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1 INTRODUÇÃO

A democratização da oferta e demanda, como apontado por Chris Anderson,


com o advento da internet e a produção e difusão de conteúdo pelos próprios
espectadores abre um espaço para o surgimento e fortalecimento de novos nichos
específicos (Anderson, 2006). O que possibilita a união de pessoas com interesses
similares em prol de atividades grupais visando o entretenimento temático.
O objetivo desta pesquisa é analisar o conceito de culturas de nicho e como
ele se aplica nos grupos de reencenação histórica 1. Serão abordados os conceitos
sobre as características de culturas de nicho e enfatizados nos grupos, seu
propósito cultural, de entretenimento e motivações acerca dos participantes.
O direcionamento será focado nos grupos nacionais, visando fazer um
paralelo entre a atividade como hobby e os aspectos que são incorporados para o
estilo de vida dos integrantes, fatores como religião, literatura, vestimenta e
produção de materiais temáticos para alimentar o próprio nicho.
O questionamento a ser abordado será: como cultura de nicho, a
reencenação histórica pode ser caracterizada ou se enquadrar como escapismo 2 da
vida moderna?

Atividade educacional ou de entretenimento em que os indivíduos se unem para reencenar um período ou evento
histórico.
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Tendência para fugir à realidade diante de situações difíceis ou desagradáveis.


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2 JUSTIFICATIVA

O surgimento de determinadas manifestações culturais de nicho como a


reencenação histórica (ou reenactmet, em inglês), que permitem a vivência
participativa, têm se tornado cada vez mais presentes na atualidade. Estudar esses
movimentos pode nos permitir compreender a constituição do ser humano moderno,
que busca na fantasia e no resgate de cenários no plano imaginário, formas de
resistência a massificação da informação, e a fuga simbólica do estilo de vida
contemporâneo.
O aprofundamento dessas manifestações de "escapismo" através de um
trabalho jornalístico pode trazer novas reflexões sobre o estilo de vida atual. Para
tanto, aproveitando da minha própria identificação com o tema, buscarei através de
um trabalho fotojornalístico, o registro participativo da prática da reencenação
histórica medieval.

3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL


Analisar as atividades dos grupos de reencenação histórica e o nicho cultural
a qual pertencem, por meio de ensaio fotográfico, com o objetivo de captar os
detalhes das vestimentas e a prática das atividades em acampamentos ou eventos
da temática.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS


 Pesquisar teóricos que abordam cultura de nicho.
 Fazer uma análise aprofundada sobre a cultura neomedievalista 3 e a relação
com escapismo.
 Entrevistar integrantes de grupos reencenação histórica e analisar suas
motivações.
 Pesquisar autores sobre fotografia documental.

Revalorização do espírito medieval.


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 Revisar autores que tratam sobre feiras medievais.


 Fotografar eventos medievais.
 Citar influências dessa cultura de nicho na cultura de massa.
 Abordar a produção de conteúdo de nicho nas mídias digitais com ênfase na
cultura da convergência.
 Pesquisar autores que falam sobre a velocidade acelerada da atualidade e a
necessidade que alguns indivíduos encontram em resgatar outro estilo de
vida.

4 HIPÓTESES
A insatisfação com a realidade atual leva os indivíduos a buscarem reencenar
outras épocas como estratégia de fuga da realidade. Com o conceito de que nos
séculos passados a vida seria mais simples e menos acelerada, pessoas com o
mesmo objetivo se unem para exercitar essa realidade alternativa.
A cultura de nicho medieval surge nas redes sociais e mídias digitais e passa
a influenciar então a cultura de massa, incentivando a criação de conteúdos com a
temática para esse público, como séries, filmes e novelas históricas. Como
resultado é atingida uma parte mais abrangente da população, que até então não
demonstrava interesse sobre.

5 METODOLOGIA

Esta pesquisa fará uma análise acerca da cultura de nicho medieval e os


grupos de reencenação histórica do Rio de Janeiro e São Paulo. Serão fotografados
e entrevistados participantes de eventos com a temática ao longo do ano de 2018. A
etapa inicial contemplará abordar a parte teórica, ressaltando autores que tratem de
cultura de nicho, escapismo, cultura da convergência e fotografia documental.
A pesquisa de campo será realizada por meio de pesquisas qualitativas
virtuais, produzidas em grupos de redes sociais voltados para o nicho. A segunda
parte de pesquisa será feita por meio de entrevistas semi- estruturadas com
participantes de eventos medievais, integrantes de grupos praticantes de
reencenação histórica, e simpatizantes da temática que integraram algum aspecto
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cultural ao seu estilo de vida.


A coleta de dados para a análise será realizada seguindo as seguintes
etapas:
a) revisão de literatura acerca de cultura de nicho, cultura da convergência,
insatisfação com a realidade moderna e neomedievalismo (ANDERSON, 2006;
JENKINS, 2006; BAUMAN, 1999; D'ARCENS, 2016);
b) uma observação preliminar sobre os grupos e o conteúdo divulgado por eles para
explorar o conteúdo a partir do qual serão retirados os dados para análise; c)
preparação de questionário e envio para realização de entrevistas;
d) produção das fotos documentais, usando luz natural, e o mínimo possível de
interferência na vivência, registrando apenas como espectador dos fatos;
e) coleta de dados para compor o dossiê de análise;
f) análise dos dados coletados e produção do material acadêmico.

9 REFERÊNCIAS

CANEVACCI, Massimo. Culturas extremas: mutações juvenis nos corpos das


metrópoles. 1ª ed. Rio de Janeiro: Dp&A, 2005.

MAFFESOLI, Michel. O Tempo das Tribos: O Declínio do Individualismo nas


Sociedades de Massa. 4ª ed. Forense Universitária, 2014.

ANDERSON, Chris.  A Cauda Longa - A nova dinâmica de marketing e vendas:


como lucrar com a fragmentação dos mercados. 1ªed. ELSEVIER/ALTA BOOKS.
2006.

FERNANDES, Sílvia. Teatralidades contemporâneas. Volume 277 de Coleção


Estudos Perspectiva, 2010.

LEWICKI, Grzegorz Greg et al. Cities in the neomedieval era. Series "Strategies for
5

the City of the Future" Volume_1. Editado por Grzegorz Greg Lewicki. Wrocław:
2016.

FINE, Gary Alan. Shared Fantasy: Role Playing Games as Social Worlds. University
Of Chicago Press, 2002.

D'ARCENS, Louise. The Cambridge Companion to Medievalism. Cambridge


University Press, 2016.

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