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vinho

F
oi em 1682, em Argenteuil (Val-d’Oise), que o Dona do vinhedo mais antigo da Além da Provence, também é possível
termo “vinho rosé” passou a ser utilizado para França, constituído pelos fenícios no degustar excelentes rosados com apelação
definir uma bebida de coloração entre o rosa século VI a.C., a Provence abriga um de origem controlada em Côtes du Rhône,
pálido e o salmão alaranjado. Sua fabricação centro de pesquisas e experimentações em Languedoc-Roussillon, em Bordeaux, no
segue os mesmos procedimentos de produção de um dedicado exclusivamente a essa bebida. Vale do Loire e na Borgonha, onde a bebida
tinto, porém o que muda é o tempo de contato com O resultado são produtos de cores claras, é produzida a partir da Pinot Noir. Fora da
as cascas das uvas que, nesse caso, é menor. Durante complexidade aromática e boa estrutura. França, os rosés fazem sucesso em Portugal;
muito tempo identificado como produto de qualidade “Os rosés da região unem a elegância na Espanha, onde são quase uma religião; no
inferior, direcionado ao público feminino, ele vem dos vinhos do Velho Mundo a um toque Chile e na Argentina, produzidos com vários
ganhando cada vez mais admiradores pelo mundo, de descontração e jovialidade”, afirma a tipos de uvas, como Cabernet Sauvignon e
incluindo o Brasil. Embora o consumo de vinho esteja consultora Jeanne Marioton. De acordo Malbec, e na Itália (veja boxe abaixo).
em baixa no mercado francês, o país registra um com ela, ao contrário dos tintos, a
crescimento contínuo na comercialização desse tipo de delicadeza dos rosados não permite que Quebra de paradigmas – Para Jean-
bebida - em 2008, o percentual foi de 22,6%, contra seu tempo de conservação seja muito Jacques Breban, presidente do Conselho
10,8% em 1990 (o aumento é consequência da queda longo. “Para ser consumido, a máxima Interprofissional dos Vinhos de Provence
nas vendas de tintos - de 77,8% para 60,4%). deve ser: quanto mais jovem melhor. É um (CIVP), o Brasil aparece em segundo
O rosé é o vinho mais antigo elaborado pelo homem vinho com vida curta, cheio de frescor e lugar no ranking dos países prioritários
– segundo historiadores, era produzido no Egito, na perfeito para o clima do Brasil”, afirma. para promoção dos rosés, seguido pela
Grécia e em Roma durante a Antiguidade. Atualmente, Diferentemente de outras localidades, China e pela Rússia. O interesse, de acordo
representa 9% do consumo mundial de vinho nos a Provence oferece condições ideais com ele, está diretamente associado
cinco continentes, mas é na Europa que a produção para a viticultura - somente as vinhas à personalidade e à jovialidade do
tem maior representatividade - 75% do total, tendo a e as oliveiras podem ser cultivadas, em brasileiro. “É um vinho que representa
França (28%), a Itália (21%) e a Espanha (18%) como decorrência do solo árido. Seu clima a alegria de viver, além de ser versátil
principais produtores. Nenhuma região vinícola do é ao mesmo tempo seco e quente com para acompanhar peixes, massas e
mundo é tão especializada nesse tipo de bebida como incidência de dias ensolarados quase o ano pratos delicados.” Breban acredita que,
a Provence – só para se ter ideia, este tipo de bebida inteiro, a temperatura ideal que protege mesmo em tempos de crise, o produto
representa 75% da produção local. o vinhedo de doenças e propícia para o não apresentará queda no consumo,

La vie
cultivo de uvas bem maduras. A região principalmente em decorrência de seu
se orgulha, entre outras qualidades, de preço, de sua qualidade e praticidade.

fotolia
possuir o maior vinhedo com apelação de Desmistificar a imagem do rosé em
origem controlada (AOC) de rosés. terras brasileiras é uma das missões do

en rose
consumo mundial
De acordo com a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), com sede em Paris, o consumo de vinho no mundo foi de
242,9 milhões de hectolitros em 2008, com uma diminuição de 0,8% em comparação a 2007. Confira ranking abaixo:

Relegado durante muito tempo a uma posição


secundária no universo dos vinhos, o rosé
volta às mesas transformando a região da
Provence, no sul da França, em centro de
produção dessa versátil bebida França Itália Alemanha Reino Unido Espanha Portugal
marilene borges
marilane borges 31.750* 26.000 20.000 13.483 12.790 4.800

22,6% 9% 28% 75%


Crescimento das vendas de Consumo mundial da bebida Produção de rosés na França em Porcentagem de rosés
vinho rosé na França em 2008 nos cinco continentes relação a outros tipos de vinho produzidos na Provence

56 | FRANÇA BRASIL agosto / setembro 2009 * Milhões de hectolitros


vinho

F
oi em 1682, em Argenteuil (Val-d’Oise), que o Dona do vinhedo mais antigo da Além da Provence, também é possível
termo “vinho rosé” passou a ser utilizado para França, constituído pelos fenícios no degustar excelentes rosados com apelação
definir uma bebida de coloração entre o rosa século VI a.C., a Provence abriga um de origem controlada em Côtes du Rhône,
pálido e o salmão alaranjado. Sua fabricação centro de pesquisas e experimentações em Languedoc-Roussillon, em Bordeaux, no
segue os mesmos procedimentos de produção de um dedicado exclusivamente a essa bebida. Vale do Loire e na Borgonha, onde a bebida
tinto, porém o que muda é o tempo de contato com O resultado são produtos de cores claras, é produzida a partir da Pinot Noir. Fora da
as cascas das uvas que, nesse caso, é menor. Durante complexidade aromática e boa estrutura. França, os rosés fazem sucesso em Portugal;
muito tempo identificado como produto de qualidade “Os rosés da região unem a elegância na Espanha, onde são quase uma religião; no
inferior, direcionado ao público feminino, ele vem dos vinhos do Velho Mundo a um toque Chile e na Argentina, produzidos com vários
ganhando cada vez mais admiradores pelo mundo, de descontração e jovialidade”, afirma a tipos de uvas, como Cabernet Sauvignon e
incluindo o Brasil. Embora o consumo de vinho esteja consultora Jeanne Marioton. De acordo Malbec, e na Itália (veja boxe abaixo).
em baixa no mercado francês, o país registra um com ela, ao contrário dos tintos, a
crescimento contínuo na comercialização desse tipo de delicadeza dos rosados não permite que Quebra de paradigmas – Para Jean-
bebida - em 2008, o percentual foi de 22,6%, contra seu tempo de conservação seja muito Jacques Breban, presidente do Conselho
10,8% em 1990 (o aumento é consequência da queda longo. “Para ser consumido, a máxima Interprofissional dos Vinhos de Provence
nas vendas de tintos - de 77,8% para 60,4%). deve ser: quanto mais jovem melhor. É um (CIVP), o Brasil aparece em segundo
O rosé é o vinho mais antigo elaborado pelo homem vinho com vida curta, cheio de frescor e lugar no ranking dos países prioritários
– segundo historiadores, era produzido no Egito, na perfeito para o clima do Brasil”, afirma. para promoção dos rosés, seguido pela
Grécia e em Roma durante a Antiguidade. Atualmente, Diferentemente de outras localidades, China e pela Rússia. O interesse, de acordo
representa 9% do consumo mundial de vinho nos a Provence oferece condições ideais com ele, está diretamente associado
cinco continentes, mas é na Europa que a produção para a viticultura - somente as vinhas à personalidade e à jovialidade do
tem maior representatividade - 75% do total, tendo a e as oliveiras podem ser cultivadas, em brasileiro. “É um vinho que representa
França (28%), a Itália (21%) e a Espanha (18%) como decorrência do solo árido. Seu clima a alegria de viver, além de ser versátil
principais produtores. Nenhuma região vinícola do é ao mesmo tempo seco e quente com para acompanhar peixes, massas e
mundo é tão especializada nesse tipo de bebida como incidência de dias ensolarados quase o ano pratos delicados.” Breban acredita que,
a Provence – só para se ter ideia, este tipo de bebida inteiro, a temperatura ideal que protege mesmo em tempos de crise, o produto
representa 75% da produção local. o vinhedo de doenças e propícia para o não apresentará queda no consumo,

La vie
cultivo de uvas bem maduras. A região principalmente em decorrência de seu
se orgulha, entre outras qualidades, de preço, de sua qualidade e praticidade.

fotolia
possuir o maior vinhedo com apelação de Desmistificar a imagem do rosé em
origem controlada (AOC) de rosés. terras brasileiras é uma das missões do

en rose
consumo mundial
De acordo com a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), com sede em Paris, o consumo de vinho no mundo foi de
242,9 milhões de hectolitros em 2008, com uma diminuição de 0,8% em comparação a 2007. Confira ranking abaixo:

Relegado durante muito tempo a uma posição


secundária no universo dos vinhos, o rosé
volta às mesas transformando a região da
Provence, no sul da França, em centro de
produção dessa versátil bebida França Itália Alemanha Reino Unido Espanha Portugal
marilene borges
marilane borges 31.750* 26.000 20.000 13.483 12.790 4.800

22,6% 9% 28% 75%


Crescimento das vendas de Consumo mundial da bebida Produção de rosés na França em Porcentagem de rosés
vinho rosé na França em 2008 nos cinco continentes relação a outros tipos de vinho produzidos na Provence

56 | FRANÇA BRASIL agosto / setembro 2009 * Milhões de hectolitros


vinho
virá ao país para acompanhar de perto a
luiza reis

agenda de projetos relacionados ao Ano A versatilidade e o


da França no Brasil. frescor são algumas das
De acordo com Jeanne Marioton, os características dos rosés,
brasileiros escolhem os vinhos pela cor, produzidos na região da
diferentemente dos franceses, que apreciam Provence, na França
a bebida pela região onde ela é produzida.
“Explicar sobre sua estrutura e textura
ajuda a promover o produto porque o
brasileiro é, naturalmente, curioso, e isso
é positivo para o aprendizado de uma
nova cultura”, revela. Para estimular o
consumo no Brasil, Jeanne acredita que,
além da informação detalhada que deve ser
passada aos consumidores, é importante
que os vendedores, atendentes de mesas nos
restaurantes, sommeliers, restaurateurs,
maîtres, entre outros, estejam aptos a
promover o vinho em seus estabelecimentos.
“Na verdade, estamos trabalhando
com uma quebra de paradigmas, então,
a primeira barreira a ser superada onde encontrar
é a falta de informação”, explica a Confira abaixo as principais
consultora. Ela conta que, quando importadoras, lojas e supermercados
começou o trabalho de divulgação do onde é possível comprar vinhos rosé
produto, encontrou homens que tinham

divulgação
preconceito em relação à bebida por Provence Club Brasil:
causa da cor rosa – culturalmente www.vinsdeprovence.com/brasil
associada no país ao público feminino.
Jeanne: “Os brasileiros Provence Club Brasil, associação que Casa Flora: Château des Chaberts,
escolhem o vinho pela cor Château de Pampelonne
reúne nove vinícolas (Château Deffends, Receitas brasileiras – Nos últimos anos,
e os franceses pela região” www.casaflora.com.br 
Les Vins Breban, Château des Chaberts, muitos restaurantes e importadoras das
fotolia

Domaine de Rimauresq, Cellier Saint principais capitais do país vem realizando Cantu: Château de Pourcieux
Sidoine, Les Maîtres Vignerons de St. alguns eventos especiais com o intuito www.cantu.com.br 
Tropez, Château de l’Escarelle, Château de mostrar aos clientes as possíveis Carrefour: Réserve de Candélon, Cépage
Ferry Lacombe e Château de Pourcieux) combinações da bebida com diferentes Gris, Carte Noire, Rosé de Provence
e que desenvolve uma série de ações tipos de receitas. A importadora Le Tire- www.carrefour.com.br 
no país para divulgar os rosados dessa Bouchon, em São Paulo, por exemplo, Enoteca Fasano: Rimauresq
região francesa. “Os brasileiros vão ouvir organiza jantares semanais dedicados www.enotecafasano.com.br 
falar muito sobre esse vinho ao longo do a harmonização de vinhos (incluindo os
segundo semestre de 2009 por conta das rosés) com especialidades gastronômicas KB-vinrose: Duc de Raybaud, Château
Real d’Or, Domaine de Pontfract, Cuvée
ações enogastronômicas planejadas para tipicamente brasileiras, como o bobó de
Marion, Pétale de Rose, Cuvée Bacchus,
acontecer até o final do ano”, afirma camarão. “O objetivo é encontrar um
Cuvée du Golfe de Saint-Tropez
Raphäel Allemand, coordenador do equilíbrio ideal de sabores”, afirma o www.kb-vinrose.com 
Provence Club Brasil. francês Jean Raquin, um dos proprietários
Allemand explica que existem eventos da casa. Ana Maria Vianna, sommelier e Le Tire-Bouchon: Château Deffends,
agendados em várias cidades brasileiras consultora do Club Provence Brasil, explica Provence One, Saint Roch, Mas de
Cadenet, Domaine de Sulauze
como Goiânia (GO), Ribeirão Preto, que os pratos servidos à base de peixes
www.letirebouchon.com.br 
Franca e Campinas (SP), Florianópolis não pedem, necessariamente, um vinho
(SC) e Curitiba (PR), que incluirão branco. “Eles podem ser acompanhados La Cave Jado: Cuvée Tuffeaux 2006,
palestras, degustações, harmonização de um rosé; já os defumados casam Cuvée Oxygène Rosé, Cuvée Fantaisie
de rosés da Provence com a culinária perfeitamente com um Chardonnay.” Château Joliet
japonesa, francesa e brasileira, entre Para Rafael Despirite, chef do restaurante www.cavejado.com.br
outros. Ainda no segundo semestre, Marcel, em São Paulo, a harmonização Mercovino: Saint Sidoine
François Millo, diretor do Conselho de vinhos com pratos à base de carne www.mercovino.com.br 
Interprofissional dos Vinhos de Provence, branca de frangos ou de peixes que levem

agosto / setembro 2009 maio / junho 2009 FRANÇA BRASIL | 59


vinho
virá ao país para acompanhar de perto a
luiza reis

agenda de projetos relacionados ao Ano A versatilidade e o


da França no Brasil. frescor são algumas das
De acordo com Jeanne Marioton, os características dos rosés,
brasileiros escolhem os vinhos pela cor, produzidos na região da
diferentemente dos franceses, que apreciam Provence, na França
a bebida pela região onde ela é produzida.
“Explicar sobre sua estrutura e textura
ajuda a promover o produto porque o
brasileiro é, naturalmente, curioso, e isso
é positivo para o aprendizado de uma
nova cultura”, revela. Para estimular o
consumo no Brasil, Jeanne acredita que,
além da informação detalhada que deve ser
passada aos consumidores, é importante
que os vendedores, atendentes de mesas nos
restaurantes, sommeliers, restaurateurs,
maîtres, entre outros, estejam aptos a
promover o vinho em seus estabelecimentos.
“Na verdade, estamos trabalhando
com uma quebra de paradigmas, então,
a primeira barreira a ser superada onde encontrar
é a falta de informação”, explica a Confira abaixo as principais
consultora. Ela conta que, quando importadoras, lojas e supermercados
começou o trabalho de divulgação do onde é possível comprar vinhos rosé
produto, encontrou homens que tinham

divulgação
preconceito em relação à bebida por Provence Club Brasil:
causa da cor rosa – culturalmente www.vinsdeprovence.com/brasil
associada no país ao público feminino.
Jeanne: “Os brasileiros Provence Club Brasil, associação que Casa Flora: Château des Chaberts,
escolhem o vinho pela cor Château de Pampelonne
reúne nove vinícolas (Château Deffends, Receitas brasileiras – Nos últimos anos,
e os franceses pela região” www.casaflora.com.br 
Les Vins Breban, Château des Chaberts, muitos restaurantes e importadoras das
fotolia

Domaine de Rimauresq, Cellier Saint principais capitais do país vem realizando Cantu: Château de Pourcieux
Sidoine, Les Maîtres Vignerons de St. alguns eventos especiais com o intuito www.cantu.com.br 
Tropez, Château de l’Escarelle, Château de mostrar aos clientes as possíveis Carrefour: Réserve de Candélon, Cépage
Ferry Lacombe e Château de Pourcieux) combinações da bebida com diferentes Gris, Carte Noire, Rosé de Provence
e que desenvolve uma série de ações tipos de receitas. A importadora Le Tire- www.carrefour.com.br 
no país para divulgar os rosados dessa Bouchon, em São Paulo, por exemplo, Enoteca Fasano: Rimauresq
região francesa. “Os brasileiros vão ouvir organiza jantares semanais dedicados www.enotecafasano.com.br 
falar muito sobre esse vinho ao longo do a harmonização de vinhos (incluindo os
segundo semestre de 2009 por conta das rosés) com especialidades gastronômicas KB-vinrose: Duc de Raybaud, Château
Real d’Or, Domaine de Pontfract, Cuvée
ações enogastronômicas planejadas para tipicamente brasileiras, como o bobó de
Marion, Pétale de Rose, Cuvée Bacchus,
acontecer até o final do ano”, afirma camarão. “O objetivo é encontrar um
Cuvée du Golfe de Saint-Tropez
Raphäel Allemand, coordenador do equilíbrio ideal de sabores”, afirma o www.kb-vinrose.com 
Provence Club Brasil. francês Jean Raquin, um dos proprietários
Allemand explica que existem eventos da casa. Ana Maria Vianna, sommelier e Le Tire-Bouchon: Château Deffends,
agendados em várias cidades brasileiras consultora do Club Provence Brasil, explica Provence One, Saint Roch, Mas de
Cadenet, Domaine de Sulauze
como Goiânia (GO), Ribeirão Preto, que os pratos servidos à base de peixes
www.letirebouchon.com.br 
Franca e Campinas (SP), Florianópolis não pedem, necessariamente, um vinho
(SC) e Curitiba (PR), que incluirão branco. “Eles podem ser acompanhados La Cave Jado: Cuvée Tuffeaux 2006,
palestras, degustações, harmonização de um rosé; já os defumados casam Cuvée Oxygène Rosé, Cuvée Fantaisie
de rosés da Provence com a culinária perfeitamente com um Chardonnay.” Château Joliet
japonesa, francesa e brasileira, entre Para Rafael Despirite, chef do restaurante www.cavejado.com.br
outros. Ainda no segundo semestre, Marcel, em São Paulo, a harmonização Mercovino: Saint Sidoine
François Millo, diretor do Conselho de vinhos com pratos à base de carne www.mercovino.com.br 
Interprofissional dos Vinhos de Provence, branca de frangos ou de peixes que levem

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vinho
produto há algum tempo. Foi a paixão
pela bebida que solidificou a união
empresarial entre duas francesas, Jeanne
Bourguignon e Dorothée Souchaud.
Apesar de terem crescido em épocas
diferentes, elas viveram uma infância
muito parecida. “O vinho é como uma
pintura que aprendemos a olhar e a
apreciar”, diz Dorothée, relembrando os
ensinamentos de sua avó. Com o objetivo
de trazer ao país produtos de qualidade
que, ao mesmo tempo, resgatem a
cultura de seus familiares, elas fundaram
recentemente na cidade de São Paulo
a Cave Jado, que também comercializa
rosados produzidos na França.
Vincent Kieffer, diretor da KB-vinrose,

paulo uras
a primeira importadora voltada
exclusivamente à venda de rosés da
Provence explica que, quando começou
Allemand, do Provence Club: molho de tomate, como a coxa de galinha a comercializar esse tipo de bebida no
“Ações no Brasil para d’Angola confit com geleia de pimenta ou país, ela não tinha nenhuma visibilidade
divulgar os rosés da região” ainda o badejo, preparado pelo chef, podem no mercado nacional. “Nosso objetivo
e devem ser servidos com um rosé Châteaux é associar a imagem dos rosés à arte
de Pourcieux. Emmanuel Bassoleil, do de viver à francesa”, afirma Kieffer.
restaurante Skye, do Hotel Unique (SP), Segundo o diretor, a orla marítima
afirma que, no Brasil, os clientes costumam de Saint-Tropez, o charme de Aix-en-
pedir vinhos rosés em receitas que levem Provence, a luminosidade de Porquerolles
legumes, molhos e plantas aromáticas. e os vilarejos do norte de Nice até
Enquanto o preconceito por parte La Ciotat, perto de Marseille, são os
dos brasileiros em relação a esse tipo cartões de visita que serão utilizados
de vinho começa a ser quebrado, muitos para conquistar pouco a pouco os
empresários visionários já investem no consumidores brasileiros. n

tradição mantida
Em janeiro deste ano, uma nota autorizando a mistura de tintos e brancos para fabricar rosés causou furor nos
vinhedos da Provence. A notícia que surgiu na imprensa especializada desencadeou uma verdadeira “tempestade em taça
de vinho” para alguns puristas e uma verdadeira ameaça ao “patrimônio vinícola francês” para outros. Na realidade,
essa notícia não chegou a provocar qualquer reação negativa na grande massa de consumidores que ignoram
(ou ignoravam, até então) como é produzido o vinho rosado. Alguns meses depois, a Comissão
Europeia voltou atrás na decisão. De fato, esse miniescândalo revela, sobretudo o
desconhecimento do público sobre a arte de fazer um bom rosé, obtido por dois métodos:
o saignée, ou sangria, e o pressurage direct. No primeiro, filtra-se parte do mosto de
um tinto após um curto período de maceração, normalmente de oito a 24 horas.
Este processo é o mais utilizado em todo o mundo e gera um tipo de rosado
mais encorpado e de cor mais cereja. No segundo, a maceração é bem mais
curta e dura apenas o tempo em que as uvas são delicadamente prensadas
pneumaticamente depois do esmagamento dos bagos (separação das
cascas da polpa). O produto é um rosé leve, de cor delicada, que pode
ser descrita como salmão, pêssego ou
cor de casca de cebola. Este
método é o utilizado na
Provence e, praticamente,
só nessa região.
fotolia

60 | FRANÇA BRASIL agosto / setembro 2009

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