Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
PROF. OSMAR
DISSERTAÇÃO
a) Dissertação objetiva
Transmite conhecimento de um modo geral e busca ensinar diretamente, com o
verbo na terceira pessoa. É, portanto, impessoal, falando tão somente à inteligência
de quem lê.
Veja o trecho seguinte.
“Diz-se que uma pessoa tem boa memória quando é capaz de lembrar
prontamente o que deseja lembrar. Em outras palavras, sua memória é retentiva e
seletiva. Por outro lado, a assim chamada “memória fotográfica” é, realmente, uma
desvantagem porque significa que a mente fica atravancada de detalhes não
essenciais de que não há necessidade de lembrar.”
(Geoffrey A. Dudley, in Como Aprender Mais)
Observe que o autor expõe IDEIAS sobre a memória. Ele afirma que a “memória
fotográfica” é, na realidade, uma desvantagem; afirma e diz por quê: a mente fica
atravancada de detalhes sem maior importância, e isso constitui a argumentação.
b) Dissertação subjetiva
Expõe e defende as ideias, procurando sensibilizar o leitor. As ideias têm caráter
pessoal, opinativo. Apresenta frequentemente o verbo na primeira pessoa. Volta-se
para o lado afetivo, psicológico, do leitor. Busca o envolvimento, falando mais ao
sentimento do que à razão, embora essa separação nada tenha de absoluto.
Leia antentamente o exemplo seguinte.
1) INTRODUÇÃO
Representada pelo primeiro parágrafo, de pequena extensão. É a parte da
dissertação em que se apresenta uma ideia, de maneira sucinta, através de uma ou
mais afirmações, a qual será defendida na segunda parte da redação.
Exemplo: O Brasil é, sem dúvida, um país de contrastes.
2) DESENVOLVIMENTO
É a parte da composição em que se expõem os pontos de vista, em que se
argumenta na tentativa de mostrar ao leitor que é perfeita a afirmação feita na
introdução. É o corpo, como querem alguns , da redação.
O desenvolvimento é formado por um ou vários parágrafos, curtos ou extensos,
de acordo com a necessidade da exposição. No caso da introdução proposta sobre
o Brasil, o autor vai explicar por que se trata de um país de contrastes. É com os seus
argumentos que ele poderá convencer o leitor dessa realidade, poderia ficar assim.
Clima ameno, terra fértil e acolhedora, belezas naturais que nenhum outro país
pode superar: esse o retrato em cores de um Brasil abençoado, cujo povo, amistoso,
alegre e otimista, tanto ama e respeita.
Péssima distribuição de renda, impunidade crônica e pouco caso de
governantes indolentes, corruptos e gananciosos: essa a imagem em preto e branco
de uma nação sofrida que não se respeita a si mesma.
3) CONCLUSÃO
É o fecho da redação, através de um parágrafo curto, em que se apresenta
uma ideia definitiva, cabal, sobre o assunto desenvolvido. Há inúmeras
técnicas de fechamento: resumo do desenvolvimento, retorno à introdução,
citação comentada de uma personalidade famosa e marcante etc.
Veja uma proposta de conclusão sobre o tema que estamos abordando.
Enfim, ser brasileiro, como disse o poeta em relação às mães, é, sem dúvida
alguma, “padecer num paraíso”.
Podemos deduzir, portanto, que uma dissertação apresenta pelo menos três
parágrafos, sendo o primeiro (introdução) e o último (conclusão) sempre de
pequena extensão. Seria absurdo, por exemplo, uma conclusão maior que o
desenvolvimento.
EXERCÍCIOS REDACIONAIS
PARTE I
c) A Justiça não devia ser tão frouxa com quem rouba o dinheiro público.
_____________________________________________________________________________
_
d) Se o governo não jogar duro contra o crime organizado, a violência será cada
vez maior nas grandes cidades.
_____________________________________________________________________________
_
f) Gasta-se muito com computadores para as escolas, mas não é por aí que se
vai melhorar a educação.
_____________________________________________________________________________
_
h) Por causa dos baixos salários, os professores estão ficando gradativamente mais
escassos.
_____________________________________________________________________________
_
i) Fica difícil acreditar no futruro de um país que tem tanto ladrão ocupando
cargos importantes.
_____________________________________________________________________________
_
PARTE II
(Questão 01)
a) 4/2/1/3/5. d) 5/2/3/4/1.
b) 4/5/2/1/3. e) 2/4/1/3/5.
c) 4/1/3/5/2.
(Questão 02)
a) Zequinha, filho da preta Zefa, vê uma carteira de dinheiro que, tendo caído do
bolso de alguém, se encontra sob o banco da praça. Sente-se tentado a furtá-
la e, não resistindo aos impulsos, pega a carteira, mas foi flagrado praticando
esse gesto condenável – “O Boleiro”.
b) Nemézio está no apartamento para o qual mudou-se há dois meses. Não tem
amigos, não conhece os vizinhos e se sente entediado. Que fazer? Desce,
apanha um táxi e não sabe para onde ir. Depois, reflete sobre a inutilidade de
seu gesto e manda o motorista voltar – “A Fuga”.
c) É a história de uma moça apaixonada por um homem que não percebe seus
sentimentos. Mesmo em férias, não consegue livrar-se da obsessão. De fértil
imaginação, pensa que ele a possui e a beija. Logo, outros pensamentos dela
se apossam: vê-se num hospital, sendo tratada por médicos. Ela morre e o
homem amado foi preso, pois fora ele quem a assassinara – “O Palhaço e a
Rosa”.
d) Godofredo está estudando, embora não preste muita atenção ao assunto das
provas. Distrai-se ouvindo marchinhas de carnaval. Com boa vontade,
debruça-se sobre os cadernos, mas depois tem sua atenção novamente
desviada por algumas formigas sobre cujas atividades ele se põe a filosofar –
“Aula prática”.
e) Tiago veio do interior para estudar Direito na capital. Suas dificuldades
financeiras lhe prejudicam os estudos, mas ele não desiste. Seu sonho é formar-
se e progredir na vida, fazendo carreira na magistratura – “O Concurso”.
(Questão 03)
A frase “Não quer dizer que a gente não se emocione apenas por ser exposto a
um clássico absoluto” é pouco clara. Mantendo-se a coerência com a linha de
argumentação do texto, uma frase mais clara seria: “Não quer dizer que:
a) algum de nós se emocione pelo simples fato de estar diante de uma obra
clássica”.
(Questão 04)
b) Para que o agricultor não se limitasse aos recursos oficiais, as fábricas também
criaram suas próprias linhas de crédito.
(Questão 05)
02. O médico, que defendia a descriminação do aborto, havia dito: “Sou a favor
de que o aborto saia já do Código Penal!”
04. Previsão: céu nublado, com períodos de chuva forte todo dia em lugares
isolados.
(Questão 06)
a) O pé-de-pato, calçado com este formato, caso seja adaptado aos pés dos
nadadores, permitir-lhes-á um rápido deslocamento na água.
(Questão 07)
Questão 08)
A ambigüidade deve-se:
(Questão 09)
“Sem a reforma agrária não há como resolver a desnutrição desse povo brasileiro.”
a) Sem a reforma agrária cujo grande mal do povo brasileiro é ter nascido pobre,
não há como resolver a desnutrição desse povo brasileiro.
b) Sem a reforma agrária cujo grande mal é ter nascido pobre não há como
resolver a desnutrição desse povo brasileiro.
c) Sem a reforma agrária não há como resolver a desnutrição do povo brasileiro
que ter sido pobre é o seu grande mal.
Questão 10)
“A menos que a violência tenha um fim, muitas pessoas inocentes morrerão sem
saber o porquê.” Observando a oração destacada, aponte a opção que possui
essa mesma circunstância.
a) Desde que você chegou à cidade, todos os aceitaram com muito carinho.
(Questão 11)
TEXTO II
Chego do mato vendo tanta gente de cara triste pelas ruas, tanto silêncio de
derrota dentro e fora das casas, como se o gosto da vida se tivesse encerrado, de
vez, com as cinzas do finado carnaval dos últimos dias.
Imperdoável melancolia de quem sabe, e sabe muito bem, que esta deliciosa
cidade não é samba, apenas; que o Rio, alma do Brasil, afina também seus
melhores sentimentos populares por outra paixão não menos respeitável – o
futebol.
Por que, então, chorar a festa passada se ao breve ciclo da fantasia do samba
logo se segue a ardente realidade do futebol? Desmontaram o palanque por
onde desfilou a elite do samba? E daí? Lá está o Maracanã, rampas gigantescas,
assentos intermináveis, tudo pronto para o grande desfile de angústias e paixões
que precedem a glória de um chute. Agora mesmo, alguém me veio dizer,
contente, que a grama está uma beleza, de área a área, e que, com as últimas
chuvas, o verde rebentou verdíssimo.