Equipe: Gabriel Vieira Buratto, Israel Gonçalves, Leonardo Felipe Sabino de
Godoy.
Respostas das questões do capítulo 3 do livro “Macroeconomia”, Richard T.
Froyen
1 - Para os Mercantilistas, a riqueza e o poder de uma nação
eram determinados pela quantidade de metais preciosos que essa nação possuía. Por conta disso, defendiam um excesso de exportação (com exceção de metais preciosos) e restringiam severamente as importações. Não bastasse isso, eles acreditavam que o governo deveria interferir na economia para promover o desenvolvimento da indústria doméstica, recursos naturais e humanos e redução do consumo de bens importados. Para os clássicos, o crescimento da economia se dava por aumento na quantidade dos fatores de produção e avanços na tecnologia. O governo, por sua vez, só era permitido intervir para assegurar o livre comércio. A moeda servia apenas como meio de troca, ou seja, para facilitar as transações realizadas pelos indivíduos, não tinha valor intrínseco. Por fim, os clássicos acreditavam que cada indivíduo, ao buscar o melhor para si mesmo, contribuía para que a nação melhorasse cada vez mais (fundamento individualista), com o mercado se autoajustando.
2 - Na teoria clássica de oferta de trabalho, são as famílias que
fazem a oferta de trabalho. Elas estão diante de um trade-off entre horas de trabalho e horas de lazer. Quanto mais horas de trabalho que elas oferecem, menos horas de lazer elas podem ter e vice-versa. O que determina o quanto de horas de trabalho e lazer elas vão preferir é o salário real, razão entre salário monetário e nível de preços (W/P). A curva de oferta de trabalho é positivamente inclinada, pois quanto maior é o salário real, mais as famílias ofertarão trabalho. Porém, poderá chegar um momento em que as horas de lazer serão tão baixas que um salário real maior não fará mais com que as famílias deixem de preferir lazer pelo trabalho. A demanda de trabalho é feita pelas empresas. Na teoria clássica, o mercado é considerado como concorrência perfeita, ou seja, as empresas são tomadoras de preço. Sua preocupação é maximizar o lucro em relação N. Por conta disso, elas contratarão trabalhadores até o ponto em que a produtividade marginal do trabalho (PMgN) iguale o salário real (W/P). Sendo assim, percebe-se que a demanda das empresas por trabalho é representada pela produtividade marginal do trabalho (PMgN). Sendo a produtividade marginal do trabalho decrescente, a curva de demanda por trabalho das empresas é negativamente inclinada. Para a empresa contratar mais trabalhadores, o salário real tem que diminuir. Por meio da intersecção das duas curvas é possível chegar ao equilíbrio de oferta e demanda por trabalho. Sempre que houver excesso de demanda, o salário real irá aumentar. Sempre que houver excesso de oferta, o salário real irá diminuir. Esses movimentos ocorrerão até o momento em que um determinado valor de salário real igualará a oferta com a demanda de trabalho.
3 - No modelo clássico o funcionamento se da com uma
concorrência perfeita. Suas intensões de produzir as quantidades ideais para maximizar os lucros. Para os clássicos, na teoria da oferta, com um salário real elevado, acarretaria um número elevado de trabalhadores, incentivados pelo lazer pessoal. Com isso, há um custo de oportunidade entre lazer e horas de trabalho, pois com o salário é possível consumir mais bens e serviços. No entanto, quanto mais trabalho, menos tempo se tem para usufrui desses bens e serviços. Logo, a curva se dá com inclinação positiva. Quanto à teoria da demanda, com o aumento do salário, mais caro o trabalhador se torna para a firma, em relação ao produto. E com um custo mais elevado por produto, a firma vem a querer diminuir a demanda por mão de obra. Com isso, a curva tem sua inclinação negativa. 4 - Haveria uma menor oferta de mão de obra, dado pelo maior interesse pelo lazer. Com isso as firmas se obrigariam a aumentar os salários para estimular o interesse dos trabalhadores, fazendo voltar para o ponto de equilíbrio entre oferta e demanda de trabalho.
5 - Preços flexíveis, salários flexíveis e informação com
acesso total para todos os agentes, são suposições subjacentes que encontramos nesse contexto da teoria clássica.
6 – Isso ocorre por conta da oferta agregada ser inelástica ao
nível de preços. Para os clássicos, diferentemente dos mercantilistas, a moeda exercia o papel unicamente de meio de troca: era utilizada apenas para facilitar as transações. Um aumento na quantidade monetária não se refletiria em aumento na oferta. Emprego e Produto são independentes de variáveis nominais (monetárias). Eles dependem de variáveis reais. Sendo assim, a curva de oferta só pode ser alterada por variáveis reais (acumulação de capital e avanços tecnológicos, por exemplo).
7 – Os principais determinantes do produto e do emprego na
economia clássica são as variáveis reais: acúmulo de capital, aumento da força de trabalho, aumento de recursos, avanços tecnológicos etc. Como o produto e emprego são determinados unicamente na curva de oferta agregada, e esta última não se altera em decorrência de variáveis nominais, então o único papel da demanda agregada é definir o nível de preços: uma maior demanda agregada acarreta em um maior nível de preços e vice-versa.