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O descobrimento do fogo

O homem na natureza fazendo cultura (para o bem comum)


Encontro com o grupo (29/08/2020):
Bom dia, Aparecida, Mônica (demos beijos). Sejam bem vindas pro nosso primeiro
encontro! Vamos se sentar. Hoje a gente só vai conversar, se conhecer melhor e, embora
vocês não sejam criancinhas, eu vou contar uma historinha para vocês.
Aparecida:
- E, eu vou adorar ouvir a sua historinha.
Mônica estava um pouco tímida, envergonhada, mais quieta.
Vamos começar com uma prece, agradecendo estarmos juntas, unidas, de peito aberto para
receber a luz que mora dentro de nós. Ela está lá o tempo todo, mas muitas vezes a gente
não a percebe, não dá espaço para ela chegar. Então vamos imaginar a gente abrindo as
janelas de nossos corações para que ela chegue e brilhe em nosso peito e a gente possa amar
e aprender muito com ela. E agora de mãos dadas, nós agradecemos a luz que habita no
coração da Aparecida, no meu, no da Mônica, e sentimos que quando assim estamos de
mãos dadas, com o coração brilhando, deixamos de ser a Mônica, a Aparecida, a Flávia e
passamos a ser apenas irmãs, brilhando, unidas pelo mesmo sentimento.
Aparecida chorou e Mônica sorriu.
Vamos a nossa historinha? – perguntei.
Slide 01 – descobrindo necessidades
Era uma vez, há muito tempo, uma época onde o ser humano vivia em cavernas e não
conhecia, ainda o fogo. Olhando para essa imagem, vocês imaginam como viviam esses
homens lá no tempo das cavernas, do uga-uga?
Aparecida:
- Ih, difícil... né? Acho que eles passavam muita dificuldade...
Perguntei:
- Que tipo de dificuldade você acha que eles passavam? O que será que era difícil na vida
deles?
- Ah, tudo. Comida, água... Acho que tudo...
- E você, Mônica? Já imaginou como era a vida deles nesses tempos?
- Acho que era tudo difícil. Muito complicado conseguir comida, deviam passar muito frio
também, dormir no chão (risos) sem nenhuma cobertinha para se cobrir...
Slide 02 – a tempestade
Pois é, em meio a todas essas dificuldades, a tempestade era algo que assustava... Lá
naquele tempo, o homem ficava admirado, olhando a tempestade. E, por vezes, eles viam o
que acontecia quando um raio atingia uma árvore.
Slide 03 – o fogo
O que acontecia quando o raio caia na árvore?
Aparecida (olhando impressionada para o slide):
- É... pegava fogo, né? (com pena)
- Incendiava tudo! – Mônica.
Pois, é, vocês imaginem que um dia caiu um raio numa árvore e um homem decidiu se
aproximar. Ele estava sentindo muito frio, pois havia chovido muito, estava com o corpo
gelado e ele foi se aproximando, chegando bem pertinho do fogo... O que vocês acham que
ele sentiu nesse momento?
- Calor! – disse Aparecida.
Olhei para a Mônica, sem nada perguntar. Ela entendeu e respondeu:
- Sentiu aquela quentura.
Para quem estava tremendo de frio...
- Se esquentou! – disse Aparecida, motivada, satisfeita!
- Deve ter ficado feliz de estar quentinho...
Até que ele pensou: e se eu pudesse dormir à noite com esse calorzinho ao meu lado, me
aquecendo. E se eu pudesse levar esse calor lá pra dentro da caverna?
Buscou um galho seco (o que estava difícil, pois havia chovido), aproximou a ponta do
galho do fogo e viu que o fogo passou da árvore ao galho, naturalmente. Ficou muito feliz,
muito agradecido e foi caminhando, com aquela tocha, para levar para a caverna. Logo
junto um bando de gente para ver. Pediu para um irmão segurar, apanhou outros galhos
secos e fez uma pequena fogueira dentro da caverna. Nem preciso dizer que a caverna dele
essa noite encheu de gente querendo dormir lá.
Dormiram felizes da vida aquela noite, bem quentinhos, mas mal raiou o dia... onde estava o
fogo? Havia desaparecido... Ele ficou muito triste porque pensou consigo mesmo: para ter
outra noite como esta, terei que esperar a próxima tempestade, o próximo raio cair numa
árvore para poder dormir no quentinho novamente...
Slide 04 – bater pedra, observar, imaginar, projetar, persistir, descobrir
Aceitou, não tinha jeito e continuou sua vida, batendo uma pedra na outra porque com as
lascas das pedras eles construíam ferramentas que permitiam eles cassarem, mais o que?
Cortarem a carne...
Desde aquela noite, ele ficou sonhando com o fogo, aquilo não saia da sua cabeça, mas ele
precisava continuar trabalhando, batendo uma pedra na outra, até que ele viu sair uma
chispa, algo que brilhava, parecida com o fogo que ele viu quando o raio caiu na árvore. Aí,
ele pensou: é isso! Se eu conseguir pegar esse foguinho e aumentar ele... quem sabe não
vira um fogão pra aquecer nossas noites? Juntou um pouquinho de folha seca, fez um
montinho, pegou uns galhos e de tanto insistir batendo uma pedra com a outra, acabou que
saiu uma chispa maior que, em contato com as folhas secas, fez um fogão.
Slide 05 – autonomia, liberdade, criatividade
Ah vocês imaginem a felicidade do grupo quando descobriu que eles podiam, batendo uma
pedra na outra, conseguir fogo. Que diferença passar a noite sem ter que ficar batendo o
queixo, tremendo de frio.
- Imagina só... – disse Aparecida
Mas não ficou só por aí não... Vocês imaginam o que mais melhorou para a tribo com o
descobrimento do fogo? Para que mais eles começaram a utilizar o fogo?
Para fazer o alimento... – disse Mônica, que pela primeira vez teve iniciativa de falar
primeiro.
Depois disso, todas as noites, eles acendiam o fogo, se reuniam, passaram a contar as
aventuras que enfrentaram durante dia para os outros irmãos. Agradeciam a Deus por as
coisas terem melhorado.
- Olha, que bonito. Acabou que serviu para reunir, para fazerem uma oração. Eu acho isso
muito bonito. Eu acho que se os homens fizessem isso hoje em dia, eles seriam mais felizes.
- Na época das cavernas, o homem via como ele era frágil, como tudo ameaçava, uma gripe
podia destruí-lo. Ele precisava ser bem intuído, andar de mãos dadas com a consciência o
tempo todo, ele não podia se alienar da realidade.
- Agora que tem facilidade, o homem se esqueceu de Deus. – disse Aparecida – Agora, é
simples, vai no supermercado, tem de tudo. Pode comprar um arroz, um feijão, um ovo.
Naquele tempo não tinha nada disso. Tinha que ralar e muito pra conseguir as coisas. Eu me
alembro da minha mãe, a gente chegou a passar necessidade. Não muita, graças a Deus, mas
tinha época que só tinha o feijão, tinha que repartir, dava pouquinho pra cada um, e coloca
as mãos pro céu.
- Você teve muitos irmãos?
- Tive 5 irmãos. Tinha um irmão mais velho, depois vinha eu, depois os outros 3. Eu e meu
irmão mais velho dava a nossa parte para eles não ficarem chorando, porque eles se
tivessem muito pouco pra comer, chorava muito. Então eu acho é isso, que a facilidade veio
pra piorar o homem. O homem piorou em relação à fé, a parte do sentimento. Se tornou
todo mundo egoísta.
- E você, Mônica, o que acha da facilidade? Como foi sua vida?
- Olha, nós num chegô a passa fome, mas foi pur pôco. Meu pai plantava, era demitido da
fazenda, nós tinha que procura outra. Minha mãe ficava preocupada. Nós era tudo
escadinha. Nós sofreu. Via minha mãe sofrê... era muito duro... Agora, não, tudo tá mais
fácil, consegui as coisas melhorô, mas teve outra coisa que piorou...
- O que piorou, na sua opinião?
- Ah, o que a Aparecida falou: de Deus. Ninguém quer saber de religião, fé, diz que isso é
coisa de gente antiga, que tá por fora. Eu já escutei isso de uma neta. Ela não faz ideia do
que foi criar a mãe dela e até do sacrifício que foi a mãe dela pra tê ela. Mas num pensão
nisso não. Só pensam em bobeira, em besteira, na tv, no celulá, no videogueme. Só isso só...
- Vocês notaram quando começou tudo isso que ficou desse jeito?
Aparecida: tem muito tempo, isso já tá assim há muito tempo. Quando eu era moça, era bão
ainda, casei começou essa coisa de novidade...
- O que você quer dizer com novidade?
- Essas modernidades, essas coisas que passam na televisão, beijo, pouca vergonha, não
tinha nada disso não. Nós casava, nem sabia como era nada. Ia pura. Agora, as meninas
novas já vão ensinando pro homem como é e como não é...
- Mônica...
- Eu concordo com a Aparecida, eu sô mais nova que ela, mas quando casei também fui
pura. Minha mãe num conversava (falar) com nós, num explicava nada. Só na hora que a
gente ia conhecê. (risos envergonhados de estar se abrindo)
- Aparecida, você casou por amor ou sua família que escolheu?
Fui eu que quis. Minha família num falô nada não. Só disse que eu já era de maior, podia
fazer o que bem entendia, mas que se eu se desse mal, que nem pensava em volta, que num
tinha volta. Eu fui e não me arrependi, pois fui muito feliz com meu marido (que Deus o
tenha em seus braços) (suspiro de saudade). Se emocionou. Só tenho a agradecê a Deus,
pois em nenhum momento eu me arrependi, a gente passou muita dificuldade junto, um
filho nosso partiu antes de nós, ficou doente. Nós ficou muito triste, meu marido perdeu o
emprego várias vezes, era humilhado por causa da cor, nós sempre junto, um dando apoio
pro outro. Eu falava tudo pra ele, nunca escondi nada do meu marido. Eu preferia a morte
do que esconder alguma coisa dele. E ele de mim. Nós era muito amigo. Sinto muita falta
dele.
Mônica chora.
- Eu me emocionei – disse Mônica – porque é muito bonito ver, ouvi uma história assim. A
senhora pode se considerar uma pessoa feliz nesse mundo, porque foi amada e amou. E o
amor é a coisa mais linda que a gente pode querer, é a coisa mais preciosa que Deus nos
deu. Então, sua história é um exemplo, pra mim, pra nós, porque é o verdadeiro amor que a
senhora conheceu e viveu. Eu tenho muito amor pelo meu marido e ele tem por mim
também, eu sinto que tem, no meu coração, mas ele por ser muito calado, toda essa beleza
fica presa dentro do coração dele. Ele não coloca pra fora como a senhora colocou, desse
jeito lindo. Fica tudo lá dentro, mofando (risos) Eu tenho vontade de viver com ele essa
paixão, isso tudo que queima dentro de mim, mas ele não se dá. Acho que ele tem medo. Eu
respeito, aprendi a respeitar. Qualquer coisinha que ele consiga demonstrar, me dá uma
felicidade danada, eu quase morro por dentro. Outro dia, ele me deu uma flor. Uma
margarida amarelinha, eu achei aquilo a coisa mais linda, foi o mais lindo presente que eu
podia receber. Eu dei um beijo nele e falei você é minha flor! Ele ficou todo contente... aos
poucos ele tá amolecendo...
Acho que por hoje, estamos legal, enh... vamos fazer a prece?
Aparecida: Senhor, nosso pai de amor, bondade, misericórdia, perdão, entendimento,
respeito e caridade, obrigada por estarmos aqui reunidas nesse aprendizado, temos certeza
que outros que não vemos com os olhos físico também aqui estão nos orientando, nos
trazendo luzes no entendimento para que a compaixão, o perdão e o amor caiam sobre
nossas vidas, senhor, e a gente possa viver com mais amor pelo nosso próximo, por nós
mesmos, semeando as sementes que você nos deixou, que deixou nos nossos corações,
quando teve entre nós. Obrigada, Jesus por ser o farol de nossas vidas, a mão amiga, o
ombro o abraço de todas horas e por hoje estarmos vivos, com saúde e cheios de alegria e
de vontade de aprender. Muito obrigada pela boa vontade de todos os trabalhadores e
abençoa esse trabalho que possa ajudar muitas pessoas ainda. Que assim seja em nome de
Jesus.
Slide 06 – preocupação com o outro, coletividade, não pensar só em si
Até que pensaram, poxa a gente tá tão bem... mas e nossos irmãos de outras tribos, de outros
lugares, que continuam batendo queixo à noite, adoecendo, não podendo se alimentar
melhor como nós estamos depois que passamos a assar a caça, a pesca, a esquentar a água...
Slide 07 – comunicação, registro, desenho, linguagem, expressão, bem comum,
Já sei: vamos desenhar nas paredes aqui da caverna, o passo a passo de como a gente
conseguiu fazer o fogo lascando as pedras e como o fogo pode ser usado para melhorar
nossa vida. Assim a gente adianta a vida deles. A gente aprendeu, passa a diante.

Revisão
Slide 01 - Necessidade: A vida para eles antes da descoberta do fogo estava fácil ou era
difícil? O que era difícil?
Slide 02 - Observar: O que que acontecia quando começava a chover? Será que eles
ficavam olhando pro pé? Para onde eles olhavam? O que eles viam quando olhavam pro
céu?
Slide 03 – chegar perto, se projetar para além do momento presente:
Até que viram que um raio atingiu uma árvore e que a árvore começou a pegar fogo. Então,
o que eles fizeram? Ficaram de longe só olhando? Ou decidiram se aproximar para ver mais
de perto o que estava acontecendo?
Aí, ele chegou pertinho do fogo, naquela noite fria, estava tremendo e num instantinho
parou de tremer, sentiu aquele calorzinho gostoso e imaginou, sonhou:
- Já pensou se, não só agora, nesse momento, mas se eu conseguir passar a noite toda com
esse calorzinho, não só eu, mas outros também passarem uma noite quentinhos...
Surgiu mais uma necessidade. Encontrar algo para poder pegar o fogo. Se ele pegasse uma
pedra, ele iria conseguir pegar o fogo? Se ele pegasse um galho molhado? Precisava ser um
galho seco? Se conseguisse pegar o fogo, mas saísse correndo que nem um doido varrido,
ele conseguiria chegar a caverna com a tocha acesa?
Aí ele conseguiu, juntou mais graveto, mais galho seco para fazer uma fogueirinha, dormiu
uma noite maravilhosa, a melhor noite da vida dele, mal acordou: cadê o fogo?
Ele ficou triste pois pensou: vou ter que esperar a próxima tempestade, o próximo raio
atingir uma árvore... Mas, aceitou porque não tinha jeito, mas aquela experiência, o fogo
não saiu de sua mente.
Slide 04 – Vida que segue: Vida que segue. Amanheceu, ele voltou para seu trabalho
diário, que era ficar batendo uma pedra na outra, para preparar lanças, ferramentas de caça,
de corte. E o fogo, aquela forma bonita não saía de sua cabeça, até que ele reparou que ao
bater, com força, uma pedra na outra, saía uma faísca que parecia um pedacinho bem
pequenininho do fogo que ele tanto sonhava. Até que ele ficou batendo, batendo, insistindo
até conseguir uma faísca maior. Juntou um pouquinho de capim seco, de graveto, protegeu
com as mãos para o vento não apagar aquela chama tão pequenininha e o fogo se fez.

Perguntinhas:
O que será que teria acontecido se ele tivesse dado um de garoto chorão e tivesse ficado tão
triste que nem tivesse ido trabalhar com as pedras no dia seguinte?
O que teria acontecido se ele tivesse resolvido esquecer o fogo, pensando: a, nunca vou
conseguir outro daquele mesmo, melhor tirar aquilo da cabeça?
O que teria acontecido se ele achasse que uma faísca, uma coisinha mínima, nunca fosse
capaz de virar um fogo, uma fogueira capaz de aquecer?
O que aconteceria se ele tivesse achado que já tinha batido muita pedra, se sentisse muito
cansado e desistisse de bater uma pedra na outra?
Slide 06 – Empatia: se sentiram muito bem e se colocaram no lugar dos outros,
imaginaram a dor do outro... Frio, fome, dor (coisas que são comum a nós, podem nos
irmanar) – que lição!
Slide 07 – mãos à obra. Se colocaram novamente no lugar do outro para imaginar o que
eles poderiam desenhar que o outro conseguisse entender.
- O que será que eu posso desenhar?
- Desenha aí um fogo!
- Melhor contar a história do início, desenha a árvore primeiro.

Conclusões:
O que será que essa historinha de um tempo tão antigo pode nos ensinar? Essa história diz
de como o ser humano aprende e trabalha: pode observar, ver, refletir, imaginar e
transformar para melhorar a sua vida e a dos próximos. Será que a gente não pode melhorar
a nossa vida? Em todos os sentidos? Depende de quem?

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