“Somente o homem é um animal político, isto é, social e cívico, porque
somente ele é dotado de linguagem. A linguagem permite ao homem exprimir-se e é isso que torna possível a vida social”, disse Aristóteles (384-322 a.C). O filósofo grego definiu o homem como político no sentido do vocábulo grego politikós, ou seja, cidadão, aquele que é capaz de viver na polis (cidade), em sociedade. E ele atribuía à capacidade de linguagem, que nos é inerente, o fato de os seres humanos conseguirem viver em sociedade. A linguagem animal, constituída pela emissão de sons e comportamentos determinados, permite e garante a sobrevivência e perpetuação das espécies. Há, porém, grandes diferenças entre a linguagem animal e a linguagem humana. Enquanto a primeira é estática e condicionada, não consciente, a segunda é fruto do raciocínio, e a expressão por meio dela é consciente e intencional, não meramente instintiva. E mais, a linguagem humana é dinâmica e criativa. Num primeiro momento, pode-se definir linguagem humana como todo sistema que, por meio da organização de sinais, permite a expressão ou a representação de ideias, desejos, sentimentos, emoções. Essa representação possibilita a leitura, o que concretiza a dinâmica da interação, da comunicação e, consequentemente, da socialização. Num segundo momento, pode-se defini-la como a capacidade inerente ao ser humano de aprender uma língua e de fazer uso dela.
“A linguagem é a capacidade humana de articular significados coletivos e
compartilhá-los [...]. A principal razão de qualquer ato de linguagem é a produção de sentido. [...] Nas práticas sociais, o homem cria a linguagem verbal. Ela é um dos meios para representar, organizar, transmitir o pensamento de forma específica. Há a linguagem verbal, a não verbal e seus cruzamentos verbo-visuais, audiovisual, audioverbo-visuais…”