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ADMINISTRATIVOS PARA A
VOLTA ÀS AULAS PRESENCIAIS
Atenciosamente,
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Preparando o Espaço Físico
Temos tido a possibilidade de acompanhar as sugestões e decisões tomadas por
outros países que tiveram o isolamento social e a retomada das atividades presenciais
antes de nós. Sabemos que cada unidade escolar possui seu próprio espaço físico e,
sendo assim, cabe às escolas o papel de avaliar e adaptar as sugestões e medidas que
compartilhamos neste material para implementar em seu contexto escolar. As seguin-
tes medidas de proteção foram escolhidas com base em leituras das diretrizes e orien-
tações de órgãos especializados e competentes como Organização Mundial da Saúde
(OMS), Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Ministério da Saúde do Brasil
(MS) e Conselho Federal de Enfermagem (COFEN).
Distanciamento social
• É fundamental que se mantenha uma distância entre 1,5m e 2m para
evitar contato físico direto dentro e fora de sala de aula. Se for possível,
seria interessante que sua escola dividisse as turmas em 2 grupos para o
modelo de aulas híbridas, ou seja, enquanto o grupo A está tendo aulas na
escola durante esta semana, o grupo B está acompanhando aulas pela
internet. Na semana seguinte os grupos mudam.
• Organize dentro de sala de aula e no refeitório a demarcação dos lugares
conforme as medidas já citadas para evitar aglomeração.
• Organize também o fluxo de pessoas, separando um corredor para ida e
outro para a volta. Se for inviável, uma solução seria a demarcação de fluxo
de ida e volta no mesmo corredor sempre buscando respeitar o distancia-
mento de 1,5m a 2m.
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• Evitar aglomerações é primordial, seja na entrada, na saída, no intervalo, e
até mesmo em locais em que os alunos precisem formar filas. É crucial
sinalizar a distância mínima já exemplificada.
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Horários diferenciados
• Organizar mudanças nos horários de entrada, saída, bem como o interva-
lo/recreio evitando aglomerações.
Acessos distintos
• Se sua escola possuir mais de uma entrada, é interessante haver uma
organização de fluxo de entrada e saída de alunos e visitantes por locais
diferentes.
Etiqueta respiratória
• Segundo especialistas, a COVID-19 é transmitida pelo contato com
pessoas contaminadas pelo vírus por meio de espirro, saliva, tosse,
catarro, beijo, abraço e aperto de mão. Também é possível contrair a
doença por superfícies contaminadas, como assentos, mesas, portas,
janelas, tomadas, maçanetas, corrimãos e outros objetos. Portanto, ao
tossir ou espirrar, incentive alunos e funcionários a cobrirem a boca ou
nariz com o antebraço. É possível utilizar um lenço de papel e jogá-lo no
lixo imediatamente após o uso. Após jogá-lo fora, é preciso lavar bem as
mãos e usar álcool em gel para higienizá-las.
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à escola, haja um acolhimento de colaboradores e alunos em um ambiente de em-
patia e de escuta ativa para entendermos o que as pessoas tem passado. É preciso
conversar sobre medos e angústias que os afligem. Pode ser que muitos tenham
perdido amigos e parentes, ou até mesmo contraído a doença. Não podemos ignorar
esses cenários.
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formação antes da retomada de aulas presenciais, por isso sugerimos algumas
atividades que podem ser adaptadas para o seu contexto escolar:
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Sugestões de Atividades
Para a educação infantil, sugerimos que usem pelúcias, brinquedos ou mascotes
para que os alunos sejam ajudados de forma lúdica a compreender a seriedade do
momento em que estamos vivendo. Aqui no Go Bilingual, trabalhamos a língua
inglesa com a nossa pelúcia - a Stacey. Além de ser uma aliada de nossos docen-
tes no desenvolvimento linguístico dos alunos, ela nos ajuda a cumprir esse papel
de suporte socioemocional.
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• Mural das emoções: esta atividade pode ser feita com
todos os segmentos. O professor pede que os alunos
façam desenhos em uma folha de papel representando
qual sentimento define cada um deles no período da qua-
rentena, o sentimento que estão tendo agora no momento
de retomada às atividades presenciais e o sentimento
para o futuro após COVID-19. Os desenhos podem ser
expostos pela sala de aula e todos fazem uma roda de conversa para falarem
sobre as produções, fazendo perguntas, comentários, elogios e dando suporte
aos amigos.
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Avaliação Diagnóstica
Sabemos do esforço gigantesco que profissionais em educação tiveram para que
as aulas remotas acontecessem e os alunos não perdessem tanto o contato
interpessoal com os colegas e professores quanto os conteúdos do currículo via
ambiente remoto de aprendizagem. Sabemos ainda que cada instituição buscou
impactar da melhor maneira a vida dos alunos. Entretanto, como esta forma de
ensino foi novidade para a maioria das escolas e alunos, precisamos mensurar os
resultados desta modalidade. Portanto, sugerimos que inicialmente os seguintes
instrumentos de avaliação sejam implementados de acordo com a realidade de
sua comunidade escolar:
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• Autoavaliação dos discentes: sabemos que a BNCC nos informa que deve-
mos ajudar o aluno a desenvolver consciência crítica para que seja autônomo e
protagonista do processo de aprendizagem. Por isso, é crucial que a escola de-
senvolva ferramentas como questionários de autoavaliação (Google forms, por
exemplo) para os alunos refletirem e avaliarem o que foi aprendido e o que precisa
ser estudado um pouco mais. Para cada assunto abordado no ensino remoto, os
estudantes teriam as seguintes opções para autoavaliação: Abaixo da média -
Satisfatório - Acima da média. Após cada assunto, seria bom ter um espaço para
considerações pessoais, assim é possível personalizar as ações pedagógicas
para ajudá-los.
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Replanejamento do Conteúdo
É crucial que tenhamos em mente que a aprendizagem
acontece de maneira espiral e contínua. Em outras pala-
vras, não é porque identificamos alguma defasagem em
determinados conteúdos que isso marcará negativa-
mente para sempre a vida acadêmica de nossos discen-
tes. Devemos ter em mente que o mesmo conteúdo que
não pôde ser explicado e/ou aprendido da forma deseja-
da, vai aparecer em outras séries escolares com uma
abordagem diferente para que professores e educandos
tenham mais uma oportunidade de explorar, aprofundar
e absorver aquilo que não pôde ser trabalhado da manei-
ra como queríamos no período do isolamento social.
Caso sua escola precise otimizar o uso do material didático para concluí-lo até o
final do ano letivo, sugerimos que as aulas descritas no livro/manual do professor
sejam reduzidas em cada capítulo, tendo uma priorização das atividades que
serão mais significativas e relevantes para a aprendizagem.
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Gestão Segura e Sustentável
Por Baiard Guagi
Do lado da receita, está a dicotomia entre evitar a evasão de alunos sem compro-
meter as receitas futuras. Em outras palavras, está a concessão de descontos e
reparcelamentos pontuais, analisando a situação caso a caso do período regular,
uma vez que as receitas dos serviços extras como período integral, alimentação
e cursos extras, tiveram que, praticamente, serem suspensas.
Essa fase se estende desde a suspensão das aulas presenciais até o momento da
retomada das mesmas. A partir daí, se inicia uma nova fase, com desafios ainda
maiores, tanto na área pedagógica com o modelo híbrido, quanto na gestão, com
a recuperação das receitas perdidas e a preparação para as matrículas.
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Essa nova fase chama-se Recuperação. O segredo para definir uma boa estratégia
nessa fase é desenhar com clareza o novo cenário (ambiente), tanto externo quanto
interno, para aproveitar as oportunidades que surgiram e se proteger das ameaças.
Uma das técnicas mais simples e objetivas que existem para isso é a análise
SWOT (Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças). Apesar de não ser uma
metodologia nova, ela é ideal para esse momento, uma vez que nos traz clareza e
objetividade na definição de prioridades de ação e resposta à nova realidade.
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A segunda fase da metodologia SWOT é olhar para dentro da própria escola e
identificar quais são os pontos fortes e fracos da instituição. Da mesma maneira
que a análise do ambiente externo, aqui deve-se ter o cuidado de não exagerar-
mos apenas pontos fortes, uma vez que quando se trata de mantenedores, a
escola pode ser considerada como um filho, e sabemos o quanto é difícil enxer-
garmos com objetividade defeitos e fraquezas. Portanto, consulte sempre, além
da equipe interna, opiniões mais distanciadas da instituição possível.
• Gestão do caixa: garantir liquidez para não precisar entrar em linhas de crédito,
equilibrando as receitas e as despesas. Muito cuidado para não conceder descontos
sem muito critério, comprometendo seriamente a entrada de recursos futuros.
• Gestão de custos: se podemos tirar algum aprendizado dessa crise é, sem dúvida,
que uma empresa (e, dentre elas, estão as escolas) pode ter mais eficiência com uso
de mais tecnologia e um cuidado maior no gerenciamento de custos. Isso será cada
vez mais fundamental na busca por resultado, uma vez que as margens de lucro esta-
rão limitadas pela queda na renda das famílias. O grande segredo é identificar os
pontos de ineficiência para cortar desperdícios e não qualidade no serviço prestado.
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as visitas presenciais em virtude dos protocolos de saúde, tendo alternativas consis-
tentes e efetivas para visitas e atendimentos virtuais. Outra questão importante, em
conjunto com a gestão financeira, é a estratégia de precificação, incluindo descontos,
bolsa e benefícios oferecidos.
Além dessas ações de gestão, é importante uma reflexão, também baseada na análise
SWOT, se não se faz necessária uma remodelagem nos serviços prestados. Nesse
contexto, podemos seguir em duas direções:
FATORES EXTERNOS
AMEAÇAS OPORTUNIDADES
FRAQUEZAS
SOBREVIVÊNCIA OU MELHORIAS OU
FATORES INTERNOS
DESATIVAÇÃO CRESCIMENTO
FORÇAS
MANUTENÇÃO OU DESENVOLVIMENTO OU
ENFRENTAMENTO APROVEITAMENTO
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A fase seguinte, Sustentação, depende essencialmente do sucesso na fase de
Recuperação.
Para finalizar, um cuidado importante que devemos ter é com essa expressão de
“novo normal”. Primeiramente, porque nem tudo é novo: as famílias continuam com a
necessidade de matricular seus filhos todo ano em alguma escola, a concorrência
continuará acirrada, os nossos funcionários serão basicamente os mesmos e a
necessidade de uma gestão profissional para garantir a sustentabilidade de longo
prazo da Instituição de Ensino continuará sendo essencial.
Em segundo lugar, porque ‘normalidade’ traz uma ideia de ‘estabilidade’ e isso, prova-
velmente, estará longe da realidade. É bem possível que seja um ambiente no qual o
cenário mudará mais rapidamente, tanto por causa da incorporação de tecnologias,
quanto pela velocidade da troca de informação entre as pessoas e de possíveis apare-
cimentos de novas emergências de saúde. Isso faz com que a instituição de ensino
tenha que desenvolver um senso de prontidão e agilidade muito mais apurado para
responder às mudanças com mais velocidade e precisão.
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S abemos que não existem receitas prontas com todas as soluções
para as incertezas, medos e inseguranças que estamos vivenciando e
aquelas que ainda enfrentaremos neste cenário após a pandemia.
Entretanto, nós, educadores brasileiros, somos conhecidos pela nossa
alta capacidade de elaborar soluções criativas para os problemas que
temos enfrentado no cenário educacional em nosso país. Teremos de
ressignificar muitas de nossas ações e relações após os meses de
confinamento e isolamento social. Existem diversos questionamentos
que necessitamos de encontrar as respostas, porém sabemos que são as
perguntas que nos fazem pensar, refletir e agir em busca de soluções.
Até breve,
Equipe Go Bilingual.
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