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Manual do Curso
1ª edição
Rio de Janeiro
2008
© 2007 direitos reservados à Diretoria de Portos e Costas
________ exemplares
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III INSPEÇÕES NOS EQUIPAMENTOS E SISTEMAS DE DETECÇÃO E EXTINÇÃO . 35
1 Alarmes de incêndio ........................................................................................... 35
2 Equipamento de detecção de incêndio...............................................................35
3 Equipamento fixo de extinção de incêndio ......................................................... 35
4 Rede de incêndio principal, hidrantes, mangueiras, esguichos e bombas ......... 36
5 Equipamentos de extinção móveis e portáteis ...................................................37
6 Equipamentos de bombeiros e outros equipamentos de proteção pessoal ....... 37
7 Equipamento de sobrevivência e resgate........................................................... 37
8 Equipamento de salvatagem .............................................................................. 38
9 Equipamento de comunicação............................................................................38
10 Requisitos para estatutárias e de classificação .................................................39
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PARTE I - CONTROLE DAS OPERAÇÕES DE COMBATE A INCÊNDIO
Deve também proporcionar, tal regularidade, aos tripulantes mais antigos no navio,
oportunidade para criarem desenvoltura nas ações de combate, detectar, reportar e propor
correção de falhas existentes nos esquemas de combate, na eficiência das ações
individuais e coletivas, além de servir, também, para manter o funcionamento adequado
de todos os equipamentos do sistema.
Realidade
Devem ser também, os exercícios de prevenção e combate a incêndio, tão próximos
da realidade quanto puderem. Sem exacerbar na condição de “próximo ao real”, levando
o exercício a níveis extremos, é aconselhável conduzí-lo até onde o bom senso, a garantida
segurança e a progressiva aptidão da tripulação o permita.
Detalhamento
Um pequeno detalhe pode vir a prejudicar todo um trabalho,toda uma ação de combate
a um incêndio. O fogo não espera por nada e sua propagação é tão rápida quanto perigosa.
Nos exercícios, todos os detalhes das ações e do pronto funcionamento dos equipamentos
são importantes. É de bom alvitre relacionar as fases de cada ação para melhor avaliá-
las, corrigir seus erros e, assim, aumentar a eficiência. As avaliações, tanto de cada
exercício visto como um todo, como de cada ação que faz parte de cada exercício, são
indispensáveis para as correções de possíveis falhas (humanas ou de material) e por
isso elas devem ter ampla participação de membros da tripulação, com a criação de
comitês e sub-comitês de avaliação.
De pouco vale um Plano de Contingência que não é posto em prática. Esse recurso
torna-se uma valiosa ferramenta contra incêndio quando tem a participação do pessoal
de bordo na sua elaboração (geralmente preparado por uma Sociedade Classificadora)
ou, de outra forma, quando é constantemente estudado, revisado, adaptado quando
necessário e posto em prática pela tripulação. A familiarização dos tripulantes com o
referido Plano depende do esforço de cada um e da incentivação promovida pelo comando
e oficialidade. A divisão do Plano de Contingência para Emergência de Incêndio (PCEI)
em partes, com oportuno e gradativo estudo e re-estudo, sistemáticos dessas partes,
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facilita seu uso pela familiarização e interesse que desperta nos tripulantes. É fundamental
que cada tripulante possua um exemplar desse Plano, independente da obrigatoriedade
de existência do mesmo em locais estratégicos no navio. Assim, cópias boas e legíveis
do PCEI devem ser encontradas:
• Em todos os camarotes
• No passadiço
• Na estação rádio
• Na praça de máquinas
• Na sala de controle de carga
• Em todos os escritórios do navio
• Em todos os espaços comuns (salões de estar, refeitórios, biblioteca, etc)
• Nos postos de reunião para combate a incêndio (estações)
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hidrogênio cyanido, nitrilas orgânicas, benzeno e tolueno podem ser gerados de poliuretana
e hidrogênio clorídrico pode ser alcançado de vinil clorídrico. Considerações sobre os
efeitos fisiológicos dos gases produzidos em incêndios, são, desse modo, importantíssimos
pela extrema complexidade e pouco entendimento dos seus efeitos.
Por tudo isso, um fogo acidental invariavelmente tem o potencial de colocar a vida
em jogo e representa um dos maiores perigos aos quais um navio pode ser exposto. E
não se engana quem pensa que esse tipo de problema é próprio de navios químicos.
Medidas de proteção contras fogo, tanto estruturais quanto ativas, permitem que incêndios
sejam controlados rapidamente e com ações simples.
Principais causas:
• vazamentos de combustíveis líquidos causados por falhas ou avarias em conexões.
• isolamentos térmicos embebidos com combustíveis.
• superfícies aquecidas tais como tubos de exaustão, partes superaquecidas de
máquinas às proximidades de redes de combustíveis, etc.
• trabalhos a quente, como soldagens ou corte com ox-acetileno
• autoignição por respingo de combustível em superfície aquecida
Métodos de contenção:
• fechamento das portas estanques
• fechamento das portas corta fogo
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• fechamento dos abafadores
• spray de água e telas, com controle a distância, quando aplicável
Métodos de detecção:
• detectores de fumaça
• sensores de alta temperatura
• sensores do aumento da taxa de temperatura
• grupos, brigadas, etc
Principais acessórios:
• sistemas fixos, tais como de água, espuma e CO2
• extintores portáteis de água, espuma, CO2 e pó
• equipamentos móveis como de espuma, CO2 e pó
Principais causas:
• ignição de materiais de fácil combustão
• cigarros e fósforos, incluindo o depósito de baganas acesas no lixo
• produtos têxteis adjacentes a superfícies aquecidas, como lâmpadas e outros
equipamentos elétricos
• defeitos de sobrecarga em sistemas elétricos
• na lavanderia, instalação incorreta de secadoras ou falha na sua manutenção e
limpeza
Métodos de contenção:
• abafadores e portas corta fogo
• sistema de borrifo
• construção com materiais que retardam a ignição
• revestimento do convés com material a prova de fogo
• mobília fabricada com material a prova de fogo
Métodos de detecção:
• detectores de fumaça
• sensores de temperatura
• sistema de sprinklers
• patrulhas, grupos e brigadas
Principais acessórios:
• sistemas fixos, como hidrantes e mangueiras
• extintores portáteis como os de água
Principais causas:
• superaquecimento de líquidos combustíveis e gorduras
• superaquecimento em frituras
• superfícies superaquecidas
• defeitos em conexões elétricas
• líquidos gordurosos ECIA
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Métodos de contenção:
• portas corta fogo, supressão da ventilação e abafadores
• mantas abafadoras apropriadas
Métodos de detecção:
• grupos, patrulhas e brigadas
Principais acessórios:
• sistemas fixos, como hidrantes e mangueiras
• extintores portáteis, como os de água (exceto quando o fogo for de óleos e
gorduras), CO2 e pó
Principais causas:
• sobrecarga e curto circuito
• isolamento defeituoso
• conexões partidas ou desfeitas
• no compartimento das baterias, produção de hidrogênio (devido à falta de
ventilação) e sua própria ignição, como através de fumaças
Método de contenção
• portas corta fogo
Método de detecção:
• observação
Principais acessórios:
• extintores portáteis de CO2 e de pó
Principais causas:
• cargas sujeitas à auto-aquecimento e combustão espontânea, como o carvão,
granéis passíveis de liberar gases inflamáveis
• perda da integridade das embalagens que contém explosivos, inflamáveis ou
substancias reativas
• retenção de material oleoso por deficiência de limpeza e de vazamentos de tanques
Métodos de contenção:
• coberturas dos porões, estrutura resistente do casco, etc
• uso de abafadores
• meios de extinção por controle remoto
Métodos de detecção:
• detectores de fumaça
• sensores de temperatura
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Principais acessórios:
• sistemas fixos, como de água, de espuma de grande expansão e CO2
• extintores portáteis, como de água, espuma, pó e CO2
• extintores móveis, como os produtores de espuma
2.6 Precauções contra o fogo e seus perigos associados tais como manuseio e
estivagem de materiais
3.1.1 A divisão do navio, em zonas verticais principais, por limites térmicos e estruturais
Em 01 de setembro de 1984 entraram em vigor as emendas, ratificadas pelo Comitê
de Segurança Marítima da IMO em 20 de novembro de 1981, ao SOLAS. Os requisitos
de proteção contra incêndio dessas emendas foram incorporados aos Regulamentos de
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Proteção contra Incêndios nos Navios Mercantes, de 1984. Foi a primeira vez que medidas
de prevenção, detecção e extinção de incêndios em navios mercantes foram incorporadas,
juntas, em um Instrumento Estatutário. Antes, tais medidas eram incluídas nas Regras de
Construção dos navios de passageiros e de carga, mas separadamente em seus
respectivos Códigos. Tal documento constitui um passo adiante no que diz respeito às
regras de construção de navios cargueiros relativas às suas proteções estruturais contra
incêndios. Nas duas décadas anteriores os regulamentos de construção de navios
mercantes exigiam, como proteções estruturais contra fogo, bem menos do que anteparas
da Classe “B”. Os melhoramentos das regras foram justificados pelo simples fato de não
haver motivo para não oferecer, aos tripulantes dos navios cargueiros, a mesma segurança
então existente nos navios de passageiros.
Divisões Classe “A” são aquela constituída por anteparas e conveses que devem
ser:
• construídas de aço ou material equivalente
• convenientemente reforçadas
• estanques a fumaça e a chamas ao longo de uma prova padrão de fogo, de 1 hora
• isoladas com materiais não combustíveis aprovados de modo que a superfície não
exposta não se eleve mais do que 140o nem mais de 180o em qualquer ponto, nos
tempos de:
60 minutos ............ “A”- 60
30 minutos ............ ”A”-30
15 minutos ............ “A”-15
0 minuto ............... “A”- 0
Para navios-tanque de porte bruto igual ou maior do que 20.000 tons, a proteção da
área do convés dos tanques de carga e dos próprios tanques de carga deve ser feita
através de um sistema de espuma fixo e por um sistema fixo de gás inerte, de acordo com
as regras 60 e 61, do Capítulo II-2, Parte D, do SOLAS, que também prescreve:
a) todos os navios tanque que utilizam sistema de COW (Crude Oil Washing) de lavagem
de tanque, devem estar providos com sistema fixo de gás inerte e de máquinas fixas de
lavar tanques.
b) todos os navios dotados de sistema fixo de gás inerte devem estar dotados de sistema
de medição de nível de tanque, do tipo “fechado” (closed ullage system).
c) o sistema de gás inerte supracitado deve ser projetado e operado de modo a tornar
e manter a atmosfera dos tanques de carga e dos tanques de sobra (“slop tanks”) não
inflamável durante todo o tempo, exceto quando tais tanques tiverem de ser desgaseificados.
No caso em que o sistema de gás inerte for incapaz de satisfazer a exigência operacional
acima descrita, e ter sido constatada a impraticabilidade de fazer reparo, então as fainas
de descarregamento da carga, de deslastro e limpeza de tanques, só deverão ser retomadas
quando as “condições de emergência” (estabelecidas nas Diretrizes para Sistemas de Gás
Inerte, adotadas pelo Comitê de Segurança Marítima, na sessão 48o, de junho de 1983,
MSC/Cerca. 387) tiverem sido cumpridas.
d) o sistema em questão deve inertizar os tanques de carga vazios, reduzindo o teor de
oxigênio em cada um desses tanques a um nível que não seja possível a combustão, não
excedendo a 8% do volume, e uma pressão positiva durante todo o tempo, não só no porto
como no mar, exceto quando for necessário fazer desgaseificação. Para isso, o sistema
deve ser capaz de fornecer gás inerte com teor não superior a 5% do volume, na rede de
suprimento para os tanques, qualquer que seja a velocidade de escoamento.
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e) o sistema deve ser capaz de fornecer gás inerte para os tanques na vazão de pelo
menos 125% do valor máximo da vazão de descaga de que o navio é capaz, expressa em
unidade de volume.
3.1.5 o uso de telas corta-chama e outros dispositivos que previnem contra a propagação
do fogo
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3.4 A organização e as tarefas das Equipes de Combate
A organização das equipes de combate, tanto quanto a distribuição das tarefas por
esses grupos, deve obedecer aos seguintes princípios:
a) quanto ao melhor uso possível do pessoal disponível:
• Necessidade de flexibilidade na escolha
• Necessidade de treinar o pessoal no uso de diferentes equipamentos
• Necessidade de identificação, imediata e a qualquer tempo, de quem está a bordo
e está disponível.
• Necessidade de treinamento de ocasiões em que membros de equipes estão dentro
de zonas de fogo.
• Necessidade de manter, tanto quanto possível e principalmente durante os períodos
noturnos em que a maioria do pessoal encontra-se dormindo, vigilância através
vistoria por todo o navio, feita por pessoa atenta e pronta para acionar alarme.
b) quanto à escolha do local de reunião das equipes de combate:
• Distância entre o ponto de reunião e possíveis locais de incêndio.
• Maneira como o ponto de reunião é indicado.
• Aspectos positivos e negativos sobre os prováveis pontos de reunião durante a
escolha.
• Disponibilidade e facilidade de comunicação do local de reunião com o passadiço.
c) quanto às ações inicial e subseqüentes dos grupos ao escutarem uma alarme de
incêndio.
• Consideração dos perigos ao entrar em espaços onde haja incêndio.
• Observação das restrições no uso de certos meios de combate a incêndio.
• Consideração dos meios para resolver o conflito entre a necessidade de pronta
ação e a prevenção contra uma ação errada.
• O conhecimento pleno da lista de reunião.
3.5 Procedimentos a serem observados quando o navio estiver docado para reparos,
observando a Reg. III/8 da SOLAS/74, incluindo:
4 Destilação seca
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• O resultado da súbita introdução desse ar é um flash direcionado exatamente para o
acesso que foi aberto...
• A pessoa que produziu a abertura e que tentava adentrar o compartimento poderá
ser queimada pela chama súbita (flash), a menos que esteja protegida.
5 Reações químicas
Efeitos: Entre os mais diversos efeitos produzidos por uma reação química estão:
• a produção de gás inflamável
• a explosão
• a combustão espontânea
• a produção de vapores tóxicos e
• a geração de fumaça
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Quando se tratar de incêndios em cargas perigosas, as orientações mais importantes
devem ser obtidas nos Procedimentos de Emergência para Navios Transportando Carga
Perigosa.
Quando se tratar de incêndios produzidos em substâncias a granel que produzem
perigos químicos, as orientações mais importantes estão contidas no Código de
Procedimentos de Emergência e práticas Seguras para Carga sólida a Granel.
Com o auxílio do Índice Geral do IMDG Code e do Emergency Prodedures for Ships
Carrying Dangerous Goods, pode-se determinar a ação a ser tomada quando de um
incêndio em determinada substância.
Com o auxílio do Code of Safe Practice for Solid Bulk Cargoes pode-se determinar a
ação a ser tomada quando de um incêndio e uma dada carga sólida a granel.
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7 Incêndios em caldeiras aquatubulares
Nessas caldeiras é possível ocorrer incêndio produzido pelo vapor na própria ferragem
em virtude de:
a) escassez de água na caldeira causando superaquecimento da tubulação acima
do nível de água e devido à demora em seu desligamento.
b) fogo incontrolável na fuligem e produção de fumaça mesmo após ter a mesma sido
desligada, já no porto, associada à causa anterior, de escassez de água.
Se o incêndio é descoberto antes que a tubulação atinja os 700 oC de temperatura,
o método aconselhado para sua extinção é:
• direcionar para o bico queimador a maior quantidade de água possível como jato
sólido e, também para a origem do fogo, usando alimentação contínua de água
através do uso de bombas, sempre imaginando que os tubos da caldeira estejam
fraturados ou derretidos.
• Manter as coberturas de ar, abafadores, descargas, etc. resfriados através de
mangueiras com jato sólido de água.
• Deve ser evitado o uso de bicos de spray de água, aplicadores de espuma ou
Dióxido de Carbono diretamente no fogo.
Após o fogo ter sido extinto, deve ser mantida uma vigilância no local do incêndio, o
regime de prontidão das estações é cancelado e inicia-se uma completa investigação.
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9 Táticas e procedimentos para combater incêndio em navio transportando carga
perigosa
Um plano de combate a incêndio deve ser preparado mostrando que meios de combate
e aplicações devem ser usados com segurança.
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Requisitos adicionais para combate a incêndios em navios-tanque incluem:
• um sistema fixo de extinção de incêndio na casa de bombas
• monitores de espuma com controle remoto no convés
• um sistema de gás inerte para os tanques de carga
• válvulas de bloqueio que permitam:
- controle de suprimento de água para os monitore de espuma no caso de avaria
na rede principal.
- controle do suprimento de água se as bombas de incêndio de emergência estão
em uso.
• divisórias que separem os espaços de gases perigosos
• segregação restrita entre espaços de carga e espaços das acomodações de Praça
de Máquinas.
Após o fogo ter sido extinto, deve ser mantida vigilância no local, os requisitos de
alerta das estações de combate serão cancelados e uma investigação no local terá inicio.
O uso de água como agente extintor, em espaços de carga que contenham grãos ou
papel é particularmente perigoso porque há o risco da carga absorver grande parte da
água usada, aumentando excessivamente seu peso e vindo a causar ruptura de suportes.
O uso de água para combater incêndio, nesses casos, deve ser monitorado.
Os flaps dos dutos de extração e ventilação de camarotes devem ser também fechados
durante incêndios em acomodações.
Extratores de fumaça são artefatos usado nos navios ro-ro e de passageiros. Tais
sistemas de extração, durante incêndios, devem ser usados somente a critério do
Comandante, para evacuar passageiros e facilitar o combate ao incêndio. A capacidade
do extrator deve ser de uma troca do volume de ar a cada 10 minutos.
Um sistema fixo de extinção de incêndio deve ser provido nos paióis de tintas dos
navios. Tais sistemas devem ser constantemente testados de modo a estarem em plenas
condições e sempre disponíveis quando for necessário.
O limite máximo de uma área de acomodação, num navio, que pode prescindir de
sistema fixo de combate a incêndio é 0,4 m2. Materiais combustíveis não podem ser
guardados nesses espaços.
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A estivagem de tambores de óleo lubrificante deve ser feita em local seguro,
preferivelmente no convés principal para facilitar seu lançamento em caso de emergência.
A Praça de Máquinas deve ser mantida limpa e tambores de óleo contendo restos de
óleo não devem ser guardados na Praça de Máquinas.
A bandagem e o tratamento por choque são igualmente importantes mas não devem
ser procedidos imediatamente, como primeiros socorros.
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18 Procedimentos para coordenação com bombeiros de terra
No caso de incêndio no mar, é possível obter auxilio de peritos através dos armadores,
sociedade classificadora ou paises vizinhos. O sistema de comunicação por satélite,
atualmente, é eficiente e está pronto para ser utilizado nessas emergências.
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PARTE II - ORGANIZAÇÃO E TEINAMENTO DAS EQUIPES DE COMBATE
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vento.
• resfriamento de divisórias, anteparas e conveses;
• uso de mantas abafadoras, como necessário; e
• manutenção de vigilância no local do incêndio após o mesmo ter sido extinto.
h) as condições de estabilidade devem se controladas e monitoradas em virtude do
uso de água como agente extintor, de modo que:
• seja calculada a mudança do GM e o efeito da superfície livre causado pela água
utilizada no combate;
• sejam usados os meios disponíveis para dreno da água usada no combate;
• para incêndios na carga, calculando o efeito de uma possível remoção de carga
para atacar o fogo;
• avaliando os efeitos de avarias causadas em espaços inundados; e
• considerando a possibilidade de movimentar o navio para local raso provocando
um calculado e providencial encalhe.
Aos membros dos grupos de combate devem ser dados treinamentos que incluem:
• instrução nos deveres de cada grupo;
• instruções nos deveres de cada membro e como esses deveres devem ser
desenvolvidos, se seguindo uma determinada ordem ou de outros modos; e
• exercícios que promovam a proficiência dos grupos, inclusive em primeiros socorros.
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Demonstrar habilidades para executar os exercícios listados nas seções anteriores.
Todos os exercícios devem ser praticados, tanto quanto possível, de maneira como
se houvesse uma emergência real.
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Quanto aos exercícios de abandono:
• enquanto conduzindo um exercício de abandono do navio, os seguintes
procedimentos devem ser seguidos:
- o exercício de abandono do navio deve seguir-se a um alarme característico,
seguido pelo anuncio público por um outro sistema de comunicação; todos os
passageiros e tripulação devem estar familiarizados este alarme e este anúncio;
- ao ouvir o alarme, a tripulação reunir-se-á imediatamente nos seus postos,
preparando-se para os serviços descritos na lista de reunião;
- passageiros e tripulante devem estar adequadamente vestidos;
- as bóias salva-vidas devem estar corretamente vestidas;
- em cada exercício deve haver a preparação e o lançamento de pelo menos uma
embarcação salva-vidas;
- deve ser dada a partida e operada pelo menos um dos motores das embarcações
salva-vidas;
- o método de lançamento da embarcação salva-vidas será explicado;
- deve haver a simulação do desaparecimento, na área das acomodações, de um
membro da tripulação; e
- devem ser dadas instruções quanto ao uso do rádio das embarcações salva-
vidas.
• Os diferentes botes salva-vidas devem ser lançados, um em cada um dos exercícios.
• Os botes de resgate e outras embarcações salva vidas devem ser lançadas
mensalmente com sua tripulação prevista a bordo, e manobrada na água.
• A iluminação de emergência para reunião e abandono é testada a cada exercício.
Na seqüência das ações individuais, a resposta a uma emergência deve ser a seguinte:
O líder tem que estar seguro de que seu grupo está suficientemente treinado e cada
membro tem confiança mútua, nas habilidades dele, líder, e dos demais membros.
A formação dos grupos. Assumindo que para o propósito deste exemplo temos uma
tripulação de 26 pessoas, a dividiremos em 5 grupos. A formação dos grupos é mostrada
na Tabela abaixo. O pessoal não relacionado deve reunir com o grupo de apoio e os
eventuais passageiros reunem-se no passadiço.
Esse grupo deve ainda verificar e procurar minimizar qualquer deficiência operacional
na planta e nos sistemas de emergência, mantendo aqueles serviços essenciais em
funcionamento.
O sucesso deste grupo é medido pelo suporte efetivo que ele pode prover aos grupos
de emergência. Para prover desses serviços, os membros desse grupo, individualmente,
necessitam de treinamento e instruções semelhantes aos dos grupos de emergência.
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Identificação das passagens e fugas de emergência
Grupos Reservas: Nos casos onde a tripulação exceder o número de pessoas com
os quais foi mostrado o exemplo, o pessoal adicional pode ser designado para cada
grupo se isso for achado prudente, entretanto, recomendam enfaticamente que nenhum
grupo venha a exceder o número de oito (8) pessoas.
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Parte 2 - 31
Medidas especiais de emergência serão aplicadas quando o navio estiver no estaleiro
ou em qualquer outra circunstância semelhante, onde a tripulação estiver desfalcada.
Nas circunstâncias especiais a resposta deve ser:
• Ativar o alarme de emergência e informar o oficial de serviço.
• Telefonar requisitando ajuda dos serviços de emergência de terra.
• Iniciar o combate se isso for seguro, razoável e aplicável.
• Averiguar imediatamente que serviços estão disponíveis a bordo.
• Prontificar-se para guiar o pessoal do serviço de emergência de terra até a cena
da emergência dando a eles o maior número de informações possível.
Exceções :
• O Chefe de Máquinas irá assegurar-se de que a bomba de incêndio e emergência
foi posta em funcionamento, que a ventilação (quando for o caso) foi parada, que
as portas estanques e outras aberturas (quando for o caso) foram fechadas antes
de ir para o posto de reunião.
• O Primeiro Piloto verificará o sistema de carga antes de dirigir-se ao posto de
reunião.
• O cozinheiro assegurar-se-á de que está tudo em ordem na cozinha antes de ir
para o posto de reunião.
• O mensageiro do passadiço distribuirá rádios portáteis de comunicação a todos os
líderes de grupo.
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Parte 2 - 33
(embarque e desembarque). Mais eficiente ainda será essa Lista de Verificação se for
afixada em um quadro de madeira ou outro material adequado a isso, em uma antepara,
com facilidade para que os membros do grupo possam, ao chegar à estação, colocarem
seus nomes, visíveis, de modo que qualquer pessoa possa detectar a falta de um membro
pela falta de seu nome no quadro.
Resgate
em Encalhe
Nome Posto Tarefa Incêndio Colisão
e sp a ço
fechado
líder do
líder do
grupo,
grupo, Sala do
Segurança monitoran- Sala do
Chefe de controle da controle
do sistema do o controle de
Máquinas bolsa de de carga
de carga controle carga
emergência
de gás
BA
BA
Vice-lider
Vice-líder
do grupo,
De acordo do grupo, Controle Grupo da
o guarnece
4 .Maqui- com as guarnece de bomba de
sistema
nista Ordens sistema avaria/Gru- esgoto
móvel de
Padrão móvel de po B A
pó
pó químico
químico
PARTE III - INSPEÇÕES NOS EQUIPAMENTOS E SISTEMAS DE
DETECÇÃO E EXTINÇÃO
1 Alarmes de incêndio
Um esquema similar ao citado no item anterior (1.1) deve ser preparado e operado.
Um esquema similar ao do item 1 deve ser preparado e operado para cada tipo de
equipamento fixo de combate a incêndio.
Algumas providências adicionais devem ser tomadas em climas muito frios para manter
o sistema de combate a incêndio livre de gelo, como:
• parada de emergência da bomba e válvulas de bloqueio em plenas condições;
• drenar toda a água das redes;
• verificar constantemente se o sistema se mantém sem água; e
• manter aviso, no passadiço, de quando a rede principal é drenada.
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5 Equipamentos de extinção móveis e portáteis
Quando um extintor móvel ou portátil for descarregado, ele deve ser repreparado para
futuro uso, como segue:
• quando um extintor com gatilho manual, certifique-se de que o cilindro não está
pressurizado;
• remova a capa superior, incluindo o refil e então:
- limpe o cilindro e inspecione se há alguma corrosão;
- cheque se o cilindro está na época de sofrer teste de pressão (feito, tal teste,
geralmente pelos fornecedores);
- cheque se o tubo de descarga e o bico estão limpos e desimpedidos;
- cheque a operação da válvula do gatilho para certificar-se de que está operando
livremente;
- cheque a operação e a tensão das outras válvulas (se existirem);
- torne a montar o extintor usando os passos corretos de remontagem e o refil novo; e
- após ter sido remontado, recoloque a trava (pino) de segurança.
• escreva a data do re-enchimento no selo de registro do cilindro; e
• recoloque o extintor na posição anterior (original) ou no paiol, como indicado pelo
Imediato.
Devem ser procedidos exercícios práticos com demonstrações de uso dos seguintes
equipamentos de resgate:
• maca;
• kit de primeiros socorros;
• aparelhos de respiração artificial;
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Parte 3 - 37
• ressuscitador manual (do tipo ar-oxigenio);
• ressuscitador automático;
• capa de resgate com linha e gancho de segurança;
• luzes portáteis intrinsecamente seguras;
• machado;
• roupa a prova de fogo; e
• EPI, composto de capacetes, luvas e botas.
8 Equipamento de salvatagem
9 Equipamento de comunicação
As anteparas de proteção contra incêndio, como a A-60 e B-60, bem como as classes
de materiais C/F, os materiais a prova de fogo e materiais isolantes térmicos, são testados
de acordo com procedimentos descritos em códigos.
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Parte 3 - 39
PARTE IV - INVESTIGAÇÃO E COMPILAÇÃO DE RELATÓRIOS DE
INCIDENTES ENVOLVENDO FOGO
1 Investigação e relatório de incêndio
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2 Importância das experiências para treinadores e treinados
Nestes relatórios, após serem escritos os dados particulares do navio, de suas cargas
e de como o fogo foi descoberto, descrever a ação inicial que foi tomada.
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Parte 4 - 41