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CORTINA, Adela; MARTÍNES Emilio. Em que consiste a moral?. In:______.

Ética. Traduzido por Silvana Cobucci Leite. São Paulo: Edições Loyola, 2005.p.
29-48.

Para discutir um pouco mais a questão da moral, suas características e


delimitações, resumi o texto acima. Para os autores não existe uma única
tradição moral a partir da qual se possa edificar a própria concepção do bem e
do mal, mas uma multiplicidade de tradições que se entrecruzam e se renovam
continuamente ao longo do tempo e do espaço;
Todas as concepções morais contêm alguns elementos ( comandos,
proibições, permissões, normas de conduta) que podem entrar em contradição
com outras concepções morais diferentes. “Alguns povos permitiram a
antropofagia, ao passo que outros a proíbem terminantemente, outros
praticaram sacrifícios humanos, muitos permitiram a escravidão e em nossos
dias, para continuar com os exemplos, há grande disparidade no modo de
entender o papel da mulher na sociedade e em muitas outras questões
morais”.
Os autores perguntam: “É possível que toda a concepção moral seja
igualmente válida? Existem critérios racionais para escolher, entre diferentes
concepções morais, aquela que poderíamos considerar a melhor, a mais
adequada para servir de orientação ao longo de toda a vida?”
Para responder estas perguntas torna-se necessário ver em que
consiste a moralidade. Para os autores ao “longo da história foram surgindo
diferentes concepções da moralidade. Os antigos e medievais centravam suas
reflexões na noção de ser, a moralidade era entendida como uma dimensão do
ser humano, a dimensão moral do homem. Na modernidade, a filosofia deixou
de se centrar no ser para adotar a consciência como conceito nuclear, de modo
que a moralidade passou a ser entendida como uma forma peculiar de
consciência: a consciência moral como consciência do dever. Por fim, quando
no século XX se consolidar a chamada “virada linguística” a moralidade será
contemplada com um fenômeno que se manifesta primordialmente na
existência de uma linguagem moral formada por expressões como justo,
injusto, mentira, lealdade, etc...
Neste sentido, podemos falar de várias manifestações ou concepções de
moralidade:
1) A moralidade como aquisição das virtudes que conduzem à felicidade.
Ser moral é sinônimo de aplicar o intelecto à tarefa de descobrir e escolher em
cada momento os meios mais oportunos para alcançar uma vida plena, feliz,
globalmente satisfatória. A base para conduzir-se moralmente é uma correta
deliberação, ou seja, um uso adequado da racionalidade, entendida aqui como
racionalidade prudencial.
2) A moralidade do caráter individual: uma capacidade para enfrentar a
vida sem “desmoralização”. Trata-se de uma moralidade que insiste na
formação do caráter individual, de tal modo que o desenvolvimento pessoal
permita que cada um enfrente os desafios da vida com um estado de espírito
forte e poderoso: trata-se de manter o moral alto, o contrário de sentir
desmoralizado.
3) A moralidade do dever. A moral como cumprimento de deveres para
com o que é fim em si mesmo. Trata-se dos sistemas éticos que colocam a
noção de dever em um lugar central de seu discurso, relegando a segundo
plano a questão da felicidade. Se o homem é aquele ser que tem dignidade e
não preço, isso se deve ao fato de ser capaz de se subtrair à ordem natural, de
auto-legislar, de ser autônomo.
4) A moralidade como aptidão para a solução pacífica dos conflitos.
Concebe a moralidade como uma questão na qual deve predominar a reflexão
acerca do âmbito social. A moralidade é um problema que pertence mais a
filosofia política que a qualquer outra disciplina.
5) A moralidade como prática solidária das virtudes comunitárias. Propõe
entender a moralidade como uma questão de identificação de cada indivíduo
com sua própria comunidade concreta, aquela na qual nasce e se educa até
chegar a se converter em adulto.Um ser humano só chega a amadurecer
enquanto tal quando se identifica com uma comunidade concreta ( uma família,
uma comunidade de vizinhos, um grupo profissional, uma cidade, uma nação),
porque só pode adquirir sua personalidade pelo pertencimento a ela, e só
desenvolve as virtudes que a comunidade exige, virtudes que constituem a
visão que a comunidade tem em relação às excelências humanas.
6) A moralidade como cumprimento de princípios universais
A moralidade como o desenvolvimento de alguns princípios universais
que nos permitem avaliar criticamente as concepções morais dos outros e
também da própria comunidade.
Além de apresentar as formas de moralidade os autores também se
preocuparam em estabelecer um contraste entre o âmbito moral e outros
âmbitos como o Direito, a Religião, Normas de convivência social e Normas de
tipo técnico. Para os autores todas as concepções morais expõe certos
preceitos, normas e princípios como obrigatórios para todo o conjunto de temas
morais
Como um código de normas, como um conjunto de prescrições, provoca
em muitas pessoas uma certa confusão entre as normas morais e outros tipos
de normas: principalmente as jurídicas e religiosas

Moral e direito
Semelhanças – Prescritividade, orientam atos livres responsáveis e imputáveis,
infinidade de conteúdos comuns.
Diferenças – 1) Moral: Auto-obrigação ( obrigatoriedade interna); Direito:
Obrigatoriedade externa ( sob coação física);
2) Moral: Instância última ( incondicionalidade); Direito: Não é
instância última para orientar a ação;
3) Moral: Universalidade: considera-se que obrigam todo ser
humano enquanto ser humano; Direito: Universalidade parcial: obriga todo
cidadão enquanto submetido à organização jurídica do Estado em que vive.
Moral e religião
Semelhanças: Tanto a obrigação moral como a obrigação religiosa são
internas em consciência e não coercitivas.
Diferenças: 1) Moral: a fonte das normas morais são diversas, um código
determinado de princípios, normas e valores, pessoalmente assumido.
Religião: a fonte da pessoa em que determinados ensinamentos são de origem
divina.
2) Os destinatários das normas morais são cada pessoa que se
considera a si mesma destinatária das normas que reconhece em consciência;
Religião: Os destinatários das normas são os crentes.
3) O tribunal último diante do qual você responde na moral é a própria
consciência pessoal; Religião: A divindade correspondente...

Questões para estudar o texto:

1. Quais são as características da moral ou moralidade?


2. Como entender a moralidade como aquisição das virtudes que
conduzem a Felicidade?
3. Qual a diferença entre razão prudencial e razão técnica?
4. Como entender a moralidade centrada na formação ou construção do
caráter?
5. Em que consiste a moralidade do dever?
6. Explique a noção de moralidade como aptidão para a solução pacífica
dos conflitos?
7. Como entender a moralidade como prática solidária das virtudes
comunitárias?
8. Como entender a moralidade como cumprimento de princípios
universais?

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