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História da Intifada Palestina

A origem e o desenvolvimento do conflito entre


israelenses e palestinos
     
Por Darwich Al Mahdy, da direção da União da Juventude Árabe para América Latina (UJAAL)-
Bolívia.

O conflito israelense-palestino é um dos mais complexos do cenário internacional e a principal


chave da instabilidade da região do Oriente Médio. O território conhecido como Palestina é motivo
de uma disputa há mais de um século, sendo que a criação do Estado Sionista de Israel em 1948,
ampliou esse conflito, abortando o nascimento do Estado Árabe Palestino.

Neste conflito se combinam diversos elementos. Tudo começou como uma disputa pelo território
entre dois movimentos nacionais com diferentes projetos, provocando a intromissão das potências
durante a Guerra Fria, e com o tempo envolveu  outros atores regionais, ocasionando conflitos
bélicos,  tornando-se cada vez mais complicado, ao mesclar elementos ideológicos, religiosos e a
disputa pelos escassos recursos naturais da região.

Com o passar dos anos, o enfrentamento entre essas duas forças desiguais - O Estado sionista de
Israel e um movimento de libertação nacional, encarnado pela Organização para a Libertação da
Palestina (OLP) – se intensificaram. Esta desigualdade permitiu que Israel ocupasse o território
que serviria de base para a formação do Estado Palestino, mantendo sob o controle militar a
população palestina árabe e revogando seus direitos fundamentais. A ocupação de Gaza e da
Cisjordânia valeu a Israel uma condenação por parte da comunidade internacional, ainda que essa
tenha sido bastante tímida.

Os inícios dos conflitos remontam ao período colonial e ao surgimento dos movimentos


nacionalistas na Europa e no Oriente Médio. No final do século XIX, nas provincias árabes do
império Otomano, foram se desenvolvendo movimentos revolucionários nacionalistas que
reivindicavam a autodeterminação da população, fazendo valer sua identidade árabe. Na Europa,
já na fase de decadência do imperialismo e sob o calor do nacionalismo, foi articulado um
movimento singular; o Sionismo. Esse movimento propunha a criação de uma entidade estatal
para os judeus dispersos pelo mundo. O sionismo via na Palestina, terra onde foi fundado o
judaísmo, o lugar ideal para realizar seu projeto nacional. Desde princípios do século XX, este
movimento proporcionava a instalação de judeus vindos da Europa nesse território. Esta imigração
tomou envergadura sob o mandato britânico, entre 1920 e 1948. Esse sistema foi estabelecido
pela Sociedade das Nações que concedeu aos países vitoriosos da primeira guerra o controle das
colônias dos países derrotados, sob a justificativa de preparar sua “independência”.

No entanto, outras províncias otomanas da região foram alcançando paulatinamente sua


independência, a disputa palestina seguiu sob o controle colonial, os dois projetos nacionais, o
árabe palestino e o sionista, se chocaram quando a comunidade judaica intensificou imigração,
criando instituições autônomas e desenvolvendo práticas excludentes e discriminatórias sobre os
povos árabes. Pouco a pouco foi crescendo uma espiral de violência entre árabes e sionistas (entre
1936 e 1939 ocorreram importantes revoltas árabes revolucionárias, contra a ocupação britânica e
contra os movimentos terroristas sionistas).

Depois da segunda Guerra Mundial e diante da iminente retirada britânica, as Nações Unidas
(ONU) adotaram a resolução 181 (novembro de 1947) criando dois Estados. Essa medida
entregava aos sionistas 56,47% do território da região, e somente 47,53% para o Estado Árabe
Palestino. Este plano foi rechaçado pelos árabes, pois aos seus olhos tal plano legalizava os planos
coloniais pretendidos pelos sionistas.

Em maio de 1948, a comunidade judaica fez uma declaração unilateral de independência do


Estado Sionista de Israel. A atitude desencadeou a intervenção militar dos Estados Árabes vizinhos
em apoio aos palestinos. Os exércitos árabes em poucas horas estavam tomando o controle de
grande parte do território palestino, o exército iraquiano chegou até Tel Aviv. Entretanto, essa
oportunidade histórica de derrotar o estado sionista foi perdida porque países árabes que
participaram da guerra (Jordânia, Egito e Síria) aceitaram uma proposta de trégua e a intervenção
da ONU na região. O único país árabe a recusar esse acordo foi o Líbano que continuou com seus
exércitos combatendo na frente norte da Palestina. Em três semanas o recém estado Sionista,
começou a trazer dos países capitalistas europeus mais armamentos e aviões militares e iniciou o
treinamento de pilotos na Europa, que ofereceu todo o seu apoio ao estado Sionista. Israel ainda
ganhou apoio e simpatia oferecida pelo ditador soviético Stálin. Isso não levou apenas a saída dos
exércitos árabes, mas provocou também a saída de grande parte da população palestina que
abandonavam seus territórios, ampliado a extensão do território israelense muito mais do que o
previsto em seu plano inicial. Israel se aproveitou ainda da desarticulação da sociedade palestina
provocada pelo êxodo da guerra. Os movimentos terroristas nazi-sionistas cometeram massacres,
roubos, seqüestros e contra o povo palestino. Depois da intervenção da ONU, legitimando a
ocupação sionista, os territórios de Gaza e Cisjordânia ficaram sob o controle de Egito e da
Jordânia, e Jerusalém foi dividida, o que  frustrou o sonho de  criação de um Estado árabe
palestino.  

O novo Estado Sionista de Israel se alinhou prontamente com as potencias européias frente ao
nacionalismo árabe (Guerra pela nacionalização do Canal de Suez em 1956), ganhando apoio
político, econômico e militar. Quando Israel avaliou que estava mais fortalecido do que nunca, um
novo capitulo dessa trágica história foi aberto.

Em 1967, Israel, por motivos de segurança nacional, e pela necessidade de controlar recursos
naturais como o controle da água, desencadeia uma ofensiva militar ocupando as colinas de Golan
na Síria, a península do Sinai egípcio e os territórios palestinos em Gaza e na Cisjordânia
controlando definitivamente da totalidade do território palestino.

Desde essa data então, a Cisjordânia e a faixa de Gaza, se tornam partes do território palestino,
sob ocupação militar israelense. Este regime impôs um estado de exceção permanente, a
perseguição de todos os nacionalistas palestinos, apropriação de seus recursos naturais (terras e
água), a gradual expropriação de terras para instalação de colonos judeus em (1997 foram
instalados mais de 150 mil colonos na faixa de Gaza e na Cisjordânia e outros 170 mil em
Jerusalém), enfim a total subordinação da economia palestina ao estado de Israel.

Durante as primeiras décadas, Israel se consolidou como Estado e promoveu a instalação massiva
de judeus na região. Dispersos entre vários países e divididos internamente a atuação dos
palestinos foi limitada a alguns enfrentamentos pouco eficazes contra Israel. Mas a partir de 1964
começou a crescer a Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

A oposição palestina foi se reorganizando no exterior. Durante os anos 1970 y 1980, a OLP
recompôs o tecido nacional palestino. A OLP combinou a ação diplomática com a luta armada para
libertar o território palestino ocupado, porém lentamente a OLP foi aceitando a fórmula da divisão
territorial entre árabes e palestinos sob a condição da livre determinação e o direito de dispor de
um estado soberano que assegurasse o retorno dos refugiados.

Frente à intransigência de Israel e o contínuo apoio de seus aliados externos, nem a via
diplomática nem a luta armada deram resultados. No final do ano de 1987 foi desencadeado um
levante popular palestino na Cisjordânia e na faixa de Gaza. A Intifada, como ficou conhecido o
levante, envolveu um amplo movimento de luta que rechaçava a ocupação provocando uma
imensa comoção internacional e revelando a verdadeira face da ocupação israelense.    
No calor da revolta, em junho de 1988, a Jordânia rompeu seus vínculos administrativos com a
Cisjordânia. Em novembro o conselho nacional palestino (parlamento no exílio) declarou o Estado
de Palestina. A situação se tornou cada vez mais insustentável  para Israel, que continuava
resistindo a qualquer mudança de política. No entanto, a  Intifada somada a  guerra do golfo
obrigaram Israel a iniciarem um processo de negociação tutelado pelos EUA. Mas as negociações e
o processo de paz não sobreviveram muito, provando definitivamente que Israel é um estado que
não pode viver em paz com seus vizinhos.

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