão objeto do Recurso
Extraordinário julgado no mesmo direcionamento do acórdão paradigma, nega-se
provimento ao Agravo Interno. AGRAVO INTERNO CONHECIDO E DESPROVIDO.
NR.PROCESSO: 0066477.74.2010.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Gabinete da Presidência
EMENTA:EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO
AGRAVO INTERNO. RECURSO ESPECIAL.
OMISSÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA.
HIPÓTESES LEGAIS. No caso em apreço, não
restou caracterizado o alegado erro de fato e/ou
erro material, pois o decisum está em consonância
com os Temas 919 e 968 da Corte Superior.
Somente merecem acolhimento os Embargos
Declaratórios quando verificada alguma das
hipóteses do art. 1.022 do CPC, sendo o caso de
rejeitá-los quando inexistir qualquer dos defeitos
elencados, o que impõe a rejeição dos
Aclaratórios, notadamente se manifesta a intenção
de revolvimento da questão decidida. EMBARGOS
CONHECIDOS E REJEITADOS.
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 0066477.74.2010.8.09.0051
Presidiu a sessão o Desembargador Walter Carlos
Lemes.
Presente a Drª. Ana Cristina Ribeiro Peternella
França, Procuradora de Justiça.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 0066477.74.2010.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Gabinete da Presidência
RELATÓRIO E VOTO
NR.PROCESSO: 0066477.74.2010.8.09.0051
erro de fato, quanto a análise do Temas 919 e 968 do STJ, da sistemática dos
recursos repetitivos.
Pois bem. Não merece acolhimento os argumentos trazidos nos aclaratórios,
uma vez que não há qualquer vício a ser eliminado no ato hostilizado, conquanto, foi
apreciada a questão essencial ao deslinde do tema tratado, de modo perfeitamente
conciliável, restando consignado no acórdão embargado que:
“Verifica-se que a matéria versada no presente feito amolda-se,
efetivamente, àquelas apreciadas nos recursos paradigmas indicados no ato
agravado (REsp. n. 1.361.730/RS – Tema 919 e REsp n. 1.552.434/GO –
Tema 968), em que a Corte Superior manifestou-se definitivamente a
respeito. Confira-se: “RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DA
CONTROVÉRSIA (CPC73, ART. 543-C). PROCESSUAL CIVIL. CIVIL E
BANCÁRIO. CÉDULA DE CRÉDITO RURAL. AÇÃO DE REPETIÇÃO DE
INDÉBITO. PRESCRIÇÃO. PRAZO: VINTENÁRIO NO CÓDIGO CIVIL1916
(ART. 177); TRIENAL NO CÓDIGO CIVIL2002 (ART. 206, § 3º, IV). TERMO
INICIAL: DATA DO PAGAMENTO. CASO CONCRETO: RECURSO
ESPECIAL NÃO PROVIDO. 1. Para fins do art. 543-C do Código de
Processo Civil de 1973: 1. - "A pretensão de repetição de indébito de
contrato de cédula de crédito rural prescreve no prazo de vinte anos, sob a
égide do art. 177 do Código Civil de 1916, e de três anos, sob o amparo do
art. 206, § 3º, IV, do Código Civil de 2002, observada a norma de transição
do art. 2.028 desse último Diploma Legal"; 1.2. - “O termo inicial da
prescrição da pretensão de repetição de indébito de contrato de cédula de
crédito rural é a data da efetiva lesão, ou seja, do pagamento.” 2. Caso
concreto: prescrição da pretensão. 3. Recurso especial a que se nega
provimento.” STJ, REsp n. 1.361.730/RS, Rel. Min. Raul Araújo, DJe
28/10/2016). “RECURSO ESPECIAL REPETITIVO. TEMA 968/STJ.
DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. CPC/1973. NEGÓCIOS
JURÍDICOS BANCÁRIOS. MÚTUO FENERATÍCIO. CRÉDITO RURAL.
ATUALIZAÇÃO PELOS ÍNDICES DA POUPANÇA.IPC/BTNF DE MARÇO
DE 1990. PLANO COLLOR I. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. JUROS
REMUNERATÓRIOS. I - DELIMITAÇÃO DA CONTROVÉRSIA: 1.1.
Limitação da controvérsia à repetição de indébito em contrato de mútuo
feneratício celebrado com instituição financeira. 2 - TESE PARA OS FINS
DO ART. 1.040 DO CPC/2015: 2.1. Tese aplicável a todo contrato de mútuo
feneratício celebrado com instituição financeira mutuante: "Descabimento da
repetição do indébito com os mesmos encargos do contrato"; 3 - CASO
CONCRETO: 3.1. Existência de afetação ao rito dos repetitivos da
controvérsia sobre "Ilegalidade da aplicação do IPC de março de 1990
(índice de 84,32%) na correção do saldo devedor" (Tema 653/STJ),
tornando-se inviável o julgamento do caso concreto por esta SEÇÃO. 3.2.
Devolução dos autos ao órgão fracionário para julgamento do caso concreto,
no momento oportuno. 4 - RECURSO ESPECIAL DEVOLVIDO À TURMA
PARA JULGAMENTO DO CASO CONCRETO.” STJ, REsp n. 1.55234/GO,
Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, DJe 21/06/2018)”.
Na verdade, pretende o embargante o reexame do julgado. Todavia, para
tanto não se prestam os aclaratórios, cuja função não é questionar o acerto ou
desacerto do provimento jurisdicional, mas corrigir omissão, contradição ou
obscuridade porventura existentes. Logo, ausentes tais vícios, afigura-se impossível a
NR.PROCESSO: 0066477.74.2010.8.09.0051
atribuição de efeito modificativo ao julgado.
É que o efeito infringente é atribuído aos Embargos de Declaração em
situações excepcionais, ou seja, somente se sanadas a contradição, a omissão ou a
obscuridade, a alteração do julgado surgir como consequência necessária, bem como
na ocorrência de erro material evidente ou de manifesta nulidade, o que não ocorreu
na espécie.
O Supremo Tribunal Federal não diverge:
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO,
OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA.
EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO REJEITADOS. I - Ausência dos pressupostos do art. 1.022, I
e II, do Código de Processo Civil. II – Busca-se tão somente a rediscussão
da matéria, porém os embargos de declaração não constituem meio
processual adequado para a reforma do decisum, não sendo possível
atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais, o que não
ocorre no caso em questão. III – Embargos de declaração rejeitados.” (ARE
863796 AgRED, Relator Min. RICARDO LEWANDOWSKI, julgado em
01/07/2016, Dje-169, PUBLIC 12-08-2016)
Ao teor do exposto, rejeito os presentes Embargos de Declaração.
É o voto.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 0066477.74.2010.8.09.0051
EMENTA:EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO INTERNO. RECURSO
ESPECIAL. OMISSÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. HIPÓTESES LEGAIS. No
caso em apreço, não restou caracterizado o alegado erro de fato e/ou erro material,
pois o decisum está em consonância com os Temas 919 e 968 da Corte Superior.
Somente merecem acolhimento os Embargos Declaratórios quando verificada alguma
das hipóteses do art. 1.022 do CPC, sendo o caso de rejeitá-los quando inexistir
qualquer dos defeitos elencados, o que impõe a rejeição dos Aclaratórios,
notadamente se manifesta a intenção de revolvimento da questão decidida.
EMBARGOS CONHECIDOS E REJEITADOS.
NR.PROCESSO: 0198698.54.2013.8.09.0006
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
EMENTA: EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO NO AGRAVO INTERNO
NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
OMISSÃO. REDISCUSSÃO DA
M AT ÉRI A. HI PÓ T ESES L EGA IS .
Inexistindo no acórdão embargado a
omissão apontada, segundo a dicção do
art. 1.022 do Código de Processo Civil,
impõe-se a rejeição dos aclaratórios,
notadamente se manifesta a intenção de
revolvimento da questão decidida.
EMBARGOS CONHECIDOS E
REJEITADOS.
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 0198698.54.2013.8.09.0006
Presidiu a sessão o Desembargador Walter Carlos Lemes.
Presente a Drª. Ana Cristina Ribeiro Peternella França, Procuradora de
Justiça.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
WALTER CARLOS
LEMES
Presidente
6
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
RELATÓRIO E
VOTO
NR.PROCESSO: 0198698.54.2013.8.09.0006
Em suas razões, o embargante aduz que sua pretensão não consiste em
análise do mérito administrativo, mas sim, no exercício do controle externo de
legalidade, o que não afronta o princípio da separação dos poderes, uma vez que o
que se busca é a anulação de questão ilegal e não a sua correção.
Prossegue defendendo que sua pretensão não encontra óbice na tese fixada
pela Suprema Corte no RE n. 632.853/CE, por ser ela rígida e direta ao estabelecer
que não compete ao Poder Judiciário avaliar as respostas apresentadas pelos
candidatos durante o certame.
Ao final, requer que sejam conhecidos e acolhidos os presentes Embargos de
Declaração, a fim de sanar as contradições e omissões apontadas.
Sem contrarrazões (Evento n. 118).
É o relatório.
Passo ao voto.
Presentes os pressupostos de admissibilidade dos Embargos de Declaração
deles conheço.
Pretende o embargante, sob a alegação de que o decisum impugnado contém
os vícios elencados nos incisos I e II, do artigo 1.022 do Estatuto Processual Civil,
provocar manifestação dessa Corte sobre questão que entende não ter sido apreciada
quando do julgamento do Agravo Interno.
Não merece acolhimento o argumento trazido nos aclaratórios, uma vez que
não há qualquer vício a ser eliminado no ato hostilizado, conquanto foi apreciada a
questão essencial ao deslinde do tema tratado, de modo perfeitamente conciliável,
restando consignado no acórdão embargado (Evento n. 107) que a decisão agravada
está em perfeita consonância com o paradigma julgado pela Suprema Corte (RE n.
632.853/CE - Tema 485), no tocante ao controle jurisdicional do ato administrativo que
avalia questões em concurso público, tornando-se inafastável a aplicação do artigo
1.030, inciso I, alínea “a”, Código de Processo Civil.
Na verdade, pretende o embargante o reexame do julgado. Todavia, para
tanto não se prestam os aclaratórios, cuja função não é questionar o acerto ou
desacerto do provimento jurisdicional, mas corrigir omissão, contradição ou
obscuridade porventura existentes, sendo impossível a atribuição, no caso em tela, do
efeito modificativo pretendido.
É que o efeito infringente é atribuído aos Embargos de Declaração em
situações excepcionais, ou seja, somente se sanadas a contradição, a omissão ou a
obscuridade, a alteração do julgado surgir como consequência necessária, bem como
na ocorrência de erro material evidente ou de manifesta nulidade, o que não ocorreu
na espécie.
O Supremo Tribunal Federal não diverge:
“ EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO,
OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA.
EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. EMBARGOS DE
NR.PROCESSO: 0198698.54.2013.8.09.0006
DECLARAÇÃO REJEITADOS. I - Ausência dos pressupostos do art. 1.022, I
e II, do Código de Processo Civil. II – Busca-se tão somente a rediscussão
da matéria, porém os embargos de declaração não constituem meio
processual adequado para a reforma do decisum, não sendo possível
atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais, o que não
ocorre no caso em questão. III – Embargos de declaração rejeitados.” (ARE
863796 AgR-ED, Relator Min. RICARDO LEWANDOWSKI, julgado em
01/07/2016, Dje-169, PUBLIC 12-08-2016).
Ao teor do exposto, conheço dos Embargos de Declaração e os rejeito pelas
razões explanadas.
É o voto.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
WALTER CARLOS
LEMES
Presidente
6
NR.PROCESSO: 0198698.54.2013.8.09.0006
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO INTERNO NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. OMISSÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. HIPÓTESES
LEGAIS. Inexistindo no acórdão embargado a omissão apontada, segundo a dicção
do art. 1.022 do Código de Processo Civil, impõe-se a rejeição dos aclaratórios,
notadamente se manifesta a intenção de revolvimento da questão decidida.
EMBARGOS CONHECIDOS E REJEITADOS.
NR.PROCESSO: 5293259.39.2016.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Gabinete da Presidência
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5293259.39.2016.8.09.0051
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 5293259.39.2016.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Gabinete da Presidência
RELATÓRIO E VOTO
NR.PROCESSO: 5293259.39.2016.8.09.0051
Não merece acolhimento o argumento trazido nos aclaratórios, uma vez que
não há qualquer vício a ser eliminado no ato hostilizado, conquanto, foi apreciada a
questão essencial ao deslinde do tema tratado, de modo perfeitamente conciliável,
restando consignado no acórdão embargado que a decisão agravada (Evento n. 122)
está em perfeita consonância com o paradigma julgado pelaSuprema Corte (RE n.
837.311/PI - Tema 784), no tocante ao direito à nomeação de candidatos fora do
número de vagas previstas no edital de concurso público em caso de surgimento de
novas vagas durante o prazo de validade do certame, tornando-se inafastável a
aplicação do artigo 1.030, inciso I, alínea “a”, Código de Processo Civil.
Na verdade, pretende o embargante o reexame do julgado. Todavia, para
tanto não se prestam os aclaratórios, cuja função não é questionar o acerto ou
desacerto do provimento jurisdicional, mas corrigir omissão, contradição ou
obscuridade porventura existentes, sendo impossível a atribuição, no caso em tela, do
efeito modificativo pretendido.
É que o efeito infringente é atribuído aos Embargos de Declaração em
situações excepcionais, ou seja, somente se sanadas a contradição, a omissão ou a
obscuridade, a alteração do julgado surgir como consequência necessária, bem como
na ocorrência de erro material evidente ou de manifesta nulidade, o que não ocorreu
na espécie.
O Supremo Tribunal Federal não diverge:
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO,
OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA.
EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO REJEITADOS. I - Ausência dos pressupostos do art. 1.022, I
e II, do Código de Processo Civil. II – Busca-se tão somente a rediscussão
da matéria, porém os embargos de declaração não constituem meio
processual adequado para a reforma do decisum, não sendo possível
atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais, o que não
ocorre no caso em questão. III – Embargos de declaração rejeitados.” (ARE
863796 AgR-ED, Relator Min. RICARDO LEWANDOWSKI, julgado em
01/07/2016, Dje-169, PUBLIC 12-08-2016).
Ao teor do exposto, conheço dos Embargos de Declaração e os rejeito,
pelas razões explanadas.
É o voto.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 5293259.39.2016.8.09.0051
NR.PROCESSO: 5293259.39.2016.8.09.0051
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO INTERNO NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. OMISSÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. HIPÓTESES
LEGAIS. Inexistindo no acórdão embargado a omissão apontada, segundo a dicção
do art. 1.022 do Código de Processo Civil, impõe-se a rejeição dos aclaratórios,
notadamente se manifesta a intenção de revolvimento da questão decidida.
EMBARGOS CONHECIDOS E REJEITADOS.
NR.PROCESSO: 5493372.94.2018.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5493372.94.2018.8.09.0000
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 5493372.94.2018.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
RELATÓRIO E VOTO
NR.PROCESSO: 5493372.94.2018.8.09.0000
manifestação desta Corte sobre questão que entende não ter sido apreciada quando
do julgamento do Agravo Interno, atribuindo-lhes efeitos infringentes.
Pois bem, não merece acolhimento os argumentos trazidos nos aclaratórios,
uma vez que inexiste vício a ser sanado no ato hostilizado, conquanto, foi apreciada a
questão essencial ao deslinde do tema tratado, de modo perfeitamente conciliável,
restando consignado no acórdão embargado que:
“Quanto ao Tema 339, o Colendo Supremo Tribunal Federal manifestou-se
definitivamente a respeito do artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal, no
sentido de ser exigido que o acórdão ou decisão seja fundamentada, ainda
que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de
cada uma das alegações ou provas, nem que sejam corretos os respectivos
fundamentos. Confira-se: “QUESTÃO DE ORDEM. AGRAVO DE
INSTRUMENTO. CONVERSÃO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO (CPC,
ART. 544, §§ 3° E 4°). 2. Alegação de ofensa aos incisos XXXV e LX do art.
5º e ao inciso IX do art. 93 da Constituição Federal. Inocorrência. 3. O art.
93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam
fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame
pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam
corretos os fundamentos da decisão. 4. Questão de ordem acolhida para
reconhecer a repercussão geral, reafirmar a jurisprudência do Tribunal,
negar provimento ao recurso e autorizar a adoção dos procedimentos
relacionados à repercussão geral.” (STF, Repercussão Geral na Questão de
Ordem no AI 791.292/PE, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 13/08/2010) Nesse
contexto, não há que se falar em ofensa ao artigo 93, inciso IX, da Carta
Magna, eis que a decisão objeto do Recurso Extraordinário contém
elementos suficientes de sua motivação, sendo inviável, pois, o acolhimento
da pretensão da agravante em reformá-la, porquanto proferida no mesmo
sentido da orientação do Supremo Tribunal Federal, tornando-se inafastável
a aplicação do artigo 1.030, inciso I, alínea “a”, do Código de Processo Civil.
No tocante ao Tema 660, de pronto, verifica-se que, muito embora os
agravantes tenham deduzido a inaplicabilidade do tema em voga (ARE-RG
n. 748.371/MT), não apresentam fundamentos convincentes do aventado
equívoco. Ao apreciar a matéria, a Suprema Corte se manifestou pela
inexistência de repercussão geral da questão suscitada, por não se tratar de
matéria constitucional, Vejamos: “Alegação de cerceamento do direito de
defesa. Tema relativo à suposta violação aos princípios do contraditório, da
ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do devido processo legal.
Julgamento da causa dependente de prévia análise da adequada aplicação
das normas infraconstitucionais. Rejeição da repercussão geral.” (STF,
Repercussão Geral no ARE-RG 748.371/MT, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe
01/08/2013)”
Na verdade, pretende o embargante o reexame do julgado. Todavia, para
tanto não se prestam os aclaratórios, cuja função não é questionar o acerto ou
desacerto do provimento jurisdicional, mas corrigir omissão, contradição ou
obscuridade porventura existentes, sendo impossível a atribuição, no caso em tela, do
efeito modificativo pretendido.
É que o efeito infringente é atribuído aos Embargos de Declaração em
situações excepcionais, ou seja, somente se sanadas a contradição, a omissão ou a
obscuridade, a alteração do julgado surgir como consequência necessária, bem como
NR.PROCESSO: 5493372.94.2018.8.09.0000
na ocorrência de erro material evidente ou de manifesta nulidade, o que não ocorreu
na espécie.
O Supremo Tribunal Federal não diverge:
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO,
OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA.
EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO REJEITADOS. I - Ausência dos pressupostos do
art. 1.022, I e II, do Código de Processo Civil. II –
Busca-se tão somente a rediscussão da matéria, porém os
embargos de declaração não constituem meio processual
adequado para a reforma do decisum, não sendo possível
atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações
excepcionais, o que não ocorre no caso em questão. III –
Embargos de declaração rejeitados.” (ARE 863796 AgR-ED,
Relator Min. RICARDO LEWANDOWSKI, julgado em 01/07/2016,
Dje-169, PUBLIC 12-08-2016)
Ao teor do exposto, conheço dos Embargos de Declaração, porém, os
rejeito pelas razões explanadas.
É o voto.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 5493372.94.2018.8.09.0000
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO INTERNO. RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. OMISSÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. HIPÓTESES
LEGAIS. Inexistindo no acórdão embargado as omissões apontadas, segundo a
dicção do art. 1.022 do novo Código de Processo Civil, impõe-se a rejeição dos
aclaratórios, vez que, notadamente se manifesta a intenção de revolvimento das
questões decididas. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS E
REJEITADOS.
NR.PROCESSO: 5287530.20.2018.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5287530.20.2018.8.09.0000
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 5287530.20.2018.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
RELATÓRIO E VOTO
NR.PROCESSO: 5287530.20.2018.8.09.0000
Pretendem os embargantes, sob a alegação de que o decisum impugnado
contém os vícios elencados no inciso I, do artigo 1.022 do Código de Processo Civil,
provocar manifestação desta Corte sobre questão que entende não ter sido apreciada
quando do julgamento do Agravo Interno, atribuindo-lhes efeitos infringentes.
Pois bem, não merece acolhimento os argumentos trazidos nos aclaratórios,
uma vez que inexiste vício a ser sanado no ato hostilizado, conquanto, foi apreciada a
questão essencial ao deslinde do tema tratado, de modo perfeitamente conciliável,
restando consignado no acórdão embargado que:
“Quanto ao Tema 339, o Colendo Supremo Tribunal Federal
manifestou-se definitivamente a respeito do artigo 93,
inciso IX, da Constituição Federal, no sentido de ser
exigido que o acórdão ou decisão seja fundamentada, ainda
que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame
pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem
que sejam corretos os respectivos fundamentos. Confira-
se: “QUESTÃO DE ORDEM. AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONVERSÃO
EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO (CPC, ART. 544, §§ 3° E 4°). 2.
Alegação de ofensa aos incisos XXXV e LX do art. 5º e ao
inciso IX do art. 93 da Constituição Federal.
Inocorrência. 3. O art. 93, IX, da Constituição Federal
exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda
que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame
pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem
que sejam corretos os fundamentos da decisão. 4. Questão
de ordem acolhida para reconhecer a repercussão geral,
reafirmar a jurisprudência do Tribunal, negar provimento
ao recurso e autorizar a adoção dos procedimentos
relacionados à repercussão geral.” (STF, Repercussão
Geral na Questão de Ordem no AI 791.292/PE, Rel. Min.
Gilmar Mendes, DJe 13/08/2010) Nesse contexto, não há que
se falar em ofensa ao artigo 93, inciso IX, da Carta
Magna, eis que a decisão objeto do Recurso Extraordinário
contém elementos suficientes de sua motivação, sendo
inviável, pois, o acolhimento da pretensão da agravante
em reformá-la, porquanto proferida no mesmo sentido da
orientação do Supremo Tribunal Federal, tornando-se
inafastável a aplicação do artigo 1.030, inciso I, alínea
“a”, do Código de Processo Civil. No tocante ao Tema 660,
de pronto, verifica-se que, muito embora os agravantes
tenham deduzido a inaplicabilidade do tema em voga (ARE-
RG n. 748.371/MT), não apresentam fundamentos
convincentes do aventado equívoco. Ao apreciar a matéria,
a Suprema Corte se manifestou pela inexistência de
repercussão geral da questão suscitada, por não se tratar
de matéria constitucional, Vejamos: “Alegação de
cerceamento do direito de defesa. Tema relativo à suposta
violação aos princípios do contraditório, da ampla
defesa, dos limites da coisa julgada e do devido processo
legal. Julgamento da causa dependente de prévia análise
da adequada aplicação das normas infraconstitucionais.
NR.PROCESSO: 5287530.20.2018.8.09.0000
Rejeição da repercussão geral.” (STF, Repercussão Geral
no ARE-RG 748.371/MT, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe
01/08/2013)”
Na verdade, pretendem os embargantes o reexame do julgado. Todavia, para
tanto não se prestam os aclaratórios, cuja função não é questionar o acerto ou
desacerto do provimento jurisdicional, mas corrigir omissão, contradição ou
obscuridade porventura existentes, sendo impossível a atribuição, no caso em tela, do
efeito modificativo pretendido.
É que o efeito infringente é atribuído aos Embargos de Declaração em
situações excepcionais, ou seja, somente se sanadas a contradição, a omissão ou a
obscuridade, a alteração do julgado surgir como consequência necessária, bem como
na ocorrência de erro material evidente ou de manifesta nulidade, o que não ocorreu
na espécie.
O Supremo Tribunal Federal não diverge:
“ EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO,
OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA.
EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO REJEITADOS. I - Ausência dos pressupostos do
art. 1.022, I e II, do Código de Processo Civil. II –
Busca-se tão somente a rediscussão da matéria, porém os
embargos de declaração não constituem meio processual
adequado para a reforma do decisum, não sendo possível
atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações
excepcionais, o que não ocorre no caso em questão. III –
Embargos de declaração rejeitados.” (ARE 863796 AgR-ED,
Relator Min. RICARDO LEWANDOWSKI, julgado em 01/07/2016,
Dje-169, PUBLIC 12-08-2016)
Ao teor do exposto, conheço dos Embargos de Declaração, porém os
rejeito pelas razões explanadas.
É o voto.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 5287530.20.2018.8.09.0000
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO INTERNO. RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. OMISSÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. HIPÓTESES
LEGAIS. Inexistindo no acórdão embargado as omissões apontadas, segundo a
dicção do art. 1.022 do novo Código de Processo Civil, impõe-se a rejeição dos
aclaratórios, vez que, notadamente se manifesta a intenção de revolvimento das
questões decididas. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS E
REJEITADOS.
NR.PROCESSO: 5091435.51.2017.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5091435.51.2017.8.09.0000
Agravo Interno, nos termos do voto do Presidente-Relator.
Presidiu a sessão o Desembargador Walter Carlos Lemes.
Presente a Drª. Ana Cristina Ribeiro Peternella França, Procuradora de
Justiça.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 5091435.51.2017.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
RELATÓRIO E VOTO
NR.PROCESSO: 5091435.51.2017.8.09.0000
sobretudo nos termos do artigo 1.030, § 2º, do Código de Processo Civil.
A decisão ora agravada negou seguimento ao Recurso Especial, com
fundamento no artigo 1.040, inciso I, do Código de Processo Civil, em face do
julgamento de representativo da controvérsia – REsp n. 1.696.396/MT - Tema 988.
Pois bem.
Analisando detidamente os autos, vislumbro que razão não assiste ao
agravante. Explico.
Verifica-se que a matéria versada no presente feito amolda-se, efetivamente,
àquela apreciada no recurso paradigma indicado no ato agravado (REsp n.
1.696.396/MT - Tema 988), em que a Corte Superior manifestou-se definitivamente a
respeito. Confira-se:
“RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA.
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. NATUREZA JURÍDICA DO ROL DO ART.
1.015 DO CPC/2015. IMPUGNAÇÃO IMEDIATA DE DECISÕES
INTERLOCUTÓRIAS NÃO PREVISTAS NOS INCISOS DO REFERIDO
DISPOSITIVO LEGAL. POSSIBILIDADE. TAXATIVIDADE MITIGADA.
EXCEPCIONALIDADE DA IMPUGNAÇÃO FORA DAS HIPÓTESES
PREVISTAS EM LEI. REQUISITOS. 1- O propósito do presente recurso
especial, processado e julgado sob o rito dos recursos repetitivos, é definir a
natureza jurídica do rol do art. 1.015 do CPC/15 e verificar a possibilidade de
sua interpretação extensiva, analógica ou exemplificativa, a fim de admitir a
interposição de agravo de instrumento contra decisão interlocutória que
verse sobre hipóteses não expressamente previstas nos incisos do referido
dispositivo legal. 2- Ao restringir a recorribilidade das decisões interlocutórias
proferidas na fase de conhecimento do procedimento comum e dos
procedimentos especiais, exceção feita ao inventário, pretendeu o legislador
salvaguardar apenas as “situações que, realmente, não podem aguardar
rediscussão futura em eventual recurso de apelação”. 3- A enunciação, em
rol pretensamente exaustivo, das hipóteses em que o agravo de instrumento
seria cabível revela-se, na esteira da majoritária doutrina e jurisprudência,
insuficiente e em desconformidade com as normas fundamentais do
processo civil, na medida em que sobrevivem questões urgentes fora da lista
do art. 1.015 do CPC e que tornam inviável a interpretação de que o referido
rol seria absolutamente taxativo e que deveria ser lido de modo restritivo. 4-
A tese de que o rol do art. 1.015 do CPC seria taxativo, mas admitiria
interpretações extensivas ou analógicas, mostra-se igualmente ineficaz para
a conferir ao referido dispositivo uma interpretação em sintonia com as
normas fundamentais do processo civil, seja porque ainda remanescerão
hipóteses em que não será possível extrair o cabimento do agravo das
situações enunciadas no rol, seja porque o uso da interpretação extensiva ou
da analogia pode desnaturar a essência de institutos jurídicos
ontologicamente distintos. 5- A tese de que o rol do art. 1.015 do CPC seria
meramente exemplificativo, por sua vez, resultaria na repristinação do
regime recursal das interlocutórias que vigorava no CPC/73 e que fora
conscientemente modificado pelo legislador do novo CPC, de modo que
estaria o Poder Judiciário, nessa hipótese, substituindo a atividade e a
vontade expressamente externada pelo Poder Legislativo. 6- Assim, nos
termos do art. 1.036 e seguintes do CPC/2015, fixa-se a seguinte tese
NR.PROCESSO: 5091435.51.2017.8.09.0000
jurídica: O rol do art. 1.015 do CPC é de taxatividade mitigada, por isso
admite a interposição de agravo de instrumento quando verificada a
urgência decorrente da inutilidade do julgamento da questão no
recurso de apelação. 7- Embora não haja risco de as partes que confiaram
na absoluta taxatividade serem surpreendidas pela tese jurídica firmada
neste recurso especial repetitivo, pois somente haverá preclusão quando o
recurso eventualmente interposto pela parte venha a ser admitido pelo
Tribunal, modulam-se os efeitos da presente decisão, a fim de que a
tese jurídica apenas seja aplicável às decisões interlocutórias
proferidas após a publicação do presente acórdão. (...)” (REsp's
1696396/MT e 1704520/MT, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, CORTE
ESPECIAL, julgados em 05/12/2018, DJe 19/12/2018)
O acórdão objeto do Recurso Especial, cuja ementa se vê no Evento n. 81,
decidiu no mesmo direcionamento daquele estabelecido no recurso paradigma acima
transcrito. Vejamos:
"AGRAVO INTERNO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO CIVIL
PÚBLICA POR ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. DECISÃO
INTERLOCUTÓRIA QUE DECLINA DA COMPETÊNCIA DO JUÍZO.
AUSENTE HIPÓTESE LEGAL DE CABIMENTO DO INSTRUMENTAL.
TAXATIVIDADE DO ART. 1.015 DO CPC/2015. FLEXIBILIZAÇÃO PELO
STJ. RECURSO REPETITIVO (REsp 1.696.396/MT) – Tema 988.
MODULAÇÃO DE EFEITOS. I- Em que pese o STJ ter firmado a orientação
jurisprudencial no REsp 1.696.396/MT, representativo de controvérsia, no
sentido de que o rol do artigo 1015 do CPC/2015 é de taxatividade mitigada,
admitindo a interposição de agravo de instrumento quando verificada a
urgência decorrente da inutilidade do julgamento da questão no recurso de
apelação, houve a modulação dos efeitos da decisão, para que a tese
jurídica apenas seja aplicável às decisões interlocutórias proferidas após a
publicação do referido acórdão (19/12/2018). II- Num novo juízo de
admissibilidade, nos termos do art. 1.040 do CPC/2015, por não se aplicar à
decisão interlocutória, anterior à publicação do acórdão paradigma, a tese
consolidada pelo STJ ao Tema 988, impõe-se a manutenção do acórdão
impugnado. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO."
Com efeito, a Corte Especial do STJ, no julgamento do referido paradigma,
firmou a tese de que "o rol do art. 1.015 do CPC é de taxatividade mitigada, por isso
admite a interposição de agravo de instrumento quando verificada a urgência
decorrente da inutilidade do julgamento da questão no recurso de apelação" e
estabeleceu, ao modular os efeitos, que essa tese somente se aplicará às decisões
interlocutórias proferidas após a publicação do acórdão que a fixou, ou seja,
19/12/2018.
No caso, a decisão interlocutória foi proferida em 27 de janeiro de 2016
(Evento n. 16 – feito originário), portanto, antes da publicação do acórdão repetitivo, o
que afasta a incidência no caso concreto do entendimento firmado naquele julgado.
Dessa maneira, correta a conclusão do acórdão recorrido sobre o cabimento do
Agravo de Instrumento apenas nas hipóteses expressamente previstas no artigo 1.015
do CPC/2015.
Nesse contexto, inviável a pretensão do agravante de reformar a decisão
agravada, visto que está em perfeita consonância com o paradigma julgado pela Corte
NR.PROCESSO: 5091435.51.2017.8.09.0000
Superior, tornando-se inafastável a aplicação do artigo 1.040, inciso I, do Código de
Processo Civil.
Ao teor do exposto, nego provimento ao presente Agravo Interno.
É o voto.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 5091435.51.2017.8.09.0000
EMENTA: AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. DECISÃO
DENEGATÓRIA DE RECURSO ESPECIAL FUNDAMENTADA EM
RECURSO REPETITIVO. APLICAÇÃO DO ARTIGO 1.040, INCISO I,
DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. Uma vez que a matéria versada
no presente feito amolda-se àquela apreciada pelo Superior Tribunal
de Justiça no julgamento do representativo da controvérsia (REsp n.
1.696.396/MT - Tema 988) e tendo o acórdão objeto do Recurso
Especial julgado no mesmo direcionamento do acórdão paradigma,
nega-se provimento ao Agravo Interno. AGRAVO INTERNO
CONHECIDO E DESPROVIDO.
NR.PROCESSO: 5159602.64.2017.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5159602.64.2017.8.09.0051
Presidiu a sessão o Desembargador Walter Carlos Lemes.
Presente a Drª. Ana Cristina Ribeiro Peternella França, Procuradora de
Justiça.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 5159602.64.2017.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
RELATÓRIO E VOTO
NR.PROCESSO: 5159602.64.2017.8.09.0051
Sem preparo, parte beneficiária da gratuidade da justiça.
Contrarrazões não apresentadas, conforme certificado no Evento n. 73.
É, em síntese, o relatório.
Passo ao voto.
Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso.
Como visto, o agravante insurge-se contra a decisão que negou seguimento
ao Recurso Extraordinário em face do julgamento do recurso representativo da
controvérsia pelo Supremo Tribunal Federal – RE n. 632.853/CE - Tema 485.
Pois bem, Verifica-se que a matéria versada no presente feito amolda-se,
efetivamente, àquela apreciada no recurso paradigma indicado no ato agravado (RE n.
632.853/CE - Tema 485), em que a Suprema Corte manifestou-se definitivamente a
respeito. Confira-se:
“ RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM REPERCUSSÃO GERAL. 2.
CONCURSO PÚBLICO. CORREÇÃO DE PROVA. Não compete ao Poder
Judiciário, no controle de legalidade, substituir banca examinadora para
avaliar respostas dadas pelos candidatos e notas a elas atribuídas.
Precedentes. 3. Excepcionalmente, é permitido ao Judiciário juízo de
compatibilidade do conteúdo das questões do concurso com o previsto no
edital do certame. Precedentes. 4. RECURSO EXTRAORDINÁRIO
PROVIDO.”(STF, RE nº 632.853/CE, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 126,
Publicado em 29/06/2015)
Com efeito, o acórdão que ensejou a interposição do Recurso Extraordinário,
cuja ementa se vê no Evento n. 36, decidiu no mesmo direcionamento daquele
estabelecido no decisum acima trasladado:
“ APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ANULATÓRIA DE ATO ADMINISTRATIVO.
CONCURSO PÚBLICO. SOLDADO DE 3ª CLASSE DA POLÍCIA MILITAR.
ANULAÇÃO DE QUESTÃO OBJETIVA E CÔMPUTO DE PONTOS PARA
PROSSEGUIMENTO NO CERTAME. IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE
VIOLAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE E DA VINCULAÇÃO AO
EDITAL. SENTENÇA MANTIDA. 1. Em matéria de concurso público, é
vedado ao Poder Judiciário substituir a Banca Examinadora, para rever os
critérios de formulação das questões, de correção de prova e de atribuição
de nota, limitando-se ao exame da observância aos princípios da legalidade
e da vinculação ao edital. 2. Conforme jurisprudência pacificada do Supremo
Tribunal Federal, para afastar a autoridade da banca examinadora e
autorizar a intervenção judicial, faz-se necessária a presença de questões
teratológicas, ou situações incompatíveis com as normas editalícias,
hipóteses não verificadas, nos autos, sendo a manutenção da sentença
medida imperativa. 3. Não existindo, portanto, qualquer ilegalidade, nas
questões objetivas, apontadas pelo Autor/Apelante, e diante da observância
das matérias questionadas, pelo edital do certame, mostra-se incabível a
pretensão anulatória, pleiteada na inicial. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E
DESPROVIDA.”
Nesse contexto, inviável o acolhimento da pretensão do agravante em
NR.PROCESSO: 5159602.64.2017.8.09.0051
reformar a decisão agravada, pois o Recurso Extraordinário tratou de questão
constitucional decidida no mesmo sentido da orientação do Supremo Tribunal Federal,
tornando-se inafastável a aplicação do artigo 1.030, inciso I, alínea “a”, do Código de
Processo Civil.
Ao teor do exposto, nego provimento ao Agravo Interno.
É o voto
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 5159602.64.2017.8.09.0051
EMENTA: AGRAVO INTERNO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. APLICAÇÃO DO
ARTIGO 1.030, INCISO I, ALÍNEA “A”, DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.
Uma vez que a matéria versada no feito amolda-se àquela apreciada pelo Supremo
Tribunal Federal no representativo da controvérsia indicado no ato agravado (RE n.
632.853/CE - Tema 485), e tendo o acórdão objeto do Recurso Extraordinário julgado
no mesmo direcionamento do acórdão paradigma, nega-se provimento ao Agravo
Interno, atendendo-se ao artigo 1.030, inciso I, alínea “a”, do Código de Processo Civil.
AGRAVO INTERNO CONHECIDO E DESPROVIDO.
NR.PROCESSO: 0372363.94.2014.8.09.0065
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 0372363.94.2014.8.09.0065
Presidiu a sessão o Desembargador Walter Carlos Lemes.
Presente a Drª. Ana Cristina Ribeiro Peternella França, Procuradora de
Justiça.
Goiânia, 10 de fevereiro 2020.
NR.PROCESSO: 0372363.94.2014.8.09.0065
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
RELATÓRIO E VOTO
Trata-se de Agravo Interno interposto por Banco do Brasil S/A (Evento n. 74),
contra decisão constante do Evento n. 71, desta Presidência que, em exercício do
juízo de admissibilidade, deixou de admitir o Recurso Especial, por óbice sumular.
Em suas razões, o agravante aduz acerca da viabilidade dos argumentos
lançados no Recurso Especial, bem como acerca da inaplicabilidade da Súmula 282
do Supremo Tribunal Federal ao caso dos autos, requerendo o provimento do presente
Agravo Interno para reformar a decisão hostilizada.
Recurso preparado (Evento n. 74).
Contrarrazões não apresentadas, conforme certificado no Evento n. 83.
É o relatório. Passo ao voto.
Analisando os pressupostos de admissibilidade do recurso, verifico a
existência de óbice intransponível ao seu conhecimento.
Emerge, in casu, a dicção do artigo 1.042 do Código de Processo Civil, ao
estabelecer que, ante a inadmissão de Recurso Especial ou Extraordinário, é cabível o
Agravo para o Superior Tribunal de Justiça ou Supremo Tribunal Federal, conforme o
caso, salvo quando a decisão se pautar em entendimento firmado em regime de
repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos, o que não é a hipótese
dos autos, pois o Recurso Especial foi inadmitido pela aplicação de entendimento
sumular de Corte Superior.
NR.PROCESSO: 0372363.94.2014.8.09.0065
Sobre o tema, eis a jurisprudência pacificada:
“PROCESSUAL CIVIL. DECISÃO QUE INADMITE RECURSO ESPECIAL.
INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO INTERNO. RECURSO MANIFESTAMENTE
INCABÍVEL. ERRO GROSSEIRO. DEFICIÊNCIA DA FUNDAMENTAÇÃO.
RAZÕES RECURSAIS DISSOCIADAS. SÚMULA 284/STF. 1. É assente no
STJ que a interposição de Agravo Interno (art. 1.021, CPC/2015), em vez de
Agravo em Recurso Especial (art. 1.042 do CPC/2015) contra decisão que
não admite o Recurso Especial na origem, configura erro grosseiro que
inviabiliza a aplicação do princípio da fungibilidade recursal. 2. O Tribunal de
origem firmou a compreensão de que ‘o agravo interno, interposto com apoio
no art. 1021 do NCPC, mostra-se inadequado pelas regras atuais, já que há
previsão específica de agravo dirigido às Cortes Superiores, contra a
decisão que inadmite recurso excepcional (art. 1.042, do NCPC). Por
conseguinte, o ato processual carrega a pecha denominada pelos Tribunais
Superiores de erro grosseiro, porquanto impede a aplicação do princípio da
fungibilidade recursal’. (...) (REsp 1740831/PR, Relator Ministro Herman
Benjamin, Segunda Turma, julgado em 12/06/2018, DJe 26/11/2018)
“ PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. NÃO FORNECIMENTO DE
DIPLOMA DE CURSO SUPERIOR. ALEGAÇÃO DE OCORRÊNCIA DE
DANOS. INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO PARA IMPUGNAR
DECISÃO QUE NEGA SEGUIMENTO AO RECURSO ESPECIAL. RECURSO
INCABÍVEL. I- Para atacar a decisão que inadmite o apelo especial, o recurso cabível
é o agravo previsto no art. 1.042 do Código de Processo Civil de 2015. Ressalte-se
que a interposição equivocada de recurso quando há expressa disposição legal e
ausente dúvida objetiva, constitui manifesto erro grosseiro. Dessa forma, inaplicável o
princípio da fungibilidade II - Agravo interno improvido." (STJ, Relator Ministro
Francisco Falcão, AgInt no AREsp 1004764/AP, Segunda Turma, DJ de 13/06/2017)
NR.PROCESSO: 0372363.94.2014.8.09.0065
EMENTA: AGRAVO INTERNO. DECISÃO QUE INADMITE RECURSO ESPECIAL.
ÓBICE SUMULAR. NÃO CABIMENTO. Em caso de inadmissão de Recurso Especial
ou Extraordinário, é cabível o Agravo para o Superior Tribunal de Justiça ou Supremo
Tribunal Federal, conforme o caso, salvo quando a decisão se pautar na aplicação de
entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos
repetitivos (artigo 1.042 do Código de Processo Civil), o que não é a hipótese dos
autos. AGRAVO INTERNO NÃO CONHECIDO.
NR.PROCESSO: 0407095.12.2015.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 0407095.12.2015.8.09.0051
Justiça.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
RELATÓRIO E VOTO
NR.PROCESSO: 0407095.12.2015.8.09.0051
conhecimento que atualmente o cargo para o qual concorreu conta com o déficit de
cinco (05) servidores. Sustenta que, por esse motivo, “passou a figurar dentro do
número de vagas disponíveis”.
Ressalta que: “Em que pese o Anexo I do Edital do certame tenha
estabelecido que seriam providas 05 (cinco) vagas para o cargo de ESPECIALISTA
EM SAÚDE-EDUCAÇÃO FÍSICA, vale destacar que o certame em questão fora
acometido de inúmeras irregularidades, que gera direito à nomeação e posse da
Agravante.”
Por derradeiro, requer o provimento do presente agravo, para o fim de conferir
regular processamento ao Recurso Extraordinário.
A agravante, isenta do preparo, eis que beneficiária da gratuidade da justiça
(Evento n. 50).
Contrarrazões (Evento n. 120).
É o relatório. Passo ao voto.
Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do Agravo Interno,
sobretudo nos termos do artigo 1.030, § 2º, do Código de Processo Civil.
A agravante insurge-se contra a decisão que negou seguimento ao Recurso
Extraordinário, em face do julgamento de representativo da controvérsia - RE n.
837.311/PI - Tema 784.
Pois bem, analisando detidamente os autos, vislumbro que razão não assiste
à agravante. Explico.
Verifica-se que a matéria versada no presente feito amolda-se, efetivamente,
àquela apreciada no recurso paradigma indicado no ato agravado (RE n. 837.311/PI -
Tema 784), em que a Suprema Corte manifestou-se definitivamente a respeito.
Confira-se:
“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO.
REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA. TEMA 784 DO PLENÁRIO
VIRTUAL. CONTROVÉRSIA SOBRE O DIREITO SUBJETIVO À
NOMEAÇÃO DE CANDIDATOS APROVADOS ALÉM DO NÚMERO DE
VAGAS PREVISTAS NO EDITAL DE CONCURSO PÚBLICO NO CASO DE
SURGIMENTO DE NOVAS VAGAS DURANTE O PRAZO DE VALIDADE
DO CERTAME. MERA EXPECTATIVA DE DIREITO À NOMEAÇÃO.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS. IN CASU, A
ABERTURA DE NOVO CONCURSO PÚBLICO FOI ACOMPANHADA DA
DEMONSTRAÇÃO INEQUÍVOCA DA NECESSIDADE PREMENTE E
INADIÁVEL DE PROVIMENTO DOS CARGOS. INTERPRETAÇÃO DO
ART. 37, IV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DE 1988. ARBÍTRIO.
PRETERIÇÃO. CONVOLAÇÃO EXCEPCIONAL DA MERA EXPECTATIVA
EM DIREITO SUBJETIVO À NOMEAÇÃO. PRINCÍPIOS DA EFICIÊNCIA,
BOA-FÉ, MORALIDADE, IMPESSOALIDADE E DA PROTEÇÃO DA
CONFIANÇA. FORÇA NORMATIVA DO CONCURSO PÚBLICO.
INTERESSE DA SOCIEDADE. RESPEITO À ORDEM DE APROVAÇÃO.
ACÓRDÃO RECORRIDO EM SINTONIA COM A TESE ORA DELIMITADA.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. O
NR.PROCESSO: 0407095.12.2015.8.09.0051
postulado do concurso público traduz-se na necessidade essencial de o
Estado conferir efetividade a diversos princípios constitucionais, corolários
do merit system, dentre eles o de que todos são iguais perante a lei, sem
distinção de qualquer natureza (CRFB/88, art. 5º, caput). 2. O edital do
concurso com número específico de vagas, uma vez publicado, faz exsurgir
um dever de nomeação para a própria Administração e um direito à
nomeação titularizado pelo candidato aprovado dentro desse número de
vagas. Precedente do Plenário: RE 598.099 - RG, Relator Min. Gilmar
Mendes, Tribunal Pleno, DJe 03-10-2011. 3. O Estado Democrático de
Direito republicano impõe à Administração Pública que exerça sua
discricionariedade entrincheirada não, apenas, pela sua avaliação unilateral
a respeito da conveniência e oportunidade de um ato, mas, sobretudo, pelos
direitos fundamentais e demais normas constitucionais em um ambiente de
perene diálogo com a sociedade. 4. O Poder Judiciário não deve atuar como
‘Administrador Positivo’, de modo a aniquilar o espaço decisório de
titularidade do administrador para decidir sobre o que é melhor para a
Administração: se a convocação dos últimos colocados de concurso público
na validade ou a dos primeiros aprovados em um novo concurso. Essa
escolha é legítima e, ressalvadas as hipóteses de abuso, não encontra
obstáculo em qualquer preceito constitucional.5. Consectariamente, é cediço
que a Administração Pública possui discricionariedade para, observadas as
normas constitucionais, prover as vagas da maneira que melhor convier para
o interesse da coletividade, como verbi gratia, ocorre quando, em função de
razões orçamentárias, os cargos vagos só possam ser providos em um
futuro distante, ou, até mesmo, que sejam extintos, na hipótese de restar
caracterizado que não mais serão necessários. 6. A publicação de novo
edital de concurso público ou o surgimento de novas vagas durante a
validade de outro anteriormente realizado não caracteriza, por si só, a
necessidade de provimento imediato dos cargos. É que, a despeito da
vacância dos cargos e da publicação do novo edital durante a validade do
concurso, podem surgir circunstâncias e legítimas razões de interesse
público que justifiquem a inocorrência da nomeação no curto prazo, de modo
a obstaculizar eventual pretensão de reconhecimento do direito subjetivo à
nomeação dos aprovados em colocação além do número de vagas. Nesse
contexto, a Administração Pública detém a prerrogativa de realizar a escolha
entre a prorrogação de um concurso público que esteja na validade ou a
realização de novo certame. 7. A tese objetiva assentada em sede desta
repercussão geral é a de que o surgimento de novas vagas ou a abertura de
novo concurso para o mesmo cargo, durante o prazo de validade do certame
anterior, não gera automaticamente o direito à nomeação dos candidatos
aprovados fora das vagas previstas no edital, ressalvadas as hipóteses de
preterição arbitrária e imotivada por parte da administração, caracterizadas
por comportamento tácito ou expresso do Poder Público capaz de revelar a
inequívoca necessidade de nomeação do aprovado durante o período de
validade do certame, a ser demonstrada de forma cabal pelo candidato.
Assim, a discricionariedade da Administração quanto à convocação de
aprovados em concurso público fica reduzida ao patamar zero
(Ermessensreduzierung auf Null), fazendo exsurgir o direito subjetivo à
nomeação, verbi gratia, nas seguintes hipóteses excepcionais: I) Quando a
aprovação ocorrer dentro do número de vagas dentro do edital (RE 598.099);
II) Quando houver preterição na nomeação por não observância da ordem
de classificação (Súmula 15 do STF); III) Quando surgirem novas vagas, ou
NR.PROCESSO: 0407095.12.2015.8.09.0051
for aberto novo concurso durante a validade do certame anterior, e ocorrer a
preterição de candidatos aprovados fora das vagas de forma arbitrária e
imotivada por parte da administração nos termos acima. 8. In casu,
reconhece-se, excepcionalmente, o direito subjetivo à nomeação aos
candidatos devidamente aprovados no concurso público, pois houve, dentro
da validade do processo seletivo e, também, logo após expirado o referido
prazo, manifestações inequívocas da Administração piauiense acerca da
existência de vagas e, sobretudo, da necessidade de chamamento de novos
Defensores Públicos para o Estado. 9. Recurso Extraordinário a que se nega
provimento.” (STF, RE nº 837311/PI, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 072, Publicado
em 18/04/2016).
O acórdão objeto do Recurso Extraordinário, cuja ementa se vê no Evento n.
76, decidiu no mesmo direcionamento daquele estabelecido no recurso paradigma
acima transcrito. Veja-se:
“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE DIREITO À NOMEAÇÃO
E POSSE. CONCURSO PÚBLICO. APROVAÇÃO EM CADASTRO DE
RESERVA. MERA EXPECTATIVA DE DIREITO. DISCRICIONARIEDADE
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE
IRREGULARIDADES. 1 – Uma vez que a recorrente figura em cadastro de
reserva, há para ela mera expectativa de direito à nomeação, o que significa
que a Administração, dentro de seu poder discricionário e atendendo aos
seus interesses, poderá nomear livremente os candidatos nessa situação, de
acordo com os critérios de conveniência e oportunidade. 2 – Segundo
julgado do STF, no RE n. 837.311/PI, o candidato aprovado em concurso
público tem direito subjetivo à nomeação, dentre outras hipóteses, quando
haja a preterição arbitrária ou imotivada da nomeação, o que não restou
comprovado nos autos. 3 – O mero surgimento de novas vagas, a abertura
de novo concurso para o mesmo cargo ou mesmo a contratação de
servidores temporários para o exercício de funções equivalentes, durante o
prazo de validade do certame anterior, não gera automaticamente o direito à
nomeação dos candidatos aprovados fora das vagas previstas no edital,
devendo ficar demonstrada a preterição arbitrária e imotivada, o que não
ocorreu na espécie. APELAÇÃO CONHECIDA E DESPROVIDA.”
Pelo que se observa do acórdão acima, bem como de todo contexto dos
autos, a recorrente durante todo o processo, não logrou êxito em comprovar a alegada
preterição arbitrária e imotiva, ou qualquer das condições estabelecidas pelo Supremo
Tribunal Federal, através do recurso paradigma RE 837311 – Tema 784.
Nesse contexto, inviável a pretensão da agravante de reformar a decisão
agravada, visto que está em perfeita consonância com o paradigma julgado pela
Suprema Corte, no tocante ao direito à nomeação de candidatos fora do número de
vagas previstas no edital de concurso público, tornando-se inafastável a aplicação do
artigo 1.030, inciso I, alínea “a”, Código de Processo Civil.
Ao teor do exposto, nego provimento ao presente Agravo Interno.
É o voto.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 0407095.12.2015.8.09.0051
WALTER CARLOS LEMES
Presidente
23
NR.PROCESSO: 0407095.12.2015.8.09.0051
NR.PROCESSO: 0407095.12.2015.8.09.0051
EMENTA: AGRAVO INTERNO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DECISÃO
DENEGATÓRIA FUNDAMENTADA EM REPERCUSSÃO GERAL. TEMA 784/STF.
APLICAÇÃO DO ARTIGO 1.030, INCISO I, ALÍNEA “A”, DO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL. Uma vez que a matéria versada no presente feito amolda-se
àquela apreciada pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do representativo da
controvérsia (RE n. 837.311/PI - Tema 784) e tendo o acórdão objeto do Recurso
Extraordinário julgado no mesmo direiconamento do acórdão paradigma, nega-se
provimento ao Agravo Interno. AGRAVO INTERNO CONHECIDO E DESPROVIDO.
NR.PROCESSO: 5170794.28.2016.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5170794.28.2016.8.09.0051
Extraordinário na Apelação Cível n. 5170794.28.2016.8.09.0051, da Comarca de
Goiânia.
ACORDA o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, em sessão pelos
integrantes do Órgão Especial, à unanimidade de votos, em conhecer e desprover o
Agravo Interno, nos termos do voto do Presidente-Relator.
Presidiu a sessão o Desembargador Walter Carlos Lemes.
Presente a Drª. Ana Cristina Ribeiro Peternella França, Procuradora de
Justiça.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
RELATÓRIO E VOTO
NR.PROCESSO: 5170794.28.2016.8.09.0051
Federal – RE nº 837.311/PI - Tema 784 (Evento n. 168).
Em suas razões, a agravante sustenta in verbis: “[…] conforme entendimento
do Supremo Tribunal Federal, a mera expectativa de direito convola-se em Direito
Subjetivo à nomeação quando surgirem novas vagas e ocorrem preterição arbitrária e
imotivada pela Administração Pública, DURANTE A VALIDADE DO CERTAME.”
(Evento n. 173, p. 09).
Encerra com o pedido de que seja reformado o ato agravado, dando
seguimento ao Recurso Extraordinário.
Agravante beneficiária da gratuidade da justiça (Evento n. 20).
Contrarrazões (Evento n. 184).
É o relatório. Passo ao voto.
Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso.
Verifica-se que a matéria versada no feito em questão amolda-se,
efetivamente, àquela apreciada no representativo da controvérsia indicado no ato
agravado Tema 784 (RE n. 837.311/PI), qual seja, o direito à nomeação do candidato
aprovado em concurso público fora do número de vagas previstas no edital. Confira-
se:
“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. CONTROVÉRSIA SOBRE O
DIREITO SUBJETIVO À NOMEAÇÃO DE CANDIDATOS APROVADOS FORA DO
NÚMERO DE VAGAS PREVISTAS NO EDITAL DE CONCURSO PÚBLICO NO
CASO DE SURGIMENTO DE NOVAS VAGAS DURANTE O PRAZO DE VALIDADE
DO CERTAME. TEMA 784. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA.” (STF, Pleno,
RE 837.311/PI, Rel. Min. Luiz Fux, Repercussão Geral – mérito, DJ de 02/12/2014)
NR.PROCESSO: 5170794.28.2016.8.09.0051
vagas não ocupadas por candidatos que desistem, expressa ou tacitamente,
do concurso. No caso, das 09 (nove) vagas destinadas a candidatos que não
apresentaram a documentação necessária a participar do certame, 06 (seis)
foram ocupadas por candidatos melhores classificados em convocações
posteriores. 3. Segundo precedente do STJ, além das hipóteses firmadas
pelo STF no RE n. 837.311/PI, os candidatos aprovados em concurso que
não se classificaram dentro do número de vagas previsto no edital têm mera
expectativa de direito à nomeação, expectativa essa que se converte em
direito subjetivo líquido certo e forem abertas vagas novas no prazo de
validade do certame, bem como se surgir a abertura de lugar preenchível no
quadro, decorrente, por exemplo, de aposentadorias, exonerações,
demissões, óbitos ou outros eventos. No caso a impetrante/recorrente foi
aprovada fora do cadastro reserva e, mesmo com a desistência dos
candidatos aprovados e convocados, a sua posição não foi alcançada. 4. A
paralela contratação de servidores temporários, terceirizados ou estagiários,
só por si, não caracteriza preterição na convocação e nomeação do autor ou
autoriza a conclusão de que tenham automaticamente surgido vagas
correlatas no quadro efetivo, a ensejar o chamamento de candidatos
aprovados em cadastro de reserva ou fora do número de vagas previstas no
edital condutor do certame. 5. In casu, a recorrente não se desincumbiu do
ônus de demonstrar o fato constitutivo do seu direito, isto é, que foi preterida
naqueles moldes, razão pela qual a manutenção da sentença de denegação
da segurança se impõe. Sentença mantida. Apelação cível conhecida e
desprovida.”
Ademais, convém ressaltar, houve decisão do Excelentíssimo Sr. Ministro
Dias Toffoli (Evento n. 157) determinando a subsunção dos presentes autos à
sistemática da repercussão conforme decidido no Tema 784 (RE 837.311).
Sendo assim, inviável a pretensão da agravante de reformar o ato agravado
que, consentânea à orientação do Supremo Tribunal Federal, reconheceu o direito
subjetivo à nomeação de candidato aprovado em concurso público fora do número de
vagas previstas no edital, desde que demonstrada a preterição da ordem de
classificação.
Ao teor do exposto, nego provimento ao Agravo Interno.
É o voto.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 5170794.28.2016.8.09.0051
EMENTA: AGRAVO INTERNO. DECISÃO DENEGATÓRIA DE RECURSO
EXTRAORDINÁRIO FUNDAMENTADO EM REPERCUSSÃO GERAL. Uma vez que
a matéria versada no feito amolda-se àquela apreciada pelo Supremo Tribunal Federal
no representativo da controvérsia indicado no ato agravado (RE n. 837.311/PI - TEMA
784), qual seja, “direito à nomeação de candidatos aprovados fora do número de
vagas previstas no edital de concurso público no caso de surgimento de novas vagas
durante o prazo de validade do certame” e tendo o acórdão objeto do Recurso
Extraordinário julgado no mesmo direcionamento do acórdão paradigma, nega-se
provimento ao Agravo Interno, atendendo-se ao art. 1.030, inciso I, alínea “a”, do CPC.
AGRAVO INTERNO CONHECIDO E DESPROVIDO.
NR.PROCESSO: 5086150.55.2016.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Gabinete da Presidência
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5086150.55.2016.8.09.0051
Agravo Interno no Recurso Extraordinário na Apelação Cível n.
5086150.55.2016.8.09.0051, da Comarca de Goiânia.
ACORDA o Tribunal de Justiça do Estado de
Goiás, em sessão pelos integrantes do Órgão Especial, à unanimidade de votos, em
conhecer e desprover o Agravo Interno, nos termos do voto do Presidente-Relator.
Presidiu a sessão o Des. Walter Carlos Lemes.
Presente a Drª. Ana Cristina Ribeiro Peternella,
Procuradora de Justiça.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
Presidente
15
NR.PROCESSO: 5086150.55.2016.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Gabinete da Presidência
RELATÓRIO E VOTO
NR.PROCESSO: 5086150.55.2016.8.09.0051
É, em síntese, o relatório.
Passo ao voto.
Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso.
Como visto, a agravante insurge-se contra a decisão que negou seguimento
ao Recurso Extraordinário em face do julgamento do recurso representativo da
controvérsia pelo Supremo Tribunal Federal – RE nº 837.311/PI - Tema 784.
Pois bem, infere-se dos autos que a matéria em questão amolda-se,
efetivamente, àquela apreciada no representativo da controvérsia indicado no ato
agravado Tema 784 (RE n. 837.311/PI), qual seja, o direito à nomeação do candidato
aprovado em concurso público fora do número de vagas previstas no edital. Confira-
se:
“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. CONTROVÉRSIA
SOBRE O DIREITO SUBJETIVO À NOMEAÇÃO DE CANDIDATOS
APROVADOS FORA DO NÚMERO DE VAGAS PREVISTAS NO EDITAL
DE CONCURSO PÚBLICO NO CASO DE SURGIMENTO DE NOVAS
VAGAS DURANTE O PRAZO DE VALIDADE DO CERTAME. TEMA 784.
REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA.” (STF, Pleno, RE 837.311/PI,
Rel. Min. Luiz Fux, Repercussão Geral – mérito, DJ de 02/12/2014)
Com efeito, o acórdão que ensejou a interposição do Recurso Extraordinário,
cuja ementa se vê no Evento n. 92, decidiu no mesmo direcionamento daquele
estabelecido no decisum acima trasladado:
“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA. CONCURSO PÚBLICO
PARA FORMAÇÃO DE CADASTRO DE RESERVA. MERA EXPECTATIVA
DE DIREITO. CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA. NÃO DEMONSTRAÇÃO DE
SURGIMENTO DE NOVAS VAGAS COM PRETERIÇÃO DA NOMEAÇÃO.
AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE. PREQUESTIONAMENTO.
IMPOSSIBILIDADE. HONORÁRIOS RECURSAIS. 1. A candidata
classificada para compor o cadastro de reserva, conf. edital do concurso
público, não tem direito à nomeação e convocação para o cargo pretendido,
tendo em vista que a situação, em regra, é de mera expectativa de direito,
que poderá se transformar em direito subjetivo em situações excepcionais,
tais como a preterição ilegal resultante da não observância da ordem de
classificação, prática de ato arbitrário e imotivado da Administração Pública,
no caso de surgimento de novas vagas durante o período de validade do
certame. 2. A contratação temporária para atender a necessidade transitória
de excepcional interesse público não indica a preterição dos candidatos
regularmente aprovados em certame, tampouco de demonstrar a existência
de cargos efetivos vagos. 3. Diante da ausência de demonstração da
existência de cargos efetivos vagos, bem como da alegada preterição do
Apelante/A., a manutenção da sentença é medida que se impõe. 4. Inviável
a pretensão de manifestação expressa acerca de determinados dispositivos
citados para fins de prequestionamento, posto que dentre as funções do
Poder Judiciário, não lhe é atribuída a de órgão consultivo. 5. O §11 do art.
85 do CPC dispõe que o Tribunal, ao julgar o recurso, majorará os
honorários fixados pelo Juízo a quo, levando-se em conta o trabalho
realizado em grau recursal, destarte, in casu, arbitrando-se honorários
NR.PROCESSO: 5086150.55.2016.8.09.0051
recursais em R$ 300,00 (trezentos reais), todavia, suspensa a exigibilidade
do pagamento, por ser a Apelante/A. beneficiária da justiça gratuita (art. 98,
§§ 2º e 3º, do CPC). APELAÇÃO CONHECIDA E DESPROVIDA.
SENTENÇA MANTIDA.”
Sendo assim, inviável a pretensão da agravante de reformar a decisão
hostilizada que, consentânea à orientação do Supremo Tribunal Federal, reconheceu o
direito subjetivo à nomeação do candidato aprovado em concurso público fora do
número de vagas previstas no edital, desde que demonstrada a preterição da ordem
de classificação.
Ao teor do exposto, nego provimento ao Agravo Interno.
É o voto
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 5086150.55.2016.8.09.0051
EMENTA: AGRAVO INTERNO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DECISÃO
DENEGATÓRIA FUNDAMENTADA EM REPERCUSSÃO GERAL. Uma vez que a
matéria versada no feito amolda-se àquela apreciada pelo Supremo Tribunal Federal
no representativo da controvérsia indicado no ato agravado (RE n. 837.311/PI - TEMA
784), qual seja, “direito à nomeação de candidatos aprovados fora do número de
vagas previstas no edital de concurso público no caso de surgimento de novas vagas
durante o prazo de validade do certame” e tendo o acórdão objeto do Recurso
Extraordinário julgado no mesmo direcionamento do acórdão paradigma, nega-se
provimento ao Agravo Interno, atendendo-se ao artigo 1.030, inciso I, alínea “a”, do
CPC/2015. AGRAVO INTERNO CONHECIDO E DESPROVIDO.
NR.PROCESSO: 5203567.92.2017.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5203567.92.2017.8.09.0051
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
RELATÓRIO E VOTO
NR.PROCESSO: 5203567.92.2017.8.09.0051
Prossegue defendendo que “não resta dúvida de que a Agravante tem direito
a ser convocada, nomeada, empossada e incluída no quadro de servidores públicos
do Estado de Goiás, comprovando assim, o seu interesse na presente demanda”.
Por derradeiro, requer o provimento da insurgência, para o fim de conferir
regular processamento ao Recurso Extraordinário.
Isento de preparo, agravente beneficiária da assistência judiciária (Evento n.
90).
Sem contrarrazões (Evento n. 94).
É o relatório. Passo ao voto.
Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do Agravo Interno,
sobretudo nos termos do artigo 1.030, § 2º, do Código de Processo Civil.
A agravante insurge-se contra a decisão que negou seguimento ao Recurso
Extraordinário, em face do julgamento de representativo da controvérsia - RE n.
837.311/PI - Tema 784.
Pois bem, analisando detidamente os autos, vislumbro que razão não assiste
à agravante. Explico.
Verifica-se que a matéria versada no presente feito amolda-se, efetivamente,
àquela apreciada no recurso paradigma indicado no ato agravado (RE n. 837.311/PI -
Tema 784), em que a Suprema Corte manifestou-se definitivamente a respeito.
Confira-se:
“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO.
REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA. TEMA 784 DO PLENÁRIO
VIRTUAL. CONTROVÉRSIA SOBRE O DIREITO SUBJETIVO À
NOMEAÇÃO DE CANDIDATOS APROVADOS ALÉM DO NÚMERO DE
VAGAS PREVISTAS NO EDITAL DE CONCURSO PÚBLICO NO CASO DE
SURGIMENTO DE NOVAS VAGAS DURANTE O PRAZO DE VALIDADE
DO CERTAME. MERA EXPECTATIVA DE DIREITO À NOMEAÇÃO.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS. IN CASU, A
ABERTURA DE NOVO CONCURSO PÚBLICO FOI ACOMPANHADA DA
DEMONSTRAÇÃO INEQUÍVOCA DA NECESSIDADE PREMENTE E
INADIÁVEL DE PROVIMENTO DOS CARGOS. INTERPRETAÇÃO DO
ART. 37, IV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DE 1988. ARBÍTRIO.
PRETERIÇÃO. CONVOLAÇÃO EXCEPCIONAL DA MERA EXPECTATIVA
EM DIREITO SUBJETIVO À NOMEAÇÃO. PRINCÍPIOS DA EFICIÊNCIA,
BOA-FÉ, MORALIDADE, IMPESSOALIDADE E DA PROTEÇÃO DA
CONFIANÇA. FORÇA NORMATIVA DO CONCURSO PÚBLICO.
INTERESSE DA SOCIEDADE. RESPEITO À ORDEM DE APROVAÇÃO.
ACÓRDÃO RECORRIDO EM SINTONIA COM A TESE ORA DELIMITADA.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. O
postulado do concurso público traduz-se na necessidade essencial de o
Estado conferir efetividade a diversos princípios constitucionais, corolários
do merit system, dentre eles o de que todos são iguais perante a lei, sem
distinção de qualquer natureza (CRFB/88, art. 5º, caput). 2. O edital do
concurso com número específico de vagas, uma vez publicado, faz exsurgir
NR.PROCESSO: 5203567.92.2017.8.09.0051
um dever de nomeação para a própria Administração e um direito à
nomeação titularizado pelo candidato aprovado dentro desse número de
vagas. Precedente do Plenário: RE 598.099 - RG, Relator Min. Gilmar
Mendes, Tribunal Pleno, DJe 03-10-2011. 3. O Estado Democrático de
Direito republicano impõe à Administração Pública que exerça sua
discricionariedade entrincheirada não, apenas, pela sua avaliação unilateral
a respeito da conveniência e oportunidade de um ato, mas, sobretudo, pelos
direitos fundamentais e demais normas constitucionais em um ambiente de
perene diálogo com a sociedade. 4. O Poder Judiciário não deve atuar como
‘Administrador Positivo’, de modo a aniquilar o espaço decisório de
titularidade do administrador para decidir sobre o que é melhor para a
Administração: se a convocação dos últimos colocados de concurso público
na validade ou a dos primeiros aprovados em um novo concurso. Essa
escolha é legítima e, ressalvadas as hipóteses de abuso, não encontra
obstáculo em qualquer preceito constitucional.5. Consectariamente, é cediço
que a Administração Pública possui discricionariedade para, observadas as
normas constitucionais, prover as vagas da maneira que melhor convier para
o interesse da coletividade, como verbi gratia, ocorre quando, em função de
razões orçamentárias, os cargos vagos só possam ser providos em um
futuro distante, ou, até mesmo, que sejam extintos, na hipótese de restar
caracterizado que não mais serão necessários. 6. A publicação de novo
edital de concurso público ou o surgimento de novas vagas durante a
validade de outro anteriormente realizado não caracteriza, por si só, a
necessidade de provimento imediato dos cargos. É que, a despeito da
vacância dos cargos e da publicação do novo edital durante a validade do
concurso, podem surgir circunstâncias e legítimas razões de interesse
público que justifiquem a inocorrência da nomeação no curto prazo, de modo
a obstaculizar eventual pretensão de reconhecimento do direito subjetivo à
nomeação dos aprovados em colocação além do número de vagas. Nesse
contexto, a Administração Pública detém a prerrogativa de realizar a escolha
entre a prorrogação de um concurso público que esteja na validade ou a
realização de novo certame. 7. A tese objetiva assentada em sede desta
repercussão geral é a de que o surgimento de novas vagas ou a abertura de
novo concurso para o mesmo cargo, durante o prazo de validade do certame
anterior, não gera automaticamente o direito à nomeação dos candidatos
aprovados fora das vagas previstas no edital, ressalvadas as hipóteses de
preterição arbitrária e imotivada por parte da administração, caracterizadas
por comportamento tácito ou expresso do Poder Público capaz de revelar a
inequívoca necessidade de nomeação do aprovado durante o período de
validade do certame, a ser demonstrada de forma cabal pelo candidato.
Assim, a discricionariedade da Administração quanto à convocação de
aprovados em concurso público fica reduzida ao patamar zero
(Ermessensreduzierung auf Null), fazendo exsurgir o direito subjetivo à
nomeação, verbi gratia, nas seguintes hipóteses excepcionais: I) Quando a
aprovação ocorrer dentro do número de vagas dentro do edital (RE 598.099);
II) Quando houver preterição na nomeação por não observância da ordem
de classificação (Súmula 15 do STF); III) Quando surgirem novas vagas, ou
for aberto novo concurso durante a validade do certame anterior, e ocorrer a
preterição de candidatos aprovados fora das vagas de forma arbitrária e
imotivada por parte da administração nos termos acima. 8. In casu,
reconhece-se, excepcionalmente, o direito subjetivo à nomeação aos
candidatos devidamente aprovados no concurso público, pois houve, dentro
NR.PROCESSO: 5203567.92.2017.8.09.0051
da validade do processo seletivo e, também, logo após expirado o referido
prazo, manifestações inequívocas da Administração piauiense acerca da
existência de vagas e, sobretudo, da necessidade de chamamento de novos
Defensores Públicos para o Estado. 9. Recurso Extraordinário a que se nega
provimento.” (STF, RE nº 837311/PI, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 072, Publicado
em 18/04/2016).
O acórdão objeto do Recurso Extraordinário, cuja ementa se vê no Evento n.
45, decidiu no mesmo direcionamento daquele estabelecido no recurso paradigma
acima transcrito. Veja-se:
“AÇÃO DECLARATÓRIA DE DIREITO À NOMEAÇÃO/POSSE EM CARGO
PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS. APROVAÇÃO EM CADASTRO DE
RESERVA. MERA EXPECTATIVA DE DIREITO. CONTRATAÇÕES
TEMPORÁRIAS. NÃO DEMONSTRAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE VAGAS
COMPATÍVEIS COM SUA CLASSIFICAÇÃO. PREQUESTIONAMENTO. 1.
No caso concreto, a mera expectativa de direito só se convolaria em direito
subjetivo se fosse comprovado de forma inequívoca a existência de vagas
ou o exercício das mesmas funções pelos contratados temporários e, ainda
assim, caberia à Administração escolher o momento oportuno dentro do
prazo de validade do certame para realizar a nomeação. 2. Embora o órgão
julgador esteja obrigado a se expressar a respeito de cada argumentação
este não precisa se manifestar de cada artigo ou súmula relacionados à
matéria. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E DESPROVIDA. SENTENÇA
MANTIDA.”
Nesse contexto, inviável a pretensão da agravante de reformar a decisão
agravada, visto que está em perfeita consonância com o paradigma julgado pela
Suprema Corte, no tocante ao direito à nomeação de candidatos fora do número de
vagas previstas no edital de concurso público, tornando-se inafastável a aplicação do
artigo 1.030, inciso I, alínea “a”, Código de Processo Civil.
Ao teor do exposto, nego provimento ao presente Agravo Interno.
É o voto.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 5203567.92.2017.8.09.0051
EMENTA: AGRAVO INTERNO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DECISÃO
DENEGATÓRIA FUNDAMENTADA EM REPERCUSSÃO GERAL. TEMA 784/STF.
APLICAÇÃO DO ARTIGO 1.030, INCISO I, ALÍNEA “A”, DO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL. Uma vez que a matéria versada no presente feito amolda-se
àquela apreciada pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do representativo da
controvérsia (RE n. 837.311/PI - Tema 784) e tendo o acórdão objeto do Recurso
Extraordinário julgado no direcionamento do acórdão paradígma, nega-se provimento
ao Agravo Interno. AGRAVO INTERNO CONHECIDO E DESPROVIDO.
NR.PROCESSO: 5602730.91.2018.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Desembargadora Beatriz Figueiredo Franco
N.º 5602730.91.2018.8.09.0000
COMARCA : ARAGARÇAS
ÓRGÃO ESPECIAL
VOTO
Conheço do incidente porque inédito (parágrafo único 1 , artigo 481, CPC) e indispensável ao
julgamento do recurso no bojo do qual aventado.
A aludida Lei n.º 1.859/2018 de Aragarças, que fixa “oficialmente local de funcionamento da ‘FEIRA
DA LUA’ e dá outras providências”, deflagrada por iniciativa do Legislativo local, ostenta os seguintes
dispositivos:
NR.PROCESSO: 5602730.91.2018.8.09.0000
Art. 2º - Fica estabelecida a Rua Luiz Rodrigues Magalhães (antiga
Rua 03/três) / (entre Av. Ministro João Alberto a Firmino Pereira Maia) no Setor
Araguaia para o funcionamento da feira livre denominada “FEIRA DA LUA”.
Esta proposição foi aprovada pelo Poder Legislativo e enviada ao Chefe do Executivo, dele
recebendo veto integral em razão do vício de iniciativa (movimentação n.º 11, último arquivo). A despeito do
veto do alcaide, o diploma municipal foi promulgado pela Casa de Leis em 27 de junho de 2018.
Infere-se de simples leitura que, por iniciativa parlamentar, o questionado diploma legal fixou o local
de funcionamento da “Feira da Lua”, inovando “na gestão dos bens públicos municipais bem como na estrutura
administrativa do Executivo local para exercer o mister de fiscalizar as atividades objeto da lei”, conforme bem
asseverado pela ilustre Subprocuradora-Geral de Justiça, matérias manifestamente reservadas à iniciativa do
Chefe do Executivo.
Do quadro, observa-se sem esforço haver inconstitucionalidade orgânica na Lei n.º 1.859/2018 do
município de Aragarças por vício de iniciativa (artigo 77, I e V, Constituição do Estado de Goiás), a implicar
infração à independência entre os Poderes (artigo 2º, Constituição do Estado de Goiás). Vejam-se os
preceptivos da Carta Estadual:
… omissis…
NR.PROCESSO: 5602730.91.2018.8.09.0000
I – exercer a direção superior da administração municipal;
… omissis ...
… omissis ...
A mácula de origem contamina todo o processo legislativo e, por si só, invalida o normativo. Neste
sentido ecoa a jurisprudência deste tribunal, espelhada nos seguintes precedentes:
NR.PROCESSO: 5602730.91.2018.8.09.0000
incisos I e V, da Constituição do Estado de Goiás. Ação direta de
inconstitucionalidade julgada procedente.
Desse modo, ante o desrespeito à iniciativa reservada ao Chefe do Poder Executivo municipal em
matéria pertinente à administração do município, conferida pela Constituição do Estado de Goiás ao Prefeito,
com o auxílio de seus secretários (artigo 732), impõe-se reconhecer o vício de forma da lei em voga.
Impende ressaltar, ainda, que ao Legislativo não é dado dispor a respeito do exercício de
prerrogativa do Chefe do Executivo, autorizando-o, a título exemplificativo, a “conceder, admitir, permitir,
disciplinar, regulamentar e fiscalizar a exploração comercial da feira da lua”. Convencionalmente denominadas
proposições autorizativas, normas desse jaez são comumente utilizadas para burlar a iniciativa exclusiva ou
reservada do alcaide.
Em razão do exposto, acolhendo o parecer ministerial, julgo procedente a arguição para declarar
incidentalmente a inconstitucionalidade formal da Lei n.º 1.859 de 27 de junho de 2018 do município de
Aragarças por afronta aos artigos 2º, 73 e 77, incisos I e V, da Constituição do Estado de Goiás.
1Parágrafo único. Os órgãos fracionários dos tribunais não submeterão ao plenário, ou ao órgão especial, a argüição de inconstitucionalidade,
quando já houver pronunciamento destes ou do plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a questão.
2Art. 73. O Poder Executivo do Município é exercido pelo Prefeito, auxiliado pelos Secretários Municipais.
NR.PROCESSO: 5602730.91.2018.8.09.0000
EMENTA: CONTROLE DIFUSO DE CONSTITUCIONALIDADE. LEI
N.º 1.859/2018 DO MUNICÍPIO DE ARAGARÇAS. VÍCIO DE INICIATIVA
(ARTIGOS 73 E 77, I E V, CE) A IMPLICAR EM OFENSA AO PRINCÍPIO DA
SEPARAÇÃO DOS PODERES (ARTIGO 2º, CE). ARGUIÇÃO PROCEDENTE.
ACÓRDÃO
DECISÃO: Decide o Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pelos componentes da Órgão
Especial, por unanimidade de votos, acolher e declarar procedente a arguição nos termos do voto da relatora.
INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Não Concedida a Medida Liminar - Data da
Movimentação 18/02/2020 22:31:10
NR.PROCESSO: 5049866.65.2020.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro
Órgão Especial
DECISÃO MONOCRÁTICA
NR.PROCESSO: 5049866.65.2020.8.09.0000
Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA, com pedido liminar, impetrado por LUCA
LIMA OLIVEIRA contra decisão judicial proferida pelo DESEMBARGADOR NORIVAL
SANTOMÉ, componente da 6ª Câmara Cível desta Corte, consubstanciado no
deferimento do pedido de atribuição de efeito suspensivo ao agravo de instrumento
(protocolo nº 5602450.86.2019.8.09.0000), interposto contra o decisum proferido pelo
Juiz de Direito da Vara de Família e Sucessões da Comarca de Mineiros, Dr. Demétrio
Mendes Ornelas Júnior, nos autos de embargos de terceiro (protocolo nº
5514457.78.2019.8.09.0105) opostos em desfavor do ESPÓLIO de THESSALÔNICO
DE OLIVEIRA e AMBROSINA VILELA DE OLIVEIRA.
Assevera que, nos autos da predita ação, sobreveio decisão liminar, na qual o julgador
singular deferiu o requerimento de tutela provisória de urgência formulado na exordial,
a fim de conceder-lhe a manutenção da posse direta provisória do bem.
Defende que a fumaça do bom direito resta comprovada, uma vez que foi “
liminarmente mantido na posse do imóvel em virtude da existência do contrato de
arrendamento, sendo o legítimo possuidor direto da gleba de terra de nº 4 desde o ano
de 2014”.
NR.PROCESSO: 5049866.65.2020.8.09.0000
poderá sofrer “graves prejuízos de ordem financeira que podem ultrapassar o valor de
R$1.000.000,00 (um milhão de reais)”, porquanto “possui débitos contraídos para
aquisição de maquinários e investimentos na área”, que somente poderá saldar com a
continuidade de suas atividades agrícolas.
Nas linhas seguintes, preconiza que o direito líquido e certo arguido “tem amparo legal
na Lei 4.504/64 e no Decreto nº 59.566/66 (Lei do Contrato de Arrendamento)”, ao
passo em que ressai a ilegalidade do ato judicial impugnado, “ante a omissão e a
consequente falta de apreciação correta dos fatos e provas contida nos autos”.
Instado, o impetrante juntou prova do pagamento das custas iniciais (mov. 6, doc. 2),
bem como petição em que manifestou-se acerca do possível não cabimento da ação
mandamental impetrada (mov. 6, doc. 1).
É o relatório. Decido.
A Lei do Mandado de Segurança (Lei 12.016/2009), prevê, em seu artigo 5º, inciso II,
que “não se concederá mandado de segurança quando se tratar de decisão judicial da
qual caiba recurso com efeito suspensivo”.
De igual sentir, a Súmula nº 267 do STF enuncia que “Não cabe mandado de
segurança contra ato judicial passível de recurso ou correição”.
NR.PROCESSO: 5049866.65.2020.8.09.0000
Nesse contexto, segundo firme entendimento doutrinário e jurisprudencial, a
impetração de mandado de segurança contra decisão judicial é medida que se reveste
de caráter excepcional, sendo admitida tão somente nas hipóteses em que inexista
instrumento recursal próprio e adequado, bem como em caso de evidente ilegalidade
ou teratologia do ato impugnado.
NR.PROCESSO: 5049866.65.2020.8.09.0000
negritou-se).
Acerca da temática, o processualista Fredie Didier Jr. ensina que “Quanto a atos
judiciais, todavia, para conhecimento da impetração, exige-se a presença cumulativa
de três requisitos: i) inexistência de instrumento recursal idôneo; ii) não formação de
coisa julgada; e iii) ocorrência de teratologia na decisão atacada.” (In Ações
Constitucionais. 5ª edição. Juspodivm. Página 125).
NR.PROCESSO: 5049866.65.2020.8.09.0000
“(…).
Infere-se, demais disso, que a decisão impugnada, malgrado tenha sido proferida em
desacordo com os interesses do impetrante, não se mostra teratológica, não
contém ilegalidade e não represente abuso de poder, porquanto encontra-se
devidamente fundamentada segundo a cognição sumária do julgador, própria do
momento processual, à luz das particularidades do caso concreto.
Diante do exposto, nos termos dos artigos 10 da Lei nº 12.016/09 e 249 do RITJGO,
INDEFIRO LIMINARMENTE A PETIÇÃO INICIAL do presente mandamus e, por
consequência, denego a segurança pleiteada.
NR.PROCESSO: 5049866.65.2020.8.09.0000
É como decido.
Intimem-se.
NR.PROCESSO: 0079185.59.2010.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 0079185.59.2010.8.09.0051
ACORDA o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, em sessão
pelos integrantes do Órgão Especial, à unanimidade de votos, em conhecer e
desprover o Agravo Interno, nos termos do voto do Presidente-Relator.
Presidiu a sessão o Desembargador Walter Carlos Lemes.
Presente a Drª. Ana Cristina Ribeiro Peternella França, Procuradora
de Justiça.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 0079185.59.2010.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
RELATÓRIO E VOTO
NR.PROCESSO: 0079185.59.2010.8.09.0051
Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do Agravo Interno,
sobretudo nos termos do artigo 1.030, § 2º, do Código de Processo Civil.
O agravante insurge-se contra a decisão que negou seguimento ao Recurso
Especial, em face do julgamento de representativo da controvérsia - REsp n.
1.361.730/RS - Tema 919.
Pois bem.
Analisando detidamente os autos, vislumbro que razão não assiste ao
agravante. Explico.
Verifica-se que a matéria versada no presente feito amolda-se, efetivamente,
àquela apreciada no recurso paradigma indicado no ato agravado (REsp n.
1.361.730/RS - Tema 919), em que a Corte Superior manifestou-se definitivamente a
respeito. Confira-se:
“RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA (CPC/73,
ART. 543-C). PROCESSUAL CIVIL. CIVIL E BANCÁRIO. CÉDULA DE
CRÉDITO RURAL. AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO. PRESCRIÇÃO.
PRAZO: VINTENÁRIO NO CÓDIGO CIVIL/1916 (ART. 177); TRIENAL NO
CÓDIGO CIVIL/2002 (ART. 206, § 3º, IV). TERMO INICIAL: DATA DO
PAGAMENTO. CASO CONCRETO: RECURSO ESPECIAL NÃO PROVIDO.
1. Para fins do art. 543-C do Código de Processo Civil de 1973:
1.1. - ‘A pretensão de repetição de indébito de contrato de cédula de crédito
rural prescreve no prazo de vinte anos, sob a égide do art. 177 do Código
Civil de 1916, e de três anos, sob o amparo do art. 206, § 3º, IV, do Código
Civil de 2002, observada a norma de transição do art. 2.028 desse último
Diploma Legal’;
1.2. - ‘O termo inicial da prescrição da pretensão de repetição de indébito de
contrato de cédula de crédito rural é a data da efetiva lesão, ou seja, do
pagamento.’
2. Caso concreto: prescrição da pretensão.
3. Recurso especial a que se nega provimento.”
(STJ, REsp n. 1.361.730/RS, Rel. Min. Raul Araújo, DJe 28/10/2016).
O acórdão objeto do Recurso Especial, cuja ementa se vê no Evento n. 56,
decidiu no mesmo direcionamento daquele estabelecido no recurso paradigma acima
transcrito. Vejamos:
“AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO
CÍVEL. AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO C/C EXIBIÇÃO DE
DOCUMENTOS. PRESCRIÇÃO. INOCORRÊNCIA. ANÁLISE DE
ESTORNOS NO MOMENTO OPORTUNO. AUSÊNCIA DE FATOS NOVOS.
1. O objeto da lide consiste em repetição de indébito referente à incidência
do plano Collor em 15 de março de 1990 nas operações de crédito
entabuladas entre as partes, e considerando-se a prescrição vintenária
aplicável ao caso vertente em razão da incidência da regra de transição
NR.PROCESSO: 0079185.59.2010.8.09.0051
contida no art. 2.028 do CC/02 c/c art. 177 do CC/16, a prescrição no caso
em tela dar-se-ia em 15 de março de 2010, contudo o protocolo da presente
ação em 3 de março de 2010 interrompeu o prazo prescricional. 2. No que
concerne à necessidade de consideração dos estornos realizados pelo
agente financeiro referente aos títulos objeto da lide, estes deverão ser
analisados no momento oportuno, qual seja, na fase de liquidação e/ou
cumprimento de sentença. 3. É medida imperativa o desprovimento do
Agravo Interno quando não se fazem presentes, em suas razões, qualquer
novo argumento que justifique a modificação da decisão agravada. AGRAVO
INTERNO CONHECIDO MAS DESPROVIDO.”
Nesse contexto, inviável a pretensão do agravante de reformar a decisão
agravada, visto que está em perfeita consonância com o paradigma julgado pela
Corte Superior, tornando-se inafastável a aplicação do artigo 1.030, inciso I, alínea “b”,
do Código de Processo Civil.
Ao teor do exposto, nego provimento ao presente Agravo Interno.
É o voto.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 0079185.59.2010.8.09.0051
EMENTA: AGRAVO INTERNO. RECURSO ESPECIAL. DECISÃO DENEGATÓRIA
FUNDAMENTADA EM RECURSO REPETITIVO. APLICAÇÃO DO ARTIGO 1.030,
INCISO I, ALÍNEA “B”, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. Uma vez que a matéria
versada no presente feito amolda-se àquela apreciada pelo Superior Tribunal de
Justiça no julgamento do representativo da controvérsia (REsp n. 1.361.730/RS –
Tema 919) e tendo o acórdão objeto do Recurso Especial julgado no mesmo
direcionamento do acórdão paradigma, nega-se provimento ao Agravo Interno.
AGRAVO INTERNO CONHECIDO E DESPROVIDO.
NR.PROCESSO: 0097440.55.2016.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
ACÓRDÃO
VISTOS, relatados e discutidos estes autos de Agravo Interno no Recurso
Extraordinário na Apelação Cível n. 0097440.55.2016.8.09.0051, da Comarca de
Goiânia.
ACORDA o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, em sessão pelos
integrantes do Órgão Especial, à unanimidade de votos, em não conhecer o Agravo
Interno, nos termos do voto do Presidente-Relator.
Presidiu a sessão o Desembargador Walter Carlos Lemes.
Presente a Drª. Ana Cristina Ribeiro Peternella França, Procuradora de
Justiça.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 0097440.55.2016.8.09.0051
WALTER CARLOS LEMES
Presidente
20
NR.PROCESSO: 0097440.55.2016.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
RELATÓRIO E VOTO
NR.PROCESSO: 0097440.55.2016.8.09.0051
Sobre o tema, eis a provecta jurisprudência pacificada:
“PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. NÃO FORNECIMENTO DE
DIPLOMA DE CURSO SUPERIOR. ALEGAÇÃO DE OCORRÊNCIA DE
DANOS. INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO PARA
IMPUGNAR DECISÃO QUE NEGA SEGUIMENTO AO RECURSO ESPECIAL.
RECURSO INCABÍVEL. I - Para atacar a decisão que inadmite
o apelo especial, o recurso cabível é o agravo previsto
no art. 1.042 do Código de Processo Civil de 2015.
Ressalte-se que a interposição equivocada de recurso
quando há expressa disposição legal e ausente dúvida
objetiva, constitui manifesto erro grosseiro. Dessa
forma, inaplicável o princípio da fungibilidade. II -
Agravo interno improvido." (STJ, Rel. Min. Francisco
Falcão, AgInt no AREsp 1004764/AP, Segunda Turma, DJ de
13/06/2017). (Grifei)
“Contra decisão do presidente ou do vice-presidente do
tribunal recorrido que não admite recurso extraordinário
ou recurso especial não cabe agravo interno. O recurso
cabível é apenas o agravo nos próprios autos, a ser
encaminhado ao STF ou ao STJ conforme o caso. Nesse
sentido: STJ-Corte Especial, AI 830.386-EDcl-AgRg-RE-
AgRg, Min. Gomes de Barros, j. 5.3.08, DJU 22.4.08.
Ainda: 'O erro grosseiro afasta a possibilidade de
incidência do princípio da fungibilidade dos recursos e
de, no presente caso, receber o agravo regimental
anterior como agravo de instrumento' (STJ-Corte Especial,
REsp 965.246-AgRg-RE-AgRg-AgRg, Min. César Rocha, j.
1.8.08, DJ 25.8.08).” (Theotônio Negrão, Código de
Processo Civil e Legislação Processual em vigor, Ed.
Saraiva, 44ª ed., 2012, p. 738).
Ao teor do exposto, não conheço do recurso porque manifestamente
incabível.
É o voto.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 0097440.55.2016.8.09.0051
EMENTA: AGRAVO INTERNO. DECISÃO QUE INADMITE RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. NÃO CABIMENTO. Em caso de inadmissão de Recurso
Especial ou Extraordinário, é cabível o Agravo para o Superior Tribunal de Justiça ou
Supremo Tribunal Federal, conforme o caso, salvo quando a decisão se pautar na
aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento
de recursos repetitivos (art. 1.042 do NCPC), o que não é a hipótese dos autos.
AGRAVO INTERNO NÃO CONHECIDO.
NR.PROCESSO: 5062761.23.2020.8.09.0044
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete da Presidência
DESPACHO
NR.PROCESSO: 5062761.23.2020.8.09.0044
WALTER CARLOS LEMES
Presidente
07
NR.PROCESSO: 5416571.06.2019.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Itamar de Lima
Comarca de Goiânia
ÓRGÃO ESPECIAL
NR.PROCESSO: 5416571.06.2019.8.09.0000
INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS NÃO
CONHECIDO.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDAM os integrantes do Órgão Especial, por
unanimidade de votos, em não conhecer o incidente de resolução de demandas repetitivas,
nos termos do voto do relator.
Relator
VOTO DO RELATOR
Pois bem, o incidente de resolução de demandas repetitivas (IRDR) consiste numa moderna
técnica processual cuja finalidade é a proteção do direito objetivo, mediante uma tutela individual
de repercussão coletiva, que se expressa pela uniformização da interpretação sobre um ponto
controvertido de direito que emerge de uma causa recursal ou originária ainda em andamento no
tribunal.
NR.PROCESSO: 5416571.06.2019.8.09.0000
Cuida-se, assim, de incidente processual que pretende obter a interpretação de uma questão
controvertida sobre o direito material ou processual que será aplicável não só à causa em curso
no tribunal, de onde foi suscitada, mas também às múltiplas demandas repetitivas em que esta
mesma questão estiver presente.
O exame de admissibilidade do IRDR, por expressa disposição legal, exige decisão colegiada do
órgão jurisdicional competente, e o preenchimento dos requisitos legais, senão veja-se os artigos
do Código de Processo Civil:
“Art. 981. Após a distribuição, o órgão colegiado competente para julgar o incidente
procederá ao seu juízo de admissibilidade, considerando a presença dos pressupostos do art.
976”.
Como se vê, para o IRDR ser admitido devem ser preenchidos, cumulativamente, os seguintes
requisitos de admissibilidade: a) a efetiva repetição de processos sobre a mesma questão
unicamente de direito; e b) o risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica.
Segundo Marcelo Abelha Rodrigues, o IRDR “é um instituto com natureza jurídica de incidente
processual, que nasce e morre no âmbito dos tribunais e, por isso mesmo – como todo e
qualquer incidente processual –, precisa de uma situação jurídica preexistente, em
curso no tribunal, para que nela possa incidir” (in Manual de Direito Processual Civil. INCIDENTE
DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS Nº 97851-57.2016.8.09.0000 (201690978511) 6ª ed. rev. atual. RJ:
NR.PROCESSO: 5416571.06.2019.8.09.0000
Forense, 2016, p. 1376)
Lado outro, denota-se que o incidente processual não compreende ação autônoma, isto é,
não rende ensejo a um novo processo, uma vez que configura um procedimento menor, paralelo
ao feito principal e dele dependente, consoante a lição de Cândido Rangel Dinamarco:
Nessa ordem de ideias, deve existir, no Tribunal, causa recursal ou originária, cujo julgamento
ainda não se encerrou, para que possa o incidente de resolução de demandas repetitivas (IRDR)
ser admitido no seu âmbito. Tanto é que o Código, após a admissão do IRDR, autoriza o relator a
requisitar informações aos órgãos perante os quais tramita o processo originário do incidente
(art. 982, inc. II do NCPC).
Ora, a exigência em questão se explica na medida em que a norma processual impõe ao órgão
colegiado competente a não só fixar a tese jurídica sobre a questão controvertida, mas também a
julgar o recurso, a remessa necessária ou o processo de competência originária de onde se
originou o incidente, de conformidade com o parágrafo único do art. 978 do NCPC.
NR.PROCESSO: 5416571.06.2019.8.09.0000
“(…) Terceiro requisito, que não está expresso na lei mas resulta necessariamente do
sistema é que já haja pelo menos um processo pendente perante o Tribunal (seja recurso,
seja remessa necessária ou processo de competência originária do próprio Tribunal: FPPC,
enunciado 344). É que, como se verá adiante, uma vez instaurado o órgão a que se tenha
especificadamente atribuído a competência para conhecer do incidente, o qual julgará o caso
concreto como uma verdadeira causa-piloto, devendo o julgamento desse caso ser, além
de decisão do caso efetivamente julgado, um precedente que funcionará como padrão
decisório para outros casos, pendentes ou futuros. Assim, por força da exigência legal de que
o tribunal não se limite a fixar a tese, mas julgue, como causa-piloto, o processo em que
instaurado o incidente, impõe-se que já haja pelo menos um processo pendente perante o
tribunal, sob pena de se promover uma inadequada e ilegítima supressão de instância.” (O
Novo Processo Civil Brasileiro. 1ª ed. São Paulo: Atlas, 2015, p. 479)
Na mesma esteira, a lição de Fredie Didier Júnior e Leonardo José Carneiro da Cunha:
“(…) Ainda é preciso que haja causa pendente no tribunal. O IRDR é instaurado a partir de um
caso que esteja no tribunal, seja um processo originário, seja um recurso (inclusive a remessa
necessária). Somente cabe o IRDR enquanto pendente causa de competência do tribunal. A
causa de competência do tribunal pode ser recursal ou originária. Caberá o IRDR, se estiver
pendente de julgamento no tribunal uma apelação, uma agravo de instrumento, uma ação
rescisória, um mandado de segurança, enfim, uma causa recursal ou originária. Se já
encerrado o julgamento, não cabe mais o IRDR.” (Curso de Direito Processual Civil. v. 3.
13ª ed. Salvador: Jus PODIVM, 2016, p. 628)
A jurisprudência desta Corte e de outros Tribunais de Justiça Pátrios, em casos análogos, não
destoa dessa compreensão, como se depreende dos arestos a seguir colacionados:
NR.PROCESSO: 5416571.06.2019.8.09.0000
por isso, não goza de existência autônoma, para que possa ser validamente instaurado o
IRDR, é imprescindível a existência de recurso, reexame necessário ou ação originária ainda
em curso no Tribunal. Essa exigência se explica na medida em que a norma processual
impele o órgão colegiado competente a não só fixar a tese jurídica sobre a questão
controvertida, mas também a julgar o recurso, a remessa necessária ou o processo de
competência originária de onde se originou o incidente, de conformidade como parágrafo
único do art. 978 do Código de Processo Civil de 2015. 5. Se não há recurso, reexame
necessário ou ação originária pendente de julgamento neste egrégio Tribunal, para no seu
âmbito/bojo viabilizar a instauração do incidente de resolução de demandas repetitivas
(IRDR), impende proceder o juízo negativo de admissibilidade. 6. INCIDENTE DE
RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS NÃO CONHECIDO.” (TJGO, INCIDENTE DE
RESOLUCAO DE DEMANDAS REPETITIVAS 185931-94.2016.8.09.0000, Rel. DES.
ELIZABETH MARIA DA SILVA, CORTE ESPECIAL, julgado em 08/02/2017, DJe 2221 de
03/03/2017)
Ademais, verifica-se que não há e não haverá processo em curso perante este Tribunal, seja
recurso, remessa necessário ou outra causa de competência originária, uma vez que a suscitante
busca a instauração do incidente a partir de causa originárias e sentenças proferidas nos
Juizados Especiais, no entanto, estes não se submetem a competência recursal do Tribunal de
NR.PROCESSO: 5416571.06.2019.8.09.0000
Justiça.
Por fim, como bem observou a representante ministerial de cúpula, “a suscitada controvérsia diz
respeito a questões fáticas, isto é, não se tem conhecimento de quais elementos probatórios
levaram os sujeitos processuais ao conhecimento do julgador nas demandas originárias com o
escopo de materializar a ocorrência ou não do dano moral em casos de falha na prestação do
serviço de telefonia móvel.
É o voto.
Relator
NR.PROCESSO: 5416571.06.2019.8.09.0000
EMENTA: INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS
(IRDR). JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE NEGATIVO. AUSÊNCIA DE
CAUSA RECURSAL OU ORIGINÁRIA PENDENTE DE JULGAMENTO NO
TRIBUNAL. IMPOSSIBILIDADE DE INSTAURAÇÃO.
NR.PROCESSO: 5505675.43.2018.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Itamar de Lima
ÓRGÃO ESPECIAL
NR.PROCESSO: 5505675.43.2018.8.09.0000
ACÓRDÃO
Relator
VOTODORELATOR
NR.PROCESSO: 5505675.43.2018.8.09.0000
Com feito, na dicção do art. 1.022 do Código de Processo Civil de 2015, os embargos
declaratórios destinam-se, especificamente, a corrigir falha do comando judicial que comprometa
seu entendimento, o que pode decorrer de quatro hipóteses: contradição (fundamentos
inconciliáveis entre si, dentro do próprio julgado); omissão (falta de enfrentamento de questão
posta); obscuridade (ausência de clareza); e correção de erro material.
“Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:
II. suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a
requerimento;
“Todavia, considerando que a hipótese não demanda litisconsórcio ativo e sim substituição
processual, tem-se por irrelevante o fato de o SINDIPOSTO não ser filiado à FECOMÉRCIO,
sendo forçoso acolher o aditamento do polo ativo a fim de excluir aquele e admitir esta na lide,
por preencher os requisitos constitucionais e legais, já que se trata de entidade sindical de
segundo grau (art. 60, inc. VII da Constituição do Estado de Goiás) e preenche o requisito da
pertinência temática por encontrar-se dentre seus objetivos a defesa dos interesses dos
comerciantes de serviços, como também da livre iniciativa, da economia de mercado e do
estado democrático, abarcando, sem dúvida, os comerciantes ligados à atividade
desempenhada pelos revendedores de combustível.
NR.PROCESSO: 5505675.43.2018.8.09.0000
Por oportuno, do estatuto social da FECOMÉRCIO denota-se:
V - fixar contribuições dos sindicatos que, na base territorial do Estado de Goiás, participam
de atividades ou categorias econômicas dos vários grupos do Plano da Confederação
Nacional do Comércio;
Assim, diante da ilegitimidade ativa do SINDIPOSTO deve a lide ser extinta em relação a ele,
sem resolução de mérito, nos termos do art. 485, inc. VI, do Código de Processo Civil.
Contudo, deve ser admitida a FECOMÉRCIO em seu lugar por restar claro em seu estatuto,
como “postulado filosófico” a defesa da livre iniciativa, da economia de mercado e do estado
democrático, ou seja, a defesa que ora se invoca faz parte dos princípios da referida entidade,
encontrando-se satisfeito o requisito da pertinência temática diante da sua consonância entre
os fins institucionais e a matéria tratada na lei combatida.” (sublinhei)
NR.PROCESSO: 5505675.43.2018.8.09.0000
Dessarte, sem maiores delongas, conclui-se que o recurso não merece acolhida.
É o voto.
Relator
NR.PROCESSO: 5505675.43.2018.8.09.0000
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AÇÃO DIRETA DE
INCONSTITUCIONALIDADE. QUESTIONAMENTO ACERCA DA
LEGITIMIDADE ATIVA DA FECOMÉRCIO. OMISSÃO. NÃO VERIFICADA.
NR.PROCESSO: 5688118.25.2019.8.09.0000
ÓRGÃO ESPECIAL
HABEAS CORPUS N. 5688118.25.2019.8.09.0000
IMPETRANTES: CARLOS MÁRCIO RISSI MACEDO E OUTRO
PACIENTE: NICOLA COTUGNO
RELATOR: DES. MARCUS DA COSTA FERREIRA
DECISÃO MONOCRÁTICA
CARLOS MÁRCIO RISSI MACEDO e LÚCIO FLÁVIO SIQUEIRA DE PAIVA,
advogados, impetraram ordem de Habeas Corpus preventiva, com pedido de liminar,
em proveito de NICOLA COTUGNO, cuja liminar foi deferida à movimentação 6.
Posteriormente, à movimentação 18, os impetrantes requerem a extinção do Habeas
Corpus, tendo em vista a perda superveniente de seu objeto, uma vez encerrada a
Comissão Parlamentar de Inquérito da ENEL, conforme parte final do relatório final
anexo aos autos.
NR.PROCESSO: 5688118.25.2019.8.09.0000
É o breve escorço. Decido.
Consta dos autos que o órgão apontado como coator encerrou os trabalhos de
investigação ao final do último ano (2019), com a aprovação do relatório final
apresentado.
A jurisprudência do Supremo Tribunal consolidou-se no sentido de que “a extinção da
Comissão Parlamentar de Inquérito prejudica, inexoravelmente, o habeas corpus
impetrado contra seus atos, notadamente por ‘(…) não mais existir legitimidade
passiva do órgão impetrado (…)’ (MS 21.872, Rel. Min. Néri da Silveira, DJ
17.3.2000)” (HC n. 95.277, Plenário, DJe 20.2.2009).
Confiram-se também os seguintes julgados:
HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. COMISSÃO PARLAMENTAR DE
INQUÉRITO. ACESSO A DADOS TELEFÔNICOS DE ADVOGADO
ALEGADAMENTE ENVOLVIDO EM PRÁTICAS OBJETO DE
INVESTIGAÇÃO. LIMINAR DEFERIDA. RELATÓRIO FINAL APROVADO E
COMISSÃO ENCERRADA. ALTERAÇÃO DO QUADRO FÁTICO-JURÍDICO.
PERDA SUPERVENIENTE DE OBJETO. HABEAS CORPUS
PREJUDICADO. (HC 171508, Relatora: Min. CÁRMEN LÚCIA, julgado em
30/10/2019, publicado em PROCESSO ELETRÔNICO DJe-242 DIVULG
05/11/2019 PUBLIC 06/11/2019)
NR.PROCESSO: 5688118.25.2019.8.09.0000
Habeas corpus. - Com o encerramento das atividades da CPI do
Narcotráfico, perdeu este habeas corpus o seu objeto. Habeas corpus
que se julga prejudicado (HC n. 80.158, Relator o Ministro Moreira Alves,
Plenário, DJ 2.3.2001).
NR.PROCESSO: 0299838.51.2013.8.09.0065
tribunal
PODER JUDICIÁRIO
de justiça TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
do estado
Gabinete do Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
de goiás
Rua 10, n.º 150 , Fórum Dr. Heitor Moraes Fleury , 12º Andar , Sala 1229, Setor Oeste , Goiânia-GO, CEP 74120020, Tel: (62) 3216-2964
Processo : 0299838.51.2013.8.09.0065
Nome CPF/CNPJ
Promovente(s)
MUNICIPIO DE GOIAS --
Nome CPF/CNPJ
Promovido(s)
MARCIO RAMOS CAIADO --
Ação Civil de Improbidade Administrativa ( Órgão 1ª Câmara
Tipo de Ação / Recurso
Lei 8.429/92 ) judicante: Cível
Relator Des. ORLOFF NEVES ROCHA
DECISÃO
Trata-se de Remessa Necessária contra a sentença proferida na Ação Civil Pública por Ato
de Improbidade Administrativa c/c Pedido Liminar ajuizada pelo MUNICÍPIO DE GOIÁS, em
desfavor de MÁRCIO RAMOS CAIADO, na qual a Juíza de Direito da Comarca de Goiás,
Alessandra Gontijo do Amaral, julgou improcedente os pedidos iniciais, como se vê no evento nº
15.
Aberta vistas dos autos à douta Procuradoria de Justiça, a Procuradora Eliete Sousa Fonseca
Suavinha, manifestou-se no evento nº 36 pela supensão do presente feito, em razão do tema ter
sido afetado pelo STJ para julgamento sob o rito dos Recursos Repetitivos, tema nº 1042.
Pois bem, analisando o feito para proferir julgamento, constato que, em recente decisão, a
Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) afetou quatro processos para julgamento
sob o rito dos recursos repetitivos (REsp Nº 1.553.124 - SC (TEMA 1.042), nos quais o colegiado
definirá se há ou não a aplicação da figura do reexame necessário nas ações típicas de
improbidade administrativa julgadas improcedentes em primeira instância, cuja ementa do
acórdão de afetação restou assim descrita:
NR.PROCESSO: 0299838.51.2013.8.09.0065
256-I do RISTJ)”
Logo, em análise ao tema de suspensão nº 1.042 do STJ, supracitado, vislumbro que o presente
feito se amolda perfeitamente à hipótese vertente, não havendo outro caminho a não ser cumprir
a suspensão determinada pela Corte Superior até o julgamento do recurso paradigma.
Cumpra-se.
__________________________________________
Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
Relator
_____________________________________________________________________
_____
Documento emitido / assinado digitalmente
com fundamento no Art. 1º, § 2º III, "b", da Lei Federal nº 11.419, de 19/12/2006, publicada no DOU de 20/12/2006.
INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Não Concedida a Medida Liminar - Data da
Movimentação 18/02/2020 15:04:46
NR.PROCESSO: 5060668.25.2020.8.09.0000
Poder Judiciário
COMARCA DE MORRINHOS
DECISÃO LIMINAR
Infere-se dos autos que a parte autora/agravada ajuizou o presente feito objetivando a
fixação liminar de alimentos gravídicos em seu favor o importe de 80% (oitenta por cento) do
salário mínimo
[...]
NR.PROCESSO: 5060668.25.2020.8.09.0000
Diante o exposto, é conciso os preenchimentos dos requisitos
legais do art. 300 do códex processual civil para concessão da
tutela de urgência, quais sejam: probabilidade do direito e o
perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Em suas razões de irresignação, assevera que não possui condições financeiras para
suportar o pagamento de alimentos gravídicos no importe de 40,1% do salário mínimo, haja vista
que percebe por mês apenas a monta de R$ 1300,00 (salário + bicos).
Aduz que, além de prestar alimentos para outra filha no importe de R$ 200,00 (duzentos
reais), também arca com uma despesa mensal com aluguel, água e energia elétrica no importe
de R$ 850,00 (oitocentos e cinquenta reais), sem contar o valor mensal de R$ 200,00 (duzentos
reais) que repassa para a autora/agravada.
Com base nesses argumentos, pugna pela concessão de efeito suspensivo e/ou ativo
ao recurso e, no mérito, requer a reforma da decisão vergastada, a fim de que os alimentos
gravídicos sejam fixados apenas no percentual de 15% (quinze por cento) do salário mínimo.
Preparo dispensado, uma vez que o agravante pugnou pela concessão dos benefícios
da gratuidade da justiça.
Lado outro, quanto à antecipação dos efeitos da tutela recursal impende frisar que o
relator poderá, em determinados casos, concedê-la desde que preenchidos, cumulativamente, os
requisitos previstos em lei, quais sejam: (I) a imediata produção de efeitos da decisão recorrida
deverá gerar risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação; e (II) a demonstração da
probabilidade de provimento do recurso (artigos 995, parágrafo único, e 1.019, I, ambos no
Código de Processo Civil).
NR.PROCESSO: 5060668.25.2020.8.09.0000
Theodoro Júnior, in verbis:
No presente caso, a demanda versa sobre a decisão liminar que fixou alimentos
gravídicos em favor da autora/agravada no importe de 40,1% (quarenta vírgula um por cento) do
salário mínimo.
No entanto, aduz o alimentante que sua atual situação econômico-financeira lhe permite
apenas prestar à autora/agravada o importe de 15% (quinze por cento) do salário mínimo a título
de alimentos gravídicos.
Frise-se que as decisões liminares que versam sobre alimentos provisórios são
fulcradas em um juízo de verossimilhança que os julgadores extraem dos fatos postos à sua
apreciação, numa fase em que a instrução do processo ainda é incipiente.
Nesse diapasão, numa cognição sumária, não vislumbro a presença cumulativa dos
requisitos necessários para o acolhimento da pretensão liminar.
NR.PROCESSO: 5060668.25.2020.8.09.0000
Portanto, revela-se mais prudente que se aguarde o julgamento do mérito do Agravo, a
fim de apurar as argumentações trazidas pelo recorrente e as contraprovas que possam ser
apresentadas pela parte agravada.
Comunique-se o juízo a quo desta decisão, nos termos do artigo 1.019, inciso I, do
Código de Processo Civil.
Intime-se a parte agravada, por meio de seu procurador, para que, querendo, apresente
resposta, no prazo legal, nos moldes do artigo 1.019, inciso II, do citado diploma processual civil.
Intimem-se. Cumpra-se.
RELATORA
NR.PROCESSO: 0156389.19.2009.8.09.0051
Poder Judiciário
ACÓRDÃO
VOTO
NR.PROCESSO: 0156389.19.2009.8.09.0051
Por reunir os requisitos de admissibilidade, conheço do recurso.
Quanto a essa última, impende asseverar que, por atuar conjuntamente com a
construtora/incorporadora para a oferta e venda da unidade imobiliária,
desenganadamente compõe a respectiva cadeia de fornecimento, respondendo
solidariamente pela reparação dos danos previstos nas normas de consumo, nos
moldes do que preconiza o artigo 7º, parágrafo único, do Código de Defesa do
Consumidor.
Confira-se:
NR.PROCESSO: 0156389.19.2009.8.09.0051
RESPONSÁVEL PELA VENDA DOS IMÓVEIS E DA
INCORPORADORA. ILEGITIMIDADE PASSIVA AFASTADA [...]
1. É de consumo a relação jurídica estabelecida por contrato de
promessa de compra e venda firmando entre a empresa
incorporadora ou construtora do empreendimento e o futuro
proprietário do imóvel (arts. 2º e 3º do CDC), podendo as regras
consumeristas serem aplicadas em total harmonia com as
disposições do Código Civil. 2. Constatado que a corretora e a
construtora trabalharam conjuntamente para a oferta e venda
do imóvel objeto da ação de rescisão contratual, forçoso
reconhecer a legitimidade passiva também da primeira
empresa, pois respondem solidariamente pelos danos
causados ao promitente comprador [...] (TJGO, APELACAO
0032788-95.2016.8.09.0029, Rel. ITAMAR DE LIMA, 3ª Câmara
Cível, DJe de 15/07/2019) (grifei)
NR.PROCESSO: 0156389.19.2009.8.09.0051
teoria da aparência [...] (TJGO, Apelação 5192398-
11.2017.8.09.0051, Rel. GUILHERME GUTEMBERG ISAC
PINTO, 5ª Câmara Cível, DJe de 12/07/2019) (grifei)
Do valor do ressarcimento
Isto porque, conforme fazem prova os documentos dos autos, até a data da
rescisão do contrato, houve o pagamento da quantia de R$ 4.135,00 (quatro mil, cento
e trinta e cinco reais) (evento nº 03, doc. nº 05), e não do montante de R$ 7.329,82
(sete mil, trezentos e vinte e nove reais e oitenta e dois centavos), reconhecido pelo
magistrado a quo na sentença.
NR.PROCESSO: 0156389.19.2009.8.09.0051
reais), mantendo-se inalterada, entretanto, a determinação da incidência de correção
monetária pelo INPC, desde a data de cada desembolso, bem como juros de mora, à
razão de 1% (um por cento), desde a data da citação.
A propósito:
NR.PROCESSO: 0156389.19.2009.8.09.0051
Sobre o tema em análise, impede salientar que, de acordo com as normas
legais que regem o instituto da obrigação e a jurisprudência dominante do Superior
Tribunal de Justiça, ainda que houvesse eventual descumprimento das disposições
contratuais tal fato não geraria direito à indenização a título de dano extrapatrimonial,
porquanto resolvem-se em perdas e danos.
NR.PROCESSO: 0156389.19.2009.8.09.0051
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS
MATERIAIS E MORAIS. ATRASO NA ENTREGA DE IMÓVEL
EM CONSTRUÇÃO. PRAZO DE TOLERÂNCIA. LIMITAÇÃO À
180 (CENTO E OITENTA) DIAS CORRIDOS. INVERSÃO DA
CLÁUSULA PENAL MORATÓRIA. ESTIPULAÇÃO DE
PENALIDADE NO VALOR DO LOCATIVO. IMPOSSIBILIDADE
DE CUMULAÇÃO COM LUCROS CESSANTES. TAXA DE
EVOLUÇÃO DA OBRA. MORA CONTRATUAL.
RESSARCIMENTO DEVIDO. INDENIZAÇÃO POR DANOS
MORAIS. AFASTAMENTO [...] VI. O simples inadimplemento
contratual, consubstanciado no atraso na entrega do imóvel,
não é capaz por si só de gerar dano extrapatrimonial
indenizável, devendo haver, no caso concreto,
consequências fáticas que repercutam na esfera de
dignidade da vítima, o que não ocorreu no caso em voga
(TJGO, Apelação 0038359-78.2016.8.09.0051, Rel. ROBERTO
HORÁCIO DE REZENDE, 1ª Câmara Cível, DJe de 19/12/2019)
(grifei)
Assim, deve ser reformada a sentença vergastada neste ponto, pois ausente
qualquer dano extrapatrimonial, capaz de gerar o correspondente direito indenizatório.
É o voto.
NR.PROCESSO: 0156389.19.2009.8.09.0051
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 0156389.19.2009.8.09.0051
EMENTA: DUPLA APELAÇÃO CÍVEL. RESCISÃO CONTRATUAL. IMÓVEL EM
CONSTRUÇÃO. LEGITIMIDADE PASSIVA DA CORRETORA DE IMÓVEIS E DA PESSOA
JURÍDICA INTEGRANTE DO MESMO GRUPO ECONÔMICO DA CONSTRUTORA. TEORIA
DA APARÊNCIA. REEMBOLSO INTEGRAL DO VALOR PAGO PELO CONSUMIDOR. CULPA
EXCLUSIVA DA PROMITENTE VENDEDORA. INDENIZAÇÃO POR DANOS
EXTRAPATRIMONIAIS. INADIMPLEMENTO CONTRATUAL. I. A empresa corretora de
imóveis, por ter atuado conjuntamente com a construtora/incorporadora para a oferta e
venda da unidade imobiliária em construção, responde solidariamente pela reparação dos
danos causados ao consumidor. Inteligência do artigo 7º, parágrafo único, do Código de
Defesa do Consumidor. II. Em mira da aplicação da teoria da aparência, a
construtora/incorporadora, integrante do mesmo grupo econômico da promitente
vendedora, exsurge como parte legítima para integrar o polo passivo da ação. III.
Comprovado que a rescisão contratual deu-se por culpa exclusiva da promitente
vendedora, incumbe-lhe o reembolso integral dos valores comprovadamente pagos pelo
promitente comprador. IV. A circunstância do inadimplemento contratual, por si só, não
enseja a produção de dano extrapatrimonial, sendo necessário a demonstração de
agressão a direito da personalidade, o que não ocorreu na hipótese dos autos.
APELAÇÕES CÍVEIS CONHECIDAS E PARCIALMENTE PROVIDAS.
INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Não Concedida a Medida Liminar - Data da
Movimentação 18/02/2020 15:04:48
NR.PROCESSO: 5055914.40.2020.8.09.0000
Poder Judiciário
DECISÃO LIMINAR
Narrou que não tem condições financeiras para arcar com referido montante,
pleiteando em tutela de urgência a redução dos alimentos em favor do menor para o
numerário de 60% (sessenta por cento) do salário mínimo.
NR.PROCESSO: 5055914.40.2020.8.09.0000
(…) São condições essenciais a ações que versem sobre
alimentos, os princípios da razoabilidade e proporcionalidade.
Sendo que, o pagamento de alimentos atende, do mesmo modo,
aos princípios constitucionais da dignidade da pessoa e da
solidariedade familiar.
3. Da Conclusão
NR.PROCESSO: 5055914.40.2020.8.09.0000
execução de alimentos em face do agravante; e que existe risco de endividamento
alimentar e eventual prisão e/ou expropriação de bens do recorrente.
Brada que diante do alto encargo que não reflete mais a realidade financeira
do agravante, este acaba por vezes ficando sem dinheiro para buscar o filho que
reside neste Estado, enquanto sua residência fica no Estado de São Paulo, são ao
todo 6 passagens aéreas compreendendo 1 de ida, 2 de volta, 2 de ida, e 1 de volta.
Lado outro, quanto à antecipação dos efeitos da tutela recursal impende frisar
que o relator poderá, em determinados casos, concedê-la desde que preenchidos,
cumulativamente, os requisitos previstos em lei, quais sejam: (I) a imediata produção
de efeitos da decisão recorrida deverá gerar risco de dano grave, de difícil ou
impossível reparação; e (II) a demonstração da probabilidade de provimento do
recurso (artigos 995, parágrafo único, e 1.019, I, ambos no Código de Processo Civil).
NR.PROCESSO: 5055914.40.2020.8.09.0000
concessão do efeito suspensivo, quais sejam, o fumus boni iuris
e o periculum in mora. Com efeito, não se pode negar ao relator o
poder de também conceder medida liminar positiva, quando a
decisão agravada for denegatória de providência urgente e de
resultados gravemente danosos para o agravante. No caso de
denegação, pela decisão recorrida, de medida provisória cautelar
ou antecipatória, por exemplo, é inócua a simples suspensão do
ato impugnado. Caberá, portanto, ao relator tomar a providência
pleiteada pela parte, para que se dê o inadiável afastamento do
risco de lesão, antecipando o efeito que se espera do julgamento
do agravo. É bom ressaltar que o poder de antecipação de tutela
instituído pelo art.300 não é privativo do juiz de primeiro grau e
pode ser utilizado em qualquer fase do processo e em qualquer
grau de jurisdição. No caso do agravo, esse poder está
expressamente previsto ao relator no art. 1.019, I. Se for deferido
o efeito suspensivo ou concedida a antecipação de tutela, o
relator ordenará a imediata comunicação ao juiz da causa, para
que, de fato, se suste o cumprimento da decisão interlocutória
(art. 1.019, I, in fine). (...). (in, Curso de Direito Processual Civil,
Volume III, 47ª Edição). Grifos no original.
Importante frisar que as decisões liminares que versam sobre alimentos são
fulcradas em um juízo de verossimilhança que os julgadores extraem dos fatos postos
à sua apreciação, numa fase em que a instrução do processo ainda é incipiente.
NR.PROCESSO: 5055914.40.2020.8.09.0000
Comunique-se o juízo a quo desta decisão, nos termos do artigo 1.019, inciso
I, do Código de Processo Civil.
Intimem-se. Cumpra-se.
NR.PROCESSO: 5076027.15.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
COMARCA DE GOIÂNIA
DECISÃO PRELIMINAR
“(…)
NR.PROCESSO: 5076027.15.2020.8.09.0000
Transitada em julgado, remetam-se os autos à Contadoria Judicial para atualização do
débito. Após, determino a expedição de precatório do valor principal, conforme indicado no evento 1
- doc. 4, e de Requisição de Pequeno Valor – RPV quanto aos honorários de sucumbência
arbitrados nas fases de conhecimento (evento 4) e de cumprimento de sentença proferido neste
decisum.”
Após uma breve síntese dos fatos, aduz o recorrente, em preliminar, a ilegitimidade
da parte exequente/agravada para ingressar com pedido individual de cumprimento de sentença
coletiva, uma vez que representada por entidade associativa não legitimada para a propositura da
ação de conhecimento, eis que a Constituição Federal exige autorização expressa dos filiados em
cada uma das ações, não sendo suficiente a autorização estatutária genérica, excepcionada esta
apenas nos casos de mandado de segurança ou mandado de injunção coletivo, o que não é o
caso dos autos.
Narra que o juízo de origem entendeu pela desnecessidade da fase de liquidação sob o
fundamento de que, para a apuração do montante devido, bastaria a realização de cálculos
aritméticos, o que maltrata a fidelidade ao ato judicial e o princípio da coisa julgada, já que na
fase de conhecimento há determinação expressa de que o montante devido será apurado em
fase de liquidação de sentença, assim como novo pedido de exibição de documentos.
NR.PROCESSO: 5076027.15.2020.8.09.0000
Conclui, demonstrando que o Estado passa por atual situação de calamidade
financeira, requerendo prudência com a submissão do título judicial à liquidação, obstando,
assim, o pagamento de importâncias indevidas.
Finaliza, pugnando pela concessão de efeito suspensivo, bem como pela reforma da
decisão nos termos ora empreendidos.
É o relatório.
Decido.
Pois bem. Para que se possa sustar os efeitos da decisão agravada, segundo previsão
do Código de Processo Civil, em seu artigo 995, parágrafo único, devem estar presentes,
cumulativamente, a existência de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e a
probabilidade de provimento do recurso.
NR.PROCESSO: 5076027.15.2020.8.09.0000
possibilidade de lhe ocorrer lesão grave ou de difícil reparação (periculum in mora), requisitos
estes que deverão ser aferidos de pronto, de forma inequívoca, não se admitindo dúvidas quanto
à viabilidade da sua concessão.
No caso em apreço, numa análise não exauriente das alegações e dos documentos que
formam o instrumento, observa-se que merece acolhida o pleito emergencial deduzido pelo
recorrente, porquanto demonstrada a existência de dano grave, de difícil ou impossível
reparação, caso a situação permaneça na forma como alinhavada nos autos, até o julgamento
definitivo deste agravo, eis que por se tratar de cumprimento de sentença coletiva, ilíquida,
onde há determinação de conversão de URV a que a categoria faz jus, não é possível se
vislumbrar, ao menos nessa fase de cognição, o valor exato do montante devido ao
exequente por meio dos cálculos unilateralmente apresentados.
Intime-se a parte agravada para, querendo, responder o presente agravo (art. 1019, II,
CPC), facultando-lhe juntar a documentação que entender necessária ao julgamento do recurso.
Intime-se. Cumpra-se.
NR.PROCESSO: 5076027.15.2020.8.09.0000
DES. LUIZ EDUARDO DE SOUSA
RELATOR
43
NR.PROCESSO: 5047083.03.2020.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro
DESPACHO
Infere-se, por fim, que a presente objeção não impugna decisão judicial, mas
sim a penhora efetivada pela via BacenJud, ato, todavia, não atacável pela via
instrumental manejada, nos termos do artigo 1.015 do Código de Processo Civil.
NR.PROCESSO: 5047083.03.2020.8.09.0000
Diante disso, intime-se a recorrente para, em 10 (dez) dias, acostar ao feito
documentos tendentes à regularização de sua representação processual e à
comprovação de seu direito de litigar sob o pálio da justiça gratuita, bem como para,
nos termos do art. 10 do Código de Processo Civil, se manifestar acerca do possível
não cabimento do presente recurso, porquanto interposto contra ato não decisório.
Cumpra-se.
1007/
NR.PROCESSO: 5137970.45.2018.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
COMARCA DE GOIÂNIA
1ºAPELANTE : TERRAS ALPHA SPE SENADOR CANEDO EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA E JOWA
PARTICIPAÇÕES LTDA
2ºAPELADO: TERRAS ALPHA SPE SENADOR CANEDO EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA E JOWA
PARTICIPAÇÕES LTDA
DESPACHO
Sendo assim, determino a intimação das partes para, no prazo de 05 (cinco) dias úteis,
manifestarem sobre a possibilidade de solução da demanda mediante autocomposição.
Cumpra-se.
NR.PROCESSO: 5137970.45.2018.8.09.0051
Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.
RELATOR
17
NR.PROCESSO: 5703428.71.2019.8.09.0000
Poder Judiciário
COMARCA DE GOIÂNIA
DESPACHO
Sendo assim, intime-se o agravante, por meio do causídico que subscreve a peça
recursal, para, no prazo de 05 (cinco) dias, regularizar sua representação processual, sob pena
de não conhecimento do recurso.
RELATORA
NR.PROCESSO: 0162450.71.2001.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
COMARCA DE GOIÂNIA
DESPACHO
Breve relato.
Analisando o caderno processual, observa-se que a tese recursal do primeiro apelante diz
respeito ao conflito de supostas coisas julgadas ocorridas entre as demandas de rescisão
contratual c/c cobrança e a renovatória de aluguel.
NR.PROCESSO: 0162450.71.2001.8.09.0051
Ocorre que a ação renovatória não consta dos autos, sendo esta necessária para análise da tese
recursal.
Cumpra-se.
RELATOR
17
NR.PROCESSO: 5104943.93.2019.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro
DECISÃO MONOCRÁTICA
NR.PROCESSO: 5104943.93.2019.8.09.0000
É, em síntese, o relatório.
Decido.
Assim, evidenciada nos autos a desistência da parte recorrente quanto ao recurso sub
judice, cumpre a este juízo ad quem tão somente homologá-la, conforme decorre da
exegese dos artigos 998 do Código de Processo Civil e 175, inciso XV do Regimento
Interno do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, que assim dispõem,
respectivamente:
Pois bem. O Código de Processo Civil, em seu artigo 998, prevê a possibilidade de
desistência do recurso, quando assim aprouver à parte, independentemente de
anuência do recorrido. Confira-se:
NR.PROCESSO: 5104943.93.2019.8.09.0000
recurso, impõe-se a sua homologação, nos termos do art.
998 do CPC, pelo que fica assim declarada. DESISTÊNCIA
RECURSAL HOMOLOGADA.” (TJGO, APELAÇÃO 0133883-
73.2016.8.09.0093, Rel. LEOBINO VALENTE CHAVES, 3ª Câmara Cível,
julgado em 08/10/2018, DJe de 08/10/2018) Negritei.
Sendo assim, por se tratar de ato voluntário, de livre exercício da parte e, estando
satisfeitas as condições legais pertinentes, imperiosa a homologação da desistência
recursal.
Ante o exposto, com fulcro no artigo 998 do Código de Processo Civil c/c artigo 175,
inciso XV, do Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás,
homologo a desistência manifestada, julgando prejudicado o agravo de
instrumento, nos termos do art. 932, inciso III, do CPC.
É como decido.
Intimem-se.
NR.PROCESSO: 0096567.44.2017.8.09.0011
PODER JUDICIÁRIO
DESPACHO
Sendo assim, determino a intimação das partes para, no prazo de 05 (cinco) dias úteis, manifestarem
sobre a possibilidade de solução da demanda mediante autocomposição.
NR.PROCESSO: 0096567.44.2017.8.09.0011
DES. LUIZ EDUARDO DE SOUZA
RELATOR
21
INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Concedida a Medida Liminar (cpc) - Data da
Movimentação 06/04/2017 09:48:18
NR.PROCESSO: 5048932.15.2017.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5048932.15.2017.8.09.0000
COMARCA DE GOIÂNIA
AGRAVANTE : ESTADO DE GOIÁS
AGRAVADA : CERÂMICA CEDRO LTDA - ME
RELATOR : DES. LUIZ EDUARDO DE SOUSA
DECISÃO
O ilustre juiz a quo, acolhendo o pleito liminar da autora, determinou que o ente
público estadual se abstenha da cobrança de ICMS sobre as Taxas de Uso do Sistema de
Distribuição e Transmissão – TUST/TUSD, das contas de energia elétrica da empresa.
NR.PROCESSO: 5048932.15.2017.8.09.0000
do Estado de Goiás, que é decorrente do efeito multiplicador de decisões liminares; diz que
liminares desta natureza afrontam a ADC n. 4/DF na qual o colendo STF declarou a
constitucionalidade do art. 1º da Lei 9.494/1997, que trata de restrições à concessão de tutelas
antecipadas contra a Fazenda Pública, já que o caso em exame importa em obrigação por
quantia e não em mera obrigação de fazer; obtemperou que os valores referentes ao custo da
energia devem compor a base de cálculo do ICMS posto que são componentes do valor final; e
pugna, ao final, pela suspensão da decisão impugnada até o julgamento final deste recurso.
Preparo prescindível.
Éo relatório. Decido.
A priori, insta salientar que o art. 1.019, inc. I, do CPC de 2015, preceitua que o
relator poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso – art. 995, parágrafo único do CPC1-, ou
deferir, em sede de antecipação de tutela, consoante art. 300, da Lei Processual Civil, total ou
parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz a sua decisão.
Pois bem.
NR.PROCESSO: 5048932.15.2017.8.09.0000
É que no julgamento final no REsp. 1163020/RS, em 21.03.2017, o Colegiado da
1ª Turma do Tribunal da Cidadania, negou provimento ao recurso para, denegando a
segurança, manter a incidência do ICMS sobre os valores relativos ao TUST/TUSD.
Por sua vez, o perigo de dano grave pode ser verificado em face dos seguintes
fundamentos: 1º) a manutenção da decisão proibitiva da incidência do ICMS sobre a
TUST/TUSD, diante da multiplicidade de demandas sobre o tema já protocolizadas, poderá
prejudicar as finanças estaduais afetando seriamente a arrecadação deste ente; 2º) a
arrecadação estatal com o ICMS (Tributo não vinculado) é uma das maiores fontes de receita
pública derivada, que se destina ao custeio de atividades gerais ou específicas do Estado.
NR.PROCESSO: 5048932.15.2017.8.09.0000
De resto, ressalta-se, que após a análise do pleito liminar seja o recurso
sobrestado em razão da determinação do STF proferida nos autos do RE 593.824/SC, de
relatoria do Min. Ricardo Lewandowski, cuja temática é a inclusão dos valores pagos a título de
demanda contratada de energia na base de cálculo do ICMS (tema 176).
Cumpra-se.
RELATOR
52
1“Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou
decisão judicial em sentido diverso. Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida
poderá ser suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de seus efeitos
houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a
probabilidade de provimento do recurso.” Grifei
NR.PROCESSO: 5737080.79.2019.8.09.0000
Poder Judiciário
DESPACHO
Intime-se. Cumpra-se.
NR.PROCESSO: 5737080.79.2019.8.09.0000
Desembargadora AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO
RELATORA
(Datado e assinado conforme Resolução nº 59/2016)
INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Não Concedida a Medida Liminar - Data da
Movimentação 18/02/2020 15:02:56
NR.PROCESSO: 5068114.79.2020.8.09.0000
Poder Judiciário
DECISÃO LIMINAR
Infere-se dos autos que a autora, ora agravante, ajuizou a aludida ação
visando a concessão de tutela de urgência para que fosse determinada a suspensão
da exigibilidade dos lançamentos tributários dos autos de infração nº
4.01.17.009107.83, 4.01.17.008657.02, 4.01.17.009100.07 e 4.01.17.009044.65,
confirmados em Processo Administrativo, referentes a supostas omissões de entrada e
saída de mercadorias no período de 2015/2016.
NR.PROCESSO: 5068114.79.2020.8.09.0000
cadastros de inadimplentes; e d) sustação/cancelamento dos protestos das Certidões
de Dívida Ativa ou a suspensão de seus efeitos.
(…)
(…)
(…)
(...)
NR.PROCESSO: 5068114.79.2020.8.09.0000
Irresignada, PONTUAL AGRONEGÓCIOS, COMÉRCIO E
REPRESENTAÇÕES LTDA interpõe o presente recurso de Agravo de Instrumento.
NR.PROCESSO: 5068114.79.2020.8.09.0000
fundamentais da ampla defesa e da prestação jurisdicional.
Preparo regular.
NR.PROCESSO: 5068114.79.2020.8.09.0000
ato impugnado. Caberá, portanto, ao relator tomar a providência
pleiteada pela parte, para que se dê o inadiável afastamento do
risco de lesão, antecipando o efeito que se espera do julgamento
do agravo. É bom ressaltar que o poder de antecipação de tutela
instituído pelo art.300 não é privativo do juiz de primeiro grau e
pode ser utilizado em qualquer fase do processo e em qualquer
grau de jurisdição. No caso do agravo, esse poder está
expressamente previsto ao relator no art. 1.019, I.
Comunique-se o juízo a quo desta decisão, nos termos do artigo 1.019, inciso
I, do Código de Processo Civil.
NR.PROCESSO: 5068114.79.2020.8.09.0000
Cumpra-se, com as cautelas legais.
NR.PROCESSO: 5038655.77.2018.8.09.0137
Poder Judiciário
DESPACHO
NR.PROCESSO: 5038655.77.2018.8.09.0137
Datado e assinado digitalmente conforme Resolução nº 59/2016
NR.PROCESSO: 5403408.68.2017.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
COMARCA DE GOIÂNIA
RECURSO ADESIVO
DESPACHO
NR.PROCESSO: 5403408.68.2017.8.09.0051
imperioso oportunizar às partes a possível solução consensual do conflito apresentado.
Intimem-se.
RELATOR
05
[1]. ‘§ 3º. A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores
públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial.’
NR.PROCESSO: 0428291.51.2012.8.09.0113
Poder Judiciário
DESPACHO
Acaso não seja possível esta providência neste grau recursal, encaminhem-se
os autos ao juízo de origem em diligência.
NR.PROCESSO: 0428291.51.2012.8.09.0113
Desembargadora AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO
RELATORA
Datado e Assinado digitalmente conforme Resolução 59/2016
NR.PROCESSO: 5067088.46.2020.8.09.0000
Poder Judiciário
DECISÃO
NR.PROCESSO: 5067088.46.2020.8.09.0000
Neste contexto, nos termos do artigo 99, §2º, do Código de Processo Civil,
intime-se a agravante para juntar aos autos documentos que comprovem a
insuficiência de recursos para pagamento das custas processuais, tais como: cópia de
contracheque, da declaração de imposto de renda, de forma integral, ou declaração de
isento, extrato bancário, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de indeferimento do
mencionado pleito.
No mesmo prazo, nos termos do art. 10 do CPC, manifestar sob eventual não
conhecimento do recurso, posto que não se enquadra no rol restritivo apresentado no
artigo 1015, do Código de Processo Civil, tampouco em outros casos expressamentos
previstos em lei.
Intime-se. Cumpra-se.
NR.PROCESSO: 5488048.67.2018.8.09.0051
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro
DECISÃO MONOCRÁTICA
NR.PROCESSO: 5488048.67.2018.8.09.0051
Cuida-se de MANDADO DE SEGURANÇA impetrado por
OSMAN RIBEIRO VIEIRA contra ato atribuído ao SECRETÁRIO DE SAÚDE DO
ESTADO DE GOIÁS e ao DIRETOR DO HOSPITAL ESTADUAL DE URGÊNCIAS
DA REGIÃO NOROESTE DE GOIÂNIA – HUGOL em litisconsórcio passivo com o
ESTADO DE GOIÁS, visando compeli-los a disponibilizar uma vaga em instituição
apropriada, com o fornecimento de todo o suporte necessário.
NR.PROCESSO: 5488048.67.2018.8.09.0051
Infere-se do caderno processual que, após a impetração deste
mandamus, o impetrante noticiou que a pretensão almejada foi obtida por meio
diverso, conforme se observa da autorização para a internação do paciente
colacionada no evento 44.
Intimem-se.
NR.PROCESSO: 5488048.67.2018.8.09.0051
Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 0443760.66.2011.8.09.0051
Poder Judiciário
Tribunal de Justiça de Goiás
Gabinete da Desembargadora Amélia Martins de Araújo
COMARCA DE GOIÂNIA
RECURSO ADESIVO
DESPACHO
NR.PROCESSO: 0443760.66.2011.8.09.0051
Cumpra-se.
INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Concedida a Medida Liminar (cpc) - Data da
Movimentação 18/02/2020 15:02:56
NR.PROCESSO: 5071877.88.2020.8.09.0000
Poder Judiciário
DECISÃO LIMINAR
Na exordial dos autos de origem, o autor, ora agravado, narrou ter participado
do concurso público para provimento de vagas no cargo de Agente de Segurança
Prisional, realizado pela Secretaria de Estado de Administração (SEAD) e pelo Instituto
Americano de Desenvolvimento (IADES).
NR.PROCESSO: 5071877.88.2020.8.09.0000
Apontou a incompatibilidade das questões 10,16 e 19 da prova tipo B com o
item 9.3 do Edital e com o artigo 31 da Lei Estadual nº 19.587/2017, salientando a
necessidade de anulação judicial dos itens, de modo a lhe possibilitar o alcance da
pontuação mínima necessária para a correção da prova discursiva e,
consequentemente, a continuidade no concurso.
(…)
(...)
NR.PROCESSO: 5071877.88.2020.8.09.0000
Irresignado, o ESTADO DE GOIÁS interpõe o presente recurso de Agravo de
Instrumento.
Alega que, uma vez corrigida a prova discursiva do agravado por corolário do
acréscimo da pontuação da prova objetiva, será inviável à Administração desfazer os
atos de correção e de publicação da reclassificação dos candidatos, o que denota a
irreversibilidade da medida.
NR.PROCESSO: 5071877.88.2020.8.09.0000
Argumenta que a imediata produção dos efeitos da decisão traz risco de dano
grave, de difícil ou impossível reparação ao Estado, inclusive com a iminente fixação
de multa por descumprimento da ordem judicial.
NR.PROCESSO: 5071877.88.2020.8.09.0000
do agravo. É bom ressaltar que o poder de antecipação de tutela
instituído pelo art.300 não é privativo do juiz de primeiro grau e
pode ser utilizado em qualquer fase do processo e em qualquer
grau de jurisdição. No caso do agravo, esse poder está
expressamente previsto ao relator no art. 1.019, I.
NR.PROCESSO: 5071877.88.2020.8.09.0000
da decisão poderá resultar na manutenção de candidato a princípio não habilitado no
concurso público, trazendo insegurança jurídica aos demais participantes do certame.
NR.PROCESSO: 5037418.60.2020.8.09.0000
Poder Judiciário
Tribunal de Justiça de Goiás
Gabinete da Desembargadora Amélia Martins de Araújo
DECISÃO
NR.PROCESSO: 5037418.60.2020.8.09.0000
Dito isso, convém ressaltar que o propósito da Lei Especial nº. 1.060/50 e do
Código de Processo Civil, nesse particular, é conferir o benefício da Justiça Gratuita
aos necessitados, assim entendidos aqueles que se encontrem em situação
inviabilizadora da assunção dos ônus decorrentes do processo, cujo ingresso em juízo
possa causar prejuízo irreparável ao seu patrimônio.
NR.PROCESSO: 5037418.60.2020.8.09.0000
Desta feita, considerando que os documentos apresentados não comprovam
com exatidão que o pagamento das custas processuais comprometerá o próprio
sustento do impetrante, impera o indeferimento da benesse.
Por esse motivo, intime-se o impetrante, por meio de seu advogado para, nos
termos do artigo 290 do Código de Processo Civil e no prazo de 15 (quinze) dias,
recolher as custas processuais devidas, sob pena de indeferimento da petição inicial.
Cumpra-se.
NR.PROCESSO: 5068942.75.2020.8.09.0000
Poder Judiciário
DESPACHO
NR.PROCESSO: 5068942.75.2020.8.09.0000
artigo 99, parágrafo 2º, do Código de Processo Civil, intime-se o impetrante para, no
prazo de 05 (cinco) dias, instruir os autos com documentos atualizados que
comprovem a hipossuficiência alegada, tais como cópias dos três últimos
contracheques, declaração de Imposto de Renda (anos 2018 e 2019), extratos de
contas bancárias e do cartão de crédito dos últimos 3 meses, comprovantes de
despesas pessoais, dentre outros, sob pena de indeferimento do pedido formulado.
Intime-se.
NR.PROCESSO: 5048565.92.2019.8.09.0170
ACÓRDÃO
ACORDAM os integrantes da Primeira Turma Julgadora da 1ª Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás,
por unanimidade, EM CONHECER DA APELAÇÃO CÍVEL E DAR-LHE PARCIAL PROVIMENTO, CASSANDO A SENTENÇA,
nos termos do voto do Relator.
VOTARAM, além do RELATOR, a Desª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI e a Desª. AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO.
Custas de lei.
RELATOR
NR.PROCESSO: 5048565.92.2019.8.09.0170
VOTO
Conforme relatado, cuida-se de apelação contra a sentença proferida na ação de obrigação de fazer ajuizada pela apelante contra
o apelado objetivando a inclusão nos seus proventos de aposentadoria o adicional de tempo de serviço, verba omitida no ato de
inatividade.
A sentença, considerando que o apontado de inativação se deu 01.03.2012, e tendo a ação sido ajuizada em 01.02.2019, ou seja,
mais de 5 anos, decretou a prescrição da pretensão nos termos do art. 1º, do Decreto n.º 20.910/32, extinguindo o feito (CPC,
inciso II, do art. 487)..
A recorrente afirma, por sua vez, a inexistência de prescrição diante da natureza da relação jurídica – trato sucessivo.
Sabe-se que a prescrição pode ser “de trato sucessivo” ou do “fundo do direito”, sendo que a primeira ocorre quando a obrigação
do devedor é de trato sucessivo, ou seja, o devedor, deve, periodicamente, fornecer aquela prestação ao credor, e, toda a vez que
ele não o faz, este tem a pretensão de exigir o cumprimento; e a segunda se dá quando o direito subjetivo é violado por um ato
único, começando aí a correr o prazo prescricional que a pessoa lesada tem para exigir do devedor a prestação, de forma que
esgotado o prazo extingue-se a pretensão e o credor não mais poderá exigir nada do devedor.
Pois bem.
Evidencia-se dos autos que a apelante integrava o quadro funcional estatutário do Município de Campinorte, exercendo o cargo de
serviços gerais, tendo se aposentado em 03.12.2012.
Contudo, a recorrente somente em 01.02.2017 buscou o Judiciário para alterar os valores da sua aposentadoria, notadamente, o
pagamento de adicional de tempo de serviço.
Com efeito, a prescrição somente alcançou as prestações anteriores ao ajuizamento da ação (01.02.2019), e não do direito
em si, pois a situação apresentada é de trato sucessivo1.
NR.PROCESSO: 5048565.92.2019.8.09.0170
Sobre o tema, o posicionamento dominante do STJ:
Ademais, com mais razão inexiste prescrição da pretensão diante da ausência de negativa expressa do benefício pelo apelado.
Assim, impõe-se a cassação da sentença a fim de permitir que, no juízo de origem, após completa e exauriente dilação
probatória acerca do tema, seja apreciado o mérito do objeto litigioso.
NR.PROCESSO: 5048565.92.2019.8.09.0170
Destarte, pelos fundamentos apesentados, dou parcial provimento a apelação para, cassando a sentença, determinar o
retorno dos autos ao juízo de origem para, após a instauração da exauriente instrução probatória, seja apreciado o mérito da
demanda.
É o voto.
RELATOR
52
1 Súmula 85, STJ: Nas relações jurídicas de trato sucessivo em que a fazenda publica figure como devedora, quando não tiver
sido negado o próprio direito reclamado, a prescrição atinge apenas as prestações vencidas
2. AgInt no AREsp 1388620/RS, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, 1ª Turma, DJe 25/06/2019.
3. AgInt no REsp 1744165/SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, 3ª Turma, DJe 01/03/2019.
NR.PROCESSO: 5048565.92.2019.8.09.0170
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA C/C OBRIGAÇÃO DE FAZER E COBRANÇA.
REVISÃO DE ATO DE APOSENTADORIA PARA INCLUSÃO DE ADICIONAL DE TEMPO DE SERVIÇO.
RELAÇÃO DE TRATO SUCESSIVO. SÚMULA 85, DO STJ. INOCORRÊNCIA DA PRESCRIÇÃO.
I- A pretensão objetivando a revisão de aposentadoria para, apenas, incluir adicional de tempo de serviço,
não havendo a intenção de modificação do ato de aposentação em si, por se tratar de relação de trato
sucessivo não é alcançada pela prescrição do direito, a qual atinge somente as parcelas anteriores ao
quinquênio que precedeu o ajuizamento da demanda. Súmula 85, do STJ.
II- Outrossim, inexiste prescrição quando o próprio direito não tenha sido, expressamente, negado pela
Administração.
III- Assim, impõe-se a cassação da sentença a fim de permitir que, no juízo de origem, após completa e
exauriente dilação probatória acerca do tema, seja apreciado o mérito do objeto litigioso.
NR.PROCESSO: 5332858.51.2016.8.09.0029
PODER JUDICIÁRIO
ACÓRDÃO
ACORDAM os integrantes da Primeira Turma Julgadora da 1ª Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás,
por unanimidade, EM CONHECER DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO E REJEITÁ-LOS, nos termos do voto do Relator.
VOTARAM, além do RELATOR, a Desª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI e a Desª. AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO.
Custas de lei.
NR.PROCESSO: 5332858.51.2016.8.09.0029
RELATOR
COMARCA DE CATALÃO
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
VOTO
MUNICÍPIO DE CATALÃO, opõe embargos de declaração (evento 54) em face do acórdão lançado no evento 48, proferido em
sede de apelação, o qual manteve a sentença proferida nos autos da ação de cobrança em seu desfavor por JESUS DA SILVA e
JOSÉ LOURENÇO DE MORAIS.
Pretende o embargante alcançar a modificação da conclusão lançada no acórdão embargado para fins de autorizar o cômputo de
licenças prêmios somente a partir de 05 de maio de 1992, ex vi da Lei 1.142/92, pois afirma que apesar dessa questão ter sido
articulada nas razões do apelo, ela não foi enfrentada pelo julgado questionado.
Por outro lado, os recorridos aludem que o direito perseguido encontra abrigo na Lei nº 1.714 de 02 de setembro de 1998.
Dito isso, é cediço que o recurso de embargos de declaração se presta a suprir omissões, eliminar obscuridades, esclarecer
contradições e, ainda, corrigir erros materiais contidos no acórdão embargado, consoante prevê a norma insculpida no artigo
1.022, incisos I, II e III, do Código de Processo Civil.
O artigo 1.023 do mesmo diploma legal adverte que o recurso intentado indicará o ponto obscuro, contraditório ou omisso, para
que o relator possa suprir tais imperfeições, quando estas restarem evidenciadas.
NR.PROCESSO: 5332858.51.2016.8.09.0029
Pois bem, sem maiores delongas, vislumbro que razão não assiste ao embargante ao apontar a existência de omissão no
julgado, porquanto além de a sentença ter sido confirmada por seus jurídicos fundamentos, o julgador não está obrigado a
pronunciar sobre todos os argumentos fáticos ou jurídicos invocados pelas partes, como ressaltado pelo embargante no presente
caso, quando já tenha encontrado motivação bastante para alicerçar sua decisão/convicção.
Sobre o tema julgados do Superior Tribunal de Justiça (inclusive sob a vigência do NCPC) e do Tribunal de Justiça de Goiás:
Ademais disso, a Lei 1.714/98 do Município de Catalão assim dispôs em seu artigo 1º, senão vejamos:
“Art. 1º. Fica o Poder Executivo Municipal, autorizado por esta lei, a considerar para efeito de licença-prêmio,
o tempo de serviço, em caráter efetivo, prestado à municipalidade sob a égide da Consolidação das Leis do
Trabalho-CLT.”
Logo, não há falar em ilegalidade no cômputo do tempo de serviço prestado enquanto os embargados eram empregados efetivos
o Município de Jataí, regidos pela CLT, pois existe legislação municipal prevendo tal possibilidade.
Deste cenário, emerge que o acórdão embargado manifestou-se de forma suficiente e motivada, sem defeito intrínseco que
possa autorizar a reabertura da discussão da matéria, mormente quando se infere que a irresignação da parte posta-se
unicamente porque a conclusão lançada no aresto foi contrário aos seus interesses.
NR.PROCESSO: 5332858.51.2016.8.09.0029
julgado que se apresentar omisso, contraditório ou obscuro, bem como para sanar possível erro material
existente na decisão, o que não aconteceu no caso dos autos. III - Os embargos de declaração não se
prestam ao reexame de questões já analisadas, com o nítido intuito de promover efeitos
modificativos ao recurso, quando a decisão apreciou as teses relevantes para o deslinde do caso e
fundamentou sua conclusão. Omissis.” (EDcl no AgInt nos EAREsp 261.715/MS, Rel. Min. Francisco
Falcão, 1ª Seção DJe 23/06/2017) grifei.
A vista do exposto, conheço, porém REJEITO estes embargos de declaração, eis que ausente o vício apontado.
É o voto.
RELATOR
23
NR.PROCESSO: 5332858.51.2016.8.09.0029
PODER JUDICIÁRIO
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
II- As licenças-prêmio não usufruídas em atividade, não utilizadas para a contagem do tempo para a
aposentação, devem ser convertidas em pecúnia, independentemente de requerimento administrativo,
decorrendo simplesmente da vedação ao enriquecimento ilícito da Administração.
III- Como o julgado apenas refletiu posicionamento contrário à pretensão do embargante, resta claro o intuito
do recorrente de rediscussão de questões já decididas, o que é inviável por meio desta espécie recursal.
NR.PROCESSO: 0274593.28.2016.8.09.0002
PODER JUDICIÁRIO
ACÓRDÃO
ACORDAM os integrantes da Primeira Turma Julgadora da 1ª Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás,
por unanimidade, EM CONHECER DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO E REJEITÁ-LOS, nos termos do voto do Relator.
VOTARAM, além do RELATOR, a Desª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI e a Desª. AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO.
Custas de lei.
NR.PROCESSO: 0274593.28.2016.8.09.0002
RELATOR
COMARCA DE ACREÚNA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
VOTO
Consoante relatado, cuidam-se de Embargos Declaratórios opostos por BANCO DO BRASIL S/A contra o Acórdão (Evento nº
27), o qual, por unanimidade, conheceu e proveu a Apelação Cível interposta em por AUDELINO CARMO DE SOUZA, que tinha
por objetivo a cassação da sentença proferida pelo MM. Juiz de Direito da Vara das Fazendas Públicas, da comarca de Acreúna,
Dr. Reinaldo de Oliveira Dutra, nos autos da ação de embargos de terceiro opostos em desfavor do BANCO DO BRASIL S/A e
RICARDO DE JESUS MIRANDA.
Da detida leitura da peça recursal, observa-se que o embargante alega omissão nos seguintes pontos do acórdão vergastado: i)
que a matéria debatida comporta apenas prova documental, já suficientemente carreada aos autos; ii) ausência de prova da
negativa do CRI em registrar o imóvel; iii) prevalência do direito real sobre o pessoal.
Pois bem, extrai-se do caderno processual que o embargante sob o argumento de omissão, pretende, tão somente, rediscutir a
matéria de acordo o seu ponto de vista, utilizando meio impróprio para tal fim. Explico.
Ab initio, é mister registrar que os Embargos de Declaração constituem um meio formal de integração, estando voltados a
NR.PROCESSO: 0274593.28.2016.8.09.0002
complementar o decisum omisso ou aclará-lo quando apresentar obscuridade ou contradição, bem como corrigir erro material.
Inteligência do artigo 1.022 do CPC, ad litteram:
II – suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
Sobre o alcance dos embargos declaratórios, com muita propriedade, ainda, ensinam FREDIE DIDIER JÚNIOR e LEONARDO
CARNEIRO DA CUNHA que:
“Os casos previstos para manifestação dos embargos declaratórios são específicos, de modo que somente
são admissíveis quando se apontar a existência de erro material, obscuridade, contradição ou omissão em
questão (ponto controvertido) sobre a qual deveria o juiz ou o tribunal pronunciar-se necessariamente. Os
embargos de declaração são, por isso, espécie de recurso de fundamentação vinculada.
Cabe ao embargante, nas suas razões, alegar a existência de omissão, obscuridade, contradição e erro
material. A simples alegação já é suficiente para que os embargos sejam conhecidos. Se efetivamente houve
ou não a omissão, a obscuridade, a contradição ou o erro material, aí a questão passa a ser de mérito
recursal, sendo hipótese de acolhimento ou rejeição? (in Curso de Direito Processual Civil, vol. 3.
Salvador, Ed: JusPodivm, 2016. p. 248).
Nesse aspecto, elementar que o aludido recurso não consubstancia crítica ao ofício judicante, mas serve-lhe ao seu
aprimoramento, já que se trata de verdadeira contribuição da parte em prol do devido processo legal.
Todavia, necessário destacar que não existe omissão quando se analisa a matéria versada, mas desconformidade sobre o ponto
de vista o qual reputa correto o embargante.
Ademais, vale lembrar que os embargos de declaração não são remédio para obrigar o julgador a renovar ou reforçar a
fundamentação do decisório e, também, não se prestam à reanálise das provas dos autos, bem como a análise de novo pedido.
Desse modo, estando a amplitude material do presente recurso delimitada em lei, não pode a parte utilizá-lo como forma de
expressar sua irresignação com o que restou decidido, ou seja, na intenção de rejulgamento da causa. A atribuição de efeito
modificativo “(…) é possível apenas em situações excepcionais, em que sanada a omissão, contradição ou obscuridade, a
alteração da decisão surja como consequência necessária.” (STJ, EDcl no REsp nº 1.410.267/PR, Relª Minª Nancy Andrighi,
DJe de 19/12/2013).
NR.PROCESSO: 0274593.28.2016.8.09.0002
Pois bem, empós as ponderações alhures, analisando os argumentos deduzidos pelo embargante, infere-se que no julgado foram
declinados os fundamentos para o desfecho conferido à postulação, em obediência ao disposto no art. 93, inciso IX da
Constituição Federal. Isto porque o relator dirimiu a controvérsia nos limites necessários e de forma clara, explicitando as razões
que o levaram a conhecer e prover o recurso de Apelação Cível interposto contra a sentença proferida nos autos, cujo julgamento
restou assim ementado, in verbis:
I – O julgamento antecipado da lide pressupõe a comunicação prévia do juiz às partes, dando-lhes ciência
sobre sua intenção em abreviar o procedimento, sob pena de nulidade da sentença proferida sem a
observância dessa providência.
II – Não se encontrando a causa madura para julgamento, deve ser oportunizada a produção de provas com
relação aos pontos ainda não esclarecidos, nos termos do art. 370, do CPC.
III – In casu, narra o autor que em 22 de junho de 2001 adquiriu imóvel rural, conforme instrumento particular
de compromisso de compra e venda, sobre o qual foi, em 30 de dezembro de 2002, registrada hipoteca, sem
sua anuência.
V- Ademais, diversas outras questões foram suscitadas por ambas as partes a respeito de matérias não
exclusivas de direito, demandando a meu ver, imprescindível dilação probatória, não concretizada pelo
julgador de piso.
VI - Da análise dos autos, verifico que a causa foi julgada prematuramente pelo magistrado de piso, sem
elucidação de questões de direito pertinentes à justa solução dos presentes embargos, bem como ausente
intimação para as partes se manifestarem sobre eventual interesse em produzir provas, razão pela qual
impõe-se a cassação da sentença e o retorno dos autos ao juízo de origem.
No que tange à alegações de que esta relatoria foi omissa quanto a ignorar o livre convencimento motivado do julgador que
entendeu entender pela desnecessidade produção de provas, julgando antecipadamente a lide, razão não lhe assiste.
A questão debatida claramente demanda produção probatória, vez que diversas questões que poderiam interferir no mérito foram
levantadas e não esclarecidas.
Ademais, assim como o livre convencimento motivado do julgador, o devido processo legal também deve ser devidamente
NR.PROCESSO: 0274593.28.2016.8.09.0002
respeitado, porquanto o julgamento antecipado da lide pressupõe a comunicação prévia do juiz às partes, intimando-as para
manifestarem sobre eventual interesse em produzir provas.
Nesse mesmo sentido, não prospera o argumento de ausência de manifestação desta relatoria sobre a ausência de comprovação,
por parte do embargado, de negativa do CRI em registrar o imóvel, confirmando assim que a causa não estava madura para
julgamento.
Sobre o argumento de que o direito real (erga omnes) deve prevalecer sobre o direito pessoal (inter partes), reitero o acórdão
embargado no qual deixei claro que imperiosa sua observância. Contudo, entendo não mais importante que a elucidação de
questões suscitadas que podem interferir no mérito, prejudicando o direito das partes.
NR.PROCESSO: 0274593.28.2016.8.09.0002
Logo, consoante demonstrado alhures, inexistem as propaladas omissões, mas sim a insatisfação do recorrente quanto ao não
acolhimento de sua tese.
Nesta perspectiva, não vejo motivos plausíveis que justificam a alteração do entendimento já adotado no ato judicial hostilizado,
em face da inexistência de qualquer dos vícios elencados no art. 1.022 do CPC.
Por fim, esclareça-se que o prequestionamento, com a finalidade de eventual ingresso de recursos constitucionais, não exige que
a decisão recorrida mencione expressamente os artigos apontados pelas partes, uma vez que exigência se refere ao conteúdo e
não a forma e, ademais, dentre as funções do Poder Judiciário, não se encontra a do órgão consultivo.
Ante as razões expostas, já conhecidos os Embargos de Declaração, REJEITO-OS por não estar configurado os vícios previstos
nos incisos do artigo 1.022 do CPC.
É o voto.
34 RELATOR
NR.PROCESSO: 0274593.28.2016.8.09.0002
PODER JUDICIÁRIO
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
I - São cabíveis os Embargos de Declaração contra qualquer decisão judicial quando houver omissão,
contradição, obscuridade e erro material, ex vi do artigo 1.022 do CPC.
II – No caso, o magistrado singular julgou prematuramente a lide, deixando de elucidar questões suscitadas
pelas partes, bem como não oportunizou a produção de provas, razão pela qual o apelo foi provido,
determinando o retorno dos autos à origem para regular prosseguimento do feito.
III – Desse modo, como a apreciação da matéria foi realizada com fundamentação suficiente à solução da
controvérsia, embora sob um prisma diferente do almejado pelo embargante, revelando-se, na verdade, a
intenção de rediscutir a matéria, pretensão esta que não está em harmonia com a natureza e a função dos
embargos declaratórios, impõe-se a rejeição dos aclaratórios.
NR.PROCESSO: 0238704.02.2012.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
ACÓRDÃO
ACORDAM os integrantes da Primeira Turma Julgadora da 1ª Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás,
por unanimidade, EM CONHECER DA APELAÇÃO CÍVEL E DAR-LHE PARCIAL PROVIMENTO, nos termos do voto do Relator.
VOTARAM, além do RELATOR, a Desª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI e a Desª. AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO.
Custas de lei.
NR.PROCESSO: 0238704.02.2012.8.09.0051
RELATOR
COMARCA DE GOIÂNIA
VOTO
Conforme relatado, trata-se de apelação cível inter-posta pelo BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS – BMC S/A, nos autos da
revisional de empréstimo com desconto em folha de pagamento c/c indenização por dano moral e pedido de tutela ante-cipada,
ajuizada por SONIA REGINA CAPELETI SANT’ANA, por inconformado com a sentença que julgou procedente o pedido de
limitação dos descontos em 30% (trinta por cento) dos rendimentos líquidos da autora e improcedentes os outros pleitos,
condenando-a no pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, es-tes arbitrados em 10% (dez por cento) sobre o
valor atualizado da causa, porém, suspendeu a exibilidade por ser a mesma beneficiá-ria da gratuidade da justiça.
Sustenta o recorrente, em suma, a necessidade de ser revisto o valor arbitrado a título de honorários advocatícios, ao afirmar que
o Julgador primevo deixou de observar os requisitos do art. 85, §2º, do Código de Processo Civil, uma vez que tal verba de-ve ser
arbitrada em valor proporcional e condizente com as normas dali emanadas, devendo, pois, ser majorado.
Inicialmente, cumpre destacar que resta inviável a apreciação do pedido de revogação da gratuidade da justiça con-cedida à
apelada, ante a preclusão da matéria, motivo pelo qual o mesmo não merece ser conhecido.
Verifica-se que o benefício da justiça gratuita, pleitea-do na inicial, foi concedido em decisão interlocutória (fl. 17;1ºv), não tendo
sido impugnado em momento oportuno e através de re-curso adequado.
NR.PROCESSO: 0238704.02.2012.8.09.0051
“Art. 100. Deferido o pedido, a parte contrária poderá oferecer impugnação na contestação, na réplica, nas
contrarrazões de re-curso ou, nos casos de pedido superveniente ou formulado por terceiro, por meio de
petição simples, a ser apresentada no pra-zo de 15 (quinze) dias, nos autos do próprio processo, sem
sus-pensão de seu curso.”
Pois bem.
Com o advento do novo Código de Processo Civil, a fi-xação da verba honorária sucumbencial passou a ser assim defini-da:
NR.PROCESSO: 0238704.02.2012.8.09.0051
§ 1º São devidos honorários advocatícios na reconvenção, no cumprimento de sentença, provisório ou
definitivo, na execução, resistida ou não, e nos recursos interpostos, cumulativamente.
§ 2º Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez e o máxi-mo de vinte por cento sobre o valor da
condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o va-lor atualizado da
causa, atendidos:
(… .)
(… .)
§ 8º Nas causas em que for inestimável ou irrisório o proveito econômico ou, ainda, quando o valor da causa
for muito baixo, o juiz fixará o valor dos honorários por apreciação equitativa, ob-servando o disposto nos
incisos do § 2º.
(… .)
§ 11. O tribunal, ao julgar recurso, majorará os honorários fixa-dos anteriormente levando em conta o trabalho
adicional reali-zado em grau recursal, observando, conforme o caso, o disposto nos §§ 2º a 6º, sendo vedado
ao tribunal, no cômputo geral da fi-xação de honorários devidos ao advogado do vencedor, ultrapas-sar os
respectivos limites estabelecidos nos §§ 2º e 3º para a fa-se de conhecimento… .”
A respeito, importa trazer à baila a lição dos doutri-nadores Nelson Nery Junior e Rosa Maria de Andrade Nery:
“… . São objetivos e devem ser sopesados pelo juiz na ocasião da fixação dos honorários. A dedicação do
advogado, a competência com que conduziu os interesses de seu cliente, o fato de defen-der seu constituinte
em comarca onde não resida, os níveis de honorários na comarca onde se processa a ação, a complexidade
da causa, o tempo despendido pelo causídico desde o início até o término da ação, são circunstâncias que
devem ser necessaria-mente levadas em conta pelo juiz quando a fixação dos honorá-rios do advogado (… .)”
(in Código de Processo Civil Co-mentado e legislação extravagante, Ed. RT, 13ª. ed., 2013, p. 275).
Ora, nas ações em que o proveito econômico for ines-timável ou irrisório, a fixação dos honorários de sucumbência, por força de
disposição expressa da norma processual deve ser realiza-da em sintonia com as disposições encartadas no §8º do art. 85 do
Código de Processo Civil, traduzindo a condenação em valor ínfimo, em desprestígio ao trabalho do causídico.
De fato o quantum fixado na sentença recorrida, a tí-tulo de verba honorária de sucumbência é irrisório, visto que 10% (dez por
NR.PROCESSO: 0238704.02.2012.8.09.0051
cento) sobre o valor da causa equivale a apenas R$100,00 (cem reais), portanto, devem os honorários sucumbenciais serem
fi-xados observando o grau de zelo profissional, o lugar da prestação do serviço, natureza e importância da causa, o trabalho
realizado pelo advogado, bem como o tempo exigido para o seu serviço, con-forme preceitua o §2º do art. 85 do Código de
Processo Civil.
Desta forma, nos termos do supramencionado artigo, constato que o advogado da parte autora atuou com o devido zelo na defesa
dos interesses de seu constituinte, e considerando a na-tureza e importância do presente feito, bem como o trabalho por ele
desempenhado, incluindo o tempo exigido para o seu serviço, reformo a sentença singular e fixo os honorários advocatícios
su-cumbenciais em R$1.000,00 (um mil reais), com fincas no §8º do art. 85 do Código de Ritos, com observância da norma contida
no art. 98, §3º do mesmo Códex.
NR.PROCESSO: 0238704.02.2012.8.09.0051
par-cialmente provido” (4ª Câmara Cível, Apelação Cível n. 5374185-70.2017.8.09.0051, acórdão unânime
de 23/08/19, DJe de 23/08/19, Rel. Des. Carlos Hipólito Es-cher).
Como é de trivial sabença, a litigância de má-fé é o agir de modo desleal com a finalidade proposital de enganar ou lu-dibriar o
julgador; é agir com maldade e deslealdade, como clara-mente pode ser extraído da redação do art. 80 do Código de Pro-cesso
Civil. Senão vejamos:
Em análise dos documentos colacionados aos autos é perfeitamente possível verificar que a requerente/apelada não pra-ticou
nenhum dos atos previstos na norma retrotranscrita, apenas estava a exercer um direito postulatório, tanto que foi julgado
pro-cedente o seu pedido de limitação dos descontos para 30% (trinta por cento) dos seus rendimentos líquidos, conforme
formulado na exordial.
Dessa forma, entendo que inexiste nos autos qualquer con-duta de caráter doloso ou protelatório a justificar a condenação da ora
apelada, como o quer o apelante.
NR.PROCESSO: 0238704.02.2012.8.09.0051
refor-mada” (3ª Câmara Cível, Apelação Cível n. 0038908-77.2017.8.-09.0011, acórdão unânime de
24/06/19, DJe de 24/06/19, Rel. Des. José Carlos de Oliveira).
Diante do exposto, dou parcial provimento à ape-lação para, em reforma da sentença primeva, majorar os honorári-os
advocatícios de sucumbência para R$1.000,00 (um mil reais), nos termos do art. 85, §§ 2º e 8º do Código de Processo Civil,
de-vendo, todavia, ser observada a norma contida no art. 98, § 3º do referido Código, ao tempo em que a mantenho quanto ao
mais, por estes e seus próprios e jurídicos fundamentos.
É como voto.
11 RELATOR
NR.PROCESSO: 0238704.02.2012.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
I - Considerando que o valor dos honorários advocatí-cios sucumbenciais, fixados na origem em 10% (dez por
cento) do valor da causa, mostra-se ínfimo e fere a dignidade da remuneração do causídico vencedor,
impõe-se a reforma da sentença, neste particular, a fim de majorar tal verba de acordo com os critérios
dispostos no art. 85, §§ 2º e 8º do Código de Processo Civil.
II - A litigância de má-fé não pode ser presumida, sendo necessário a comprovação do dolo da parte, ou seja,
da intenção de obstrução do trâmite regular do processo. In casu não restou configurada nenhuma das
hipóteses pre-vistas no art. 80 do Código de Processo Civil a justificar a condenação da requerida ao
pagamento da referida multa, uma vez que teve parcial provimento dos seus pleitos.
III - Não merece amparo a impugnação à gratuidade da justiça aduzida somente no recurso apelatório, an-te a
inadequação da via eleita, haja vista que tal ma-téria deve ser invocada na primeira oportunidade pe-la parte
contrária, in casu, em sede de contestação (art. 100 CPC).
NR.PROCESSO: 0408139.03.2014.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
ACÓRDÃO
ACORDAM os integrantes da Primeira Turma Julgadora da 1ª Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás,
por unanimidade, EM CONHECER DOS AGRAVOS INTERNOS E NEGAR-LHES PROVIMENTO, nos termos do voto do Relator.
VOTARAM, além do RELATOR, a Desª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI e a Desª. AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO.
Custas de lei.
NR.PROCESSO: 0408139.03.2014.8.09.0051
RELATOR
VOTO
Nos termos do art. 1.021 do CPC “Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado,
observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal.”
Outrossim, o seu § 2º preconiza que “§ 2º O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre o
recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual, não havendo retratação, o relator levá-lo-á a julgamento pelo órgão
colegiado, com inclusão em pauta.”
Por sua vez, o art. 364 do Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, dispõe em seu § 3º do referido artigo,
preconiza que “o agravo regimental será protocolado e, sem qualquer formalidade, submetido ao prolator da decisão, que poderá
reconsiderar o seu ato ou submeter o recurso, na primeira sessão, ao julgamento do órgão competente.”
Assim, ao que se extrai desses dispositivos, poderá o relator, em juízo de reconsideração, conferir ou não provimento ao
regimental, dependendo das alegações que a parte porventura trouxer para análise, haja vista a possibilidade de não ter ele se
atentado para questão que seria importante para o deslinde da causa.
Os agravos internos objetivam a reforma da decisão monocrática que desproveu as apelações principal e adesiva, mantendo a
NR.PROCESSO: 0408139.03.2014.8.09.0051
sentença que, considerando indevida a recursa da operadora do plano de saúde em fornecer o procedimento cirúrgico solicitado
(apendicectomia), julgou procedente o pedido inicial para condenar a ré Unimed Goiânia Cooperativa de Trabalho Médico a
restituir à autora Débora Souza Lemes, a quantia de R$ 1.300,00 (um mil e trezentos reais), e pagar dano moral em R$ 8.000,00
(oito mil reais).
Os agravantes, por sua vez, visam a modificação do decisum no capítulo alusivo a condenação em dano moral, contudo em
sentido oposto, sendo que a primeira recorrente (Débora) almeja a sua majoração para R$ 10.000,00 (dez mil reais), e a
segunda recorrente (Unimed Goiânia) a exclusão da compensação ou a sua redução.
É que a fundamentação adotada na decisão monocrática e posteriormente reafirmada em sede de declaratórios, externou, de
forma clara e objetiva, inclusive, utilizando-se de doutrina e jurisprudência local sobre o tema (valor do dano moral no caso de
recusa injustificada pelo plano de saúde no fornecimento de tratamento médico/cirúrgico ao segurado), os motivos que
autorizaram a manutenção do valor do dano moral arbitrado na sentença, R$ 8.000,00, pois se revelou adequado e proporcional
a lesão apresentada.
“Sobre a quantificação do dano extrapatrimonial, trata-se de questão complexa, não havendo critério
matemático ou padronizado para estabelecer o montante pecuniário devido, devendo ser arbitrado segundo
o prudente arbítrio do juízo, levando em consideração o grau de culpa do ofensor, seu potencial econômico,
a repercussão social do ato lesivo, as condições pessoais da vítima e a natureza do direito violado, além dos
princípios da proporcionalidade e da razoabilidade.
No vertente caso, tenho que a quantia arbitrada pelo julgador de origem, de R$ 8.000,00 (oito mil reais), se
revela suficiente e proporcional para valorar o dano sofrido, devendo a sentença ser mantida quanto a esse
ponto.”
“Reconhecida por este relator a caracterização de ilicitude no caso concreto, manteve a condenação no valor
arbitrado pelo julgador singular, qual seja, oito mil reais, afastando, assim, o pleito de majoração para a
quantia de dez mil reais, por julgá-la equânime aos postulados da razoabilidade e proporcionalidade.
Ora, devendo o valor da indenização por dano moral ficar ao livre arbítrio do julgador que, de conformidade
com seu convencimento motivado estabelece montante que considera razoável, somente necessitaria de
reforma quando não fixado em observância aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade, situação não
verificada por este relator quando de sua análise.
NR.PROCESSO: 0408139.03.2014.8.09.0051
Desta feita, em que pesem as jurisprudências citadas na decisão recorrida terem fixado o valor indenizatório
em quantia diversa da mantida por este Tribunal, não há que se reconhecer qualquer contradição interna a
ensejar reparação, porquanto tratam-se de julgados ilustrativos e não vinculativos, que servem tão somente
de norte para análise da questão ora posta sob apreciação, cada qual com nuances fáticas e concretas
diversas umas das outras.”
Acrescente-se, para corroborar o entendimento encampado acerca do valor da compensação moral (R$ 8.000,00), recentes
julgados desta Corte de Justiça por suas Câmaras Cíveis - 1ª, 2ª, 3ª, 4ª e 5ª:
“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. PLANO DE SAÚDE. (…). DANO MORAL IN RE
ISPA. QUANTUM. (…). 5. A recusa injustificada de cobertura, por parte da operadora do plano de saúde,
para tratamento do segurado, caracteriza de dano moral in re ipsa, pois tal comportamento agrava a
situação tanto física quanto psicológica do paciente beneficiário. 6. A fixação do quantum indenizatório
exige do julgador a análise das peculiaridades do caso concreto, em que se deve levar em conta a
extensão do dano, a situação financeira das partes e observância aos princípios da razoabilidade e da
proporcionalidade, de sorte que adequado ao caso o valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais). Omissis.”2
Grifei.
NR.PROCESSO: 0408139.03.2014.8.09.0051
“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.
PLANO DE SAÚDE. DEMORA NA AUTORIZAÇÃO DE PROCEDIMENTO CIRÚRGICO. DANO MORAL
CONFIGURADO. QUANTUM INDENIZATÓRIO RAZOÁVEL E PROPORCIONAL. MAJORAÇÃO DOS
HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS. (…). 2. A demora na prestação do serviço, ao argumento de
realização de auditoria médica para a autorização do procedimento trouxe mais sofrimento ao
postulante, cabendo, pois, o dever de indenizar, sendo certo que o valor de R$ 8.000,00 (oito mil
reais) mostra-se adequado e razoável. Omissis.”5 Grifei.
Portanto, ante o exame das peças recursais, dessome-se que não foram levantadas quaisquer inovações na situação fático-
jurídica e, assim, autorizar a pretendida modificação da decisão pelos agravantes no capítulo impugnado (quantum do
dano/compensação moral).
Sendo assim, não há razões para alterar o posicionamento anteriormente adotado, tendo em vista que a decisão agravada
somente seria passível de reforma caso a parte recorrente demonstrasse erro material ou trouxesse fatos novos e robustos
capazes de alterá-la, o que não ocorreu, sendo que o mero descontentamento com o julgado não autoriza a retratação.”
De resto, quanto ao pedido de instauração de incidente de uniformização de jurisprudência formulado pela agravante Unimed
Goiânia, tem-se por incomportável, visto que revogados os dispositivos que tratavam do tema pelo novo Código de Processo
Civil.
NR.PROCESSO: 0408139.03.2014.8.09.0051
Observe-se entendimento deste Sodalício:
Assim, para a coerência e integridade da jurisprudência local, deve a parte valer-se, agora, dos novos instrumentos colocados a
disposição pelo atual regramento processual civil – v.g. IRDR.
Ante o exposto, desprovejo aos agravos internos, preservando a decisão monocrática na sua integralidade.
É o voto.
RELATOR
52
1. APC. 78348-32.2013.8.09.0137, Rel. Des. Orloff Neves Rocha, 1ª Câmara Cível, DJe 1985 de 09/03/2016.
2. APC. 0481960-45.2011.8.09.0051, Rel. Zacarias Neves Coelho, 2ª Câmara Cível, DJe de 30/07/2019.
3. ACP. 0006522-05.2016.8.09.0051, Rel. Gerson Santana Cintra, 3ª Câmara Cível, DJe de 04/04/2019.
4. APC. 179101-27.2014.8.09.0051, Rel. Des. Carlos Escher, 4ª Câmara Cível, DJe 1976 de 25/02/2016.
5. APC. 0001433-19.2016.8.09.0142, Rel. Marcus da Costa Ferreira, 5ª Câmara Cível, DJe de 02/10/2019.
6. AgInt no AREsp 1506362/CE, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, 3ª Turma, DJe 21/11/2019.
7. STJ. AgRg na AR 3.751/PR, Rel. Min. Vasco Della Giustina, 2ª Seção, DJe 17/06/2009.
8. AGI. 5103853-84.2018.8.09.0000, Rel. Sebastião Luiz Fleury, 4ª Câmara Cível, DJe de 21/03/2019.
NR.PROCESSO: 0408139.03.2014.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
AGRAVOS INTERNOS
I- Nos termos do art. 1.021, do CPC contra a decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o
órgão colegiado.
II- A negativa indevida de cobertura de atendimento de urgência pela operadora de plano de saúde
caracteriza dano moral passível de indenização, vez que gera no paciente abalo psicológico e angústia, ao
não ter à sua disposição o amparo contratado justamente no momento em que dele necessitava.
III- Revela-se adequado, suficiente e proporcional ao caso concreto o valor do dano moral arbitrado em R$
8.000,00 (oito mil reais), o qual, inclusive, encontra-se em harmonia com a jurisprudência superior e local
acerca do tema.
IV- Diante da inexistência de motivo plausível para a reforma, vez que ausentes novos elementos capazes de
modificar a convicção inicial do relator, visando os recursos, apenas, o reexame de matéria já decida, deve
ser mantido o decisum combatido.
NR.PROCESSO: 0007538.31.2014.8.09.0029
PODER JUDICIÁRIO
COMARCA DE CATALÃO
1ª Câmara Cível
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 0007538.31.2014.8.09.0029
VISTOS, relatados e discutidos os presentes autos de APELAÇÃO CÍVEL Nº 0007538.31.2014.8.09.0029-
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, da Comarca de CATALÃO, interposta por MAPFRE SEGUROS GERAIS S/A.
ACORDAM os integrantes da Primeira Turma Julgadora da 1ª Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do
Estado de Goiás, por unanimidade, EM ACOLHER PARCIALMENTE DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, nos termos do voto
do Relator.
VOTARAM, além do RELATOR, a Desª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI e a Desª. AMÉLIA MARTINS
DE ARAÚJO.
Custas de lei.
COMARCA DE CATALÃO
NR.PROCESSO: 0007538.31.2014.8.09.0029
1ª Câmara Cível
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
VOTO
Sabe-se que os embargos de declaração (CPC, art. 1022) são cabíveis somente nas hipóteses de ambiguidade,
obscuridade, contradição ou omissão ocorridas no acórdão embargado, não se prestando ao reexame das questões já decididas.
Por construção jurisprudencial, o recurso é admitido também para sanar eventual erro material.
Em que pese a embargante acusar omissão sobre a grafia da modificação empreendida na condenação dos
honorários advocatícios, na verdade trata-se de mero erro material, passível de correção.
De fato, no julgamento sucedeu a parametrização dos honorários advocatícios, reduzindo-os para 10%. Entretanto, a
grafia por extenso reportou-se a vinte por cento. Logo, compete nesta parte alterar/corrigir a parte dispositiva para “reduzir
os honorários advocatícios para o importe de 10% (dez por cento) sobre o valor da causa”.
Sobre a contradição e omissão acerca da motivação jurídica na apreciação das provas processuais, tem-se que
razão não assiste à embargante.
Segundo o STJ – REsp 1806984, data da publicação 1/7/2019 – é contraditória a decisão que induz proposições
internas inconciliáveis (fundamentação) ou resultados ininteligíveis (incompatibilidade com o dispositivo do julgamento). Já a
omissão corresponde à ausência de apreciação de questão arguida pela parte e não enfrentada pelo julgador.
No presente caso, o dispositivo do acórdão embargado está em perfeita consonância com a fundamentação que lhe
antecede, não havendo contradição interna a ser sanada. Igualmente, os fundamentos levantados foram examinados para se
concluir com o julgamento.
NR.PROCESSO: 0007538.31.2014.8.09.0029
O recurso integrativo não se presta a corrigir contradição externa entre a decisão impugnada e o entendimento da
parte, ou entre este e outras decisões do Tribunal, bem como não se revela instrumento processual vocacionado para sanar
eventual error in judicando (STJ, AgInt no REsp 1831451/CE, DJe 18/12/2019).
De forma objetiva, a questão apontada como contraditória e omissa condizente com as regras de averbação restou
concluída pelo Colegiado no sentido de observar-se as condições previstas no contrato, quais sejam, que o “segurado é obrigado
a enviar os embarques diariamente antes do início dos riscos, ou seja, antes da saída do veículo transportador, sob pena de
isentar a seguradora da responsabilidade de efetuar o pagamento de qualquer indenização decorrente do seguro”.
No caso, a transportadora tomou conhecimento da carga, no dia 4/10/2013, e enviou sua averbação à seguradora no
dia 7/10/2013, inclusive com um dia de atraso da data do sinistro, ocorrido em 6/10/2013. Inexistem previsões contratuais ou
mesmo jurisprudenciais condizentes com averbação somente em dias úteis.
Considerando que a pretensão da embargante é nitidamente rediscutir a matéria já apreciada e ter, assim, rejulgado
o recurso de apelação, mostra-se incabível a utilização dos embargos de declaração para esta finalidade. Advirta-se, por fim, que
eventual inconformismo deve ser objeto de recurso próprio.
Nesse contexto, ausente contradição e omissão a merecer esclarecimentos, acolho parcialmente os embargos de
declaração unicamente para corrigir o erro material, consoante fundamentação expendida.
06
NR.PROCESSO: 0007538.31.2014.8.09.0029
PODER JUDICIÁRIO
COMARCA DE CATALÃO
1ª Câmara Cível
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
NR.PROCESSO: 5126639.88.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
ACÓRDÃO
ACORDAM os integrantes da Primeira Turma Julgadora da 1ª Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás,
por unanimidade, EM CONHECER DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO E REJEITÁ-LOS, nos termos do voto do Relator.
VOTARAM, além do RELATOR, a Desª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI e a Desª. AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO.
Custas de lei.
NR.PROCESSO: 5126639.88.2019.8.09.0000
RELATOR
COMARCA DE GOIÂNIA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
VOTO
Sabe-se que os embargos de declaração se prestam a esclarecer ou sanar vícios de fundamentação apostos na decisão judicial e
que nomeadamente comprometam sua clareza (obscuridade, contradição, erro material), ou que denotem deficiência sobre
questão controvertida entre as partes (omissão).
É o que se extrai do art. 1.022 do CPC: “Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: I -
esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz
de ofício ou a requerimento; III - corrigir erro material.” Grifei.
A vexatio quaestio dos declaratórios é atinente ao acórdão unânime que desproveu o agravo de instrumento por si interposto,
nos termos do voto do Relator, mantendo a decisão que, saneando o processo, afastou a alegação de prescrição levantada pelo
ora agravante/embargante.
Rememoro que a parte agravada propôs a ação indenizatória objetivando a reparação por benfeitorias que teriam sido realizadas
no imóvel “Chácara Retiro” de propriedade do recorrente, Maurício Sanford Fontenelle (ESPÓLIO), no curso da União Estável
(1992- fevereiro/1999) que a recorrida manteve com o filho do agravante (Sr. Eduardo Sanford Fontenelle).
Em suas razões o ora recorrente, em suma: reitera que a controvérsia dos autos se refere ao reconhecimento da prescrição da
pretensão indenizatória da autora já que transcorreu mais de 20 anos desde a perda da posse do imóvel; renovando, pontifica que
o acórdão é obscuro e omisso em relação à alegação de que: a) não houve causa interruptiva da prescrição, já que além de o
agravante/embargante não ser parte na ação declaratória de união estável possuem, as demandas declaratória e indenizatória,
naturezas distintas; b) a pretensão da autora já estava fulminada pela prescrição quando esta propôs a demanda indenizatória em
agosto/2017; defende a existência de “contradição do acórdão com a decisão do Des. Carlos França que expressamente dispõe
que qualquer indenização deve ser pleiteada pela Agravada em ação própria em face de seu ex-companheiro e não do Agravante
que sequer foi parte na ação declaratória de união estável, portanto, é medida de Justiça reconhecer que se trata de pretensão
PRESCRITA, dormientibus non succurrit jus.”; faz o pré-questionamento de pontos do ato objurgado.
NR.PROCESSO: 5126639.88.2019.8.09.0000
Sem delongas, tem-se por descabidos os embargos. Explico.
É nítido que os embargos de declaração interpostos, sob o fundamento de que o acórdão embargado encontra-se impregnado
pelos vícios da omissão/obscuridade/contradição, objetiva a revisão das questões cuidadosamente analisadas quando do
julgamento do agravo de instrumento.
Ora, no acórdão objurgado (evento 16), restou consignado, de maneira fundamentada, que: 1) a parte agravada/embargada
propôs a ação indenizatória objetivando a reparação por benfeitorias que teriam sido realizadas no imóvel “Chácara Retiro” de
propriedade do recorrente, Maurício Sanford Fontenelle (ESPÓLIO), no curso da União Estável (1992- fevereiro/1999) que a
recorrida manteve com o filho do agravante (Sr. Eduardo Sanford Fontenelle); 2) por ser o agravo de instrumento recurso
secundum eventum litis, o exame realizado por este Tribunal está limitado apenas ao acerto ou desacerto da decisão singular
atacada, in casu, pertinente analisar tão somente o aspecto da legalidade da decisão agravada, vez que ultrapassar seus limites,
ou seja, perquirir sobre argumentações meritórias, seria antecipar ao julgamento do mérito da demanda, o que importaria na
vedada supressão de instância; 3) Conforme a decisão proferida no bojo do AI n. 235153-36 (Relator Des. Carlos Alberto França),
transitada em julgado, somente após a instrução probatória da ação declaratória de união estável e caso fosse verificada que a
propriedade do bem que se buscava partilhar pertencia a terceiro, por não ter sido demonstrado que ele foi doado pelo de
cujos/agravante ao ex companheiro da agravada e filho daquele, poderia a autora/recorrida intentar ação própria, em face do
proprietário do bem, para pleitear a indenização pelas benfeitorias e outros gastos realizados na edificação; 4) somente com o
julgamento da ação declaratória de união estável (22.08.2017) reconhecendo a união estável entre a agravada e o filho do de cuju
s/agravante, mas que não realizou a partilha pretendida, posto que não comprovado que o bem pertencia ao casal, é que nasceu
para a autora/recorrida a pretensão (actio nata) para pleitear, dentro do prazo de 3 anos (art. 206, §3º do CC/02), mediante ação
indenizatória, a reparação pelas benfeitorias que alega ter realizado com o ex-companheiro, no imóvel de propriedade do pai
deste e ora agravante; 5) considerando que entre a data da prolação da sentença (22.08.2017), quando nasceu o direito da
agravada (actio nata) pleitear indenização e aquela em que protocolizada a petição inicial da demanda indenizatória (16.01.2018),
não transcorreram mais de 3 anos, não há se falar em prescrição da pretensão da recorrida, conforme afirma a parte agravante,
pelo que deve ser mantida a decisão objurgada.
Outrossim, não há se falar em contradição do acórdão com a decisão do Des. Carlos Alberto França. Convém ressaltar que a
contradição que dá ensejo à oposição de embargos declaratórios deve ser interna, entre as proposições do próprio julgado
impugnado, não sendo este o caso dos autos.
Ademais, importante destacar, apenas, que o fato do julgador não se pronunciar sobre todos os argumentos fáticos ou jurídicos
invocados pelas partes, como ressaltado pela embargante no presente caso, não significa que a prestação jurisdicional é
omissa ou carente de fundamentação, pois o juiz não está obrigado a manifestar-se sobre todos os pontos contidos nos
petitórios, quando já tenha encontrado motivação bastante para alicerçar sua decisão/convicção. Sobre o tema, cito
julgados do Superior Tribunal de Justiça (inclusive sob a vigência do NCPC) e desta Corte de Justiça:
Deste cenário jurídico e processual, ressai que o acórdão manifestou-se de forma suficiente e motivada, sem defeito intrínseco e
apto a reabertura da discussão da matéria unicamente porque contrário aos interesses da recorrente. Veja excerto do
Tribunal da Cidadania:
NR.PROCESSO: 5126639.88.2019.8.09.0000
“PROCESSUAL CIVIL.(…). II - Os embargos de declaração somente são cabíveis para a modificação do
julgado que se apresentar omisso, contraditório ou obscuro, bem como para sanar possível erro material
existente na decisão, o que não aconteceu no caso dos autos. III - Os embargos de declaração não se
prestam ao reexame de questões já analisadas, com o nítido intuito de promover efeitos
modificativos ao recurso, quando a decisão apreciou as teses relevantes para o deslinde do caso e
fundamentou sua conclusão. Omissis.”3 Grifei.
Noutro aspecto, mister enfatizar que também para oposição de embargos com o propósito de pré-questionamento é necessária a
constatação de alguma das imperfeições elencadas no art. 1.022 do Código de Processo Civil, não evidenciadas no caso em
apreço. Confira o seguinte julgado deste Sodalício:
Ademais, prescindível a emissão de juízo de valor expresso sobre normas legais, para fins de pré-questionamento, considerando
o fato de que o art. 1.025, do Código de Processo Civil, consagra atualmente a figura do pré-questionamento ficto, verbis: “Art.
1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda
que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão,
contradição ou obscuridade.” Grifei.
Ante o exposto, rejeito os embargos de declaração ante a não-configuração das hipóteses previstas no art. 1.022 do Código de
Processo Civil, em particular a omissão.
É o voto.
RELATOR
21
NR.PROCESSO: 5126639.88.2019.8.09.0000
1. EDcl no MS 21.315/DF, Rel. Min. Diva Malerbi, 1ª Seção, DJe 15/06/2016.
3. EDcl no AgInt nos EAREsp 261.715/MS, Rel. Min. Francisco Falcão, 1ª Seção DJe 23/06/2017.
4. APC. 379462-65.2011.8.09.0051, Rel. Dr. José Carlos de Oliveira, DJe 2031 de 19/05/2016.
5. AgInt no AREsp 1017912/RS, Rel. Min. Assusete Magalhães, 2ª Turma, DJe 16/08/2017.
NR.PROCESSO: 5126639.88.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
I - Os embargos de declaração prestam-se a esclarecer ou sanar vícios apostos na decisão judicial e que
nomeadamente comprometam sua clareza (obscuridade, contradição, erro material) ou que denotem
deficiência sobre questão controvertida entre as partes (omissão).
II- Inexistente os indigitados vícios, a rejeição dos aclaratórios é medida que se impõe. No caso vertente,
não se constatam os vícios alegados pela parte embargante, que busca rediscutir matéria devidamente
examinada pela decisão embargada, o que é incabível nos embargos declaratórios.
III- Considerando a consagração pelo art. 1.025 do CPC, do denominado pré-questionamento ficto,
necessário apenas a oposição dos embargos de declaração para o preenchimento do referido requisitos
exigido pelos recursos extraordinários.
NR.PROCESSO: 0423338.35.2016.8.09.0006
ACÓRDÃO
ACORDAM os integrantes da Primeira Turma Julgadora da 1ª Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás,
por unanimidade, EM CONHECER DAS APELAÇÕES CÍVEIS E DAR PROVIMENTO À PRIMEIRA, REFORMANDO A
SENTENÇA E NEGAR PROVIMENTO À SEGUNDA, nos termos do voto do Relator.
VOTARAM, além do RELATOR, a Desª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI e a Desª. AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO.
Custas de lei.
RELATOR
COMARCA: ANÁPOLIS
NR.PROCESSO: 0423338.35.2016.8.09.0006
2º APELANTE: MATHEUS FORNASIERE FERREIRA
VOTO
Conforme relatado, o inconformismo do primeiro apelante cinge-se contra a sentença que julgou procedente o pedido de
condenação em danos morais, enquanto o segundo recorrente insurge em face da fixação dos honorários advocatícios.
Sem delongas, merece respaldo a insurgência do primeiro apelante quanto aos danos morais. Explico.
Com efeito, apesar da ocorrência do ato ilícito praticado pela recorrente, para que esta fosse condenada a pagar indenização,
deveria o autor comprovar, mesmo que minimamente, o dano moral sofrido e o nexo de causalidade entre a conduta antijurídica
da recorrente e a lesão ocorrida.
Do compulso dos autos, verifica-se que a cobrança indevida dos serviços chamados Combo Multi Net, não ensejou qualquer
repercussão nos direitos da personalidade do apelado. Se quer houve negativação do nome do requerente.
Na verdade, os fatos narrados traduzem hipótese de descumprimento contratual, o que configura mero aborrecimento, incapaz de
gerar indenização a título de reparação por danos morais.
Ocorreu, sim, um transtorno, mas tal não pode ser considerado um dissabor apto a produzir reflexos na honra subjetiva da pessoa
física.
Com efeito, o Superior Tribunal de Justiça consolidou o entendimento de que não há dano moral presumido decorrente da
cobrança indevida de serviço de telefonia, sem corte do fornecimento ou inscrição em cadastro de inadimplentes,
conforme evidenciam os seguintes precedentes:
NR.PROCESSO: 0423338.35.2016.8.09.0006
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. TELEFONIA.
DANO MORAL PRESUMIDO. NÃO OCORRÊNCIA. SUCUMBÊNCIA. SÚMULA Nº 7/STJ. HONORÁRIOS
RECURSAIS. NÃO CABIMENTO. 1. (...) 2. Nos casos de cobrança indevida de serviço de telefonia, em
que não há inscrição do nome do consumidor em cadastro de inadimplentes, o dano moral não é
presumido. 3. (…) 5. Agravo interno não provido. (STJ, AgInt no AgRg no AREsp 665.074/RS, Rel. Ministro
RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, DJe 02/04/2018, g.) grifei
(...) Inexistindo qualquer ato restritivo de crédito, a mera cobrança de valores por serviços não contratados
não gera danos morais indenizáveis (...). (STJ, Segunda Turma, REsp 1660377/RS, DJe 19/06/2017, Rel.
Min. Herman Benjamin) Grifei
Destarte, o simples descumprimento de um dever contratual não configura dano moral indenizável, salvo se da infração advém
circunstância que atenta contra dignidade da parte, o que não é hipótese destes autos, porquanto inexistente prova da interrupção
do serviço ou de negativação do nome do recorrido junto aos órgãos de proteção ao crédito.
Saliente-se, outrossim, que o Estatuto Consumerista, ao estipular a possibilidade de inversão do ônus da prova em favor do
consumidor, como meio de facilitação da defesa de seus direitos, não lhe assegurou dispensa probatória absoluta, visto que, do
contrário, muito cômoda seria a sua posição, que apenas teria de vir aos autos, fazer suas alegações e permanecer inerte,
aguardando do fornecedor toda a esquiva do direito afirmado em juízo.
Certamente, não foi essa a intenção de nosso legislador, considerando que a Lei nº 8.078/90 visa, precipuamente, trazer equilíbrio
à relação entre fornecedor e consumidor, e não mantê-la desequilibrada.
Por conseguinte, o sopesar da norma especial protetiva não desobriga a parte autora da demanda de provar os fatos constitutivos
do seu direito, quando lhe for acessível, nem se destina a impor ao réu a produção de provas impossíveis.
NR.PROCESSO: 0423338.35.2016.8.09.0006
REJEITADOS. (TJGO, APELAÇÃO 0100030-44.2012.8.09.0051, Rel. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO
REQUI, 1ª Câmara Cível, julgado em 13/03/2019, DJe de 13/03/2019) grifei
Destarte, não tendo o autor comprovado o dano moral por ele experimentado, não há que se falar em dever de indenizar, razão
pela qual a reforma da sentença é medida que se impõe.
Diante do acolhimento da tese recursal e considerando a sucumbência do recorrido, tenho que a parte autora deverá arcar com o
pagamento integral das custas processuais e verba honorária, fixada em 10% sobre o valor da causa, nos temos do art. 85, caput
e §2º do CPC.
Diante do exposto, dou provimento ao recurso interposto pela empresa ré, para reformando a sentença, julgar improcedente o
pedido de indenização por dano moral. Por conseguinte, condeno, a parte apelada/autor ao pagamento de eventuais custas e
honorários advocatícios arbitrados em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa, observando o art. 98, §3º do CPC.
NR.PROCESSO: 0423338.35.2016.8.09.0006
Por outro lado, nego provimento ao apelo interposto pelo autor.
É o voto.
RELATOR
17
NR.PROCESSO: 0423338.35.2016.8.09.0006
EMENTA: APELAÇÕES CÍVEIS. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C
INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. DÉBITO INEXISTENTE. DANO MORAL NÃO
CARACTERIZADO. AUSÊNCIA DE NEGATIVAÇÃO. MERO ABORRECIMENTO.
II - Não tendo o autor comprovado o dano moral por ele experimentado, não há falar em dever de
indenizar. Precedentes do STJ.
NR.PROCESSO: 0320544.63.2014.8.09.0051
APELAÇÃO CÍVEL Nº 0320544.63.2014.8.09.0051
COMARCA DE GOIÂNIA
RECURSO ADESIVO
VOTO
NR.PROCESSO: 0320544.63.2014.8.09.0051
Por questão de didática processual, cumpre analisar as preliminares e o mérito de
ambos recursos conjuntamente.
Igual posicionamento, colhe-se dos seguintes julgados desta Egrégia Corte de Justiça:
NR.PROCESSO: 0320544.63.2014.8.09.0051
oportuno. (...) RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO”.
(TJGO, Apelação (CPC) 5366581-96.2017.8.09.0006, Rel. KISLEU DIAS
MACIEL FILHO, 4ª Câmara Cível, julgado em 13/12/2018, DJe de
13/12/2018) (Grifei).
Neste ponto alegam os apelantes que os cheques que instruíram a ação monitória
tratam-se de títulos nominais à ordem e considerando que não houve endosso em
nenhum dos cheques apresentados e que não foram nominados ao autor, não seria o
requerente parte legítima a integrar a lide.
Pois bem. Da análise dos títulos que instruem o feito observo que o cheque nº 851355
foi nominado a Onã Mendes dos Santos e no verso do título é possível verificar a
assinatura do beneficiário (evento nº 03. doc. 22 fls. 119), configurando, assim, a
existência do endosso em branco.
No entanto, quanto ao cheque nº 851354, este foi nominal à ordem a Júnior César
Peres, não havendo qualquer tipo de endosso (evento nº 03, doc. 22 fls. 120), sendo
necessário reconhecer que não houve autorização para que o título circulasse e,
portanto, não deve ser o autor considerado como parte legítima a cobrar o valor
constante do título.
NR.PROCESSO: 0320544.63.2014.8.09.0051
valores relativos ao referido título.
NR.PROCESSO: 0320544.63.2014.8.09.0051
com o próprio portador ou em aspectos formais do título. 5.
Evidenciada a sucumbência recursal, é imperiosa a majoração
dos honorários advocatícios de sucumbência anteriormente
fixados, consoante previsão do artigo 85, § 11, do Código de
Processo Civil. 6. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA, MAS
DESPROVIDA”. (TJGO, Apelação (CPC) 0071718-53.2015.8.09.0051,
Relª ELIZABETH MARIA DA SILVA, 4ª Câmara Cível, julgado em
18/02/2019, DJe de 18/02/2019) (Grifei)
Noutro giro, os apelantes aduzem que em sede de embargos à monitória foi pleiteado
o abatimento do preço do serviço e, em respeito ao princípio da instrumentalidade das
formas, tal pleito deveria ter sido recebido como reconvenção.
Convém destacar que a defesa à ação monitória foi apresentada aos autos na vigência
do revogado Código de Processo Civil de 1973, motivo pelo qual a análise deste ponto
deverá ocorrer com base nas normas nele dispostas.
NR.PROCESSO: 0320544.63.2014.8.09.0051
Enfim, reconvenção e pedido contraposto são espécies de um
mesmo gênero: demanda do réu contra o autor. Distinguem-se
pela amplitude da cognição judicial a que dão ensejo.(...)” (Didier
Jr, Fredie. Curso de direito processual civil: introdução ao direito
processual civil, parte geral e processo de conhecimento / Fredie Didier
Jr. - 19 ed. - Salvador: Ed. JusPodivm, 2017.)
NR.PROCESSO: 0320544.63.2014.8.09.0051
(Grifei).
Assim, não há meios para que os pedidos formulados na defesa dos réus, ora
apelantes, e reafirmados neste recurso sejam deferidos, conquanto restritos à mesma
causa de pedir remota e, portanto, não houve a apresentação do procedimento
correto.
Importante destacar que a simples propositura da ação não pode ser caracterizada
como litigância de má-fé, visto que a aplicação de tal instituto exige prova inconteste
da comprovação de conduta deliberada e dolosa da parte, que caracterize afronta à
realidade dos fatos, o que não ocorreu no caso em tela.
NR.PROCESSO: 0320544.63.2014.8.09.0051
Como é cediço, a existência de um contrato pressupõe alguns requisitos, dentre eles a
declaração de vontade das partes, que é expressa através da oposição de assinatura
no pacto.
De fato, verifico que o documento colacionado ao feito não possui assinatura do autor
ou dos requeridos, deste modo, ausente a manifestação de vontade das partes, não
há que considerá-lo para fins de prova do valor devido.
NR.PROCESSO: 0320544.63.2014.8.09.0051
É o voto.
NR.PROCESSO: 0320544.63.2014.8.09.0051
consequentemente, não há que se falar em contrato.
APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E PARCIALMENTE
PROVIDA. RECURSO ADESIVO CONHECIDO E
DESPROVIDO.
ACÓRDÃO
Fez sustentação oral na sessão anterior, o Dr. Lucas Crescente Alves Maciel, em favor
dos apelantes.
NR.PROCESSO: 0320544.63.2014.8.09.0051
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO MONITÓRIA. IMPUGNAÇÃO À ASSISTÊNCIA
JUDICIÁRIA. CHEQUE NOMINAL À ORDEM SEM ENDOSSO. ILEGITIMIDADE
ATIVA. ENDOSSO EM BRANCO. CIRCULAÇÃO DO TÍTULO. IMPOSSIBILIDADE
DE DISCUSSÃO DA CAUSA DA DÍVIDA. PEDIDO CONTRAPOSTO NOS
EMBARGOS À MONITÓRIA. IMPOSSIBILIDADE. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ.
CONTRATO SEM ASSINATURA. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS DE EXISTÊNCIA. I
– Tendo os réus deixado de apresentar o recurso cabível quando do deferimento dos
benefícios da gratuidade da justiça ao autor, considera-se operada a preclusão sobre a
matéria, motivo pelo qual não pode ser discutida em sede de apelo. II – Considerando
que os cheques que instruíram a ação monitória tratam-se de títulos nominais à ordem
sua circulação depende da ocorrência de endosso, motivo pelo qual deve ser
reconhecida a ilegitimidade ativa do autor quanto aos títulos em que não ocorreram o
endosso. III – “Em ação monitória fundada em cheque prescrito ajuizada contra o
emitente, é dispensável a menção ao negócio jurídico subjacente à emissão da
cártula. Súmula 531 do STJ. IV - O pedido contraposto somente é possível nas
hipóteses expressamente elencadas no regramento legal, quais sejam, ações de
natureza dúplice e nas demandas que tramitam nos Juizados Especiais, o que não
ocorre no caso em análise. V – A simples propositura da ação não pode ser
caracterizada como litigância de má-fé, visto que a aplicação de tal instituto exige
prova inconteste da comprovação de conduta deliberada e dolosa da parte, que
caracterize afronta à realidade dos fatos. VI - A ausência de manifestação de vontade,
faticamente aferível, impede a existência do negócio jurídico e, consequentemente,
não há que se falar em contrato. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E
PARCIALMENTE PROVIDA. RECURSO ADESIVO CONHECIDO E DESPROVIDO.
NR.PROCESSO: 5038303.45.2018.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
ACÓRDÃO
ACORDAM os integrantes da Primeira Turma Julgadora da 1ª Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás,
por unanimidade, EM CONHECER DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO E REJEITÁ-LOS, nos termos do voto do Relator.
VOTARAM, além do RELATOR, a Desª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI e a Desª. AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO.
Custas de lei.
NR.PROCESSO: 5038303.45.2018.8.09.0000
RELATOR
COMARCA DE GOIATUBA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
VOTO
Consoante relatado, cuidam-se de Embargos Declaratórios opostos por JOSÉ ALONSO ANDRADE DA SILVEIRA contra o
Acórdão (Evento nº 58), o qual, por unanimidade, conheceu e desproveu o Agravo de Instrumento interposto em face de
ESPÓLIO DE AFRÂNIO XAVIER DE CASTILHO, que tinha por objetivo a reforma da decisão vista no evento 01, proferida nos
autos da ação de reintegração de posse, em fase de cumprimento de sentença, ajuizada pelo embargado.
Da detida leitura da peça recursal, observa-se que o embargante alega contradição e erro material no acórdão vergastado, sob o
argumento de que existem fundamentos relevantes, capazes de alterar a conclusão do julgador, que apesar de invocados nas
razões recursais, não foram devidamente apreciados.
Pois bem, extrai-se do caderno processual que o embargante sob o argumento de contradição e erro material, pretende, tão
somente, rediscutir a matéria de acordo o seu ponto de vista, utilizando meio impróprio para tal fim. Explico.
Ab initio, é mister registrar que os Embargos de Declaração constituem um meio formal de integração, estando voltados a
complementar o decisum omisso ou aclará-lo quando apresentar obscuridade ou contradição, bem como corrigir erro material.
Inteligência do artigo 1.022 do CPC, ad litteram:
NR.PROCESSO: 5038303.45.2018.8.09.0000
“Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra decisão judicial para:
II – suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
Sobre o alcance dos embargos declaratórios, com muita propriedade, ainda, ensinam FREDIE DIDIER JÚNIOR e LEONARDO
CARNEIRO DA CUNHA que:
“Os casos previstos para manifestação dos embargos declaratórios são específicos, de modo que somente
são admissíveis quando se apontar a existência de erro material, obscuridade, contradição ou omissão em
questão (ponto controvertido) sobre a qual deveria o juiz ou o tribunal pronunciar-se necessariamente. Os
embargos de declaração são, por isso, espécie de recurso de fundamentação vinculada.
Cabe ao embargante, nas suas razões, alegar a existência de omissão, obscuridade, contradição e erro
material. A simples alegação já é suficiente para que os embargos sejam conhecidos. Se efetivamente houve
ou não a omissão, a obscuridade, a contradição ou o erro material, aí a questão passa a ser de mérito
recursal, sendo hipótese de acolhimento ou rejeição? (in Curso de Direito Processual Civil, vol. 3.
Salvador, Ed: JusPodivm, 2016. p. 248).
Nesse aspecto, elementar que o aludido recurso não consubstancia crítica ao ofício judicante, mas serve-lhe ao seu
aprimoramento, já que se trata de verdadeira contribuição da parte em prol do devido processo legal.
Todavia, necessário destacar que não existe contradição ou erro material quando se analisa a matéria versada, mas
desconformidade sobre o ponto de vista o qual reputa correto o embargante.
Ademais, vale lembrar que os embargos de declaração não são remédio para obrigar o julgador a renovar ou reforçar a
fundamentação do decisório e, também, não se prestam à reanálise das provas dos autos, bem como a análise de novo pedido.
Desse modo, estando a amplitude material do presente recurso delimitada em lei, não pode a parte utilizá-lo como forma de
expressar sua irresignação com o que restou decidido, ou seja, na intenção de rejulgamento da causa. A atribuição de efeito
modificativo “(…) é possível apenas em situações excepcionais, em que sanada a omissão, contradição ou obscuridade, a
alteração da decisão surja como consequência necessária.” (STJ, EDcl no REsp nº 1.410.267/PR, Relª Minª Nancy Andrighi,
DJe de 19/12/2013).
Pois bem, após as ponderações acima, analisando os argumentos deduzidos pelo embargante, infere-se que no julgado foram
NR.PROCESSO: 5038303.45.2018.8.09.0000
declinados os fundamentos para o desfecho conferido à postulação, em obediência ao disposto no art. 93, inciso IX da
Constituição Federal. Isto porque o relator dirimiu a controvérsia nos limites necessários e de forma clara, explicitando as razões
que o levaram a conhecer e desprover o agravo de instrumento interposto contra a decisão proferida nos autos de origem.
No que tange à alegação de que esta relatoria foi contraditória quanto a dizer que a demarcação seria tratada a posteriori pelo
julgador de piso, razão não lhe assiste, vez que ao fazer a leitura da peça recursal por inteiro, extrai-se que a questão da
demarcação propriamente dita não era o cerne deste agravo, mas sim a reintegração, razão pela qual foi dito que a discussão a
respeito da demarcação seria tratada pelo magistrado singular.
Sobre a ausência de citação do cônjuge usufrutuária do embargante, reitero o acórdão no sentido de que tal insurgência encontra-
se superada, posto que decida nos embargos de terceiros (autos nº 201593583251), objeto de Recurso Especial no STJ (evento
63, dos autos 81501.02), não conhecido por ausência de impugnação específica, e arquivado em 04 de outubro de 2019.
No tocante, ainda, a terceira questão debatida, qual seja, a impossibilidade de cumular ação de reintegração de posse com
demarcação, razão também não lhe assiste.
A insurgência, ainda que valiosa, não foi objeto de questionamento prévio na peça de agravo juntada no evento 01 e, por tal
razão, não restou impugnada na instância singela, muito menos decidida na decisão ora atacada, caracterizando-se inovação
recursal não permitida na espécie (artigo 1.013, caput, do CPC), verbi gratia: TJGO, 1ª CC, AC 182718-62.2016.8.09.0006, Rel.
MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI, DJe 11/10/18)
A despeito do alegado pelo embargante, vejo que todos os pontos insurgidos foram exaustivamente analisados.
NR.PROCESSO: 5038303.45.2018.8.09.0000
apreciado com clareza que o montante a ser restituído será apurado em fase de liquidação de sentença,
aplicando-se os parâmetros fixados em sentença e confirmados por esta Corte, não há falar em omissão.
Ademais, impende frisar que só há a repetição daquilo que foi efetivamente pago. 3. Assim, não verificado
qualquer dos vícios elencados no artigo 1.022, do CPC, pretende o embargante apenas rediscutir a
matéria por discordar do entendimento ali adotado, o que não se admite na via estreita dos
aclaratórios. 4. O artigo 1.025 do Código de Processo Civil/2015 passou a acolher a tese do
prequestionamento ficto, ficando o atendimento desse requisito condicionado ao reconhecimento, pelos
Tribunais Superiores, de que a inadmissão ou a rejeição dos aclaratórios na origem violou o artigo 1.022 do
referido Estatuto Processual Civil. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS, MAS REJEITADOS.”
(TJGO, Apelação (CPC) 0299420-04.2007.8.09.0137, Rel. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI, 1ª
Câmara Cível, julgado em 29/08/2019, DJe de 29/08/2019). Destaquei.
Logo, consoante demonstrado alhures, inexistem as propaladas contradições ou erro material, mas sim a insatisfação do
recorrente quanto ao não acolhimento de sua tese.
Nesta perspectiva, não vejo motivos plausíveis que justificam a alteração do entendimento já adotado no ato judicial hostilizado,
em face da inexistência de qualquer dos vícios elencados no art. 1.022 do CPC.
Ante o exposto, rejeito os embargos de declaração ante a não-configuração das hipóteses previstas no art. 1.022 do Código de
Processo Civil.
É o voto.
RELATOR
34
NR.PROCESSO: 5038303.45.2018.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
I - São cabíveis os Embargos de Declaração contra qualquer decisão judicial quando houver omissão,
contradição, obscuridade e erro material, ex vi do artigo 1.022 do CPC.
II – Da análise dos autos, não restou verificada a existência de qualquer ilegalidade ou teratologia na decisão
agravada, vez que devidamente fundamentada em lei.
III – Desse modo, como a apreciação da matéria foi realizada com fundamentação suficiente à solução da
controvérsia, embora sob um prisma diferente do almejado pela parte embargante, revelando-se, na verdade,
a intenção de rediscutir a matéria, pretensão esta que não está em harmonia com a natureza e a função dos
embargos declaratórios, impõe-se a rejeição dos aclaratórios.
NR.PROCESSO: 5074934.17.2020.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
DECISÃO MONOCRÁTICA
Argumenta que “mesmo diante da declaração expressa de que ‘não tem condições de pagar as custas
NR.PROCESSO: 5074934.17.2020.8.09.0000
processuais sem prejuízo do próprio sustento e/ou família’ requerendo assim a concessão da justiça gratuita, nos termos
da Lei nº 1.060/50, bem como nos termos da declaração de hipossuficiência que foi assinada e juntada aos autos, o
Juízo daquela vara simplesmente indeferiu o pedido de justiça gratuita e determinou o recolhimento das custas
processuais, estas no valor de R$ 856,79 (oitocentos e cinquenta e seis reais e setenta e nove centavos), mesmo após
o agravante ter emendado a inicial com cópia sua carteira de trabalho, contracheques (renda bruta R$ 1.200,00, líquida
R$ 1.104,00) e extrato bancário”.
Informa que reside com sua família na fazenda onde trabalha, não possui casa própria
nem automóvel.
Argumenta que o magistrado singular não analisou com acuidade sua situação
financeira, e que não se mostra necessário demonstrar miserabilidade absoluta para o
deferimento da justiça gratuita.
Eis o relatório.
DECIDO.
Inicialmente destaco que o art. 932, inciso V, do Código de Processo Civil de 2015,
autoriza o relator a julgar monocraticamente, dando provimento ao recurso se a decisão
recorrida for contrária a súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça
ou do próprio Tribunal; acórdão proferido pelo STF ou STJ em julgamento de recursos
repetitivos e entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou
assunção de competência.
NR.PROCESSO: 5074934.17.2020.8.09.0000
Neste contexto, passo a apreciar o presente agravo via decisão monocrática.
Alega o recorrente, em síntese, que não tem condições de arcar com o pagamento das
custas processuais no valor de R$ 856,79 (oitocentos e cinquenta e seis reais e setenta em nove
centavos), uma vez que recebe mensalmente R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais) de renda bruta,
e R$ 1.104,00 (mil cento e quatro reais) de renda líquida, conforme comprova sua CTPS,
contracheques e extratos bancários colacionados aos autos.
“Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para
pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da
justiça, na forma da lei.”
Por sua vez, o § 2º do art. 99 prevê que o magistrado apenas poderá indeferir o pedido
da justiça gratuita se houver nos autos elementos que evidenciem a falta de pressupostos legais
para sua concessão. E, por não se tratar de direito absoluto, pode o magistrado, mediante
fundadas razões para crer que a parte requerente não se encontra no estado declarado, exigir-lhe
que faça prova de sua situação, nos moldes do enunciado da Súmula 25 do TJGO, a qual possui
o seguinte teor: “Faz jus à gratuidade da justiça a pessoa, natural ou jurídica, que comprovar
sua impossibilidade de arcar com os encargos processuais.” Grifei
Ao tratar do assunto enfocado, a Constituição Federal no art. 5º, inc. LXXIV, pontifica
que:
“LXXIV – O Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem
insuficiência de recursos”. Grifei
NR.PROCESSO: 5074934.17.2020.8.09.0000
Comentando os dispositivos do novo CPC que tratam da gratuidade da justiça, os
processualistas Nelson Nery Júnior e Rosa Maria de Andrade Nery pontuam que:
“1. Afirmação da parte. A CF 5º LXXIV, que garante assistência jurídica e integral aos necessitados
que comprovarem essa situação, não revogara a LAJ 4º, e também não interfere neste CPC 99.
Basta a simples alegação do interessado para que o juiz possa conceder-lhe o benefício da
assistência judiciária. Essa alegação constitui presunção juris tantum de que o interessado é
necessitado. Havendo dúvida fundada quanto à veracidade da alegação, pode ser exigida do
interessado prova da condição por ele declarada. Persistindo dúvida quanto à condição de
necessitado, deve decidir-se a seu favor, em homenagem aos princípios constitucionais do acesso à
Justiça (CF 5º. XXXV) e da assistência jurídica integral (CF, 5º. LXXIV).
2. Dúvida fundada quanto à pobreza. O juiz da causa, valendo-se de critérios objetivos, pode
entender que a natureza da ação movida pelo interessado demonstra que ele possui porte
econômico para suportar as despesas do processo. A declaração pura a simples do interessado,
conquanto seja o único entrave burocrático que se exige para liberar o magistrado para decidir em
favor do peticionário, não é prova inequívoca daquilo que ele afirma, nem obriga o juiz a se curvar
aos seus dizeres se de outras provas e circunstâncias ficar evidenciado que o conceito de pobreza
que a parte invoca não é aquele que justifica a concessão de privilégio. Cabe ao magistrado,
livremente, fazer juízo de valor acerca do conceito do termo pobreza, deferindo ou não o benefício.” (
In Código de Processo Civil Comentado, Ed. RT, 16ª Edição, Revista, Atualizada e Ampliada, 2016,
p. 522).
Nesta linha de raciocínio, tem-se que a decisão acerca da assistência judiciária gratuita
deve ser fundamentada nas provas dos autos e na análise das circunstâncias peculiares de cada
caso concreto, de modo que o benefício deve ser deferido quando verificado que há prova da
insuficiência de recursos, nos termos do art. 5º, inc. LXXIV, da Carta Magna, da Súmula 25
desta Corte de Justiça e da Súmula 481 do STJ, já citados.
Destarte, o pálio assistencial, conquanto seja a porta de acesso ao Judiciário, não pode
ser utilizado pela parte apenas para se furtar das obrigações oriundas da lide.
Pois bem. In casu, a parte agravante atesta sua situação de hipossuficiência econômica
para fins processuais, com a juntada de alguns documentos, dentre eles, cópia da CTPS,
contracheques e extratos bancários, demonstrando a ausência de movimentação financeira
considerável (evento 01 - 03).
NR.PROCESSO: 5074934.17.2020.8.09.0000
Neste contexto, confira:
NR.PROCESSO: 5074934.17.2020.8.09.0000
Sendo assim, diante dos elementos fáticos e probatórios, mister retificar a decisão
recorrida e conceder os benefícios da assistência judiciária ao agravante, sob pena de acarretar
ofensa à garantia constitucional insculpida na 5º, inc. LXXIV, da Carta Magna.
De resto, assinalo que nada impede que, posteriormente, venha o beneplácito a ser
revogado, diante de eventual prova trazida pela parte contrária, evidenciando que a recorrente
não faz jus ao benefício (art. 100 - CPC/2015).
Dessarte, com fulcro no art. 932, inciso V, alínea 'a', c/c art. 98 do CPC/2015, art. 5º,
LXXIV, da CF/88 e Súmula 25 deste Tribunal de Justiça, dou provimento ao agravo de
instrumento para, reformando a decisão recorrida, conceder os benefícios da assistência
judiciária gratuita ao autor/agravante.
Intimem-se.
RELATOR
34
NR.PROCESSO: 0012170.36.2012.8.09.0170
PODER JUDICIÁRIO
ACÓRDÃO
ACORDAM os integrantes da Primeira Turma Julgadora da 1ª Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás,
por unanimidade, EM CONHECER DAS APELAÇÕES E DAR-LHES PARCIAL PROVIMENTO, nos termos do voto do Relator.
VOTARAM, além do RELATOR, a Desª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI e a Desª. AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO.
Custas de lei.
NR.PROCESSO: 0012170.36.2012.8.09.0170
RELATOR
COMARCA DE CAMPINORTE
VOTO
Conforme relatado, trata-se de recurso de apelação cível interposto por LUCIVEL VEÍCULOS E PEÇAS LTDA. E GENERAL
MOTORS DO BRASIL LTDA., contra a sentença (evento 03, doc. 104), proferida pelo MM. Juiz de Direito da Vara Cível da
Comarca de Campinorte, Dr. Eduardo Peruffo e Silva, nos autos da ação de rescisão contratual c/c devolução de quantias pagas,
indenização por danos materiais e morais, bem como outros pleitos, proposta em seu desfavor por SANDRO MARCO
FERNANDES AMARAL.
O autor visa a rescisão contratual c/c indenização por perdas e danos, tendo em vista a aquisição de um veículo automotor
Chevrolet S-10 Executive, chassi nº 9BG138SF0AC441167 pelo apelado, aos 06 de abril de 2010. A aquisição deu-se junto a
primeira apelante, no valor total de R$ 78.000,00 (setenta e oito mil reais). Após cinco meses de uso, foram constatados barulhos
provenientes da suspensão do veículo, o que ocasionou diversas idas à oficina da primeira apelante. A situação, entretanto, não
foi resolvida.
Após os trâmites legais, o douto magistrado a quo proferiu sentença nos seguintes termos:
“Ante o exposto, julgo procedentes os pedidos iniciais, com fulcro no art. 487, 1 do Código de Processo Civil,
para:
a) condenar as requeridas, na restituição do valor pago pelo veículo, qual seja, R$ 78.000,00 (setenta e oito
mil reais), com juros de mora de 1% (um por cento) ao mês, a partir a partir da citação e corrigido pelo INPC,
a partir a partir da data de constatação do vício 29/03/2011 (Súmula 43 do STJ).
NR.PROCESSO: 0012170.36.2012.8.09.0170
monetária pelo INPC desde esta data, nos termos da súmula 362 do STJ.
Para que se coíba o enriquecimento sem causa, deve a autora devolver às requeridas o veículo GM S-10 -
Executive 4x2 - fiex, ano/modelo 2010/2010, cor branca, placa NKU-8138;
Condeno as requeridas no pagamento das custas e honorários sucumbenciais, estes que arbitro no importe
de 10% (dez por cento) do valor da condenação, na forma do artigo 86, § 20 do NCPC.”
As recorrentes, por sua vez, afirmam que não deram causa ao rompimento do contrato, tendo obedecido todos os postulados
cabíveis na situação ora em análise, seja o Código Civil, seja o Código de Defesa do Consumidor.
Considerando a similitude da matéria tratada nos apelos, analisarei conjuntamente as insurgências recursais.
Pois bem. Do compulso dos autos denota-se que, malgrado as alegações de terem sido propostas resoluções ao defeito verificado
no automóvel, não houve a necessária troca do chassis e demais providências que deveriam ter sido tomadas para resguardar a
integridade do bem e do apelado, na condição de consumidor final do veículo.
De outra sorte, o lapso temporal extenso entre a data da constatação do vício e a data desta ação, sem solução alguma da
presente lide, demonstra a displicência por parte das apelantes, não tendo sido tomadas providências reais e efetivas para
garantir-se o conserto ou troca do bem de consumo.
NR.PROCESSO: 0012170.36.2012.8.09.0170
APELACAO CIVEL. ACAO DE COBRANCA C/C DEVOLUCAO DE QUANTIA PAGA E PERDAS E DANOS.
COMPRA E VENDA DE VEICULO. LEGITIMIDADE PASSIVA 'AD CAUSAM'. DESFAZIMENTO DO
CONTRATO. DEVOLUCAO DO PRECO PAGO. ABATIMENTOS. INEXISTENCIA DE DANO MORAL.
EXTINCAO DO PROCESSO COM RELACAO A UM DOS REQUERIDOS. HONORARIOS ADVOCATICIOS
DEVIDOS. I - OPERADO O DESFAZIMENTO DO CONTRATO DE COMPRA E VENDA DE AUTOMOVEL,
COM A DEVOLUCAO DO VEICULO AO ANTIGO DANO, NAO ESTA A MERECER REPARO A DECISAO
QUE O CONDENOU A DEVOLVER O PRECO PAGO PELO ADQUIRENTE, ABATENDO-SE O VALOR
CORRESPONDENTE A DEPRECIACAO DO BEM. II - TRATANDO-SE CONTRATO DE COMPRA E
VENDA, O VENDEDOR E QUEM DETEM LEGITIMIDADE PARA OCUPAR O POLO PASSIVO DA ACAO
DE RESCISAO CONTRATU CONTRATUAL C/C DEVOLUCAO DE PARCELAS PAGAS. III - O
SENTIMENTO DE FRUSTACAO, DE PER SI, E INSUFICIENTE PARA CONFIGURAR O DIREITO A
INDENIZACAO PELOS DANOS MORAIS, EMBORA TENHA CARATER SUBJETIVO, PRESCINDE DA
PREEXISTENCIA DE ATO ILICITO PELA PARTE ADVERSA, O QUE NAO OCORREU. (…). APELACAO
CONHECIDA E IMPROVIDA. (TJGO, APELACAO CIVEL 84558-8/188, Rel. DES. STENKA I. NETO, 4A
CAMARA CIVEL, julgado em 16/06/2005, DJe 14556 de 18/07/2005). [grifo nosso]
Nesse diapasão, verifica-se correta a sentença do doutro juiz de primeiro grau, ao condenar as apelantes na restituição do valor
pago pelo veículo com juros de mora de 1% (um por cento) ao mês, a contar da citação e corrigido pelo INPC, a partir da data de
constatação do vício, qual seja, 29/03/2011, nos ditames da Súmula 43 do STJ.
Entretanto, escorreita faz-se a restituição do valor pago pelo bem, conforme o apontado nos julgados acima, com a redução do
montante, haja vista a depreciação do automóvel e o lapso temporal transcorrido desde sua aquisição. Acrescente-se, o gasto
pelo uso e fruição do bem ora em análise.
Ademais, quanto à indenização por danos morais, certo é a satisfação dos requisitos apontados pela doutrina e jurisprudência
dominantes, qual sejam, a extensão do abalo sofrido pelo lesado, considerada, ainda, a finalidade repressiva ao ofensor, sem,
contudo, configurar fonte de enriquecimento ilícito. Senão, vejamos didático julgamento de nossa Corte:
DUPLO APELO. AÇÃO DE RESTITUIÇÃO DE IMPORTÂNCIAS PAGAS C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS
MORAIS. AQUISIÇÃO DE VEÍCULO ZERO QUILÔMETRO QUE APRESENTA SUCESSIVOS DEFEITOS
NOS PRIMEIROS MESES DE USO. REPAROS MECÂNICOS CONCRETIZADOS QUE NÃO ELIMINARAM
O VÍCIO DE QUALIDADE. APLICABILIDADE DO ART. 18, § 1º, II, E § 3º, DO CDC. RESPONSABILIDADE
OBJETIVA E SOLIDÁRIA DO FABRICANTE E DO FORNECEDOR DO PRODUTO. INEXISTÊNCIA DE
EXCLUDENTE. REEMBOLSO DOS VALORES PAGOS PELO BEM DEVIDO, CONDICIONADO À
DEVOLUÇÃO DO AUTOMOTOR DEFEITUOSO À CONCESSIONÁRIA. DANO MORAL. CONFIGURAÇÃO.
FRUSTRAÇÃO DE LEGÍTIMA EXPECTATIVA DO CONSUMIDOR. ABALO ALÉM DO MERO DISSABOR.
VERBA REPARATÓRIA. EXCESSO CONSTATADO. REDUÇÃO. SENTENÇA PARCIALMENTE
REFORMADA. I - Na dicção do art. 18 do CDC, a empresa responsável pela comercialização do veículo
e o seu fabricante respondem objetiva e solidariamente pelos vícios de qualidade não solucionados a
contento no interstício máximo de 30 (trinta) dias, hipótese em que é assegurado ao adquirente a
substituição do bem ou a restituição do valor pago, à sua escolha. II - Constatada a existência de
defeito logo após a aquisição de veículo zero quilometro e não tendo as apelantes satisfatoriamente
resolvido o problema em nenhuma das diversas vezes em que teve o automóvel sob seus cuidados,
NR.PROCESSO: 0012170.36.2012.8.09.0170
mostrando-se recalcitrantes em sua obrigação de zelar pelo respeito às normas e direitos do
consumidor, a rescisão do negócio, com a consequente restituição dos valores pagos pela apelada e
devolução do bem à revendedora, é medida que se impõe, nos termos do art. 18, § 1º, II, e § 3º do CDC
. III - Diante da frustração às justas expectativas daquele que adquire um veículo zero quilômetro que
apresenta defeitos constantes logo após sua compra e não são resolvidos de modo adequado
mesmo quando oportunizado o conserto por numerosas e sucessivas vezes, configurado está o dano
moral. IV - O valor a ser arbitrado a título de compensação por dano moral deve ter como parâmetro a
extensão do abalo sofrido pelo lesado, considerada, ainda, a finalidade repressiva ao ofensor, sem,
contudo, configurar fonte de enriquecimento ilícito. No caso, não estando a quantia fixada em
conformidade com essas balizas, cabível a sua redução para montante que melhor atenda às
peculiaridades do caso e aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade, à luz dos padrões
adotados por esta Corte de Justiça. V - Sobre o montante indenizatório por danos morais incidem correção
monetária, pelo INPC, a partir do arbitramento em definitivo, consoante a Súmula 362 do STJ, e juros de
mora de 1% (um por cento) ao mês, a contar da citação, à vista da relação contratual entre as partes, nos
moldes do art. 219 do CPC e art. 405 do Código Civil. RECURSOS CONHECIDOS E PARCIALMENTE
PROVIDOS. (TJGO, APELACAO CIVEL 138132-43.2009.8.09.0051, Rel. DES. KISLEU DIAS MACIEL
FILHO, 4A CAMARA CIVEL, julgado em 06/12/2012, DJe 1222 de 14/01/2013) [grifo nosso]
Nessa vertente, deve o magistrado analisar o caso concreto, permeado pela proporcionalidade e razoabilidade, a sanearem seu
prudente arbítrio, de forma a valorar os danos morais de maneira lidima e coerente, compatível com a reprovabilidade da conduta
NR.PROCESSO: 0012170.36.2012.8.09.0170
ilícita, a intensidade e duração do sofrimento experimento pela vítima, a capacidade econômica do causador do dano, as
condições sociais do ofendido e outras circunstâncias mais que se fizerem presentes. A consequência de toda cautela é, de fato,
evitar-se o enriquecimento ilícito combatido pela legislação vigente.
Disso, resulta que, merece acolhimento parcial o apelo de Lucivel Veículos e Peças LTDA. (primeira apelante), pois, além do
valor do bem que deve ser restituído pelas apelantes ao apelado, sentenciado em R$ 78.000,00 (setenta e oito mil reais), devendo
ser abatido o montante pela depreciação do automóvel, jus faz-se a redução do valor da indenização por perdas e danos, fixado
em R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), a montante condizente com a realidade fática do caso em tela, levando-se em
consideração os pressupostos alinhavados acima.
Igualmente, deve ser acolhida em parte a súplica da segunda apelante, General Motors do Brasil LTDA., para fins de reduzir
o valor fixado na sentença para o importe de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), conforme antes alinhavado, correndo juros de mora de
1% ao mês a partir a partir a citação e correção monetária pelo INPC desde esta data, nos termos da súmula 362 do STJ.
Ante as razões expostas, provejo em parte os recursos de apelação, para, em reforma parcial da sentença, determinar que a
restituição do valor pago pelo veículo, seja proporcionalmente abatido em razão do uso e usufruto do bem, ante sua
desvalorização perante o mercado, cuja questão deverá ser dirimida na fase de liquidação de sentença, bem como reduzir os
danos morais para o importe de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), de forma solidária. No mais, mantenho a sentença conforme
prolatada.
É o voto.
RELATOR
23/TH
NR.PROCESSO: 0012170.36.2012.8.09.0170
PODER JUDICIÁRIO
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL C/C DANOS MORAIS C/C
DEVOLUÇÃO DE QUANTIA PAGA. VÍCIO DO PRODUTO NÃO SOLUCIONADO. RESTITUIÇÃO DO
VALOR PAGO. REDUÇÃO DO MONTANTE. DEPRECIAÇÃO DO VEÍCULO. DEVOLUÇÃO DO BEM NO
ESTADO EM QUE SE ENCONTRA. SENTENÇA CONFIRMADA EM PARTE.
I- Do compulso dos autos denota-se que, malgrado as alegações de terem sido propostas resoluções
visando sanar o defeito verificado no automóvel pelas recorrentes, não houve a necessária troca do chassis,
olvidando-se providências que deveriam ter sido tomadas para resguardar a originalidade do bem e a
integridade do apelado, na condição de consumidor final do produto.
II- Desses fatos, resulta-se necessária a rescisão contratual, com fixação de indenização por perdas e danos,
além da restituição do valor pago pelo bem com a redução do montante, face a depreciação do automóvel e
o lapso temporal transcorrido desde sua aquisição, tudo a ser dirimido em fase de liquidação de sentença.
Acrescente-se a devolução do automóvel objeto deste litígio pelo recorrido às apelantes, para que não haja
enriquecimento indevido.
III- Quanto à indenização por danos morais, certo é a satisfação dos requisitos apontados pela doutrina e
jurisprudência dominantes, quais sejam, a extensão do abalo sofrido pelo lesado, considerada, ainda, a
finalidade repressiva ao ofensor, sem, contudo, configurar fonte de enriquecimento ilícito. De sorte que,
frente a tais princípios, cabe a minoração do valor fixado, ante a análise pautada na proporcionalidade e
razoabilidade que devem imperar neste deslinde. Dano moral que se reduz para R$ 20.000,00 (vinte mil
reais) de forma solidária.
NR.PROCESSO: 5095822.41.2019.8.09.0000
ACÓRDÃO
ACORDAM os integrantes da Primeira Turma Julgadora da 1ª Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás,
por unanimidade, EM CONHECER DO AGRAVO INTERNO, MAS NEGAR-LHE PROVIMENTO, nos termos do voto do Relator.
VOTARAM, além do RELATOR, a Desª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI e a Desª. AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO.
Custas de lei.
RELATOR
COMARCA DE CORUMBAÍBA
NR.PROCESSO: 5095822.41.2019.8.09.0000
NACIONAL HONDA LTDA
AGRAVO INTERNO
VOTO
Como relatado, trata-se de agravo interno manejado pela ADMINISTRADORA DE CONSORCIO NACIONAL HONDA LTDA
contra a decisão monocrática, (evento 18), que negou provimento ao agravo de instrumento, para manter a decisão agravada, que
acolheu a purgação da mora da parte determinou a restituição do veículo apreendido.
Em suma, a Agravante pretende obter a reforma da referida decisão sob o argumento de que o valor depositado não equivale ao
valor da dívida atualizado, tendo em vista o lapso temporal entre a propositura de demanda e o efetivo pagamento e , ainda, que é
necessário o pagamento de custas processuais e honorários sucumbenciais.
Pois bem. Nos termos do Código de Processo Civil/2015, comportável é a interposição do agravo interno, no prazo de quinze (15)
dias (art. 1.021 e seguintes c/c art. 1.070), contra as decisões unipessoais do relator.
Por sua vez, em intelecção à previsão do art. 364, do RITJGO, o agravo interno tem como a única finalidade à análise, pelo órgão
colegiado, do recurso julgado monocraticamente, com a ressalva da possibilidade de retratação pelo relator.
Malgrado existir essa possibilidade, in casu, tenho que a decisão hostilizada deve ser mantida.
No caso dos autos a purgação da mora ocorreu, exatamente como preceitua o §1º, do art. 3º, do Decreto-Lei 911/69, alterado pela
Lei 13.043/2014, não existindo razão para que não seja ela válida, vejamos:
"o devedor fiduciante poderá pagar a integralidade da dívida pendente, segundo os valores apresentados
NR.PROCESSO: 5095822.41.2019.8.09.0000
pelo credor fiduciário na inicial"
Ora, a integralidade da dívida pedente é exatamente o valor indicado pelo credor na petição inicial. Quantia essa que foi
depositada pelo agravado, deste modo deve-se considerar válida a purgação da mora, a qual possibilita a expedição de mandado
de restituição de veículo à parte.
“Para efeito do Decreto – lei 911/6 9 e suas alterações, no prazo de cinco dias após executada a liminar de
busca e apreensão, o devedor fiduciante poderá pagar a integralidade da dívida pendente, segundo
os valores apresentados pelo credor fiduciário na inicial, hipótese na qual o bem lhe será restituído
livre do ônus, podendo ser determinado pelo magistrado a restrição de retirada do bem alienado
fiduciariamente do território da comarca, até o término do quinquídio legal.” grifei
Bem como, a tese firmada pelo Superior Tribunal de Justiça, quando do julgamento do REsp n. 1418593/MS, realizado sob o rito
dos recursos repetitivos:
De outra banda, não se inclui no cálculo para purgação da mora o pagamento das custas processuais e honorários
advocatícios por tratar-se de mera decorrência processual.
Destarte, mostra-se sem sustentáculo o intento do recorrente de obter a alteração do posicionamento antes explicitado por este
relator.
NR.PROCESSO: 5095822.41.2019.8.09.0000
“AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL (CPC/73). AÇÃO DE
RESSARCIMENTO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL NÃO
DEMONSTRADO. PRESCRIÇÃO. NÃO OCORRÊNCIA. 1. Não demonstrada a divergência pretoriana
conforme preconizado nos arts. 541, parágrafo único, do CPC, e 255, § 1º, a, e § 2º, do RISTJ, deixa-se de
conhecer o recurso especial. 2. Não apresentação pela parte agravante de argumentos novos capazes
de infirmar os fundamentos que alicerçaram a decisão agravada. 3. Agravo interno desprovido.” (STJ,
AgInt no REsp 1550289/SP, Rel. Ministro Paulo De Tarso Sanseverino, Terceira Turma, DJe
14/10/2016). Grifei
Ante o exposto, NEGO PROVIMENTO ao presente agravo interno, mantendo incólume a decisão monocrática fustigada (evento
19), por estes e seus próprios fundamentos. De consequência, submeto o presente recurso à apreciação do Colegiado deste e.
Tribunal de Justiça.
É o voto.
RELATOR
07
NR.PROCESSO: 5095822.41.2019.8.09.0000
AGRAVO INTERNO
I- Nos termos do artigo 1.021 e seguintes c/c art. 1.070 do CPC de 2015, caberá agravo interno contra as
decisões proferidas pelo relator.
II– Compete ao devedor, no prazo de cinco dias da execução da liminar, pagar a integralidade da dívida,
entendida esta como os valores apresentados pelo credor fiduciário na inicial.
III– De outra banda, não se inclui no cálculo para purgação da mora o pagamento das custas processuais e
honorários advocatícios por tratar-se de mera decorrência processual.
IV– Em sede de agravo interno, não demonstrado argumento novo apto a modificar a fundamentação do
relator, há que se indeferir o pedido de reconsideração e, ainda, desprover o recurso, atendendo, tão
somente, ao princípio da colegialidade.
NR.PROCESSO: 5067767.46.2020.8.09.0000
Poder Judiciário
DESPACHO
NR.PROCESSO: 5067767.46.2020.8.09.0000
Convém ressaltar que, no curso da Ação de Reintegração de Posse de
Veículo em tela, o agravante já havia interposto o Agravo de Instrumento nº
5647537.65.2019.8.09.0000, no qual foi proferida decisão indeferindo a gratuidade da
justiça, restando consignado que a concessão da benesse em processo apenso ao
principal não implica extensão para as demais demandas.
Intime-se. Cumpra-se.
NR.PROCESSO: 5638359.92.2019.8.09.0000
Poder Judiciário
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5638359.92.2019.8.09.0000
VOTO
Analisando os autos, vê-se que o presente feito diz respeito à ação redibitória,
em que a parte autora/agravante narrou, em síntese, que adquiriu imóvel dos
requeridos/agravados, conforme Escritura Pública de Compra e Venda, o qual passou
a apresentar defeitos e avarias estruturais.
Sobre o tema, deve ser observado que a pessoa física que não exerce com
habitualidade e de forma profissional a atividade econômica no mercado não se
enquadra como fornecedora, para os fins do disposto na legislação consumerista. A
propósito, cite-se a jurisprudência deste Tribunal:
NR.PROCESSO: 5638359.92.2019.8.09.0000
conhecimento do defeito pelo adquirente. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO CONHECIDOS E ACOLHIDOS, SEM,
CONTUDO, CONFERIR-LHES EFEITOS MODIFICATIVOS.
(TJGO, Apelação (CPC) 0367658-41.2011.8.09.0006, Rel. Camila
Nina Erbetta Nascimento e Moura, 5ª Câmara Cível, julgado em
01/07/2019, DJe de 01/07/2019).
NR.PROCESSO: 5638359.92.2019.8.09.0000
Desse modo, considerando a situação presente nos autos, deve ser mantida a
decisão que consignou a não aplicação da legislação consumerista no presente caso.
É o voto.
NR.PROCESSO: 5638359.92.2019.8.09.0000
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO
REDIBITÓRIA. APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR. INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO DE
CONSUMO. A pessoa física que não exerce com
habitualidade e de forma profissional a atividade
econômica no mercado não se enquadra como
fornecedora, para os fins do disposto na legislação
consumerista. Inexistindo a relação de consumo entre as
partes, e restando evidenciado que firmaram negócio
particular de compra e venda de bem imóvel, não há que
se falar em aplicação do Código de Defesa do
Consumidor. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E
IMPROVIDO.
NR.PROCESSO: 5649681.12.2019.8.09.0000
Poder Judiciário
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5649681.12.2019.8.09.0000
VOTO
Confira-se:
NR.PROCESSO: 5649681.12.2019.8.09.0000
requisitos necessários à concessão da tutela provisória de urgência objurgada no
recurso.
A propósito:
NR.PROCESSO: 5649681.12.2019.8.09.0000
manter incólume a decisão agravada, que deferiu a tutela de
urgência requestada pela parte autora/agravada, de modo a
suspender os descontos efetuados pelo réu/agravante em
seus proventos de aposentadoria, decorrentes de suposta
contratação de cartão de crédito consignado [...] (TJGO,
Agravo de Instrumento 5309581-25.2018.8.09.0000, Rel.
ROBERTO HORÁCIO DE REZENDE, 1ª Câmara Cível, DJe de
11/12/2018) (grifei)
É o voto.
NR.PROCESSO: 5649681.12.2019.8.09.0000
resultado útil do processo. II. Conserva-se incólume a decisão
agravada, que determinou a suspensão das cobranças
relacionadas aos contratos bancários impugnados pelo
Autor/Agravado, haja vista colher-se indiciária a circunstância do
emprego de fraude quando da contratação dos empréstimos.
AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.
NR.PROCESSO: 5649681.12.2019.8.09.0000
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DECLARATÓRIA
DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA. CARTÃO DE
CRÉDITO CONSIGNADO. DECISÃO QUE CONCEDEU A TUTELA
PROVISÓRIA DE URGÊNCIA. SUSPENSÃO DA COBRANÇA.
PROVA DOS REQUISITOS DO ART. 300 DO CPC. MANUTENÇÃO.
I. Nos termos do art. 300, do código de processo civil, para que a
tutela provisória de urgência seja concedida é necessária a
presença concomitante de elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco de
resultado útil do processo. II. Conserva-se incólume a decisão
agravada, que determinou a suspensão das cobranças
relacionadas aos contratos bancários impugnados pelo
Autor/Agravado, haja vista colher-se indiciária a circunstância
do emprego de fraude quando da contratação dos empréstimos.
AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.
NR.PROCESSO: 0389385.73.2009.8.09.0023
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº
389385.73.2009.8.09.0023
COMARCA DE GOIÂNIA
VOTO
Inicialmente, tem-se que, de acordo com o artigo 1.023 do CPC/2015, cabe Embargos
de Declaração quando houver na sentença ou acórdão erro, obscuridade, contradição
ou é omitido ponto sobre o qual devia pronunciar-se o tribunal.
Portanto, importante frisar que nos embargos declaratórios devem ser observados os
limites do art. 1.022 do Novo Código de Processo Civil, já que esse recurso não é o
meio hábil ao reexame de matéria já decidida ou estranha ao acórdão embargado.
Sabe-se que os Embargos de Declaração têm, por fim, elucidar obscuridade, afastar
contradição ou suprimir omissão do julgado. São admitidos apenas excepcionalmente
com efeitos modificativos e não possuem aptidão para provocar o reexame da matéria
decidida.
NR.PROCESSO: 0389385.73.2009.8.09.0023
Sobre o tema, leciona o professor Elpídio Donizetti:
NR.PROCESSO: 0389385.73.2009.8.09.0023
quando o aresto recorrido adota fundamentação suficiente para
dirimir a controvérsia, sendo desnecessária a manifestação
expressa sobre todos os argumentos apresentados pelos
litigantes. (…)”. (STJ, AgRg nos EDcl no AREsp 810868 / RJ, Rel. Min.
Mauro Campbell Marques, Julgado do 15/03/2016).
NR.PROCESSO: 0389385.73.2009.8.09.0023
EM PARTE. SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA, NO
QUE TANGE O VALOR DADO À CAUSA E OS HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS.” (TJGO, Apelação (CPC) 5196298-
36.2016.8.09.0051, Rel. GERSON SANTANA CINTRA, 3ª Câmara Cível,
julgado em 13/06/2019, DJe de 13/06/2019)
NR.PROCESSO: 0389385.73.2009.8.09.0023
REsp 1.378.162/SC, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques,
Segunda Turma, julgado em 4/2/2014, DJe 10/2/2014. 4. Recurso
Especial provido.” (REsp 1689307/SP, Rel. Ministro HERMAN
BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 28/11/2017, DJe
19/12/2017).
É cediço que a Lei Federal nº 8.906/94 (Estatuto da Advocacia e
da Ordem dos Advogados do Brasil) garante aos causídicos o
direito de receberem os honorários advocatícios sucumbenciais,
em decorrência dos serviços prestados. Observe-se
“Art. 22 . A prestação de serviço profissional assegura aos inscritos na
OAB o direito aos honorários convencionados, aos fixados por
arbitramento judicial e aos de sucumbência. (...)”.
NR.PROCESSO: 0389385.73.2009.8.09.0023
I - o grau de zelo do profissional;
II - o lugar de prestação do serviço;
III - a natureza e a importância da causa;
IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o
seu serviço.
(...)
§ 8º Nas causas em que for inestimável ou irrisório o proveito
econômico ou, ainda, quando o valor da causa for muito baixo, o
juiz fixará o valor dos honorários por apreciação equitativa,
observando o disposto nos incisos do § 2º”.
É importante destacar que, apesar de o § 8º fazer menção de sua
aplicação apenas às causas em que o valor for inestimável ou
irrisório, o dispositivo não deve ser interpretado de forma literal.
Na verdade, deve-se buscar realizar uma interpretação sistêmica
dessa regra, levando em consideração os objetivos do legislador
(mens legis) e os princípios que regem o ordenamento jurídico,
notadamente de dois importantes princípios implícitos no texto
constitucional, o da razoabilidade e da proporcionalidade.
Afinal de contas, na tarefa de aplicar a lei, cabe ao julgador
atender os fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem
comum (artigo 5º da Lei de Introdução às Normas do Direito
Brasileiro), o que não se realiza, em certos casos, apenas com a
interpretação literal da norma.
Esse exercício de hermenêutica deve ser adotado no presente
caso - em que o valor da causa é elevado -, para se permitir a
fixação equitativa dos honorários advocatícios, sob pena de se
impor a parte o pagamento de verba honorária desproporcional
ao trabalho realizado pelo procurador da parte adversa.
Nesse sentido:
“(…) 2 - Vislumbrado o arbitramento exorbitante, uma vez que o
mérito sequer foi apreciado em virtude do acolhimento do pedido
de desistência formulado pelo demandante, a redução dos
honorários de sucumbência é medida que se impõe, para fins de
fixá-los, excepcionalmente, por meio de apreciação equitativa,
observados os critérios estabelecidos nos incisos I a IV, do §2º,
do art. 85, do CPC/15, com esteio na razoabilidade e na
proporcionalidade, evitando-se, assim, a imposição de excessos
a qualquer das partes. 3. Em virtude do parcial provimento do
apelo, não há falar-se em honorários recursais. APELAÇÃO
CONHECIDA E PARCIALMENTE PROVIDA.” (TJGO, Apelação
(CPC) 5215936-55.2016.8.09.0051, Rel. AMARAL WILSON DE
OLIVEIRA, 2ª Câmara Cível, julgado em 21/02/2019, DJe de
21/02/2019)
NR.PROCESSO: 0389385.73.2009.8.09.0023
“ APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO.
DESISTÊNCIA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. FIXAÇÃO POR
MEIO DE APRECIAÇÃO EQUITATIVA. VALOR ATRIBUÍDO À
CAUSA ALTO. RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. 1.
Embora o art. 85, §8º, do CPC não inclua, expressamente, a
previsão de fixação por equidade da verba honorária quando o
proveito econômico, o valor da causa ou a condenação forem
excessivos, tal conclusão decorre da interpretação sistêmica da
própria norma, cujo objetivo é evitar as disparidades, bem como a
atribuição às partes de ônus ou remuneração muito elevados. 2.
In casu, com esteio nos princípios da razoabilidade e
proporcionalidade, forçoso reduzir o montante da verba honorária
para o valor de R$1.000,00 (um mil reais), que, por equidade, é
quantia razoável e adequada aos critérios conjugados do § 2º do
art. 85 do CPC. Apelação cível conhecida em parte, e nesta,
provida.” (TJGO. 2ª CC. AC nº 5364421-84.2017.8.09.0043. Rel.
Dr. FERNANDO DE CASTRO MESQUITA. DJ de 01/07/2019).
Portanto, correta a fixação dos honorários advocatícios nos
termos do art. 85, § 8º do CPC, entretanto, há de levar em
consideração a natureza da causa, de relativa importância; o
trabalho diligente desempenhado pelos causídicos no trâmite
processual, que, com certeza, exigiram-lhes considerável tempo.
Destarte, em atenção aos princípios da razoabilidade e da
proporcionalidade, majoro os honorários advocatícios para
R$1.000,00 (mil reais), quantia esta que se mostra adequada ao
caso concreto, observados os parâmetros estabelecidos nos
incisos I a IV do §2º do art. 85 do CPC.
Ante o exposto, conheço do apelo e lhe dou provimento a fim de
reformar a sentença singular apenas para majorar os honorários
advocatícios da sucumbência para R$ 1.000,00 (mil reais)”.
Por fim, quanto ao pretendido prequestionamento, registre-se que o julgador não tem o
dever de abordar especificamente todos os argumentos delineados pelas partes,
tampouco os dispositivos legais e constitucionais invocados como alicerce do direito
que alegam, mas, tão somente, julgar a causa, compondo a lide. Inquestionável,
portanto, que o prequestionamento necessário ao ingresso nas instâncias especial e
extraordinária não exige que o acórdão recorrido mencione expressamente os artigos
indicados pelas partes, sendo certo que a exigência refere-se ao conteúdo, não à
forma. A propósito:
NR.PROCESSO: 0389385.73.2009.8.09.0023
do Poder Judiciário, não lhe é atribuída a de órgão consultivo.
RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.”
(TJGO, APELAÇÃO CÍVEL 570778-16.2008.8.09.0006, Rel. DR.
SEBASTIÃO LUIZ FLEURY, 4ª CÂMARA CÍVEL, julgado em 01/09/2016,
DJe 2109 de 13/09/2016)
É o voto.
108/LA
NR.PROCESSO: 0389385.73.2009.8.09.0023
novo Código de Processo Civil, não se prestando à reapreciação
da matéria devidamente analisada e decidida no acórdão. II-
Embora o art. 85, §8º, do CPC não inclua, expressamente, a
previsão de fixação por equidade da verba honorária quando o
proveito econômico, o valor da causa ou a condenação forem
excessivos, tal conclusão decorre da interpretação sistêmica da
própria norma, cujo objetivo é evitar as disparidades, bem como a
atribuição às partes de ônus ou remuneração muito elevados. III-
In casu, com esteio nos princípios da razoabilidade e
proporcionalidade, forçoso majorar o montante da verba
honorária para o valor de R$1.000,00 (mil reais), que, por
equidade, é quantia razoável e adequada aos critérios
conjugados do § 2º do art. 85 do CPC. IV- Para efeito de
prequestionamento, é suficiente que a questão objeto do recurso
de apelação tenha sido apreciada pelo Tribunal local.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS, MAS
REJEITADOS.
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 0389385.73.2009.8.09.0023
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE
EXECUÇÃO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. VALOR IRRISÓRIO. MAJORAÇÃO.
PREQUESTIONAMENTO. INEXISTÊNCIA DAS HIPÓTESES ELENCADAS NO
ARTS. 1.022 DO CPC/2015. I- Restringem-se os aclaratórios às circunstâncias
elencadas no artigo 1.022, do novo Código de Processo Civil, não se prestando à
reapreciação da matéria devidamente analisada e decidida no acórdão. II- Embora o
art. 85, §8º, do CPC não inclua, expressamente, a previsão de fixação por equidade da
verba honorária quando o proveito econômico, o valor da causa ou a condenação
forem excessivos, tal conclusão decorre da interpretação sistêmica da própria norma,
cujo objetivo é evitar as disparidades, bem como a atribuição às partes de ônus ou
remuneração muito elevados. III- In casu, com esteio nos princípios da razoabilidade e
proporcionalidade, forçoso majorar o montante da verba honorária para o valor de
R$1.000,00 (mil reais), que, por equidade, é quantia razoável e adequada aos critérios
conjugados do § 2º do art. 85 do CPC. IV- Para efeito de prequestionamento, é
suficiente que a questão objeto do recurso de apelação tenha sido apreciada pelo
Tribunal local. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS, MAS REJEITADOS.
NR.PROCESSO: 5260494.66.2019.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
COMARCA DE PLANALTINA
DECISÃO MONOCRÁTICA
Trata-se recurso de agravo de instrumento com pedi-do de efeito suspensivo, interposto pelo
BANCO BRADESCO S/A visando a reforma da decisão de fls. 49/52, prolatada nos autos da
ação de busca e apreensão pelo Decreto-lei 911/69, ajuizada contra RODRIGO MAI, que deferiu
o pedido de liminar, porém, concedeu ao devedor o direito de purgar a mora, no prazo de 05
(cinco) dias, no montante do valor das prestações vencidas, acrescidas de con-sectários legais.
Em sua súplica recursal, alega que o art. 3º, § 2º do Decreto-lei 911/69, não prevê a possibilidade
de purgação da mora apenas com o pagamento dos valores vencidos, mas na sua totali-dade, em
razão do vencimento antecipado da dívida.
Argumenta que “… . A consolidação da propriedade deverá ocorrer livre de ônus, o que inclui a não cobrança de
quaisquer tributos, multas, diárias de pátio e outros encargos de responsabilidade do devedor, réu neste pro-cesso, nos
termos do artigo 1368 B do Código Civil, com nova redação conferida pela Lei 13.043/2014… .” (fl. 12).
Colaciona julgados que entende embasar sua tese e, ao final, requer o conhecimento e
provimento do impulso, com re-forma da decisão objurgada.
NR.PROCESSO: 5260494.66.2019.8.09.0000
Em decisão preliminar de fls. 57/60, foi deferido o pe-dido de efeito suspensivo.
Conforme certificado à fl. 76, apesar de devidamente intimado, nos termos do art. 1.019, inciso II
do Código de Processo Civil, o agravado quedou-se silente.
Inicialmente destaco que o art. 932, inciso IV, letras ‘a’ e ‘b’, do Código de Processo Civil, autoriza
o relator a julgar mo-nocraticamente, dando provimento a recurso se a decisão agravá-vel for
contrário à súmula do Supremo Tribunal Federal, do Supe-rior Tribunal de Justiça ou do próprio
Tribunal; a acórdão proferido pelo STF ou STJ em julgamento de recursos repetitivos e
entendi-mento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou assunção de
competência.
Com efeito, segundo a melhor hermenêutica da legis-lação especial, deve-se dessumir de forma
inconteste que inexiste a figura da purgação parcial da mora pelo devedor fiduciante, sobe-jando-
lhe a faculdade de pagamento da integralidade da dívida con-forme planilha apresentada pelo
credor fiduciário.
"Art. 3º. O proprietário fiduciário ou credor poderá, desde que comprovada a mora, na forma
estabelecida pelo § 2o do art. 2o, ou o inadimplemento, requerer contra o devedor ou terceiro a
busca e apreensão do bem alienado fiduciariamente, a qual será concedida liminarmente, podendo
ser apreciada em plantão ju-diciário. (Redação dada pela Lei nº 13.043, de 2014)
§ 1º. Cinco dias após executada a liminar mencionada no caput, consolidar-se-ão a propriedade e a
posse plena e exclusiva do bem no patrimônio do credor fiduciário, cabendo às repartições
competentes, quando for o caso, expedir novo certificado de re-gistro de propriedade em nome do
NR.PROCESSO: 5260494.66.2019.8.09.0000
credor, ou de terceiro por ele indicado, livre do ônus da propriedade fiduciária. (Redação dada pela
Lei 10.931, de 2004)
o o
§ 2 No prazo do § 1 , o devedor fiduciante poderá pagar a in-tegralidade da dívida pendente,
segundo os valores apresenta-dos pelo credor fiduciário na inicial, hipótese na qual o bem lhe será
restituído livre do ônus. (Redação dada pela Lei 10.931, de 2004)”
Nessa ilação, entendo que o ato judicial agravado não merece prosperar, pois a determinação
para purgar a mora, não sendo o valor integral do débito, não coaduna com a nova dispo-sição
dada pela Lei n. 10.931/2004.
Dentro do prazo legal (de cinco dias da execução da liminar de busca e apreensão do bem
alienado fiduciariamente), é dado ao devedor tão somente a faculdade de pagar a dívida
pen-dente, em sua totalidade.
Sobre o tema, comenta a doutrina de forma uníssona que “haverá o réu/devedor fiduciário, contudo, de
proceder a quitação judicial observando rigorosamente os valores apresentados pelo autor/credor, conforme memória de
cálculo atualizado que acompanhará a petição inicial”1.
E mais: “Art. 3º: 4c. A integralidade da dívida vem a ser o total do débito, isto é, o principal e os encargos contratuais,
abrangendo comissões e demais despesas. Nesse sentido: JTA 105/185, maioria.” 2
É de se concluir, pois, que com a alteração do De-creto-lei 911/69 pela Lei n. 10.931/04, restou
extinta a figura da purgação da mora no valor das prestações vencidas, só sendo pos-sível ao
devedor pagar a integralidade da dívida para reaver o bem e, então, discutir matérias relativas a
eventual pagamento do débi-to vencido.
NR.PROCESSO: 5260494.66.2019.8.09.0000
móvel objeto de alienação fiduciária". 2. Recurso especial provido” (2ª Seção, REsp
1418593/MS, acórdão unânime de 14/05/14, DJe de 27/05/14, Rel. Min. Luis Felipe Salomão)
destaquei
Desse modo, resta ao devedor tão somente a opção de pagar a integralidade da dívida (parcelas
vencidas e vincendas), conforme planilha apresentada pelo credor fiduciário, razão pela qual a
decisão merce reparo, para determinar que a purgação da mora somente se dará nestes termos –
integralidade da dívida.
NR.PROCESSO: 5260494.66.2019.8.09.0000
Ao teor do exposto, dou provimento ao agravo de ins-trumento para reformando a decisão
singular, afastar a possibilidade de purgação parcial da mora (somente parcelas vencidas),
podendo o devedor, no prazo de 05 (cinco) dias, quitar a dívida pendente, porém em sua
totalidade, conforme os cálculos apresentados pelo credor, nos termos do Decreto-lei 911/69.
Intimem-se.
11 RELATOR
1Figueira Júnior, Joel Dias. Ação de busca e apreensão em propriedade fiduciária, São Paulo: Ed. RT, 2005, p. 150.
2Negrão, Theotonio e Gouvêa, José Roberto F. in CPC e leg. proc. em vigor, São Paulo: Saraiva, 39ª ed., 2007, p.
1.232.
NR.PROCESSO: 5582578.85.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
DESPACHO
Contudo, insta salientar que quando da interposição deste, tramitava sob esta Relatoria
o Agravo de Instrumento nº. 5479939.86.2019.8.09.0000 no qual o banco impugnava decisão
que deferiu o pleito de liberação dos valores bloqueados pelos bancos Itaú e Bradesco na conta
do recuperando, devendo tais instituições financeiras restituírem à empresa em recuperação
judicial os valores mencionados nas planilhas apresentadas nos autos, no prazo de 05 (cinco)
dias, sob pena de aplicação da multa.
NR.PROCESSO: 5582578.85.2019.8.09.0000
vista no evento 29 – AI 5479939.86.2019.8.09.0000)
Assim, por via reflexa, tem-se por prejudicada a apreciação do presente instrumento,
eis que com a reforma empreendida na decisão que determinou o desbloqueio dos valores sob os
quais se discutem as garantias oferecidas, restaram legitimados os descontos/bloqueios
perpetrados.
Bem por isso, em face da possível perda superveniente do objeto recursal, determino a
intimação do agravante Banco Bradesco S/A para, no prazo de 05 (cinco) dias, se manifestar
a respeito da questão (CPC 933).
Cumpra-se.
RELATOR
32
NR.PROCESSO: 0225028.86.2017.8.09.0026
Poder Judiciário
ACÓRDÃO
RELATORA
NR.PROCESSO: 0225028.86.2017.8.09.0026
VOTO
Sob tal espectro, forçoso assinalar que, a despeito da regra do pacta sunt
servanda e da boa-fé objetiva que rege os contratos, cediço que qualquer dos
contratantes poderá manifestar o interesse na resilição do pacto, ficando sujeito às
consequências respectivas.
DA CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA
NR.PROCESSO: 0225028.86.2017.8.09.0026
A controvérsia no caso sub judice resume-se em saber se é válida ou não a
cláusula contratual que estipula o compromisso arbitral para a solução de seus
conflitos, tendo em vista a relação consumerista existente entre as partes e a natureza
do contrato (adesão).
Por outro lado, o Código de Defesa do Consumidor veda, no seu artigo 51,
inciso VII, a instituição da citada cláusula nos contratos de relação de consumo de
forma compulsória, não se podendo falar em expressa anuência do consumidor nesta
hipótese, permitindo, contudo, a adoção posterior da convenção de arbitragem. Eis o
dispositivo legal:
NR.PROCESSO: 0225028.86.2017.8.09.0026
[...]
NR.PROCESSO: 0225028.86.2017.8.09.0026
Analisando detidamente os autos, ressai ser incontroversa a incidência da
relação de consumo havida entre as partes litigantes, pois envolve o Instrumento
Particular de Promessa de Compra e Venda de Imóvel (evento nº 1, arquivo nº 01, fls.
15/29).
NR.PROCESSO: 0225028.86.2017.8.09.0026
denominadas "ondas renovatórias do direito" de Mauro
Cappelletti. 2. Por outro lado, o art. 51 do CDC assevera serem
nulas de pleno direito "as cláusulas contratuais relativas ao
fornecimento de produtos e serviços que: VII - determinem a
utilização compulsória de arbitragem". A mens legis é
justamente proteger aquele consumidor, parte vulnerável da
relação jurídica, a não se ver compelido a consentir com
qualquer cláusula arbitral. 3. Portanto, ao que se percebe, em
verdade, o CDC não se opõe a utilização da arbitragem na
resolução de conflitos de consumo, ao revés, incentiva a criação
de meios alternativos de solução dos litígios; ressalva, no
entanto, apenas, a forma de imposição da cláusula
compromissória, que não poderá ocorrer de forma impositiva. 4.
Com a mesma ratio, a Lei n. 9.307/1996 estabeleceu, como
regra geral, o respeito à convenção arbitral, tendo criado, no
que toca ao contrato de adesão, mecanismos para proteger o
aderente vulnerável, nos termos do art. 4°, § 2°, justamente
porque nesses contratos prevalece a desigualdade entre as
partes contratantes. 5. Não há incompatibilidade entre os arts.
51, VII, do CDC e 4º, § 2º, da Lei n. 9.307/96. Visando conciliar os
normativos e garantir a maior proteção ao consumidor é que
entende-se que a cláusula compromissória só virá a ter eficácia
caso este aderente venha a tomar a iniciativa de instituir a
arbitragem, ou concorde, expressamente, com a sua instituição,
não havendo, por conseguinte, falar em compulsoriedade.
Ademais, há situações em que, apesar de se tratar de
consumidor, não há vulnerabilidade da parte a justificar sua
proteção. 6. Dessarte, a instauração da arbitragem pelo
consumidor vincula o fornecedor, mas a recíproca não se mostra
verdadeira, haja vista que a propositura da arbitragem pelo
policitante depende da ratificação expressa do oblato vulnerável,
não sendo suficiente a aceitação da cláusula realizada no
momento da assinatura do contrato de adesão. Com isso, evita-
se qualquer forma de abuso, na medida em o consumidor detém,
caso desejar, o poder de libertar-se da via arbitral para solucionar
eventual lide com o prestador de serviços ou fornecedor. É que a
recusa do consumidor não exige qualquer motivação. Propondo
ele ação no Judiciário, haverá negativa (ou renúncia) tácita da
cláusula compromissória. 7. Assim, é possível a cláusula
arbitral em contrato de adesão de consumo quando não se
verificar presente a sua imposição pelo fornecedor ou a
vulnerabilidade do consumidor, bem como quando a
iniciativa da instauração ocorrer pelo consumidor ou, no
caso de iniciativa do fornecedor, venha a concordar ou
ratificar expressamente com a instituição, afastada qualquer
possibilidade de abuso. 8. Na hipótese, os autos revelam
contrato de adesão de consumo em que fora estipulada
cláusula compromissória. Apesar de sua manifestação
inicial, a mera propositura da presente ação pelo consumidor
é apta a demonstrar o seu desinteresse na adoção da
arbitragem – não haveria a exigível ratificação posterior da
cláusula-, sendo que o recorrido/fornecedor não aventou em
NR.PROCESSO: 0225028.86.2017.8.09.0026
sua defesa qualquer das exceções que afastariam a
jurisdição estatal, isto é: que o recorrente/consumidor
detinha, no momento da pactuação, condições de equilíbrio
com o fornecedor - não haveria vulnerabilidade da parte a
justificar sua proteção; ou ainda, que haveria iniciativa da
instauração de arbitragem pelo consumidor ou, em sendo a
iniciativa do fornecedor, que o consumidor teria concordado
com ela. Portanto, é de se reconhecer a ineficácia da
cláusula arbitral. 9. Recurso especial provido.(REsp
1189050/SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA
TURMA, julgado em 01/03/2016, DJe 14/03/2016), grifei.
Sendo assim, não vejo motivos para cassar a sentença vergastada, uma
reputo escorreita a conclusão alcançada pelo juízo a quo que rechaçou a cláusula
compromissória e, por via de consequência, rejeito a preliminar de incompetência
absoluta arguida na petição de contestação.
DO PERCENTUAL DE RETENÇÃO
NR.PROCESSO: 0225028.86.2017.8.09.0026
merece acolhida a insurgência recursal.
NR.PROCESSO: 0225028.86.2017.8.09.0026
deste egrégio Tribunal de Justiça está orientada no sentido
de permitir a retenção, pela vendedora, de 10 (dez) a 25%
(vinte e cinco por cento) dos valores pagos, consistindo,
contudo, a retenção de 10% (dez por cento), o mais justo e
adequado, eis que atende aos princípios da razoabilidade e
proporcionalidade, sem acarretar enriquecimento ilícito da
construtora, a qual poderá, inclusive, renegociar o imóvel.
[…] APELO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. (TJGO,
APELACAO 0247115-18.2016.8.09.0011, Rel. JAIRO FERREIRA
JUNIOR, 6ª Câmara Cível, julgado em 19/03/2019, DJe de
19/03/2019. Negritei).
NR.PROCESSO: 0225028.86.2017.8.09.0026
construtora, a qual poderá, inclusive, renegociar o imóvel. [...]
APELAÇÃO E RECURSO ADESIVO CONHECIDOS E
DESPROVIDOS. (TJGO, Apelação (CPC) 0174100-
95.2013.8.09.0051, Rel. NELMA BRANCO FERREIRA PERILO,
4ª Câmara Cível, julgado em 17/12/2018, DJe de 17/12/2018).
Nesse espectro, entendo que deve ser mantida a sentença que fixou o
percentual de 10% (dez por cento) a título de retenção do valor a ser devolvido à
requerida/apelante.
DA TAXA DE FRUIÇÃO
Sendo assim, impera que a insurgência da apelante não logre êxito também
nesse ponto, pois, no caso em exame, observa-se que o imóvel objeto da lide cuida-se
de um lote vago, ou seja, um terreno sem qualquer edificação.
NR.PROCESSO: 0225028.86.2017.8.09.0026
MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA. SUPRESSÃO DE OFÍCIO. I. A
verba de fruição, também conhecida como taxa de ocupação,
representa uma indenização ao proprietário pela posse indevida
do seu imóvel, com o objetivo de compensá-lo pela renda que
deixou de auferir, em atenção ao princípio da vedação ao
locupletamento ilícito. II. Tratando-se de lote vago sem
qualquer edificação, não há falar em proveito econômico
proporcionado pelo imóvel e auferido pela ré, capaz de
ensejar a recomposição a título de sua fruição. III. [...]
RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.
SENTENÇA REFORMADA DE OFÍCIO. (TJGO, APELAÇÃO
0178010-51.2016.8.09.0011, Rel. LUIZ EDUARDO DE SOUSA,
1ª Câmara Cível, julgado em 13/06/2019, DJe de 13/06/2019)
É como voto.
NR.PROCESSO: 0225028.86.2017.8.09.0026
concordado com a via alternativa de solução de conflitos ao
assinar o contrato, as consumidoras não ficam vinculadas
exclusivamente à arbitragem. II. Na hipótese de rescisão contratual
de compromisso de compra e venda por iniciativa do comprador,
com base no posicionamento do STJ, a jurisprudência do TJGO
tem firmado o entendimento de que 10% (dez por cento) é o
percentual de retenção ideal, na medida em que atende aos
princípios da razoabilidade e proporcionalidade, sem gerar
enriquecimento ilícito da construtora, sobretudo porque o imóvel
objeto da contenda poderá ser renegociado, pelo que deve ser
mantida a sentença nesse ponto. III. Tratando-se de lote vago, não
há que se falar em taxa de fruição ou ocupação, não só pelo fato
do imóvel ter se valorizado ao longo do tempo, mas também
porque a coisa, em razão da atividade econômica da apelante,
poderá ser renegociada. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E
IMPROVIDA.
NR.PROCESSO: 0225028.86.2017.8.09.0026
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RESCISÃO
CONTRATUAL C/C RESTITUIÇÃO DE QUANTIAS PAGAS.
RELAÇÃO DE CONSUMO. CONTRATO DE ADESÃO.
CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA. NULIDADE.
PERCENTUAL DE RETENÇÃO. TAXA DE FRUIÇÃO OU
OCUPAÇÃO. LOTE NÃO EDIFICADO. IMPOSSIBILIDADE. I.
A propositura da ação pelas consumidoras, demonstra seu
desinteresse (renúncia tácita) quanto à instauração da
arbitragem, outrora eleita. Assim, ainda que tenham
concordado com a via alternativa de solução de conflitos
ao assinar o contrato, as consumidoras não ficam
vinculadas exclusivamente à arbitragem. II. Na hipótese de
rescisão contratual de compromisso de compra e venda
por iniciativa do comprador, com base no posicionamento
do STJ, a jurisprudência do TJGO tem firmado o
entendimento de que 10% (dez por cento) é o percentual de
retenção ideal, na medida em que atende aos princípios da
razoabilidade e proporcionalidade, sem gerar
enriquecimento ilícito da construtora, sobretudo porque o
imóvel objeto da contenda poderá ser renegociado, pelo
que deve ser mantida a sentença nesse ponto. III. Tratando-
se de lote vago, não há que se falar em taxa de fruição ou
ocupação, não só pelo fato do imóvel ter se valorizado ao
longo do tempo, mas também porque a coisa, em razão da
atividade econômica da apelante, poderá ser renegociada.
APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E IMPROVIDA.
NR.PROCESSO: 5090469.17.2018.8.09.0174
tribunal
PODER JUDICIÁRIO
de justiça TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
do estado
Gabinete do Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
de goiás
Rua 10, n.º 150 , Fórum Dr. Heitor Moraes Fleury , 12º Andar , Sala 1229, Setor Oeste , Goiânia-GO, CEP 74120020, Tel: (62) 3216-2964
Processo : 5090469.17.2018.8.09.0174
Nome CPF/CNPJ
Promovente(s)
MARCAL FERNANDES MARTINS DE CAMPOS --
Nome CPF/CNPJ
Promovido(s)
JOWA PARTICIPACOES LTDA --
Órgão 1ª Câmara
Tipo de Ação / Recurso Procedimento Comum
judicante: Cível
Relator Des. ORLOFF NEVES ROCHA
DESPACHO
__________________________________________
Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
Relator
_____________________________________________________________________
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Documento emitido / assinado digitalmente
com fundamento no Art. 1º, § 2º III, "b", da Lei Federal nº 11.419, de 19/12/2006, publicada no DOU de 20/12/2006.
NR.PROCESSO: 5090469.17.2018.8.09.0174
NR.PROCESSO: 5083473.69.2020.8.09.0000
tribunal
PODER JUDICIÁRIO
de justiça TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
do estado
Gabinete do Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
de goiás
Rua 10, n.º 150 , Fórum Dr. Heitor Moraes Fleury , 12º Andar , Sala 1229, Setor Oeste , Goiânia-GO, CEP 74120020, Tel: (62) 3216-2964
Processo : 5083473.69.2020.8.09.0000
Nome CPF/CNPJ
Promovente(s)
Carlos Antonio Sucena 233.201.091-20
Nome CPF/CNPJ
Promovido(s)
Banco Itau Sa 60.701.190/0001-04
Órgão 1ª Câmara
Tipo de Ação / Recurso Agravo de Instrumento ( CPC )
judicante: Cível
Relator Des. ORLOFF NEVES ROCHA
DESPACHO
Cumpra-se.
__________________________________________
Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
Relator
NR.PROCESSO: 5083473.69.2020.8.09.0000
_____________________________________________________________________
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Documento emitido / assinado digitalmente
com fundamento no Art. 1º, § 2º III, "b", da Lei Federal nº 11.419, de 19/12/2006, publicada no DOU de 20/12/2006.
NR.PROCESSO: 0518230.67.2009.8.09.0171
PODER JUDICIÁRIO
COMARCA DE IACIARA
I – É cabível ação monitória contra Fazenda Pública, nos termos da súmula 339 do STJ.
II - Não tendo o apelante se desincumbido do ônus que lhe competia, qual seja, comprovar a quitação dos
serviços prestados pela parte apelada, correta a sentença que julgou procedente o pedido de pagamento da
quantia de R$ 15.000,00 (quinze mil reais).
III - Nos termos do § 11 do art. 85 do CPC, este Tribunal, ao julgar o recurso, arbitrará os honorários
sucumbenciais recursais levando em conta o trabalho adicional realizado pelo causídico na instância
revisora.
ACÓRDÃO
ACORDAM os integrantes da Primeira Turma Julgadora da 1ª Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do
Estado de Goiás, por unanimidade, EM CONHECER DA APELAÇÃO E NEGAR-LHE PROVIMENTO, nos termos do voto do
Relator.
NR.PROCESSO: 0518230.67.2009.8.09.0171
VOTARAM, além do RELATOR, a Desª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI e a Desª. AMÉLIA MARTINS
DE ARAÚJO.
Custas de lei.
COMARCA DE IACIARA
VOTO
NR.PROCESSO: 0518230.67.2009.8.09.0171
Conforme relatado, em sede de razões recursais, o recorrente insurge-se em face da sentença que o condenou a
pagar ao autor a quantia de R$ 15.228,75 (quinze mil duzentos e vinte e oito reais e setenta e cinco centavos), relativa ao serviço
prestado pela parte apelada.
Preliminarmente, sem fundamento a alegação de inadmissibilidade de ação monitória contra a Fazenda Pública,
diante do disposto na súmula 339 do STJ: “é cabível ação monitória contra a Fazenda Pública”.
A lei 4.320/64, que estatui normas gerais para elaboração e controle dos orçamentos e balanços dos entes públicos,
em seu art. 58, dispõe: “O empenho de despesa é ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado a obrigação de
pagamento pendente ou não de implemento de condição.”
Assim, a emissão das notas de empenho representam reserva de dotação orçamentária apta a fazer frente à
determinada obrigação assumida pelo ente público em face dos serviços prestados, constituindo, ainda, um verdadeiro
reconhecimento de débito pelo Município.
Analisando o caderno processual, verifica-se que o autor busca receber a quantia de R$ 15.000,00 (quinze mil reais),
relativa a prestação de serviço de contabilidade, no ano de 2008. Para tanto, juntou contratos nos valores de R$ 60.915,00
(sessenta mil novecentos e quinze reais) e R$ 30.456,84 (trinta mil quatrocentos e cinquenta e seis reais e oitenta e quatro
centavos), bem como os empenhos de fl.16.
As testemunhas inquiridas confirmam a prestação de serviços pela recorrida. Além disso, o prefeito e secretário à
época confirmaram que no final da gestão restou um débito na ordem de R$ 15.000,00(quinze mil reais).
Por outro lado, o réu em nenhum momento comprovou a não prestação dos serviços pela requerente ou que estes
tenham sido efetivamente pagos.
Dessa forma, não se desincumbindo a parte ré do encargo previsto no artigo 373, inciso II, do CPC, qual seja, a
existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, deve ser mantida a sentença que julgou procedente o
pedido de pagamento da quantia de R$ 15.000,00 (quinze mil reais).
Por fim, impende fixar os honorários advocatícios sucumbenciais pelo trabalho adicional desempenhado na instância
recursal, nos termos do art. 85, §11, CPC1.
Ante as razões expostas, nego provimento ao recurso, mantendo a sentença por estes e seus próprios
fundamentos. Nos termos do art. 85, §11º, CPC, majoro a verba honorária anteriormente fixada para doze por cento (12%)
sobre o valor da condenação.
NR.PROCESSO: 0518230.67.2009.8.09.0171
É o VOTO.
17
_____________________________________________________________
1Art.85.(…)
§ 11. O tribunal, ao julgar recurso, majorará os honorários fixados anteriormente levando em conta o trabalho adicional realizado
em grau recursal, observando, conforme o caso, o disposto nos §§ 2º a 6º, sendo vedado ao tribunal, no cômputo geral da fixação
de honorários devidos ao advogado do vencedor, ultrapassar os respectivos limites estabelecidos nos §§ 2º e 3º para a fase de
conhecimento.
NR.PROCESSO: 0518230.67.2009.8.09.0171
PODER JUDICIÁRIO
COMARCA DE IACIARA
I – É cabível ação monitória contra Fazenda Pública, nos termos da súmula 339 do STJ.
II - Não tendo o apelante se desincumbido do ônus que lhe competia, qual seja, comprovar a quitação dos
serviços prestados pela parte apelada, correta a sentença que julgou procedente o pedido de pagamento da
quantia de R$ 15.000,00 (quinze mil reais).
III - Nos termos do § 11 do art. 85 do CPC, este Tribunal, ao julgar o recurso, arbitrará os honorários
sucumbenciais recursais levando em conta o trabalho adicional realizado pelo causídico na instância
revisora.
NR.PROCESSO: 0050738.55.2017.8.09.0006
PODER JUDICIÁRIO
ACÓRDÃO
VISTOS, relatados e discutidos os presentes autos de APELAÇÃO CÍVEL N. 0050738.55.2017.8.09.0006- AGRAVO INTERNO,
da Comarca de ANÁPOLIS, interposta por SEGURADORA LÍDER DOS CONSÓRCIOS DO SEGURO DPVAT S/A.
ACORDAM os integrantes da Primeira Turma Julgadora da 1ª Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás,
por unanimidade, EM NÃO CONHECER DO AGRAVO INTERNO, COMINANDO MULTA, nos termos do voto do Relator.
VOTARAM, além do RELATOR, a Desª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI e a Desª. AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO.
Custas de lei.
RELATOR
NR.PROCESSO: 0050738.55.2017.8.09.0006
APELAÇÃO CÍVEL N. 0050738.55.2017.8.09.0006
COMARCA DE ANÁPOLIS
AGRAVO INTERNO
VOTO
Inicialmente é necessário esclarecer que na decisão monocrática o recurso de apelação foi desprovido, porquanto as teses
cogitadas pelo apelante confrontavam as orientações firma-das em precedentes obrigatórios.
Denota-se que o propósito da norma instituída no art. 932, inciso IV do Código de Processo Civil é para o relator de-cidir
unipessoalmente o recurso; é abreviar o julgamento, raciona-lizar a atividade judiciária e prestigiar a autoridade do precedente
obrigatório (arts. 926 e 927 CPC). Logo, indiscutível a autorização legal para chancelar o modo do julgamento como proferido.
Em que pese a decisão monocrática desafiar a inter-posição do agravo interno (arts. 1.021 CPC e 64 RITJGO) atesto sua
inadmissibilidade, notadamente por ausência de impugnação específica ao fundamento utilizado na decisão ora agravada.
O recorrente limitou-se a reafirmar as mesmas ques-tões por si defendidas no recurso apelatório, sem infirmar objeti-vamente os
argumentos e a motivação judicial usada para despro-ver o seu recurso, tampouco fez a distinção objetiva e qualitativa do
precedente citado ao presente caso.
Sendo assim, descumpriu o ônus da dialeticidade e atraiu a incidência da norma prevista no art. 1.021, §1º do Código de Processo
Civil. Nesse sentido é elucidativo o acervo doutrinário e jurisprudencial:
“… . O agravo interno que não patrocina específica im-pugnação da decisão agravada ou que não
realizada ade-quada distinção entre os casos não deve ser conhecido pelo órgão colegiado. A
imposição legal de atenção ao caso concreto (arts. 319, III, e 489, § 1º, I, CPC) como meio de evitar a
NR.PROCESSO: 0050738.55.2017.8.09.0006
litigância patronizada, sem conexão com os fatos da causa, evidenciada pela necessidade de impugnação
específica dos fundamentos da decisão e de elaboração de distinções entre ca-sos, não grava apenas as
partes e seus advogados” (MARINO-NI, Luiz Guilherme. Novo Código de Processo Civil co-mentado, São
Paulo: Ed. RT, 2015, p. 952).
Demais disso, agrego que, na hipótese, é cabível a aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º do Código de Pro-cesso Civil,
tendo em vista a manifesta inadmissibilidade do agravo interno, que deixou de tecer quaisquer considerações sobre o
en-tendimento firmado em sede de súmula do Superior Tribunal de Justiça e utilizada como motivação para o julgamento, apenas
tra-vestindo o apelo em agravo interno, com reprodução ipsis litteris dos argumentos já exaustivamente debatidos e decididos.
NR.PROCESSO: 0050738.55.2017.8.09.0006
Sobre o tema, eis a jurisprudência desta Corte:
Assim, a sanção deve ser arbitrada em 3% (três por cento) do valor atualizado da causa.
NR.PROCESSO: 0050738.55.2017.8.09.0006
É como voto.
11 RELATOR
NR.PROCESSO: 0050738.55.2017.8.09.0006
PODER JUDICIÁRIO
AGRAVO INTERNO
I – Inviável a apreciação do agravo interno que não rebateu, de modo específico, os fundamentos da de-cisão
recorrida, nos termos da previsão contida no art. 1.021, § 1º do Código de Processo Civil.
III - Agravo interno inadmitido, com aplicação da multa prevista no art. 1021, § 4º do Código de Pro-cesso
Civil.
NR.PROCESSO: 0193453.57.2016.8.09.0006
APELAÇÃO CÍVEL Nº 193453.57.2016.8.09.0006
COMARCA DE ANÁPOLIS
VOTO
NR.PROCESSO: 0193453.57.2016.8.09.0006
Em caso de interposição de recurso de apelação, intime-se a
parte apelada para apresentar as suas contrarrazões no prazo de
15 (quinze) dias, nos termos do art. 1.010, §1º, do Código de
Processo Civil.
Findo o prazo, com ou sem as contrarrazões, certifique-se e
remetam-se os autos ao E. Tribunal de Justiça do Estado de
Goiás. No entanto, caso seja interposta apelação adesiva, intime-
se a parte apelante (apelada do segundo recurso) para
apresentar as contrarrazões, também em 15 (quinze) dias.
Expirado o prazo acima, com ou sem as contrarrazões ao recurso
adesivo, certifique-se e rematam-se os autos ao Tribunal de
Justiça, nos termos do art. 1.010, §3º, também do Código de
Processo Civil.
Com o trânsito em julgado desta sentença, arquivar e baixar.”
(evento 41)
Pois bem.
Sobre o tema, sabe-se que a prova pericial destina-se a esclarecer questão técnica ou
científica indispensável para o deslinde da causa, figurando o perito como auxiliar do
julgador.
Nesse contexto, é cediço que a Lei 6.194/74, apesar de não exigir o laudo do IML
como requisito indispensável para pagamento do seguro DPVAT, elenca-o como um
elemento de prova que se pode valer o postulante para a demonstração de seu direito.
Vejamos:
“Art. 5º
(...)
§ 5º O Instituto Médico Legal da jurisdição do acidente ou da
residência da vítima deverá fornecer, no prazo de até 90
(noventa) dias, laudo à vítima com a verificação da existência e
NR.PROCESSO: 0193453.57.2016.8.09.0006
quantificação das lesões permanentes, totais ou parciais.
(Redação dada pela Lei nº 11.945, de 2009).”
Nesse sentido:
NR.PROCESSO: 0193453.57.2016.8.09.0006
FISIOTERAPEUTA NÃO ASSISTIDO POR PROFISSIONAL DA
MEDICINA. INVALIDADE. 1.Consoante precedentes desta Corte
de Justiça, para se verificar a ocorrência de invalidez do
segurado, o laudo médico pericial deve ser elaborado por
profissional da área de medicina. 2. Ao se conceber interpretação
extensiva ao regramento legal (artigo 5º, § 5º, da Lei 6.194/74),
objetivou o exegeta não se furtar da 'ratio essendi' da norma, qual
seja, de que haja nessa espécie de cizânia, um laudo técnico
elaborado por profissional da área médica. 3. A nomeação nos
autos guerreados de um fisioterapeuta para, isoladamente,
promover a realização do exame pericial em epígrafe, contraria
não só a jurisprudência deste sodalício, mas também o próprio
dispositivo legal supracitado. 4. Perícia que se declara nula de
pleno direito, a fim de que outra seja produzida com estrita
observância aos ditames legais e jurisprudenciais em voga.
APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E PROVIDA. SENTENÇA
CASSADA.” (TJGO, Apelação (CPC) 0010170-65.2015.8.09.0006, Rel.
Ronnie Paes Sandre, 3ª Câmara Cível, julgado em 11/11/2019, DJe de
11/11/2019)
NR.PROCESSO: 0193453.57.2016.8.09.0006
Em se tratando de ação de cobrança de seguro DPVAT, deve-se
atentar ao escopo da Lei nº 6.194/74, art. 5º, § 5º, de modo que a
perícia deve ser realizada por profissional da medicina, e não,
isoladamente, por um fisioterapeuta. AGRAVO CONHECIDO E
PROVIDO”. ( T J G O , A G R A V O D E I N S T R U M E N T O 8 4 3 9 4 -
94.2012.8.09.0000, Rel. DES. ALAN S. DE SENA CONCEICAO, 5A
Câmara Cível, julgado em28/06/2012, DJe 1114 de 01/08/2012)
Pelas razões alinhavadas, conclui-se que o laudo pericial elaborado de forma exclusiva
por fisioterapeuta durante o iter procedimental fustigado, não possui força probante no
espectro guerreado, uma vez que o referido profissional, por mais experiente e capaz
que seja, não possui a competência e a atribuição necessárias para identificar e
atestar, com a segurança que o caso requer, o grau de invalidez da segurada.
Assim, imperioso se torna o retorno dos autos a instância de origem, a fim de que lá
seja efetivamente realizada nova perícia, desta feita por profissional com registro
regular no Conselho Regional de Medicina e com especialidade na área da ortopedia,
conforme requerido pela autora na inicial, porquanto a correta aferição do grau de
invalidez da parte se mostra imprescindível para o justo deslinde da ação noutrora
aviada na origem.
É como voto.
NR.PROCESSO: 0193453.57.2016.8.09.0006
119/LE
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 0193453.57.2016.8.09.0006
Votaram, com a relatora, os Desembargadores Orloff Neves Rocha e Carlos Roberto
Favaro.
NR.PROCESSO: 0193453.57.2016.8.09.0006
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA. SEGURO DPVAT. LAUDO
PERICIAL CONFECCIONADO POR FISIOTERAPEUTA NÃO ASSISTIDO POR
PROFISSIONAL DA MEDICINA. NULIDADE. 1. Conforme precedentes desta Corte
de Justiça, para se verificar a ocorrência de invalidez do segurado, o laudo pericial
deve ser elaborado por profissional da área de medicina. 2. Ao se conceber
interpretação extensiva ao regramento legal (artigo 5º, § 5º, da Lei 6.194/74), objetivou
o exegeta não se furtar da 'ratio essendi' da norma, qual seja, de que haja nessa
espécie de cizânia, um laudo técnico elaborado por profissional da área médica. 3. A
nomeação nos autos guerreados de um fisioterapeuta para, isoladamente, promover a
realização do exame pericial em epígrafe, contraria não só a jurisprudência deste
sodalício, mas também o próprio dispositivo legal supracitado. Dessa forma, deve ser
declarada nula a perícia realizada e consequentemente, a sentença que nela se
lastreou, a fim de que outro ato pericial seja produzido com estrita observância aos
ditames legais e jurisprudenciais em voga. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E
PROVIDA. SENTENÇA CASSADA.
NR.PROCESSO: 5267225.90.2019.8.09.0093
Poder Judiciário
ACÓRDÃO
RELATORA
NR.PROCESSO: 5267225.90.2019.8.09.0093
VOTO
Pois bem.
Oportuno destacar que a Constituição Federal, em seu artigo 5º, inciso XXXV,
consagra o princípio da inafastabilidade da jurisdição, dispondo que a lei não excluirá
da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.
NR.PROCESSO: 5267225.90.2019.8.09.0093
da inicial, salvo se no momento da decisão já houver contestação
que o supra.
NR.PROCESSO: 5267225.90.2019.8.09.0093
PROVIMENTO, para cassar a sentença vergastada, determinando o normal
prosseguimento do feito.
É o voto.
NR.PROCESSO: 5267225.90.2019.8.09.0093
NR.PROCESSO: 5267225.90.2019.8.09.0093
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA.
AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE. PISO NACIONAL DA
CATEGORIA. REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO.
DESNECESSIDADE. A falta de requerimento
administrativo prévio na presente ação, em que se
pleiteia diferenças salariais decorrentes da não
implementação do Piso Salarial da Categoria de agente
comunitário de saúde, não constitui óbice ao
prosseguimento do feito, ante a ausência de exigência
legal ou jurisprudencial nesse sentido. SENTENÇA
CASSADA. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.
NR.PROCESSO: 5177973.13.2018.8.09.0093
Poder Judiciário
ACÓRDÃO
VOTO
NR.PROCESSO: 5177973.13.2018.8.09.0093
Presentes os pressupostos de admissibilidade do recurso, dele conheço.
NR.PROCESSO: 5177973.13.2018.8.09.0093
necessárias ao deslinde da causa foram devidamente debatidas.
(…)
NR.PROCESSO: 5177973.13.2018.8.09.0093
Assim, não merece prosperar as alegações do embargante acerca de dívida
impagável e ofensa, pela instituição financeira, a princípios constitucionais.
É o voto.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 5177973.13.2018.8.09.0093
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO
INTERNO NA APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA
DE NULIDADE CONTRATUAL C/C DANO MORAL. ILÍCITO
NÃO COMPROVADO. MANUTENÇÃO DO PACTO.
AUSÊNCIA DOS VÍCIOS ESPECIFICADOS NO ARTIGO
1.022 E INCISOS DO CPC. PREQUESTIONAMENTO. Não
ocorrendo os vícios elencados no artigo 1.022 do Código
de Processo Civil, devem ser rejeitados os embargos que
visam tão somente rediscutir matéria já examinada e
decidida, ainda que para efeito de prequestionamento,
conforme precedentes deste Tribunal. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO CONHECIDOS E REJEITADOS.
NR.PROCESSO: 5177973.13.2018.8.09.0093
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO INTERNO NA APELAÇÃO
CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE CONTRATUAL C/C DANO MORAL.
ILÍCITO NÃO COMPROVADO. MANUTENÇÃO DO PACTO. AUSÊNCIA DOS
VÍCIOS ESPECIFICADOS NO ARTIGO 1.022 E INCISOS DO CPC.
PREQUESTIONAMENTO. Não ocorrendo os vícios elencados no artigo 1.022 do
Código de Processo Civil, devem ser rejeitados os embargos que visam tão
somente rediscutir matéria já examinada e decidida, ainda que para efeito de
prequestionamento, conforme precedentes deste Tribunal. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO CONHECIDOS E REJEITADOS.
NR.PROCESSO: 5573601.07.2019.8.09.0000
Poder Judiciário
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5573601.07.2019.8.09.0000
VOTO
A propósito:
NR.PROCESSO: 5573601.07.2019.8.09.0000
2081 de 03/08/2016. Negritei).
NR.PROCESSO: 5573601.07.2019.8.09.0000
existência de ônus reais que tenham sido constituídos
sobre o imóvel objeto da incorporação para garantia do
pagamento do preço de sua aquisição ou do cumprimento
de obrigação de construir o empreendimento.
Art. 31-F.
[...]
NR.PROCESSO: 5573601.07.2019.8.09.0000
ou do cumprimento de obrigação de construir o empreendimento.
NR.PROCESSO: 5573601.07.2019.8.09.0000
SOCIEDADE DE PROPÓSITO ESPECÍFICO - SPE. 1. Se a
empresa executada/agravante não mais se encontra em regime
de recuperação judicial, desarrazoado o pedido de suspensão do
feito executório em função de suposta vigência de stay period. 2.
Não há que se falar em suspensão da execução para a
observância de ordem de liquidação do patrimônio de
afetação de uma empresa se inexistem provas de que está
submetida ao regime de afetação patrimonial, com o
cumprimento das exigências legais - a exemplo da
averbação, a qualquer tempo, no Registro de Imóveis, de
termo firmado pelo incorporador e, quando for o caso,
também pelos titulares de direitos reais de aquisição sobre o
terreno - tampouco que há procedimento de liquidação do
patrimônio de afetação em andamento. AGRAVO DE
INSTRUMENTO CONHECIDO, PORÉM DESPROVIDO.
DECISÃO MANTIDA. (TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC )
5509130-16.2018.8.09.0000, Rel. JEOVA SARDINHA DE
MORAES, 6ª Câmara Cível, julgado em 13/02/2019, DJe de
13/02/2019. Negritei)
É o voto.
NR.PROCESSO: 5573601.07.2019.8.09.0000
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
RELATORA
NR.PROCESSO: 5573601.07.2019.8.09.0000
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE
COBRANÇA EM FASE DE CUMPRIMENTO DE
SENTENÇA. PEDIDO DE SUSPENSÃO EM VIRTUDE DE
RECUPERAÇÃO JUDICIAL. EMPRESA EXCLUÍDA.
ORDEM DE LIQUIDAÇÃO DO PATRIMÔNIO DE
AFETAÇÃO. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO. I. O crédito
decorrente da contribuição condominial devido pela
agravante tem natureza especial, podendo a execução ser
processada normalmente, não vingando a tese de
suspensão do feito executivo em trâmite no juízo de
ori gem. Pre c e d en t e s d o ST J . I I . Se a e m pr e s a
executada/agravante não mais se encontra em regime de
recuperação judicial, desarrazoado o pedido de
suspensão do cumprimento de sentença para a
observância de ordem de liquidação do patrimônio de
afetação. In casu, não foram trazidas pela
devedora/agravante provas de que está submetida ao
regime de afetação patrimonial, previsto na Lei n.º
4.591/1994 (artigos 31-A a 31-F), tampouco que há
procedimento de liquidação do patrimônio de afetação
em andamento. AGRAVO DE INSTRUMENTO
CONHECIDO E IMPROVIDO.
NR.PROCESSO: 5573438.54.2018.8.09.0164
Poder Judiciário
ACÓRDÃO
RELATORA
NR.PROCESSO: 5573438.54.2018.8.09.0164
VOTO
Pois bem.
NR.PROCESSO: 5573438.54.2018.8.09.0164
individuada, identificada e esteja injustamente em poder do réu.
Em ação reivindicatória o objetivo é assegurar ao titular do
domínio, o uso e gozo da coisa, ex vi do art. 524, hoje art. 1228
do CC de 2002. Ausente o domínio, a extinção do processo é
medida que se impõe (RT 876/318: TJMG, P 1.0351.07.080101-
1/001). (NEGRÃO, Theotônio. Código Civil e Legislação Civil em
vigor. 29ª edição. São Paulo: Saraiva, 2010. p.378.)”
In casu, a apelada, por meio da peça de defesa anexada ao evento nº 29, apresentou
alegação de exceção de domínio sobre a coisa em disputa, ao argumento de que exerceu por
mais de 10 (dez) anos a posse qualificada do imóvel, de maneira mansa e pacífica.
A propósito:
NR.PROCESSO: 5573438.54.2018.8.09.0164
TESTEMUNHAIS. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. 1. Não há que se falar
em ocorrência de cerceamento do direito de defesa ante o
indeferimento do pedido de prova pericial, posto que tal
insurgência se deu tardiamente, operando-se a preclusão do
direito alegado. 2. É possível a arguição de usucapião como
matéria de defesa, cuja comprovação da presença dos
requisitos necessários conduz à improcedência do pleito
reivindicatório. 3. Conforme precedentes, a doutrina e a
jurisprudência admitem que o réu, na ação reivindicatória,
defenda-se com a alegação de usucapião. Provados os
pressupostos para usucapir, fica afastada a pretensão deduzida
na reivindicatória. 4. Correta a aplicação da multa por litigância de
má-fé quando evidente a manobra da parte autora em alterar a
verdade dos fatos (arts. 80, II e 81 do CPC). RECURSO
DESPROVIDO. (TJGO, APELACAO 0014813-79.2016.8.09.0152,
Rel. CARLOS HIPOLITO ESCHER, 4ª Câmara Cível, julgado em
09/02/2018, DJe de 09/02/2018)
NR.PROCESSO: 5573438.54.2018.8.09.0164
á a dez anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a
sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de
caráter produtivo.”
No caso em tela, está claro que a recorrida exerceu, em conjunto com seus 3 (três)
filhos, a posse da coisa, enquanto sua efetiva moradia, no período compreendido entre os anos
de 2002 a 2013. As testemunhas inquiridas pelo juízo a quo foram uníssonas nesse sentido:
NR.PROCESSO: 5573438.54.2018.8.09.0164
lote todo; Que não tinha acabamento nenhum, era só no
tijolo, mas ela morava lá; Que eu mudei para lá em 1996; Que
ela mudou para lá em 2000; Que nos últimos 5 anos no lote
dela morou um pessoal lá, a mãe chamada Daísa; Que depois
que a Regina mudou quem morou lá foi ela; […] (Grifei)”
Assim, ainda que a recorrida não tenha residido no imóvel nos últimos 5 (cinco) anos,
bem como tenha permitido que outra pessoa ali residisse, isso não afasta o fato de que ela ainda
manteve a posse da coisa, mormente quando os próprios vizinhos a identificam como sendo a
proprietária do bem mesmo lá não mais residindo.
Para mais, não se pode ignorar o fato de que o tempo exigido por lei para a
comprovação da posse qualificada já havia ocorrido quando a possuidora deixou de residir no
local, embora jamais tenha deixado de exercer a posse mansa, pacífica, contínua e com animus
domini sobre a coisa.
Desta feita, uma vez satisfeitos os requisitos legais (art. 1.238, parágrafo único, CC),
não é dado a esta Corte Estadual de Justiça deixar de reconhecer a perda do domínio da coisa
pela apelante em favor da apelada, em razão da usucapião.
Nesse sentido:
NR.PROCESSO: 5573438.54.2018.8.09.0164
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REIVINDICATÓRIA. AUSÊNCIA
REQUISITO. IMPROCEDENTE. DEFESA. USUCAPIÃO
EXTRAORDINÁRIO. PROCEDENTE. HONORÁRIOS
RECURSAIS. I. Os pressupostos indispensáveis ao manejo
da ação reivindicatória são: a titularidade do domínio;
individualização da coisa e a posse injusta exercida por
outrem em oposição ao título de proprietário, nos termos do
artigo 1.228 do Código Civil; II. Os apelados apresentaram
defesa nos autos, acompanhada de prova documental e
testemunhal, que se amoldam ao direito do usucapião
extraordinário, contudo, não utilizaram da reconvenção e
nem pugnaram pelo chamamento dos demais litisconsórcios
passivos, o que coaduna na impossibilidade de levar a
sentença a registro; III. Não restou provado a que título os
apelados entraram na posse do terreno, podendo, portanto, ver
reconhecida tão somente a usucapião extraordinária; IV. Restou
cumprido o prazo exigido para os apelados obterem o
reconhecimento da usucapião extraordinária tendo em vista
que o termo a quo da posse foi em 23/10/1990, contados em
20 (vinte) anos de tempo previsto no código anterior até
23/10/2010; V. Em razão do desprovimento do apelo, os
honorários advocatícios devem ser majorados para doze por
cento (12%) sobre o valor atualizado da causa, nos termos da
disposição contida no art. 85, §§ 2º e 11, do CPC.; VI. RECURSO
DE APELAÇÃO CONHECIDO E DESPROVIDO. (TJGO,
Apelação (CPC) 0362512-65.2013.8.09.0162, Rel. GERSON
SANTANA CINTRA, 3ª Câmara Cível, julgado em 15/05/2019,
DJe de 15/05/2019)
NR.PROCESSO: 5573438.54.2018.8.09.0164
adversa, como não provado na casuística, a improce-dência
de tal pleito dominial é medida que se impõe (artigo 1.228 do
CC). APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E DESPRO-VIDA. (TJGO,
APELAÇÃO 0087643-46.2012.8.09.0164, Rel. SANDRA REGINA
TEODORO REIS, 6ª Câmara Cível, julgado em 15/05/2019, DJe
de 15/05/2019)
Desta forma, não há como acolher o pleito recursal, uma vez que a instrução do feito
demonstra a fragilidade do direito arguido pela apelante, nos termos reconhecidos pela sentença
vergastada.
NR.PROCESSO: 5573438.54.2018.8.09.0164
Deixo de majorar os honorários advocatícios na fase recursal, uma vez que já foram
fixados na origem no patamar máximo de 20% sobre o valor atualizado da causa.
É o voto.
RELATORA
NR.PROCESSO: 5573438.54.2018.8.09.0164
NR.PROCESSO: 5573438.54.2018.8.09.0164
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REIVINDICATÓRIA. USUCAPIÃO.
MATÉRIA DE DEFESA. PRESCRIÇÃO AQUISITIVA.
RECONHECIMENTO. FATO EXTINTIVO DO DIREITO DA PARTE
AUTORA. I. A ação reivindicatória, de cunho petitório, tem como
objetivo assegurar ao titular do domínio, o uso e gozo da coisa, nos
termos do artigo 1.228, do Código Civil, devendo o autor provar a sua
propriedade, a individualização da coisa e a posse injusta do réu. II. É
possível a arguição de usucapião como matéria de defesa, cuja
comprovação da presença dos requisitos necessários conduz à
improcedência do pleito. III. Na ação em que se busca o
reconhecimento do domínio pela usucapião extraordinária, à parte
compete provar, de forma inequívoca, os requisitos legais
necessários para a declaração da prescrição aquisitiva, tais como: a
posse mansa e pacífica, sem oposição e interrupção, com "animus
domini", pelo prazo previsto em lei. IV. In casu, a requerida
comprovou que preencheu todos os requisitos para o
reconhecimento da usucapião, haja vista que as provas coligidas ao
caderno processual comprovam que ela exerceu por mais de 10 (dez)
anos a posse qualificada da coisa, como se proprietária fosse, de
maneira mansa, pacífica e contínua. RECURSO CONHECIDO E
IMPROVIDO.
NR.PROCESSO: 5653116.91.2019.8.09.0000
Poder Judiciário
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5653116.91.2019.8.09.0000
VOTO
A propósito:
NR.PROCESSO: 5653116.91.2019.8.09.0000
CÂMARA CÍVEL, julgado em 06/12/2016, DJe 2171 de
19/12/2016. Negritei).
Pois bem, sobre a matéria vale ressaltar que nos termos do artigo 139, inciso
IV, do Código de Processo Civil, incumbe ao magistrado determinar todas as medidas
indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar o
cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham objeto prestação
pecuniária, in verbis:
Ocorre que, não obstante o dispositivo citado permitir ao juiz a quo a adoção
das medidas coercitivas necessárias ao pagamento do débito exequendo, há que se
observar que a suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e do Passaporte
não são instrumentos eficazes para a garantia do pleno adimplemento do crédito
objeto da ação em voga.
Cumpre salientar que a norma prevista no artigo 139, inciso IV, do Código de
Processo Civil, deve ser interpretada em consonância com o disposto no artigo 789 do
mesmo diploma legal, que consagra o princípio da responsabilidade patrimonial do
devedor, permitindo-se a utilização dos meios executivos atípicos somente quando
recaírem sobre os bens do executado, não se admitindo, portanto, a restrição de seus
direitos fundamentais como forma de compeli-lo a quitar o débito.
NR.PROCESSO: 5653116.91.2019.8.09.0000
Com efeito, na aplicação da referida norma, o julgador deve se ater ao grau
de proporcionalidade e efetividade que a medida guarda com a superação do
obstáculo existente para o adimplemento da obrigação, sendo que, no caso vertente, a
apreensão da carteira de motorista, do passaporte e bloqueio dos cartões de crédito
dos agravados têm caráter eminentemente punitivo, visando, somente, a mitigação de
seus direitos constitucionais, sem o condão de garantirem a satisfação do crédito.
NR.PROCESSO: 5653116.91.2019.8.09.0000
suspensão da CNH da devedora/recorrida, recolhimento de
passaporte bem como bloqueio dos seus cartões de crédito,
como forma de coagi-lo ao pagamento da dívida, por se tratar
de medidas desproporcionais ao objetivo executivo
almejado, revelando-se, portanto, inadequadas para
modificar a circunstância de ausência de bens, ou, ainda,
assegurar o cumprimento da obrigação perseguida,
causando, na verdade, apenas constrangimentos aquele que
eventualmente sofrer tais privações. 3. Consabido que o
acesso à superior instância não exige menção específica dos
dispositivos legais para o prequestionamento, sendo suficiente
que a questão tenha sido efetivamente discutida nas instâncias
originárias. EMBARGOS DECLARATÓRIOS CONHECIDOS E
REJEITADOS. (TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC ) 5578384-
76.2018.8.09.0000, Rel. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO
REQUI, 1ª Câmara Cível, julgado em 10/07/2019, DJe de
10/07/2019) Grifei.
É o voto.
NR.PROCESSO: 5653116.91.2019.8.09.0000
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE
EXECUÇÃO. PEDIDO DE SUSPENSÃO DA CARTEIRA
NACIONAL DE HABILITAÇÃO, PASSAPORTE E
CARTÕES DE CRÉDITO. MEDIDAS INEFICAZES PARA
A SATISFAÇÃO DO CRÉDITO. DECISÃO MANTIDA. I.
O art. 139, IV, do Código de Processo Civil consagra a
possibilidade de o magistrado adotar, de ofício ou a
requerimento, medidas executivas atípicas, as quais,
todavia, não se justificam quando não forem
comprovadamente eficazes na obtenção da tutela do
direito sub judice. II. Em preservação da dignidade da
pessoa humana e por não ter sido demonstrada a
utilidade para execução, deve ser mantida a decisão
singular que indeferiu o pedido de suspensão da
Carteira Nacional de Habilitação, do Passaporte e dos
cartões de crédito do devedor. AGRAVO DE
INSTRUMENTO CONHECIDO E IMPROVIDO.
NR.PROCESSO: 5653116.91.2019.8.09.0000
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE
EXECUÇÃO. PEDIDO DE SUSPENSÃO DA CARTEIRA
NACIONAL DE HABILITAÇÃO, PASSAPORTE E
CARTÕES DE CRÉDITO. MEDIDAS INEFICAZES PARA A
SATISFAÇÃO DO CRÉDITO. DECISÃO MANTIDA. I. O art.
139, IV, do Código de Processo Civil consagra a
possibilidade de o magistrado adotar, de ofício ou a
requerimento, medidas executivas atípicas, as quais,
todavia, não se justificam quando não forem
comprovadamente eficazes na obtenção da tutela do
direito sub judice. II. Em preservação da dignidade da
pessoa humana e por não ter sido demonstrada a
utilidade para execução, deve ser mantida a decisão
singular que indeferiu o pedido de suspensão da Carteira
Nacional de Habilitação, do Passaporte e dos cartões de
crédito do devedor. AGRAVO DE INSTRUMENTO
CONHECIDO E IMPROVIDO.
NR.PROCESSO: 5444066.37.2017.8.09.0051
Poder Judiciário
ACÓRDÃO
VOTO
NR.PROCESSO: 5444066.37.2017.8.09.0051
Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso.
Ademais, o fato de o julgamento ter sido realizado por outro magistrado não
fere o aludido princípio, mesmo quando há colheita de prova oral, visto que não se
revela absoluto, principalmente, quando ausente qualquer violação ao contraditório ou
à ampla defesa, como no caso em exame.
NR.PROCESSO: 5444066.37.2017.8.09.0051
36.2002.8.09.0051, Rel. LUIZ EDUARDO DE SOUSA, 1ª Câmara
Cível, julgado em 25/04/2019, DJe de 25/04/2019) Grifei.
NR.PROCESSO: 5444066.37.2017.8.09.0051
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e,
também, ao seguinte:
(...).
NR.PROCESSO: 5444066.37.2017.8.09.0051
A alegada conduta lesiva de que cogita a autora/apelante teve origem no fato
de supostos constrangimentos decorrentes de assédio moral que teria sofrido quando
do exercício do cargo de escrivã na Comarca de Orizona, quando o Diretor do Foro e
magistrado da Comarca, Dr. Ricardo de Guimarães e Souza, começou a
supostamente persegui-la.
Ademais, como bem disse a MM. Juíza que exarou a sentença objurgada, a
simples absolvição da apelante nos Processos Administrativos Disciplinares, não é
capaz de aferir que o objetivo do magistrado era puramente de perseguição, in verbis:
NR.PROCESSO: 5444066.37.2017.8.09.0051
julgamento para oitiva de informante e testemunha, entendo que
não logrou-se êxito na comprovação das alegações formuladas
na missiva pórtica.
NR.PROCESSO: 5444066.37.2017.8.09.0051
constrangimento e depreciação de sua autoestima no
ambiente de trabalho. 3. Inexistindo prova de que os fatos
narrados na inicial constituíram perseguição pessoal ao
Apelante/A., não há falar-se em reparação civil por assédio
moral (...). (Apelação 0408585-1.2011.8.09.0167, Rel. Olavo
Junqueira de Andrade, 5ª Câmara Cível, julgado em 12/02/2019,
DJe de 12/02/2019) Grifei.
NR.PROCESSO: 5444066.37.2017.8.09.0051
II- ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou
extintivo do direito do autor.”
Neste contexto, nos termos do citado art. 373 do Código de Processo Civil, o
ônus da prova incumbe ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito, o que não
ocorreu nos presentes autos, já que a autora/apelante não demonstrou suas
alegativas, fato que, por si só, impõe a improcedência do pedido de indenização por
dano extrapatrimonial.
NR.PROCESSO: 5444066.37.2017.8.09.0051
PARCIALMENTE PROVIDO. (TJGO, Apelação (CPC) 0082843-
15.2013.8.09.0107, Rel. Sandra Regina Teodoro Reis, 6ª Câmara
Cível, julgado em 30/11/2017, DJe de 30/11/2017) Grifei
Por corolário, majoro os honorários advocatícios nos termos do artigo 85, §11,
para a) 12% (doze) por cento do valor até 200 (duzentos salários) mínimos; b) 10%
(dez por cento) sobre o valor excedente aos 200 (duzentos) salários mínimos,
considerando o valor atualizado na causa.
NR.PROCESSO: 5444066.37.2017.8.09.0051
É o voto.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
ROBERTO HORÁCIO REZENDE
Juiz Substituto no Segundo Grau
RELATOR
(Assinado digitalmente conforme Resolução 59/2016)
NR.PROCESSO: 5444066.37.2017.8.09.0051
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.
ASSÉDIO MORAL CONTRA SERVIDOR PÚBLICO NÃO COMPROVADO.
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO NÃO CONFIGURADA. SENTENÇA
MANTIDA. I. Nos termos do art. 37, §6º da CF, no tocante à responsabilidade civil
do Estado, à luz da teoria do risco administrativo, a Administração Pública
responde objetivamente pelos danos causados a terceiros por seus agentes no
exercício de suas funções. Nesse contexto, para a efetiva responsabilização da
Administração Pública, basta, tão somente, a comprovação da conduta
comissiva ou omissiva, do dano e do nexo de causalidade, situação não divisada
nos autos. II. O assédio moral consubstancia-se na conduta abusiva, praticada
de forma reiterada no ambiente de trabalho, através da exposição da vítima a
situações humilhantes e constrangedoras, visando ridicularizar e atingir a sua
personalidade, causando-lhe constrangimento e depreciação de sua autoestima
no ambiente de trabalho. III. Inexistindo prova nos autos de que os fatos
narrados na inicial constituíram perseguição pessoal à autora/apelante não há
falar-se em reparação civil por assédio moral. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E
IMPROVIDA.
NR.PROCESSO: 5119845.63.2017.8.09.0051
Poder Judiciário
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5119845.63.2017.8.09.0051
VOTO
(…)
Pois bem. Do exame acurado da matéria vertida neste agravo interno, não
vislumbro motivos para alterar a decisão censurada.
NR.PROCESSO: 5119845.63.2017.8.09.0051
uniformização de jurisprudência no STJ, porquanto o ofício 196/2029 – NUGEP do
Superior Tribunal de Justiça, esta questão não se aplica ao caso em comento,
conforme restou decidido na decisão monocrática, vez que restringe-se aos casos de
benefício previdenciário, em nada mencionando a natureza da verba alimentícia, de
modo que se torna defeso dar uma interpretação extensiva ao texto, sob pena de
desvirtuar o objeto do julgamento.
Sustenta, ainda, a agravante que não houve má-fé de sua parte, posto que o
pagamento da verba se deu por erro crasso e unilateral da Administração, o que torna
indevida sua restituição ao erário e requer a inversão o ônus da prova a fim de que a
Administração Pública comprove que houve erro ou dolo por parte da Agravante, ônus
do qual não se desincumbiu.
Ora, tal fato, por si só, enseja o ressarcimento ao erário pela parte que
recebeu o importe indevido.
NR.PROCESSO: 5119845.63.2017.8.09.0051
Quanto à inversão do ônus da prova, tenho que pelas provas produzidas,
restou evidenciado o erro da administração pública, bem como a má-fé da
autora/agravante que repercutiu em efetivo prejuízo ao erário, fato que impõe a
necessidade de reparação do dano causado à Administração Pública.
Ipsis litteris:
NR.PROCESSO: 5119845.63.2017.8.09.0051
Do exposto, conheço do recurso, porém NEGO-LHE PROVIMENTO,
mantendo incólume a decisão recorrida. Submeto a insurgência à apreciação da
Turma Julgadora.
É o voto.
NR.PROCESSO: 5119845.63.2017.8.09.0051
caracterizando-se, portanto, ato ilícito, estando em
mora desde a prática desse ato, nos termos da súmula
54, do STJ. IV. É medida imperativa o desprovimento
do Agravo Interno quando não se fazem presentes, em
suas razões, qualquer novo argumento que justifique
a modificação da decisão agravada. AGRAVO
INTERNO CONHECIDO E IMPROVIDO.
NR.PROCESSO: 5119845.63.2017.8.09.0051
EMENTA: AGRAVO INTERNO EM APELAÇÃO
CÍVEL. AÇÃO DE RESSARCIMENTO AO
ERÁRIO. SERVIDORA PÚBLICA CEDIDA AO
DISTRITO FEDERAL. RECEBIMENTO DO
ÓRGÃO DE ORIGEM E DO ÓRGÃO DE
DESTINO. RESSARCIMENTO AO ERÁRIO. ERRO
CRASSO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E MÁ-
FÉ DE QUEM RECEBEU DEMONSTRADOS.
JUROS DE MORA . DATA DO DESEMBOLSO.
AUSÊNCIA DE FATOS NOVOS. I. O STJ firmou o
entendimento de que quando a Administração
Pública interpreta erroneamente uma lei,
resultando em pagamento indevido ao servidor,
cria-se uma falsa expectativa de que os valores
recebidos são legais e definitivos, impedindo,
assim, que ocorra desconto dos mesmos, ante a
boa-fé do servidor público. No caso em voga,
comprovado que o pagamento indevido não
decorreu de má interpretação de lei, mas sim,
por erro da administração, somado a má-fé da
servidora que não comunicou o fato, causando
prejuízo ao erário, o que conduz a procedência
do pedido de ressarcimento do erário. II.
Quanto aos juros de mora, não há se falar em
aplicação do art. 240 do CPC, para que os juros
sejam contados a partir da citação, pois a
obrigação de ressarcimento ao erário decorre
do recebimento indevido de importâncias pela
requerida/apelante, caracterizando-se, portanto,
ato ilícito, estando em mora desde a prática
desse ato, nos termos da súmula 54, do STJ. IV.
É medida imperativa o desprovimento do
Agravo Interno quando não se fazem presentes,
em suas razões, qualquer novo argumento que
justifique a modificação da decisão agravada.
AGRAVO INTERNO CONHECIDO E IMPROVIDO.
NR.PROCESSO: 5357498.51.2018.8.09.0158
APELAÇÃO CÍVEL Nº 5357498.51.2018.8.09.0158
COMARCA DE SANTO ANTÔNIO DO DESCOBERTO
VOTO
Aduziu a autora, em síntese, que é servidora pública municipal desde 01.06.1987, que
após preencher o tempo para aposentadoria optou por continuar trabalhando,
ingressando, em 27.07.2016, com requerimento administrativo, a fim de perceber
abono permanência, sendo o pedido deferido em junho de 2017, sem o pagamento do
valor retroativo.
Processado o feito, a sentença fustigada foi proferida, nos seguintes termos (evento
17):
“Do Dispositivo
NR.PROCESSO: 5357498.51.2018.8.09.0158
Por fim, JULGO EXTINTO o processo, com resolução do mérito,
nos termos do artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil.
Condeno o requerido, ainda, com fulcro no artigo 85, §§ 2º e 3º,
CPC, ao pagamento dos honorários sucumbenciais, estes fixados
em 10% sobre o proveito econômico a ser obtido pela parte.
Sem custas, por força do art. 4º, I, da Lei nº 9.289/96.
Sentença não sujeita ao reexame necessário, considerando que
o valor da condenação que ora se discute supera o patamar
previsto no art. 496, § 3º, I, CPC.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
Transitada em julgado, arquivem-se os autos com as cautelas de
estilo.”
Inconformado com a prestação jurisdicional, o réu interpõe Apelação Cível (evento 21),
pugnando por seu conhecimento e provimento para indeferir a gratuidade da justiça à
apelada; alterar a data do marco temporal para o pagamento retroativo, da data de
27/07/2016 para 07/08/2017; condenar à apelada aos ônus sucumbenciais.
Como cediço, a nova sistemática processual civil traz em seu art. 99, § 2º, a orientação
de que o magistrado apenas poderá indeferir o pedido da justiça gratuita se houver
nos autos, elementos que evidenciem a falta de pressupostos legais para sua
concessão. E por não se tratar – obviamente – de direito absoluto, pode o magistrado,
mediante fundadas razões para crer que o requerente não se encontra no estado
declarado, exigir-lhe que faça prova de sua situação, nos moldes do enunciado da
Súmula 25 do TJGO.
NR.PROCESSO: 5357498.51.2018.8.09.0158
“ AÇÃO RESCISÓRIA. IMPUGNAÇÃO AO BENEFÍCIO DA
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. AUSÊNCIA DE PROVA.
REJEIÇÃO. 1. É ônus daquele que impugna a concessão do
benefício da assistência judiciária gratuita demonstrar (e não
meramente alegar) a suficiência financeira - econômica do
beneficiário. [...]. (TJGO, 2ª Seção Cível, Ação Rescisória
5474581-55.2017.8.09.0051, Rel. NELMA BRANCO FERREIRA
PERILO, julgado em 06/09/2018, DJe de 06/09/2018)
NR.PROCESSO: 5357498.51.2018.8.09.0158
de 27/07/2016 para 07/08/2017, entendo que razão não assiste ao apelante.
Isso porque, como bem concluiu a julgadora singular, preenchidos os requisitos para a
concessão do abono de permanência, a Administração Pública tem a obrigação de
conceder as vantagens previstas em Lei. Contudo, para que o ente federado possa
efetuar o pagamento da gratificação/vantagem, deve sofrer provocação do
interessado, haja vista que somente a partir do requerimento é que a
Administração Pública tem o conhecimento de que o servidor preenche todos os
requisitos necessários para o recebimento da benesse.
NR.PROCESSO: 5357498.51.2018.8.09.0158
servidores públicos do Município de Santo Antônio do
Descoberto - (Lei Municipal nº 867/10) -, em seu artigo 9º, são
garantidos aos servidores o incentivo à qualificação
profissional através de cursos de formação, aperfeiçoamento
ou especialização, em instituições credenciadas e
reconhecidas pelo Ministério da Educação e Cultura,
observadas as diretrizes, necessidades e prioridade
municipais. 2. A legislação municipal em referência dispõe
que os servidores de nível técnico terão o salário-base
acrescido em 20% quando concluírem o nível superior. 3.
Comprovados os fatos constitutivos do direito que alega
possuir, a autora faz jus ao recebimento da gratificação de
incentivo educacional de graduação, devendo ser efetuado o
respectivo pagamento a partir do requerimento
administrativo. 4. De acordo com a nova regra processual
preconizada no artigo 85, § 11, do Código de Processo
Civil/15, deverá o Tribunal, ao julgar o recurso, proceder a
majoração da verba honorária anteriormente arbitrada.
REMESSA OBRIGATÓRIA E APELAÇÃO CÍVEL
CONHECIDAS E DESPROVIDAS.” (TJGO, APELAÇÃO
0271801-55.2015.8.09.0158, Rel. Camila Nina Erbetta
Nascimento e Moura, 5ª Câmara Cível, julgado em 10/06/2019,
DJe de 10/06/2019)
NR.PROCESSO: 5357498.51.2018.8.09.0158
naqueles autos, o relator, Ministro Luiz Fux, acolheu o pedido de atribuição de efeito
suspensivo aos embargos de declaração opostos pelo Estado do Pará e outros, nestes
termos:
NR.PROCESSO: 5357498.51.2018.8.09.0158
Plenário, 03.10.2019.”
Nessa senda, tendo a sentença sido proferida sem consonância com o entendimento
da Corte Superior, há razão para sua reforma, devendo incidir sobre os valores
devidos à autora/apelada correção monetária pelo IPCA-E e juros de mora com
base no índice oficial de remuneração básica aplicada à caderneta de poupança.
É como voto.
NR.PROCESSO: 5357498.51.2018.8.09.0158
APELANTE: MUNICÍPIO DE SANTO ANTÔNIO DO DESCOBERTO
APELADA: MARIA DO BONFIM FELICIANO DE ANDRADE
RELATORA: DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5357498.51.2018.8.09.0158
Presidiu a sessão o Des. Luiz Eduardo de Sousa.
NR.PROCESSO: 5357498.51.2018.8.09.0158
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO COMINATÓRIA C/C
PEDIDO DE PAGAMENTO RETROATIVO. IMPUGNAÇÃO AO
BENEFÍCIO DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA. IMPROCEDENTE.
VERBA SALARIAL. ABONO PERMANÊNCIA. RETROATIVO.
DEVIDO A PARTIR DA DATA DO REQUERIMENTO
ADMINISTRATIVO. ATUALIZAÇÃO DO DÉBITO. CORREÇÃO
DE OFÍCIO. ÔNUS SUCUMBENCIAIS. MANTIDOS.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. MAJORAÇÃO. 1. Para que
haja a revogação da gratuidade processual conferida a uma das
partes, é necessária a comprovação de inexistência ou
desaparecimento dos requisitos essenciais à sua concessão,
ônus do qual não se desincumbiu o réu/apelante. 2. Faz jus a
requerente/apelada ao recebimento das diferenças salariais
(abono de permanência) desde a data do requerimento
administrativo. 3. Devem incidir sobre os valores devidos à
autora/apelada correção monetária pelo IPCA-E e juros de mora
com base no índice oficial de remuneração básica aplicada à
caderneta de poupança, reforma da sentença que se opera de
ofício. 4. Inalterado o julgado no tocante ao mérito, ficam
mantidos os ônus sucumbenciais em desfavor do réu/apelante.
Nos termos do artigo 85, §11 do CPC, ficam majorados os
honorários na fase recursal. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA,
MAS DESPROVIDA.
NR.PROCESSO: 0111425.81.2017.8.09.0140
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº
111425.81.2017.8.09.0140
COMARCA DE SANCLERLÂNDIA
VOTO
Inicialmente, nos termos do artigo 1.022 do Código de Processo Civil de 2015, cabe
esclarecer que, no âmbito estreito dos embargos de declaração, sua utilização é
autorizada em face de qualquer decisão judicial para, esclarecer obscuridade ou
eliminar contradição, suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual se deva
pronunciar de ofício ou a requerimento, bem assim para corrigir erro material. Confira-
se:
NR.PROCESSO: 0111425.81.2017.8.09.0140
Trata-se de recurso de fundamentação vinculada, devendo o embargante ficar adstrito
às hipóteses de cabimento. A razão da lei processual assim o definir não é outra,
senão impedir que, por meio dos embargos de declaração, se devolva toda a
rediscussão da matéria julgada.
Nota-se, portanto, que nos embargos declaratórios devem ser observados os limites
do art. 1.022 do Novo Código de Processo Civil, já que esse recurso não é o meio
hábil ao reexame de matéria já decidida ou estranha ao acórdão embargado.
A omissão, por sua vez, refere-se à ausência de apreciação de ponto ou questão
relevante sobre a qual o órgão jurisdicional deveria ter se manifestado. A propósito, o
citado artigo 1.022 em seu parágrafo único estabelece que: “Considera-se omissa a
decisão que: I – deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos
repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob
julgamento; II – incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º1”.
Sendo assim, como na hipótese dos autos não houve informação a respeito da taxa
diária de juros a ser aplicada, revela-se descabida a incidência da capitalização diária.
NR.PROCESSO: 0111425.81.2017.8.09.0140
Nesse sentido, cito o seguinte precedente:
É como voto.
NR.PROCESSO: 0111425.81.2017.8.09.0140
116 /LE
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 0111425.81.2017.8.09.0140
Vistos, relatados e discutidos estes autos de Embargos de Declaração na Apelação
Cível nº 111425.81, acordam os componentes da terceira Turma Julgadora da
Primeira Câmara Cível do egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, à
unanimidade de votos, em conhecer dos embargos e acolhê-los, nos termos do voto
desta Relatora.
(…)
§ 1o Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou
a questão decidida;
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso;
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada
pelo julgador;
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem
demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a
NR.PROCESSO: 0111425.81.2017.8.09.0140
existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.
NR.PROCESSO: 0111425.81.2017.8.09.0140
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO
CÍVEL. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO. CAPITALIZAÇÃO
DIÁRIA DE JUROS. PREVISÃO EXPRESSA. AUSÊNCIA DE
INFORMAÇÃO DA TAXA DE JUROS DIÁRIA. ABUSIVIDADE.
OMISSÃO CONSTATADA. NECESSIDADE DE CORREÇÃO
DO VÍCIO. I- Em se tratando de cédula de crédito bancário, é
permitida a capitalização de juros, inclusive, a diária, nos termos
do que estabelece o art. 28, § 1º, I, da Lei nº 10.931/2004.
Ademais, em análise da documentação acostada aos autos, é
possível identificar que a taxa anual do contrato é superior ao
duodécuplo superior ao duodécuplo da mensal, evidenciando,
assim, a capitalização em periodicidade inferior a anual. Não
obstante, o contrato em análise prevê, expressamente, que a
periodicidade da capitalização dos juros remuneratórios é diária,
estando esta informação, inclusive, negritada nos respectivos
itens dos instrumentos negociais. II- Segundo o entendimento do
Superior Tribunal de Justiça, nos casos em que houver previsão
de capitalização diária, é necessário que o contrato explicita a
taxa diária a ser cobrada, em atenção ao direito à informação
prévia e adequada previsto nos artigos 6º, inciso III, 46 e 52 do
Código de Defesa do Consumidor. Sendo assim, como na
hipótese dos autos não houve informação a respeito da taxa
diária de juros a ser aplicada, revela-se descabida a incidência da
capitalização diária. III- Devem ser acolhidos os Embargos de
Declaração quando constatada a ocorrência de omissão no
acórdão. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS E
ACOLHIDOS.
NR.PROCESSO: 5037028.39.2019.8.09.0093
Poder Judiciário
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5037028.39.2019.8.09.0093
VOTO
(…) IV - DO DISPOSITIVO
NR.PROCESSO: 5037028.39.2019.8.09.0093
(…). (movimentação nº 13. Grifos no original).
Pois bem.
NR.PROCESSO: 5037028.39.2019.8.09.0093
Como se vê, a propositura da ação, datada de 22/01/2019, a requerente
deveria figurar na referência E-II, haja vista ter preenchido os interstícios exigidos
legalmente para o reenquadramento pretendido.
A propósito:
NR.PROCESSO: 5037028.39.2019.8.09.0093
DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO. REEXAME NECESSÁRIO.
AÇÃO DECLARATÓRIA C/C COBRANÇA E OBRIGAÇÃO DE
FAZER. PRESCRIÇÃO. REMUNERAÇÃO. VENCIMENTO BASE.
VANTAGENS PERMANENTES. DANO MORAL. PROGRESSÃO
HORIZONTAL. HONORÁRIOS. I - Consoante a jurisprudência do
STJ, "pendente requerimento administrativo, deve-se reconhecer
a suspensão da contagem do prazo prescricional, que só se
reinicia após a decisão final da administração". II - A remuneração
do servidor é composta pelo vencimento base acrescido das
demais vantagens pecuniárias permanentes, não havendo que
incluir-se na remuneração as vantagens consideradas como
transitórias. III - A falta de pagamento de parcelas salariais não é
suficiente, por si só, à caracterização do pretendido dano moral,
sendo apenas um mero dissabor temporário que não enseja
indenização extrapatrimonial. IV - Conforme entendimento
consolidado deste Tribunal, tendo o autor preenchido os
requisitos à progressão horizontal no momento do
requerimento administrativo, resta claro o direito ao
recebimento retroativo das diferenças vencimentais. V -
Sendo a sentença ilíquida, os honorários advocatícios
sucumbenciais devem ser definidos em fase de liquidação de
sentença, conforme disciplina o artigo 85, § 4º, inciso II, do
Código de Processo Civil. REEXAME NECESSÁRIO
CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. APELAÇÕES
CÍVEIS CONHECIDAS E DESPROVIDAS.(TJGO, Apelação /
Reexame Necessário 0325991-93.2016.8.09.0105, Rel. CARLOS
ROBERTO FAVARO, 1ª Câmara Cível, julgado em 01/08/2019,
DJe de 01/08/2019).
NR.PROCESSO: 5037028.39.2019.8.09.0093
do REsp nº 1.495.146/MG (Tema 905), tratando-se de débito de
natureza administrativa referente a servidor público, devem
incidir, sobre as parcelas em atraso juros de mora conf.
remuneração oficial da caderneta de poupança e correção
monetária pelo IPCA-E. 4. HONORÁRIOS RECURSAIS. Ante a
iliquidez do julgado, os honorários advocatícios sucumbenciais a
serem arcados pela parte vencida devem ser fixados após a
respectiva liquidação, conf. art. 85, § 4º, inciso II, do CPC.
REEXAME OBRIGATÓRIO E APELAÇÕES CÍVEIS
CONHECIDOS E DESPROVIDOS. SENTENÇA MANTIDA.
(TJGO, Apelação / Reexame Necessário 5230530-
06.2018.8.09.0051, Rel. OLAVO JUNQUEIRA DE ANDRADE, 5ª
Câmara Cível, julgado em 23/08/2019, DJe de 23/08/2019).
NR.PROCESSO: 5037028.39.2019.8.09.0093
que se trata de condenação ilíquida em face da Fazenda Pública, cabendo a definição
dos honorários quando da liquidação do julgado, nos termos do artigo 85, §§3º e 4º,
inciso II do CPC.
É o voto.
NR.PROCESSO: 5037028.39.2019.8.09.0093
PARCIALMENTE PROVIDO.
NR.PROCESSO: 5037028.39.2019.8.09.0093
EMENTA: DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO. AÇÃO DE
COBRANÇA. SERVIDORA PÚBLICA MUNICIPAL.
PROGRESSÃO HORIZONTAL. NOVO POSICIONAMENTO DO
STF. ADEQUAÇÃO DA CORREÇÃO MONETÁRIA E DOS
JUROS DE MORA. I. Diante da omissão da municipalidade em
providenciar o reenquadramento do servidor requerente para
fins de progressão horizontal, cabe ao Poder Judiciário
intervir para garantir o efetivo cumprimento da legislação, não
havendo que se falar em interferência indevida sobre o Poder
Executivo. II. Consoante os termos do REsp 1.495.146-MG,
afetado à sistemática dos recursos repetitivos, no qual o STJ
adequou o seu posicionamento ao Supremo Tribunal Federal
(RE n.º 870947/SE), nas condenações relacionadas a
servidores públicos, a correção monetária, incidente a partir
da data em que cada verba deveria ter sido paga, deve ser
calculada segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo
Especial (IPCA-E) e os juros moratórios, a partir da citação,
com base no índice oficial de remuneração básica da
caderneta de poupança (TR). DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO
CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.
NR.PROCESSO: 5496747.69.2019.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5496747.69.2019.8.09.0000
COMARCA DE GOIÂNIA
VOTO
Infere-se dos autos originários que a autora, ora agravante – Samara Fortunato da
Silva Souza, é aluna de escolas secundarista e profissionalizante geridas pelos
requeridos, ora agravados e, no dia, 21.06.2018, no período vespertino, nas
dependências da escola que estuda, sofrera violência física e psicológica praticada por
outros alunos, que lhe acarretaram danos físicos e emocionais.
Por tais motivos, ingressou com Ação de Indenização por Danos Morais c/c Obrigação
de Fazer c/c Pedido de Tutela Provisória em desfavor dos requeridos, visando, em
síntese, ser ressarcida dos danos morais e materiais que entende ter sofrido e, em
sede de tutela antecipada, obrigá-los a arcarem com os custos dos tratamentos
NR.PROCESSO: 5496747.69.2019.8.09.0000
médicos, psicológicos e medicamentos de que necessita após o narrado incidente,
pedido este que assim restou decidido:
NR.PROCESSO: 5496747.69.2019.8.09.0000
A propósito:
Fixada tal premissa e adstrita à tutela de urgência em análise, cediço que o seu
deferimento fica condicionado ao preenchimento, concomitante, dos elementos
mencionados no artigo 300, do Código de Processo Civil, ipsis litteris:
Acerca do tema, cumpre trazer à colação os ensinamentos de Fredie Didier Jr., Paula
Sarno Braga e Rafael Alexandria de Oliveira, verbo ad verbum:
NR.PROCESSO: 5496747.69.2019.8.09.0000
“A tutela provisória de urgência pode ser cautelar ou satisfativa
(antecipada).
Em ambos os casos, a sua concessão pressupõe,
genericamente, a demonstração da probabilidade do direito
(tradicionalmente conhecida como “fumus boni iuris”) e, junto a
isso, a demonstração do perigo de dano ou de ilícito, ou ainda do
comprometimento da utilidade do resultado final que a demora no
processo representa (tradicionalmente conhecido como
“periculum in mora”) (art. 300, CPC). (…) A probabilidade do
direito a ser provisoriamente satisfeito/realizado ou acautelado é
a plausibilidade de existência desse mesmo direito. O bem
conhecido fumus boni iuris (ou fumaça do bom direito). O
magistrado precisa avaliar se há “elementos que evidenciem” a
probabilidade de ter acontecido o que foi narrado e quais as
chances de êxito do demandante (art. 300, CPC). Inicialmente é
necessária a verossimilhança fática, com a constatação de que
há um considerável grau de plausibilidade em torno da narrativa
dos fatos trazida pelo autor. É preciso que se visualize, nesta
narrativa, uma verdade provável sobre os fatos,
independentemente da prova. Junto a isso, deve haver a
plausibilidade jurídica, com a verificação de que é provável a
subsunção dos fatos à norma invocada, conduzindo aos efeitos
pretendidos. (…) O perigo da demora é definido pelo legislador
como o perigo que a demora processual representa de “dano ou
o risco ao resultado útil do processo” (art. 300, CPC). Importante
é registrar que o que justifica a tutela provisória de urgência é
aquele perigo de dano: i) concreto (certo), e não, hipotético ou
eventual, decorrente de mero temor subjetivo da parte; ii) atual,
que está na iminência de ocorrer, ou esteja acontecendo; e,
enfim, iii) grave, que seja de grande ou média intensidade e
tenha aptidão para prejudicar ou impedir a fruição do direito. Além
de tudo, o dano deve ser irreparável ou de difícil reparação. Dano
irreparável é aquele cujas consequências são irreversíveis. Dano
de difícil reparação é aquele que provavelmente não será
ressarcido, seja porque as condições financeiras do réu
autorizam supor que não será compensado ou restabelecido,
seja porque, por sua própria natureza, é complexa sua
individualização ou quantificação precisa – ex. Dano decorrente
de desvio de clientela.” (in Curso de Direito Processual Civil, V. 2,
Salvador: Juspodivm, 2016, p. 594/598)
NR.PROCESSO: 5496747.69.2019.8.09.0000
Nesse passo, por conseguinte, é incontroverso que esses requisitos dependem da livre
apreciação do juiz, que emitirá um juízo de valor próprio, sem, no entanto, diferir do
mandamento legal.
Este Tribunal tem evitado substituir o juízo de valoração adotado pelo julgador
singular, exceto nos casos em que se verifique abuso de poder por parte do
magistrado ou quando existir ilegalidade, arbitrariedade ou manifesto equívoco na
decisão monocrática, uma vez que a lei confere ao magistrado a liberdade de decidir
conforme sua determinação, sua livre convicção.
NR.PROCESSO: 5496747.69.2019.8.09.0000
DECISÃO MANTIDA.” (TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC )
5580902-05.2019.8.09.0000, Rel. DELINTRO BELO DE ALMEIDA
FILHO, 4ª Câmara Cível, julgado em 11/11/2019, DJe de 11/11/2019)
É como voto.
NR.PROCESSO: 5496747.69.2019.8.09.0000
DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI
RELATORA
101/LE
NR.PROCESSO: 5496747.69.2019.8.09.0000
podendo, ainda, haver perigo de irreversibilidade dos efeitos da
decisão. 3. No caso em apreciação, partindo-se de um exame
que não pode sequer ultrapassar a fronteira da sumariedade da
cognição, não deve ser reformada a decisão agravada, uma vez
que a tutela de urgência nos termos pleiteados pela agravante,
possui caráter satisfativo e irreversível, incomportável com a fase
processual que se encontra o feito originário. Ademais, o pedido
de tutela antecipada confunde-se com o próprio mérito da ação,
ainda pendente de discussão/instrução (dilação probatória), não
havendo elementos que demonstrem, de per si, o receio
concreto, a ponto de que não se possa aguardar o devido
contraditório. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5496747.69.2019.8.09.0000
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS
MORAIS C/C OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA.
SECUNDUM EVENTUS LITIS. TUTELA DE URGÊNCIA DE CARÁTER
SATISFATIVO. IRREVERSIBILIDADE DA MEDIDA. 1. O agravo de instrumento deve
se limitar ao exame do acerto ou desacerto do que foi decidido pelo juízo a quo, não
podendo extrapolar o seu âmbito para matéria estranha ao ato judicial vergastado,
mesmo que se tratem de questões de ordem pública, sob pena de incorrer em
supressão de instância. 2. Nos termos do artigo 300, do Código de Processo Civil,
para que a tutela provisória de urgência seja concedida é necessária a presença
concomitante de elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de
dano ou o risco de resultado útil do processo, não podendo, ainda, haver perigo de
irreversibilidade dos efeitos da decisão. 3. No caso em apreciação, partindo-se de um
exame que não pode sequer ultrapassar a fronteira da sumariedade da cognição, não
deve ser reformada a decisão agravada, uma vez que a tutela de urgência nos termos
pleiteados pela agravante, possui caráter satisfativo e irreversível, incomportável com
a fase processual que se encontra o feito originário. Ademais, o pedido de tutela
antecipada confunde-se com o próprio mérito da ação, ainda pendente de
discussão/instrução (dilação probatória), não havendo elementos que demonstrem, de
per si, o receio concreto, a ponto de que não se possa aguardar o devido contraditório.
RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.
NR.PROCESSO: 5321521.28.2018.8.09.0051
APELAÇÃO CÍVEL Nº 5321521.28.2018.8.09.0051
COMARCA DE GOIÂNIA
VOTO
NR.PROCESSO: 5321521.28.2018.8.09.0051
nexo de causalidade.
O parâmetro é determinado pelo art. 3º da Lei 6.194/74, alterada
pelo art. 8º da Lei 11.482/2007.
O laudo pericial conclui que o dano causado ao autor é definitivo,
deixando inclusive sequelas, razão pela qual deve o valor da
indenização ser no percentual total, conforme dispõe a lei
11.945/2009 em seu art. 31, II:
II - Quando se tratar de invalidez permanente parcial incompleta,
será efetuado o enquadramento da perda anatômica ou funcional
na forma prevista no inciso I deste parágrafo, procedendo-se em
seguida, à redução proporcional da indenização que
corresponderá a 75% (setenta e cinco por cento) para as perdas
de repercussão intensa, 50% (cinquenta por cento) para as de
média repercussão, 25% (vinte e cinco por cento) para as de leve
repercussão, adotando-se ainda o percentual de 10% (dez por
cento) nos casos de sequelas residuais.
Dessarte, aplicando a tabela inserida na Lei 6.194/74, a perda
completa da mobilidade de um tornozelo, corresponde a 25%
(vinte e cinco por cento) do valor da indenização.
O laudo concluiu que a lesão sofrida pelo autor foi parcial
incompleta moderada, com percentual de debilidade estimado em
50% (evento 14).
Desta forma, verificando que o valor máximo de indenização do
seguro DPVAT é de R$ 13.500,00 (treze mil e quinhentos reais),
e 25% (vinte e cinco por cento) deste valor corresponde a R$
3.375,00 (três mil trezentos e setenta e cinco reais), a
indenização deve ser fixada em 50% (cinquenta por cento) desta
quantia, pois a perda foi parcial incompleta moderada.
Assim, conclui-se que o valor devido a requerente é de R$
1.687,50 (mil seiscentos e oitenta e sete reais e cinquenta
centavos).
No tocante à sucumbência, vale registrar que o CPC/2015
determina a condenação do vencido ao pagamento dos
honorários ao advogado do vencedor (art. 85, caput), tendo como
parâmetros o valor da condenação, o proveito econômico obtido
ou, não sendo possível mensurá-lo, o valor atualizado da causa
(art. 85, §2°).
Logo, em caso de procedência parcial seria imprescindível aferir
o quanto cada parte ficou vencida e, inversamente, o quanto saiu
vencedora, já que referida proporção corresponde ao proveito
econômico obtido por cada uma das partes, base de fixação dos
honorários dos respectivos advogados.
Por outro lado, o e. Tribunal de Justiça do Estado de Goiás,
editou a súmula n° 51, estabelecendo que, em ações de
NR.PROCESSO: 5321521.28.2018.8.09.0051
cobrança do seguro DPVAT, mesmo que o valor da condenação
seja inferior ao pleiteado na inicial, devem os ônus da
sucumbência recair sobre a parte requerida, não havendo
sucumbência recíproca em tal hipótese.
Assim, ressalvando entendimento pessoal, cumpre-nos seguir tal
orientação (art. 927, V, CPC), arbitrando os honorários
advocatícios em 15% do valor da condenação, observando o
disposto no art. 85, § 2º, CPC.
DIANTE DO EXPOSTO, afastando as preliminares aventadas
pela defesa, julgo parcialmente procedente o pedido constante da
inicial para condenar a ré ao pagamento do seguro DPVAT, no
valor de R$ 1.687,50 (mil seiscentos e oitenta e sete reais e
cinquenta centavos), acrescido de correção monetária pelo INPC
a partir do sinistro (18.01.2017), além de juros de mora desde a
citação válida.
Insurge-se a seguradora apelante contra a sentença sob argumento de que não houve
um acidente de trânsito, pois a moto conduzida pelo apelado encontrava-se parada
quando foi atingida por uma carroça descontrolada, ou seja, um veículo de tração
animal, não havendo falar em indenização por seguro DPVAT, vez tratar-se de
acidente pessoal.
Pois bem.
Sabe-se que a Lei nº 6.194/74 foi editada com o fim de dispor sobre o Seguro
Obrigatório de Danos Pessoais causados por veículos automotores de via terrestre, ou
por sua carga, às pessoas transportadas ou não.
Para que surja o direito à indenização do seguro DPVAT, basta que o evento danoso
tenha tido causa veículo terrestre, inexistindo, na legislação, qualquer distinção sobre
o fato de o mesmo estar em movimento ou parado, sendo irrelevante a constatação de
tal particularidade.
Após detida análise do feito, tenho por comprovados o dano, a sua origem (acidente
de trânsito) e o nexo causal, pois extrai-se do Boletim de evento 01, documento 10,
que a vítima Hygor José de Souza Pires que conduzia o veículo cadastrado, quando
parou para uma carroça passar, ocorre que o condutor da carroça perdeu o controle
atingiu o declarante causando o acidente; QUE o declarante fora lançado da moto e
caiu no ‘corgo’. O corpo de bombeiro fora acionado e o declarante encaminhado a
UPA de Senador Canedo onde recebeu atendimento médico sendo diagnosticado com
fratura no tornozelo direito e edemas. O declarante fora submetido a procedimento
NR.PROCESSO: 5321521.28.2018.8.09.0051
cirúrgico no tornozelo, sendo necessário a inserção de pinos.”
Portanto, ao que se depreende dos autos, o veículo não estava estacionado, apenas
parou na tentativa de dar passagem à carroça, que se desgovernou e o atingiu,
caracterizando-se, portanto, o acidente de trânsito, bem como a possibilidade de
cobertura pelo seguro DPVAT, uma vez que a moto e a carroça contribuíram para o
acidente, não importando se o primeiro estava em movimento, ou não.
Deste modo, verifico que a sentença singular não merece reforma neste ponto.
Todavia, reformulo a verba honorária, não obstante o recurso ter sido manejado pela
seguradora, uma vez que, a alteração nesse sentido não importa em prejuízo,
porquanto consectários legais da condenação principal, os honorários advocatícios
possuem natureza de ordem pública, cognoscíveis a qualquer momento e até mesmo
de ofício, sem que isso configure reformatio in pejus. Em linha:
NR.PROCESSO: 5321521.28.2018.8.09.0051
“(…) Os honorários sucumbenciais, enquanto consectários legais
da condenação principal, possuem natureza de ordem pública,
podendo ser revistos a qualquer momento e até mesmo de ofício,
sem que isso configure reformatio in pejus. (...)” (TJGO, 4ª Câmara
Cível, AC nº 5079281- 42.2017.8.09.0051, Rel. Des. Kisleu Dias Maciel
Filho, in DJ de 13-12-2.018).
Mediante simples operação aritmética é possível inferir que, caso se aplique tal
percentual, mostra-se irrisório o proveito econômico da causa e, de consectário, o
NR.PROCESSO: 5321521.28.2018.8.09.0051
montante da verba encontrada, fato que impõe a incidência da norma expressa no § 8º
da norma sobredita.
Desse modo, respaldada nos dizeres do artigo 85, §§ 8 e 11, do Código de Processo
Civil, majoro a verba honorária em R$ 200,00, perfazendo a verba final em R$
1.200,00 (um mil e duzentos reais).
NR.PROCESSO: 5321521.28.2018.8.09.0051
duzentos reais).
É como voto.
114/LE
NR.PROCESSO: 5321521.28.2018.8.09.0051
particularidade. 3. Portanto, considerando que o choque se deu
entre uma carroça e um veículo automotor, possível a
caracterização do infortúnio como acidente de trânsito,
ensejando o dever de indenizar. 4. A ressalva do § 8º do art. 85
do Código de Processo Civil permite a alteração, para a
apreciação equitativa, do quantum arbitrado percentualmente a
título de honorários advocatícios quando o valor, sob essa
medida, revelar-se irrisório ou exorbitante, a depender do caso,
em clara afronta aos princípios da razoabilidade e da
proporcionalidade, sem que isso se traduza em reformatio in
pejus, porquanto, como consectários legais, os honorários
possuem natureza de ordem pública, podendo ser revistos a
qualquer momento e até mesmo de ofício. 5. No caso em
concreto, afigura-se ínfima a porcentagem de 15% (quinze por
cento) sobre o valor da condenação sendo razoável o quantum
equitativo de R$ 1.000,00 (mil reais), compatível com as diretrizes
do § 8º do art. 85 do Código de Processo Civil, os quais restam
majorados para o importe de R$ 1.200,00 (um mil e duzentos
reais), com fulcro no artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil.
APELO CONHECIDO E DESPROVIDO. HONORÁRIOS DE
SUCUMBÊNCIA REFORMULADOS DE OFÍCIO.
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5321521.28.2018.8.09.0051
DESª MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI
RELATORA
NR.PROCESSO: 5321521.28.2018.8.09.0051
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA DE
SEGURO DPVAT. CHOQUE ENTRE MOTOCICLETA E
CARROÇA. DEVER DE INDENIZAR. 1. A Lei nº 6.194/1974
instituiu o “Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por
veículos automotores de via terrestre, ou por sua carga, a
pessoas transportadas ou não”, compreendendo indenizações
por morte, invalidez permanente total ou parcial e despesas com
assistência médica e suplementar, com uma cobertura objetiva a
pessoas expostas a riscos de danos pessoais causados por
veículos automotores ou pela sua carga. 2. Para que surja o
direito à indenização do seguro DPVAT, basta que o evento
danoso tenha tido causa veículo automotor de via terrestre,
conforme previsto no artigo 2º da supracitada Lei. Inexiste, na
legislação, qualquer distinção sobre o fato de o veículo estar em
movimento ou parado, sendo irrelevante a constatação de tal
particularidade. 3. Portanto, considerando que o choque se deu
entre uma carroça e um veículo automotor, possível a
caracterização do infortúnio como acidente de trânsito,
ensejando o dever de indenizar. 4. A ressalva do § 8º do art. 85
do Código de Processo Civil permite a alteração, para a
apreciação equitativa, do quantum arbitrado percentualmente a
título de honorários advocatícios quando o valor, sob essa
medida, revelar-se irrisório ou exorbitante, a depender do caso,
em clara afronta aos princípios da razoabilidade e da
proporcionalidade, sem que isso se traduza em reformatio in
pejus, porquanto, como consectários legais, os honorários
possuem natureza de ordem pública, podendo ser revistos a
qualquer momento e até mesmo de ofício. 5. No caso em
concreto, afigura-se ínfima a porcentagem de 15% (quinze por
cento) sobre o valor da condenação sendo razoável o quantum
equitativo de R$ 1.000,00 (mil reais), compatível com as diretrizes
do § 8º do art. 85 do Código de Processo Civil, os quais restam
majorados para o importe de R$ 1.200,00 (um mil e duzentos
reais), com fulcro no artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil.
APELO CONHECIDO E DESPROVIDO. HONORÁRIOS DE
SUCUMBÊNCIA REFORMULADOS DE OFÍCIO.
NR.PROCESSO: 5496747.69.2019.8.09.0000
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 5496747.69.2019.8.09.0000
COMARCA DE GOIÂNIA
VOTO
Infere-se dos autos originários que a autora, ora agravante – Samara Fortunato da
Silva Souza, é aluna de escolas secundarista e profissionalizante geridas pelos
requeridos, ora agravados e, no dia, 21.06.2018, no período vespertino, nas
dependências da escola que estuda, sofrera violência física e psicológica praticada por
outros alunos, que lhe acarretaram danos físicos e emocionais.
Por tais motivos, ingressou com Ação de Indenização por Danos Morais c/c Obrigação
de Fazer c/c Pedido de Tutela Provisória em desfavor dos requeridos, visando, em
síntese, ser ressarcida dos danos morais e materiais que entende ter sofrido e, em
sede de tutela antecipada, obrigá-los a arcarem com os custos dos tratamentos
NR.PROCESSO: 5496747.69.2019.8.09.0000
médicos, psicológicos e medicamentos de que necessita após o narrado incidente,
pedido este que assim restou decidido:
NR.PROCESSO: 5496747.69.2019.8.09.0000
A propósito:
Fixada tal premissa e adstrita à tutela de urgência em análise, cediço que o seu
deferimento fica condicionado ao preenchimento, concomitante, dos elementos
mencionados no artigo 300, do Código de Processo Civil, ipsis litteris:
Acerca do tema, cumpre trazer à colação os ensinamentos de Fredie Didier Jr., Paula
Sarno Braga e Rafael Alexandria de Oliveira, verbo ad verbum:
NR.PROCESSO: 5496747.69.2019.8.09.0000
“A tutela provisória de urgência pode ser cautelar ou satisfativa
(antecipada).
Em ambos os casos, a sua concessão pressupõe,
genericamente, a demonstração da probabilidade do direito
(tradicionalmente conhecida como “fumus boni iuris”) e, junto a
isso, a demonstração do perigo de dano ou de ilícito, ou ainda do
comprometimento da utilidade do resultado final que a demora no
processo representa (tradicionalmente conhecido como
“periculum in mora”) (art. 300, CPC). (…) A probabilidade do
direito a ser provisoriamente satisfeito/realizado ou acautelado é
a plausibilidade de existência desse mesmo direito. O bem
conhecido fumus boni iuris (ou fumaça do bom direito). O
magistrado precisa avaliar se há “elementos que evidenciem” a
probabilidade de ter acontecido o que foi narrado e quais as
chances de êxito do demandante (art. 300, CPC). Inicialmente é
necessária a verossimilhança fática, com a constatação de que
há um considerável grau de plausibilidade em torno da narrativa
dos fatos trazida pelo autor. É preciso que se visualize, nesta
narrativa, uma verdade provável sobre os fatos,
independentemente da prova. Junto a isso, deve haver a
plausibilidade jurídica, com a verificação de que é provável a
subsunção dos fatos à norma invocada, conduzindo aos efeitos
pretendidos. (…) O perigo da demora é definido pelo legislador
como o perigo que a demora processual representa de “dano ou
o risco ao resultado útil do processo” (art. 300, CPC). Importante
é registrar que o que justifica a tutela provisória de urgência é
aquele perigo de dano: i) concreto (certo), e não, hipotético ou
eventual, decorrente de mero temor subjetivo da parte; ii) atual,
que está na iminência de ocorrer, ou esteja acontecendo; e,
enfim, iii) grave, que seja de grande ou média intensidade e
tenha aptidão para prejudicar ou impedir a fruição do direito. Além
de tudo, o dano deve ser irreparável ou de difícil reparação. Dano
irreparável é aquele cujas consequências são irreversíveis. Dano
de difícil reparação é aquele que provavelmente não será
ressarcido, seja porque as condições financeiras do réu
autorizam supor que não será compensado ou restabelecido,
seja porque, por sua própria natureza, é complexa sua
individualização ou quantificação precisa – ex. Dano decorrente
de desvio de clientela.” (in Curso de Direito Processual Civil, V. 2,
Salvador: Juspodivm, 2016, p. 594/598)
NR.PROCESSO: 5496747.69.2019.8.09.0000
Nesse passo, por conseguinte, é incontroverso que esses requisitos dependem da livre
apreciação do juiz, que emitirá um juízo de valor próprio, sem, no entanto, diferir do
mandamento legal.
Este Tribunal tem evitado substituir o juízo de valoração adotado pelo julgador
singular, exceto nos casos em que se verifique abuso de poder por parte do
magistrado ou quando existir ilegalidade, arbitrariedade ou manifesto equívoco na
decisão monocrática, uma vez que a lei confere ao magistrado a liberdade de decidir
conforme sua determinação, sua livre convicção.
NR.PROCESSO: 5496747.69.2019.8.09.0000
DECISÃO MANTIDA.” (TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC )
5580902-05.2019.8.09.0000, Rel. DELINTRO BELO DE ALMEIDA
FILHO, 4ª Câmara Cível, julgado em 11/11/2019, DJe de 11/11/2019)
É como voto.
NR.PROCESSO: 5496747.69.2019.8.09.0000
DESª. MARIA DAS GRAÇAS CARNEIRO REQUI
RELATORA
101/LE
NR.PROCESSO: 5496747.69.2019.8.09.0000
podendo, ainda, haver perigo de irreversibilidade dos efeitos da
decisão. 3. No caso em apreciação, partindo-se de um exame
que não pode sequer ultrapassar a fronteira da sumariedade da
cognição, não deve ser reformada a decisão agravada, uma vez
que a tutela de urgência nos termos pleiteados pela agravante,
possui caráter satisfativo e irreversível, incomportável com a fase
processual que se encontra o feito originário. Ademais, o pedido
de tutela antecipada confunde-se com o próprio mérito da ação,
ainda pendente de discussão/instrução (dilação probatória), não
havendo elementos que demonstrem, de per si, o receio
concreto, a ponto de que não se possa aguardar o devido
contraditório. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5496747.69.2019.8.09.0000
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS
MORAIS C/C OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA.
SECUNDUM EVENTUS LITIS. TUTELA DE URGÊNCIA DE CARÁTER
SATISFATIVO. IRREVERSIBILIDADE DA MEDIDA. 1. O agravo de instrumento deve
se limitar ao exame do acerto ou desacerto do que foi decidido pelo juízo a quo, não
podendo extrapolar o seu âmbito para matéria estranha ao ato judicial vergastado,
mesmo que se tratem de questões de ordem pública, sob pena de incorrer em
supressão de instância. 2. Nos termos do artigo 300, do Código de Processo Civil,
para que a tutela provisória de urgência seja concedida é necessária a presença
concomitante de elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de
dano ou o risco de resultado útil do processo, não podendo, ainda, haver perigo de
irreversibilidade dos efeitos da decisão. 3. No caso em apreciação, partindo-se de um
exame que não pode sequer ultrapassar a fronteira da sumariedade da cognição, não
deve ser reformada a decisão agravada, uma vez que a tutela de urgência nos termos
pleiteados pela agravante, possui caráter satisfativo e irreversível, incomportável com
a fase processual que se encontra o feito originário. Ademais, o pedido de tutela
antecipada confunde-se com o próprio mérito da ação, ainda pendente de
discussão/instrução (dilação probatória), não havendo elementos que demonstrem, de
per si, o receio concreto, a ponto de que não se possa aguardar o devido contraditório.
RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.
NR.PROCESSO: 5113674.78.2019.8.09.0000
tribunal
PODER JUDICIÁRIO
de justiça TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
do estado
Gabinete do Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
de goiás
Rua 10, n.º 150 , Fórum Dr. Heitor Moraes Fleury , 12º Andar , Sala 1229, Setor Oeste , Goiânia-GO, CEP 74120020, Tel: (62) 3216-2964
Processo : 5113674.78.2019.8.09.0000
Nome CPF/CNPJ
Promovente(s)
HÉLIO DE OLIVEIRA GOMES JUNIOR --
Nome CPF/CNPJ
Promovido(s)
SILAS VIEIRA GOMES --
Órgão 1ª Câmara
Tipo de Ação / Recurso Agravo de Instrumento ( CPC )
judicante: Cível
Relator Des. ORLOFF NEVES ROCHA
DESPACHO
Considerando que o agravo insurge-se contra decisão que postergou a análise do pedido liminar
após a audiência de justificação prévia, agendada para 06.03.2019; intime-se o Agravante para
acostar cópia do termo da aludida audiência, bem como da decisão que apreciou o pedido
liminar, por se tratar de processo físico, manifestando-se, ainda, sobre eventual perda do objeto,
no prazo legal.
Cumpra-se.
__________________________________________
Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
Relator
_____________________________________________________________________
_____
Documento emitido / assinado digitalmente
com fundamento no Art. 1º, § 2º III, "b", da Lei Federal nº 11.419, de 19/12/2006, publicada no DOU de 20/12/2006.
NR.PROCESSO: 5113674.78.2019.8.09.0000
NR.PROCESSO: 0396508.96.2013.8.09.0051
tribunal
PODER JUDICIÁRIO
de justiça TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
do
estado de Gabinete do Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
goiás
Rua 10, n.º 150 , Fórum Dr. Heitor Moraes Fleury , 12º Andar , Sala 1229, Setor Oeste , Goiânia-GO, CEP 74120020, Tel: (62) 3216-2964
Processo : 0396508.96.2013.8.09.0051
Nome CPF/CNPJ
Promovente(s)
FRANCISCO DOS REIS DA COSTA LAPA 857.743.831-72
CPF/CN
Nome
PJ
Promovido(s)
SUL FINANCEIRA S/A-CREDITO FINANCIAMENTOS E
--
INVESTIMENTOS
Órgão 1ª Câmara
Tipo de Ação / Recurso Consignação em Pagamento ( CPC )
judicante: Cível
Relator Des. ORLOFF NEVES ROCHA
DESPACHO
Trata-se de Agravo Interno (evento nº 31), interposto por SUL FINANCEIRA S/A – CRÉDITO
FINANCIAMENTOS E INVESTIMENTOS, em face da decisão monocrática proferida por este
relator encontrada no evento nº 27.
Intime-se. Cumpra-se.
_______________________________________
Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
Relator
_____________________________________________________________________
_____
Documento emitido / assinado digitalmente
com fundamento no Art. 1º, § 2º III, "b", da Lei Federal nº 11.419, de 19/12/2006, publicada no DOU de 20/12/2006.
NR.PROCESSO: 0396508.96.2013.8.09.0051
NR.PROCESSO: 5094158.87.2018.8.09.0071
PODER JUDICIÁRIO
COMARCA DE HIDROLÂNDIA
GABINETE DO JUÍZO
PROTOCOLO:5094158.87.2018.8.09.0071
DESPACHO
Cumpra-se.
Juíza de Direito
PARTE INTIMADA : GB
ADVG. PARTE : 16072 GO - RONALDO RODRIGUES DA CUNHA
NR.PROCESSO: 5034158.84.2018.8.09.0051
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro
DECISÃO MONOCRÁTICA
NR.PROCESSO: 5034158.84.2018.8.09.0051
honorários advocatícios, estes fixados no percentual de 10% (dez por cento) sobre o
valor atualizado da causa.
Ainda, aduz não ter havido a demonstração da distinção entre o teor da mencionada
súmula e o caso concreto em análise.
É com base nestes termos que requer o acolhimento dos presentes embargos, com o
fim de sanar os vícios apontados, modificando-se a decisão embargada nos pontos
levantados.
É o breve relatório.
Passo a decidir.
Pois bem.
NR.PROCESSO: 5034158.84.2018.8.09.0051
Nesse toar, verifico inexistir plausibilidade na presente insurgência.
NR.PROCESSO: 5034158.84.2018.8.09.0051
especial provido. (STJ - REsp 1551488/MS - Ministro LUIS
FELIPE SALOMÃO - S2 - SEGUNDA SEÇÃO - DJe 01/08/2017)
(Grifei)
NR.PROCESSO: 5034158.84.2018.8.09.0051
Em assim sendo, não restando evidenciado nenhum vício no decisum ora combatido,
tenho que os presentes aclaratórios não se amoldam às condições previstas no
ordenamento jurídico.
É como decido.
Intimem-se.
NR.PROCESSO: 5037981.25.2018.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Carlos Roberto Fávaro
VOTO PREVALECENTE
Trata-se de APELAÇÃO CÍVEL interposta pelo BANCO PAN S/A contra sentença
proferida pelo Juiz de Direito da 27ª Vara Cível da Comarca de Goiânia, Dr. Romério
do Carmo Cordeiro, nos autos da “ação de obrigação de não fazer c/c restituição de
valores c/c indenização por dano moral e repetição de indébito” proposta por FÁBIO
MARTINS DE OLIVEIRA em seu desfavor.
NR.PROCESSO: 5037981.25.2018.8.09.0000
A pretensão inicial abrangeu, outrossim, a condenação da ré às obrigações de restituir
o indébito em dobro e de pagar indenização por danos morais, ao argumento de que
houve a cobrança indevida de valores mediante descontos em seus proventos de
aposentadoria, benefício que se reveste de nítido caráter alimentar.
Irresignado, o BANCO PAN S/A opôs embargos de declaração (mov. 38), os quais
foram rejeitados pelo juízo a quo (mov. 44).
NR.PROCESSO: 5037981.25.2018.8.09.0000
Em suas razões, a recorrente suscita, em síntese, as seguintes teses: i) nulidade da
sentença por julgamento extra petita, ante a inexistência de pedido de conversão da
modalidade contratual; ii) impossibilidade de cumprimento da obrigação de fazer a que
foi condenada, consubstanciada na modificação do contrato objeto da lide; iii)
legalidade da contratação, uma vez que o autor/recorrido teve plena ciência acerca
das cláusulas inseridas no pacto; iv) ausência de ato ilícito a justificar a configuração
do dever de indenizar por danos morais; v) necessidade de minoração do quantum
indenizatório arbitrado em primeiro grau, para adequá-los aos critérios da
razoabilidade e proporcionalidade; e, vi) inexistência do direito do consumidor à
repetição do indébito, porquanto não preenchidos os requisitos previstos no artigo 42,
parágrafo único, do CDC, bem como na Súmula nº 159 do STJ.
No caso dos autos, embora não haja um pedido expresso da parte autora para que se
implementasse a revisão do pacto, tal conclusão resulta da interpretação lógico
sistemática da narrativa dos fatos e da causa de pedir.
Com efeito, o artigo 322, § 2º, do Código de Processo Civil, dispõe que “a
interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio
da boa-fé”.
NR.PROCESSO: 5037981.25.2018.8.09.0000
Nesse sentido:
Transpondo essa orientação para o caso vertente, não haveria como declarar a
inexistência da dívida e determinar a devolução de valores porque há contrato
expresso que a parte autora pretendia obter empréstimo, bem como não nega o
recebimento de valor demonstrado pelo banco réu. Acolher tal pedido, por certo,
atrairia enriquecimento sem causa.
Da modalidade contratual
NR.PROCESSO: 5037981.25.2018.8.09.0000
Impende registrar, de início, que é necessária a análise da matéria sob o prista da Lei
nº 8.078/90, haja vista que não há controvérsia quanto à presença da relação de
consumo entre o apelante/consumidor e a apelada/instituição financeira fornecedora,
“ex vi” da Súmula nº 297 do STJ.
NR.PROCESSO: 5037981.25.2018.8.09.0000
O princípio da transparência será complementado pelo princípio
do dever de informar, previsto no inciso III do art. 6º, e a
obrigação de apresentar previamente o conteúdo do contrato
está regrada no art. 46. (…).
O dever de informar é princípio fundamental na Lei n. 8.078,
aparecendo inicialmente no inciso III do art. 6º, e, junto ao
princípio da transparência estampado no caput do art. 4º, traz
uma nova formatação aos produtos e serviços oferecidos no
mercado.
Com efeito, na sistemática implantada pelo CDC, o fornecedor
está obrigado a prestar todas as informações acerca do
produto e do serviço, suas características, qualidades,
riscos, preços etc., de maneira clara e precisa, não se
admitindo falhas ou omissões.
Trata-se de um dever exigido mesmo antes do início de qualquer
relação. A informação passou a ser componente necessário do
produto e do serviço, que não podem ser oferecidos no mercado
sem ela.
Assim, da soma dos princípios, compostos de dois deveres
— o da transparência e o da informação —, fica estabelecida
a obrigação de o fornecedor dar cabal informação sobre
seus produtos e serviços oferecidos e colocados no
mercado, bem como das cláusulas contratuais por ele
estipuladas.” (In Curso de direito do consumidor – 11. ed. rev. e atual.
– São Paulo: Saraiva, 2017, p. 229 e 238, grifou-se).
NR.PROCESSO: 5037981.25.2018.8.09.0000
Neste ponto, impende destacar que, caso demonstrada a ausência de clareza ou
dubiedade das cláusulas do contrário, prevalece a norma inserta no artigo 47 da
legislação consumerista, que impõe ao julgador o dever de interpretá-las da forma
mais favorável ao consumidor.
Ainda consoante se extrai dos documentos colacionados aos autos, embora tenham
sido efetivadas consignações mensais do mínimo da fatura concernente à quantia
ofertada ao autor/apelante para saque, não houve a diminuição da dívida ao longo do
tempo.
NR.PROCESSO: 5037981.25.2018.8.09.0000
É preciso destacar que, em interpretação sistemática ao regramento consumerista,
contratos deste jaez têm sido vistos por esta Corte de Justiça como representativos de
falha na prestação dos serviços pela instituição financeira, materializada pela violação
aos deveres anexos da boa-fé objetiva, tais como os princípios da informação e da
transparência, mencionados em linhas volvidas.
Diante disso, em situações como a que ora se analisa, esta Casa Revisora tem
reiteradamente aplicado a máxima do “in dubio pro consumidor”, prevista no artigo 47
da Lei 8.078/1.990, de modo a interpretar a referida modalidade contratual como
sendo tão somente de crédito pessoal consignado, visando o restabelecimento do
equilíbrio entre as partes.
NR.PROCESSO: 5037981.25.2018.8.09.0000
valor da fatura mensal, fazendo o banco réu/recorrido, em
seguida, refinanciamento do restante do valor total devido, de
forma que passam a ser cobradas prestações em quantidade
muito além das acordadas. Afigura-se uma modalidade contratual
extremamente onerosa e lesiva ao consumidor, razão pela qual
deve ser interpretada como contrato de crédito pessoal
consignado, no intuito de reestabelecer o equilíbrio contratual
entre a instituição financeira e o consumidor. IV. Desconto
mínimo da fatura mensal. Dívida insolúvel. Abuso contratual e
onerosidade excessiva. Não sendo dado ao consumidor, no
momento da contratação, ciência da real natureza do negócio,
modalidade contratual que combina duas operações distintas, o
empréstimo consignado e o cartão de crédito, impõe-se o
restabelecimento do pacto na modalidade de contrato de
empréstimo consignado em folha de pagamento, de modo a
afastar o refinanciamento mensal do valor total da dívida,
viabilizado pelo pagamento mínimo do cartão, aplicando a
instituição financeira encargos abusivos e onerosos, que jamais
colocam fim ao quantum devido. V. (…). Apelação Cível
conhecida e parcialmente provida.” (TJGO, Apelação (CPC)
5263131-54.2018.8.09.0087, Rel. CARLOS ALBERTO FRANÇA, 2ª
Câmara Cível, julgado em 27/05/2019, DJe de 27/05/2019).
Observa-se que o referido verbete sumular tem como precedentes julgados em que,
no caso concreto, restou demonstrado que, no ato da contratação, a instituição
financeira causou aos consumidores uma falsa percepção da realidade por induzi-los a
acreditar que o pacto referia-se tão somente a empréstimo consignado, situação
identificada pelo fato de jamais terem utilizado o cartão de crédito após a contratação.
NR.PROCESSO: 5037981.25.2018.8.09.0000
contestação demonstram que o autor/recorrente nunca fez uso do cartão para a
realização compras, pagamentos, saques, ou outras transações.
Logo, o aludido precedente deve ser aplicado à situação em análise, a fim de que o
contrato em discussão seja equiparado à modalidade de crédito pessoal consignado
.
Da taxa de juros.
Repetição de indébito.
NR.PROCESSO: 5037981.25.2018.8.09.0000
Nos termos do artigo 42, parágrafo único, do Código de Defesa do Consumidor, “O
consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor
igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros
legais, salvo hipótese de engano justificável.”
Danos morais
Após analisar aos autos, o Desembargador Orloff Neves Rocha, insigne relator,
NR.PROCESSO: 5037981.25.2018.8.09.0000
compreendeu que o apelo merecia conhecimento e parcial provimento, mantendo a
sentença, dentre outros pontos, naquele em que condenou a instituição financeira
ré/recorrente ao pagamento de indenização por danos morais.
Conforme preveem os artigos 186 e 927, ambos do Código Civil, aquele que, por ação
ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito, ficando, portanto, obrigado
a repará-lo. In verbis:
“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar
dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.”
NR.PROCESSO: 5037981.25.2018.8.09.0000
“O dano moral consiste na lesão de direitos cujo conteúdo não é
pecuniário, nem comercialmente redutível a dinheiro. Em outras
palavras, podemos afirmar que o dano moral é aquele que
lesiona a esfera personalíssima da pessoa (seus direitos da
personalidade), violando, por exemplo, sua intimidade, vida
privada, honra e imagem, bens jurídicos tutelados
constitucionalmente” (op. cit., p. 108).
No caso específico dos autos, a responsabilidade civil possui contornos próprios, pois
é regulamentada pelo Código de Defesa do Consumidor.
Neste particular, sobreleva salientar que, no caso em comento, não há que se falar em
dano moral in re ipsa, pois, a meu ver, o dano moral não pode decorrer da simples
contratação de empréstimo consignado pela sistemática do cartão de crédito, ainda
que seja o caso de readequação ou de nulidade do pacto.
NR.PROCESSO: 5037981.25.2018.8.09.0000
In casu, compreendo que o autor/apelante se escurou do ônus de provar que os fatos
narrados na exordial tenham ocasionado dano na em sua órbita personalíssima, a
merecer reparação pecuniária, porquanto não demonstrou repercussão negativa
decorrente do negócio questionado na lide, além da onerosidade, ora afastada.
NR.PROCESSO: 5037981.25.2018.8.09.0000
HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS. MANTIDOS. HONORÁRIOS
RECURSAIS. 1- (…). 3- Cuidando-se de empréstimo na
modalidade cartão de crédito em folha de pagamento, o
abalo subjetivo alegadamente sofrido pela autora não
transpõe a barreira do mero dissabor, o qual não pode ser
confundido com o dano moral e, por isso, não dá ensejo à
compensação pecuniária. 4- (…). APELAÇÃO CÍVEL E
RECURSO ADESIVO CONHECIDOS, APELAÇÃO
PARCIALMENTE PROVIDA E RECURSO ADESIVO
DESPROVIDO.” (TJGO, APELAÇÃO 0424970-29.2016.8.09.0093, Rel.
JAIRO FERREIRA JÚNIOR, 6ª Câmara Cível, julgado em 29/10/2019,
DJe de 29/10/2019, negritei).
NR.PROCESSO: 5037981.25.2018.8.09.0000
limitou-se a esfera do mero aborrecimento. IV- Deixando de
evidenciar de forma indubitável e cabal a má-fé da instituição
financeira quanto aos descontos indevidos de valores na conta
da consumidora, tem-se que a repetição do indébito deve ocorrer
na sua forma simples. Precedentes do STJ. V- (…). AGRAVO
INTERNO CONHECIDO E DESPROVIDO.” (TJGO, Apelação (CPC)
0408790-35.2014.8.09.0051, Rel. LUIZ EDUARDO DE SOUSA, 1ª
Câmara Cível, julgado em 06/12/2018, DJe de 06/12/2018, negritei).
Diante desse cenário, por não vislumbrar a existência de prova da efetiva lesão de
ordem subjetiva decorrente da narrativa fática exposta pela parte autora/recorrida, a
sentença objetada também merece ser retificada nesse ponto.
Por derradeiro, registro que a compensação legal não depende de declaração judicial
e, estando aquela já contida na determinação de liquidação da sentença para
apuração da existência de saldo credor de uma das partes, razão não há para alegar
omissão nesse particular.
É o voto.
NR.PROCESSO: 5037981.25.2018.8.09.0000
RELATOR: DES. ORLOFF NEVES ROCHA
REDATOR: DES. CARLOS ROBERTO FÁVARO
ACÓRDÃO
Votaram, com o redator, a Desª Amélia Martins de Araújo, a Desª Maria das Graças
Carneiro Requi e o Dr. Fernando de Castro Mesquita, Juiz Substituto em 2º Grau ao
Des. Luiz Eduardo de Sousa., ficando vencido o Des. Orloff Neves Rocha.
NR.PROCESSO: 5037981.25.2018.8.09.0000
Presidiu a sessão o Des. Luiz Eduardo de Sousa.
NR.PROCESSO: 5037981.25.2018.8.09.0000
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE NÃO
FAZER C/C DANOS MORAIS E REPETIÇÃO DE INDÉBITO.
CONTRATO DE CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO. APLICAÇÃO
DO CDC. SÚMULA Nº 297 DO STJ. ABUSIVIDADE E ONEROSIDADE
DEMONSTRADAS. SÚMULA Nº 63 DO TJGO. APLICABILIDADE.
JUROS REMUNERATÓRIOS. CAPITALIZAÇÃO DE JUROS.
REPETIÇÃO DE INDÉBITO. DEVOLUÇÃO NA FORMA SIMPLES.
DANOS MORAIS NÃO CONFIGURADOS. PARCIAL PROVIMENTO AO
APELO. SENTENÇA REFORMADA. I. O CDC é aplicável aos contratos
de natureza bancária ou financeira. Inteligência da Súmula nº 297 do STJ.
II. Em interpretação sistemática ao regramento consumerista, contratos
de cartão de crédito consignado têm sido vistos por esta Corte de Justiça
como representativos de falha na prestação dos serviços pela instituição
financeira, materializada pela violação aos deveres anexos da boa-fé
objetiva, tais como os princípios da informação e da transparência. III.
Demonstrada a aplicabilidade da Súmula nº 297 deste Tribunal de Justiça
ao caso concreto, o contrato discutido deve ser equiparado à modalidade
de crédito pessoal consignado. IV. Os juros remuneratórios devem ser
fixados segundo a taxa média de mercado praticada nas operações da
mesma espécie à época da contratação. V. Somente a cobrança de
valores indevidos por inequívoca má-fé enseja a repetição em dobro do
indébito, situação não verificada na hipótese. VI. Não comprovada a
ocorrência de efetiva lesão à esfera personalidade da vítima, não há que
se falar em condenação ao pagamento de indenização por danos morais.
RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.
NR.PROCESSO: 5081482.58.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
COMARCA DE GOIÂNIA
1ª Câmara Cível
DESPACHO
Infere-se dos documentos que instruíram a petição inicial a expedição da guia 2168846-
1/50, para fins de recolhimento das custas iniciais no valor de R$ 476,05.
Cumpra-se.
NR.PROCESSO: 5081482.58.2020.8.09.0000
GOIÂNIA, em 19 de fevereiro de 2020.
RELATOR
06
NR.PROCESSO: 5023609.08.2017.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
COMARCA DE GOIÂNIA
1ª Câmara Cível
DESPACHO
Cumpra-se.
RELATOR
06
INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Não Concedida a Medida Liminar - Data da
Movimentação 14/02/2020 09:21:57
NR.PROCESSO: 5047087.40.2020.8.09.0000
Poder Judiciário
DECISÃO LIMINAR
Consta dos autos que o autor, ora agravante, relatou na peça de ingresso
que se inscreveu no concurso público para provimento de vagas para o cargo de
Agente de Segurança Prisional do Estado de Goiás para Diretoria Geral da
Administração Penitenciária (DGAP), informando que o certame é constituído por 7
(sete) etapas, todas de caráter eliminatório.
NR.PROCESSO: 5047087.40.2020.8.09.0000
Alegou que a ausência de análise dos recursos administrativos, ficou
extremamente prejudicado, pois a somatória das notas das disciplinas de
conhecimentos gerais não o habilita a permanecer no concurso, já que, com o gabarito
oficial definitivo, faltam dois pontos para que ele atinja o mínimo exigido para
prosseguir nas demais etapas do certame, pois acertou 7 de 20 questões.
NR.PROCESSO: 5047087.40.2020.8.09.0000
Destaco que as tutelas provisórias de urgência são tutelas não
definitivas fundadas em cognição sumária, podendo ser
requeridas em caráter antecedente ou incidente, devendo estar
presentes os requisitos constantes no citado artigo de modo a
não ensejar dúvidas.
NR.PROCESSO: 5047087.40.2020.8.09.0000
Excelso Pretório.
NR.PROCESSO: 5047087.40.2020.8.09.0000
Irresignado, VICTOR DO CARMO COSTA interpôs o agravo de instrumento
sub judice.
Sustenta que teve uma nota alta na prova, contudo, foi prejudicado pelas
questões que não puderam ser respondidas corretamente, em decorrência dos
motivos que serão expostos adiante. Vejamos dados da prova do requerido. Caso as
questões sejam anuladas, o requerido terá nota bem superior ao ponto de corte.
NR.PROCESSO: 5047087.40.2020.8.09.0000
Ao final, requer a confirmação da liminar com o seu provimento do recurso,
para reformar a decisão atacada, nos termos das razões apresentadas.
É, em síntese, o relatório.
Decido.
NR.PROCESSO: 5047087.40.2020.8.09.0000
grau de jurisdição. No caso do agravo, esse poder está
expressamente previsto ao relator no art. 1.019, I.
NR.PROCESSO: 5047087.40.2020.8.09.0000
Nesse diapasão, atenta às particularidades do caso em apreço, não
vislumbro, prima facie, a presença desses requisitos, razão pela qual INDEFIRO o
pedido de concessão de efeito suspensivo ao recurso.
Comunique-se o juízo a quo desta decisão, nos termos do artigo 1.019, inciso
I, do Código de Processo Civil.
Intimem-se. Cumpra-se.
NR.PROCESSO: 0204114.16.2016.8.09.0000
Poder Judiciário
ACÓRDÃO
VOTO
NR.PROCESSO: 0204114.16.2016.8.09.0000
Presentes os pressupostos de admissibilidade do recurso, dele conheço.
NR.PROCESSO: 0204114.16.2016.8.09.0000
Os embargos de declaração não constituem palco para a
revisão do julgado ou da evolução da jurisprudência do
Tribunal, muito menos neles se podem inovar a tese recursal.
Para tanto, deve a parte valer-se do recurso apropriado para a
revisão ou unificação de entendimentos conflitantes de membros
ou órgãos fracionários do Tribunal. ( STJ - EDcl no REsp
752813/SC - Relator Ministro HUMBERTO MARTINS Data do
Julgamento 11/12/2007. Grifei).
NR.PROCESSO: 0204114.16.2016.8.09.0000
hipóteses previstas no art. 1.022, do novo CPC. II - Se o acórdão
embargado não contém nenhuma das hipóteses legalmente
previstas, e apenas reflete posicionamento contrário à
pretensão recursal da parte embargante, resta claro o intuito
de rediscussão de questões já decididas, o que é inviável por
meio desta espécie recursal (…). (TJGO, 1ª CC, ED 0314855-
78.2013.8.09.0049, Rel. LUIZ EDUARDO DE SOUSA, DJe de
01/12/2017. Negritei)
É o voto.
Goiânia, 10 de fevereiro de 2020.
Relator
NR.PROCESSO: 0204114.16.2016.8.09.0000
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO EM MANDADO DE SEGURANÇA. AUSÊNCIA DOS
VÍCIOS ESPECIFICADOS NO ARTIGO 1.022 E INCISOS DO CPC.
Não ocorrendo os vícios elencados no artigo 1.022 do Código de
Processo Civil, devem ser rejeitados os embargos que visam tão
somente rediscutir matéria já decidida, ainda que para efeitos de
prequestionamento. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
CONHECIDOS E REJEITADOS.
NR.PROCESSO: 0204114.16.2016.8.09.0000
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO EM MANDADO DE SEGURANÇA. AUSÊNCIA DOS
VÍCIOS ESPECIFICADOS NO ARTIGO 1.022 E INCISOS DO CPC.
Não ocorrendo os vícios elencados no artigo 1.022 do Código de
Processo Civil, devem ser rejeitados os embargos que visam tão
somente rediscutir matéria já decidida, ainda que para efeitos de
prequestionamento. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
CONHECIDOS E REJEITADOS.
NR.PROCESSO: 5167987.64.2018.8.09.0051
PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL
COMARCA :GOIÂNIA
VOTO VENCIDO
Cuida-se de Apelação Cível interposta pelo BANCO ITAÚ CONSIGNADO S/A, em face da
sentença proferida pelo Dr. Camilo Shubert Lima, MM. Juiz de Direito da 6ª Vara Cível da
comarca de Goiânia – GO que, nos autos da ação de inexistência de débito cumulada com
indenização por danos morais ajuizada em seu desfavor por ANA DAMASCENA ROSA ALVES,
decidiu nos seguintes termos :
Ante o exposto, julgo procedentes os pedidos formulados na petição inicial, nos termos do
artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil, para declarar inexistente o débito apontado e
condenar a requerida a restituir os valores deduzidos indevidamente da conta-corrente
titularizada pela autora referentes ao empréstimo discutido no autos; e a pagar R$
5.000,00(cinco mil reais) a título de danos morais, corrigidos monetariamente (INPC) a partir
do arbitramento, acrescidos de
NR.PROCESSO: 5167987.64.2018.8.09.0051
Extrai-se dos autos que a recorrida em 10 de novembro de 2017 foi surpreendida com a
realização de transação bancária, na modalidade “crédito consignado”, no montante global de R$
7.650,69 (sete mil, seiscentos e cinquenta reais e sessenta e nove centavos), sem sua solicitação
prévia ou anuência.
Consta que o valor das prestações está sendo descontado mensalmente e automaticamente da
conta-corrente da recorrida, tendo sido inexitosa a tentativa de solucionar a questão
administrativamente com o recorrente.
Como bem ressaltou o douto sentenciante o ônus da prova sobre a legitimidade das transações
realizadas compete ao banco/recorrente, que, na hipótese, não se desincumbiu de demonstrar a
idoneidade das operações. Cumpria-lhe, assim, descaracterizar os fatos jurídicos trazidos pela
recorrida, no entanto, não o fez.
Cumpre ressaltar que a alegação feita pelo apelante de que a movimentação bancária só poderia
acontecer única e exclusivamente por ação do correntista, não pode ser aceita, haja vista que
está cada vez mais presente nos dias de hoje a prática de atividades criminosas voltadas
justamente para o fim de clonagem de senhas e cartões magnéticos, realizadas através dos
próprios terminais de atendimento (captação de dados por meio de aparelhos eletrônicos
instalados nos caixas eletrônicos, instalação prévia de programas capazes de clonar as senhas e
dados pessoais).
Por outro lado, é de trivial conhecimento que as instituições financeiras respondem objetivamente
pela falha no serviço prestado, nos termos do artigo 14, caput, do Código de Defesa do
Consumidor, que assim dispõe:
NR.PROCESSO: 5167987.64.2018.8.09.0051
reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos
serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
§ 1º. O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode
esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:
Quanto a comprovação dos danos morais, cumpre ressaltar que os mesmos não se prova, uma
vez que afetam o intimo, não havendo que se falar em comprovação da honra, desgosto ou
dissabor que se teve com a conduta ilícita. Deste modo, havendo comprovação do fato,
comprovado está o dano.
No que diz respeito a fixação do valor atribuído a título de danos morais, é relevante observar que
na ausência de critérios objetivos que permitam quantificar economicamente a lesão à honra do
lesado, deve o julgador valer-se sobretudo das regras da experiência comum e do bom senso,
fixando esta reparação de tal forma que não seja irrisória a ponto de menosprezar o
constrangimento sofrido pela vítima, ou exagerada, tornando-se fonte de enriquecimento ilícito.
Desta forma, para a fixação do quantum devido, deve-se observar as condições tanto da vítima
quanto do ofensor, a fim de que se desestimule a prática futura de condutas semelhantes.
NR.PROCESSO: 5167987.64.2018.8.09.0051
posto que lhe obsta o direito ao crédito, afetando diretamente a possibilidade de consumo.
Acerca desta matéria, tem-se posicionado a jurisprudência desta Egrégia Corte de Justiça:
I- Não ficando comprovado que a parte autora celebrou os contratos de empréstimo que
deram causa aos descontos de parcelas em sua aposentadoria, imperativa é a
responsabilização da instituição de crédito requerida, conforme disposto no artigo 14 do
Código de Defesa do Consumidor.
II- O ônus da prova incumbe ao Réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou
extintivo do direito do autor, consoante o inciso II do artigo 333, do Código de Processo Civil.
III- A reparação dos danos morais no presente caso independe de prova do prejuízo, pois
decorre do próprio evento danoso, que e considerado in re ipsa.
IV- O valor da reparação por dano à honra deve ser fixado prudentemente pelo julgador,
a fim de que não se transforme em enriquecimento da vítima, sendo mister a
manutenção do montante arbitrado, uma vez que obedeceu aos critérios da
razoabilidade e proporcionalidade (...)(TJGO – 5ª Câm. Cível. Apel. Cível n. 87551-
65.2010.8.09.0026, rel. Des. Francisco Vildon José Valente, julgado em 02.08.2012. DJe 1134
de 29.08.2012) (Grifei).
À luz das considerações, vejo que a sentença recorrida foi proferida em consonância com
a legislação vigente, motivo pelo qual a sua manutenção é medida que se impõe.
Mister a majoração dos honorários, levando-se em conta o trabalho adicional realizado em grau
recursal, em observância ao disposto no §11 do artigo 85 do Código de Processo Civil, vejamos:
NR.PROCESSO: 5167987.64.2018.8.09.0051
Art. 85, §11 - O tribunal, ao julgar recurso, majorará os honorários fixados anteriormente
levando em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal, observando, conforme o
caso, o disposto nos §§ 2o a 6o , sendo vedado ao tribunal, no cômputo geral da fixação de
honorários devidos ao advogado do vencedor, ultrapassar os respectivos limites estabelecidos
nos §§ 2o e 3o para a fase de conhecimento.
Sobre o tema, leciona DANIEL AMORIM ASSUMPÇÃO NEVES que “a previsão legal faz com
que a readequação do valor dos honorários advocatícios passe a fazer parte da profundidade do
efeito devolutivo dos recursos, de forma que mesmo não havendo qualquer pedido das partes
quanto a esta matéria o tribunal poderá analisá-la para readequar os honorários conforme o
trabalho desempenhado em grau recursal” (Manual de Direito Processual Civil, v. único, 8ª ed.,
Salvador: Juspodivm, 2016, p. 220).
Emerge, portanto, que a regra pretende evitar a interposição de recursos meramente protelatórios
e remunerar o profissional atuante em âmbito recursal, já que os honorários arbitrados na
sentença refletem uma contraprestação pelo trabalho realizado apenas até aquele momento
processual.
Assim, para a majoração dos honorários advocatícios leva-se em consideração não só “o trabalho
adicional realizado em grau recursal”, mas, também, o percentual mínimo de dez por cento (10%)
e o máximo de vinte por cento (20%) sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido
ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa (artigo 85, §2º, do CPC),
considerando o cômputo geral dos honorários.
NR.PROCESSO: 5167987.64.2018.8.09.0051
submetida a julgamento, conheço do recurso interposto, porém nego-lhe provimento e, de
consequência, confirmo a sentença recorrida, por estes e pelos seus próprios fundamentos.
Nos termos do artigo 85, §11, do CPC, restando a parte apelante sucumbente no recurso,
majoro a verba honorária anteriormente fixada, para o total de 20% (vinte por cento) sobre
o valor da condenação em favor da parte recorrida.
Relator
COMARCA :GOIÂNIA
NR.PROCESSO: 5167987.64.2018.8.09.0051
1. As instituições bancárias possuem o dever de indenizar, não só
amparado na conduta do agente causador do dano, mas também no
risco que o exercício de sua atividade possa causar a terceiros, em
função de seu proveito econômico. Portanto, em observância à teoria
do risco, a parte que explora determinado ramo da economia,
auferindo lucros desta atividade, deve, da mesma forma, suportar os
riscos de danos causados por terceiros.
SENTENÇA MANTIDA.
NR.PROCESSO: 5037981.25.2018.8.09.0000
PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL
VOTO VENCIDO
Trata-se de APELAÇÃO CÍVEL interposta pelo BANCO PAN S/A, contra sentença proferida
na AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER C/C RESTITUIÇÃO DE VALORES C/C
INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL E REPETIÇÃO DE INDÉBITO proposta em seu desfavor
por FABIO MARTINS DE OLIVEIRA.
a) julgamento extra petita, já que o autor requereu a declaração de nulidade do contrato, e não
sua revisão;
c) que não merece prosperar a tese autoral de que fora vítima de propaganda enganosa, uma vez
que toda a documentação anexada corrobora para a legitimidade da contratação;
d) sustenta ser incabível a condenação por dano moral, já que a hipótese versada não se insere
nas hipóteses previstas no artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor; caso mantida a
condenação, requer a redução do valor atribuído ao dano moral, que foi de R$1.000,00 (hum mil
reais);
f) requereu, por fim, a compensação dos valores já percebidos pelo autor, para eventual
compensação, sob pena de se permitir o enriquecimento ilícito.
NR.PROCESSO: 5037981.25.2018.8.09.0000
Recurso próprio e tempestivo, preenche os requisitos objetivos e subjetivos de admissibilidade.
Dele tomo conhecimento.
Preliminarmente, alega o apelante julgamento extra petita. Para tanto, defende que não houve
pedido expresso de desnaturalização do contrato de cartão de crédito consignado (RMC) para
empréstimo consignado ultrapassando a sentença, portanto, os limites do pedido do
autor/apelado.
Pois bem.
Ora, se o magistrado julgador considera ilegal a contratação como feita pela instituição financeira,
não haveria como julgar improcedente a demanda e deixar o quanto pactuado.
De outra parte, não haveria como declarar a inexistência da dívida e determinar a devolução de
valores porque há contrato expresso que a parte autora pretendia obter empréstimo, bem como
não nega o recebimento de valor demonstrado pelo banco réu. Acolher tal pedido, portanto,
implicaria enriquecimento sem causa.
Neste sentido:
Passo ao mérito.
NR.PROCESSO: 5037981.25.2018.8.09.0000
O réu/apelante alega, em suma, a legitimidade do contrato firmado entre as partes, assim como
da cobrança dele decorrente. Deste modo, defende a reforma da sentença, a fim de que seja
mantida a pactuação nos moldes originalmente previstos, aduzindo ser impossível a
transformação da modalidade do empréstimo realizado para a modalidade consignado.
O que se tem é que, quando da contratação, as características precisas da operação não foram
apresentadas ao apelado em consequente violação ao princípio da informação imputado ao
fornecedor, ora Apelado, que tem a obrigação de prestar todas as informações acerca do produto
ou serviço de maneira clara e precisa, vedadas omissões, nos termos dos artigos 4º e 6º do CDC,
que prescrevem:
(...)
(...)
Calha ressaltar que o contrato em questão possui natureza híbrida, que permite ao contratante
utilizar o limite de crédito disponível de duas formas, por meio de compras em estabelecimentos
conveniados ou através do saque de valores, ambas utilizando o mesmo cartão de crédito
concedido. Dessa forma, quando realizado um saque de maior valor, o consumidor acredita que
está contratando um empréstimo nos moldes tradicionais, a ser pago por meio de parcelas
mensais, no entanto, em contratos como o dos autos, este montante é somado às demais
compras e/ou saques realizados por meio do cartão de crédito, sendo descontado em
contracheque apenas um valor mínimo da fatura (como visto na hipótese versada), o que leva,
NR.PROCESSO: 5037981.25.2018.8.09.0000
mensalmente, ao refinanciamento do restante da dívida.
Cediço que, havendo omissão de informação relevante ao consumidor em relação contratual, sua
interpretação é procedida na forma determinada pelo artigo 47 do CDC, ipsis verbis:
A matéria em questão já foi amplamente discutida neste Tribunal goiano, cujo entendimento
firmado encontra-se sintetizado na súmula 63, aprovada pela Corte Especial em 17/09/2018,
verbis:
Logo, sem qualquer amparo as alegações do apelante, tendo em vista a edição da referida
súmula.
NR.PROCESSO: 5037981.25.2018.8.09.0000
Assim, diante da necessidade de reestabelecer o equilíbrio contratual que deve existir entre a
instituição financeira e o consumidor, correta a sentença que alterou a natureza do contrato para
empréstimo consignado.
No que pertine ao pedido de restituição, é admitida a repetição do indébito sempre que verificada
a cobrança e o pagamento indevido de encargo, em repúdio ao enriquecimento ilícito de quem o
recebeu.
A propósito:
À vista disso, acato o apelo para reformar a sentença guerreada e determinar a repetição do
indébito porventura pago indevidamente pelo Apelado na forma simples, mediante apuração em
sede de liquidação de sentença.
Em relação ao dano moral, entendo que a conduta antijurídica consistiu na contratação de forma
ardilosa, com omissão do dever de informação, induzindo o consumidor a erro, sendo o apelado
pessoa idosa, aufere aposentadoria por invalidez no valor líquido de R$ 1.193,95 (um mil e cento
e noventa e três reis e noventa e cinco centavos) e teve descontos que comprometeram parte de
sua renda e, possivelmente, sua subsistência.
NR.PROCESSO: 5037981.25.2018.8.09.0000
Assim, atentando-se as peculiaridades do caso, é de se reconhecer o dano moral decorrente da
cobrança de prestações irregulares, da privação de verba de natureza alimentar e da insegurança
financeira suportada pelo Apelado.
Em relação ao valor fixado pelo julgador singular, ao contrário do afirmado pela parte apelante, foi
orientado pelos princípios da razoabilidade e proporcionalidade, de forma que a reparação possa
desempenhar sua dupla finalidade compensatória e pedagógica, segundo as circunstâncias do
caso concreto e as condições das partes. A indenização não deve ser vultosa a ponto de resultar
em enriquecimento indevido, tampouco deve ser tão irrisória que perca seu caráter preventivo e
de justa composição.
Pelo exposto, DOU PROVIMENTO PARCIAL ao recurso apenas para determinar que a
restituição dos valores sejam feitas na forma simples.
Cumpra-se. Intimem-se.
Relator
NR.PROCESSO: 5037981.25.2018.8.09.0000
APELANTE : BANCO PAN S/A
APELADO : FABIO MARTINS DE OLIVEIRA
RELATOR : Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
NR.PROCESSO: 5069591.40.2020.8.09.0000
Poder Judiciário
DECISÃO LIMINAR
NR.PROCESSO: 5069591.40.2020.8.09.0000
Ao analisar o pleito liminar, o Magistrado Singular proferiu a decisão ora
combatida nos seguintes termos:
(…) DECIDO.
2. Do bloqueio do imóvel
3. Dos Alimentos
NR.PROCESSO: 5069591.40.2020.8.09.0000
em vigor, ao dispor que:
CONCLUSÃO
NR.PROCESSO: 5069591.40.2020.8.09.0000
No mérito, alega que o agravado, ao deixar o lar em que vivia com a
agravante, levou consigo os únicos documentos do imóvel em discussão, tais como:
IPTU e contrato de compra e venda do bem e, agora, estaria ameaçando realizar a
venda do bem.
É, em síntese, o relatório.
Passo à decisão.
NR.PROCESSO: 5069591.40.2020.8.09.0000
recorrida deverá gerar risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação; e (II) a
demonstração da probabilidade de provimento do recurso (artigos 995, parágrafo
único, e 1.019, I, ambos no Código de Processo Civil).
NR.PROCESSO: 5069591.40.2020.8.09.0000
processual.
INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Não Concedida a Medida Liminar - Data da
Movimentação 19/02/2020 17:11:54
NR.PROCESSO: 5075611.47.2020.8.09.0000
Poder Judiciário
DECISÃO LIMINAR
NR.PROCESSO: 5075611.47.2020.8.09.0000
Após trâmite regular do feito, a Magistrada Singular proferiu a decisão ora
agravada, nos seguintes termos:
NR.PROCESSO: 5075611.47.2020.8.09.0000
Em suas razões, após breve síntese fática da demanda, defende o cabimento
do recurso.
Noutro ponto, explana que o próprio título, o qual busca dar cumprimento,
consignou a necessidade de análise de documentos para apuração do quantum
debeatur, por considerar que não depende exclusivamente de cálculos aritméticos,
mas também da análise documental com o fim de determinar as consequências da
reestruturação financeira na carreira dos servidores.
NR.PROCESSO: 5075611.47.2020.8.09.0000
reverter a decisão proferida na ação coletiva, mas apenas discorrer sobre o fato de
que inexistem valores a serem pagos, haja vista já terem sido abrangidos pela
reestruturação da carreira dos policiais.
É o relatório.
Decido.
NR.PROCESSO: 5075611.47.2020.8.09.0000
pleiteada pela parte, para que se dê o inadiável afastamento do
risco de lesão, antecipando o efeito que se espera do julgamento
do agravo. É bom ressaltar que o poder de antecipação de tutela
instituído pelo art.300 não é privativo do juiz de primeiro grau e
pode ser utilizado em qualquer fase do processo e em qualquer
grau de jurisdição. No caso do agravo, esse poder está
expressamente previsto ao relator no art. 1.019, I.
NR.PROCESSO: 5075611.47.2020.8.09.0000
Ademais, ainda que a sentença proferida na Ação Coletiva tenha mencionado
que o quantum devido ao servidor público estadual deveria ser apurado em liquidação
de sentença, observa-se que o decisum foi claro ao delimitar que, para o cálculo do
montante exequendo, bastaria a adição mensal do percentual de 11,98% (onze vírgula
noventa e oito por cento) à remuneração do agravado, isso até que o percentual fosse
definitivamente incorporado à sua remuneração.
Ipsis verbis:
Por sua vez, os juros de mora, devem ser calculados à luz dos
índices aplicáveis à caderneta de poupança, com incidência a
partir da citação, na forma do artigo 1o-F da Lei no 9.494/97.
Tudo isso em conformidade ao Recurso Extraordinário n. 870947.
NR.PROCESSO: 5075611.47.2020.8.09.0000
Desde logo deixo claro que tem direito a URV os servidores
ocupantes de cargo na época da lei de conversão, não podendo
abranger quem ingressou no serviço público posteriormente. [...]”
NR.PROCESSO: 5456052.73.2019.8.09.0000
RECLAMAÇÃO Nº 5456052.73.2019.8.09.0000
DECISÃO MONOCRÁTICA
Trata-se de RECLAMAÇÃO, que foi apresentada por GUSTAVO RIBEIRO DE MORAES, por intermédio de
seus Advogados, Dr. Alan Kardec Cabral Junior e Dr. Rogério Pereira Leal, inscritos na OAB-GO sob o nº 45.623 e nº
15.285, respectivamente, fundamentada no artigo 988 e seguintes do Novo Código de Processo Civil, em face de
acórdão que foi proferido pela 1ª CÂMARA CRIMINAL DESTE TRIBUNAL DE JUSTIÇA.
Afirma que em sede do Habeas Corpus nº 5255452.36.2019.8.09.000, esta Corte de Justiça, constatando
que a regressão definitiva de regime do reclamante, pelo descumprimento das obrigações que lhe foram impostas, foi
decidida, sem a prévia instauração de procedimento disciplinar, concedeu a ordem de habeas corpus que foi requerida,
para anular a decisão judicial impugnada e retornar o reclamante ao regime semiaberto e às condições que lhe haviam
sido determinadas, ordenando-se a expedição do alvará de soltura em seu favor, sem prejuízo da possibilidade de
ulterior instauração do procedimento administrativo disciplinar.
Sustenta que, em que pese a descrita decisão, o Diretor da Unidade Prisional de Montes Claros descumpriu
a ordem, instaurou Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) posterior a decisum, para o fito de apurar falta grave
sequer cometida pelo reclamante, e ao final, determinou a sanção de isolamento do reclamante na sela até a audiência
de justificação, afrontando a decisão proferida pelo Eg. Tribunal de Justiça do Estado de Goiás.
Nesses termos, aspira ao deferimento da liminar, à concessão da decisão em definitivo, para determinar a
suspensão da decisão de bloqueio e isolamento do reclamante, para garantir a autoridade da decisão proferida por este
Órgão Julgador nos autos do processo nº 5255452.36.2019.8.09.000 e determinar a extinção do ato proferido pelo
Diretor da Unidade Prisional de Montes Claros.
NR.PROCESSO: 5456052.73.2019.8.09.0000
Liminar indeferida no evento 14.
Parecer da Procuradoria de Justiça, da lavra de sua representante, Dra. Joana Darc Corrêa da Silva
Oliveira, opinando pela sua improcedência (evento 21).
Na movimentação 23, o reclamante, por seu advogado com poderes especiais, formulou pedido de
desistência do presente feito.
É o relatório.
DECIDO.
Como visto, durante o transcurso dos autos, o reclamante, por intermédio de advogado com poderes para
desistir (evento nº 01), manifestou não ter mais interesse no prosseguimento da presente reclamação, conforme se vê
na movimentação 23.
Consiste a Reclamação em uma medida processual de natureza excepcional, por meio da qual se dá corpo
à garantia constitucional de efetividade de preservação das decisões judiciais, ou seja, não é recurso, ação originária ou
incidente processual, mas mera representação em que pede o cumprimento do julgado tal como nele se contém.
Como se vê, não há pretensões resistidas, mas tão-somente pedido para que a eficácia de um ato decisório
seja preservada, restaurando-se a higidez formal de um processo cujo procedimento tenha sido vulnerado por ato contra
o qual não haja previsão de recurso adequado. Diante disso, ao reclamante é dado desistir da impetração a qualquer
tempo, sem que sequer tenha necessidade de indicar as razões de seu pedido ou aguardar a aquiescência da
autoridade reclamada.
NR.PROCESSO: 5456052.73.2019.8.09.0000
tempo, sem que sequer tenha necessidade de indicar as razões de seu pedido ou
aguardar a aquiescência da autoridade reclamada. DESISTÊNCIA HOMOLOGADA.
RECLAMAÇÃO ARQUIVADA.” (TJGO, RECLAMACAO 451524-96.2010.8.09.0000,
Rel. DES. JOAO WALDECK FELIX DE SOUSA, CORTE ESPECIAL, julgado em
14/09/2011, DJe 911 de 27/09/2011).
De tal arte, se o próprio reclamante vem aos autos e informa a perda superveniente de seu interesse em ver
o feito julgado, a homologação do pedido de desistência é fato impositivo, que não carece de outro fundamento.
Forte em tais razões, com vistas à validade do pedido de desistência formalizado por advogado com
poderes específicos para tanto (evento nº 01), homologo o pedido de desistência e declaro extinta a presente
reclamação, consoante o artigo 175, inciso XV1, do Regimento Interno deste Tribunal, c/c artigo 932, VIII2, do Código de
Processo Civil (Lei nº 13.105/2015).
RELATOR
11/RR
NR.PROCESSO: 5053631.44.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador J. Paganucci Jr.
HABEAS CORPUS
Número : 5053631.44.2020.8.09.0000
Comarca : ANÁPOLIS
DECISÃO MONOCRÁTICA
Trata-se de habeas corpus liberatório, com pedido liminar, impetrado pela advogada
ELIZAINE ALVES, com base nos artigos 5º, inciso LXVIII, da Constituição Federal, 647 e 648, I,
ambos do Código de Processo Penal, em benefício de LEILIELMA BARBOSA SOARES BRITO,
qualificada nos autos, indicando como autoridade coatora o juiz de direito da 2ª Vara Criminal da
comarca de Anápolis-GO.
Extrai-se da inicial, e documentos colacionados aos autos, que a paciente foi presa em
flagrante, no dia 19 de dezembro de 2019, pela suposta infringência às condutas previstas nos
artigos 171, caput, c/c o 14, II, e 288, todos do Código Penal, e, por ocasião da audiência de
custódia, teve a prisão convertida em domiciliar, com monitoramento eletrônico, em decisão
datada de 23/12/2019, (movimentação 01, arquivo 03). Ainda, em 23/01/2020, a autoridade
impetrada indeferiu o pedido de revogação da prisão (movimentação 01, arquivo 11).
Informa que a paciente não representa qualquer perigo à ordem pública ou econômica,
nem risco à instrução criminal ou aplicação da lei penal e que se encontra em situação idêntica
aos codenunciados que tiveram substituída a prisão preventiva por medidas cautelares diversas
(art. 319, CPP). Invoca, também, o princípio da proporcionalidade.
NR.PROCESSO: 5053631.44.2020.8.09.0000
A inicial veio instruída com documentos (movimentação 01).
Relatado.
Decido.
Convém destacar que o Órgão Especial deste Tribunal de Justiça decidiu em sessão
ordinária administrativa que o artigo 235, inciso VI, do RITJGO, passa a permitir que o relator
possa, monocraticamente, julgar prejudicado o pedido se verificar que já cessou a violência ou
coação (emenda regimental 1, de 14/05/2014).
Colhe-se das informações da autoridade impetrada (movimentação 07, arquivo 01) que
a paciente foi posta em liberdade, no dia 11 de fevereiro de 2020, após ser deferido o pedido de
revogação da sua prisão.
MOS/2020
NR.PROCESSO: 5722800.06.2019.8.09.0000
HABEAS CORPUS n° 5722800.06.2019.8.09.0000
Comarca : Goianira
Impetrantes : Waltercides Domingos do Prado e outros
Paciente : Paulo Sérgio Costa de Souza
Relator : Desembargador Nicomedes Borges
RELATÓRIOeVOTO
NR.PROCESSO: 5722800.06.2019.8.09.0000
Ressalta que o paciente preenche todos os requisitos para responder ao
processo em liberdade, pois é primário, exerce labor lícito, atuando como mecânico, e
possui residência naquela urbe, e se dispõe a comparecer a todos os atos
processuais.
Invoca violação aos princípios da presunção de inocência, da dignidade da
pessoa humana e da liberdade.
Nas circunstâncias, pleiteia a suspensão do abuso, mediante concessão da
ordem, liminarmente, para que seja revogada a prisão do paciente, com a imposição
de medidas cautelares diversas da prisão, expedindo-se o competente alvará de
soltura em seu favor. No mérito, pugna pela confirmação da liminar, para que possa
responder ao processo em liberdade.
A inicial veio instruída com os documentos anexados digitalmente (Evento 1).
A liminar foi indeferida (Evento 4). Solicitadas as informações, a magistrada
prestou-as (Evento 7).
A douta Procuradoria-Geral de Justiça, por sua representante, Dra. Zoélia
Antunes Vieira, opinou pelo conhecimento e denegação da ordem impetrada (Evento
10).
A causídica Sinthia Duarte de Castro acostou substabelecimento conferido em
seu favor, sem reserva de poderes, pelos impetrantes, requerendo sua habilitação
nestes autos (Evento 13), acostando comprovante de endereço em favor do paciente.
É o relatório.
Passo ao voto.
Trata-se de pedido de habeas corpus impetrado em favor de Paulo Sérgio
Costa de Souza, visando a revogação da custódia preventiva, aduzindo ter sido
proferida por ausência de fundamentação, apontando como autoridade coatora o MM.
Juiz de Direito da Comarca de Goianira/GO.
Inicialmente, defiro o pedido de habilitação neste writ da causídica Sinthia
Duarte de Castro, porque apresentado substabelecimento conferido em seu favor, sem
reserva de poderes , pelos impetrantes (Evento 13), deve a Secretaria da 1ª Câmara
Criminal providenciar sua substituição.
Em relação à aventada ausência de fundamentação na decisão que decretou
a prisão preventiva do paciente (Evento 1, Arquivo 6), verifica-se que a autoridade
impetrada assim se pronunciou, in verbis:
“(…) Tratam-se os autos de pedido formulado pela Autoridade
Policial, Delegado de Polícia de Goianira – representando pela prisão
preventiva e busca e apreensão domiciliar em face de JARDEL DA SILVA
GIMAKAES, PAULO SÉRGIO COSTA DE SOUZA e ORLANDO
APARECIDO LOPES DE JESUS.
NR.PROCESSO: 5722800.06.2019.8.09.0000
pessoas e restrição de liberdade das vítimas ANTONIO DOMINGOS DE
CASTRO, GILBERTO ARAJUJO DE MELLO, APARECIDA MARTINS DA
SILVA MELLO e ALEXSSANDRO ARAÚJO DA SILVA, fato ocorrido no dia
01/10/2019.
NR.PROCESSO: 5722800.06.2019.8.09.0000
lei penal, como prevê o artigo 312, do Código de Processo Penal.
NR.PROCESSO: 5722800.06.2019.8.09.0000
“HABEAS CORPUS. ROUBO MAJORADO PELO CONCURSO
DE AGENTES. CORRUPÇÃO DE MENOR. AUSÊNCIA DE
FUNDAMENTAÇÃO PARA A CONSTRIÇÃO CAUTELAR. PREDICADOS
PESSOAIS. PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA. 1- A gravidade
concreta das supostas condutas, demonstrada principalmente pelo modus
operandi, constitui justificativa idônea a ensejar o decreto preventivo para a
garantia da ordem pública, mostrando-se inviável a revogação da medida
extrema fundamentadamente imposta. 2- Os bons predicados pessoais e o
princípio da presunção de não-culpabilidade, quando presentes os requisitos
da prisão preventiva, não impõem a concessão de liberdade. 3- Ordem
conhecida e denegada.” (TJGO, 1ª CÂMARA CRIMINAL, HABEAS-
CORPUS nº 121583-67.2016.8.09.0000, Rel. DR(A). LÍLIA MÔNICA
C.B.ESCHER, julgado em 05/05/2016, DJe 2033 de 23/05/2016).
NR.PROCESSO: 5722800.06.2019.8.09.0000
curso, não fazendo jus, dessa forma, a imposição de medidas previstas na Lei
12.403/11:
"3 - Bons predicados pessoais, por si sós, não ensejam a
liberdade provisória, mesmo porque, o paciente é reincidente. (…) 5-
ORDEM CONHECIDA E DENEGADA” (TJGO, 1ª CÂMARA CRIMINAL,
HABEAS-CORPUS nº 372973-63.2014.8.09.0000, Rel. DES. AVELIRDES
ALMEIDA PINHEIRO DE LEMOS, julgado em 11/11/2014, DJe 1676 de
24/11/2014).
NR.PROCESSO: 5722800.06.2019.8.09.0000
falta de provas de sua participação no crime por constituir reiteração de
pedidos, com os mesmos fundamentos. 2) Mantém-se a prisão, afastando-
se a alegação de constrangimento ilegal pela denegação do pedido de
liberdade provisória e dos embargos de declaração opostos, se as decisões
encontram-se bem fundamentadas, na presença de elementos objetivas e
concretas da necessidade de preservar o equilíbrio da ordem pública,
acautelar o meio social pela materialidade e indícios de autoria da prática
pelo paciente de roubo de veículo mediante emprego de simulacro de
armas de fogo e concurso de agentes, notoriamente causadores de
instabilidade no meio social, praticado nas proximidades do Parque
Agropecuário da cidade de Anápolis, abordado na condução da motocicleta
utilizada na ação criminosa portando o simulacro de arma, indicando o local
onde estaria a res furtiva e sendo reconhecido pela vítima, não se podendo
falar em concessão da liberdade com aplicação de medidas cautelares
diversas da prisão, eme especial porque processado por crime no mesmo
jaez. 3) ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E DENEGADA.
NR.PROCESSO: 5722800.06.2019.8.09.0000
NR.PROCESSO: 5722800.06.2019.8.09.0000
EMENTA: HABEAS CORPUS. ROUBO QUALIFICADO. EMPREGO DE
SIMULACRO DE ARMA DE FOGO E CONCURSO DE AGENTES.
REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA. PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA.
PREDICADOS PESSOAIS. NEGATIVA DE AUTORIA. NÃO
CONHECIMENTO. REITERAÇÃO DE PEDIDOS. PEDIDO DE LIBERDADE
PROVISÓRIA DENEGADO. CONSTRANGIMENTO ILEGAL.
FUNDAMENTAÇÃO. SUFICIÊNCIA. 1) Não se conhece de temática idêntica
a outra já analisada e julgada anteriormente, pelos propalados bons
predicados pessoais, a presunção de inocência, a negativa de autoria e a
falta de provas de sua participação no crime por constituir reiteração de
pedidos, com os mesmos fundamentos. 2) Mantém-se a prisão, afastando-
se a alegação de constrangimento ilegal pela denegação do pedido de
liberdade provisória e dos embargos de declaração opostos, se as decisões
encontram-se bem fundamentadas, na presença de elementos objetivas e
concretas da necessidade de preservar o equilíbrio da ordem pública,
acautelar o meio social pela materialidade e indícios de autoria da prática
pelo paciente de roubo de veículo mediante emprego de simulacro de
armas de fogo e concurso de agentes, notoriamente causadores de
instabilidade no meio social, praticado nas proximidades do Parque
Agropecuário da cidade de Anápolis, abordado na condução da motocicleta
utilizada na ação criminosa portando o simulacro de arma, indicando o local
onde estaria a res furtiva e sendo reconhecido pela vítima, não se podendo
falar em concessão da liberdade com aplicação de medidas cautelares
diversas da prisão, eme especial porque processado por crime no mesmo
jaez. 3) ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E DENEGADA.
NR.PROCESSO: 5018066.19.2020.8.09.0000
Habeas Corpus Digital n.° 5018066.19.2020.8.09.0000
Comarca : Jataí
RELATÓRIO E VOTO
Cuida-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em proveito de Adalberto Fonzar
Santos, qualificado, a pretexto de padecer constrangimento ilegal ao seu direito de locomoção
por ato do Juízo da 1ª Vara de Execução Penal da comarca de Jataí, consistente em
redistribuição do processo executivo a que o paciente respondia naquela unidade judiciária para a
comarca de Cáceres, no Estado do Mato Grosso.
Ao final foi pleiteada a concessão liminar do habeas corpus para que o processo executivo nº
27137.16.2018.8.09.0093 volte a tramitar neste Estado e para que Adalberto Fonzar Santos
cumpra o restante da pena reclusiva que lhe fora imposta pela Subseção Judiciária de Jataí em
regime prisional menos gravoso, além da confirmação do provimento unipessoal mediante
deliberação colegiada, sendo a petição inicial instruída com documentos.
NR.PROCESSO: 5018066.19.2020.8.09.0000
A Procuradoria-Geral de Justiça, por seu representante, Dr. Saulo de Castro Bezerra, manifestou-
se pelo não conhecimento da ordem (Movimentação 22).
É o breve relatório.
Passo a decidir.
Do informes prestados pela Magistrada, vê-se que “(...) no Juízo de Cáceres/MT, a MM. Juíza titular
declarou-se incompetente para processar e julgar os autos e determinou a devolução do feito a este Juízo em
29.01.2020, consoante r. Decisão do evento n° 19. Em 30.01.2020 os autos foram recebidos neste Juízo...”
Nesse sentido:
NR.PROCESSO: 5018066.19.2020.8.09.0000
HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO PENAL. PROGRESSÃO DE REGIME E LIVRAMENTO
CONDICIONAL. NÃO CONHECIMENTO FACE À INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. 1 -
Questões afetas sobre progressão de regime e livramento condicional reclamam uma análise
aprofundada do caderno probatório, não sendo possível sua apreciação na via estreita do
mandamus, até porque se trata de matéria afeta à execução penal, sendo impugnável por
meio de recurso próprio, qual seja, Agravo em Execução Penal. EXCESSO DE PRAZO PARA
ANÁLISE DOS PEDIDOS. INOCORRRÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL FACE À
COMPLEXIDADE DO FEITO. 2. Não há que se falar em excesso de prazo para o exame do
requerimento de progressão e livramento condicional, diante da necessidade de novos
cálculos, bem como porque, conforme informado pela autoridade coatora, o feito encontra-se
concluso para tal fim. ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E, NESSA EXTENSÃO,
DENEGADA. (TJGO, Habeas Corpus 5682918-37.2019.8.09.0000, Rel. Avelirdes Almeida
Pinheiro de Lemos, 1ª Câmara Criminal, julgado em 19/12/2019, DJe de 19/12/2019)
Ademais, ressai dos informes que o paciente sequer atingiu o requisito objetivo para a concessão
da progressão de regime: “Foram anexados aos autos novos cálculos feitos pelo SEEU, cujas
datas para progressão de regime e livramento condicional foram 30.04.2020 e 09.12.2023,
respectivamente (pág. 83/85 ou evento n° 03).” (informes, mov 20).
Relator
Comarca : Jataí
NR.PROCESSO: 5018066.19.2020.8.09.0000
a devolução do feito ao Juízo de Jataí, resta prejudicado o pleito referente à
redistribuição do processo. 2. Questões afetas sobre progressão de regime
reclama uma análise aprofundada do caderno probatório, não sendo
possível sua apreciação na via estreita do mandamus, até porque se trata
de matéria afeta à execução penal, sendo impugnável por meio de recurso
próprio, qual seja, Agravo em Execução Penal. ORDEM NÃO CONHECIDA.
NR.PROCESSO: 5018066.19.2020.8.09.0000
NR.PROCESSO: 5018066.19.2020.8.09.0000
EMENTA: HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO PENAL. REDISTRIBUIÇÃO
PROCESSO PARA OUTRA COMARCA. PREJUDICADO. PROGRESSÃO
DE REGIME. NÃO CONHECIMENTO FACE À INADEQUAÇÃO DA VIA
ELEITA. 1. Tendo a MM. Juíza titular da Comarca de Cáceres/MT se decla
rado incompetente para processar e julgar os autos e já tendo determinado
a devolução do feito ao Juízo de Jataí, resta prejudicado o pleito referente à
redistribuição do processo. 2. Questões afetas sobre progressão de regime
reclama uma análise aprofundada do caderno probatório, não sendo
possível sua apreciação na via estreita do mandamus, até porque se trata
de matéria afeta à execução penal, sendo impugnável por meio de recurso
próprio, qual seja, Agravo em Execução Penal. ORDEM NÃO CONHECIDA.
NR.PROCESSO: 5017834.07.2020.8.09.0000
HABEAS CORPUS n° 5017834.07.2020.8.09.0000
Comarca : Águas Lindas de Goiás
Impetrantes : Herys David Barbosa e Daniel Francisco da Silva
Paciente : Gabriel Viana da Silva
Relator : Desembargador Nicomedes Borges
RELATÓRIOeVOTO
Trata-se de Habeas Corpus liberatório, com pedido liminar impetrado pelos advogados
Herys David Barbosa e Daniel Francisco da Silva, com fundamento no artigo 648,
inciso II, do Código de Processo Penal e artigo 5º, incisos LXV e LXVIII da
Constituição Federal, em benefício de Gabriel Viana da Silva, devidamente
qualificado nos autos, apontando como autoridade coatora o MM. Juiz de Direito da
Vara Criminal da Comarca de Águas Lindas de Goiás/GO.
Narra que o paciente foi condenado nas sanções do artigo 121, § 2º, incisos II e IV do
Código Penal, à pena definitiva de 14 (catorze) anos de reclusão, em regime fechado,
sendo-lhe negado o direito de recorrer em liberdade, cuja decisão reputa ausente de
fundamentação idônea, porquanto não demonstrados objetivamente os requisitos do
artigo 312 do Código de Processo Penal, máxime em se tratando de paciente com
bons predicados pessoais. Invoca violação ao princípio da presunção de inocência.
Pondera que “o juiz, ao proferir a sentença penal condenatória, deverá se manifestar,
fundamentadamente, acerca da necessidade da imposição, ou mesmo da
manutenção, da prisão preventiva, analisando concretamente a presença dos
requisitos da cautelaridade, sob pena de se caracterizar uma odiosa antecipação da
sanção penal.”
Alega que contra o édito condenatório interpôs recurso de apelação, argumentando
que “diante do grave prejuízo relacionado com o seu direito de locomoção, neste
momento, apresenta também o presente remédio constitucional, a fim de que,
enquanto o processo não transite em julgado de forma definitiva, possa ter o seu
direito de locomoção restabelecido conforme disposição legal.”
Nas circunstâncias, pleiteia a suspensão do abuso, mediante a concessão da ordem,
liminarmente, para que seja concedido ao paciente o direito de recorrer em liberdade,
expedindo-se o competente alvará de soltura em favor dele. No mérito, pugna pela
confirmação da liminar.
NR.PROCESSO: 5017834.07.2020.8.09.0000
A inicial veio instruída com os documentos anexados digitalmente.
A liminar foi indeferida (Evento 6) e solicitadas as informações, o magistrado prestou-
as, relatando que os autos encontram-se nesta Corte, para apreciação do recurso de
apelo interposto (Evento 9).
A douta Procuradoria-Geral de Justiça, por seu representante, Dr. Vinícius Jacarandá
Maciel, opinou pelo conhecimento e denegação da ordem (Evento 12).
É o relatório.
Passo ao voto.
Trata-se de pedido de habeas corpus impetrado em favor de Gabriel Viana da Silva,
visando a concessão do direito de recorrer em liberdade, evitando-se a execução
provisória da pena imposta contra si até o trânsito em julgado da sentença
condenatória, apontando como autoridade coatora o MM. Juiz de Direito da Vara
Criminal da Comarca de Águas Lindas de Goiás/GO.
Consta do pedido que o paciente foi condenado pela autoridade impetrada nas penas
dos artigos 121, §2º, incisos II e IV, do Código Penal, homicídio qualificado pelo motivo
fútil e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, a cumprir pena de 14 (quatorze)
anos de reclusão, em regime inicial fechado, sendo-lhe negado o direito de recorrer em
liberdade, e preso preventivamente durante a sessão do Tribunal Júri no dia
15/08/2019 (Evento 1, Arquivo 2).
Em relação à insurgência contra a decisão que determinou a execução provisória da
pena imposta, negando ao paciente o direito de recorrer em liberdade, extrai-se que a
autoridade impetrada determinou a execução provisória da pena ante a confirmação
da condenação do paciente perante o Tribunal do Júri, fundamentando-a em
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, in verbis:
"De outra parte, quanto ao termo inicial de cumprimento da pena, nas Ações
Declaratórias de Constitucionalidade (ADC's) 43 e 44, o Ministro Luís
Roberto Barroso externou o entendimento de que '[a] condenação pelo
Tribunal do Júri em razão de crime doloso contra a vida deve ser executada
imediatamente, como decorrência natural da competência soberana do júri
conferida pelo art. 5º, XXXVIII, d, da Constituição Federal, posição que,
posteriormente, em 07.3.2007, prevaleceu, ao julgamento do HC
118.770/SP, pela 1 Turma do STF, externada no acórdão de cuja ementa se
extrai, 'in verbis': 'Não viola o princípio da presunção de inocência ou da não
culpabilidade a execução da condenação pelo Tribunal do Júri,
independentemente do julgamento da apelação ou de qualquer outro
recurso. Decisão alinhada com a orientação firmada no julgamento do ARE
964.246-RG, Rel. Min. Teori Zavascki' (Rel. Ministro Luís Roberto Barroso).
(...)
NR.PROCESSO: 5017834.07.2020.8.09.0000
do Júri, o Tribunal não poderá reapreciar os fatos e provas, na medida em
que a responsabilidade penal do réu já foi assentada soberanamente pelo
Tribunal Popular, consoante dispõe o art. 5º, XXXVIII, 'c', da Constituição
Federal.
Nos termos do parágrafo primeiro do artigo 387 do Código de Processo Penal, "o juiz
decidirá, fundamentadamente, sobre a manutenção ou, se for o caso, imposição de
prisão preventiva ou de outra medida cautelar, sem prejuízo do conhecimento da
apelação que vier a ser interposta".
A Lei 11.719/08, ao alterar o mencionado artigo, prevê a obrigatoriedade do
magistrado sentenciante fundamentar a decretação, bem como a manutenção do
condenado em cárcere com base nos requisitos autorizadores da prisão preventiva,
insculpidos no artigo 312 do Código de Processo Penal.
Consabido que é possível a privação cautelar da liberdade, desde que demonstrada
NR.PROCESSO: 5017834.07.2020.8.09.0000
sua imprescindibilidade, e, na espécie, constatando-se que, na sentença atacada, esta
se encontra suficientemente fundamentada, não constitui constrangimento ilegal a
execução provisória da pena a que condenado o paciente, uma vez que ficou
justificado pelo sentenciante a necessidade da custódia cautelar para a preservação
da ordem pública, haja vista a gravidade do crime perpetrado (homicídio duplamente
qualificado) e a pena imposta (14 anos de reclusão, em regime fechado).
Ao contrário do que alega o paciente, inexiste ilegalidade a ser sanada, uma vez que
encontra-se em harmonia com paradigmas perante o Superior Tribunal de Justiça e
Supremo Tribunal Federal, em detrimento do entendimento de que somente poderia
ser determinada após confirmação da sentença condenatória em segunda instância.
Esclareça-se que, a referida tese jurídica não destoa daquela firmada pelo Plenário do
Supremo Tribunal Federal no HC nº 126292, tanto que devidamente ressalvada pelo
seu Presidente, Ministro Dias Toffoli, autorizando o início da execução da pena
privativa de liberdade, sem a necessidade de confirmação da sentença em segundo
grau, quando se tratar de crime doloso contra a vida.
Considerando que, apesar de o paciente ter respondido grande parte do processo
solto, mas em virtude da gravidade concreta da conduta, não há espaço para o
recurso em liberdade, notadamente quando já determinada a expedição da Guia de
Execução Provisória da Pena, conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça:
"2. É da jurisprudência das Turmas que compõem a Terceira Seção deste
Superior Tribunal a permissividade de se negar ao acusado o direito de
recorrer solto da sentença condenatória, se presentes os motivos para a
segregação preventiva, ainda que o réu tenha permanecido solto durante a
persecução penal" (STJ, 5ª Turma, RHC 100.750/SC, Rel. Ministro
REYNALDO SOARES DA FONSECA, julgado em 21/08/2018, DJe
29/08/2018). 3. Há gravidade concreta a embasar a decretação da
preventiva o emprego de diversos disparos de arma de fogo à prática de
homicídio qualificado, com a intenção de afastar qualquer chance de
sobrevivência, ainda mais quando motivado pela cobrança de dívidas do
tráfico de drogas. (...) 5. Demonstrada a imprescindibilidade da segregação
provisória, está clara a insuficiência das medidas cautelares diversas da
prisão à proteção da ordem pública. 6. Condições pessoais favoráveis não
têm o condão de, isoladamente, desconstituir a prisão preventiva, quando há
elementos hábeis que autorizam a manutenção da medida extrema..." (STJ,
5ª Turma, RHC 93.520/RS, Rel. Ministro JORGE MUSSI, julgado em
12/02/2019, DJe 21/02/2019).
NR.PROCESSO: 5017834.07.2020.8.09.0000
(STJ, 6ª Turma, HC 436.631/CE, Rel. Ministra LAURITA VAZ, julgado em
06/11/2018, DJe 22/11/2018).
Ademais, verifica-se que não foi carreada documentação para comprovação dos bons
predicados pessoais, não fazendo jus, dessa forma, à imposição das medidas
previstas na Lei 12.403/11, em especial porque por si sós não fazem jus à liberdade se
presentes os elementos para a decretação da prisão preventiva.
NR.PROCESSO: 5017834.07.2020.8.09.0000
Destarte, ante os fundamentos acima elencados, vê-se que o paciente não está
sofrendo constrangimento ilegal a ser amparado pelo presente writ.
Ao teor do exposto, acolhendo o parecer da douta Procuradoria-Geral de Justiça,
conheço da ordem impetrada, e a denego.
É como voto.
Goiânia, 13 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 5017834.07.2020.8.09.0000
GABRIEL VIANA DA SILVA.
ACORDA, o Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, pelos integrantes da 1ª
Câmara Criminal, na conformidade da ata de julgamento, por unanimidade de votos e,
acolhendo o parecer ministerial, em conhecer da ordem impetrada e denega-lá,
conforme voto do relator.
Participaram do julgamento e votaram com o Relator os Desembargadores Ivo Fávaro,
Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos e J. Paganucci Jr, que também presidiu a
sessão e o Dr. Sival Guerra Pires Substituto do Desembargado Itaney Francisco
Campos.
Esteve presente à sessão de julgamento o nobre Procurador de Justiça Doutor
Aguinaldo Bezerra Lino Tocantins.
NR.PROCESSO: 5017834.07.2020.8.09.0000
EMENTA: HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO DUPLAMENTE QUALIFICADO.
SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA. PRISÃO DETERMINADA PARA A
EXECUÇÃO PROVISÓRIA DA PENA. AFRONTA AO PRINCÍPIO DA NÃO
CULPABILIDADE. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO EVIDENCIADO.
PREDICADOS PESSOAIS. NÃO COMPROVAÇÃO. 1) A circunstância de o
réu ter respondido solto ao processo não obsta que lhe seja negado o apelo
em liberdade, quando a prisão preventiva é justificada em sua real
indispensabilidade. 2) Hipótese em que a custódia cautelar foi decretada
quando da condenação do paciente à pena de 14 anos de reclusão, pela
prática do crime de homicídio duplamente qualificado, para o resguardo da
ordem pública, em razão dos fundados receios de renitência delitiva e da
gravidade concreta do fato delituoso, deve ser mantida a decisão que nega
ao réu o direito de recorrer em liberdade, posto que suficientemente
fundamentada. 3) Não fere o princípio da presunção de inocência a vedação
do direito de recorrer em liberdade, se presentes os motivos legalmente
exigidos para a custódia cautelar. 4) Condições pessoais favoráveis não têm
o condão de, isoladamente, desconstituir a prisão preventiva, máxime
quando não comprovados, quando há elementos hábeis que autorizam a
manutenção da medida extrema. 5) ORDEM CONHECIDA E DENEGADA.
NR.PROCESSO: 5050670.33.2020.8.09.0000
HABEAS CORPUS N° 5050670.33.2020.8.09.0000
Comarca : Caldas Novas
Impetrantes : Lucas Morais Souza e outra
Paciente : Bruno Lemos dos Santos
Relator : Desembargador Nicomedes Borges
RELATÓRIOeVOTO
NR.PROCESSO: 5050670.33.2020.8.09.0000
assentou que o cidadão só poderá ser conduzido ao cárcere quando esvaído todas as
vias recursais.
Aventa que a decisão que converteu a prisão em flagrante em preventiva em audiência
de custódia (Evento 1: Arquivo 5), não contém fundamentação idônea, ausentes os
requisitos do artigo 312 do Código de Processo Penal, não comprovada a necessidade
de se garantir a ordem pública, pela gravidade do crime, a instrução criminal e
assegurar a aplicação da lei penal, devendo ser estendido os efeitos da concessão da
liberdade em favor do corréu Ronan Magela da Silva, a teor do artigo 580 do Código
de Processo Penal, porque o paciente preenche todos os requisitos para responder ao
processo em liberdade, em razão de seus predicados pessoais favoráveis e da
presunção de inocência.
Ao final, requerem que seja concedida a ordem liminarmente, revogando-se a custódia
preventiva, expedindo-se alvará de soltura. Pugnam, ainda, pela intimação pessoal da
data da sessão de julgamento, para oferecerem sustentação oral.
A inicial foi instruída com os documentos encaminhados digitalmente (Evento 1).
A liminar foi indeferida (Evento 4). Solicitadas as informações, o magistrado prestou-as
(Evento 7).
A douta Procuradoria-Geral de Justiça, por seu representante, Dr. Abreu e Silva,
opinou pelo conhecimento e a denegação da ordem impetrada (Evento 10).
É o relatório.
Passo ao voto.
Trata-se de pedido de habeas corpus impetrado em favor de Bruno Lemos dos
Santos, visando a revogação da prisão preventiva por ausência de motivos para a
manutenção da segregação, aduzindo a nulidade do fragrante, porque violado o seu
domicílio, negando a traficância, bem como excesso de prazo para o fim da instrução,
indicando como autoridade coatora a MMª. Juíza de Direito em Substituição na 3ª Vara
Criminal da Comarca de Caldas Novas, Dra. Fábiola Fernanda Feitosa de Medeiros
Pitangui.
No que tange à propalada falta de provas da traficância, pela pequena quantidade
apreendida consigo, de logo, pondero que a ordem não deve ser conhecida nestas
partes.
É cediço que a via estreita do Habeas Corpus, por ter rito célere, é imprópria para a
dilação de provas quanto às efetivas circunstâncias que nortearam a prática da
infração penal, sendo inviável a discussão do mérito, uma vez que não comporta
questão que, para seu deslinde, demanda exame aprofundado do conjunto fático-
probatório, sendo peculiar ao processo de conhecimento.
A propósito, trago à colação aresto desta Corte de Justiça:
“ HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. PRISÃO PREVENTIVA.
NEGATIVA DE AUTORIA. DESCLASSIFICAÇÃO PARA USO. AUSÊNCIA
DE FUNDAMENTAÇÃO. PREDICADOS PESSOAIS. PRESUNÇÃO DE
INOCÊNCIA. 1 - Não cabe análise acerca da negativa de autoria ou
desclassificação para usuário, por ser questão que não pode ser dirimida na
NR.PROCESSO: 5050670.33.2020.8.09.0000
via sumária do habeas corpus, em razão de demandar o reexame
aprofundado das provas colhidas no curso da instrução criminal. (…)”
(TJGO, 1ª Câmara Criminal, HABEAS-CORPUS nº 214864-
82.2013.8.09.0000, Rel. DES. J. PAGANUCCI JR., julgado em 11/07/2013,
DJe 1360 de 08/08/2013).
NR.PROCESSO: 5050670.33.2020.8.09.0000
Como as buscas realizadas na residência do paciente decorreram de fundados
motivos para a sua realização, não existe ilegalidade a ser proclamada, neste remédio
heroico, pois havia fundados elementos a demonstrar o estado de flagrância,
validando o ingresso na residência do paciente, nos termos do artigo 5º, inciso XI da
Constituição Federal.
Não é outro o entendimento desta Colenda Câmara:
"HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. POSSE ILEGAL DE
MUNIÇÃO. NEGATIVA DE AUTORIA. ILICITUDE DA PROVA. TORTURA.
INVASÃO DOMICILIAR. NULIDADE DA PRISÃO EM FLAGRANTE.
INCOMPETÊNCIA DO JUÍZO. RESTITUIÇÃO DE COISAS APREENDIDAS.
NÃO CONHECIMENTO. PRISÃO PREVENTIVA. REQUISITOS DO ART.
312 DO CPP. 1- O habeas corpus não é a via adequada para análise de
matérias que exigem dilação probatória, mormente quando se tratam de
alegações desprovidas de prova pré-constituída. 2- Não há que se falar em
ilegalidade da prisão em flagrante, quando ocorrido dentro das situações
previstas no artigo 302, do CPP. Além disso, eventual irregularidade
decorrente da sua lavratura, fica superada com a superveniência de novo
título prisional que é a sua conversão em custódia preventiva. 3- Os delitos
de tráfico de drogas e posse irregular de arma de fogo são de natureza
permanente, cuja consumação se prolonga no tempo, de modo que a busca
domiciliar que culmina com a prisão em flagrante do acusado não constitui
ilegalidade, pois nesta circunstância, a teor do disposto no art. 5º, XI, da CF,
está autorizado o ingresso em domicílio alheio, ainda que sem mandado
judicial, bastando a existência de fundadas razões. Precedentes STF e
STJ..." (TJGO, 1ª Câmara Criminal, Habeas Corpus 5514969-
22.2018.8.09.0000, Rel. JOSÉ PAGANUCCI JÚNIOR, julgado em
14/11/2018, DJe de 14/11/2018).
Consta dos autos que a polícia militar recebeu denúncias de que o autuado Brunno
comercializava drogas no setor “Nordestino”. Após monitoramento no local, ficou constatado
movimentação típica de tráfico.
Questionado pelos milicianos, o autuado Ronan informou que 12 (doze) porções da droga
retromencionada, com peso total de 300 g (trezentas gramas), pertencia a Brunno,
NR.PROCESSO: 5050670.33.2020.8.09.0000
cognominado Negueba, fato confirmado pelos policiais, após verificarem mensagens
telefônicas trocadas entre os autuados.
Com o advento da Lei Federal nº. 12. 403/11, ao receber o comunicado de prisão flagrancial,
o juiz dispõe basicamente de três caminhos: I - relaxa a prisão ilegal; II - converte a prisão em
flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 do CPP, e se
revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou III -
concede liberdade provisória, com ou sem fiança.
Pois bem.
NR.PROCESSO: 5050670.33.2020.8.09.0000
País, de modo que a liberdade dos suspeitos representa fundado perigo à sociedade em
geral, principalmente entre os jovens e as suas mazelas na sociedade.
Desse modo, o trato judicial em relação aos crimes de tráfico de entorpecentes precisa ser
severo, obviamente respeitados os limites da legalidade, a fim de efetivamente coibir a sua
prática e minorar os efeitos devassadores que deles decorrem para a população
caldasnovense.
Ademais, a periculosidade social dos agentes restou plenamente evidenciada através das
próprias circunstâncias do delito, concretamente apuradas, em razão da quantidade de drogas
encontradas com os flagrados (vide termo de exibição e apreensão de f. 19), o que são
fatores indicativos de probabilidade concreta de continuidade no cometimento da referida
infração.
Além disso, o autuado Brunno Lemos dos Santos ostenta anotação em sua folha de
antecedentes criminais, por sua prática do crime de tráfico de drogas, perante o qual fora
condenado (autos nº 2018.0076.1516).
A manutenção da prisão dos flagrados justifica-se, por fim, para assegurar a futura aplicação
da lei penal, porquanto não há nenhum elemento que indique que os mesmos permanecerão
no distrito da culpa se forem colocados em liberdade, mormente por não possuírem raízes
nesta cidade, o que pode representar embaraços à instrução do processo.
Além disso, a imprescindibilidade da instrução criminal também precisa ser invocada, com o
objetivo de preservar a prova processual, garantindo sua regular aquisição, conservação e
veracidade, imune a qualquer possível ingerência por parte dos investigados.
ANTE O EXPOSTO:
NR.PROCESSO: 5050670.33.2020.8.09.0000
Apreciando a decisão proferida, verifica-se que se encontra fundamentada na garantia
da ordem pública e da instrução criminal, para assegurar a aplicação da lei penal e em
razão da inadequação de outras medidas cautelares, e justifica fundamentadamente a
necessidade concreta de se manter a segregação do paciente se valendo da
gravidade delitiva, tráfico de drogas (342,5g de maconha) e receptação, além do
modus operandi do acusado, indicativos da traficância, com a colaboração do
coinvestigado Ronan Magela da Silva, e para acautelar o meio social, porque possuiu
outra condenação pelo mesmo crime (Arquivo 1: 14_proc.parte14.pdf), preenchendo
todos os requisitos legais necessários.
Esclareça-se que os paradigmas do Supremo Tribunal Federal, nos julgamentos das
ADC 44 e 54, não possuem nenhuma correlação com as hipóteses de prisões devido a
incidentes cautelares (flagrante, temporária, preventiva), se tratando de possibilidade
de execução provisória de pena imposta em sentença condenatória.
A meu ver, não evidenciada ilegalidade a reclamar a sua desconstituição,
compatibilizada a decisão com os artigos 5º, inciso LXI, e 93, inciso IX, da Constituição
Federal, e artigos 312 e 313 do Código de Processo Penal.
Ademais, o pressuposto da ordem pública é a hipótese de interpretação mais extensa
da análise da prisão preventiva, porque a gravidade concreta do crime, bem como a
patente reiteração criminosa, respaldam a prisão preventiva.
Nesse sentido, tem decidido esta Colenda Câmara:
“HABEAS CORPUS. PRISÃO EM FLAGRANTE DELITO. TRÁFICO ILÍCITO
DE ENTORPECENTES. (...) AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO DAS
DECISÕES. PREDICADOS PESSOAIS. PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE
INOCÊNCIA. REGIME MAIS BRANDO OU SUBSTITUIÇÃO DA PENA
PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVAS DE DIREITOS. (...) 2-
Desmerecem alterações as decisões que, analisando os elementos dos
autos, converte a prisão flagrancial em preventiva e indefere pedido de
revogação da custódia, tendo em conta os requisitos da prisão
preventiva, especialmente a garantia da ordem pública, em razão da
natureza e significativas quantidades das substâncias entorpecentes
apreendidas em poder do paciente, o que conciliado com a apreensão
de uma balança de precisão (...), indicam sua periculosidade, não
havendo que se falar em conflito entre as decisões atacadas e o
princípio constitucional da presunção de inocência. (…) 5- Ordem
denegada.” (TJGO, 1ª CÂMARA CRIMINAL, HABEAS-CORPUS nº 128698-
13.2014.8.09.0000, Rel. DES. J. PAGANUCCI JR., julgado em 13/05/2014,
DJe 1554 de 02/06/2014).
NR.PROCESSO: 5050670.33.2020.8.09.0000
decisão combatida calcada em fundamento concreto em face do
comprovado risco à ordem pública, consubstanciado pela gravidade
concreta do delito evidenciado pela grande quantidade e diversidade
de drogas apreendidas, não se há falar em constrangimento ilegal a ser
sanado pela via mandamental. 2- As condições pessoais favoráveis,
mesmo quando comprovadas, por si mesmas, não garantem eventual direito
em responder ao processo em liberdade, sobretudo se a prisão faz-se
necessária para a garantia da ordem pública. 3- Apesar de o Supremo
Tribunal Federal considerar que a vedação legal à liberdade provisória é
inconstitucional, admite a manutenção da custódia do paciente se presentes
os requisitos autorizadores da prisão preventiva. 4- Não há que se falar em
ofensa aos princípios da presunção de inocência, do devido processo legal e
da dignidade da pessoa humana, pois o inciso LXI do artigo 5º da
Constituição Federal permite a possibilidade de prisão por ordem escrita e
fundamentada da autoridade competente, requisito implementado no caso.
ORDEM CONHECIDA E DENEGADA.” (TJGO, 1ª CÂMARA CRIMINAL,
HABEAS-CORPUS nº 123921-82.2014.8.09.0000, de minha relatoria,
julgado em 01/07/2014, DJe 1587 de 18/07/2014).
E por ser corolário dessa minha convicção, no sentido de que a segregação provisória
do paciente é o instrumento imprescindível para se preservar a ordem pública do
possível cometimento de novas ações delituosas por parte do custodiado, é que vejo a
impossibilidade de substituir a medida cautelar extrema por outra menos invasiva,
constante no artigo 319 do Código de Processo Penal.
De outro ângulo, o princípio da presunção de inocência mencionado pela defesa deve
ser observado, não se olvidando, no entanto, que preenchidos os requisitos para a
prisão preventiva não ocorre violação ao referido princípio se essa for decretada,
mormente por não possuir caráter condenatório, conforme Súmula 9 do Superior
Tribunal de Justiça e julgados desta Colenda Câmara, verbis:
“ HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. PRISÃO PREVENTIVA.
FUNDAMENTAÇÃO NOS REQUISITOS DO ART. 312, DO CPP.
INEXISTÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. Não há falar em
arbitrariedade ou excesso na segregação, se mantida por se encontrarem
presentes requisitos da prisão preventiva, quais sejam, garantia da ordem
pública, conveniência da instrução criminal e para assegurar a aplicação da
lei penal, inexistindo ofensa ao princípio da presunção de inocência.
ORDEM INDEFERIDA.” (TJGO, 1ª CÂMARA CRIMINAL, HABEAS-
CORPUS nº 76267-36.2013.8.09.0000, Rel. DES. ITANEY FRANCISCO
CAMPOS, julgado em 04/04/2013, DJe 1286 de 18/04/2013).
NR.PROCESSO: 5050670.33.2020.8.09.0000
12.403/11:
“HABEAS CORPUS. CRIMES DE TRÁFICO ILÍCITO DE
ENTORPECENTES E ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO.
INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE REVOGAÇÃO DA CONSTRIÇÃO
CAUTELAR. DECISÃO FUNDAMENTADA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL
NÃO CARACTERIZADO. (…) BONS PREDICADOS. REINCIDÊNCIA
DEMONSTRADA. 3 - Bons predicados pessoais, por si sós, não ensejam a
liberdade provisória, mesmo porque, o paciente é reincidente. (…) 5-
ORDEM CONHECIDA E DENEGADA” (TJGO, 1ª CÂMARA CRIMINAL,
HABEAS-CORPUS nº 372973-63.2014.8.09.0000, Rel. DES. AVELIRDES
ALMEIDA PINHEIRO DE LEMOS, julgado em 11/11/2014, DJe 1676 de
24/11/2014).
NR.PROCESSO: 5050670.33.2020.8.09.0000
autos.
Portanto, apesar do excedimento, incide, in casu, a Súmula 64 do Superior Tribunal de
Justiça, encontrando-se justificada a vulneração temporal, conforme entendimento
desta Colenda Câmara, verbis:
“(...) 2- É aplicável o princípio da razoabilidade quanto ao excesso de prazo,
em razão da complexidade do feito, com pluralidade de processados e
necessidade de expedição de carta precatória para oitiva de testemunhas,
inclusive, arroladas pela defesa, justificando o retardo na marcha
processual. 3- A manutenção da segregação cautelar não fere o princípio
constitucional da dignidade da pessoa humana quando presentes os
requisitos ensejadores da medida, nos termos do artigo 5º, inciso LXI, da
Constituição Federal. 4- Ordem conhecida e denegada.” (TJGO, 1ª
CÂMARA CRIMINAL, HABEAS-CORPUS Nº11651-47.2016.8.09.0000, Rel.
DES. J. PAGANUCCI JR., julgado em 04/02/2016, DJe 1984 de
08/03/2016).
Ante os fundamentos acima elencados, vê-se que o paciente não está sofrendo, por
enquanto, constrangimento ilegal a ser amparado pelo presente writ.
Ao teor do exposto, acolhendo em parte o parecer da douta Procuradoria-Geral de
Justiça, conheço parcialmente da ordem impetrada e, na parte conhecida, a denego.
É como voto.
Goiânia, 13 de fevereiro de 2020.
Desembargador Nicomedes Borges
Relator
HABEAS CORPUS N° 5050670.33.2020.8.09.0000
Comarca : Caldas Novas
Impetrantes : Lucas Morais Souza e outra
Paciente : Bruno Lemos dos Santos
Relator : Desembargador Nicomedes Borges
NR.PROCESSO: 5050670.33.2020.8.09.0000
FUNDAMENTAÇÃO. SUFICIÊNCIA. PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA.
PREDICADOS PESSOAIS. NÃO COMPROVAÇÃO.. 1) Se a apreensão
policial foi realizada em contexto de flagrância delitiva, uma vez que a
infração tipificada no artigo 33 da Lei 11.343/06, quanto ao núcleo verbal
manter em depósito, é de natureza permanente, e a própria Constituição
Federal autoriza (artigo 5º, inciso XI) o adentramento domiciliar sem
mandado judicial nos casos de flagrante delito, além de os elementos de
convicção coletados na fase investigatória darem conta da existência de
justa causa autorizadora da entrada do Estado na casa do paciente, não se
há de cogitar de nulidade da detenção flagrancial, em especial se a custódia
já foi convertida em preventiva. 2) Não há que se falar em ilegalidade da
prisão em flagrante, quando ocorrido dentro das situações previstas no
artigo 302 do Código de Processo Penal. 3) Mantém-se a prisão, afastando-
se a alegação de ilegalidade do constrangimento, se demonstradas, por
situações objetivas e concretas, a necessidade de preservar o equilíbrio da
ordem pública, acautelar o meio social, tendo em vista a gravidade do crime
pelo modus operandi, tráfico de drogas (45,013g de cocaína), e a
possibilidade de reiteração, uma vez que foi encontrada balança de
precisão, além de possui outras ações penais em curso pelo mesmo crime
em duas comarcas diversas, notoriamente causadores de instabilidade no
meio social. 4) Não há que se falar em ofensa ao Princípio da Presunção de
Inocência, pois o inciso LXI do artigo 5º da Constituição Federal, permite a
possibilidade de prisão por ordem escrita e fundamentada da autoridade
competente, requisito implementado no caso. 5) Não comprovadas a
condições pessoais favoráveis, não faz jus o paciente à imposição de
medidas cautelares diversas da prisão, quando a medida constritiva se
mostra em estrita observância dos requisitos listados no artigo 312 do
Código de Processo Penal. 6) ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E
DENEGADA.
NR.PROCESSO: 5050670.33.2020.8.09.0000
Goiânia, 13 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 5050670.33.2020.8.09.0000
NR.PROCESSO: 5050670.33.2020.8.09.0000
EMENTA: HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. PRISÃO EM
FLAGRANTE CONVERTIDA EM PREVENTIVA. NULIDADE. AUSÊNCIA
DO ESTADO DE FLAGRÂNCIA. VIOLAÇÃO DOMICÍLIO. OBTENÇÃO DE
PROVAS ILÍCITAS. CUSTÓDIA CONVERTIDA EM PREVENTIVA.
REVOGAÇÃO. CONCESSÃO DE MEDIDAS CAUTELARES. NEGA.
FUNDAMENTAÇÃO. SUFICIÊNCIA. PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA.
PREDICADOS PESSOAIS. NÃO COMPROVAÇÃO.. 1) Se a apreensão
policial foi realizada em contexto de flagrância delitiva, uma vez que a
infração tipificada no artigo 33 da Lei 11.343/06, quanto ao núcleo verbal
manter em depósito, é de natureza permanente, e a própria Constituição
Federal autoriza (artigo 5º, inciso XI) o adentramento domiciliar sem
mandado judicial nos casos de flagrante delito, além de os elementos de
convicção coletados na fase investigatória darem conta da existência de
justa causa autorizadora da entrada do Estado na casa do paciente, não se
há de cogitar de nulidade da detenção flagrancial, em especial se a custódia
já foi convertida em preventiva. 2) Não há que se falar em ilegalidade da
prisão em flagrante, quando ocorrido dentro das situações previstas no
artigo 302 do Código de Processo Penal. 3) Mantém-se a prisão, afastando-
se a alegação de ilegalidade do constrangimento, se demonstradas, por
situações objetivas e concretas, a necessidade de preservar o equilíbrio da
ordem pública, acautelar o meio social, tendo em vista a gravidade do crime
pelo modus operandi, tráfico de drogas (45,013g de cocaína), e a
possibilidade de reiteração, uma vez que foi encontrada balança de
precisão, além de possui outras ações penais em curso pelo mesmo crime
em duas comarcas diversas, notoriamente causadores de instabilidade no
meio social. 4) Não há que se falar em ofensa ao Princípio da Presunção de
Inocência, pois o inciso LXI do artigo 5º da Constituição Federal, permite a
possibilidade de prisão por ordem escrita e fundamentada da autoridade
competente, requisito implementado no caso. 5) Não comprovadas a
condições pessoais favoráveis, não faz jus o paciente à imposição de
medidas cautelares diversas da prisão, quando a medida constritiva se
mostra em estrita observância dos requisitos listados no artigo 312 do
Código de Processo Penal. 6) ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E
DENEGADA.
NR.PROCESSO: 5055748.08.2020.8.09.0000
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador Ivo Favaro
DECISÃO MONOCRÁTICA
Afirma que a droga pertencia ao seu filho Diego, tanto que sequer foi
indiciada; alega ausência dos requisitos do artigo 312 do Código de Processo Penal,
com destaque que a paciente tem bons predicados pessoais e não tem intenção de se
furtar à aplicação da lei penal.
Juntou documentos.
NR.PROCESSO: 5055748.08.2020.8.09.0000
Informações prestadas pela autoridade coatora (evento 07).
É o relatório.
Decido.
Intime-se.
10
NR.PROCESSO: 5050418.30.2020.8.09.0000
HABEAS CORPUS Nº 5050418.30.2020.8.09.0000
COMARCA DE MINEIROS
DESPACHO
GEORGE SANTOS PEREIRA, advogado inscrito na OAB/GO sob o nº 49.052, impetra a presente ordem de
habeas corpus liberatória, com pedido de apreciação em caráter liminar, em proveito de WELLINGTON GUILHERME
PEREIRA NUNES, sob a alegação de que está sofrendo constrangimento ilegal por ato do juízo criminal da Comarca de
Mineiros.
Intime-se o advogado George Santos Pereira (OAB/GO n. 49.052 ) para, querendo, sustentar
oralmente suas razões.
RELATOR
8 - RDF
NR.PROCESSO: 5083129.88.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador J. Paganucci Jr.
HABEAS CORPUS
Número : 5083129.88.2020.8.09.0000
Comarca : GOIÂNIA
DECISÃO MONOCRÁTICA
Trata-se de habeas corpus liberatório, com pedido expresso de liminar, impetrado pelo
advogado GILBERTO ORTIZ DA CRUZ com fundamento nos artigos 5º, inciso LXVIII, da
Constituição Federal, e 648, inciso II, do Código de Processo Penal, em benefício de WILLIAN
GONÇALVES DIAS, devidamente qualificado, indicando como autoridade coatora o juízo da 10ª
Vara Criminal da comarca de Goiânia.
Extrai-se da peça preambular que o paciente foi preso em flagrante, no dia 12/02/2020,
por suposta prática do crime previsto no artigo 33, caput, da Lei 11.343/06.
Ao final, requer a concessão da ordem liminar de habeas corpus para revogar a prisão
preventiva, expedindo-se o respectivo alvará de soltura em favor do paciente, e a sua
confirmação na análise de mérito.
Relatado.
Decide-se.
Inicialmente, convém destacar que o Órgão Especial deste Tribunal de Justiça, por
NR.PROCESSO: 5083129.88.2020.8.09.0000
meio da emenda regimental 01, de 14/05/2014, deu nova redação ao artigo 235, I, do RITJGO,
passando a dispor que o relator poderá “indeferir liminarmente a petição inicial quando
manifestamente inadmissível, não preencher os requisitos exigidos ou não estiver instruída com
os documentos indispensáveis”.
De acordo com o artigo 660, § 2º, do Código de Processo Penal, incumbe ao impetrante
instruir a petição de habeas corpus com os documentos necessários a evidenciar a ilegalidade da
coação imposta à paciente, devendo a prova ser produzida antecipadamente, não se admitindo
posterior instrução.
Como se sabe, a via estreita do writ não admite dilação probatória, reclamando prova
pré-constituída acerca da ilegalidade da prisão antecipada a que submetido o paciente,
principalmente os documentos que a materializam, cuja ausência acarreta o não conhecimento do
pedido.
FOX
NR.PROCESSO: 5015135.43.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador J. Paganucci Jr.
HABEAS CORPUS
Número : 5015135.43.2020.8.09.0000
DESPACHO
NR.PROCESSO: 5009609.95.2020.8.09.0000
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
PACIENTE:THIAGO DA SILVA
RELATÓRIO E VOTO
Trata-se de ordem liberatória de Habeas Corpus, com pedido de liminar, impetrada pelo
advogado Itamar de Moraes Cardoso, inscrito na OAB/GO sob o nº 54.144, em favor de THIAGO
DA SILVA, já qualificado nos autos em epígrafe, com fundamento nos artigos 647 e 648, ambos
do Código de Processo Penal, e artigo 5º, inciso LXVIII, da Constituição Federal, ao argumento
de que o paciente está sofrendo constrangimento ilegal, apontando como autoridade coatora o
Juiz do Juizado da Violência Doméstica e Familiar da Comarca de Rio Verde-GO.
Extrai-se dos autos que o paciente foi preso em razão de mandado de prisão
decorrente do descumprimento de medidas protetivas concedidas nos autos de ação penal no
âmbito da violência doméstica, sendo mantida a prisão em audiência de custódia realizada no dia
23.12.2019.
Aduz que o paciente é de boa índole, trabalhador, religioso, com residência fixa e não
oferece nenhum risco à ordem pública e que não estão presentes os requisitos da prisão
preventiva (artigo 312 do Código de Processo Penal).
Afirma que o paciente tem emprego lícito, é primário, nunca tendo desviado seu caráter
e comportamento para a vertente criminosa, tratando-se de inverdades, em que a suposta vítima
pretende prejudicar o paciente.
Alega que a prisão decretada fere o princípio da proporcionalidade, uma vez que é mais
gravosa que eventual sentença condenatória e regime a ser fixado.
NR.PROCESSO: 5009609.95.2020.8.09.0000
Ao final, pretende a concessão do presente mandamus, em sede de liminar, a fim de
que seja revogada a prisão preventiva do paciente e substituída por cautelares diversas da
prisão, com a consequente expedição do Alvará de Soltura em seu favor.
É O RELATÓRIO.
PASSA-SE AO VOTO.
A propósito, confira-se:
NR.PROCESSO: 5009609.95.2020.8.09.0000
a prisão cautelar, tendo em vista o descumprimento de medidas protetivas anteriormente
aplicadas. In verbis:
NR.PROCESSO: 5009609.95.2020.8.09.0000
A decisão que indeferiu o pedido de revogação:
NR.PROCESSO: 5009609.95.2020.8.09.0000
naquele momento no local.
Desta forma, não caracteriza constrangimento ilegal a decisão que decreta a prisão
preventiva do paciente, devendo subsistir o enclausuramento pela presença de motivação idônea
para a restrição da sua liberdade, sendo incompatível, portanto, a aplicação de medidas
cautelares previstas no artigo 319, do Código de Processo Penal.
Quanto aos alegados bons predicados pessoais, ainda que demonstrados, por si sós,
não obstam a manutenção da constrição cautelar.
NR.PROCESSO: 5009609.95.2020.8.09.0000
Da afronta ao princípio da proporcionalidade.
Sobre o tema:
Écomo voto.
RELATORA
(05/03)
PACIENTE:THIAGO DA SILVA
NR.PROCESSO: 5009609.95.2020.8.09.0000
RELAÇÃO ÍNTIMA DE AFETO. NEGATIVA DE
AUTORIA. 1 – A via estreita do Habeas Corpus, por ser
de rito célere, é imprópria para dilação de provas quanto à
alegação de que não praticou os fatos imputados.
DECRETO DE PRISÃO PREVENTIVA.
INDEFERIMENTO DE PEDIDO DE REVOGAÇÃO DA
CAUTELAR CONSTRITIVA. DECISÕES
DESFUNDAMENTADAS. CONSTRANGIMENTO ILEGAL
NÃO CARACTERIZADO. 2 – Estando a segregação do
paciente e sua manutenção alicerçadas na garantia da
ordem pública e da instrução criminal, bem como na
efetividade das medidas protetivas anteriormente
aplicadas, já que estas não se mostraram suficientes para
coibir a violência praticada contra a vítima, a quem
continuou a importunar, a manutenção da custódia
cautelar é medida que se impõe, com fulcro no art. 313,
III, do CPP. BONS PREDICADOS. INSUFICIÊNCIA. 3 –
Bons predicados pessoais, por si sós, não ensejam a
liberdade provisória, especialmente quando demonstrada
a imprescindibilidade da custódia cautelar. AFRONTA AO
PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE.
INOCORRÊNCIA. 4 – Importa salientar que a via estreita
do Writ é inconciliável com o exame aprofundado da
prova, inadmitindo, assim, a aferição do conteúdo material
do processo quanto à alegação do impetrante de que,
caso o paciente seja condenado, o regime de
cumprimento de pena será mais brando que o fechado,
visto que se trata de matéria meritória a ser analisada no
juízo de origem e que demanda dilação probatória.
ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E DENEGADA.
ACÓRDÃO
RELATORA
NR.PROCESSO: 5009609.95.2020.8.09.0000
NR.PROCESSO: 5009609.95.2020.8.09.0000
EMENTA: HABEAS CORPUS. CRIME DE AMEAÇA E LESÃO CORPORAL PRATICADO EM
ÂMBITO DE RELAÇÃO ÍNTIMA DE AFETO. NEGATIVA DE AUTORIA. 1 – A via estreita do
Habeas Corpus, por ser de rito célere, é imprópria para dilação de provas quanto à alegação de
que não praticou os fatos imputados. DECRETO DE PRISÃO PREVENTIVA. INDEFERIMENTO
DE PEDIDO DE REVOGAÇÃO DA CAUTELAR CONSTRITIVA. DECISÕES
DESFUNDAMENTADAS. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO CARACTERIZADO. 2 –
Estando a segregação do paciente e sua manutenção alicerçadas na garantia da ordem pública e
da instrução criminal, bem como na efetividade das medidas protetivas anteriormente aplicadas,
já que estas não se mostraram suficientes para coibir a violência praticada contra a vítima, a
quem continuou a importunar, a manutenção da custódia cautelar é medida que se impõe, com
fulcro no art. 313, III, do CPP. BONS PREDICADOS. INSUFICIÊNCIA. 3 – Bons predicados
pessoais, por si sós, não ensejam a liberdade provisória, especialmente quando demonstrada a
imprescindibilidade da custódia cautelar. AFRONTA AO PRINCÍPIO DA
PROPORCIONALIDADE. INOCORRÊNCIA. 4 – Importa salientar que a via estreita do Writ é
inconciliável com o exame aprofundado da prova, inadmitindo, assim, a aferição do conteúdo
material do processo quanto à alegação do impetrante de que, caso o paciente seja condenado, o
regime de cumprimento de pena será mais brando que o fechado, visto que se trata de matéria
meritória a ser analisada no juízo de origem e que demanda dilação probatória. ORDEM
PARCIALMENTE CONHECIDA E DENEGADA.
NR.PROCESSO: 5039871.28.2020.8.09.0000
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
RELATÓRIO E VOTO
Diz que, diante da igualdade das condições do paciente, que se encontra preso há 01
(um) anos, 03 (três) meses e 29 (vinte e nove) dias, e demais corréus, deve ser a ele estendidos
tais efeitos, nos termos do artigo 580, do Código de Processo Penal.
Por fim, requer a concessão do presente writ, liminarmente, haja vista estarem
presentes os requisitos legais necessários para tanto, com expedição do competente Alvará de
Soltura e a confirmação, ao final.
NR.PROCESSO: 5039871.28.2020.8.09.0000
Liminar indeferida (Mov. 04).
É O RELATÓRIO.
PASSO AO VOTO.
Diante da perquirição acurada dos autos, depreende-se que o paciente foi preso em
flagrante no dia 29 de setembro de 2018, a qual foi convertida em preventiva no dia 03.10.2018.
Assim sendo, verifica-se que foi extrapolado, em muito, o prazo para a formação da
culpa, pois transcorridos, até a presente data (13.02.2020), 497 (quatrocentos e noventa e sete)
dias, sem que ultimada a instrução criminal, mesmo porque, o artigo 412, do Código de Processo
Penal estabelece que o limite de tempo para encerramento da primeira fase dos procedimentos
relativos aos crimes dolosos contra a vida, é de 90 (noventa) dias.
NR.PROCESSO: 5039871.28.2020.8.09.0000
CORPUS nº 270931-28.2017.8.09.0000, Rel. DES. IVO
FAVARO, 1ª CÂMARA CRIMINAL, julgado em
11/01/2018, DJe 2443 de 07/02/2018)
NR.PROCESSO: 5039871.28.2020.8.09.0000
recomendação do Conselho Nacional de Justiça e da
Corregedoria de Justiça do Tribunal de Justiça do Estado
de Goiás, é de que não seja ultrapassado o período de
178 (cento e setenta e oito) dias, na primeira fase do
procedimento do Tribunal do Júri, sendo imperiosa a
concessão da ordem liberatória. ORDEM CONHECIDA E
CONCEDIDA.”
Portanto, deve-se conceder a ordem ao ora paciente, uma vez que restou configurado o
constrangimento ilegal face ao excesso de prazo.
4) monitoramento eletrônico.
Écomo voto.
RELATORA
(05/03)
NR.PROCESSO: 5039871.28.2020.8.09.0000
HABEAS CORPUS Nº 5039871.28.2020.8.09.0000
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5039871.28.2020.8.09.0000
RELATORA
NR.PROCESSO: 5039871.28.2020.8.09.0000
EMENTA: HABEAS CORPUS. CRIME DE HOMICÍDIO QUALIFICADO POR MOTIVO TORPE,
EMPREGO DE RECURSO QUE DIFICULTOU A DEFESA DA VÍTIMA E MEIO CRUEL.
EXTENSÃO DE BENEFÍCIO. EXCESSO DE PRAZO PARA A FORMAÇÃO DA CULPA.
PACIENTE CUSTODIADO HÁ 495 DIAS. CONSTRANGIMENTO ILEGAL EVIDENCIADO.
Configura-se constrangimento ilegal o encarceramento preventivo do paciente por 497
(quatrocentos e noventa e sete) dias, quando a recomendação do Conselho Nacional de Justiça e
da Corregedoria de Justiça do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, é de que não seja
ultrapassado o período de 178 (cento e setenta e oito) dias, na primeira fase do procedimento do
Tribunal do Júri, sendo imperiosa a concessão da ordem liberatória. ORDEM CONHECIDA E
CONCEDIDA.
NR.PROCESSO: 5746563.36.2019.8.09.0000
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
COMARCA DE CAIAPÔNIA
RELATÓRIO E VOTO
Extrai-se dos autos que o paciente teve a prisão preventiva decretada em 28.06.2019,
cujo mandado, segundo a impetração, foi cumprido em 1º.07.2019, pela suposta prática dos
crimes previstos no artigo 121, §2º, incisos II e III e artigo 211, do Código Penal (homicídio
qualificado pelo motivo fútil e emprego de fogo e ocultação de cadáver), encontrando-se
recolhido.
Esclarecem que não há motivos nos autos que justifiquem a demora no processamento
do feito, além de que não houve contribuição da defesa, devendo a delonga ser atribuída
exclusivamente à máquina judiciária.
NR.PROCESSO: 5746563.36.2019.8.09.0000
Salientam os bons predicados pessoais do paciente, tais como primariedade, bons
antecedentes, residência fixa e ocupação lícita, fazendo jus à liberdade, mediante aplicação de
medidas cautelares diversas da prisão.
ÉO RELATÓRIO.
PASSA-SE AO VOTO.
NR.PROCESSO: 5746563.36.2019.8.09.0000
adequação da medida extrema, torna-se evidente a
ineficácia das cautelas alternativas (art. 319, do CPP).
BONS PREDICADOS. INSUFICIÊNCIA. 3 - Bons
predicados pessoais, por si sós, não ensejam a liberdade
provisória, especialmente quando demonstrada a
imprescindibilidade da custódia cautelar. ORDEM
CONHECIDA E DENEGADA.” (TJGO, HABEAS CORPUS
nº 5406294.28.2019.8.09.0000, Rel. Desa. AVELIRDES
ALMEIDA P. DE LEMOS, 1ª CÂMARA CRIMINAL, julgado
em 15.08.2019, Publicado no DJe em 29.08.2019)
Infere-se das informações prestadas pela dirigente procedimental (evento nº 14) que a
audiência de instrução e julgamento foi realizada, o Ministério Público e o corréu Júlio César
apresentaram os memoriais derradeiros, aguardando-se as alegações finais da defesa do
paciente. In verbis:
Desse modo, tem-se que já restou superado o alegado excesso de prazo, conforme
inteligência da Súmula nº 52, do Superior Tribunal de Justiça, verbis: “Encerrada a instrução
criminal, fica superada a alegação de constrangimento por excesso de prazo.”
Assim é que afasta-se a assertiva de coação ilegal por excesso de prazo, uma vez que
a instrução criminal já se encontra concluída.
NR.PROCESSO: 5746563.36.2019.8.09.0000
Justiça, em cujo teor se tem orientado a jurisprudência
deste Sodalício. ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA
E, NESSA EXTENSÃO, DENEGADA.” (TJGO, Habeas
Corpus Criminal 5667381-98.2019.8.09.0000, Rel.
ITANEY FRANCISCO CAMPOS, 1ª Câmara Criminal,
julgado em 17/01/2020, DJe de 17/01/2020) Grifou-se.
Ademais, uma vez que o Ministério Público e a defesa do corréu Júlio César de Souza
já apresentaram as alegações finais e tendo em vista que, intimada para oferecer os respectivos
memoriais, a defesa do paciente formulou requerimentos, o excesso de prazo para a prolação da
decisão de pronúncia teve contribuição da defesa.
A propósito:
Écomo voto.
RELATORA
(01/03)
COMARCA DE CAIAPÔNIA
NR.PROCESSO: 5746563.36.2019.8.09.0000
QUALIFICADO E OCULTAÇÃO DE CADÁVER.
AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO DAS DECISÕES
QUE DECRETOU A CUSTÓDIA PREVENTIVA E
INDEFERIU O PEDIDO DE REVOGAÇÃO DA MEDIDA.
BONS PREDICADOS. 1 - Tratando-se de reiteração de
pedido, fica evidente que a matéria suscitada encontra-se
impedida de reexame porque já apreciada e julgada em
outro mandamus. EXCESSO DE PRAZO. INSTRUÇÃO
ENCERRADA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO
CONFIGURADO. 2 - Ultimada a instrução criminal pelo
encerramento da fase de colheita de provas, encontrando-
se os autos no aguardo da apresentação das alegações
finais pela defesa do paciente, resta superado o
constrangimento ilegal por excesso de prazo apontado na
impetração, consoante inteligência da Súmula nº 52, do
STJ. ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E
DENEGADA.
ACÓRDÃO
RELATORA
NR.PROCESSO: 5746563.36.2019.8.09.0000
EMENTA: HABEAS CORPUS. CRIMES DE HOMICÍDIO QUALIFICADO E OCULTAÇÃO DE
CADÁVER. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO DAS DECISÕES QUE DECRETOU A
CUSTÓDIA PREVENTIVA E INDEFERIU O PEDIDO DE REVOGAÇÃO DA MEDIDA. BONS
PREDICADOS. 1 - Tratando-se de reiteração de pedido, fica evidente que a matéria suscitada
encontra-se impedida de reexame porque já apreciada e julgada em outro mandamus.
EXCESSO DE PRAZO. INSTRUÇÃO ENCERRADA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO
CONFIGURADO. 2 - Ultimada a instrução criminal pelo encerramento da fase de colheita de
provas, encontrando-se os autos no aguardo da apresentação das alegações finais pela defesa
do paciente, resta superado o constrangimento ilegal por excesso de prazo apontado na
impetração, consoante inteligência da Súmula nº 52, do STJ. ORDEM PARCIALMENTE
CONHECIDA E DENEGADA.
NR.PROCESSO: 5033285.72.2020.8.09.0000
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
COMARCA: JATAÍ
RELATÓRIO E VOTO
Trata-se de ordem de Habeas Corpus, com pedido de liminar, impetrada pelo advogado
Ayálan Borges Veado, inscrito na OAB/GO sob o nº 14.848, em favor de JOÃO VITOR SILVA, já
qualificado nos autos em epígrafe, ao argumento de que o paciente está sofrendo
constrangimento ilegal, apontando como autoridade coatora o Juízo da 1ª Vara Criminal da
Comarca de Jataí-GO.
Extrai-se dos autos que o paciente foi autuado em flagrante em 1º.11.2018, cuja
custódia foi convertida em preventiva em 02.11.2018, pela suposta prática do crime de roubo
majorado pelo concurso de pessoas, subtração de veículo transportado para outro Estado e
restrição de liberdade da vítima (artigo 157, §2º, incisos II, IV e V do Código Penal), encontrando-
se recolhido.
Narra o impetrante que há excedimento no prazo para a prolação da sentença, uma vez
que a audiência de instrução e julgamento foi realizada há mais de 120 (cento e vinte) dias, sem
que a defesa tenha contribuído para a delonga processual.
Afirma que “o paciente está sofrendo coação há mais de 448 (quatrocentos e quarenta
e oito) dias, pois está preso desde o dia 01.11.2018 e, por falha no Judiciário, morosidade e
lentidão, o paciente está pagando uma pena até mesmo antes de ser condenado” (fls. 04).
Aduz que não há motivos de força maior ou complexidade nos autos que justifiquem a
demora, devendo a delonga ser atribuída exclusivamente à máquina judiciária.
Por fim, requer a concessão do presente writ, haja vista estarem presentes os requisitos
legais necessários para tanto, devendo ser o paciente colocado em liberdade, com expedição do
competente Alvará de Soltura.
NR.PROCESSO: 5033285.72.2020.8.09.0000
O pedido veio instruído com os documentos de fls. 06/10.
É O RELATÓRIO.
PASSA-SE AO VOTO.
Infere-se das informações prestadas pelo dirigente procedimental (evento nº 09) que os
autos encontram-se conclusos para prolação da sentença de mérito.
Segundo a redação dos artigos 411, §9º, e 800, I, todos do Código de Processo Penal1,
o prazo para a prolação da sentença é de 10 (dez) dias.
No caso dos autos, observa-se que a ação penal trata-se de feito de complexidade,
onde figuram três acusados.
NR.PROCESSO: 5033285.72.2020.8.09.0000
24/01/2020, DJe de 24/01/2020) Grifou-se.
Assim é que afasta-se a assertiva de coação ilegal por excesso de prazo, uma vez que
a sentença está na iminência de ser prolatada.
Écomo voto.
RELATORA
(01/03)
COMARCA: JATAÍ
NR.PROCESSO: 5033285.72.2020.8.09.0000
constrangimento ilegal por excesso de prazo. ORDEM
CONHECIDA E DENEGADA.
ACÓRDÃO
RELATORA
NR.PROCESSO: 5033285.72.2020.8.09.0000
EMENTA: HABEAS CORPUS. CRIME DE ROUBO MAJORADO. EXCESSO DE PRAZO PARA
PROLAÇÃO DA SENTENÇA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO CONFIGURADO. 1 – Uma
vez que, conforme informes prestados pela autoridade acoimada coatora, a sentença está na
iminência de ser prolatada, inexiste constrangimento ilegal por excesso de prazo. ORDEM
CONHECIDA E DENEGADA.
NR.PROCESSO: 5028095.31.2020.8.09.0000
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
COMARCA DE LUZIÂNIA
RELATÓRIO E VOTO
Trata-se de ordem de Habeas Corpus, com pedido liminar, impetrada pelo advogado
Fernando Magno Pereira, inscrito na OAB/GO sob o nº 45.152, em favor de FLÁVIO
GONÇALVES SOARES, já qualificado nos autos em epígrafe, alegando constrangimento ilegal
em razão da impossibilidade do recurso em liberdade, indicando como autoridade coatora o Juízo
da 2ª Vara Criminal da Comarca de Luziânia-GO.
Extrai-se dos autos que o paciente foi preso em flagrante em 27/03/2016, o qual foi
convertido em prisão preventiva. Consta que sua prisão foi relaxada em 20/09/2016, haja vista o
excesso de prazo na instrução processual, respondendo o feito em liberdade.
NR.PROCESSO: 5028095.31.2020.8.09.0000
5650667.63.2019.8.09.0000, na data de 16.01.2020, expedindo o Salvo Conduto em seu favor,
pugnando, assim, pela extensão do benefício ao paciente, para que possa recorrer em liberdade.
Por fim, pugna pela concessão do mandamus, em sede de liminar, para revogar a
decisão que decretou a prisão cautelar do paciente, assegurando-lhe o direito de continuar a
responder a Ação Penal em liberdade, com a confirmação, ao final.
A Procuradoria Geral de Justiça, por sua representante, Dra. Zoélia Antunes Vieira,
manifestou-se pelo parcial conhecimento e denegação da ordem (evento nº 12).
É O RELATÓRIO.
PASSA-SE AO VOTO.
NR.PROCESSO: 5028095.31.2020.8.09.0000
artigo 312, parágrafo único, do Código de Processo Penal.
Assim, decreto a prisão e NEGO ao sentenciado FLÁVIO
GONÇALVES SOARES o direito de recorrer em liberdade.
(…).” (fls. 920/921) Grifou-se.
Ilustrativamente:
NR.PROCESSO: 5028095.31.2020.8.09.0000
ITANEY FRANCISCO CAMPOS, 1ª Câmara Criminal,
julgado em 17/01/2020, DJe de 17/01/2020) Grifou-se.
Importante salientar que esta 1ª Câmara Criminal, ao julgar pedido de Habeas Corpus
nº 5650667.63.2019.8.09.000 em 16.01.2020, impetrado pelo corréu Pedro Henrique Alves de
Oliveira, concedeu a ordem, considerando a mesma decisão desprovida de fundamentação.
Éo voto.
RELATORA
04/01/03
COMARCA DE LUZIÂNIA
NR.PROCESSO: 5028095.31.2020.8.09.0000
Vislumbra-se a inexistência de elementos concretos e
sólidos capazes de suportar a manutenção da segregação
cautelar na garantia da ordem pública (primariedade
demonstrada). Ademais, a fixação do regime fechado e o
quantum da pena não tem o condão de manter a custódia
preventiva, especialmente quando o paciente permaneceu
solto durante a instrução criminal, compareceu aos atos
judiciais e não há notícias de que tenha nova praticado
infração penal. ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E
CONCEDIDA.
ACÓRDÃO
RELATORA
NR.PROCESSO: 5028095.31.2020.8.09.0000
EMENTA: HABEAS CORPUS. ROUBO QUALIFICADO PELO RESULTADO MORTE.
SENTENÇA CONDENATÓRIA. NEGATIVA DE AUTORIA. NÃO CONHECIMENTO. 1 - A via
estreita do Habeas Corpus, por ser de rito célere, é imprópria para dilação de provas quanto à
alegação de negativa de participação no delito imputado. NEGATIVA DO DIREITO DE
RECORRER EM LIBERDADE. FUNDAMENTAÇÃO INIDÔNEA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL
CONFIGURADO. 1 - Vislumbra-se a inexistência de elementos concretos e sólidos capazes de
suportar a manutenção da segregação cautelar na garantia da ordem pública (primariedade
demonstrada). Ademais, a fixação do regime fechado e o quantum da pena não tem o condão de
manter a custódia preventiva, especialmente quando o paciente permaneceu solto durante a
instrução criminal, compareceu aos atos judiciais e não há notícias de que tenha nova praticado
infração penal. ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E CONCEDIDA.
NR.PROCESSO: 5041849.40.2020.8.09.0000
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
COMARCA DE ITUMBIARA
RELATÓRIO E VOTO
Trata-se de ordem de Habeas Corpus, com pedido liminar, impetrada pelo advogado
Iago Pereira Mota Carrijo, inscrito na OAB/GO sob o nº 50.672, em favor de WILLIAN
LEONARDO DA SILVA, já qualificado nos autos em epígrafe, ao argumento de que o paciente
está sofrendo constrangimento ilegal, apontando como autoridade coatora o Juízo da 1ª Vara
Criminal da Comarca de Itumbiara-GO.
Aduz que “o presente laudo não foi juntado aos autos, somando desde o último ofício
solicitando o laudo 77 (setenta e sete) dias de aguardo para sua chegada” (fls. 03).
Afirma que não há motivos de força maior ou complexidade nos autos que justifiquem a
demora, devendo a delonga ser atribuída exclusivamente à máquina judiciária.
NR.PROCESSO: 5041849.40.2020.8.09.0000
Razoabilidade.
Por fim, requer a concessão do presente writ, haja vista estarem presentes os requisitos
legais necessários para tanto, devendo ser o paciente colocado em liberdade, com expedição do
competente Alvará de Soltura.
A douta Procuradoria Geral de Justiça, por seu representante Dr. Saulo de Castro
Bezerra, manifestou-se pelo conhecimento e pela denegação da ordem (movimentação 12).
É O BREVE RELATÓRIO.
PASSA-SE AO VOTO.
NR.PROCESSO: 5041849.40.2020.8.09.0000
Écomo voto.
RELATORA
05/03
COMARCA DE ITUMBIARA
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5041849.40.2020.8.09.0000
Fez-se presente, como representante da Procuradoria Geral de Justiça, Dr. Aguinaldo
Bezerra Lino Tocantins.
RELATORA
NR.PROCESSO: 5041849.40.2020.8.09.0000
EMENTA: HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. EXCESSO DE PRAZO.
INOCORRÊNCIA. INSTRUÇÃO CRIMINAL ENCERRADA. 1 – Ultimada a instrução criminal pelo
encerramento da fase de colheita de provas em data recente, e estando os autos no aguardo da
apresentação dos memoriais escritos pela defesa, resta superado o constrangimento ilegal
apontado na impetração, a teor do disposto na Súmula nº 52, do STJ, segundo a qual se tem
orientado a jurisprudência deste Sodalício, prevalecendo o princípio da razoabilidade. ORDEM
CONHECIDA E DENEGADA.
NR.PROCESSO: 5017005.26.2020.8.09.0000
HABEAS CORPUS Nº 5017005.26.2020.8.09.0000
ACÓRDÃO
ACORDAM os integrantes da Primeira Câmara Criminal do egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás,
por unanimidade de votos, acolhido o parecer da Procuradoria-Geral de Justiça, em conhecer em parte do pedido e,
nesta extensão, denegar a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator.
VOTARAM, além do Relator, os Desembargadores J. Paganucci Jr., que presidiu o julgamento, Ivo Favaro,
Nicomedes Domingos Borges e Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos.
NR.PROCESSO: 5017005.26.2020.8.09.0000
Presente o ilustre Procurador de Justiça, Doutor Aguinaldo Bezerra Lino Tocantins.
RELATOR
6-jc
RELATÓRIO
ALINE OLIVEIRA DLUGOLENSKI LEITE, advogada regularmente inscrito na OAB/GO sob o nº 32.684,
impetra a presente ordem de habeas corpus liberatório, com pedido de liminar, em favor de JÚLIO SOUZA SALOMÃO,
qualificado, indicando como autoridade coatora o juízo da Vara Criminal da Comarca de Padre Bernardo-GO.
Extrai-se da peça inicial que o paciente foi preso pela suposta prática do crime tipificado pelo artigo 121, §
2º, incisos II e IV, do Código Penal, por força de prisão temporária convertida, posteriormente, por preventiva.
Argumenta a impetrante que a prisão preventiva foi decretada para garantir a ordem pública e a aplicação
da lei penal, em decisão desprovida de fundamentação concreta e idônea.
NR.PROCESSO: 5017005.26.2020.8.09.0000
Aduz, portanto, a manifesta ilegalidade da segregação provisória do paciente, diante da inexistência dos
requisitos autorizadores da medida de exceção, nos termos do artigo 312 do Código de Processo Penal.
Exalta os predicados pessoais abonadores ostentados pelo paciente, quais sejam, residência fixa, trabalho
lícito e bons antecedentes criminais.
Noutro ponto, aponta a ilegalidade da prisão por excesso de prazo para finalização da instrução criminal
preliminar, ao dizer que o paciente encontra-se recolhido há mais de 150 (cento e cinquenta) dias sem prolação da
decisão de pronúncia.
Ao final, pugna pela concessão da ordem, em sede de liminar, a fim de que a liberdade do paciente seja
restabelecida, com a consequente expedição do alvará de soltura, confirmando-se ao final, por decisão plúrima, o
comando preliminar.
Colaciona documentação.
A douta Procuradoria-Geral de Justiça, da lavra de sua ilustre representante, Drª Zoélia Antunes Vieira,
manifestou-se pelo conhecimento parcial da ordem e, nesta extensão, pela denegação (movimentação 16).
É o relatório. VOTO.
Cuida-se de habeas corpus liberatório, impetrado em proveito de JÚLIO SOUZA SALOMÃO, a pretexto de
padecer constrangimento ilegal à sua liberdade de locomoção. Indica como autoridade coatora o juízo da Vara Criminal
da Comarca de Padre Bernado-GO.
NR.PROCESSO: 5017005.26.2020.8.09.0000
Nessa senda, o impetrante justifica a pretensão liberatória ao argumento de que a decisão é desprovida de
fundamentação concreta e idônea para ensejar o decreto condenatório e sustenta o excesso de prazo na instrução
processual, porquanto o paciente está custodiado por tempo superior ao limite temporal máximo permitido legalmente
para a conclusão da aludida fase.
Quanto aos requisitos da prisão preventiva, tenho que o “habeas corpus” em testilha não comporta
conhecimento, como passo a demonstrar.
Do compulso dos autos, constata-se que a impetrante não cuidou de juntar cópia do ato atacado, qual seja,
a decisão que converteu a prisão temporária em preventiva do paciente, pelo que se torna inviável a apreciação do
pedido, em face da ausência de prova pré-constituída.
Como é cediço, o “habeas corpus”, ação mandamental constitucional de rito sumaríssimo, deve ser
instruído, no momento da impetração, com todos os documentos necessários à análise do pedido, sob pena de
indeferimento.
Por óbvio, esse dever processual de instruir o pedido recai sobre o impetrante, o qual, no caso em apreço,
não se desincumbiu do ônus de instruir a petição inicial com o documento hábil a demonstrar que o paciente encontra-
se, de fato, submetido a constrangimento ilegal no seu direito de liberdade.
"O pedido de habeas corpus deve ser devidamente instruído com provas pré-
constituídas que demonstrem ao julgador a veracidade do fato que o impetrante aponta
como ilegal e que configuraria, pelo menos em tese, constrangimento indevido, de tal
forma que não evidenciada a coação alegada, não cabe outra solução que não a
denegação da ordem".
Destarte, sendo o habeas corpus, ação penal de rito sumaríssimo, que exige prova pré-constituída e não
admite instrução posterior, diante da ausência de documentos que comprovem o constrangimento ilegal apontado,
torna-se inviável o seu conhecimento.
NR.PROCESSO: 5017005.26.2020.8.09.0000
célere, destinada à liberdade de locomoção, violada ou ameaçada, exige prova
constituída acerca da matéria discutida, sob consequência de não conhecimento.
ORDEM NÃO CONHECIDA” (HABEAS CORPUS 369498- 31.2016.8.09.0000, Rel.
DR(A). SIVAL GUERRA PIRES, 2ª CÂMARA CRIMINAL, julgado em 26/01/2017, DJe
2230 de 16/03/2017).
Por consectário lógico, inviável também a apreciação das teses relativas aos predicados pessoais
abonadores do paciente e à suposta ofensa ao princípio da presunção de inocência, porquanto decorrem da análise do
argumento de desnecessidade e inadequação da prisão preventiva.
Noutro pronto, com relação ao suscitado excesso de prazo para encerramento da instrução criminal, extrai-
se das informações prestadas pela autoridade coatora que os autos da ação penal estão no aguardo da apresentação
dos memoriais finais (movimentação 10), nos seguintes dizeres:
Neste contexto, embora o requerente encontre-se custodiado há mais de 150 (cento e cinquenta) dias, a
alegação de excesso de prazo não pode ser acolhida, uma vez que a formação da culpa, evidentemente, já se ultimou,
aplicando-se, pois, à hipótese, o enunciado da Súmula nº 52 do Superior Tribunal de Justiça, in verbis: “Súmula 52.
Encerrada a instrução criminal, fica superada a alegação do constrangimento por excesso de prazo”.
NR.PROCESSO: 5017005.26.2020.8.09.0000
Nessas circunstâncias, concluída a instrução criminal não cabe mais discutir sobre a eventual ocorrência de
excesso de prazo.
É como voto.
RELATOR
6/CD
NR.PROCESSO: 5017005.26.2020.8.09.0000
EMENTA: HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO DUPLAMENTE QUALIFICADO.
AUSÊNCIA DOS REQUISITOS DO ARTIGO 312 DO CPP. INEXISTÊNCIA DE PROVA
PRÉ-CONSTITUÍDA. NÃO CONHECIMENTO. EXCESSO DE PRAZO.
INOCORRÊNCIA. FIM DA INSTRUÇÃO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA Nº 52 DO STJ.
CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO VERIFICADO. 1. Sendo o habeas corpus, ação
penal de rito sumaríssimo, que exige prova pré-constituída e não admite instrução
posterior, diante da ausência de documentos que comprovem o constrangimento ilegal
aduzido, não se conhece do pedido formulado, no tocante à tese de desnecessidade e
inadequação da custódia cautelar, bem como àquelas que desta decorrem (predicados
pessoais abonadores e violação do princípio da presunção de inocência). 2. Não há
que se falar em constrangimento ilegal por excesso de prazo quando o feito estiver
aguardando, apenas, a apresentação de alegações finais pelas partes, estando já
encerrada a instrução criminal, nos termos do que preconiza a Súmula nº 52 do STJ.
ORDEM CONHECIDA EM PARTE E, NESTA EXTENSÃO, DENEGADA.
NR.PROCESSO: 5738396.30.2019.8.09.0000
HABEAS CORPUS Nº 5738396.30.2019.8.09.0000
COMARCA DE LUZIÂNIA
ACÓRDÃO
ACORDAM os integrantes da Primeira Câmara Criminal do egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás,
por unanimidade de votos, acolhido o parecer da Procuradoria-Geral de Justiça, em conhecer em parte do pedido e,
nesta extensão, denegar a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator.
VOTARAM, além do Relator, os Desembargadores J. Paganucci Jr., que presidiu o julgamento, Ivo Favaro,
Nicomedes Domingos Borges e o Juiz Átila Naves Amaral, substituto da Desembargadora Avelirdes Almeida Pinheiro de
Lemos.
RELATOR
12-jc
NR.PROCESSO: 5738396.30.2019.8.09.0000
HABEAS CORPUS Nº 5738396.30.2019.8.09.0000
COMARCA DE LUZIÂNIA
RELATÓRIO
JOSÉ RODRIGUES e FRANCISCO DAS CHAGAS ALENCAR COSTA, advogados, impetram o presente
Habeas Corpus, com pedido de liminar, em proveito de MAURO OLIVEIRA, devidamente qualificado, apontando como
autoridade coatora o Juízo de Direito da 1ª Vara Criminal da Comarca de Luziânia/GO.
Aduzem os impetrantes, em síntese, que o paciente cumpria pena em regime semiaberto desde 23/07/2018
e, por motivos de risco de vida, fugiu em 15/10/2018.
Alegam que a autoridade judicial apontada coatora, em 27/11/2018, determinou a regressão de regime para
o fechado, com a expedição de Mandado de Prisão, que foi cumprido em 03/05/2019, estando o paciente recolhido na
Penitenciaria do Distrito Federal II – PDF II.
Informam que em agosto de 2019 foi feito pedido de progressão de regime do fechado para o semiaberto,
com pedido de trabalho externo e saídas temporárias, pelo fato do paciente, desde a sua prisão já ter cumprido 1/6 da
sua pena. Referido pedido não foi apreciado pelo Ministério Público, e nem pela juíza, permanecendo o paciente preso à
disposição do Juízo, mesmo tendo sido determinado o recambiamento para a Comarca de Luziânia/GO, que nunca foi
cumprido pelo Sistema Penitenciário daquela Comarca.
Asseveram que, formulado novo pedido de progressão de regime para o aberto, com prisão domiciliar, este
teve parecer ministerial favorável. Contudo, a Juíza determinou a juntada da Certidão Carcerária.
Aduzem que, juntada a Certidão Carcerária em 04/12/2019, os autos foram conclusos para que a autoridade
judicial decidisse acerca da progressão do regime com livramento condicional.
Ressaltam que até o dia 19/12/2019, com a entrada do recesso forense, não houve nenhum despacho da
juíza com relação ao pedido formulado pela defesa, mesmo tendo um parecer favorável do Ministério Público.
Finalizam postulando a concessão da liminar, expedindo-se o Alvará de Soltura para que o paciente cumpra
o benefício do livramento condicional (movimentação 01 – doc. 03).
Pedido liminar indeferido pelo MM. Juiz de Direito, Dr. Fábio Cristóvão de Campos Faria, atuante no plantão
judiciário (movimentação 04).
NR.PROCESSO: 5738396.30.2019.8.09.0000
Solicitadas as informações, estas foram prestadas pela autoridade coatora (movimentação 11).
Instada a se manifestar, a douta Procuradoria-Geral de Justiça, por meio do seu representante legal, Dr.
Marco de Abreu e Silva, manifestou-se pelo não conhecimento do pedido no que se refere a pretendida progressão de
regime e, por outro lado, pelo conhecimento e denegação da ordem impetrada, quanto ao suscitado excesso de prazo
(movimentação 15).
Passo ao VOTO.
Consoante relatado, trata-se de writ impetrado em favor de Mauro Oliveira, sob o fundamento de estar ele
sofrendo coação ilegal, ao argumento de que não foi apreciado o pedido de progressão de regime carcerário,
justificando que a sua pretensão seja decidida pela Corte, superando a instância originária.
Consta dos autos que o paciente encontra-se em cumprimento da pena total fixada em 02 (dois) anos e 06
(seis) meses de reclusão, em regime inicial fechado, pela prática do crime previsto no artigo 33 da Lei nº 11.343/06.
“(…) informo que consta nos autos que após ser beneficiado com a “Saída Temporária
de Dia das Crianças” do ano de 2018, o sentenciado não retornou para o pernoite da
unidade prisional sendo considerado foragido desde 15/10/2018, razão pela qual foi
proferida decisão de regressão cautelar ao regime fechado, expedição de mando de
prisão e instauração de PAD para apuração da fuga.
Ocorre que o referido mandado de prisão foi cumprido no Distrito Federal, motivo pelo
qual foi determinado o imediato recambiamento do preso, a fim de que seja instaurado
o referido PAD para a apuração da fuga, considerando que o reinício da falta disciplinar
cometida pelo apenado certamente acarretará na alteração do lapso temporal para
benefícios futuros.
Informo, por fim, que os presentes autos vieram-me conclusos exclusivamente para
prestar as informações solicitadas no presente Habeas Corpus e, após, serão
devolvidos à Serventia para aguardar o cumprimento das diligências determinadas
(…)”. (movimentação 11)
Desse modo, a matéria reclama a apreciação pela autoridade judiciária que exerce o controle da execução
penal, não podendo a Corte superar o Juízo afetado com o limite de jurisdição para o tema, para não incorrer em
supressão de instância, inclusive prejudicando a parte, que estaria privada de percorrer dois graus, na eventualidade de
não ser atendida na sua pretensão.
Destaco que o habeas corpus é uma ação constitucional de natureza penal destinada especificamente à
proteção da liberdade de locomoção, quando ameaçada ou violada por ilegalidade ou abuso de poder.
Em relação ao pleito, ressalto que o presente remédio constitucional não é sucedâneo do recurso previsto
para atacar as decisões da execução penal, sendo certo que, caso os benefícios requeridos já tiverem sido analisados
ou indeferidos pelo juiz da Execução, caberá o recurso próprio previsto, qual seja, o de agravo em execução, nos termos
NR.PROCESSO: 5738396.30.2019.8.09.0000
do disposto no artigo 197 da Lei nº 7.210/84.
Com isso, somente se pode admitir o “habeas corpus”, para examinar tal argumento e, assim, não se
incorrer em denegação de jurisdição, se a situação dos autos configurar uma ilegalidade flagrante ao direito de
locomoção do paciente, detectável em face do mero exame dos documentos que instruem o “writ”.
Em realidade, o “habeas corpus” não se constitui em meio categórico de reforma da prestação jurisdicional,
uma vez que, quando o que se busca é, em verdade, uma nova hermenêutica do caso concreto, deve-se lançar mão da
via ordinária, do recurso. Essa orientação tem por finalidade prestigiar a lógica do sistema recursal, bem como
racionalizar a utilização do “writ”, reservando-se a sua utilização para situações de flagrante ilegalidade ou abuso de
poder que resulte em coação ou ameaça à liberdade de ir e vir.
Respeitante ao excesso de prazo, a autoridade judiciária impetrada revelou que está aguardando o
recambiamento do paciente para a unidade prisional de Luziânia/GO para deliberação sobre o pedido de progressão de
regime carcerário, avizinhando-se a devida prestação jurisdicional, ausente morosidade judicial.
Rebate-se o excesso de prazo para o reconhecimento de ilegalidade quando não evidenciada a negligência
da autoridade coatora na condução da execução penal, justificada a demora da prestação jurisdicional, superado o
motivo do retardo, estando os autos aguardando somente o recambiamento do paciente para ulterior deliberação,
observada a razoabilidade.
Execução penal por roubo, homicídio e tráfico (penas somadas: 30 anos e 15 dias).
Habeas corpus sustentando excesso de prazo para análise do benefício de progressão
de regime e/ou livramento condicional. 1 - Não se há falar em constrangimento ilegal
por excesso de prazo para a análise de benefícios quando não comprovada a desídia
do órgão judiciário. Ademais, lei não estabelece prazo peremptório para o exame do
pleito de progressão de regime. 2 - Habeas corpus conhecido e indeferido. (TJGO,
Habeas Corpus 5504418-46.2019.8.09.0000, Rel. EDISON MIGUEL DA SILVA
JUNIOR, 2ª Câmara Criminal, julgado em 26/09/2019, DJe de 26/09/2019)
Forte em tais razões, acolho o parecer Ministerial de Cúpula, conheço parcialmente do pedido e, nessa
extensão, denego a ordem impetrada.
É como voto.
NR.PROCESSO: 5738396.30.2019.8.09.0000
Des. ITANEY FRANCISCO CAMPOS
RELATOR
12/ebr
NR.PROCESSO: 5738396.30.2019.8.09.0000
EMENTA: HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO DA PENA. VIA IMPRÓPRIA. QUESTÃO SUJEITA A ANÁLISE DO JUÍZO
DA EXECUÇÃO. EXCESSO DE PRAZO. RAZOABILIDADE. ILEGALIDADE AFASTADA. 1. O Habeas Corpus é meio
impróprio para a obtenção de benefício relativo à execução da pena. Deve ser denegado o Habeas Corpus cujos
pedidos são próprios da competência do Juízo da Execução, tais como detração e progressão de regime. 2. Não se há
falar em constrangimento ilegal por excesso de prazo para a análise de benefícios quando não comprovada a desídia do
órgão judiciário. ORDEM CONHECIDA PARCIALMENTE E, NESSA EXTENSÃO, DENEGADA.
NR.PROCESSO: 5013757.52.2020.8.09.0000
HABEAS CORPUS Nº 5013757.52.2020.8.09.0000
COMARCA DE GOIÂNIA
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5013757.52.2020.8.09.0000
Goiânia, 11 de fevereiro de 2020.
RELATOR
10-jc
COMARCA DE GOIÂNIA
RELATÓRIO
Narra a impetrante que no dia 3 de dezembro de 2019, por volta das 8 horas, foi
subtraído o veículo FORD RANGER, Placa PQC-8289, de propriedade de Carlos Domingos de Alcantara Garcia,
mediante grave ameaça exercida com emprego de arma de fogo, na rua SR-11, Qd. 07, Lt 16, Residencial Santa Rita 4ª
Etapa, município de Goiânia/GO.
Informa que no dia 5 de dezembro de 2019, a Policia Civil recebeu noticia anônima via
número 197, e ao se deslocarem à rua 13 de maio, qd. 76, Lt. 29, nº. 126, Parque Industrial João Braz, município de
Goiânia/GO, encontraram o veículo acima descrito desmanchado, além de outras peças automotivas, ferramentas e
instrumentos utilizados para cortar peças de carros, sendo que o proprietário da residência, Sr. José Humberto de Lima,
apresentou contrato de locação que comprova ter alugado a casa para Karoline Almeida de Sousa, esposa do paciente
IURY.
NR.PROCESSO: 5013757.52.2020.8.09.0000
Verbera que durante as investigações a autoridade policial representou pela prisão
preventiva do paciente, representação acolhida pela magistrada singular, que determinou a constrição cautelar sob o
fundamento da garantia da ordem pública e da instrução criminal.
Declara que há fundado receio de que o paciente venha a ser ilegalmente detido,
porquanto a decisão que decretou sua segregação encontra-se fundamentada de maneira genérica e abstrata, baseada
exclusivamente na teoria do direito penal do autor.
Deduz, por derradeiro, pedido de concessão da ordem de imediato, para que seja
expedido em favor do paciente o necessário salvo conduto, haja vista o iminente risco de que venha a ser custodiado.
É o relatório.
Passa-se ao VOTO.
Cuida-se de habeas corpus liberatório, impetrado em proveito de IURY AUGUSTO DOS SANTOS, a pretexto dele
padecer constrangimento ilegal à sua liberdade de locomoção, ante a carência de requisitos autorizadores da prisão
preventiva. Indica como autoridade coatora a MMª. Juíza de Direito do Plantão Judiciário da Comarca de Goiânia/GO.
Impende frisar que a garantia da liberdade individual é um dos alicerces de um Estado Democrático de Direito, razão por
que eventual restrição ao direito de locomoção do cidadão somente pode ser admitida com amparo na estrita legalidade,
conforme determinam os princípios constitucionais da legalidade, da liberdade de locomoção e da não culpabilidade.
NR.PROCESSO: 5013757.52.2020.8.09.0000
Dessa forma, cabe ao julgador interpretar restritivamente os pressupostos do artigo 312 da Lei Processual Penal,
fazendo-se necessária a configuração dos referidos requisitos, uma vez que a mera alusão genérica a qualquer deles
não autoriza a segregação cautelar, sem que se apresente fato concreto determinante, que sirva como motivação à
medida.
No caso em apreço, ao decretar a prisão preventiva do paciente, a juíza singular assim consignou, in verbis:
“(…) Alega a autoridade policial que IURY AUGUSTO DOS SANTOS é indivíduo que
possui diversas anotações criminais por tráfico de drogas, posse ilegal de arma de fogo
e receptação de veículos. Noticia o delegado de policia que, no dia 29-01-2019, IURY
foi detido na cidade de Goianira-GO, na posse de um veículo roubado e confessou,
naquele momento, ser dono de um “desmanche de veículos” naquela cidade, sendo
que no local informado foram encontrados um aparelho Jammer, bloqueador de sinal e
um maçarico, situação muito semelhante com o fato que ora se apura. (…) E, ainda, há
prova técnica indicando a presença de IURY e PABLO no local do crime, com digital de
IURY nas peças do carro roubado, bem como por fragmentos verificados em uma porta
do local do desmanche, que tem simetria (confronto positivo com as digitais de PABLO.
(…) Neste passo, as pertinentes considerações advindas da manifestação do MP
reclamam endosso, tendo em vista que os crimes indicados na representação do ilustre
delegado de policia (arts. 157, § 2º-A, I, 311, caput, e 288 – todos do Código Penal)
preenche o requisito legal contido na norma do art. 313, I, do CPP, no que tange ao
quantum da pena exigido para decretação da prisão preventiva. É visível estarem
presentes nos autos outros fundamentos autorizadores da prisão preventiva, em
especial, a necessidade de garantia da ordem pública, fundamento acerca do qual vale
trazer à baila a lição de NESTOR TÁVORA e ROSMAR RODRIGUES ALENCAR (…).
Ademais, o relatório dos investigadores, os exames periciais, bem como elementos
anexados aos autos, demonstram o fumus comissi delicti, sendo que os indícios de
autoria estão devidamente evidenciados em relação aos dois representados pelo
relatório e provas jungidas ao pedido de decretação da prisão preventiva. Neste
diapasão, a decretação da prisão em flagrante para preventiva de IURY AGUSTO DOS
SANTOS e PABLO HENRIQUE PEREIRA DE SOUZA é medida que se impõe, porque
a restrição de sua liberdade se justifica em prol da segurança e tranquilidade da
coletividade, não só pela gravidade concreta da conduta perpetrada. Os elementos
coligidos até o momento estão a demonstrar a necessidade de se mantê-los
encarcerados provisoriamente para o bem e proteção do meio social. Estes
pormenores demonstram a possibilidade de reiteração delitiva, que também impede a
concessão da liberdade provisória, para o resguardo da garantia de ordem pública.
Uma das finalidades desta medida é justamente, extirpando o cidadão do seio social
durante o trâmite dos autos, evitar que o mesmo volte a delinquir pelo transpor da
respectiva marcha, bem como garantir o regular andamento do processo e
consequente aplicação da lei, coisa aqui incidente de modo inquestionável. Ante o
exposto, com tais considerações e vislumbrando presentes os requisitos do artigo 312,
CPP, acolho o parecer ministerial DECRETO A PRISÃO PREVENTIVA DE IURY
AUGUSTO DOS SANTOS e PABLO HENRIQUE PEREIRA DE SOUZA.”.
(movimentação 1, documento 10).
Apreciando a decisão proferida, constata-se que a segregação foi decretada por se encontrarem presentes, ao ver da
NR.PROCESSO: 5013757.52.2020.8.09.0000
magistrada, os requisitos para a prisão preventiva, quais sejam, a prova da existência do crime, a presença de indícios
de autoria, bem como a garantia da ordem pública.
Nesses moldes, não há falar em arbitrariedade ou inidoneidade decorrente da permanência do paciente no cárcere, pois
a custódia cautelar deriva de decisão fundamentada. Aponta, tal decisão, fatos concretos a justificar a necessidade da
prisão, que, por outro lado, não fere o princípio da presunção de inocência, pois a segregação do paciente resta
excepcionada pela própria Constituição Federal (art. 5º, LXI).
O entendimento a que ora se perfilha, é o de que a garantia da ordem pública não se destina a proteger apenas o
processo penal, enquanto instrumento de aplicação da lei. Dirige-se, de igual forma, à proteção da própria comunidade,
coletivamente considerada, no pressuposto de que seria duramente atingida pelo não aprisionamento de autores de
crimes que causassem grande intranquilidade social, tais como o de roubo circunstanciado, associação criminosa e
adulteração de sinal de veículo automotor.
Por outro vértice, as circunstâncias de natureza pessoal, tais como a residência fixa e o trabalho lícito, não são
relevantes, por si sós, para a concessão da ordem, de modo a não se constituir fundamento válido para afastar a
medida cautelar, que foi fundada na garantia da ordem pública.
Ao teor de tais considerações, acolhendo parcialmente o parecer ministerial de cúpula, denego a ordem impetrada, para
manter a segregação cautelar do paciente.
NR.PROCESSO: 5013757.52.2020.8.09.0000
É como voto.
RELATOR
10-LMDF
NR.PROCESSO: 5013757.52.2020.8.09.0000
EMENTA: HABEAS CORPUS. ROUBO CIRCUNSTANCIADO. ASSOCIAÇÃO
CRIMINOSA. ADULTERAÇÃO DE SINA DE VEÍCULO AUTOMOTOR. PRISÃO
PREVENTIVA. FUNDAMENTAÇÃO NOS REQUISITOS DO ART. 312, DO CÓDIGO
DE PROCESSO PENAL. INEXISTÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL.
GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. CUSTÓDIA FUNDAMENTADA. Não há falar em
arbitrariedade ou excesso na segregação, se mantida por se encontrarem presentes os
requisitos da prisão preventiva, quais sejam, prova da materialidade e indícios da
autoria, circunstâncias especiais dos fatos e o resguardo da ordem pública, bem como
revelando a insuficiência das cautelares diversas da prisão, em sintonia com os artigos
312 e 313, do Código de Processo Penal. ORDEM CONHECIDA E DENEGADA.
NR.PROCESSO: 5742483.29.2019.8.09.0000
HABEAS CORPUS Nº 5742483.29.2019.8.09.0000
ACÓRDÃO
ACORDAM os integrantes da Primeira Câmara Criminal do egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás,
por unanimidade de votos, acolhido o parecer da Procuradoria-Geral de Justiça, em conhecer e conceder a ordem de
habeas corpus, determinando a expedição de alvará de soltura em favor do paciente, para que seja colocado em
liberdade, se por outro motivo não deva permanecer preso, nos termos do voto do Relator.
VOTARAM, além do Relator, os Desembargadores J. Paganucci Jr., que presidiu o julgamento, Ivo Favaro,
Nicomedes Domingos Borges e o Juiz Átila Naves Amaral, substituto da Desembargadora Avelirdes Almeida Pinheiro de
Lemos. Esteve presente na sessão o Dr. Aurelio Ferreira Rios.
RELATOR
12-jc
NR.PROCESSO: 5742483.29.2019.8.09.0000
HABEAS CORPUS Nº 5742483.29.2019.8.09.0000
RELATÓRIO
Carlos Ernesto Nunes Filho, advogado regularmente inscrito na OAB/GO sob o nº 41.618, impetra a
presente ordem de habeas corpus liberatório, com pedido de liminar, em favor de ANTÔNIO CAMARGO DOS SANTOS
, qualificado, indicando como autoridade coatora o MM. Juiz de Direito da 4ª Vara Criminal da Comarca de Aparecida de
Goiânia/GO.
Expõe que o paciente foi preso em flagrante delito no dia 24/10/2018, em razão de ter, em companhia de
outros dois indivíduos, praticado supostamente a conduta descrita no artigo 121 do Código Penal.
Sustenta haver ocorrido excesso de prazo na formação da culpa, porquanto o paciente está custodiado a
mais de 432 (quatrocentos e trinta e dois dias), tempo superior ao permitido legalmente, sem a conclusão instrução
processual, sem que para tal delonga tenha contribuído a defesa.
Alega o impetrante que o paciente se encontra na mesma situação do corréu Cleyber Antônio Nicolau, em
favor de quem a Primeira Câmara Criminal deste e.Tribunal, nos autos do Processo nº 5654494.82.2019.8.09.0000, por
voto de lavra deste subscritor, em sessão realizada no dia 12/12/2019, à unanimidade de votos, concedeu a ordem,
determinando a expedição do alvará de soltura.
Ao final, pugna pela concessão da ordem, em sede de liminar, a fim de que a liberdade do paciente seja
restabelecida, com a consequente expedição do alvará de soltura (movimentação 01 – doc. 01).
Instada a manifestar, a autoridade judiciária indigitada coatora prestou informações (movimentação 14).
A Procuradoria de Justiça, por intermédio do Dr. Vinicius Jacarandá Maciel, manifestou-se pelo
conhecimento da ordem e por sua concessão, somente em relação ao caso em apuração objeto deste writ, devendo
permanecer no cárcere pelo cumprimento da pena outrora imposta (movimentação 17).
É o relatório. VOTO.
Julga-se habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado pelo Advogado, Dr. Carlos Ernesto Nunes Filho,
NR.PROCESSO: 5742483.29.2019.8.09.0000
em proveito de ANTÔNIO CAMARGO DOS SANTOS, qualificado, indicando como autoridade coatora o juízo da 4ª
Vara Criminal da Comarca de Aparecida de Goiânia/GO.
Ademais, pleiteia a extensão do benefício, nos termos do artigo 580 do Código de Processo Penal,
concedido ao corréu Cleyber Antônio Nicolau (HC nº 5654494.82.2019.8.09.0000), por entender que ambos se
encontram na mesma situação.
Impede esclarecer, de começo, que o paciente e demais corréus foram citados pessoalmente em
05/12/2019, não havendo data para a realização da audiência de instrução e julgamento, conforme se depreende das
informações prestadas pela autoridade coautoria (movimentação 14).
Dessa forma, o paciente encontra-se custodiado cautelarmente desde 24 de outubro de 2018, portanto, há
mais de 432 (quatrocentos e trinta e dois) dias, caracterizando manifesto excesso de prazo para a formação da culpa.
Por essa razão, acaso superado o lapso temporal que a doutrina e a jurisprudência apontam como limite
ideal à formação da culpa, a alegação de excesso de prazo deve ser avaliada, cotejada e submetida às particularidades
que informam o caso concreto.
Diante disso, até a presente data, o paciente encontra-se acautelado há mais de 01 (um) ano sem que a
instrução processual tenha se encerrado, o que ultrapassa excessivamente o prazo legal.
Assim, constata-se que tal delonga é significativa, estando o paciente preso há mais tempo que o prazo
determinado por lei, fazendo-se necessária a imediata soltura do acusado.
Em que pese o posicionamento favorável pela soltura do paciente relativamente à conduta avaliada no
julgamento deste Habeas Corpus, consigna-se que o acusado está cumprindo pena na Penitenciária Coronel Odenir
Guimarães, em razão de outras condenações criminais, conforme se apura da documentação acostada aos autos do
processo de execução penal nº 0065190.91.2001.8.09.0051, cuja as informações podem ser obtidas no sistema
PROJUDI deste Tribunal de Justiça.
Ante o exposto, acolhido o parecer do órgão ministerial de cúpula, conheço do pedido e concedo a ordem
impetrada, para deferir a liberdade provisória à ANTÔNIO CAMARGO DOS SANTOS somente em relação ao caso em
apuração objeto deste writ, devendo permanecer no cárcere pelo cumprimento da pena outrora imposta.
Expeça-se o respectivo Alvará de Soltura, se por outro motivo não estiver preso.
É como voto.
RELATOR
NR.PROCESSO: 5742483.29.2019.8.09.0000
12/ebr
NR.PROCESSO: 5742483.29.2019.8.09.0000
EMENTA: HABEAS CORPUS. CRIME DE HOMICÍDIO. EXCESSO DE PRAZO. INSTRUÇÃO PROCESSUAL NÃO
FINALIZADA. OCORRÊNCIA. EXTENSÃO DOS EFEITOS DA CONCESSÃO DA ORDEM AO CORRÉU 1. Impõe-se a
concessão da ordem impetrada quando ressair configurada a ocorrência de excesso de prazo para a formação da culpa,
uma vez que o paciente encontra-se preso, pela prática delituosa objeto deste writ, há mais 432 dias, sem que ultimada
a formação da culpa, evidenciando-se morosidade dos mecanismos judiciários. 2. Uma vez idênticas as circunstâncias
fáticas entre corréus, torna-se forçosa a extensão dos efeitos da concessão da ordem de um aos demais. ORDEM
CONCEDIDA.
NR.PROCESSO: 5705183.33.2019.8.09.0000
HABEAS CORPUS Nº 5705183.33.2019.8.09.0000
COMARCA DE VALPARAÍSO
ACÓRDÃO
ACORDAM os integrantes da Primeira Câmara Criminal do egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás,
por unanimidade de votos, desacolhido o parecer da Procuradoria-Geral de Justiça, em conhecer e conceder a ordem
de habeas corpus, confirmando a liminar anteriormente concedida, nos termos do voto do Relator.
VOTARAM, além do Relator, os Desembargadores J. Paganucci Jr., que presidiu o julgamento, Ivo Favaro,
Nicomedes Domingos Borges e o Juiz Átila Naves Amaral, substituto da Desembargadora Avelirdes Almeida Pinheiro de
Lemos.
RELATOR
12-jc
NR.PROCESSO: 5705183.33.2019.8.09.0000
HABEAS CORPUS Nº 5705183.33.2019.8.09.0000
COMARCA DE VALPARAÍSO
RELATÓRIO
O Advogado, Dr. Rodrigo da Cruz Santos, inscrito na OAB/DF sob o nº 49.346, impetra habeas corpus
liberatório, com pedido de liminar, em favor de JUNIOR HONÓRIO GUIMARÃES, nascido em 11/06/1978, e indica
como autoridade coatora a Meritíssima Juíza de Direito do Juizado de Violência Doméstico e Familiar contra a Mulher da
Comarca de Valparaíso/GO.
Discorre que o paciente foi detido em flagrante, no dia 26 de novembro de 2019, por supostamente haver
cometido as infrações penais de lesão corporal no contexto de violência doméstica contra a mulher (art. 129, § 9º, CP
c/c Lei 11340/06), e que a detenção momentânea foi convertida em prisão preventiva.
Argumenta que a conversão da prisão em flagrante em custódia cautelar submete o direito de locomoção do
paciente a coação ilícita, tanto porque não estão configurados os requisitos do artigo 312 do Código de Processo Penal,
quanto porque não está atendida a condição de admissibilidade do artigo 313 do precitado texto normativo.
Alega, ainda, que foi realizada audiência de custódia, tendo a magistrada a quo convertido a prisão em
flagrante em preventiva, mesmo com arbitramento de fiança pela Autoridade Policial. Ressalta, também, que inexistia
qualquer medida protetiva em desfavor do paciente ou ocorrência policial em desfavor deste pelo crime da Lei Maria da
Penha.
Sustenta, outrossim, que o paciente é primário, reside em endereço fixo e exerce atividade laboral lícita de
motorista de aplicativo, e que o decreto prisional não está idoneamente fundamentado.
Nesses termos, requer o deferimento da liminar e a concessão da ordem de habeas corpus em definitivo,
para que o paciente seja colocado em liberdade (movimentação 01 – doc. 01).
Em sede de liminar, o pedido foi deferido para substituir, até o julgamento final deste habeas corpus, a
prisão preventiva do paciente pelo pagamento de fiança no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) e pelas medidas
protetivas de: 1) proibição não só de acessar ao domicílio da ofendida, mas também de manter distância de 1000 m (mil
metros) desse lugar; 2) proibição de acessar ao local de trabalho, de estudo e dos estabelecimentos em geral nos quais
a vítima estiver presente; 3) proibição de fazer ligação telefônica e/ou de enviar mensagem via qualquer meio de
comunicação à ofendida (movimentação 04).
Solicitadas informações, estas foram prestadas pela autoridade acoimada coatora (movimentação 09).
NR.PROCESSO: 5705183.33.2019.8.09.0000
12).
É o relatório.
Passo ao Voto.
Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de Junior Honório Guimarães, preso em flagrante em 26
de novembro de 2019, pela suposta prática do crime de lesão corporal no contexto de violência doméstica contra a
mulher (art. 129, § 9º, CP c/c Lei 11340/06).
Em sede de liminar, foi deferida a concessão da liberdade provisória com pagamento de fiança e imposição
de medidas cautelares.
Pois bem.
Como ponderado quando do deferimento da liminar, no caso dos autos, em que pese a gravidade concreta
da conduta atribuída ao paciente, verifica-se a possibilidade de substituição da prisão por cautelares diversas.
No caso, não consta histórico de agressões por parte do paciente contra a ofendida. Ademais, não se
verifica que o paciente tenha sido condenado por outro crime doloso, ao contrário, ostenta bons predicados pessoais,
tampouco existe dúvida sobre a identidade civil dele.
A propósito do tema, já decidiu esta egrégia Corte de Justiça em caso semelhante, in verbis:
Diante disso, confirmo a liminar anteriormente concedida, com a manutenção das medidas cautelares
estabelecidas, nas seguintes condições:
3) proibição de fazer ligação telefônica e/ou de enviar mensagem via qualquer meio de
comunicação à ofendida.
Ressalto que, nos moldes do inciso II, do artigo 282, do Código de Processo Penal, a autoridade acoimada
coatora poderá adotar outras medidas cautelares alternativas, previstas no artigo 319 do Código de Processo Penal, que
entender necessárias.
Frise-se, ainda, que em caso de descumprimento das medidas, o paciente poderá ser novamente preso
NR.PROCESSO: 5705183.33.2019.8.09.0000
preventivamente, inteligência do artigo 282, § 4º, do Código de Processo Penal.
Com essas considerações, desacolho o parecer ministerial de cúpula e concedo a ordem, ficando JUNIOR
HONÓRIO GUIMARÃES vinculado ao cumprimento das medidas cautelares mencionadas, ratificando o provimento
liminar.
Deixo de determinar a expedição do competente alvará de soltura considerando que tal providência já foi
ultimada.
É como voto.
RELATOR
12/ebr
NR.PROCESSO: 5705183.33.2019.8.09.0000
EMENTA: HABEAS CORPUS. LESÃO CORPORAL. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. PRISÃO PREVENTIVA.
FUNDAMENTAÇÃO INIDÔNEA. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS DO ARTIGO 313 DO CPP. Confirma-se a liminar,
mantendo-se a liberdade provisória mediante imposição de cautelares menos drásticas quando verificada, no caso
concreto, a ausência dos requisitos do artigo 312 do Código de Processo Penal, cuidando-se de delito apenado com
detenção, cuja a pena não é superior a 04 (quatro) anos, sendo o paciente primário e portador de bons predicados, sem
que fosse anteriormente avaliada a suficiência das medidas protetivas elencadas na Lei Nº 11.340/06. ORDEM
CONCEDIDA. LIMINAR CONFIRMADA.
NR.PROCESSO: 5740661.05.2019.8.09.0000
HABEAS CORPUS Nº 5740661.05.2019.8.09.0000
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5740661.05.2019.8.09.0000
Goiânia, 04 de fevereiro de 2020.
RELATOR
10-jc
RELATÓRIO
Luiz Fernando Izidoro Monteiro e Silva, advogado regularmente inscrito na OAB/GO sob o nº 48.708, impetra a presente
ordem de HABEAS CORPUS, com pleito de liminar, em proveito de GILBERTO CÂNDIDO DE JESUS, devidamente
qualificado, apontando como autoridade coatora o juízo da 3ª Vara de Criminal de Caldas Novas/GO.
O impetrante narra que o paciente foi preso em 28/10/2019 em flagrante delito, pela suposta prática dos crimes de
satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente (art. 218-A do Código Penal) e ameaça (art. 147,
caput, do Código Penal), cujas penas abstratas máximas, somadas, totalizam 4 anos e 6 meses.
Conta que a prisão em flagrante do paciente foi homologada e convertida em preventiva, sendo a decisão novamente
confirmada em audiência de custódia.
NR.PROCESSO: 5740661.05.2019.8.09.0000
Irresignada, a defesa do paciente formulou pedido de revogação de prisão preventiva, que foi indeferido pelo juízo
coator.
Discorre sobre os requisitos do artigo 312 do CPP, afirmando que estão ausentes os pressupostos que autorizam a
manutenção de sua prisão cautelar.
Ao final, requer a concessão da medida liminar, para revogar a prisão preventiva decretada, expedindo o alvará de
soltura em favor do paciente.
É o relatório.
Passa-se ao VOTO.
Presentes as condições para o exercício do direito de ação e os pressupostos processuais inerentes ao habeas corpus,
passo ao exame de seu mérito, iniciando pela alegação de a decisão que decretou sua prisão preventiva encontra-se
fundamentada de maneira genérica.
No tocante à adoção da medida cautelar pessoal extrema, o MM. Juiz de Direito, ao decidir pela decretação da prisão
preventiva, fundamentou a deliberação nos seguintes termos:
“(...) Friso que, Gilberto estava trabalhando em uma construção ao lado da casa
da vítima, uma criança que estava brincando na porta de sua casa, pois tem
apenas 9 anos de idade (f. 20) e tentou aliciá-la para satisfazer sua lascívia,
tirando seu pênis para fora e fazendo movimentos de masturbação direcionados
à vítima, chamando-a até ele. Assustada, a vítima entrou em casa e contou o
ocorrido à sua genitora que acionou a polícia, sendo o acusado preso em
flagrante. Os fatos foram presenciados pela vizinha da vítima, quem acompanhou
tudo até a chegada da polícia. In casu, vicejo que há início de prova material do
NR.PROCESSO: 5740661.05.2019.8.09.0000
crime de satisfação de lascívia mediante presença de criança e dos depoimentos
colhidos exsurgem indícios de autoria que recaem sobre o requerente. Nesse
viés, sua soltura precoce representaria grave risco à ordem pública, mormente
quando considerada a gravidade do delito supostamente cometido. Outrossim, o
modus operandi da empreitada delitiva em apuração revela a periculosidade
social do acusado, vez que para a satisfação de sua lascívia, mostrou seu órgão
genital para uma criança, aproveitando-se de sua fragilidade, vez que não tinha
nenhuma possibilidade de defesa, tampouco de entendimento. Além disso, extrai-
se do sistema SPG, que o acusado responde por outra ação penal pela prática do
mesmo crime, inclusive em data recente (…)” (movimentação 1, arquivo 5).
Diferente do que sustenta o impetrante, a decisão que manteve a prisão preventiva do paciente, se encontra
suficientemente motivada, tudo nos termos da Constituição Federal (artigo 93, inciso IX).
Contudo, entendo que o fim almejado com a decretação da segregação cautelar, expressa pelo resguardo da ordem
pública e garantia da aplicação da lei penal, na vertente de se evitar a reiteração delitiva, pode ser alcançado mediante a
aplicação de medidas cautelares menos drásticas do que o encarceramento provisório, pelo que fica insubsistente a
prisão preventiva decretada caso, tudo em respeito ao postulado normativo da proporcionalidade e às disposições
constantes do artigo 282, §6º, do Código de Processo Penal (subsidiariedade da prisão preventiva em relação às
demais cautelares).
Nesse ponto, da análise dos documentos colacionados aos autos, observo que as condutas imputadas ao paciente, em
que pese dirigidas a três supostas vítimas, não consistiram em conjunções carnais ou anais, não sendo, aparentemente,
praticadas com violência real (movimentação 1).
Nesse contexto, mostra-se cabível a substituição da prisão preventiva do paciente, pelo cumprimento das seguintes
medidas cautelares diversas da prisão (artigo 282, II, CPP):
1 – comparecimento quinzenal no juízo de origem, para informar e justificar atividades (artigo 319, I, CPP) até a prolação
da sentença;
2 – proibição de ausentar-se da comarca por mais de oito dias sem comunicar ao juízo (artigo 319, IV, CPP);
3 – recolhimento domiciliar no período noturno, após as 22 horas, inclusive aos finais de semana e feriado (artigo 319,
V, CPP) e;
4 - monitoração eletrônica (artigo 319, IX, CPP). Se disponível, até a prolação da sentença.
NR.PROCESSO: 5740661.05.2019.8.09.0000
Ao teor de tais considerações, desacolhendo o parecer ministerial de cúpula, conheço da ação impugnativa e concedo
a ordem impetrada, mediante a imposição das medidas de cautela acima explicitadas.
Expeça-se alvará de soltura em favor de GILBERTO CÂNDIDO DE JESUS, colocando-o em liberdade, salvo se por
outro motivo deva permanecer preso.
É como voto.
RELATOR
10-LMDF
NR.PROCESSO: 5740661.05.2019.8.09.0000
NR.PROCESSO: 5740661.05.2019.8.09.0000
EMENTA: HABEAS CORPUS. CRIMES DE AMEAÇA E SATISFAÇÃO DE LASCÍVIA
MEDIANTE PRESENÇA DE CRIANÇA OU ADOLESCENTE. SUBSTITUIÇÃO DA
SEGREGAÇÃO PROVISÓRIA POR MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS.
VIABILIDADE. Revela-se oportuna e conveniente a substituição da segregação
provisória por medidas cautelares diversas da prisão quando, configurado o fumus
comissi delicti, estas se mostram adequadas e proporcionais ao intento de garantir a
ordem pública, compreendida como inibição da reiteração de fatos aparentemente
típicos. Inteligência do artigo 282, §6º, do CPP. ORDEM CONHECIDA E CONCEDIDA.
NR.PROCESSO: 5693671.53.2019.8.09.0000
TRIBUNAL DE JUSTIÇÃ DO ESTADO DE GOIÁS
COMARCA DE GOIÂNIA
RELATÓRIO E VOTO
Trata-se de conflito positivo de competência suscitado por EURICO BARBOSA DOS SANTOS
FILHO, que pretende seja declarada a competência da DESEMBARGADORA SANDRA REGINA
TEODORO REIS para o julgamento do mandado de segurança 5606169.76.2019.08.09.000
distribuído ao DESEMBARGADOR MARCUS DA COSTA FERREIRA, sob o argumento de que
aquela ação possui conexão com o mandado de segurança 0213925.37.1999.8.09.0051, julgado
pela mencionada desembargadora.
NR.PROCESSO: 5693671.53.2019.8.09.0000
vagas para o cargo de Auditor de Contas daquele órgão.
Defende que o afastamento de Fernando dos Santos Carneiro do cargo por ele ocupado é
decorrente do reconhecimento da nulidade do concurso realizado pelo tribunal de contas estadual
e que ele age de má-fé, pois interpôs exceção de suspeição em desfavor da Desembargadora,
por meio de argumentos ilegítimos.
É o relatório. Decido.
NR.PROCESSO: 5693671.53.2019.8.09.0000
Inicialmente, registre-se que, em face do teor das informações prestadas pelas duas autoridades
suscitadas, aparentemente, ao meu juízo, não restou caracterizado conflito. Contudo, a maioria
do Colegiado entendeu de forma diversa.
Em primeiras linhas, ressalte-se que, apesar de ter sido suscitado a impropriedade do presente
incidente, por não ser o suscitante parte no mandado de segurança 5606169.76.2019.08.09.0000,
este argumento não merece prosperar.
Por certo, nos termos dos arts. 951 e seguintes do Código de Processo Civil, o conflito de
competência poderá ser suscitado por qualquer das partes, pelo Ministério Público ou pelo juiz.
Confira-se:
“Art. 951. O conflito de competência pode ser suscitado por qualquer das
partes, pelo Ministério Público ou pelo juiz.
Art. 952. Não pode suscitar conflito a parte que, no processo, arguiu
incompetência relativa.
NR.PROCESSO: 5693671.53.2019.8.09.0000
necessários à prova do conflito”.
In casu, ressai evidente que o suscitante Eurico Barbosa dos Santos Filho não é parte do
mandado de segurança impetrado por Fernando dos Santos Carneiro contra ato coator atribuído
ao Presidente do tribunal de contas do estado de Goiás.
Naquela primeira ação (distribuída à Desembargadora Sandra Regina Teodoro Reis), o suscitante
é parte diretamente interessada, pois houve a anulação do concurso que deu ensejo à nomeação
do Sr. Fernando no retromencionado cargo, beneficiando diretamente o suscitante.
Assim, embora não seja parte na ação mandamental impetrada por Fernando dos Santos
Carneiro, o suscitante figura como terceiro diretamente interessado, pois as decisões exaradas
nos autos 5606169.76.2019.08.09.000 lhe atingirão diretamente.
Para tanto, sustentou, naquela época, a ocorrência de vícios insanáveis aptos a macular a higidez
do certame, notadamente no que diz respeito a: inserção de questões sobre matéria alheia ao
edital convocatório; interpretação equivocada das questões nº 25 e 32 da prova objetiva de P
rocurador de Contas; vício na elaboração da questão discursiva da prova de Procurador de C
ontas, de maneira a inexistir resposta correta e contratação do CESPE em desacordo com as
exigências do art. 26 da lei nº 8.666/93.
NR.PROCESSO: 5693671.53.2019.8.09.0000
Ao reconhecer as ilegalidades praticadas no certame, o Colegiado Recursal, acompanhando o
voto da Desembargadora Sandra Regina Teodoro Reis, reconheceu que Fernando dos Santos
Carneiro “foi nomeado por meio do “Ato de Nomeação”, datado de 28.12.1999, publicado no
Diário Oficial nº 18.335, de 3.1.2000, para exercer o cargo de “Procurador de Contas”, sendo
empossado na data de 5.1.2000. Todavia, se absteve de comprovar sua inscrição na Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB). Tal circunstância fática foi corroborada por meio do Ofício nº
356/2001 GPR, de 19.4.2001, emanado do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do
Brasil”
Disse, ainda, que ele (Fernando) “solicitou esclarecimentos à comissão de seleção, no que diz
respeito à necessidade de comprovação de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil – OAB,
para fins de investidura no cargo de Procurador de Contas, oportunidade em que se deliberou,
por unanimidade, meio de “Ata de Reunião da Comissão Organizadora do Concurso Público”,
datada de 15.12.1999, pela manutenção da referida exigência editalícia prevista no item 2.2.4, “i”
do edital nº 01/99”.
Após o reconhecimento das nulidades, foi concedida a segurança para anular o concurso regido
pelo edital 001/1999 e, como consequência de todos os atos posteriores, inclusive eventuais
nomeações.
Ou seja, de acordo com aquele julgamento, a posse de Fernando dos Santos Carneiro padece de
nulidade absoluta, não surtindo, portanto, efeito algum.
Ocorre que o Sr. Fernando, ao impetrar o mandado de segurança que foi distribuído ao D
esembargador Marcus da Costa Ferreira, questionou a competência do Presidente do tribunal de
constas estadual para exonerá-lo, sob o fundamento de que esse mister é exclusivo do G
overnador do Estado.
NR.PROCESSO: 5693671.53.2019.8.09.0000
Feitas essas considerações, nota-se que, apesar de não existir conexão direta entre as ações,
pois elas não possuem identidade de partes, pedidos ou causa de pedir, elas apresentam uma
relação de prejudicialidade, de modo que o julgamento de uma fatalmente afetará o da outra,
afinal, não se pode determinar que, em uma ação, o impetrante (Fernando) seja mantido no cargo
e, em outra, ele seja exonerado.
Diante desses fatos, ainda que se entenda que entre aquelas demandas não existe identidade de
partes ou pedido, é certo que nos termos do § 3º do art. 55 do Código de Processo Civil, ainda
que as ações não sejam conexas, existindo a possibilidade de que tenham decisões conflitantes
ou contraditórias, elas deverão ser reunidas para julgamento simultâneo.
Veja-se:
“Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for
comum o pedido ou a causa de pedir.
(...)
Em idêntico sentido:
NR.PROCESSO: 5693671.53.2019.8.09.0000
ação revisional anteriormente ajuizada, é competente para processamento e
julgamento de ambas o Juízo suscitante. Conflito Negativo de Competência
julgado improcedente. (TJGO, 1ª Seção Cível, Conflito de Competência
5298782-83.2019.8.09.0000, Rel. Zacarias Neves Coelho, julgado em
08/10/2019, DJe de 08/10/2019).
Este entendimento se dá em razão do fato de que, mesmo sem a configuração da conexão entre
as demandas, elas, por uma questão de segurança jurídica, devem ser reunidas para julgamento,
evitando-se, com isso, decisões conflitantes e contraditórias, caso decididas separadamente.
Nesse contexto, nota-se que ambas as ações mandamentais devem tramitar de forma conjunta
para que sejam julgadas pelo mesmo Juízo.
É o voto.
Relator
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5693671.53.2019.8.09.0000
ACORDAM os integrantes da 1ª SEÇÃO CÍVEL, à unanimidade de votos, em julgar
procedente o Conflito de Competência, nos termos do voto do Relator.
Com ausência justificada o Desembargador Zacarias Neves Coelho e o Dr. Fernando de Castro
Mesquita (em substituição ao Desembargador Luiz Eduardo de Sousa).
Impedido para julgamento apenas o Dr. Eudélcio Machado Fagundes (em substituição ao
Desembargador Gerson Santana Cintra).
Relator
NR.PROCESSO: 5693671.53.2019.8.09.0000
TRIBUNAL DE JUSTIÇÃ DO ESTADO DE GOIÁS
COMARCA DE GOIÂNIA
INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Extinto o Processo por Desistência (cpc) - Data da
Movimentação 18/02/2020 15:03:04
NR.PROCESSO: 5694357.71.2019.8.09.0056
Poder Judiciário
1ª Seção Cível
RECLAMAÇÃO Nº 5694357.71.2019.8.09.0000
COMARCA DE GOIÂNIA
RECLAMANTE : MARCELO VINÍCIUS DE SOUZA CAMPOS
RECLAMADO : 1ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS DE GOIÂNIA
RELATORA : DESª AMÉLIA MARTINS DE ARAÚJO
DECISÃO MONOCRÁTICA
NR.PROCESSO: 5694357.71.2019.8.09.0056
Consta dos autos que a presente Reclamação foi, inicialmente, distribuída à
Dra. Stefane Fiúza Cançado Machado, Juíza de Direito da 1ª Turma Recursal dos
Juizados Especiais.
NR.PROCESSO: 5694357.71.2019.8.09.0056
MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA ATO JUDICIAL.
DECISÃO PELA INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DO
JUÍZO. DECLINAÇÃO DE COMPETÊNCIA DE OFÍCIO.
PRINCÍPIO DA NÃO SURPRESA (ART. 10 DO
CPC/2015). NÃO INCIDÊNCIA. AUSÊNCIA DE
TERATOLOGIA NA DECISÃO DE DECLINAÇÃO DE
COMPETÊNCIA. UTILIZAÇÃO DO MANDADO DE
SEGURANÇA COMO SUCEDÂNEO RECURSAL.
AGRAVO INTERNO NÃO PROVIDO. 1. O recorrente
defende a nulidade do julgado impugnado pelo mandado
de segurança por teratologia consistente na declinação de
competência de ofício do juízo singular para o Tribunal de
Justiça Militar. Isso porque não houve observação do
princípio da não surpresa e porque a impugnação da
decisão de perda de patente não está elencada na
competência originária do Tribunal. 2. O art. 10 do
CPC/2015 faz referência expressa ao princípio da não
surpresa. Assim, em regra, o magistrado não pode decidir
com base em algum fundamento que as partes não teve
oportunidade de se manifestar. 3. Contudo, a norma do art.
10 do CPC/2015 não pode ser considerada de aplicação
absoluta, porque o sistema processual brasileiro
desvincula a necessidade de atos processuais da
realização de diligências desnecessárias. 4. A
jurisprudência do STJ já admite o caráter não absoluto do
art. 10 do CPC/2015, uma vez que entende pela
desnecessidade de intimar o recorrente antes da prolação
de decisão que reconhece algum óbice de admissibilidade
do recurso especial. 5. A controvérsia atinente à
violação do princípio da não surpresa decorre de
possível incompetência absoluta. Eventual vício dessa
natureza é considerado tão grave no ordenamento que,
além de poder ser pronunciada de ofício, configura
hipótese de ação rescisória (art. 966, II, do CPC/2015).
6. Ademais, a declaração - em si considerada - atinente
à declinação de competência absoluta não implica
prejuízos ao requerente. Afinal, a decisão judicial não
se manifesta quanto ao mérito da controvérsia. Esse
deverá ser devidamente analisado (caso não haja
preliminares ou prejudiciais de mérito) pelo juízo
competente após o transcurso do devido processo
legal. Ou seja, a declaração de incompetência não
traduz risco ao eventual direito subjetivo do
requerente. Na verdade, a declinação de competência
absoluta prestigia o princípio do juiz natural e,
consequentemente, o escopo político do processo. 7.
Como nos casos em que não se reconhece violação do
princípio da não surpresa na declaração de algum óbice de
recurso especial, na declaração de incompetência
absoluta, a fundamentação amparada em lei não constitui
inovação no litígio, porque é de rigor o exame da
competência em função da matéria ou hierárquica antes da
NR.PROCESSO: 5694357.71.2019.8.09.0056
análise efetiva das questões controvertidas apresentadas
ao juiz. Assim, tem-se que, nos termos do Enunciado n.
4 da ENFAM, "Na declaração de incompetência
absoluta não se aplica o disposto no art. 10, parte final,
do CPC/2015." 8. Ademais, o ato judicial impugnado pelo
mandado de segurança é decisão monocrática proferida
em sede de ação ordinária que visa à anulação de ato que
determinou perda de graduação do ora recorrente. Não há
teratologia nessa decisão porque os membros do Poder
Judiciário possuem competência para analisar a sua
competência (kompentez kompentez). Além disso,
independente da natureza do ato de demissão, a análise
da competência está fundamentada tanto pela Constituição
Federal quanto pela Constituição Estadual. Não havendo
manifesta ilegalidade, não é cabível mandado de
segurança contra ato judicial. 9. Por fim, poderia o
recorrente ter utilizado do recurso próprio para a impugnar
a declinação de competência a partir da eventual natureza
administrativa do ato demissionário. Ocorre que mandado
de segurança não pode ser utilizado como sucedâneo
recursal. 10. Agravo interno não provido. (STJ, AgInt no
RMS 61732/SP, DJe 12/12/2019, 2ª Turma, Rel. Min.
Mauro Campbell Marques).
Sobre o tema, dispõe o artigo 485, inciso VIII e § 4º, do Código de Processo
Civil, que:
NR.PROCESSO: 5694357.71.2019.8.09.0056
Na espécie, como o pedido de desistência foi feito antes da citação da parte
requerida, independe de consentimento do réu, razão pela qual impõe-se a
homologação.
É como decido.
NR.PROCESSO: 5714042.38.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador Carlos Alberto França
DECISÃOMONOCRÁTICA
NR.PROCESSO: 5714042.38.2019.8.09.0000
pretensão inicial em favor da sociedade empresária Casa Bela Empreendimentos
Imobiliários Ltda./ME, ressaltando que, à época, não dispunham de documentação que
comprovava a propriedade dos bens em litígio.
Prosseguem dizendo que, encontrada a documentação comprobatória da
aquisição dos imóveis, e capaz de lhes assegurar pronunciamento favorável, ajuizaram
a presente rescisória com fundamento no artigo 966 e seguintes do CPC.
Com a peça vestibular foram colacionados documentos (evento n. 1).
Este Relator, através do despacho inserido no evento n. 6, determinou, nos
termos dos artigos 966 e seguintes do CPC, a intimação da parte autora para, no
prazo de 15 (quinze) dias, em emenda à inicial, demonstrar que a documentação
anexada para comprovar a propriedade do imóvel se trata de prova nova, comprovar
que faz jus aos benefícios da gratuidade da justiça, sob pena de indeferimento do
pedido, regularizar a sua representação processual, anexando instrumento de
mandato com poderes especiais para ajuizar ação rescisória, sob pena de extinção do
processo, sem resolução do mérito, e anexar a certidão de trânsito em julgado do ato
judicial que pretende rescindir, bem assim cópia digitalizada dos autos principais (ação
reivindicatória), frente e verso, sob pena de indeferimento da inicial.
Juntado substabelecimento pela parte autora – evento n. 11.
Regularmente intimada (evento n. 12), a parte autora não se manifestou,
conforme certificado no evento n. 13.
Através da decisão inserida no evento n. 15, pelo fato da parte autora não ter
efetivamente demonstrado a sua hipossuficiência econômico/financeira, foi indeferido o
pedido de concessão dos benefícios da gratuidade da justiça formulado e determinada
a intimação da parte requerente para recolher o valor das custas processuais iniciais,
sob pena de ser dado baixa na distribuição da presente ação, no prazo de 5 dias.
Conforme certificado no evento n. 21, não houve o recolhimento do valor das
custas processuais iniciais.
É o relatório. Decido.
NR.PROCESSO: 5714042.38.2019.8.09.0000
Conforme certificado no evento n. 21, não houve o recolhimento do valor das
custas processuais iniciais.
Pois bem.
É sabido que, nos termos do artigo 290 do Código de Processo Civil/2015,
será cancelada a distribuição do feito se a parte, intimada na pessoa de seu advogado,
não realizar o pagamento das custas e despesas de ingresso.
Ademais, a petição vestibular da ação rescisória deve vir acompanhada do
depósito da importância de 5% (cinco por cento) sobre o valor da causa, sob pena de
indeferimento da inicial, conforme disciplina o artigo 968, § 3º, do Código de Processo
Civil:
(…)
§ 3º. Além dos casos previstos no art. 330, a petição inicial será
indeferida quando não efetuado o depósito exigido pelo inciso II do caput deste
artigo.”
Com efeito, tendo a parte autora deixado transcorrer in albis o prazo que lhe
foi concedido para recolher o valor das custas processuais iniciais (evento n. 15), o
cancelamento da distribuição do feito é medida que se impõe.
Neste sentido, veja-se o que dispõe o artigo 286 do Regimento Interno do
egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás:
A propósito:
NR.PROCESSO: 5714042.38.2019.8.09.0000
CUMPRIMENTO DO COMANDO JUDICIAL. CANCELAMENTO DA
DISTRIBUIÇÃO. INDEFERIMENTO INICIAL. EXTINÇÃO DO FEITO SEM
RESOLUÇÃO DO MÉRITO. SENTENÇA MANTIDA. APELAÇÃO CÍVEL
CONHECIDA E DESPROVIDA. INEXISTÊNCIA DE FATO NOVO. 1. Restando
devidamente intimada a parte autora sobre o despacho que determinou a
juntada de documentos comprobatórios de sua incapacidade financeira
para a concessão da assistência judiciária, ou o recolhimento das custas
iniciais, e ainda, que emendasse a petição inicial para a adequação do valor
dado à causa, correta a sentença que determina o cancelamento da
distribuição e indefere a petição inicial, extinguindo o processo sem
resolução do mérito, por ter deixado o demandante de atender ao comando
judicial. 2. Encontra-se precluso qualquer questionamento nesta instância
recursal, a respeito da necessidade ou não de comprovação do estado de
hipossuficiência da parte autora/agravante para o deferimento da assistência
judiciária, haja vista que deveria ter recorrido da decisão singular no momento
processual oportuno, ao teor do artigo 473 do CPC/73, correspondente ao atual
artigo 507 do Código de Processo Civil de 2015. 3. É medida imperativa o
desprovimento do Agravo Interno quando não evidenciado em suas razões
qualquer novo argumento que justifique a modificação da decisão monocrática
agravada. 4. AGRAVO INTERNO CONHECIDO E DESPROVIDO.” (TJGO,
APELAÇÃO CÍVEL 301641-66.2015.8.09.0011, Rel. DES. GERSON SANTANA
CINTRA, 3A CÂMARA CÍVEL, julgado em 14/06/2016, DJe 2053 de 23/06/2016,
g.)
NR.PROCESSO: 5714042.38.2019.8.09.0000
“Ação rescisória. Ausente certidão de trânsito em julgado da sentença
rescindenda. Emenda da inicial determinada. Desatendimento. Indeferimento da
petição. Inépcia. Preclusão do ônus de impugnar o indeferimento da gratuidade
judiciária. Extinção do processo, sem resolução de mérito - art. 175, II, RITJGO,
c/c 485, I, e 321, parágrafo único, ambos do CPC/2015” (TJGO, AR 161261-89 de
Goiânia, DJ 2046 de 14.06.2016, Rel. Des. Beatriz Figueiredo Franco).
NR.PROCESSO: 5714042.38.2019.8.09.0000
Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA
RELATOR
/C65
NR.PROCESSO: 0240093.80.2016.8.09.0051
Gabinete do Juiz Respondente Fábio Cristóvão de Campos Faria
DESPACHO
Cumpra-se.
NR.PROCESSO: 5429780.83.2019.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Comarca : GOIÂNIA
VOTO
NR.PROCESSO: 5429780.83.2019.8.09.0051
inclusão indevida do nome do Reclamante, ora autor, no cadastro de inadimplentes.
Note-se que, interposto recurso inominado, foi ele provido, por meio de
acórdão de 1ª Turma dos Juizados Especiais Cíveis, sob o seguinte fundamento,
transcrevo:
(…) 4) Aplicável ao caso as normas previstas no Código de Defesa do
Consumidor. 5) Para que alguém seja responsabilizado civilmente pela
prática de atos ilícitos, necessária a presença de três requisitos: ação
ou omissão que caracteriza o ato como ilícito, o dano moral ou
patrimonial e o nexo da causalidade entre o dano e a ação que o
produziu. 6) Cumpre ressaltar. Inicialmente, que, malgrado existir a
informação no extrato (movimentação n. 01, arquivo 05) de que trata-se
de informação confidencial, observa-se que o documento traz
informações da própria parte autora e foi por ela utilizado, não havendo
irregularidade alguma. 7) Analisando os documentos colacionados pela
parte recorrente (movimentação n. 08/10), possível inferir que houve a
contratação e a utilização dos serviços prestados pela empresa de
telefonia. Consoante as faturas apresentadas, verifica-se o significativo
histórico de consumo, no qual chega a ser demonstrado 116 ligações
na fatura jungida ao arquivo 10. 8) Ademais, o recorrido não refutou o
fato da utilização dos serviços oferecidos pela empresa GVT, a qual
fora incorporada pela Telefônica Vivo. Assim, se limitou em dizer
apenas que não houve a contratação junto à recorrente. 9) Dessarte, se
desincumbiu o recorrente do onus probandi de fato impeditivo,
modificativo ou extintivo do direito do recorrido, na forma do art. 373,
inciso II do CPC/15. Desta forma, ao comprovar a legitimidade de sua
conduta, ponto central da presente demanda, a qual teria originado o
débito objeto da negativação do nome do recorrido junto aos órgãos de
proteção creditícia, fica afastado o dever de reparação de danos
morais, já que estes não se configuraram. 10) RECURSO CONHECIDO E
PROVIDO, reformando a sentença de origem e julgando improcedentes
os pedidos iniciais.” Sublinhei
Pois bem. Com efeito, nos termos do art. 988, IV, do CPC, caberá reclamação
para garantir a observância de acórdão proferido em julgamento de incidente de
resolução de demandas repetitivas.
Assim, a reclamação ajuizada com fulcro no inciso IV, do art. 988, do CPC
objetiva garantir a autoridade de precedentes obrigatórios, não podendo servir como
sucedâneo recursal para discutir o teor do ato judicial vergastado.
Assentado isso, conforme o texto sublinhado do acórdão, acima transcrito,
não houve reexame da inversão do ônus da prova ao ponto de infringir entendimento
do Superior Tribunal de Justiça no julgamento do REsp nº REsp nº 1.596.248/SC.
Do confronto entre o que restou decidido no acórdão prolatado pela 1ª Turma
Recursal dos Juizados Especiais nos autos originários nº 5194737.74.2016.8.09.0051
e o entendimento consolidado no Superior Tribunal de Justiça, delineado no REsp nº
1.596.248/SC, constata-se que o decisum objeto da presente reclamação não violou a
tese fixada no referido paradigma.
O que ocorreu foi apenas uma reanálise do acervo probatório, o que
NR.PROCESSO: 5429780.83.2019.8.09.0051
desencadeou na seguinte conclusão: “Analisando os documentos colacionados
pela parte recorrente (movimentação n. 08/10), possível inferir que houve a
contratação e a utilização dos serviços prestados pela empresa de telefonia.
Consoante as faturas apresentadas, verifica-se o significativo histórico de
consumo, no qual chega a ser demonstrado 116 ligações na fatura jungida ao
arquivo 10. (…) 9) Dessarte, se desincumbiu o recorrente do onus probandi de
fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do recorrido, na forma do art.
373, inciso II do CPC/15.”
Logo, não há se falar em violação da tese fixada no paradigma em tela, uma
vez que o Órgão Colegiado, após a análise das provas produzidas e de acordo com o
seu convencimento, entendeu que houve a existência do débito, bem como foi devida
a negativação do nome do Reclamante.
Ademais, cumpre ressaltar que as reclamações não constituem sucedâneo de
recurso e, por isso mesmo, não se prestam ao reexame das circunstâncias fáticas de
cada demanda concreta, sob pena de desvirtuamento do sistema processual e afronta
ao princípio do devido processo legal, sendo certo que mero inconformismo com o
acórdão proferido pela 1ª Turma Recursal dos Juizados Especiais não ampara o
ajuizamento da reclamação.
ANTE O EXPOSTO, julgo improcedente a reclamação.
Custa pela parte reclamante, no entanto, fica suspensa por ser beneficiária da
gratuidade da justiça.
Deixo de condená-la ao pagamento da verba honorária, uma vez que não
houve manifestação da parte contrária.
É o voto.
NR.PROCESSO: 5429780.83.2019.8.09.0051
RECLAMAÇÃO – AUTOS Nº 5429780.83.2019.8.09.0051
Comarca : GOIÂNIA
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5429780.83.2019.8.09.0051
Leobino Valente Chaves, Drs. Ronnie Paes Sandre(subst. do Des. Ney Teles de Pula),
Eudélcio Machado Fagundes(subst. Do Des. Gerson Santana Cintra) e Fábio
Cristóvão de Campos Faria(respondente). Ausente justificado: Des. Zacarias Neves
Coelho e Dr. Fernando de Castro Mesquita(subst. Do Des. Luiz Eduardo de Souza).
Presidiu a sessão o Des. Carlos Alberto França.
Presente o Dr. Osvaldo Nascente Borges, Procurador de Justiça.
Goiânia, datado e assinado digitalmente.
NR.PROCESSO: 5551568.64.2019.8.09.0051
RECLAMAÇÃO Nº 5551568.64.2019.8.09.0051
COMARCA DE GOIÂNIA
DECISÃO
Trata-se de Reclamação, prevista no art. 988 do NOVO CPC, ajuizada por JULIANE PEREIRA
DA SILVA contra acórdão proferido pela 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais, nos autos da
ação de Indenização por Danos Morais, proposta em desfavor da CELG Distribuição S/A – CELG,
o qual deu provimento ao recurso inominado interposto pela CELG, reformando a sentença de
piso, para julgar improcedente o pleito inicial.
Aduz que, para dirimir a divergência entre Acórdão proferido pela Turma Recursal Estadual e a
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça foi delegado aos Tribunais de Justiça a
competência para sua análise, conforme o disposto nos artigos 1º e 2º da Resolução de nº 3, de 7
de abril de 2016, do Superior Tribunal de Justiça.
Ao relatar os fatos aduz que move ação de indenização por danos morais em desfavor de CELG
DISTRIBUIÇÃO S.A (processo n. 5059147.72.2017.8.09.0025).
Afirma que promoveu a citada ação em decorrência de uma falha na prestação de serviço de
energia elétrica ocorrida na data de 20/11/2016, por volta das 19h00min., provocando a queima
do eletrodoméstico (refrigerador) da reclamante.
Alega que tentou de todas as formas uma solução junto da prestadora de serviço de energia
elétrica, todas as tentativas restaram infrutíferas.
Esclarece que trouxe aos autos, as seguintes provas: reclamação perante a prestadora de
serviços de energia elétrica, gerando o protocolo de atendimento/ordem de serviço n° 72462136,
com data de 24/11/2016 (anote-se que tal solicitação jamais fora atendida, visto que a companhia
elétrica NUNCA enviou um técnico ao local para avaliar as possíveis causas do dano); Laudo
técnico atestando que o equipamento fora danificado devido a “alteração de alimentação de
energia elétrica”, datado de 30/11/2016; Reclamação perante o Órgão de Defesa do Consumidor
(PROCON DE CALDAS NOVAS-GO) e Prova da aquisição de outro aparelho eletrodoméstico
(refrigerador), tendo em vista a morosidade da companhia elétrica em resolver o problema.
Assevera que o Juizado Especial Cível da Comarca de Caldas Novas (GO) julgou procedente a
ação. Contudo, em grau recursal a 2ª Turma Recursal do Tribunal dos Juizados Especiais Cíveis
do Estado de Goiás, conheceu e proveu o Recurso Inominado interposto pela Ré, reformando
integralmente a sentença de primeiro grau em seus fundamentos, considerando que a Autora não
logrou êxito em comprovar o nexo causal.
NR.PROCESSO: 5551568.64.2019.8.09.0051
Assevera a Reclamante que o acórdão da Turma Recursal confronta o entendimento
sedimentado desta Corte.
Entende que logrou êxito em comprovar a relação de consumo havida entre as partes com a
documentação acostada aos autos, restando, assim, o dever da Requerida provar que não
concorreu para a causa do dano sofrido pela Autora.
Verbera que o reexame de provas em sede de recurso afronta a Súmula 07 do STJ. Cita julgados
do STJ sobre o tema.
Diante disso, afirma que o referido acórdão afronta a autoridade das decisões do Superior
Tribunal de Justiça e do próprio Tribunal de Justiça de Goiás, além de não observar a inversão do
ônus da prova determinado pelo Juízo de 1º grau, de modo que não pode permanecer de tal
forma, mediante o zelo pela uniformização jurisprudencial pregado pelos artigos 926 e 927, IV, do
CPC.
Mediante a decisão lançada no evento 7, este Relator suspendeu os efeitos do ato impugnado.
Éo relatório.
DECIDO.
“Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para
pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios têm direito à gratuidade
da justiça, na forma da lei. (…)
Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação,
na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso. (…)
§2º O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos que evidenciem a
falta dos pressupostos legais para a concessão de gratuidade, devendo, antes de indeferir o
pedido, determinar à parte a comprovação do preenchimento dos referidos pressupostos.
§4º A assistência do requerente por advogado particular não impede a concessão de gratuidade
NR.PROCESSO: 5551568.64.2019.8.09.0051
da justiça.
§5º Na hipótese do § 4º, o recurso que verse exclusivamente sobre valor de honorários de
sucumbência fixados em favor do advogado de beneficiário estará sujeito a preparo, salvo se o
próprio advogado demonstrar que tem direito à gratuidade.
Em se tratando de pessoa natural, como é o caso dos autos, o sistema processual traz
expressamente a previsão de presunção relativa quanto a alegação de insuficiência financeira da
parte que requer o benefício, podendo o juiz indeferir a gratuidade somente se houver nos autos
elementos que evidenciem a falta de pressupostos legais para a sua concessão.
“Faz jus à gratuidade da justiça a pessoa, natural ou jurídica, que comprovar sua impossibilidade
de arcar com os encargos processuais.”
Forte nesse arcabouço técnico, observo que os documentos jungidos a este caderno processual
não são aptos a demonstrar a hipossuficiência da reclamante, razão pela qual o indeferimento do
pedido de gratuidade da justiça revela-se medida impositiva.
NR.PROCESSO: 5551568.64.2019.8.09.0051
no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de cancelamento da distribuição.
Em tempo, caso a autora não disponha do numerário integral para pagamento das custas,
autorizo seu parcelamento em 05 (cinco) parcelas, sendo que para o prosseguimento do feito, a
primeira deverá ser paga em 15 (quinze) dias.
Cumpra-se.
Relator
NR.PROCESSO: 5505978.23.2019.8.09.0000
MANDADO DE SEGURANÇA Nº 5505978.23.2019.8.09.0000
IMPETRANTE : CARLOS MAURÍCIO DOS SANTOS
IMPETRADO : JUIZ DE DIREITO DO 2º JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA
LITPAS : ESTADO DE GOIÁS
RELATOR : DES. LUIZ EDUARDO DE SOUSA
1ª SEÇÃO CÍVEL
DECISÃO MONOCRÁTICA
Aponta como ato coator o ato judicial que determinou a redistribuição do processo
originário para Vara da Fazenda Pública Estadual, pois ele não estaria acima do teto de alçada
fixado na Lei nº 12.153/2012, de 60 (sessenta) salários-mínimos, além de não tratar sobre causa
coletiva.
É o relatório. DECIDO.
NR.PROCESSO: 5505978.23.2019.8.09.0000
Depreende-se do relatado que o objetivo do writ era reverter a decisão prolatada pelo
Juiz de Direito do 2º Juizado Especial da Fazenda Pública que, declinando de sua competência,
determinou a remessa do feito originário para a Vara da Fazenda Pública Estadual, mesmo não
se tratando de demanda coletiva, tampouco excedendo o valor da causa 60 (sessenta) salários
mínimo.
Intimem-se.
RELATOR
23
NR.PROCESSO: 5551580.37.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Gabinete do Desembargador Leobino Valente Chaves
AÇÃO RESCISÓRIA Nº 5551580.37.2019.8.09.0000
COMARCA DE GOIÂNIA
AUTOR : LUIZ SCHLITTLER SILVA
RÉUS : NERTAN SILVA DE GOIS E OUTRA
RELATOR : DES. LEOBINO VALENTE CHAVES
DESPACHO
Nos termos do art. 485, inciso III, § 1º, do Código de Processo Civil, intime-se
a parte autora (pessoalmente) e seu advogado (via DJe) para, no prazo de 05 (cinco)
dias, promoverem o devido andamento da causa, sob pena de extinção.
Cumpra-se.
NR.PROCESSO: 5402639.11.2019.8.09.9001
tribunal
PODER JUDICIÁRIO
de justiça TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
do estado
Gabinete do Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
de goiás
Rua 10, n.º 150 , Fórum Dr. Heitor Moraes Fleury , 12º Andar , Sala 1229, Setor Oeste , Goiânia-GO, CEP 74120020, Tel: (62) 3216-2964
Processo : 5402639.11.2019.8.09.9001
Nome CPF/CNPJ
Promovente(s)
PAULO CESAR MOREIRA DA SILVA 787.875.641-49
CPF/CN
Nome
PJ
Promovido(s)
JD do 2º Juizado Especial Da Fazenda Pública Do
--
Estado De Goiás
Mandado de Segurança (CF; Lei Órgão 1ª Seção
Tipo de Ação / Recurso
12016/2009) judicante: Cível
Relator Des. ORLOFF NEVES ROCHA
DECISÃO MONOCRÁTICA
NR.PROCESSO: 5402639.11.2019.8.09.9001
Goiânia, 19 de fevereiro de 2020.
Desembargador ORLOFF NEVES ROCHA
Relator
_____________________________________________________________________
_____
Documento emitido / assinado digitalmente
com fundamento no Art. 1º, § 2º III, "b", da Lei Federal nº 11.419, de 19/12/2006, publicada no DOU de 20/12/2006.
NR.PROCESSO: 5733757.66.2019.8.09.0000
MANDADO DE SEGURANÇA Nº 5733757.66.2019.8.09.0000
COMARCA DE TRINDADE
IMPETRANTE: LUCIANE DE OLIVEIRA CARDOSO
IMPETRADO: JD DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE TRINDADE
RELATOR: DES. LEOBINO VALENTE CHAVES
DECISÃO UNIPESSOAL
NR.PROCESSO: 5733757.66.2019.8.09.0000
Trata-se de Mandado de Segurança impetrado por LUCIANE DE OLIVEIRA
CARDOSO contra ato praticado pelo Juiz de Direito em auxílio na 2ª Vara Cível,
Fazendas Públicas, Registros Públicos e Ambiental da comarca de Trindade (evento
nº 22 – processo originário), nos autos da ação de Busca e Apreensão ajuizada em
seu desfavor pelo BANCO ITAUCARD S/A, consistente na expedição de Despacho
determinando a intimação do autor, via advogado, para que se manifeste, no prazo de
05 (cinco) dias, sobre o pagamento realizado pela ré/impetrante.
Sustenta a insurgente que é parte ré na ação de Busca e Apreensão, cuja liminar foi
deferida e o bem apreendido no dia 21.11.2019, porém, no dia 22.11.2019 houve a
purgação da mora, mediante depósito judicial, atendendo ao valor apresentado pelo
Banco na inicial.
É o relatório. DECIDO.
Dentre as particularidades que lhe são inerentes, alcança especial relevo o fato de
corresponder a um antídoto, de efeitos drásticos, a combater, igualmente, as situações
NR.PROCESSO: 5733757.66.2019.8.09.0000
potencialmente danosas e relevantes, sendo, por isso, célere e inapto a fomentar
discussões de alta indagação ou desdobramentos procedimentais sugestivos de
ordinarismo.
A propósito:
NR.PROCESSO: 5733757.66.2019.8.09.0000
28/06/2005, DJ de 05/08/2005).
O RITJGO prevê, em seu art. 385, que “... São suscetíveis de correição, mediante
reclamação da parte ou do órgão do Ministério Público, os despachos
irrecorríveis do juiz que importem inversão da ordem legal do processo, ou
resultem de erro de ofício ou abuso de poder.”
Analisando a questão ainda por este ângulo, caso identificasse que o despacho em
tela estaria ocasionando-lhe prejuízo, vez que exarado contrariamente à ordem
processual ou ainda por erro ou abuso, o caminho que se lhe abriria era o da correição
(reclamação), e não o da ação mandamental.
NR.PROCESSO: 5733757.66.2019.8.09.0000
20/11/2015).
Intime-se.
NR.PROCESSO: 5296657.45.2019.8.09.0000
INTIMAÇÃO EFETIVADA REFERENTE A MOVIMENTAÇÃO DO DIA - 19 de fevereiro de
2020 - INTIMAÇÃO VIA DIÁRIO ELETRÔNICO
Relator
NR.PROCESSO: 5443615.97.2019.8.09.0000
INTIMAÇÃO EFETIVADA REFERENTE A MOVIMENTAÇÃO DO DIA - 19 de fevereiro de
2020 - INTIMAÇÃO VIA DIÁRIO ELETRÔNICO
Relator
NR.PROCESSO: 5669068.13.2019.8.09.0000
INTIMAÇÃO EFETIVADA REFERENTE A MOVIMENTAÇÃO DO DIA - 19 de fevereiro de
2020 - INTIMAÇÃO VIA DIÁRIO ELETRÔNICO
Relator
NR.PROCESSO: 5066669.26.2020.8.09.0000
Gabinete do Desembargador Amaral Wilson de Oliveira
COMARCA DE GOIÂNIA
DECISÃO LIMINAR
Relata o ESTADO DE GOIÁS que a parte adversa ingressou com a citada ação anulatória
requerendo, a título de tutela de urgência, a continuidade do candidato no concurso público para
provimento do cargo de Agente de Segurança Prisional, regido pelo Edital 01/19-DGAP, não
obstante tenha sido eliminado, nos termos previstos no item 18.3 do aludido Edital, em face de
NR.PROCESSO: 5066669.26.2020.8.09.0000
reprovação na prova objetiva.
Sustenta, em suma, que os pedidos da parte adversa, em sede de liminar, se confundem com o
mérito da ação anulatória. Assim, a liminar deferida é totalmente satisfativa e irreversível,
encontrando óbice nos preceitos do artigo 1º, § 3º, da Lei 8.437/92, acrescentando que
“inúmeras liminares foram deferidas, o que compromete totalmente o cumprimento do
cronograma do certame e gera insegurança jurídica quanto a classificação dos candidatos, a
saber, citem – se as decisões inseridas nos autos nº. 5015554.07; 5015333.24, 5010839.19 e
5014903.72. De outra senda, inúmeras liminares, de forma escorreita, foram denegadas, nos
termos dos julgados anexos.”
Ademais, sustenta que ”a imediata produção dos efeitos da decisão traz risco de danos graves,
de difícil ou impossível reparação ao Estado, especialmente, pelo comprometimento do
cumprimento do cronograma do certame, bem como pela insegurança jurídica na divulgação das
listas dos classificados.”
Após discorrer minuciosamente sobre as teses deduzidas, destaca a presença dos requisitos
legais para a concessão de efeito suspensivo ao recurso, de modo a obstar os efeitos da decisão
agravada diante da possibilidade de prejuízos irreparáveis à Administração Pública, citando
julgados em amparo às suas assertivas.
Ao final, requer a atribuição de efeito suspensivo ao recurso, com amparo no artigo 1019, inciso I,
do CPC/15, e que o agravo de instrumento seja provido, reformando-se a decisão impugnada,
nos termos postulados.
NR.PROCESSO: 5066669.26.2020.8.09.0000
De acordo com o disposto no artigo 1.015, inciso I, do Código de Processo Civil/2015, é cabível a
interposição de agravo de instrumento em ataque às decisões interlocutórias que versarem
sobre tutela provisória.
Portanto, o presente recurso interposto em ataque à decisão, ora impugnada, encontra previsão
no rol taxativo do citado dispositivo do CPC/2015. Assim sendo, merece conhecimento.
Outrossim, estabelece o artigo 1.019, inciso I, do citado Códex Instrumental que o relator “poderá
atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total o parcial, a
pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão”, caso vislumbre que a decisão
interlocutória impugnada tenha potencialidade de causar imediato gravame de difícil ou
impossível reparação, de tal sorte que não se possa esperar que a pretensão recursal seja
examinada em momento posterior.
Desse modo, para se conceder o efeito suspensivo ou antecipar a tutela recursal, mister se
verificar a presença concomitante dos requisitos necessários ao deferimento de qualquer tutela
provisória, quais sejam, a probabilidade de provimento do recurso e o risco de dano grave
ou de difícil reparação (art. 300, CPC/15).
Em consonância à jurisprudência sedimentada desta Corte, não se pode olvidar que: “A tutela de
urgência será concedida se observados, concomitantemente, os requisitos do artigo 300, caput,
do Código de Processo Civil, quais sejam, a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco
ao resultado útil do processo.[...]”(TJGO, Agravo de Instrumento (CPC) 5532422-93.2019.8.09.0000, Rel.
ELIZABETH MARIA DA SILVA, 4ª Câmara Cível, julgado em 04/02/2020, DJe de 04/02/2020).
No caso vertente, em sede de cognição sumária e superficial, própria ao estágio dos autos,
analisadas as alegações do recorrente e atento à fase processual da ação originária, com relevo
ao entendimento jurisprudencial sobre o tema, identifico, a princípio, elementos indicadores da
probabilidade de provimento do recurso e do risco de dano grave ou de difícil reparação, tal como
apontado pelo recorrente.
A propósito, “O STF (RE 532.853/CE) decidiu, com repercussão geral, que o Poder Judiciário não
pode, como regra, substituir a banca examinadora de certame para avaliar as respostas dadas
pelos candidatos nem as notas a elas atribuídas, ou seja, não pode interferir nos critérios de
correção de prova, ressalvada a hipótese de juízo de compatibilidade do conteúdo das questões
do concurso com o previsto no edital do certame.” (TJGO, Mandado de Segurança (CF, Lei 12016/2009)
5493109-40.2017.8.09.0051, Rel. BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO, 4ª Câmara Cível, julgado em 13/05/2019, DJe de
13/05/2019).
NR.PROCESSO: 5066669.26.2020.8.09.0000
“ RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM REPERCUSSÃO GERAL. 2. CONCURSO
PÚBLICO. CORREÇÃO DE PROVA. Não compete ao Poder Judiciário, no
controle de legalidade, substituir banca examinadora para avaliar
respostas dadas pelos candidatos e notas a elas atribuídas.
Precedentes. 3. Excepcionalmente, é permitido ao Judiciário juízo de
compatibilidade do conteúdo das questões do concurso com o previsto
no edital do certame. Precedentes. 4. Recurso extraordinário provido.” (STF
, RE 632853, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em
23/04/2015, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO
DJe-125 DIVULG. 26-06-2015 PUBLIC. 29-06-2015).
“Agravo de Instrumento. Ação anulatória de ato administrativo com pedido de tutela antecipada
inaudita altera pars em caráter antecedente. Anulação de questões. Inclusão na lista
classificatória. Participação nas demais etapas do certame. Ausência de probabilidade. I - A
concessão ou não de liminar depende dos requisitos legais autorizadores do provimento
pretendido (artigo 300, CPC). II - Consoante jurisprudência firmada no âmbito do excelso
Supremo Tribunal Federal e do colendo Superior Tribunal de Justiça, em matéria de
concurso público, em regra, é vedado ao Poder Judiciário substituir a banca examinadora
para rever os critérios de formulação de questão, de correção de prova e, por
conseguinte, de atribuição de nota, limitando-se ao exame da observância aos princípios
da legalidade e da vinculação ao Edital. Destarte, em cognição inicial, não visualizando
flagrante ilegalidade nas questões objetivas apontadas pelo agravante ou ausência de
observância das matérias previstas no Edital, de forma a admitir a excepcional atuação
do Poder Judiciário, descabida é a pretensão de anular as questões do certame. III -
Evidenciado, pelo que resulta dos autos, que o recorrente foi eliminado por não ter alcançado a
classificação estabelecida no edital do certame, não merece ser acolhido o pedido de tutela
antecipada para a finalidade de determinar a sua participação nas demais etapas do certame.
Agravo de Instrumento conhecido e desprovido.”(TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC )
5021467-26.2020.8.09.0000, Rel. CARLOS ALBERTO FRANÇA, 2ª Câmara Cível, julgado em
12/02/2020, DJe de 12/02/2020).
Nesse contexto, à luz do entendimento jurisprudencial sobre a matéria trazida à baila pelo
recorrente, entendo presentes os requisitos legais pertinentes, razão por que defiro o pedido de
atribuição de efeito suspensivo, até o julgamento deste recurso.
NR.PROCESSO: 5066669.26.2020.8.09.0000
Comunique-se à Juíza da causa o conteúdo desta decisão.
Intime-se a parte agravada para responder ao recurso, no prazo de 15 (quinze) dias, facultando-
lhe juntar a documentação que entender necessária ao julgamento do presente agravo de
instrumento, nos termos do inciso II, do artigo 1.019, do CPC/2015.
Intimem-se.
Relator
NR.PROCESSO: 5076279.18.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador Carlos Alberto França
NR.PROCESSO: 5076279.18.2020.8.09.0000
autora/agravante e o não enriquecimento ilícito da parte
credora da multa.
Agravo de Instrumento conhecido e provido em parte.
DECISÃO MONOCRÁTICA
NR.PROCESSO: 5076279.18.2020.8.09.0000
Caso haja o pagamento, o bem deverá ser devolvido em dois dias, sob pena
de multa diária no valor de R$ 1.000,00 (hum mil reais), limitada ao valor de
50.000,00 (cinquenta mil reais).
Em suas razões (evento 01), a parte agravante relata ter ajuizado ação de
busca e apreensão pelo Decreto-Lei n.º 911/69 em razão da inadimplência da parte
requerida/agravada, sendo deferida a liminar pelo julgador de origem.
Menciona que a decisão recorrida, embora tenha deferido a liminar de busca
e apreensão, determinou, no caso de pagamento, a devolução do veículo à parte
requerida/agravada no prazo de 02 (dois) dias, sob pena de multa diária de R$
1.000,00 (mil reais), limitada a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).
Assevera que o prazo fixado para eventual restituição do veículo ao agravado
é bastante exíguo – 02 (dois) dias –, sendo impossível do cumprimento da obrigação
dentre do prazo.
Discorre sobre o direito que envolve a fixação de multa diária, defendendo
que o valor arbitrado deve estar de acordo com o princípio da razoabilidade e da
proporcionalidade. No caso concreto, considera fixada a multa por descumprimento da
devolução do veículo em valor altíssimo – R$ 1.000,00 (um mil reais) –, limitada a R$
50.000,00 (cinquenta mil reais). Requer a minoração do valor fixado a título de multa
diária.
No mérito, requer a reforma da decisão para que seja afastada a
determinação de que “em caso de pagamento do débito pelo Agravado deve ocorrer a
devolução do veículo no exíguo prazo de dois dias, além de arbitrar multa diária de
R$1.000,00 limitada a R$50.000,00, devendo ser totalmente afastada a multa
arbitrada, ou reduzida seu valor.”
Não juntados documentos por se tratar de autos virtuais.
Preparo recolhido (evento n.º 1).
Ausente pedido de concessão de efeito suspensivo recursal.
Ainda não triangularizada a relação processual no primeiro grau de jurisdição.
Pois bem.
É o relatório. Sendo comportável o julgamento monocrático do recurso,
passo a decidir, com fulcro no artigo 932, inciso IV, “a”, do Código de Processo Civil.
A propósito:
NR.PROCESSO: 5076279.18.2020.8.09.0000
IV - negar provimento a recurso que for contrário a:
“Súmula 59. Para efeito do Decreto – lei 911/69 e suas alterações, no prazo de
cinco dias após executada a liminar de busca e apreensão, o devedor fiduciante
poderá pagar a integralidade da dívida pendente, segundo os valores
apresentados pelo credor fiduciário na inicial, hipótese na qual o bem lhe será
restituído livre do ônus, podendo ser determinado pelo magistrado a restrição de
retirada do bem alienado fiduciariamente do território da comarca, até o término
do quinquídio legal.”
NR.PROCESSO: 5076279.18.2020.8.09.0000
Desta maneira, diante da possibilidade do devedor, no prazo de 05 (cinco)
dias, pagar a dívida e recuperar o bem, afigura-se plausível que seja garantido à parte
requerida/agravada o direito de ser restituída, no mesmo prazo de 05 (cinco) dias, o
bem, em caso de purgação da mora.
Ora, se a lei de regência estabelece o prazo de 05 (cinco) dias para o devedor
promover o pagamento integral da dívida e, via de consequência, obter a restituição do
veículo livre de qualquer ônus, nada mais justo que a devolução do bem ocorra no
mesmo prazo.
Neste sentido é o posicionamento adotado por esta egrégia Corte de Justiça:
NR.PROCESSO: 5076279.18.2020.8.09.0000
RAZOABILIDADE DA ASTREINTE. 1. O pagamento integral da dívida está
previsto no artigo 3º, § 2º, do Decreto-lei nº 911/1969 e dele decorre a restituição
imediata do bem. 2. O prazo de cinco dias para a devolução do veículo, em caso
de quitação do débito, se mostra razoável, sobretudo por ser idêntico àquele que
consolida a propriedade e a posse nas mãos do credor em caso de não
pagamento. 3. O valor da multa diária só deve ser modificado pelas instâncias
superiores quando se mostrar irrisório ou exorbitante. Precedentes do STJ. 4.
AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO.” (TJGO, Agravo
de Instrumento ( CPC ) 5094595-50.2018.8.09.0000, Rel. Des. GUILHERME
GUTEMBERG ISAC PINTO, 5ª Câmara Cível, julgado em 27/08/2018, DJe de
27/08/2018).
(...)
NR.PROCESSO: 5076279.18.2020.8.09.0000
periodicidade da multa vincenda ou excluí-la, caso verifique que:
(...)
NR.PROCESSO: 5076279.18.2020.8.09.0000
MANTIDA. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO, PORÉM
DESPROVIDO.” (TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC ) 5195523-
09.2018.8.09.0000, Rel. AMARAL WILSON DE OLIVEIRA, 2ª Câmara Cível,
julgado em 10/07/2018, DJe de 10/07/2018)
NR.PROCESSO: 5076279.18.2020.8.09.0000
caso de, efetivada a purgação da mora, não ocorrer a restituição, por parte da
instituição financeira credora/autora/agravante, do veículo à parte
devedora/requerida/agravada, no prazo de 05 (cinco) dias.
No tocante ao valor estipulado a título de multa diária, deve ser minorado,
para que seja razoável e proporcional, mormente considerando-se que o parâmetro a
ser observado pelo magistrado quando da fixação das astreintes é o da suficiência e
compatibilidade da obrigação de fazer a ser cumprida pela parte, de sorte que a multa
pecuniária deve ser apta a tornar efetivo o seu intuito coercitivo, sem acarretar o
enriquecimento ilícito do credor, razão pela qual deve ser minorada para R$ 500
(quinhentos) reais por dia e limitada a R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais),
Assim sendo, entendo que merece ser acolhido em parte o pleito da parte
agravante, para dilatar o prazo para devolução do bem de 02 (dois) dias, fixado na
decisão agravada, para 5 (cinco) dias, prazo razoável e suficiente para a restituição
caso seja quitado o débito pelo devedor/agravado, bem como para minorar o valor da
multa diária, a qual passa a ser fixada em R$ 500,00 (quinhentos reais) por dia,
limitada a R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais).
Ao teor do exposto, conheço do agravo de instrumento interposto e o provejo
em parte, para determinar que, eventual restituição do veículo apreendido, deverá ser
realizada no prazo de 5 (cinco) dias, em caso de purgação da mora pelo
devedor/agravado, bem como para fixar o valor da multa diária em R$ 500,00
(quinhentos reais), limitada a R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais).
Comunique-se ao Juízo de 1º grau, para conhecimento e cumprimento do
decidido por este egrégio Tribunal de Justiça.
Intime-se.
Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 0247458.65.2011.8.09.0083
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França
VOTO
NR.PROCESSO: 0247458.65.2011.8.09.0083
em julgado, arquivem-se com as baixas legais, anotando-se no
distribuidor eventuais custas remanescentes. Publique-se. Registre-se.
As partes saem intimadas.”
NR.PROCESSO: 0247458.65.2011.8.09.0083
“Art. 373 - O ônus da prova incumbe:
Sobre o ônus da produção de provas dos fatos alegados na peça inicial, que
compete à parte autora, ora apelante, a jurisprudência desta Corte de Justiça também
é pacífica, senão, veja-se:
NR.PROCESSO: 0247458.65.2011.8.09.0083
termos do artigo 373, inciso I, cabe ao autor comprovar os fatos
constitutivos de seu direito, e ao réu, os fatos impeditivos, modificativos
e extintivos do direto reclamado (...) APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA,
PORÉM DESPROVIDA. SENTENÇA MANTIDA.” (TJGO, APELACAO
0092120-51.2016.8.09.0042, Rel. Dr. MAURÍCIO PORFÍRIO ROSA, 2ª
Câmara Cível, julgado em 29/01/2018, DJe de 29/01/2018)
NR.PROCESSO: 0247458.65.2011.8.09.0083
CONHECIDA E DESPROVIDA. SENTENÇA MANTIDA.” (TJGO,
Apelação (CPC) 0377065-96.2012.8.09.0051, Rel. WILSON SAFATLE
FAIAD, 6ª Câmara Cível, julgado em 04/11/2019, DJe de 04/11/2019)
In casu, inexiste conduta ilícita praticada pelo réu/apelado, uma vez que o
autor/recorrente, a quem competia o ônus de apresentar um mínimo de prova capaz
de demonstrar a verossimilhança de suas alegações quanto aos fatos constitutivos de
seu direito (artigo 373, inciso I, do CPC), dele não se desincumbiu.
Dessarte, sem reparos o decisum vergastado, esvaziando-se a pretensão
autoral de recebimento de reparação por danos morais e materiais, uma vez que o
réu/apelado não pode ser responsabilizado por conduta praticada pelos policiais
militares e pelo gerente da Usina Vale Verde que realizaram a mencionada abordagem
do autor/apelante, com a apreensão de sua motosserra.
Com a manutenção da sentença objurgada, não há se falar em inversão dos
ônus sucumbenciais.
Por outro lado, mantendo-se a sentença, a título de honorários recursais, a
verba honorária já fixada deverá ser acrescida do valor equivalente a 3% (três por
cento) sobre o valor atualizado da causa, nos termos do art. 85, § 11, do novo Código
de Processo Civil, obedecidos os limites dos §§ 2º e 3º do citado artigo, perfazendo
então 13% sobre o valor atualizado da causa, observando-se a condição de
beneficiário da gratuidade da justiça do autor/apelante.
Ao teor do exposto, conheço e nego provimento ao apelo, mantendo-se
incólume a sentença objurgada, por estes e seus fundamentos.
Nesta fase recursal, majoro os honorários advocatícios arbitrados na sentença
em 3% (três por cento), nos termos do art. 85, § 11, do novo Código de Processo Civil,
obedecidos os limites dos §§ 2º e 3º do citado artigo, perfazendo a verba advocatícia
13% (treze por cento) sobre o valor atualizado da causa, observando-se a condição de
beneficiário da gratuidade da justiça do autor/apelante.
É o meu voto.
Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 0247458.65.2011.8.09.0083
Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA
RELATOR
/C55
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 0247458.65.2011.8.09.0083
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França
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NR.PROCESSO: 5293133.74.2018.8.09.0097
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França
VOTO
NR.PROCESSO: 5293133.74.2018.8.09.0097
(Súmula 54, do STJ), ou seja, desde a data em que se atualizou o
débito ao valor cobrado nesta ação, bem como juros de mora de 1%
ao mês desde a citação (art. 405, CC);
b) condenar a Sra. Divina Gonçalves Santos a restituir aos cofres
públicos a quantia de R$ 4.942,42 (quatro mil , novecentos e
quarenta e dois reais e quarenta e dois centavos), valores esses que
deverão ser corrigidos pelo INPC desde o evento danoso (Súmula 54,
do STJ), ou seja, desde a data em que se atualizou o débito ao valor
cobrado nesta ação, bem como juros de mora de 1% ao mês desde a
citação (art. 405, CC).
Custas, caso hajam, pelas rés.
Sem honorários.
Após o decurso legal, sem requerimento de cumprimento de sentença,
proceda-se com a cobrança das custas. Não havendo pagamento,
proceda-se conforme Decreto Judiciário nº 613/2017, e proceda também
a anotação no distribuidor.
Ao final, arquivem-se, com as cautelas de praxe.
Publique-se. Registre-se. Intime-se.
Cumpra-se.”
NR.PROCESSO: 5293133.74.2018.8.09.0097
relativas ao pagamento de servidores da referida Secretaria em divergência com os
valores constantes das respectivas folhas de pagamento, no período em que
conduziram aquele órgão, sendo Lucélia Aparecida Carvalhaes no período de
02.01.2012 a 04.07.2012 e de 05.11.2012 a 31.12.2012 e Divina Gonçalves da Silva
no período de 05/07/2012 a 04/11/2012.
Na inicial foi pleiteado, liminarmente, a concessão de tutela de urgência para
decretar a indisponibilidade dos bens das requeridas, na proporção de R$ 50.151,62
(cinquenta mil, cento e cinquenta e um reais e sessenta e dois centavos) da Lucélia
Aparecida e de R$ 11.515,62 (onze mil, quinhentos e quinze reais e sessenta e dois
centavos) de Divina Gonçalves.
A tutela de urgência foi deferida para determinar a indisponibilidade dos bens
pertencentes às requeridas, na proporção pleiteada (evento n. 14).
No evento n. 17, verifica-se que foi designada audiência de tentativa de
conciliação/mediação para o dia 22.11.2018, às 10:00 horas, entretanto, o ato não se
efetivou, pois o autor da ação, o representante do Ministério Público do Estado de
Goiás, justificadamente, deixou de comparecer (evento n. 35).
Em seguida, o magistrado de 1º grau proferiu despacho determinando fosse
aguardado o prazo para a apresentação da contestação pelas requeridas (evento n.
37).
O Ministério Público do Estado de Goiás, por sua vez, manifestou nos autos,
afirmando que as requeridas deixaram transcorrer in albis o prazo para apresentarem
suas defesas, pugnando pela decretação da revelia, nos termos do artigo 344, do CPC
(evento n. 40).
Em sequência, sobreveio a sentença recorrida.
Do exposto, observa-se que, designada a audiência de conciliação para o dia
22.11.2018, às 10:00, a requerida, aqui 1ª apelante, compareceu ao ato acompanhada
do seu advogado, enquanto o autor, Ministério Público do Estado de Goiás, deixou de
comparecer, justificando que seu representante foi convocado para substituição na
Comarca de Goiânia-Goiás, conforme Portaria n. 2140/2018, do Subprocurador de
Justiça do Estado de Goiás (evento n. 35).
Nota-se que, a despeito da ausência do autor da presente ação na audiência
de conciliação e de manifestação das requeridas no sentido de que não tenham
interesse em fazer composição não foi designada nova data para a audiência de
conciliação, tendo o magistrado de 1º grau proferido despacho, em 10.12.2018,
determinando que se aguardasse o decurso de prazo para que as requeridas
apresentassem suas defesas (evento n. 37).
Assim, indene de dúvidas que houve cerceamento do direito de defesa das
requeridas, incorrendo o magistrado de 1º grau em error in procedendo.
A propósito, segundo as normas processuais, são duas as espécies de erro
que podem contaminar uma sentença, comprometendo sua validade e eficácia como
ato jurídico: o error in judicando, que é aquele que pode existir numa decisão que
julgou o mérito da causa, quer se trate de erro de fato (o juiz dá como verdadeiro um
fato, de modo disforme da realidade) ou erro de direito (o juiz erra ao valorar
juridicamente um fato ou ao aplicar o direito aos fatos), caso em que a decisão será
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reformada para aplicação do melhor direito. E o error in procedendo, que é o
cometido pelo juiz no exercício de sua atividade jurisdicional, no curso do
procedimento ou na prolação da sentença, sendo que reconhecido o vício a nulidade
da decisão é medida que se impõe.
Acerca do tema, preleciona a doutrina de Fredie Didier Jr. e Leonardo José
Carneiro da Cunha:
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não se realizará nos seguintes casos:
“§ 4º. A audiência não será realizada:
I – se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na
composição consensual;
II – quando não se admitir a autocomposição.”
Do cenário acima delineado, infere-se que ambos os litigantes tinham
interesse na realização do ato, hipótese em que o magistrado condutor do feito deveria
ter redesignado data para realização da audiência, especialmente, diante da
manifestação do autor, em data anterior, do seu impedimento em comparecer à
audiência de conciliação na data designada.
Assim, não teve início o prazo para que a parte requerida apresentasse sua
defesa, entretanto, a despeito disso, foi decretada a revelia, julgando-se o feito no
estado em que se encontrava, cerceando, pois, o direito de defesa das
requeridas/recorrentes.
Nesse sentido, a Constituição Federal consignou no inciso LV, do artigo 5º:
O Código de Processo Civil/2015, em seu artigo 9º, caput, dispõe que não
será proferida decisão contra uma das partes, sem que ela seja previamente ouvida.
Sobre o assunto, o professor Fernando Gajardoni ensina:
NR.PROCESSO: 5293133.74.2018.8.09.0097
faculdades processuais e aos meios de defesa.
Outrossim, o novo diploma processual civil prestigia o julgamento de mérito,
devendo, quando possível, sanar a irregularidade, dando às partes o direito de
apreciação do mérito do pedido.
Assim, não realizada a audiência de conciliação por ausência, justificada, do
autor e não designada nova data para o ato, além de inexistir protocolo de pedido de
cancelamento da audiência pelas requeridas, na forma do inciso II, do artigo 335, do
CPC, não fluiu o prazo para a apresentação da contestação pelas requeridas,
evidenciando o prejuízo com o julgamento antecipado da lide e a decretação da
revelia, pois não foi oportunizado às requeridas a apresentação de defesa.
Além disso, é nítido que as requeridas ficaram na legítima expectativa de
designação de nova audiência de conciliação, a partir de quando fluiria o prazo de
defesa.
Com efeito, entendo que a supressão da intimação para apresentar a
contestação comprometeu o direito de defesa das requeridas e da produção de
provas.
Sobre o tema colaciono a jurisprudência desta egrégia Corte de Justiça e do
Tribunal do Rio de Janeiro:
NR.PROCESSO: 5293133.74.2018.8.09.0097
“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO. AUTOS
FÍSICOS INDISPONÍVEIS PARA PROTOCOLO DE PETIÇÃO.
DETERMINAÇÃO DE INTIMAÇÃO PESSOAL DA RÉ, PARA
APRESENTAÇÃO DE CONTESTAÇÃO NÃO CUMPRIDA.
DECRETAÇÃO DE REVELIA. PROLAÇÃO DA SENTENÇA.
CERCEAMENTO DE DEFESA CONFIGURADO. 1. Muito embora o
artigo 335, inciso I1, do NCPC preveja que o termo inicial da contagem
do prazo para a apresentação de contestação se dê da audiência de
conciliação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte
não comparecer, ou, comparecendo, não houver autocomposição,
observe-se que, no particular caso sob análise, ao se dirigir ao Fórum,
no último dia do prazo, qual seja, 12/07/2017 (certidão apresentada
anexa ao apelo), para protocolar a peça de defesa, a Ré foi informada
que o processo não estava disponível para consulta, bem como, que o
protocolo judicial não poderia receber sua petição, posto terem os autos
sido encaminhados para o procedimento de digitalização. 2. Retornando
os autos da empresa de digitalização, a ilustre magistrada, determinou a
intimação pessoal da Recorrente/Ré para apresentação de contestação.
Entretanto, por um equívoco, a escrivania do juízo deixou de cumprir a
ordem exarada, decretando a douta juíza, em seguida, a revelia e
prolatando a sentença, comprometendo, desta maneira, o direito de
defesa da Insurgente, devendo ser reconhecido o cerceamento de
defesa. 3. O CPC/2015, em seu artigo 9º, caput, assegura o benefício
do contraditório, garantindo às partes o direito de e de influir na
apreciação judicial, e de participar do processo, provando aquilo
que alega. Ademais, compete ao juiz zelar pelo efetivo
contraditório, como bem dispõe o Princípio Constitucional da
Igualdade, reproduzido no novo diploma processual civil, no artigo
7º, assegurando aos litigantes paridade de tratamento em relação
ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de
defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções
processuais. 4. Deste modo, a pretensão recursal da Recorrente
merece acolhimento, porquanto as partes devem ter a oportunidade de
se manifestar sobre os termos do processo, incorrendo a Douta
Magistrada em error in procedendo, quando não lhes concede esse
direito, o que impõe a cassação da sentença, com a consequente
remessa dos autos ao juízo de origem, para garantir-lhe o direito ao
contraditório e à ampla defesa. 5. Os honorários recursais não são
devidos quando o acórdão se limita a cassar a sentença e determinar o
retorno dos autos para seu trâmite legal. APELAÇÃO CÍVEL
CONHECIDA E PROVIDA. SENTENÇA CASSADA.” (TJGO, Apelação
(CPC) 0111577-58.2016.8.09.0175, Rel. Dr. Maurício Porfírio Rosa, 5ª
Câmara Cível, julgado em 02/07/2019, DJe de 02/07/2019). Grifei.
NR.PROCESSO: 5293133.74.2018.8.09.0097
com a consequente remessa dos autos ao juízo de origem, para
garantir-lhe o direito ao contraditório e à ampla defesa. APELAÇÃO
CÍVEL CONHECIDA E PROVIDA. SENTENÇA CASSADA.” (TJGO,
Apelação (CPC) 0389847-38.2012.8.09.0051, Rel. Dr. Maurício Porfírio
Rosa, 5ª Câmara Cível, julgado em 29/04/2019, DJe de 29/04/2019)
NR.PROCESSO: 5293133.74.2018.8.09.0097
Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA
RELATOR
C/60
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5293133.74.2018.8.09.0097
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França
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Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França
VOTO
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Condeno o ente público R., com suporte nos princípios da razoabilidade
e da proporcionalidade, na obligatio de pagar ao A., a título de danos
morais puros, o valor de R$ 3.000,00 (três mil reais), corrigido
monetariamente partir da data desta sentença (Súmula 362, STJ).
Quanto à atualização monetária, deve ser observado o disposto na Lei n.
11.960/2009, a qual, alterando o art. 1º-F da Lei n. 9.494/97, determinou
que a atualização das condenações contra a Fazenda Pública seja feita
pela incidência, uma única vez, até o efetivo pagamento, dos índices
oficiais de remuneração básica e juros aplicados às cadernetas de
poupança.
Face ao princípio da causalidade, ainda condeno o requerido no
pagamento das custas processuais e honorários de sucumbência, que
fixo, nos termos do art. 85, § 3º, II do NCPC, no valor correspondente a
10% da condenação referente aos danos morais e parcelas vencidas.
Processo extinto com resolução do mérito, nos termos do art. 487,
inciso, I, do Novo Código de Processo Civil.
Sentença não sujeita ao duplo grau revisor, porquanto, apesar de
ilíquida, não ultrapassa o teto previsto no art. 496, § 3º, II do CPC.
É a decisão.
P. R. I..”
NR.PROCESSO: 5570293.34.2018.8.09.0117
Transcreve entendimentos doutrinários acerca das vantagens pecuniárias
percebidas pelos servidores públicos.
Repisa que a gratificação prevista no artigo 58 da Lei Municipal n. 737/2007
não depende de critérios objetivos para ser concedida, o que representa afronta aos
princípios da impessoalidade e da moralidade.
Alega que a Lei Municipal n. 1.214/2018 revogou, em seu artigo 47,
expressamente o artigo 58 da Lei Municipal n. 737/2007 e que o novo ordenamento
legal (Lei Municipal 1.214/2018) prevê somente a gratificação de função, em seu artigo
41, que será concedida apenas ao servidor que for designado para desempenhar
função pública, missão especial, encargo relevante ou integrar comissões junto aos
órgãos da administração pública. Assim, “como restabelecer o pagamento de
gratificação especial o Apelado, nos termos da sentença, se não existe lei que autorize
o pagamento?”.
Advoga que não pode o Poder Judiciário conceder aumento de remuneração
ao apelado, sob pena de afronta ao princípio da isonomia e nos termos da Súmula
Vinculante n. 37, do Supremo Tribunal Federal.
Assevera que a Lei Municipal n. 1.163/2016, utilizada como fundamento da
sentença, somente regulamenta o artigo 53 da Lei Municipal n. 737/2007, que prevê
gratificação de função a “servidor efetivo designado para desempenhar encargos de
gerência, chefia ou supervisão intermediária ou de assistência técnica ou imediata de
unidade organizacional ou autoridade da Administração Municipal Direta de Indireta”,
sendo necessária “prova robusta, irretorquível, de que a Apelada tenha durante todo
período indicado, desempenhado as funções de que alude o art. 2º, da aludida normal
municipal”, o que não restou comprovado nos autos.
Destaca que mesmo a gratificação de função pode ser concedida ou
revogada a qualquer tempo, nos termos do artigo 1º, II, da Lei Municipal n. 1.163/2016.
Ressalta ser desarrazoada a necessidade de instauração de processo
administrativo com contraditório e ampla defesa para a revogação da gratificação
percebida pela parte autora/apelada, posto contrária à legislação municipal e à
Constituição da República.
Explica que o direito à incorporação das gratificações de função ao
vencimento dos servidores públicos municipais foi previsto pelo artigo 3º, da Lei
Municipal n. 1.163/16, que entrou em vigor na data de sua publicação, não havendo se
falar em contagem de tempo de forma retroativa, sob pena de afronta ao princípio da
legalidade.
Lembra que “a gratificação, outrossim, não é vantagem inerente ao cargo ou à
função, sendo concedida em face das condições excepcionais do serviço ou do
servidor”.
Colaciona julgados e doutrina que corroboram com as teses defendidas.
Requer, ao final, o conhecimento e provimento do apelo, para a reforma da
sentença vergastada e improcedência dos pedidos exordiais.
Dispensa de preparo.
NR.PROCESSO: 5570293.34.2018.8.09.0117
Intimada, a parte autora/apelada oferta resposta ao recurso no evento 22,
suscitando, preliminarmente, a intempestividade da insurgência. No mérito, aduz que o
apelo inovou ao alegar a irretroatividade da Lei Municipal de 2016, em afronta ao duplo
grau de jurisdição, rebatendo, ainda, as demais teses recursais e requerendo o
desprovimento do apelo.
Pois bem.
NR.PROCESSO: 5570293.34.2018.8.09.0117
declaração opostos contra a sentença. Não acolhimento. Quanto a
preliminar de intempestividade dos embargos de declaração opostos
pelo apelado contra a sentença prolatada nos autos, ressalto que não
merece acolhimento, pois o prazo recursal para o apelado (Fazenda
Pública) conta-se em dobro e o seu termo inicial dá-se pela intimação
pessoal do representante legal do ente/órgão publico, conforme previsto
pelo art. 183, §1º, do Código de Processo Civil. (...) Apelação Cível
conhecida e provida.” (TJGO, APELACAO 0363050-13.2011.8.09.0034,
de minha Relatoria, 2ª Câmara Cível, julgado em 21/02/2019, DJe de
21/02/2019)
NR.PROCESSO: 5570293.34.2018.8.09.0117
embargante busca a aplicação de normas do Código de Defesa do
Consumidor ao caso dos autos, que como afirma são de ordem pública,
contudo, referido fato (natureza de ordem pública das normas do CDC),
além de não desnaturar o caráter inovador de sua conduta, também
compromete a estabilidade do processo, o que viola o art. 329 do CPC.
Ademais, o Código de Processo Civil admite a apreciação e julgamento
pelo Tribunal apenas de questões suscitadas e discutidas no processo
(§1º do art. 1.013), assim como das questões de fato não propostas no
juízo inferior, se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força
maior (art. 1.014), o que não foi o caso dos autos. (...) Embargos de
Declaração conhecidos e rejeitados.” (TJGO, APELACAO 0247043-
75.2015.8.09.0137, de minha Relatoria, 2ª Câmara Cível, julgado em
14/08/2019, DJe de 14/08/2019)
NR.PROCESSO: 5570293.34.2018.8.09.0117
Colhe-se dos autos que a parte autora/apelada ajuizou a ação de origem
visando a incorporação, em seus proventos, da gratificação funcional percebida,
suprimida por ato abusivo e unilateral do réu/apelante, sem a devida instauração de
processo administrativo prévio, em afronta aos princípios do contraditório e da ampla
defesa.
Verifica-se, pelo Decreto n. 029/97, colacionado ao evento 08, que ao
autor/apelado foi concedida “gratificação especial”, a partir de 1º de outubro de 2007,
no percentual de 55%, tendo referida gratificação sido suprimida da parte
autora/apelada em julho/2018.
A gratificação especial concedida ao autor/apelado foi criada pela Lei
Municipal n. 737/07, de Palmeiras de Goiás, in verbis:
NR.PROCESSO: 5570293.34.2018.8.09.0117
“O artigo 1º da Lei 1120/2015 passa a vigorar com a seguinte redação:
NR.PROCESSO: 5570293.34.2018.8.09.0117
Por sua vez, a Lei Municipal n. 1.151/2016 foi alterada pela Lei Municipal n.
1.163/2016, de cuja redação se extrai:
NR.PROCESSO: 5570293.34.2018.8.09.0117
(cinco) anos ininterruptos ou 10 (dez) anos intercalados.
§2º. O valor da gratificação será reajustado na mesma data e percentual
do vencimento base do servidor
§3º. A função gratificada é incorporada por uma única vez, não sendo
absorvida pelo salário-base, passando a ser ganho fixo.
§4º. O servidor que na data de aprovação desta Lei que já tiver
gratificação incorporada, não terá direito a nova incorporação.
Art. 4º. Ficam revogadas as seguintes Leis Municipais nº. 1.120/2015, de
19 de agosto de 2015;1.128/2015, de 08 de outubro de 2015; e
1.151/2016, de 03 de março de 2016.”
NR.PROCESSO: 5570293.34.2018.8.09.0117
seja reconhecido o direito à inclusão de gratificação de estabilidade
econômica no vencimento da servidora, a partir da data do requerimento
administrativo. REMESSA CONHECIDA E DESPROVIDA.” (TJGO,
Reexame Necessário 0052920-28.2015.8.09.0024, Rel. Ronnie Paes
Sandre, 3ª Câmara Cível, julgado em 19/09/2019, DJe de 19/09/2019)
E ainda:
NR.PROCESSO: 5570293.34.2018.8.09.0117
OCORRÊNCIA. SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL. INCORPORAÇÃO
DA GRATIFICAÇÃO. LEI COMPLEMENTAR MUNICIPAL Nº 12/1992.
REVOGAÇÃO §3°, ARTIGO 19. PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS
LEGAIS. DIREITO ADQUIRIDO. CORREÇÃO MONETÁRIA APLICADA
Á FAZENDA PÚBLICA. RECURSO EXTRAORDINÁRIO Nº 870947/SE.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS DE SUCUMBÊNCIA. SENTENÇA
ILÍQUIDA. ARBITRAMENTO APÓS A LIQUIDAÇÃO DO JULGADO.
SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA. 1. Não versando sobre as
hipóteses do art. 1.012, §1º do CPC, o recurso de apelação tem efeito
suspensivo próprio, independentemente de pronunciamento judicial, de
forma que resta prejudicado o pedido, por falta de interesse processual.
2. É de 05 (cinco) anos o prazo prescricional para revisão do ato de
aposentadoria, tendo como termo inicial a sua concessão pela
Administração Pública, nos termos do artigo 1º do Decreto 20.910/32 e
no artigo 82 da Lei 8.095/2002, que regulamentam o Regime
Previdenciário dos Servidores Municipais. In casu, verifica-se que a
aposentadoria da apelada se deu no ano de 2013, sendo que o
ajuizamento da presente ação ocorreu no mesmo ano, portanto, dentro
do prazo quinquenal, não ocorrendo a prescrição. 3. Tendo a autora
preenchidos os requisitos legais, uma vez que demonstrado nos autos
que esta recebeu a referida gratificação no período de outubro de 1989
a dezembro de 1997 de forma contínua, ou seja, por mais de 05 (cinco)
anos ininterruptos, faz jus a concessão do benefício previsto no §3° do
artigo 19 da LC 12/1992, pois, quando da revogação do referido artigo, a
recorrida já havia preenchido o tempo mínimo de 05 (cinco) anos
ininterruptos no exercício da função gratificada, tendo direito, portanto, à
incorporação. 4. O ordenamento jurídico é pacífico quanto à inexistência
de direito adquirido a regime jurídico, contudo, ressalvam-se as
situações já consolidadas no passado. Assim, no caso em comento,
embora a lei posterior tenha modificado a lei anterior que concedia a
incorporação da gratificação à aposentadoria, o direito adquirido não
pode ser alterado. 5. A correção monetária deverá incidir com base no
Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E), e os juros de
mora observarão os patamares da caderneta de poupança (artigo 1º-F
da Lei Federal nº 9.494/1997), conforme entendimento do STF. 6. Em
relação aos honorários advocatícios de sucumbência, tendo em vista a
iliquidez da sentença, deverão ser arbitrados na fase de liquidação,
obedecendo ao comando legal esculpido no art. 85, §4º, II da Lei
Adjetiva Civil. 7. Diante da postergação do arbitramento dos honorários
sucumbenciais para a fase de liquidação de sentença, deixo de fixar os
honorários recursais (art. 85, § 11 do CPC), eis que a majoração
depende da existência de arbitramento prévio. 8. REMESSA
NECESSÁRIA E PRIMEIRA APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDAS E
PARCIALMENTE PROVIDAS. SEGUNDO APELO CONHECIDO E
DESPROVIDO.” (TJGO, Apelação (CPC) 0376164-94.2013.8.09.0051,
Rel. GERSON SANTANA CINTRA, 3ª Câmara Cível, julgado em
23/05/2019, DJe de 23/05/2019)
NR.PROCESSO: 5570293.34.2018.8.09.0117
instauração de processo administrativo franqueando-lhe a possibilidade de exercer o
contraditório e a ampla defesa, violando-se com isto a garantia fundamental prevista
no art. 5º, incisos LIV e LV da Constituição Federal”.
A propósito:
NR.PROCESSO: 5570293.34.2018.8.09.0117
Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5570293.34.2018.8.09.0117
Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA
RELATOR
NR.PROCESSO: 5570293.34.2018.8.09.0117
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França
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PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França
VOTO
NR.PROCESSO: 5041166.04.2018.8.09.0087
29. Todavia, sendo a parte autora beneficiária da assistência judiciária, a
exigibilidade das custas e dos honorários advocatícios deverá ficar
suspensa, nos termos do artigo 98, §§2° e 3°, do Código de Processo
Civil.
Pois bem.
NR.PROCESSO: 5041166.04.2018.8.09.0087
com o decisum objurgado, permitindo o exercício do contraditório pela
parte recorrida, bem como a análise das argumentações pela instância
recursal. (…). (TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC ) 5118802-
79.2019.8.09.0000, Rel. JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA, 3ª Câmara
Cível, julgado em 15/08/2019, DJe de 15/08/2019)
Passo ao mérito.
Infere-se dos autos que a autora, ora apelante, ajuizou a presente ação de
cobrança pretendendo a correção salarial que entende devida, em conformidade com
a Lei Complementar n° 36/2004, a qual fixou os níveis de vencimentos para cargos de
provimento efetivo do grupo ocupacional do Fundo Municipal de Saúde, Fundação de
Promoção Social de Itumbiara e da Administração Direta da Prefeitura Municipal de
Itumbiara, bem como as diferenças entre os valores recebidos e o devido em razão da
referida lei.
De plano, constato que razão não assiste à apelante.
Em 26 de julho de 2004 foi sancionada a Lei Complementar nº 36/2004, a
qual estabeleceu diretrizes a fim de alterar a Classe de Cargos de Provimento efetivo
do Grupo ocupacional, constante do anexo II, III e V da Lei Complementar nº 15/2001,
anexos I e II constantes da Lei Complementar nº 13/99 e anexos I e II constantes da
Lei Complementar nº 08/99.
No entanto, a norma supramencionada foi revogada tacitamente pela Lei
Complementar nº 149/2012, que, conforme seu artigo 1º, instituiu “quadro de pessoal
da Administração Direta e Indireta do Município de Itumbiara que obedece ao regime
estatutário previsto nas Leis Complementares nº 015/2001, 013/1999 e 008/1998,
(…).” Em seguida, a Lei Complementar nº 165/2014 revogou expressamente a Lei
Complementar nº 149/2012 (artigo 2º).
De uma simples análise das Leis Complementares nºs 149/2012 e 165/2014
percebe-se que não houve aumento da carga horária e redução salarial do cargo
NR.PROCESSO: 5041166.04.2018.8.09.0087
“Recepcionista”, exercido pela recorrente, não merecendo prosperar a tese de
prejudicialidade das leis posteriores trazida pela apelante.
Ademais, como bem realçou o magistrado sentenciante, “… sabe-se que a lei,
no seu período vigência, gera seus efeitos, até que revogada por outra ou declarada
inconstitucional, na forma da Constituição Federal e Constituição dos Estados,
observadas as leis processuais que regem a matéria, afigurando-se, logo, inviável o
pretendido reconhecimento de ilegalidade por ofensa à legislação eleitoral.”
Com efeito, é patente que a LC 036/2004 foi revogada pela LC 149/2012, que
regulamentou inteiramente a matéria tratada naquela, legislação esta já revogada
expressamente pela LC 165/2014.
Como é consabido, é pacífico o entendimento dos tribunais superiores no
sentido de que o servidor público não tem direito adquirido a regime jurídico ou aos
critérios da retribuição pecuniária, podendo a administração pública promover
alterações na composição dos vencimentos, desde que observada a irredutibilidade,
sem que configure violação aos princípios da isonomia.
Em escólios ao tema, leciona a renomada administrativista Fernanda
Marinela, in verbis:
NR.PROCESSO: 5041166.04.2018.8.09.0087
foi tacitamente revogada pela Lei Complementar nº 149/2012, legislação
esta já revogada expressamente pela Lei Complementar n° 165/2014. 3.
Tendo a parte ingressado no serviço público na vigência da Lei
Complementar n° 165/2014, a qual especifica de forma clara o número
de vagas, a carga horária e o salário dos servidores do Município de
Itumbiara, não há que falar em reajuste salarial ou em pagamento de
diferenças retroativas e vincendas. 4. O servidor público não tem direito
adquirido a regime jurídico ou aos critérios da retribuição pecuniária,
podendo a administração pública promover alterações na composição
de seus vencimentos sem que configure violação aos princípios da
isonomia ou irredutibilidade de vencimentos, mesmo porque seus atos
gozam de presunção de veracidade e legitimidade, desde que,
efetivamente, não haja decesso remuneratório para o servidor. 5.
Quanto ao prequestionamento, cumpre ressaltar que o julgador não está
obrigado a apreciar todos os questionamentos apontados, bastando,
para tanto, que enfrente as questões controvertidas suscitadas,
fundamentando, devida e suficientemente, seu convencimento.
Apelação cível conhecida e desprovida. Sentença mantida.” (3ª CC, AC
nº 5291527-41, Rel. Dr. Átila Naves do Amaral, DJ de 24.09.2019).
NR.PROCESSO: 5041166.04.2018.8.09.0087
entre as razões recursais e o ato judicial atacado, presente se faz o
requisito da regularidade formal, não havendo se falar em ofensa ao
princípio da dialeticidade. 2- Afasta-se a alegação de cerceamento de
defesa quando desnecessária a produção de provas para avaliar a
vigência da norma posta em discussão. 4- O regime jurídico dos
servidos públicos do Município de Itumbiara foi alterado no que se refere
ao direito ao adicional de tempo de serviço, de modo que os
quinquênios, antes existentes, passaram a ser tratados como anuênios,
limitados a 35 (trinta e cinco), nos moldes da EC nº 05/1999 e da LC nº
12/99 - Estatuto dos Servidores Públicos do Município de Itumbiara. 5-
Não há direito adquirido a regime jurídico, podendo a Administração
Pública promover alterações na composição da remuneração dos seus
servidores, desde que isso não implique redução de vencimentos. 5- O
julgamento improcedente dos pedidos apresentados pela parte autora
na peça exordial conduz à condenação desta ao pagamento dos ônus
sucumbenciais, ressalvando-se a suspensão da exigibilidade do referido
crédito, por ser a parte beneficiária da assistência judiciária. RECURSO
DE APELAÇÃO CONHECIDO E DESPROVIDO.” (AC nº 110828-48,
Rel. Des. Des. Norival Santomé, DJ nº 2260 de 04.05.2017).
NR.PROCESSO: 5041166.04.2018.8.09.0087
plena liberdade de analisar as questões trazidas à sua apreciação, desde que
fundamentado o seu posicionamento.
Além do mais, o prequestionamento levado a efeito ao ingresso nas instâncias
especial e extraordinária não demanda que a decisão mencione expressamente os
artigos indicados pelas partes, pois se trata de exigência referente ao conteúdo, e não
à forma.
Outrossim, registre-se que o julgador não está obrigado a apreciar todos os
questionamentos apontados, bastando, para tanto, que enfrente as questões
controvertidas suscitadas, fundamentando, devida e suficientemente, seu
convencimento, o que restou realizado na hipótese dos autos.
Ante o exposto, conheço do apelo e nego-lhe provimento, para manter
intacta a sentença recorrida. De consequência, majoro os honorários advocatícios para
12% sobre o valor atualizado da causa, com a ressalva de ser a recorrente beneficiária
da gratuidade da justiça.
É o voto.
Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5041166.04.2018.8.09.0087
Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por unanimidade de votos,
em conhecer do apelo e negar-lhe provimento, nos termos do voto do Relator,
proferido na assentada do julgamento e que a este se incorpora.
Votaram, além do Relator, os Desembargadores Amaral Wilson de Oliveira
e José Carlos de Oliveira.
Presidiu o julgamento o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.
Esteve presente à sessão o Doutor José Carlos Mendonça, representando a
Procuradoria-Geral de Justiça.
Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 5041166.04.2018.8.09.0087
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França
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NR.PROCESSO: 5012943.31.2019.8.09.0176
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França
VOTO
NR.PROCESSO: 5012943.31.2019.8.09.0176
Diante da sucumbência recíproca, condeno as partes ao pagamento das
custas processuais, bem como os honorários advocatícios, os quais fixo
em 10% (dez por cento) do valor da causa, na proporção de 80% ao
requerente e 20% ao requerido, ancorado nos artigos 85, § 2º, e 86 do
Código de Ritos.
NR.PROCESSO: 5012943.31.2019.8.09.0176
serão enfrentados.
“(...) Tese para os efeitos do art. 543-C do CPC: - 'A legislação sobre
cédulas de crédito rural admite o pacto de capitalização de juros
em periodicidade inferior à semestral'. 5. Recurso especial
conhecido e parcialmente provido.” (2ª Seção, REsp. nº 1333977/MT,
Relª Minª Maria Isabel Gallotti, DJe de 12.03.2014)
NR.PROCESSO: 5012943.31.2019.8.09.0176
Em relação à elisão da mora, melhor sorte não socorre o embargante/2º
apelante porquanto tão somente o reconhecimento de abusividade de encargos
financeiros do período de normalidade é que permite o afastamento da mora, o não
ocorreu no caso em comento, pelo que deve ser o 1º apelo desprovido também nesse
ponto.
A propósito:
NR.PROCESSO: 5012943.31.2019.8.09.0176
a incidência da comissão de permanência. A despeito do banco embargado/1º
apelante afirmar não existir a cobrança da comissão de permanência, da leitura do
contrato entabulado, página 2, na parte que dispõe sobre o inadimplemento, está clara
a previsão de incidência de comissão de permanência.
A saber:
NR.PROCESSO: 5012943.31.2019.8.09.0176
“Conforme jurisprudência consolidada no STJ, "nas cédulas de crédito
rural, comercial e industrial, não se admite a cobrança de comissão
de permanência. Precedentes" (AgRg no AREsp 129.689/RS, Rel.
Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA, QUARTA TURMA, julgado em
03/04/2014, DJe 11/04/2014).” (STJ, REsp 1166054/RN, Rel. Ministro
LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 28/04/2015,
DJe 18/06/2015).
NR.PROCESSO: 5012943.31.2019.8.09.0176
mormente considerando-se que houve a determinação de afastamento da incidência
da comissão de permanência no caso em análise. Outrossim, em relação ao valor
fixado a título de honorários advocatícios, nota-se que já foi estabelecido pelo
magistrado singular no percentual mínimo previsto no artigo 85, §2º, do NCPC, ou
seja, 10% sobre o valor da causa, não havendo se falar em possibilidade de
minoração desse percentual.
Deste modo, a sentença deve ser mantida no capítulo sobre ônus
sucumbencial.
Ante o exposto, conheço dos recursos de apelação e nego-lhes
provimento, mantendo a sentença recorrida por seus próprios e jurídicos
fundamentos.
Majoro os honorários advocatícios fixados em 2% (dois por cento), perfazendo
a verba advocatícia o percentual 12% (doze por cento) do valor atualizado causa, nos
termos do art. 85, § § 2º e 11, do CPC/2015, observando-se, no entanto, a previsão do
artigo 98, §3º, do CPC, por estar a autora/apelante litigando sob o pálio da gratuidade
da justiça.
É como voto.
Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5012943.31.2019.8.09.0176
Vistos, relatados e discutidos os autos da Dupla Apelação Cível nº
5012943.31.2019.8.09.0176, da Comarca de Nova Crixás, figurando como 1° apelante
Banco do Brasil S/A e 2° apelante Silvio Luiz Busnardo e como 1° apelado Silvio
Luiz Busnardo e 2°apelado Banco do Brasil S/A.
ACORDAM os integrantes da Terceira Turma Julgadora da Segunda Câmara
Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por unanimidade de votos,
em conhecer dos apelos e negar-lhes provimento, nos termos do voto do Relator,
proferido na assentada do julgamento e que a este se incorpora.
Votaram, além do Relator, os Desembargadores Amaral Wilson de Oliveira
e José Carlos de Oliveira.
Presidiu o julgamento o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.
Esteve presente à sessão o Doutor José Carlos Mendonça, representando a
Procuradoria-Geral de Justiça.
Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 5012943.31.2019.8.09.0176
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França
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NR.PROCESSO: 5491340.19.2018.8.09.0097
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
VOTO
NR.PROCESSO: 5491340.19.2018.8.09.0097
integrando a Administração do Município de Jussara desde 08/07/1987.
Em 1996, a Lei Municipal n. 129 (art. 136, §4º) passou a prever o pagamento
de gratificação aos servidores que completassem 25 anos de efetivo serviço público:
Ao analisar o art. 136, §4º, da Lei Municipal n. 129/96, a Corte Especial deste
Tribunal de Justiça, quando do julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade n.
97584-56.2014.8.09.0000, de relatoria do Desembargador Jeová Sardinha de Moraes,
declarou, à unanimidade, a inconstitucionalidade do referido dispositivo legal.
Senão, vejamos a respectiva ementa:
NR.PROCESSO: 5491340.19.2018.8.09.0097
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AÇÃO DIRETA DE
INCONSTITUCIONALIDADE. MODULAÇÃO DE EFEITOS.
EXCEPCIONAL INTERESSE SOCIAL. VERBA ALIMENTAR E
PRESUNÇÃO DE BOA-FÉ. 1. Na hipótese, tenho como evidenciadas
as razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social a
justificar a restrição dos efeitos da inconstitucionalidade declarada,
sendo a atribuição de eficácia prospectiva no presente caso
necessária, haja vista a natureza alimentar da gratificação e a
presunção de boa-fé dos servidores que a perceberam. 2. Assim,
viável o acolhimento destes aclaratórios para que seja feita a
modulação dos efeitos da declaração de inconstitucionalidade de
forma prospectiva (ex nunc), resguardando os direitos dos
servidores que, até a data da publicação da ata deste julgamento,
já houvessem reunido os requisitos necessários para obter os
correspondentes benefícios. EMBARGOS ACOLHIDOS.” (DJe n.
2.147, de 10/11/2016)
NR.PROCESSO: 5491340.19.2018.8.09.0097
municipal. Em sede de embargos de declaração, porém, os efeitos
dessa declaração de inconstitucionalidade foram modulados para o
futuro (ex nunc), restando resguardados, então, os direitos dos
servidores que, até a data da publicação da ata do respectivo
julgamento, já houvessem reunido os requisitos necessários para
obter o correspondente benefício, como é o caso recorrente. [...]
PRIMEIRO E SEGUNDO APELOS CONHECIDOS E DESPROVIDOS.”
(TJGO, AC 0193666-52.2014.8.09.0097, Rel. AMARAL WILSON DE
OLIVEIRA, 2ª CC, DJe de 07/02/2019)
Noutro vértice, tenho que a distribuição dos ônus sucumbenciais deve ser
revista.
Diante disso, ainda que não tenha sido declarada a nulidade do Decreto n.
176/14, a situação prática almejada pela 1ª recorrente/autora foi alcançada, qual seja,
o pagamento da gratificação prevista no art. 136, §4º da Lei n. 129/96.
NR.PROCESSO: 5491340.19.2018.8.09.0097
Assim, tendo em vista que apenas o ente público réu foi sucumbente,
deverá arcar com a totalidade dos ônus processuais.
No entanto, cediço é que, nas causas em que a Fazenda Pública for vencida,
a fixação da verba honorária deverá observar o disposto nos §§ 3º a 7º do artigo 85 do
Código de Processo Civil e, neste contexto, por tratar-se de sentença ilíquida, os
honorários advocatícios somente poderão ser arbitrados após a sua liquidação,
conforme prevê o § 4º, II, do citado artigo.
Por tal razão, deve ser reformada esta parte da sentença, excluindo-se os
honorários sucumbenciais. Somente após a liquidação do julgado deverá o Julgador
primevo fixar o quantum devido.
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Alfim, quanto ao pedido de “deferimento da tutela de urgência” veiculado
nas razões do 1º apelo, ressalto que caberia à autora/apelante trazer os argumentos
que amparam o seu pedido. Ora, deve a parte esclarecer a presença dos requisitos
autorizadores da concessão da medida, justificando especialmente em que consiste o
suposto periculum in mora.
Neste caso, tendo em vista que o referido pedido sequer foi enunciado, deixo
de examiná-lo.
Nos termos da decisão proferida pelo Presidente desta Corte, Des. Walter
Carlos Lemes “A questão jurídica em exame remete à análise de direito local (Lei Municipal nº
129/96), evidenciando-se incabível a via recursal especial para exame da matéria em debate,
ante a incidência, por analogia, da Súmula 280 do Supremo Tribunal Federal1.”
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Assim, tendo em vista, de um lado, que o mérito daquela ação de
inconstitucionalidade já foi examinado e, doutro lado, que a decisão é irrecorrível,
revela-se desnecessário suspender o trâmite desta ação, afinal, certamente aquela
decisão de mérito será mantida.
É o voto.
ND
1 Súmula 280 do STF: Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário.
ACÓRDÃO
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VOTARAM com o RELATOR, os Desembargadores CARLOS ALBERTO
FRANÇA e AMARAL WILSON DE OLIVEIRA, que presidiu a sessão.
Custas de lei.
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PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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Município de Jussara, que prevê o pagamento de gratificação
aos que completarem 25 (vinte e cinco) anos de efetivo serviço
público municipal. Em sede de embargos de declaração,
porém, os efeitos dessa declaração de inconstitucionalidade
foram modulados para o futuro (ex nunc), restando
resguardados, então, os direitos dos servidores que, até a data
da publicação da ata do respectivo julgamento (em 10/11/16),
já houvessem reunido os requisitos necessários para obter o
correspondente benefício – caso da apelante. 2. In casu,
cumpre reconhecer que a autora deve receber a referida
vantagem desde quando completou o lapso temporal (25 anos
de efetivo serviço público), fazendo jus, inclusive, aos valores
que não lhe foram pagos por força do Decreto Municipal n.
176/2014, pois este, no que se refere à referida servidora, não
surte efeitos. 3. Tendo em vista que apenas o ente público réu
foi sucumbente, deverá arcar com a totalidade dos ônus
processuais. No entanto, quanto aos honorários advocatícios,
em se tratando de condenação ilíquida contra a Fazenda
Pública, serão eles arbitrados somente após a liquidação da
sentença, momento em que se deverá levar em conta o
trabalho adicional realizado em grau recursal. 4. Considerando
que a decisão proferida em sede de Ação Direta de
Inconstitucionalidade é irrecorrível (admite-se apenas a
oposição de embargos), certamente a interposição de Recurso
Especial nos autos da ADI n. 97584-56.2014.8.09.0000 não
surtirá efeitos. Sendo assim, não há falar em questão
prejudicial apta a autorizar a suspensão do julgamento desta
apelação cível. 1ª Apelação e remessa necessária
parcialmente providas. 2ª Apelação desprovida.
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PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
VOTO
É que a sentença foi publicada no dia 8-2-2019 (Evento 26), com efetivação
da intimação nos dois dias seguintes (12-2-2019), de sorte que o prazo recursal teve
início em 13-2-2019, finando-se em 7-3-2019 (por conta do ponto facultativo decretado
neste Poder Judiciário nos dias 4 e 5-3-2019), justamente o dia da interposição do
recurso de apelação.
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Logo, se não promoveu a ré/apelada, no momento oportuno (contestação –
cf. CPC, art. 100), a impugnação, não há de ser nas contrarrazões à apelação cível
que haverá de fazê-lo, porquanto preclusa encontra-se tal oportunidade (cf. TJGO, 2ª
Câmara Cível, AC n. 90198.49.2017.8.09.0006, Rel. Des. Carlos Alberto França, DJe
de 6-11-2019).
Pois bem.
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“Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as
perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele
efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.” (Código
Civil).
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COMPROVADOS. (…) 2. No que atine aos lucros cessantes, estes só
são passíveis de ressarcimento mediante a devida comprovação, o
que não se verifica na espécie. (…).“ (TJGO, 6ª Câmara Cível, AC n.
453901.08.2015.8.09.0051, Rel. Des. Jairo Ferreira Júnior, DJe de 19-
12-2019).
Acerca dos danos morais, por igual, melhor sorte não espera pela recorrente.
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Fica estabelecido o prazo de 1 (um) ano, contado da data de emissão
da carteira profissional de enfermagem, para que o profissional
apresente ao Conselho Regional de Enfermagem, em que esteja
inscrito, o diploma ou certificado para registro. Neste caso, sendo
assegurada a isenção da taxa de expedição da nova carteira
profissional de identidade.(…).“ (Coren; disponível em: . Acesso em:
12-2-2020).
E quanto ao segundo ponto (2), nota-se que, realmente, a prova dos autos
mostra que em 18-9-2017 a ré/apelada expediu o diploma ora debatido (Evento 21,
anexo 2), vale dizer, antes do vencimento do prazo de validade da aludida carteira
profissional provisória.
A respeito:
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“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE CONHECIMENTO. OBRIGAÇÃO DE
FAZER E INDENIZATÓRIA POR DANOS MORAIS. (…) ENSINO
SUPERIOR (…) ILEGALIDADE NÃO RECONHECIDA. DANO MORAL
NÃO CONFIGURADO. (…) 5. Diante da inexistência de ato ilícito
imputável à ré/apelada, não há falar em dano moral indenizável.
Apelação cível desprovida.“ (TJGO, 2ª Câmara Cível, AC n.
5288729.55.2017.8.09.0051, Rel. Des. Zacarias Neves Coêlho, DJe de
8-5-2019).
É como voto.
RS
ACÓRDÃO
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Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os integrantes da 2ª
Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás,
POR UNANIMIDADE DE VOTOS, EM CONHECER E NEGAR PROVIMENTO À
APELAÇÃO CÍVEL, nos termos do voto do RELATOR.
Custas de lei.
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PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França
VOTO
NR.PROCESSO: 5036009.49.2020.8.09.0000
Isto posto, defiro o pedido liminar para que a requerida cobre, até
decisão final, o valor de R$ 697,68 do autor, conforme último índice
de reajuste de 2018.
Nos termos do art. 334, CPC, designe-se audiência de conciliação a
realizar-se no setor de conciliação e mediação.
Incide em multa a parte que injustificadamente deixar de comparecer.
É necessário acompanhamento por advogado ou defensor público (art.
334, § 9º, CPC).
Considera-se ausente quem se fizer representado (art. 334, § 10, CPC)
por pessoa sem real poder de negociação.
Intimação da parte autora na forma do art. 334, § 3º, CPC.
CITE-SE e INTIME-SE a parte ré, que tem o prazo de 15 dias úteis para
responder, contados da audiência de conciliação.
Data e hora da audiência marcada pela secretaria do Juízo”.
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a agravante e estipulou que, dentro de 05 (cinco) anos, a contar de 2018, todos os ex-
empregados e aposentados, caso quisessem permanecer com o plano de saúde,
teriam de custear 100% das respectivas mensalidades, fato que entende justificar o
aumento gradativo das faturas mensais.
No tocante à multa diária fixada no valor de R$ 1.000,00 em caso de
descumprimento da liminar, limitando-se ao valor de R$ 30.000,00, aponta ser este
valor excessivo e desproporcional, requerendo sua exclusão ou redução.
Informa ainda que já cumpriu a decisão liminar, na forma definida pela
magistrada em primeiro grau.
Ao final, requer a atribuição de efeito suspensivo ao recurso e, ao final, o
conhecimento e provimento deste, para revogar a decisão agravada, eximindo a
agravante de qualquer penalidade imposta na decisão agravada.
Pois bem.
Impende ressaltar que, neste momento recursal, sendo o agravo um recurso
secundum eventum litis, deve o Tribunal limitar-se ao exame do acerto ou desacerto
do decisum singular atacado e, in casu, pertinente analisar tão somente o aspecto da
sua legalidade, vez que ultrapassar seus limites, ou seja, perquirir sobre
argumentações meritórias, seria antecipar ao julgamento da demanda, o que
importaria na vedada supressão de instância.
Nesse sentido, esta eg. Corte decidiu:
NR.PROCESSO: 5036009.49.2020.8.09.0000
seja cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental,
desde que se façam presentes a probabilidade do direito e o perigo do dano ou risco
ao resultado útil do processo, vedada sua concessão diante da inversibilidade da
decisão.
Cândido Rangel Dinamarco, em sua obra “A Reforma do Código de Processo
Civil”, conceitua a probabilidade nos seguintes termos:
NR.PROCESSO: 5036009.49.2020.8.09.0000
nº 1568244/RJ), o Colendo Superior Tribunal de Justiça adotou o seguinte
entendimento, no tema 952 da tese firmada, in verbis:
“O reajuste de mensalidade de plano de saúde individual ou familiar
fundado na mudança de faixa etária do beneficiário é válido desde que
(i) haja previsão contratual, (ii) sejam observadas as normas expedidas
pelos órgãos governamentais reguladores e (iii) não sejam aplicados
percentuais desarrazoados ou aleatórios que, concretamente e sem
base atuarial idônea, onerem excessivamente o consumidor ou
discriminem o idoso.”
Sobre o assunto:
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portanto, legítima a decisão que o proíbe. 3. Ausentes nos autos fatos
novos que possibilitem a modificação do entendimento anteriormente
firmado, a rejeição do agravo regimental é medida que se impõe.
RECURSO CONHECIDO, MAS DESPROVIDO. (TJGO, AGRAVO DE
INSTRUMENTO 23212-05.2015.8.09.0000, Rel. DR(A). MARCUS DA
COSTA FERREIRA, 6A CÂMARA CÍVEL, julgado em 26/05/2015, DJe
1803 de 12/06/2015).
NR.PROCESSO: 5036009.49.2020.8.09.0000
– evento n. 1 dos autos de origem), não se mostra razoável, rompendo com o
equilíbrio contratual, princípio elementar das relações de consumo, a teor do que
estabelece o artigo 4º, inciso III, do Código de Defesa do Consumidor, inviabilizando a
continuidade dos contratos a segurados nessa faixa etária.
O artigo 3º, da Resolução Normativa 63/2003, dispõe que:
NR.PROCESSO: 5036009.49.2020.8.09.0000
Consumidor, contendo cláusulas precisas e claras prevendo o reajuste
por faixas etárias, impossível revisar o reajuste pactuado com base
neste Código.
Contratos firmados entre a vigência do CDC e da Lei dos Planos de
Saúde – nos contratos com as mesmas características, celebrados
posteriormente à vigência do CDC, mas antes do advento da Lei n.
9.656/1998 (Lei dos Planos de Saúde), é possível limitar o reajuste a
30% nas faixas etárias.
Contratos pactuados entre a Lei dos Planos de Saúde e o Estatuto do
Idoso – nos contratos assinados entre 2 de janeiro de 1999 (vigência da
Lei 9.656) e 1º de janeiro de 2004 (data do início da vigência do Estatuto
do Idoso), é possível limitar o reajuste a 30% nas faixas etárias de
sessenta e setenta anos de idade; nenhum reajuste será aplicável, no
entanto, quando o consumidor completar sessenta anos ou mais a
contar de 02/01/99 e estiver vinculado ao plano há mais de dez anos.
Contratos celebrados posteriormente ao Estatuto do Idoso – nos
contratos assinados ou adaptados depois de 1º de janeiro de 2004, não
será admissível nenhum reajuste posterior ao implemento de sessenta
anos de idade, a não ser a atualização geral autorizada pela ANS
incidente sobre todos os contratos, e os reajustes decorrentes de
alteração de faixas etárias anteriores ao implemente dessa idade
poderão ser revisados com base na RN 63 da ANS e com base nas
disposições do CDC.
Repetição do Indébito – em se tratando de erro escusável, há de se
estabelecer a devolução simples do cobrado indevidamente pelos
planos de saúde em razão da inobservância dos critérios enunciados.
NR.PROCESSO: 5036009.49.2020.8.09.0000
insuficiente ao cumprimento da determinação – Agravo parcialmente
provido, em maior extensão” (TJSP; Agravo de Instrumento 2014705-
42.2018.8.26.0000; Relator (a):Fábio Podestá; Órgão Julgador: 5ª
Câmara de Direito Privado; Foro Central Cível -44ª Vara Cível; Data do
Julgamento: 22/03/2018; Data de Registro: 22/03/2018).
NR.PROCESSO: 5036009.49.2020.8.09.0000
FAIXA ETÁRIA- 59 ANOS. AUMENTO ABUSIVO DO PERCENTUAL
DAS PRESTAÇÕES DA TITULAR E DEPENDENTE PASSANDO DE R$
171,12 (-) PARA R$ 319,06 (-) E DE R$ 107,78 (-) PARA R$ 206,35 (-)
EM DEZEMBRO DE 2008. PRETENSÃO RECURSAL CONSISTE NA
REFORMA TOTAL DA DECISÃO. I-SENTENÇA QUE JULGOU
PARCIALMENTE PROCEDENTE A AÇÃO PARA DECLARAR
ABUSIVO O AUMENTO DA MENSALIDADE DO PLANO DE SAÚDE
DO (A) DEMANDANTE EM DECORRÊNCIA DA MUDANÇA DE FAIXA
ETÁRIA 59 ANOS OU MAIS E FIXAR O REAJUSTE EM 15%,
MANTENDO-SE OS ÍNDICES DE CORREÇÃO ANUAL REVISTO PELA
ANS, E A DEVOLUÇÃO DE FORMA SIMPLES DOS VALORES PAGOS
A MAIOR PELO CONSUMIDOR. II - REAJUSTE DE QUASE 100%.
VIOLAÇÃO A RESOLUÇÃO Nº 63 DA ANS. CONDUTA QUE
DESEQUILIBRA A RELAÇÃO CONTRATUAL DO CONSUMIDOR.
PERCENTUAL QUE ONERA EXCESSIVAMENTE A PRESTAÇÃO DO
USUÁRIO, CAUSANDO DESEQUILÍBRIO E ONEROSIDADE
EXCESSIVA. APLICAÇÃO DA SÚMULA 20 DO TJ/RS PARA LIMITAR
O REAJUSTE A TAXA DE 30%. III - RECURSO CONHECIDO E
PARCIALMENTE PROVIDO APENAS PARA DETERMINAR QUE O
ÍNDICE DE REAJUSTE APLICADO À MENSALIDADE DA
RECORRENTE SEJA O PERCENTUAL DE 30% (fls. 1-2, doc. 10). 2.
No recurso extraordinário, a Agravante afirma ter a Turma Recursal
contrariado o art. 5º, incs. XVIII e XXXVI, da Constituição da República.
Sustenta que não há como tratar os usuários das operadoras de saúde
sob a modalidade de autogestão sob as mesmas regras protetivas dos
consumidores em geral, tendo em vista que, na verdade, os usuários
(dos planos de autogestão) são associados e, consequentemente,
detém poder na fixação dos reajustes e dos seus percentuais (fl. 5, doc.
12). Assevera que o acórdão impugnado, ao julgar em favor do
Recorrido, prejudicou toda a coletividade de usuários que corretamente
contribui para o FACHESF-SAÚDE e trouxe a insegurança jurídica no
tocante aos contratos legítimos de direito, pois a vontade das partes foi
aqui violentada, com a intervenção do Estado. A condenável
insegurança jurídica contratual, aqui combatida, vem causando grave
desequilíbrio econômico-financeiro na Recorrente, que poderá entrar em
colapso num curto espaço de tempo (fl. 8, doc. 12). 3. O recurso
extraordinário foi inadmitido ao fundamento de incidência da Súmula n.
454 do Supremo Tribunal Federal (doc. 13). No agravo, assevera-se que
os principais fundamentos recursais são a agressão aos dois
dispositivos constitucionais acima destacados (fl. 5, doc. 14).
Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO. 4. Razão
jurídica não assiste à Agravante. 5. No Recurso Extraordinário n.
630.852, Relatora a Ministra Ellen Gracie, este Supremo Tribunal
reconheceu a repercussão geral da controvérsia sobre a possibilidade
de aplicação do Estatuto do Idoso a contrato de plano de saúde firmado
anteriormente a sua vigência (Tema n. 381, DJe 31.5.2011). Contudo,
não é caso de se devolverem estes autos à origem para observância da
sistemática da repercussão geral, pois há outros óbices processuais a
impedirem a apreciação do mérito do recurso extraordinário. Assim, por
exemplo: A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo
dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade
(art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por
NR.PROCESSO: 5036009.49.2020.8.09.0000
outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão
geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º,
da CF) (RE n. 694.347-AgR, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira
Turma, DJe 20.2.2013). Nos termos do art. 323 do RISTF, o exame da
repercussão geral da matéria constitucional versada no recurso
extraordinário somente é viável se não for o caso da negativa de seu
seguimento por outras razões. A existência de vícios processuais ou
formais que impedem a reforma do acórdão recorrido retiram a utilidade
do recurso extraordinário, requisito necessário ao interesse jurídico
recursal. A aplicação das Súmulas 279 e 284/STF ao caso prejudica o
exame da repercussão geral (RE n. 542.799-AgR, Relator o Ministro
Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 23.4.2012). 6. Na espécie a
Turma Recursal assentou: Trata de ação revisional de clausula relativa á
plano de saúde, celebrado anteriormente à Lei 9656/98, em razão do
aumento excessivo das prestações imposta pela recorrente, em razão
de faixa etária 59 Anos. Nessa senda, as condições, índices e a própria
unidade utilizada para se obter o valor dependem de cálculo que não se
mostra simples e muito menos acessível ao consumidor, não se
podendo admitir que a acionada tenha se desincumbido do dever de
informação, ou que ao contratar a parte autora tivesse conhecimento
inequívoco que, ao completar determinada idade sofreria uma reajuste
em percentual definido na sua mensalidade. Desta forma, a
previsibilidade contratual e legal invocada pela recorrente não lhe
autoriza um aumento sem o prévio conhecimento da parte consumidora
dos serviços, notadamente quando tal aumento incidirá diretamente no
equilíbrio contratual, cujo objetivo é a prestação de assistência a saúde,
com características nítidas de contrato de adesão. Como se verifica dos
autos, a relação jurídica havida entre as partes baseia-se em um
contrato de seguro saúde, através do qual o segurador assume a
obrigação de garantir a outra parte, segurado, contra prejuízos
resultantes de riscos futuros, previstos na avença, mas de
acontecimento incerto. É esse evento futuro e incerto que o contrato
garante que mostra a sua característica aleatória. Se o segurador
adquire o direito de se precaver, mediante aumento automático do
prêmio, contra a ocorrência do evento futuro e incerto, desaparece a
aleatoriedade do contrato. Ademais, trata-se de relação consumerista e
nesse contexto o caso deve ser examinado, conforme se deduz da
análise do caso. Por outro lado, como dito, em se tratando de relação de
consumo, é essencial que os reajustes praticados pelas seguradoras e
operadoras de planos de saúde não onerem o contrato de modo a
colocar o consumidor em condição de desvantagem excessiva,
comprometendo o equilíbrio da relação a ponto de, por exemplo, forçar a
sua desistência do contrato. Com efeito, constitui responsabilidade do
plano de saúde prestar a assistência completa à saúde de seu usuário e,
aos estabelecimentos credenciados e autorizados cumpre prestar o
serviço médico-hospitalar da forma contratada. A outro termo, muito
embora a previsão contratual de reajuste das mensalidades de plano de
saúde seja um expediente admitido pela legislação vigente, é
imprescindível fiscalizar a proporcionalidade das contraprestações
exigidas pelas seguradoras e demais operadoras de planos de saúde,
daí porque cumpre analisar a alegação de abusividade do aumento
estipulado no contrato do autor e, pela apreciação dos autos se afigura
NR.PROCESSO: 5036009.49.2020.8.09.0000
uma excessiva onerosidade ao consumidor, caracterizando infringência
aos arts. 6º, V, e 51, IV, do CDC. Não se afigura desarrazoada a
cláusula contratual de plano de saúde que, de forma clara e destacada,
preveja o aumento da contribuição do aderente ao plano em razão de
ingresso em faixa etária em que os riscos de saúde são abstratamente
maiores, em razão da lógica atuarial que preside o sistema. Todavia,
revela-se abusiva e, portanto, nula, em face do Código de Defesa do
Consumidor, a cláusula de reajuste em percentual tão elevado que
configure uma verdadeira barreira à permanência do segurado naquele
plano. Em tal situação, considerando os enormes prejuízos que teria o
segurado se migrasse para outro plano ao atingir idade de risco,
justifica- se a redução do percentual de reajuste. Aqui, se devem aplicar
os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade a justificar a
redução do aumento. Nesse diapasão, é flagrante a posição de extrema
desvantagem merecendo revisão de cláusulas que importe em
onerosidade excessiva, especificamente a que trata da Mudança de
Faixa-Etária, levando ao afastamento do autor do plano de saúde,
acolho como abusivo o percentual usado pela acionada para o reajuste
de mudança de faixa etária, justificando-se a revisão de cláusula para
adequar a patamar razoável. Assim, tenho que esse paradigma deve ser
seguido, ou seja, admitindo a irrazoabilidade de aumento da contribuição
mensal do contratante, em razão de reajuste por mudança de faixa
etária, eis que estatisticamente são mais prováveis as intercorrências
médicas e hospitalares, destarte, parece despropositado que tal
aumento seja de 97,10% daí porque o percentual de 30% fixado nos
precedentes jurisprudenciais pátrios, em especial da Súmula 20 do TJ
RS ,parece muito mais razoável e proporcional ao efetivo aumento dos
riscos para a gestora do plano. Ante ao exposto, voto no sentido de
conhecer o recurso interposto, e no mérito DAR PROVIMENTO
PARCIAL ao mesmo, para reformar parcialmente a sentença, apenas no
sentido de determinar que o índice de reajuste aplicado à mensalidade
do recorrente seja o percentual de 30%, mantendo-se no mais a
sentença ora guerreada. Sem condenação em custas e honorários
advocatícios em razão do provimento parcial do recurso (doc. 10). O
exame da pretensão da Agravante exigiria a análise do conjunto
probatório constante dos autos, procedimento incabível de ser adotado
validamente em recurso extraordinário, como se tem na Súmula n. 279
do Supremo Tribunal Federal. A apreciação do pleito recursal exigiria,
ainda, a interpretação do Código de Defesa do Consumidor e das
cláusulas do contrato firmado pelas partes. A alegada contrariedade à
Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta, a
inviabilizar o processamento do recurso extraordinário. Incidem as
Súmulas ns. 279 e 454 do Supremo Tribunal Federal: AGRAVO
REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO.
DIREITO DO CONSUMIDOR. PLANO DE SAÚDE. REAJUSTE. FAIXA
ETÁRIA. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL E DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-
PROBATÓRIO E DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS: SÚMULAS NS. 279
E 454 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AUSÊNCIA DE OFENSA
CONSTITUCIONAL DIRETA. ACÓRDÃO SUFICIENTE E
ADEQUADAMENTE FUNDAMENTADO. INEXISTÊNCIA DE
CONTRARIEDADE AO ART. 93, INC. IX, DA CONSTITUIÇÃO DA
NR.PROCESSO: 5036009.49.2020.8.09.0000
REPÚBLICA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO (ARE n. 926.135-AgR, de minha relatoria, Segunda
Turma, DJe 1º.2.2016). DIREITO DO CONSUMIDOR. PLANO DE
SAÚDE. CONTRATO. MUDANÇA DE FAIXA ETÁRIA. REAJUSTE.
PROVA DA ABUSIVIDADE. APLICAÇÃO DA SÚMULA 454/STF.
DEBATE DE ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL. EVENTUAL
VIOLAÇÃO REFLEXA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA NÃO
VIABILIZA O MANEJO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ACÓRDÃO
RECORRIDO PUBLICADO EM 22.01.2014. 1. A controvérsia, a teor do
já asseverado na decisão guerreada, não alcança estatura
constitucional. Não há falar em afronta aos preceitos constitucionais
indicados nas razões recursais. Compreender de modo diverso exigiria a
análise da legislação infraconstitucional encampada na decisão da Corte
de origem, a tornar oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, como
tal, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Desatendida
a exigência do art. 102, III, a, da Lei Maior, nos termos da remansosa
jurisprudência desta Suprema Corte. 2. Divergir da conclusão do
acórdão recorrido exigiria o reexame da interpretação conferida a
cláusulas contratuais, procedimento vedado em sede extraordinária.
Aplicação da Súmula 454/STF: Simples interpretação de cláusulas
contratuais não dá lugar a recurso extraordinário. 3. As razões do agravo
regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que
lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere à ausência
de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República. 4.
Agravo regimental conhecido e não provido. (ARE n. 906.817-AgR,
Relatora a Ministra Rosa Weber, Primeira Turma, DJe 8.10.2015). Nada
há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante. 7. Pelo exposto,
nego provimento ao agravo (art. 932, inc. IV, al. a, do Código de
Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal
Federal). Publique-se. Brasília, 1º de abril de 2016. Ministra CÁRMEN
LÚCIA Relatora (STF - ARE: 957498 BA - BAHIA, Relator: Min.
CÁRMEN LÚCIA, Data de Julgamento: 01/04/2016, Data de Publicação:
DJe-082 28/04/2016)
NR.PROCESSO: 5036009.49.2020.8.09.0000
Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA
RELATOR
/C65
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5036009.49.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França
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NR.PROCESSO: 5724054.14.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador Carlos Alberto França
DECISÃOMONOCRÁTICA
NR.PROCESSO: 5724054.14.2019.8.09.0000
contra decisão proferida pelo MM. Juiz de Direito da Vara das Fazendas Públicas
Comarca de Alexânia, Dr. Fernando Augusto Chacha de Rezende, nos autos do
mandado de segurança impetrado em seu desfavor pelo Instituto de Previdência dos
Servidores Públicos do Município de Alexânia e Município de Alexânia.
A decisão atacada restou assim redigida em sua parte final (evento n. 77, dos
autos n. 5162409.36):
NR.PROCESSO: 5724054.14.2019.8.09.0000
pugna pelo desprovimento do recurso.
Desde já, consigno que o presente agravo de instrumento não deve ser
conhecido, posto que perdeu o seu objeto, restando, portanto, prejudicado.
In casu, pretendia o agravante a reforma da decisão recorrida, para impedir a
imposição de multa no caso de descumprimento de ato judicial anteriormente
prolatado.
Contudo, informa o próprio agravante que a referida decisão foi cumprida
atempadamente, ocorrendo a perda do objeto do recurso.
Resta caracteriza, portanto, a prejudicialidade do presente agravo de
instrumento, pela superveniente perda do objeto, face ao desaparecimento do objeto
da pretensão, nos termos do artigo 195, parágrafo único, do Regimento Interno do
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás:
“Art. 195 Julgar-se-á prejudicada a pretensão quando houver cessado sua causa
determinante ou já tiver sido plenamente alcançada em outra via, judicial ou não.
Neste diapasão:
NR.PROCESSO: 5724054.14.2019.8.09.0000
DE SUSPENSÃO DE LEILÃO. RESULTADO NEGATIVO. OPOSIÇÃO DE
EMBARGOS À EXECUÇÃO QUE SUSPENDEU O CURSO DA EXECUÇÃO.
PERDA SUPERVENIENTE DO OBJETO. SUSPENSÃO DE LEILÃO. PERDA
SUPERVENIENTE DO OBJETO RECURSAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO
JULGADO PREJUDICADO NESTA PARTE. 1 - Inexiste nulidade na decisão que
aborda suficientemente as questões indispensáveis ao deslinde da controvérsia,
demonstrando, ainda que de forma sucinta, os motivos do convencimento
adotado. 2 - A prescrição intercorrente pressupõe desídia do credor que, intimado
a diligenciar, se mantém inerte, o que não ocorreu na espécie. 3 - Verifica-se a
perda superveniente de parte do objeto do presente agravo de instrumento, haja
vista que o agravante pretendia, também, ver suspensa a realização de leilão e,
na data designada para tanto, a praça foi negativa, sendo, posteriormente,
proferida decisão nos autos dos embargos à execução, determinando a
suspensão desta. RECURSO PARCIALMENTE CONHECIDO E DESPROVIDO.”
(TJGO, AGRAVO DE INSTRUMENTO 174285-87.2016.8.09.0000, Rel. DES.
NELMA BRANCO FERREIRA PERILO, 4A CAMARA CIVEL, julgado em
15/12/2016, DJe 2197 de 26/01/2017)
NR.PROCESSO: 5724054.14.2019.8.09.0000
Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 5700926.62.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França
VOTO
NR.PROCESSO: 5700926.62.2019.8.09.0000
Na confluência do exposto, conheço do agravo de instrumento e nego-
lhe provimento, mantendo inalterada a decisão agravada.
Oficie-se ao juízo a quo, informando-lhe do teor do decidido pelo
Tribunal de Justiça.”
NR.PROCESSO: 5700926.62.2019.8.09.0000
“Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno
para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao
processamento, as regras do regimento interno do tribunal.
(…)
§2º O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para
manifestar-se sobre o recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do
qual, não havendo retratação, o relator levá-lo-á a julgamento pelo órgão
colegiado, com inclusão em pauta.”
Em que pese os argumentos da parte agravante, verifico que razão não lhe
assiste.
Em análise detida das razões recursais, observo que o condomínio agravante
não traz nenhum fato novo que justifique a reforma da decisão monocrática
vergastada, a qual restou prolatada de acordo com a legislação pertinente à espécie.
Com efeito, de uma detida análise dos autos, verifica-se que a decisão
lançada no evento nº 04, foi expressa, evidenciando o entendimento de que não restou
comprovada a real necessidade de concessão da gratuidade da justiça ao condomínio
agravante.
Ainda está devidamente consignado na decisão recorrida que o condomínio
agravante possui saldo positivo em sua conta bancária regularmente e também fundo
de reserva e a possibilidade de rateios para fins específicos e pagamento das custas
inicias no valor de R$ 782,00 (setecentos e oitenta e dois reais e vinte e cinco
centavos).
Outrossim, na decisão fustigada restou claro que o fato de as partes terem
firmado acordo para colocar fim ao processo não serve de embasamento para
desobrigar a parte de recolhimento das custas processuais devidas, no caso, custas
iniciais, cujo fato gerador é a propositura da ação.
Nesse angulamento de ideias, é certo que se o recurso de agravo interno não
consegue desnaturar a decisão do relator, demonstrando o seu equívoco, ou
desacerto, o improvimento da insurgência se impõe.
Neste sentido é o entendimento pacífico deste Egrégio Tribunal de Justiça,
vejamos:
NR.PROCESSO: 5700926.62.2019.8.09.0000
(TJGO, 2ª Câmara Cível, Agravo Regimental no Agravo de Instrumento
nº 58.109-0/180, DJ nº 66, de 10/04/08, Desembargador Zacarias Neves
Coelho).
NR.PROCESSO: 5700926.62.2019.8.09.0000
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5700926.62.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França
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NR.PROCESSO: 0077313.24.2016.8.09.0172
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França
VOTO
NR.PROCESSO: 0077313.24.2016.8.09.0172
justiça.
Sentença não sujeita ao reexame necessário (art. 496, § 3º, III do
NCPC).
(…)
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.”
Irresignado, apela o autor (evento n. 03-doc. 31), onde sustenta que não foi
observado o pedido de realização de intimação exclusiva em nome dos seus
advogados, Dr. Fagner José Domingos, OAB/GO 43.340 e Dr. Tyrone Guimarães,
OAB/GO n. 41.586, sendo, portanto, a intimação acerca da sentença nula, afastando a
intempestividade do apelo interposto.
Aponta a existência de violação do contraditório e da ampla defesa, uma vez
que foi indeferido seu pedido de produção de provas, sob o fundamento de ser
desnecessária sua realização.
Sustenta que a Lei Municipal n. 264 de 1992, que trata do Plano de
Classificação de Cargos e Vencimentos dos Servidores da Prefeitura Municipal de
Santa Terezinha de Goiás, prevê em seu artigo 78, inciso V, o direito à gratificação,
motivo pelo qual deve ser modificada a sentença fustigada.
Destaca que a omissão legislativa acerca do adicional de insalubridade ou
sua fixação em desconformidade com a Constituição Federal de 1988 não retira o
direito do autor/apelante de perceber o referido adicional.
Discorre que “o adicional de insalubridade é um direito constitucional que
assegura aos trabalhadores, em sentido geral, melhores condições de trabalho e de
meio ambiente do trabalho, para evitar condições gravosas a sua saúde.”
Entende fazer jus ao recebimento do adicional de insalubridade em grau
adequado e, por consequência, deve o município apelado ser condenado ao
pagamento do referido adicional com todos os seus reflexos, a partir da data de sua
posse, respeitada a prescrição quinquenal.
Requer o prequestionamento da matéria.
Ao final, pugna pelo conhecimento e provimento do apelo, com a reforma da
sentença fustigada, a fim de condenar o município requerido/apelado ao pagamento
do adicional de insalubridade em analogia ao disposto no anexo 14 da Norma
Regulamentadora NR 15 da Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho.
Ausência de preparo, porquanto o autor é beneficiário da gratuidade da
justiça.
No evento n. 03-doc. 36, o Município de Santa Terezinha de Goiás, ora
apelado, apresenta contrarrazões ao apelo, onde rebate as teses aventadas pelo
recorrente, requerendo seu desprovimento com a manutenção da sentença fustigada.
Pois bem.
NR.PROCESSO: 0077313.24.2016.8.09.0172
Inicialmente, defende o apelante que a intimação da sentença objurgada é
nula, uma vez que foi inobservado o pedido para intimação e publicação dos atos
processuais exclusivamente nos nomes dos causídicos Dr. Fagner José Domingos,
OAB/GO 43340, e Dr. Tyrone Guimarães, OAB/GO 41.586.
Contudo, em que pese verificar a existência de pedido anterior à prolatação
da sentença fustigada para intimação exclusiva daqueles patronos, a interposição do
apelo em questão supre a falta de intimação ora questionada, considerando que não
houve prejuízo ao autor/apelante.
Sobre o tema colaciono o seguinte julgado:
NR.PROCESSO: 0077313.24.2016.8.09.0172
“Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte,
determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito.”
Sob este prisma, entendo que, no caso em questão, o julgamento da lide, tal
como realizado pela magistrada a quo, respeitou o direito à ampla defesa e ao
contraditório da parte autora/apelante.
Insta destacar que esta Corte de Justiça, analisando casos análogos a este,
entendeu não restar configurado o cerceamento de defesa quando as provas não
forem pertinentes para a comprovação do alegado.
Veja-se, a propósito, os seguintes julgados:
NR.PROCESSO: 0077313.24.2016.8.09.0172
honorários recursais em 5% (cinco por cento) sobre o valor atualizado
da causa, que, acrescido ao valor dos honorários fixados na instância
singela (10%), totaliza 15% (quinze por cento) sobre o valor atualizado
da causa. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. SENTENÇA
MANTIDA.” (TJGO, Apelação (CPC) 5215945-93.2017.8.09.0176, Rel.
Des. DELINTRO BELO DE ALMEIDA FILHO, 4ª Câmara Cível, julgado
em 07/05/2019, DJe de 07/05/2019);
NR.PROCESSO: 0077313.24.2016.8.09.0172
“Art. 100. - A gratificação por execução de trabalho com risco de vida ou
saúde será definida em Lei própria.
NR.PROCESSO: 0077313.24.2016.8.09.0172
de ofício. Verificado que o magistrado a quo deixou de arbitrá-los, sob o
argumento se der a parte autora beneficiária da assistência judiciária,
mister a sua fixação em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa, nos
termos do artigo 85, §2°, do CPC/15. 5. Uma vez vencida parte
beneficiária da assistência judiciária, as obrigações decorrentes de sua
sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade (artigo
98, do CPC/15). 6. Para efeito de prequestionamento, é suficiente que a
questão objeto do recurso tenha sido apreciada pelo Tribunal local.
APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E IMPROVIDA.” (TJGO, APELACAO
0290790-02.2015.8.09.0032, Rel. Desª MARIA DAS GRAÇAS
CARNEIRO REQUI, 1ª Câmara Cível, julgado em 10/04/2019, DJe de
10/04/2019)
NR.PROCESSO: 0077313.24.2016.8.09.0172
Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA
RELATOR
/C55
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 0077313.24.2016.8.09.0172
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França
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NR.PROCESSO: 0077313.24.2016.8.09.0172
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NR.PROCESSO: 5026214.19.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França
VOTO
NR.PROCESSO: 5026214.19.2020.8.09.0000
o depósito no valor de R$ 52.753,25 (cinquenta e dois mil, setecentos e
cinquenta e três reais e vinte e cinco centavos), o que denota-se que ela
concordou com o resultado do julgamento na Corte Superior. Já o autor
requereu o levantamento da quantia depositada, mas com ressalvas,
porque não foi incluído no demonstrativo as despesas desembolsadas
com a prova pericial e as custas relativas à interposição dos recursos
adesivos.
Embora houve redução do valor a título de reparação por danos morais
pela Corte Superior, a correção monetária deve incidir a partir da data do
arbitramento do montante pelo Magistrado de primeiro grau, conforme
previsão da Súmula nº 362 do STJ, ou seja, a partir da publicação da
sentença, e não da publicação do acórdão do julgamento do Agravo em
Recurso Especial, segundo observei no demonstrativo do débito incluso
na petição da Ford Motor Company Brasil Ltda (evento nº 78), que
indicou o valor atualizado de R$ 15.018,00 (quinze mil e dezoito reais).
[…]
Ressalto que em caso de inexatidões materiais ou erros de cálculo
aritmético na planilha de evolução do quantum debeatur, é possível o
seu conhecimento de ofício pelo Magistrado para corrigir-lhe,
independentemente da ocorrência de preclusão, segundo interpretação
do art. 494, I, do CPC.
[…]
É sabido que a atualização monetária não constitui um plus, mas,
apenas, visa a preservar o efetivo poder aquisitivo do dinheiro,
importando, tão somente, na recomposição do valor da moeda corroído
pela inflação.
Consoante prevê o art. 526, caput, do CPC, é lícito ao réu, antes de ser
intimado para o cumprimento da sentença, comparecer em juízo e
oferecer em pagamento o valor que entender devido, apresentando
memória discriminada do cálculo. O § 1º diz que autor será ouvido no
prazo de 5 (cinco) dias, podendo impugnar o valor depositado, sem
prejuízo do levantamento do depósito a título de parcela incontroversa.
E, por fim, no § 2º estabelece que concluindo o Juiz pela insuficiência do
depósito, sobre a diferença incidirão multa de dez por cento e honorários
advocatícios, também fixados em dez por cento, seguindo-se a
execução com penhora e atos subsequentes.
Isso posto, defiro o pedido do autor quanto à expedição do alvará para
levantamento da quantia depositada em Juízo com os acréscimos
legais, através do seu advogado, Dr. Jorge Corrêa Lima (OAB/GO
11.025), por ter poderes específicos para tanto (procuração – fl. 157 –
evento nº 03/arquivo nº 66).
Intime-se o autor para trazer, em 15 (quinze) dias, a planilha atualizada
relativa à diferença da correção monetária pelo INPC da condenação no
valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais), a partir da publicação da
sentença, da despesa desembolsada com a prova pericial e as custas
NR.PROCESSO: 5026214.19.2020.8.09.0000
referentes a interposição dos recursos adesivos, estas últimas a serem
atualizadas pelo mesmo índice, sem incidência de juros.
A parte ré poderá, caso queira, trazer uma planilha do valor
remanescente, no prazo de 15 (quinze) dias, conforme delimitado no
parágrafo anterior, bem como efetuar a complementação do depósito, a
fim de evitar a incidência da multa e dos honorários, cada qual em 10%
(dez por cento), nos termos do art. 523, §§ 1º e 2º c/c 526, § 2º, do CPC
e Súmula nº 517 do STJ.
Expeça-se o alvará. [...]”
NR.PROCESSO: 5026214.19.2020.8.09.0000
De início, forçoso ressaltar que o montante da reparação por danos morais,
fixado na sentença no importe de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), foi reduzido para R$
15.000,00 (quinze mil reais) pelo Superior Tribunal de Justiça, em decisão proferida
em 01/08/2019. Assim, o arbitramento definitivo veio a lume com esta decisão, não
com a sentença, donde se conclui que o arbitramento, efetivamente, concretizou-se
com na decisão do Tribunal de superposição. É a partir desta decisão, portanto, que
incide a correção monetária do valor da reparação, nos termos da Súmula 362, do
Superior Tribunal de Justiça, até porque seria impossível fazer incidir correção
monetária a partir de 26/11/2015 (data da sentença), sobre valor que somente foi
fixado em momento bastante posterior, ou seja, em 01/08/2019 (julgamento do Agravo
no Recurso Especial).
Não bastasse a existência da Súmula 362/STJ ao caso concreto, o
entendimento do Superior Tribunal de Justiça é unânime ao prever que o termo inicial
da incidência da correção monetária é o momento da fixação do valor definitivo da
condenação.
Nesse sentido:
NR.PROCESSO: 5026214.19.2020.8.09.0000
QUANTUM INDENIZATÓRIO REDUZIDO. DECISÃO MANTIDA.
RECURSO DESPROVIDO. 1. É possível a intervenção desta Corte para
reduzir o valor indenizatório por dano moral, nos casos em que o
quantum arbitrado pelo acórdão recorrido se mostre exorbitante, como
na espécie. 2. Considerando o grau de culpa dos dois requeridos,
mostrou-se evidente a desproporcionalidade na fixação da indenização,
R$ 50.000,00, para o causador direto do dano, e R$ 40.000,00, para a
empresa pública federal que publicou as obras sem a devida cautela,
embora sem consciência da ilicitude. 3. Observando-se que a autora já
recebera a quantia de R$ 100.000,00 (cem mil reais), proveniente de
acordo celebrado com o primeiro réu, a reparação moral, em relação ao
segundo réu, foi reduzida para R$ 10.000,00 (dez mil reais). 4. A
jurisprudência desta Corte Superior firmou-se no sentido de que o
termo inicial de incidência da correção monetária é a data do
arbitramento da indenização, nos termos da Súmula 362/STJ,
adotando-se o momento da fixação do valor definitivo da
condenação. 5. Agravo interno não provido.” (AgInt no AREsp
827.114/RS, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado
em 13/11/2018, DJe 23/11/2018)
NR.PROCESSO: 5026214.19.2020.8.09.0000
MORA. CORREÇÃO MONETÁRIA. TERMO INICIAL. 1. a 5. […] 5. A
correção monetária deve incidir a partir da fixação de valor
definitivo para a indenização do dano moral. Enunciado 362 da
Súmula do STJ. 6. Agravo regimental a que se nega provimento.”
(AgRg no Ag 1311202/ES, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI,
QUARTA TURMA, julgado em 17/12/2013, DJe 04/02/2014)
NR.PROCESSO: 5026214.19.2020.8.09.0000
De toda a fundamentação supra conclui-se que a correção monetária sobre a
reparação dos danos morais deve incidir a partir do arbitramento definitivo, ou seja, a
partir da decisão exarada no julgamento do Agravo em Recurso Especial, nos termos
da Súmula 362, do STJ.
Ao teor do exposto, conheço do agravo de instrumento interposto por
Ford Motor Company Brasil Ltda. e dou-lhe provimento, para reformar a decisão
hostilizada, determinando que a correção monetária deve incidir a partir da data do
arbitramento definitivo, ou seja, a partir do arbitramento realizado no julgamento do
AREsp n.º 1.292.435/GO.
Comunique-se ao juízo de 1º grau, para conhecimento e imediato
cumprimento do decidido por este egrégio Sodalício.
É como voto.
Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5026214.19.2020.8.09.0000
Relator, proferido na assentada do julgamento e que a este se incorpora.
Votaram, além do Relator, os Desembargadores Amaral Wilson de Oliveira
e José Carlos de Oliveira.
Presidiu o julgamento o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.
Esteve presente à sessão o Doutor José Carlos Mendonça, representando a
Procuradoria-Geral de Justiça.
Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 5026214.19.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
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NR.PROCESSO: 5079932.28.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador Carlos Alberto França
DECISÃOMONOCRÁTICA
NR.PROCESSO: 5079932.28.2020.8.09.0000
(SANEAGO).
A decisão impugnada restou assim firmada:
NR.PROCESSO: 5079932.28.2020.8.09.0000
benefícios da gratuidade da justiça à autora/recorrente, motivo pelo qual o recurso
deve ser conhecido independentemente do recolhimento do preparo, nos termos do §
7º do artigo 99 do Código de Processo Civil/2015.
Assim, presentes os pressupostos de admissibilidade, subjetivos e objetivos,
impende o conhecimento do agravo de instrumento.
A pretensão aqui postulada é a reforma da decisão interlocutória que indeferiu
os beneplácitos da gratuidade da justiça à autora/agravante.
Desde já, adianto que merece acolhida a irresignação da recorrente.
A matéria questionada encontra sustentação legal no Código de Processo
Civil/2015, dispondo o artigo 98 que “a pessoa natural ou jurídica, brasileira ou
estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas
processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma
da lei”, bem assim na Constituição Federal, artigo 5º, inciso LXXIV, o qual, a seu turno,
prevê que “o Estado prestará assistência judiciária integral e gratuita aos que
comprovarem insuficiência de recursos”.
Desta forma, ao julgador cumpre decidir livremente acerca do pedido de
gratuidade da justiça, baseando-se na situação econômico-financeira demonstrada
pela parte requerente do benefício.
A propósito, veja-se a Súmula n° 25 desta egrégia Corte de Justiça, publicada
no Diário de Justiça Eletrônico nº 2120, de 28 de setembro de 2016:
NR.PROCESSO: 5079932.28.2020.8.09.0000
caso.
Neste sentido é o entendimento sufragado no âmbito deste egrégio Tribunal
de Justiça:
NR.PROCESSO: 5079932.28.2020.8.09.0000
17/12/2019, grifei)
NR.PROCESSO: 5079932.28.2020.8.09.0000
Des. CARLOS ALBERTO FRANÇA
RELATOR
/C10
NR.PROCESSO: 0227954.53.2007.8.09.0038
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador Carlos Alberto França
NR.PROCESSO: 0227954.53.2007.8.09.0038
Relator: Desembargador Carlos Alberto França
DESPACHO
NR.PROCESSO: 5423378.42.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
VOTO
NR.PROCESSO: 5423378.42.2019.8.09.0000
Conhecido parcialmente este recurso, em análise da insurgência referente ao
capítulo da decisão que determinou o adiantamento das custas da nova avaliação pelo
exequente, vejo que a sua reforma é medida que se impõe.
NR.PROCESSO: 5423378.42.2019.8.09.0000
CONHECIDO E PROVIDO.” (TJGO, AGRAVO DE INSTRUMENTO
148396-34.2016.8.09.0000, Rel. DES. AMARAL WILSON DE
OLIVEIRA, 2A C.C., DJe 2058 de 30/06/2016)
É como voto.
LL
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5423378.42.2019.8.09.0000
UNANIMIDADE DE VOTOS, EM CONHECER PARCIALMENTE DO RECURSO, E,
NESSA EXTENSÃO, DAR-LHE PROVIMENTO, nos termos do voto do RELATOR.
Custas de lei.
NR.PROCESSO: 5423378.42.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
NR.PROCESSO: 5423378.42.2019.8.09.0000
extensão, provido.
NR.PROCESSO: 5235006.46.2018.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França
VOTO
NR.PROCESSO: 5235006.46.2018.8.09.0000
que tenha em seu poder, não de todas as peças processuais.
No presente caso, verifica-se que estão presentes nos autos os
elementos necessários para continuação da execução, notadamente
pelos documentos essenciais, devendo-se considerar, assim, restaurado
o presente feito.
Isto posto, homologo a restauração de autos do processo de nº
309827-60.2012.8.09.0051, para que produza seus efeitos legais,
seguindo o processo até o seu termo.
Intime-se a parte exequente para requerer o que entender de direito
no prazo de 15 dias.
P.R.I.”
NR.PROCESSO: 5235006.46.2018.8.09.0000
arguido preliminares e requerido a extinção do feito, contudo a sentença homologatória
do pedido de restauração dos autos de execução, não fez nenhuma referência as
preliminares arguidas, tendo o juízo do feito se limitado a homologar.”
Aduz, ainda, que o relatório da sentença não atende os requisitos do artigo
489 e seguintes do Código de Processo Civil, pois não adentra as questões levantadas
na contestação (inépcia da inicial, ausência do valor da causa e dos requisitos do art.
713 do CPC), sendo certo que a doutrina, a jurisprudência e a lei são incisivos em
reconhecer a nulidade da sentença que não aprecia as preliminares arguidas em
contestação, pois trata-se de violação do mencionado dispositivo legal.
Pugna, por fim, pela reforma da sentença agravada para determinar que o
julgador singular aprecie e decida sobre as preliminares alegadas na contestação ou,
não sendo este o caso, que este Tribunal de Justiça, de ofício, profira decisão
extinguindo o feito ou julgue improcedente o pedido de restauração dos autos da ação
de execução.
Recurso regularmente preparado.
No evento n.º 63 foi indeferido o pedido de efeito suspensivo ao agravo.
Contrarrazões aportadas no evento n.º 68, pugnando o credor/agravado pela
manutenção da decisão hostilizada.
No evento n.º 74 foi manejado agravo interno pelo agravante, pontuando que
deve ser concedido o efeito suspensivo ao agravo de instrumento, porque determinado
o seu recebimento por força de decisão proferida pelo Superior Tribunal de Justiça,
que aplicou o princípio da fungibilidade. Assim, porque recebido e processo o
instrumental como se fosse apelação, deve ser concedido o efeito suspensivo ope
legis, nos moldes do que é aplicável no apelo, consoante disposto no art. 1.012, do
CPC.
Considera que “o prosseguimento da execução extrajudicial poderá causar
lesão grave e de difícil reparação, por causa das constrições em bens do agravante,
inclusive gerando ônus, antes do julgamento final do agravo de instrumento, com
possibilidade de inverter a situação processual, anulando a sentença homologatória da
restauração do processo executivo, gerando perecimento de direito, é que nas razões
do agravo foi requerido LIMINARMENTE o efeito SUSPENSIVO da decisão agravada.”
Pleiteia seja reconsiderada a decisão preliminar ou, caso contrário, seja
submetido o agravo interno ao conhecimento do colegiado.
Pois bem.
Ab initio, registro que o agravo interno manejado, no evento 74, pelo
agravante, contra a decisão preliminar do evento 63, que indeferiu o pedido de
concessão de efeito suspensivo ao agravo, resta prejudicado, por estar o agravo de
instrumento apto ao julgamento definitivo de mérito.
Neste diapasão:
NR.PROCESSO: 5235006.46.2018.8.09.0000
“AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DECLARATÓRIA. REQUISITOS
PARA CONCESSÃO DE TUTELA. AUSENTES. AGRAVO INTERNO.
PREJUDICADO. (...) 3- Deve ser julgado prejudicado o agravo interno
interposto contra decisão liminar que indeferiu o pedido de antecipação
de tutela constante no instrumental, quando esse se encontra apto para
julgamento. 4- Agravo de instrumento conhecido e desprovido.” (TJGO,
Agravo de Instrumento ( CPC ) 5046776-54.2017.8.09.0000, Rel. Dr.
ROBERTO HORÁCIO DE REZENDE, 5ª Câmara Cível, julgado em
18/07/2017, DJe de 18/07/2017)
NR.PROCESSO: 5235006.46.2018.8.09.0000
qual não tem como comprovar suas alegações.
Considerou que a restauração de autos deve ser julgada extinta por faltar
peça essencial ao prosseguimento do processo. Juntou, de consequência, os
documentos que tinha em seu poder.
O credor/agravado impugnou a contestação no evento n.º 22, pugnando pela
homologação da restauração dos autos.
No evento n.º 29 foi proferida a decisão recursada, afirmando que
encontravam-se presentes os elementos necessários para a continuação da execução.
Neste ponto, forçoso pontuar que o magistrado condutor do feito deixou de
observar o rito aplicável à espécie – restauração de autos – incorrendo em error in
procedendo.
O error in procedendo é o cometido pelo juiz no exercício de sua atividade
jurisdicional, no curso do procedimento ou na prolação da decisão/sentença, sendo
que reconhecido o vício a nulidade da decisão é medida que se impõe.
A propósito, mutatis mutandis:
NR.PROCESSO: 5235006.46.2018.8.09.0000
impenhorabilidade do valor constritado na conta poupança da agravante,
sob o argumento de que a peça de impugnação à penhora foi
protocolizada a destempo, quanto a referida matéria não está sujeita à
preclusão, por se tratar de questão de ordem pública, que pode ser
suscitada a até mesmo por simples petição nos autos, a cassação da
decisão agravada é medida que se impõe. Agravo de Instrumento
conhecido e provido. Decisão cassada.” (TJGO, Agravo de Instrumento (
CPC ) 5216086-87.2019.8.09.0000, deste relator, 2ª Câmara Cível,
julgado em 17/06/2019, DJe de 17/06/2019)
Voltando ao caso concreto, forçoso observar que, citada a parte contrária para
contestar o pedido, será lavrado o auto caso concorde com a restauração, suprindo o
processo desaparecido ou, caso não conteste, ou discorde parcialmente do pedido de
restauração, será necessário observar-se o procedimento comum. Leia-se:
NR.PROCESSO: 5235006.46.2018.8.09.0000
de 5 (cinco) dias, cabendo-lhe exibir as cópias, as contrafés e as
reproduções dos atos e dos documentos que estiverem em seu poder.
§ 1º Se a parte concordar com a restauração, lavrar-se-á o auto que,
assinado pelas partes e homologado pelo juiz, suprirá o processo
desaparecido.
§ 2º Se a parte não contestar ou se a concordância for parcial, observar-
se-á o procedimento comum.”
De mesmo teor a lição de Nelson Nery Junior e Rosa Maria de Andrade Nery
ao analisarem o § 2º do art. 714, do CPC. Ensinam:
NR.PROCESSO: 5235006.46.2018.8.09.0000
2019, ps. 1.606/1.0607)
Dessarte, porque não observado o rito aplicável ao caso concreto – arts. 712
a 718, do CPC –, deve ser anulada a decisão atacada porque violado o disposto no
art. 714, § 2º, do referido Codex.
Nesse sentido o aresto:
NR.PROCESSO: 5235006.46.2018.8.09.0000
Agravado: Robson Porto do Nascimento
Relator: Desembargador Carlos Alberto França
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 5235006.46.2018.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França
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PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
VOTO
NR.PROCESSO: 5455943.59.2019.8.09.0000
“Art. 561. Incumbe ao autor provar:
I - a sua posse;
NR.PROCESSO: 5455943.59.2019.8.09.0000
POSSE JURÍDICA. MERA DETENÇÃO PELO REQUERIDO. LIMINAR
DEFERIDA. REQUISITOS LEGAIS DEMONSTRADOS. 1. O agravo de
instrumento é um recurso secundum eventum litis, ou seja, deve se
limitar ao exame do acerto/desacerto da decisão singular, não podendo
extrapolar o seu âmbito para matéria estranha ao ato judicial
questionado, sob pena de suprimir um grau de jurisdição. 2. Satisfeitos
os requisitos do art. 561 do CPC, de rigor a reintegração de posse ao
requerente sobre a área ocupada pelo requerido, ante a natureza
pública do bem, a qual lhe confere a chamada posse jurídica e
dispensa maiores indagações sobre a sua existência e anterioridade.
3. A ocupação indevida de bem público por particular não
configura posse, mas mera detenção de natureza precária,
restando afastando o direito à retenção/indenização de
benfeitorias. AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO.” (TJGO,
Agravo de Instrumento 5465504-10.2019.8.09.0000, Rel. CARLOS
HIPOLITO ESCHER, 4ª C. C., DJe de 03/10/2019)
NR.PROCESSO: 5455943.59.2019.8.09.0000
Sobrelevo, por fim, que, em que pese a agravante tenha afirmado em sede de
impugnação à contestação que, por ter edificado no imóvel onde reside (bem público
de uso comum), gozaria de proteção possessória, deixo de tecer qualquer
consideração acerca deste argumento (que, até este momento, sequer foi analisado
pelo Juiz a quo), dada a estreiteza do palco do recurso de agravo de instrumento, que
limita esta Instância ao acerto ou desacerto da decisão recorrida, sob pena de
supressão de instância.
É como voto.
ACÓRDÃO
Custas de lei.
NR.PROCESSO: 5455943.59.2019.8.09.0000
Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 5455943.59.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
NR.PROCESSO: 0480395.46.2011.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França
Apelações Cíveis
1º Apelante: Estado de Goiás
2º Apelante : Tribunal de Contas do Estado de Goiás – TCE/GO
Apelado: Genésio de Sousa Reis
Relator: Desembargador Carlos Alberto França
VOTO
NR.PROCESSO: 0480395.46.2011.8.09.0051
“Ante o exposto, nos termos do artigo 269, inciso I, do Código de
Processo Civil, acolho o pedido do autor e, por consequência,
reconheço a irregularidade nos descontos efetuados nos proventos
de aposentadoria do autor, à título de adequação ao teto
remuneratório, e condeno os réus a não mais procederem a
qualquer desconto, sob este fundamento. Esclareço que o autor
somente poderá ter reajuste salarial quando o valor de seus
proventos ficar inferior ao teto constitucional.
Condeno os réus ao pagamento das custas e despesas processuais e
honorários advocatícios, que arbitro em R$ 800,00 (oitocentos reais).
Os honorários advocatícios foram fixados considerando o grau de zelo
dos profissionais, que foi satisfatório; o lugar da prestação do serviço,
que foi nesta capital; a natureza e a importância da causa, que não é
matéria complexa e envolve baixo valor; bem como o trabalho realizado
pelos advogados, que foi bom e o tempo exigido para o serviço, que foi
moderado.
Sentença sujeita ao duplo grau de jurisdição.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se”.
NR.PROCESSO: 0480395.46.2011.8.09.0051
Já nas razões recursais do 2º apelo (evento n.º 3, doc. 35), o 2º apelante
(Tribunal de Contas do Estado de Goiás – TCE/GO) alega que a sentença prolatada
merece ser totalmente reformada, eis que já se encontra pacificado nos Tribunais
Superiores que não existe direito adquirido contra o disposto na Constituição Federal.
Noutro aspecto, ressalta que as aposentadorias recebidas pelo autor/apelado
cujos valores superam o teto constitucional advêm da mesma fonte pagadora (Estado
de Goiás), ao passo em que destaca a solução adotada pelo Supremo Tribunal
Federal no julgamento de alguns casos concretos.
Reforça que os Tribunais Superiores pacificaram o entendimento no sentido
da constitucionalidade da EC nº 41/2003 – que deu nova redação ao inciso XI do artigo
37 da Constituição Federal – não havendo que se falar em direito adquirido ao
recebimento de remuneração, proventos ou pensão acima do teto remuneratório em
face da nova ordem constitucional.
Assevera que, para efeito de aplicação do teto remuneratório no serviço
público, devem ser somadas todas as verbas percebidas por agentes públicos,
inclusive aposentados e pensionistas, como no caso do apelado, excetuadas apenas
aquelas verbas que tenham caráter indenizatório.
Prequestiona os artigos 37, inciso XI, da Constituição Federal e o artigo 1º da
Lei n. 12.771/12, a fim de interpor eventuais recursos às Cortes Superiores.
Concluindo, requer o conhecimento e provimento do recurso de apelação para
reformar a sentença e julgar improcedentes os pedidos iniciais e, por consequência,
reconhecer que o corte de teto efetuado nos proventos de aposentadoria do apelado
está em conformidade com o disposto no inciso XI do artigo 37 da Constituição
Federal, excluindo, ainda, os ônus sucumbenciais.
Preparo dispensado, com fulcro no artigo 511, §1°, do Código de Processo
Civil/73 (art. 1.007, § 2º, do CPC).
Devidamente intimado, o apelado apresentou contrarrazões aos recursos de
apelação (evento n.º 3, doc. 37), alegando que a sentença recorrida merece reparos
tão somente no que tange à fixação dos honorários advocatícios, pois arbitrados em
desacordo com os parâmetros legais.
Remetidos os autos à douta Procuradoria de Justiça, a Dra. Orlandina Brito
Pereira deixou de lançar parecer (evento n.º 3, doc. 41), ao argumento de ausência de
interesse que ensejasse a intervenção obrigatória do Ministério Público.
Em seguida, a remessa e os apelos foram conhecidos, sendo parcialmente
provida a remessa e desprovidos os recursos voluntários, nos seguintes termos
(evento n.º 3, doc. 44/45):
NR.PROCESSO: 0480395.46.2011.8.09.0051
despesas processuais. I - Segundo entendimento firmado em
precedentes do Supremo Tribunal Federal, “o servidor público não tem
direito adquirido a regime jurídico, todavia, fica assegurada a
irredutibilidade de seus vencimentos”. II - Assim, não merece reparos a
sentença monocrática que reconheceu a irregularidade dos descontos
efetuados nos proventos de aposentadoria do autor/apelado, a título de
adequação ao teto remuneratório previsto na EC nº 41/03, já que o corte
contraria o disposto no inciso XV, do artigo 37 da Constituição Federal
de 1988 - princípio de irredutibilidade de vencimentos. III - Ademais,
ressalte-se que não é possível a aplicação do disposto no artigo 17 do
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) para legitimar
os descontos perpetrados na aposentadoria do autor/apelado, pois
referido dispositivo legal trata-se de norma transitória, aplicável ao
período de seu advento, não podendo ser aplicada para afrontar direitos
individuais já consolidados sob a vigência da legislação anterior. IV -
Insta relembrar aqui que, dentre as funções do Poder Judiciário, não se
encontra cumulada a de órgão consultivo. V - A Fazenda Pública não
está sujeita ao pagamento de custas e emolumentos, todavia, se
vencida, ressarcirá o valor das despesas feitas pela parte contrária, nos
termos do parágrafo único do artigo 39 da Lei n. 6.830/80. Remessa
Oficial e Apelações Cíveis conhecidas. Parcialmente provida a Remessa
Oficial e improvidas as Apelações Cíveis.” (TJGO, DUPLO GRAU DE
JURISDICAO 480395-46.2011.8.09.0051, desta relatoria, 2A CAMARA
CIVEL, julgado em 11/02/2014, DJe 1490 de 20/02/2014)
NR.PROCESSO: 0480395.46.2011.8.09.0051
Contrarrazões aos recursos extremos apresentadas pelo autor/recorrido no
evento n.º 3, doc. 68, pleiteando que não sejam admitidos, por incabíveis e
improcedentes.
Inadmitidos os recursos (evento n.º 3, docs. 69/72), foram manejados pelo
Estado de Goias o agravo do art. 544, do CPC/73 (evento n.º 3, doc. 77), e pelo
Tribunal de Contas do Estado de Goiás (evento n.º 3, doc. 79)
Os autos foram sobrestados no aguardo do julgamento dos recursos (eventos
n.º 8 e 9), sendo proferido despacho pelo Supremo Tribunal Federal no Recurso
Extraordinário n.º 1.236.335/GO (evento n.º 11), determinando a devolução dos autos
a este Tribunal em atenção aos preceitos do artigo 1.030, I e II, do CPC, porquanto já
submetidas as questões trazidas no presente processo à sistemática da repercussão
geral (Recurso Extraordinário n. 609.381, Tema n. 480, e Recurso Extraordinário n.
602.043, Tema n. 384).
Conclusos os autos, foi determinada a intimação das partes no evento n.º 22,
manifestando-se apenas o Tribunal de Contas do Estado de Goiás – TCE, no evento
n.º 26, reiterando pela “regularidade do corte de teto nos proventos da parte recorrida,
em conformidade com o artigo 37, XI da Constituição Federal e com a jurisprudência
do Supremo Tribunal Federal em sede de repercussão geral.”
NR.PROCESSO: 0480395.46.2011.8.09.0051
(quinze) dias, findo o qual os autos serão conclusos ao presidente ou ao
vice-presidente do tribunal recorrido, que deverá:
[…]
II – encaminhar o processo ao órgão julgador para realização do juízo de
retratação, se o acórdão recorrido divergir do entendimento do Supremo
Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça exarado, conforme o
caso, nos regimes de repercussão geral ou de recursos repetitivos;”
Desse modo, nas hipóteses de recursos repetitivos que visam uma unidade
quanto a idênticas questões jurídicas, extrai-se da norma a permissão ao Tribunal, por
meio do órgão colegiado, de retratar-se e modificar o acórdão recorrido, submetendo a
nova decisão ao entendimento firmado no recurso representativo (STF), ou, ainda,
manter o acórdão impugnado.
Quanto ao tema em debate no caso concreto – pedido de proibição de corte
dos proventos do autor/apelado a fim de observar o teto constitucional – impende
observar que razão não assiste ao autor/recorrido, embora tenha logrado êxito quando
do julgamento inicial de sua pretensão.
No julgamento do RE nº 609.381/GO, com repercussão geral, o Supremo
Tribunal Federal firmou o entendimento no sentido de que a Emenda Constitucional n.º
41/2003 tem eficácia imediata, submetendo ao teto remuneratório inclusive as verbas
de natureza remuneratórias adquiridas de acordo com o regime legal anterior.
Confira-se:
NR.PROCESSO: 0480395.46.2011.8.09.0051
tetos de retribuição de cada um dos níveis federativos traduz exemplo
de violação qualificada do texto constitucional. 4. Recurso extraordinário
provido.” (RE 609381, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal
Pleno, julgado em 02/10/2014, ACÓRDÃO ELETRÔNICO
REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-242 DIVULG 10-12-2014
PUBLIC 11-12-2014)
NR.PROCESSO: 0480395.46.2011.8.09.0051
Ao teor do exposto, com fulcro no art. 1.030, II, do CPC, reapreciando a
matéria, impõe-se exercer o juízo de retratação, para reformar o acórdão do
evento n.º 3, docs. 44/45, dando provimento à remessa necessária e aos
recursos de apelações para julgar improcedente a pretensão inicial.
De consequência, inverto o ônus da sucumbência, atribuindo-o ao
autor/recorrido, com fulcro no artigo 20, do Código de Processo Civil/73. Deixo de fixar
honorários advocatícios recursais, previstos no art. 85, § 11, do CPC, porque proferida
a sentença ainda sob a égide do Código revogado.
É o meu voto.
Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.
Apelações Cíveis
1º Apelante: Estado de Goiás
2º Apelante : Tribunal de Contas do Estado de Goiás – TCE/GO
Apelado: Genésio de Sousa Reis
Relator: Desembargador Carlos Alberto França
ACÓRDÃO
NR.PROCESSO: 0480395.46.2011.8.09.0051
Goiás e 2° apelante Tribunal de Contas do Estado de Goiás – TCE/GO e como
apelado Genésio de Sousa Reis.
ACORDAM os integrantes da Terceira Turma Julgadora da Segunda Câmara
Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por unanimidade de votos,
em retratar do acórdão, conhecendo do reexame necessário e dos apelos, dando-lhes
provimento, nos termos do voto do Relator, proferido na assentada do julgamento e
que a este se incorpora.
Votaram, além do Relator, os Desembargadores Amaral Wilson de Oliveira
e José Carlos de Oliveira.
Presidiu o julgamento o Desembargador Amaral Wilson de Oliveira.
Esteve presente à sessão o Doutor José Carlos Mendonça, representando a
Procuradoria-Geral de Justiça.
Goiânia, 17 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 0480395.46.2011.8.09.0051
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete Desembargador Carlos Alberto França
Apelações Cíveis
1º Apelante: Estado de Goiás
2º Apelante : Tribunal de Contas do Estado de Goiás – TCE/GO
Apelado: Genésio de Sousa Reis
Relator: Desembargador Carlos Alberto França
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NR.PROCESSO: 5462778.75.2019.8.09.0093
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
VOTO
NR.PROCESSO: 5462778.75.2019.8.09.0093
Pelo que se nota dos autos, a apelante/autora promoveu a demanda,
alegando que o apelo efetuou descontos mensais indevidos de seu benefício
previdenciário, na ordem de R$ 27,60 (vinte e sete reais e sessenta centavos), visto
que não celebrou com a instituição financeira recorrida nenhum contrato de
empréstimo.
(…).
NR.PROCESSO: 5462778.75.2019.8.09.0093
entendimento de que "o processamento da ação perante o Juizado
Especial é opção do autor, que pode, se preferir, ajuizar sua demanda
perante a Justiça Comum" (REsp. 173.205/SP, Relator Ministro Cesar
Asfor Rocha, Quarta Turma, DJ 14.6.1999). A propósito: REsp
331.891/DF, Rel. Ministro Antônio de Pádua Ribeiro, Terceira Turma,
21.3.2002; REsp 146.189/RJ, Rel. Ministro Barros Monteiro, Quarta
Turma, DJ 29.6.1998. 3. Recurso Especial provido.” (REsp
1726789/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA,
julgado em 19/04/2018, DJe 23/05/2018)
É como voto.
NR.PROCESSO: 5462778.75.2019.8.09.0093
1. “Faz jus à gratuidade da justiça a pessoa, natural ou jurídica, que comprovar sua impossibilidade de arcar com os encargos
processuais”.
ACÓRDÃO
Custas de lei.
NR.PROCESSO: 5462778.75.2019.8.09.0093
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA C/C
COM INDENIZAÇÃO. AJUIZAMENTO DA AÇÃO NA JUSTIÇA
COMUM OU JUIZADO ESPECIAL CÍVEL. PRERROGATIVA
DO JURISDICIONADO. COMPETÊNCIA RELATIVA. Na forma
do art. 3º, §3º, da Lei nº. 9.099/95, bem como na esteira da
jurisprudência pátria, a competência do Juizado Especial é
relativa, sendo facultada ao autor a opção pelo ajuizamento da
ação junto à Justiça Comum ou perante o próprio Juizado
Especial Cível, quando observados os requisitos legais.
Apelação Cível provida.
INTIMAÇÃO EFETIVADA REF. À MOV. Decisão Não Concedida a Medida Liminar - Data da
Movimentação 18/02/2020 14:49:38
NR.PROCESSO: 5045226.19.2020.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador Carlos Alberto França
DECISÃO PRELIMINAR
NR.PROCESSO: 5045226.19.2020.8.09.0000
os dois cargos e, cerca de nove anos após, ao requerer aposentadoria no processo
administrativo acima mencionado, aquele foi sobrestado para apurar eventual
ilegalidade teoricamente prescrita pelo tempo, mas que gerou motivo.
Explana ter sido notificada pela SEDUC-GO para optar por apenas um dos
cargos, com ciência na data de 01/10/2019, por ser cumulação ilegal, razão pela qual
pretende a reanálise da decisão unilateral da administração pública.
Afirma ter preenchido os requisitos para impetração do presente mandado de
segurança, como cabimento e tempestividade.
Disserta sobre o histórico do servidor não docente na educação básica,
defendendo ser educadora e não possuir atividade-meio.
Pondera ter realizado cursos de formação profissional, inclusive em
pedagogia, concluindo ser profissional da educação, nos termos da Lei de Diretrizes e
Bases da Educação, artigo 61, Lei nº 9.394/1996.
Conclui que o cargo ocupado de Agente Administrativo Educacional “está
plenamente configurado, cujo requisitos mínimo é o curso técnico ou superior em
pedagogia para o exercício das atribuições do trabalhador em educação, podendo,
consequentemente, ser acumulado com o cargo público de professor, pois trata-se de
um profissional com qualidade para o desempenho de qualquer função relevante na
unidade escolar, inclusive de direção, permitindo constitucionalmente o exercício de
outro cargo público.”
Esclarece não saber que o cargo ocupado de agende administrativo
educacional não seria técnico/científico pois possui plano de carreira com
aproveitamento dos estudos e atribuições específicas, restando evidenciado que seu
cargo necessita de conhecimentos específicos e formação mínima para ingresso, além
de prestar serviço essencial à população.
Requer a decretação da legalidade da acumulação dos referidos cargos sem
optar pela exoneração do cargo público de Professor IV, como determinado pela
SEDUC-GO, por ser compatível com a Carta Magna, nos termos do artigo 37, XVI.
Expõe sobre o direito que envolve sua pretensão, colacionando julgados.
Defende o preenchimento dos requisitos para a concessão de tutela de
urgência, visando a determinação para que a impetrante continue exercendo o cargo
estadual até o julgamento de mérito.
Por fim, requer a concessão de “tutela de urgência de natureza cautelar, para
que a impetrante seja mantida em seu cargo estadual, com a devida acumulação
municipal, pois possui qualificação profissional prevista na LDB, até que seja decidido
o mérito da ação, pelos motivos já expostos.”
No mérito, pugna pela procedência da presente ação mandamental com a
concessão definitiva da segurança pleiteada para declarar a “acumulação legal para
todos os efeitos, determinando a sua aposentadoria integral, com efeitos retroativos à
data do protocolo administrativo de aposentadoria, vez que foi cabalmente
demonstrado a natureza técnica do referido cargo e sua legalidade de acumulação
com o cargo de professor”.
NR.PROCESSO: 5045226.19.2020.8.09.0000
É o relatório. Decido.
III – que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver
fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da
medida, caso seja finalmente deferida, sendo facultado exigir do impetrante
caução, fiança ou depósito, com o objetivo de assegurar o ressarcimento à
pessoa jurídica”.
NR.PROCESSO: 5045226.19.2020.8.09.0000
Após, colha-se a manifestação da douta Procuradoria-Geral de Justiça.
Intimem-se. Cumpra-se.
Goiânia, 18 de fevereiro de 2020.
NR.PROCESSO: 5686850.33.2019.8.09.0000
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
Gabinete do Desembargador Carlos Alberto França
DESPACHO
NR.PROCESSO: 5686850.33.2019.8.09.0000
recursal. RECURSO ASSINADO APENAS PELO PROCURADOR
JURÍDICO. ILEGITIMIDADE. RECURSO NÃO CONHECIDO. 2.
Omissis. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NÃO CONHECIDOS.”
(TJGO, Ação Direta de Inconstitucionalidade 5334997-
29.2017.8.09.0000, Rel. NELMA BRANCO FERREIRA PERILO, Órgão
Especial, julgado em 18/09/2019, DJe de 18/09/2019).
NR.PROCESSO: 5164703.15.2017.8.09.0138
PODER JUDICIÁRIO
CÂMARA: 2ª CÍVEL
VOTO
Acerca da possibilidade de revogação de uma licitação, nos termos do Art. 49 da Lei de Licitações, esclareça-
se que a Administração somente poderá revogar uma licitação, desde que existam razões de interesse público,
decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta,
que deverá ser consignado em parecer devidamente motivado. Na verdade, há requisito para a revogação da
licitação (ou de qualquer outro ato administrativo), quais são:
NR.PROCESSO: 5164703.15.2017.8.09.0138
já homologado/adjudicado, o que não se aplica à hipótese concreta destes
autos, ficando, dessarte, prejudicado dito requisito).
Sobre o assunto, ensina o saudoso jurista Diogenes Gasparini, quando versa sobre a revogação de licitações,
in verbis:
Se, todavia, a Administração concluir pela existência de ilegalidade no certame licitatório, será o caso de
empreender a anulação da licitação, e não a sua revogação, o que não é o caso em exame.
No caso concreto, a recusa do Município em assinar o contrato administrativo não foi precedida de
manifestação formal por parte da administração pública quanto à revogação da licitação, não se resguardando
à apelante o direito ao contraditório e a ampla defesa.
Prosseguindo, no que tange à conveniência da manutenção da licitação, por ser aspecto afeto ao juízo da
autoridade, ressalvamos que, caso se entenda pela inconveniência, poderá a licitação ser revogada,
desde que preenchidos os requisitos estabelecidos pelo Art. 49 da Lei n.º 8.666/93, “in verbis”:
NR.PROCESSO: 5164703.15.2017.8.09.0138
§ 3 o No caso de desfazimento do processo licitatório, fica assegurado o
contraditório e a ampla defesa.
Deste modo, é importante observar que a revogação, nos termos da própria lei, somente será possível se
existir motivo superveniente suficiente a justificar tal conduta, nos termos do que preleciona MARÇAL
JUSTEN FILHO:
Também merece observância o artigo 38, inciso IX, da Lei nº 8.666/93, no sentido da necessidade de
fundamentação do ato administrativo de revogação de certames licitatórios, por ocasião de sua
efetivação, quando assim decidir a Administração:
(...)
(...)"
NR.PROCESSO: 5164703.15.2017.8.09.0138
Ressalta-se que, tanto para a revogação como para a invalidação, é necessário instaurar processo
administrativo em que se assegure aos atingidos pela decisão a oportunidade de se manifestar a respeito. Não
é por outra razão que o Art. 49, § 3º, da Lei nº 8.666/93 prevê que, em caso de “desfazimento do processo
licitatório, fica assegurado o contraditório e a ampla defesa”.
Com efeito, no caso do desfazimento do procedimento licitatório, o contraditório e a ampla defesa devem ser
assegurados antes da prática do ato de revogação ou anulação, sob pena de ilegalidade do próprio ato. O
direito ao contraditório e à ampla defesa tem fundamento constitucional (CF, Art. 5º, LV), e consiste no direito
dos licitantes de se oporem ao desfazimento da licitação antes que decisão nesse sentido seja tomada, in
verbis:
"Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
(...)
Como já exposto, a licitação, seja qual for a sua modalidade, constitui procedimento administrativo
e, como tal, comporta revogação, por razões de interesse público, e anulação, por ilegalidade, nos
termos do Art. 49 da Lei nº 8.666/93. A decisão de revogar ou anular uma licitação consiste no seu
desfazimento pela autoridade administrativa competente para a aprovação do procedimento, isto é,
para sua homologação, reservada também a possibilidade do Judiciário anular o certame desde
que provocado por quem tenha legítimo interesse para agir.
Entendendo ser caso de desfazimento do processo licitatório, a Administração deve comunicar aos
licitantes essa sua intenção, oferecendo-lhes a oportunidade, no prazo razoável que lhes assinalar, de
defender a licitação promovida, procurando demonstrar que não cabe o desfazimento, antes da decisão
ser tomada.
Porém, se levado a efeito o desfazimento sem que tenha sido assegurado antes o direito ao contraditório
NR.PROCESSO: 5164703.15.2017.8.09.0138
e ampla defesa, a decisão será nula, só por essa razão. De qualquer forma, decidido o desfazimento,
assiste ainda aos licitantes o direito de interpor recurso administrativo, com fundamento no Art. 109, I,
alínea “c”, da Lei nº 8.666/93.
Além disso, o ato de revogação ou de anulação pela própria Administração, atuando de ofício ou por
provocação de terceiros, deve ser motivado, sendo necessário parecer escrito e devidamente
fundamentado.
Ademais, friso que existe a possibilidade de supressão do contraditório e da ampla defesa nos
casos em que o desfazimento do processo de contratação ocorre antes da homologação do
certame e da adjudicação do objeto.
A hipótese encontra fundamento no posicionamento do Superior Tribunal de Justiça, o qual defende a tese de
que antes da adjudicação do objeto e da homologação do certame, o particular declarado vencedor não tem
qualquer direito a ser protegido em face de possível desfazimento do processo de contratação, o que afasta a
necessidade de lhe ser assegurado o exercício do contraditório e da ampla defesa.
Nesse sentido, corroboram com a desnecessidade de contraditório e ampla defesa face à revogação de
licitações não homologadas a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça.
Confira-se o Mandado de Segurança nº 23.402, do Superior Tribunal de Justiça, também citado na Nota
Técnica:
NR.PROCESSO: 5164703.15.2017.8.09.0138
LITIS. PAS : POLISERVICE SISTEMAS DE SEGURANÇA S/C LTDA
EMENTA
Falta de competitividade que se vislumbra pela só participação de duas empresas,com ofertas em valor
bem aproximado ao limite máximo estabelecido.
(grifo nosso)
7. Recurso ordinário não provido. (STJ, ROMS nº 200602710804, Rel. Eliana Calmon,
DJE de 02.04.2008).
Sumário: Representação formulada com fundamento no art. 113, § 1º, da Lei 8.666/93.
Oitiva dos gestores do Ministério do Esporte. Justificativas que não afastam a
ocorrência de irregularidades no edital de concorrência, sobretudo aquelas ligadas à
definição imprecisa do objeto e da inclusão de cláusulas que restringem a competição.
NR.PROCESSO: 5164703.15.2017.8.09.0138
(...)
PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO
(...)
‘Não obstante a adjudicação do objeto licitado não gere para o adjudicatário direito à
contratação, não resta dúvida de que ela faz surgir para este último a expectativa de
que não poderá ser contratado aquele objeto com qualquer outro fornecedor enquanto
a licitação for válida. Ora, a revogação e a anulação põem fim à licitação e permitem
que a Administração possa promover nova licitação ou, eventualmente, proceder à
contratação direta do objeto licitado com terceiro, frustrando a expectativa do antigo
adjudicatário. Desse modo, caso tenha ocorrido a adjudicação, parece-nos que a
revogação ou a anulação da licitação somente poderá ser efetivada se tiver sido