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AgInt no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 1687899 - SP (2020/0081242-0)

RELATOR : MINISTRO ANTONIO CARLOS FERREIRA


AGRAVANTE : RAFAEL RIBEIRO MEDEIROS DE CARVALHO
ADVOGADOS : CARLA CRISTINA BUSSAB - SP145277
MÁRCIO BATISTA DE SOUSA - SP227754
AGRAVADO : LUIZ ANTONIO BUENO COSTA
ADVOGADO : JAIME IGLESIAS SERRAL - SP106740
INTERES. : IRESOLVE COMPANHIA SECURITIZADORA DE CREDITOS
FINANCEIROS S.A
ADVOGADO : CLEUSA MARIA BUTTOW DA SILVA - SP091275
INTERES. : CARLOS ALBERTO MADUREIRA DE OLIVEIRA
ADVOGADO : CARLOS ALBERTO MADUREIRA DE OLIVEIRA - SP192869

EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO


ESPECIAL. DECISÃO DA PRESIDÊNCIA DO STJ. RECONSIDERAÇÃO.
NOVO EXAME DO AGRAVO NOS PRÓPRIOS AUTOS. BEM DE FAMÍLIA.
PRECLUSÃO CONSUMATIVA. CARACTERIZAÇÃO. ACÓRDÃO
RECORRIDO EM CONSONÂNCIA COM JURISPRUDÊNCIA DESTA
CORTE. SÚMULA N. 83 DO STJ. AGRAVO INTERNO PROVIDO.
AGRAVO NOS PRÓPRIOS AUTOS DESPROVIDO.
1. Opera-se a preclusão consumativa quanto à impenhorabilidade do bem
de família quando houver decisão anterior acerca do tema, mesmo se
tratando de matéria de ordem pública. Precedentes.
2. Inadmissível o recurso especial quando o entendimento adotado pelo
Tribunal de origem coincide com a jurisprudência do STJ (Súmula n.
83/STJ).
3. Agravo interno a que se dá provimento para reconsiderar a decisão da
Presidência desta Corte e negar provimento ao agravo nos próprios autos.

ACÓRDÃO

Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, acordam os
Ministros da QUARTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, dar
provimento ao recurso, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator.
Os Srs. Ministros Luis Felipe Salomão, Raul Araújo, Maria Isabel Gallotti e Marco
Buzzi votaram com o Sr. Ministro Relator.
Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Marco Buzzi.
Brasília, 24 de agosto de 2020.

Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA


Relator
AgInt no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 1687899 - SP (2020/0081242-0)

RELATOR : MINISTRO ANTONIO CARLOS FERREIRA


AGRAVANTE : RAFAEL RIBEIRO MEDEIROS DE CARVALHO
ADVOGADOS : CARLA CRISTINA BUSSAB - SP145277
MÁRCIO BATISTA DE SOUSA - SP227754
AGRAVADO : LUIZ ANTONIO BUENO COSTA
ADVOGADO : JAIME IGLESIAS SERRAL - SP106740
INTERES. : IRESOLVE COMPANHIA SECURITIZADORA DE CREDITOS
FINANCEIROS S.A
ADVOGADO : CLEUSA MARIA BUTTOW DA SILVA - SP091275
INTERES. : CARLOS ALBERTO MADUREIRA DE OLIVEIRA
ADVOGADO : CARLOS ALBERTO MADUREIRA DE OLIVEIRA - SP192869

EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO


ESPECIAL. DECISÃO DA PRESIDÊNCIA DO STJ. RECONSIDERAÇÃO.
NOVO EXAME DO AGRAVO NOS PRÓPRIOS AUTOS. BEM DE FAMÍLIA.
PRECLUSÃO CONSUMATIVA. CARACTERIZAÇÃO. ACÓRDÃO
RECORRIDO EM CONSONÂNCIA COM JURISPRUDÊNCIA DESTA
CORTE. SÚMULA N. 83 DO STJ. AGRAVO INTERNO PROVIDO.
AGRAVO NOS PRÓPRIOS AUTOS DESPROVIDO.
1. Opera-se a preclusão consumativa quanto à impenhorabilidade do bem
de família quando houver decisão anterior acerca do tema, mesmo se
tratando de matéria de ordem pública. Precedentes.
2. Inadmissível o recurso especial quando o entendimento adotado pelo
Tribunal de origem coincide com a jurisprudência do STJ (Súmula n.
83/STJ).
3. Agravo interno a que se dá provimento para reconsiderar a decisão da
Presidência desta Corte e negar provimento ao agravo nos próprios autos.

RELATÓRIO

O EXMO. SR. MINISTRO ANTONIO CARLOS FERREIRA (Relator): Trata-


se de agravo interno (e-STJ fls. 353/367) interposto contra decisão da Presidência do
STJ que não conheceu do agravo nos próprios autos.

Em suas razões, o agravante alega ter impugnado todos os fundamentos da


decisão de origem que inadmitiu o especial.

Ao final, pede a reconsideração da decisão monocrática ou a apreciação do


agravo pelo Colegiado.

O agravado apresentou impugnação (e-STJ fls. 369/379).

É o relatório.

VOTO

O EXMO. SR. MINISTRO ANTONIO CARLOS FERREIRA (Relator): Cuida-


se de agravo interno interposto contra decisão da Presidência do STJ (e-STJ fls.
349/350) que não conheceu do agravo nos próprios autos, por falta de impugnação de
fundamento da decisão do Tribunal de origem (e-STJ fls. 239/240) que inadmitiu o
recurso especial.

No entanto, o agravo nos próprios autos (e-STJ fls. 282/309) refutou


adequadamente os fundamentos da monocrática que negou seguimento ao especial.

Desse modo, reconsidero a decisão agravada, proferida pela Presidência do


STJ, e passo ao exame do especial.

O acórdão recorrido está assim ementado (e-STJ fl. 103):


Execução. Penhora de imóvel. Alegação de que se cuida de bem de família
protegido pela Lei 8.009/90. Tema que pode ser alegado em qualquer tempo
e grau de jurisdição, mesmo depois de vencer o prazo para impugnação à
penhora. No entanto, tendo ele sido antes alegado e apreciado por decisão
contra a qual não se interpôs recurso, não pode o interessado ao ponto
voltar. Conclusão alinhada ao entendimento externado pelo STJ. Recurso
não provido.

Os embargos de declaração foram rejeitados (e-STJ fls. 116/118).

O recurso especial (e-STJ fls. 124/146), fundamentado no art. 105, inc. III,
alínea "a" e "c", da CF, apontou ofensa aos arts. 1º e 5º da Lei n. 8.009/1990.

Sustentou, em síntese, o seguinte (i) "considera-se impenhorável o imóvel


utilizado pelo casal ou entidade familiar para moradia permanente" (e-STJ fl. 129) e (ii)
"referida matéria prevalece sobre a formalidade processual da preclusão" (e-STJ fl.
138).

Foram apresentadas contrarrazões (e-STJ fls. 209/224).

O Tribunal de origem concluiu que: (i) "é certo que a impenhorabilidade do


bem de família, por se tratar de matéria de ordem pública, pode ser arguida a qualquer
tempo e grau de jurisdição, ainda que depois de vencer o prazo para impugnação à
penhora" e (ii) "no entanto, uma vez apreciada a questão por decisão contra a qual o
interessado não interpôs recurso, não pode ele voltar ao assunto em momento
seguinte, salvo se houve alteração da situação fática" (e-STJ fl. 104).

Tal entendimento encontra-se em consonância com a jurisprudência do STJ


de que se opera "a preclusão consumativa quanto à impenhorabilidade do bem de
família quando houver decisão anterior acerca do tema, mesmo se tratando de matéria
de ordem pública" (AgInt no AREsp n. 1357734/SP, Relator Ministro MARCO BUZZI,
QUARTA TURMA, julgado em 27/5/2019, DJe 3/6/2019). Confira-se a ementa do
referido julgado:
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL - AUTOS DE
AGRAVO DE INSTRUMENTO NA ORIGEM - DECISÃO MONOCRÁTICA
QUE NEGOU PROVIMENTO AO RECLAMO. INSURGÊNCIA RECURSAL
DO AGRAVANTE.
1. Opera-se a preclusão consumativa quanto à impenhorabilidade do bem de
família quando houver decisão anterior acerca do tema, mesmo se tratando
de matéria de ordem pública. Precedentes.
2. A Corte Estadual, ao negar provimento ao agravo de instrumento do
insurgente, reconheceu a preclusão consumativa quanto à alegação de
impenhorabilidade fundada na arguição de bem de família, porquanto já
afastada por decisão anterior. Aresto recorrido em consonância com a
orientação do desta Corte Superior. Incidência da Súmula 83 do STJ.
3. Agravo interno desprovido.

Também nesse sentido, o seguinte precedente:


PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO
ESPECIAL. AÇÃO ANULATÓRIA. BEM DE FAMÍLIA. COISA JULGADA.
CARACTERIZAÇÃO. REEXAME DE MATÉRIA DE FATO. DECISÃO
MANTIDA.
1. Opera-se a preclusão consumativa quanto à impenhorabilidade do bem de
família quando houver decisão anterior acerca do tema, mesmo se tratando
de matéria de ordem pública. Precedentes.
2. O recurso especial não comporta exame de questões que impliquem
revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, a teor do que dispõe a
Súmula n. 7 do STJ.
3. No caso dos autos, não é possível rever a conclusão do acórdão de que
houve pronunciamento judicial definitivo, rejeitando a caracterização do bem
de família, pois seria necessário reexaminar provas.
4. "A impenhorabilidade do bem-de-família não pode ser argüida, em ação
anulatória da arrematação, após o encerramento da execução" (AR n.
4.525/SP, Relatora Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÇÃO,
julgado em 13/12/2017, DJe 18/12/2017).
5. Agravo interno a que se nega provimento.
(AgInt no AREsp 1.227.203/SP, de minha relatoria, QUARTA TURMA,
julgado em 13/12/2018, DJe 19/12/2018.)

Incide, portanto, a Súmula n. 83/STJ, que se aplica como óbice tanto aos
recursos interpostos com base na alínea "c" quanto àqueles fundamentados pela alínea
"a" do permissivo constitucional.

Diante do exposto, RECONSIDERO a decisão da Presidência do STJ (e-STJ


fls. 349/350) e, em novo exame, NEGO PROVIMENTO ao agravo em recurso especial.

Mantidos os honorários majorados pela decisão ora agravada.

É como voto.
TERMO DE JULGAMENTO
QUARTA TURMA
AgInt no AREsp 1.687.899 / SP
Número Registro: 2020/0081242-0 PROCESSO ELETRÔNICO

Número de Origem:
20391214020198260000 0070365-53.2008.8.26.0114 114.01.2008.070365 2755/2008 703655320088260114
114012008070365 27552008

Sessão Virtual de 18/08/2020 a 24/08/2020

Relator do AgInt
Exmo. Sr. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA

Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro MARCO BUZZI

AUTUAÇÃO

AGRAVANTE : RAFAEL RIBEIRO MEDEIROS DE CARVALHO


ADVOGADOS : CARLA CRISTINA BUSSAB - SP145277
MÁRCIO BATISTA DE SOUSA - SP227754
AGRAVADO : LUIZ ANTONIO BUENO COSTA
ADVOGADO : JAIME IGLESIAS SERRAL - SP106740
INTERES. : IRESOLVE COMPANHIA SECURITIZADORA DE CREDITOS FINANCEIROS S.A
ADVOGADO : CLEUSA MARIA BUTTOW DA SILVA - SP091275
INTERES. : CARLOS ALBERTO MADUREIRA DE OLIVEIRA
ADVOGADO : CARLOS ALBERTO MADUREIRA DE OLIVEIRA - SP192869

ASSUNTO : DIREITO CIVIL - COISAS - PROMESSA DE COMPRA E VENDA

AGRAVO INTERNO

AGRAVANTE : RAFAEL RIBEIRO MEDEIROS DE CARVALHO


ADVOGADOS : CARLA CRISTINA BUSSAB - SP145277
MÁRCIO BATISTA DE SOUSA - SP227754
AGRAVADO : LUIZ ANTONIO BUENO COSTA
ADVOGADO : JAIME IGLESIAS SERRAL - SP106740
INTERES. : IRESOLVE COMPANHIA SECURITIZADORA DE CREDITOS FINANCEIROS S.A
ADVOGADO : CLEUSA MARIA BUTTOW DA SILVA - SP091275
INTERES. : CARLOS ALBERTO MADUREIRA DE OLIVEIRA
ADVOGADO : CARLOS ALBERTO MADUREIRA DE OLIVEIRA - SP192869
TERMO

A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, decidiu dar provimento ao
recurso, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator.
Os Srs. Ministros Luis Felipe Salomão, Raul Araújo, Maria Isabel Gallotti e Marco Buzzi
votaram com o Sr. Ministro Relator.
Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Marco Buzzi.

Brasília, 24 de agosto de 2020

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