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XIX Congreso Internacional del CLAD sobre la Reforma del Estado y de la Administración Pública, Quito, Ecuador, 11 – 14 nov.

2014

Democratização do ensino médio no Brasil? Problemas levantados por um estudo


de caso no interior da Bahia

Maria Inês Caetano Ferreira


Apresentação
Nas últimas décadas os governos federal e estaduais estão investimento na universalização do ensino
médio no país. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística do Brasil – IBGE - indicam
evolução no atendimento da rede pública. Esse movimento não ocorre de forma homogênea, há
desigualdade entre grandes regiões e estados.

Esse estudo aborda o processo de universalização no estado da Bahia, especificamente, no município de


São Felix, onde existe apenas uma única escola de ensino médio. A partir do cotejo de dados nacionais,
estaduais e municipais, busca-se apresentar questões relevantes no processo de ensino e aprendizagem
que podem ameaçar a tentativa de ampliar a inclusão escolar, criando novas formas de exclusão, como,
por exemplo, os baixos índices de aproveitamento dos estudantes.

Krawczyk (2014) destaca a importância adquirida pelo ensino médio nos tempos atuais, em virtude da
evolução da tecnologia, da produção de informações e da necessidade de os jovens terem que administrar
o volume de novidades, de forma autônoma. Esse é um critério para o ingresso e permanência no mercado
de trabalho, por exemplo. Desse modo, desigualdades no acesso ao ensino médio podem impactar nos
destinos sociais e profissionais dos jovens estudantes. Sposito e Souza (2014) destacam que a ampliação
do acesso ao ensino médio recentemente se fazem acompanhar de problemas como a permanência de
alto índice de evasão e reprovação.

No estado da Bahia os problemas na área de educação são graves. Dados do Tribunal Superior Eleitoral
sobre a escolaridade dos eleitores informam que a maioria dos votantes têm poucos anos de escolaridade.
Segundo o TSE, em 2012 havia 10.110.122 eleitores na Bahia, 23,7% desses sabiam apenas ler e escrever
e 8,7% eram analfabetos. O principal nível de escolaridade era o ensino fundamental completo (31% dos
eleitores), seguido ensino médio incompleto (17%) e ensino médio completo (11%). O grupo dos que
tinham ensino fundamental incompleto (4,5%) superava os que tinham ensino superior completo (2%) e
incompleto (1,4%). Esses dados permitem verificar que quase um terço dos eleitores baianos só sabia ler
e escrever e que o fundamental completo era o principal grau de formação. Impossível não concluir que
o quadro da escolaridade da Bahia aponta para uma realidade desigual, não democrática, de exclusão
social.

Mas o processo de universalização do ensino médio está em curso na realidade social descrita pelos dados
do TSE. Assim, cabe investigar o que é esse processo de universalização, com olhar atento para a escola,
onde ele se efetiva.

Esse é o objetivo deste artigo. Por meio da investigação dos processos de avaliação dos professores da
única escola de ensino médio no município baiano de São Félix e do sistema de avaliação do governo do
estado. Esses dados são contextualizados e analisados no quadro nacional de expansão de cobertura do
ensino médio.

Numa primeira parte são apresentados dados do IBGE sobre a expansão da cobertura do ensino médio,
mostrando a evolução no atendimento, na conclusão, a queda da distorção idade-série etc. Os dados
descrevem a situação do país, das grandes regiões, do Nordeste, da Bahia e do município estudado.
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Em seguida são informados os resultados do sistema de avaliação do governo do estado da Bahia, que
indica baixo aproveitamento dos estudantes da rede pública baiana e de São Félix, especificamente. No
final, são introduzidos dados sobre as avaliações dos professores do colégio Rômulo Galvão, em São
Felix, destacando a incapacidade desse processo em diagnosticar o processo de ensino e aprendizagem
dos alunos, indicando que procedimentos locais podem comprometer a universalização e inclusão no
ensino médio.

A metodologia adotada foi o estudo de dados secundários, produzidos por instituições governamentais
da área da educação e também o levantamento de dados na secretaria da escola Rômulo Galvão.

O estudo de caso da única escola de ensino médio do município de São Félix se justifica por ser local
onde se localiza a universidade que abriga os pesquisadores deste trabalho.

A expansão do ensino médio no Brasil: um mapeamento


Desde a década de 90 a cobertura da educação básica pela rede pública vem sendo ampliada em todo o
Brasil. Os dados do Ministério da Educação e da Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios permitem
reconhecer o modo como essa expansão vem se concretizando. Apresentamos a seguir dados sobre o
ensino médio, interesse específico deste artigo, principalmente desde o início do século 20. Sempre que
possível, são apresentadas informações para todas as regiões do país, detalhando especificamente os
estados da região Nordeste, a fim destacar a realidade do estado da Bahia em relação aos outros estados
de sua região. Finalmente, nos casos em que há dados do município de São Félix, eles também são
apresentados, permitindo, assim, a sua caracterização em relação ao todo estado baiano. Porém, nem
sempre há dados detalhados para municípios.

A tabela 1 é síntese de outra, mais ampla, elaborada por Sposito e Souza (2014).

A Tabela 1 revela a elevação da cobertura do ensino médio no Brasil nas duas últimas décadas para a
faixa de 15 a 17 anos. Desse modo, cresce a população matriculada. Constata-se, então, expansão de
vagas concomitante ao ajustamento da faixa etária ao período escolar.

A Tabela 2 complementa a primeira, revelando a elevação da população jovem que conclui o ensino
médio na idade ajustada ao período escolar. A taxa do país cresceu pouco menos de 20% em apenas uma
década. Na região Nordeste esse crescimento chegou a quase um quarto da população até 19 anos. Porém,
apesar dessa elevação, a taxa é inferior à metade da população, indicando que ainda há muito a ser
conquistado nessa região, com índice superior apenas à região Norte, abaixo de todas as outras.

A Tabela 3 traz resultados exclusivos da região Nordeste, permitindo reconhecer a realidade de cada um
de seus estados. Observa-se que há uma década as taxas eram bastante baixas. A elevação da taxa
nordestina foi um pouco superior à do Brasil. As taxas cresceram em todos os estados, mas não é possível
deixar de acentuar a desigualdade entre eles. Os estados do Ceará e Rio Grande do Norte são os únicos
onde mais da metade da população de até 19 anos conclui o ensino médio. O estado da Bahia tem a
terceira pior taxa em 2011. Vale ressaltar que, em 2001, a taxa da Bahia só era pior do que a do Maranhão.
A evolução da taxa baiana (21,2%) foi pouco superior a do Brasil (19,1%). Porém, constata-se que ainda
há problemas a serem enfrentados em relação à ação do governo em relação ao ensino médio.

A Tabela 4 informa que a taxa de atendimento do ensino médio cresceu em todo o país na última década,
porém, vale ressaltar observação do movimento Todos Pela Educação (2014) em relação ao fato de que
houve crescimento, mas com estagnação na faixa de 80%.
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Assim, o aspecto positivo deve ser enfatizado, mas sem desconsiderar a necessidade de aprimoramento
no curto e médio prazo. Com destaque para o fato de que a elevação da taxa de atendimento para
estudantes de 15 a 17 anos não remete, necessariamente, à conclusão do ensino médio antes dos 19 anos,
pois o cotejo dos dados da Tabela 3 com a 4 suscitam movimentos não diretamente vinculados entre
oferta de vagas e conclusão dos estudos na faixa etária acertada.

A tabela 5 comprova que oferta de vagas não remete à conclusão do ensino médio na faixa etária ajustada.
Pois o estado da Bahia, como aponta a tabela 3 detém a segunda pior taxa de conclusão do EM até 19
anos. Na tabela 5, vemos que a Bahia tinha a melhor oferta de vagas de ensino médio para a faixa etária
de 15 a 17 anos em 2001, uma década depois, ela segue atrás apenas do Piauí e Sergipe. Logo, a elevação
da oferta é positiva, mas não é suficiente para garantir aprimoramento no processo de ensino-
aprendizagem.

A Tabela 6 indica que a posição do município de São Félix, na oferta de vagas, é mais positiva do que a
do estado da Bahia. Assim, verifica-se que esse município não aponta para caso crítico do estado, que
guarda, ainda, problemas em relação à ação governamental para a educação no ensino médio.

A tabela 7 esclarece queda na distorção idade-série no ensino médio no país, em uma década. Trata-se
de conquista na educação da juventude. A queda da taxa do Nordeste (26,1%) supera à média do país
(19,2%). Porém, a taxa permanece alta na região, acima de 40% dos jovens não concluem o ensino médio
no prazo regular. Posição inferior, apenas, à da região Norte. Novamente, comprova-se a necessidade de
ações específicas para o Nordeste.

A Tabela 8 informa a situação específica dos estados do Nordeste. Verifica-se que Bahia e Piauí,
campeões na oferta de vagas para do ensino médio para as faixas de 15 a 17 anos, também lideram na
taxa de distorção idade-série no ensino médio. Novamente, atenta-se para o fato de que oferecer vagas
não, necessariamente, conduz ao melhor processo de ensino-aprendizagem, o qual envolve muitas outras
variáveis. O Ceará detém a mais baixa taxa de distorção e, como se verifica nas tabelas seguintes, possui
indicadores mais positivos do que os outros estados do Nordeste. Isso indica o sucesso de algumas ações
governamentais do Ceará, em contraste com o do governo da Bahia em relação ao ensino médio.

A tabela 9 ratifica que o indicador do município de São Félix é mais positivo do que a média do estado
da Bahia, porém, ressalta-se que quase a metade da população do município tem problemas de distorção,
fato preocupante.

Os dados referentes ao estado da Bahia e ao município de São Félix esclarecem que o quadro da educação
no início do século 20 era bastante ruim. Na última década houve incontestável desenvolvimento, como
resultado das ações dos governos federal e estadual. Porém, ainda é necessário investimentos no ensino
médio. A posição privilegiada dos estados do Ceará e Pernambuco, comprovada por alguns indicadores,
não deixam dúvidas de que, embora a região Nordeste enfrente sérios problemas socioeconômicos, é
possível sim melhor a política educacional dos estados. Essa conclusão se ajusta ao caso baiano, pois, o
PIB da Bahia – em relação a todo país - em 2010 (4,1%) é superior ao de todos os outros estados
nordestinos, como Ceará (2,1%) e Pernambuco (2,5%). Ou seja, o estado da Bahia possui riqueza
superior aos seus vizinhos nordestinos, os quais possuem indicadores educacionais mais positivos que os
baianos.

A tabela com dados sobre taxa de abandono do ensino médio no Brasil explica que houve pequena queda
na última década, tema que se coloca, ainda, como preocupante.
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Impressiona o fato de que no Nordeste essa taxa se elevou. Ou seja, apesar da ampliação da oferta, da
elevação da conclusão até 19 anos, muitos estudantes abandonam a escola, sem concluir o ensino médio.
É certo que se deve buscar compreender as variáveis que explicam esse fenômeno, mas, em si, os dados
já remetem para problemas sérios no ensino médio na região.

A tabela 11 permite visualizar que o problema de elevação do abandono do ensino no Nordeste é


fenômeno comum a todos os estados, exceto o Ceará, com crescimento muito pequeno, em comparação
aos estados vizinhos. Novamente, o Ceará indica posição privilegiada na região Nordeste. Infelizmente,
não temos registro de Pernambuco e Sergipe, para comparações. Para esses estados, estão disponíveis
dados de 2010, Pernambuco com taxa de 10,8% e Sergipe, com 12,2%. A distorção das datas compromete
as comparações, mas indica crescimento para Sergipe e alta queda para Pernambuco. Considerando o
objetivo deste artigo, vale apontar a elevação do caso baiano.

A tabela 12 confirma a melhor posição do município de São Félix em relação à taxa do estado da Bahia.
Embora elevada, a taxa de São Felix não é a pior do estado, destacando que a queda, na última década,
foi impactante. É importante reconhecer a situação do município no estado, na região Nordeste e no país,
para que se busque relacionar os problemas e, também, tentar levantar possíveis singularidades positivas
e negativas, contribuindo para a reflexão de alternativas exitosas para o local.

A tabela 13 permite reconhecer que a ampliação da oferta não provoca aumento nas taxas de aprovação.
Talvez, ela contribua para diminuir essa taxa, pois há ampliação na população com acesso ao ensino
médio. Grupos antes excluídos passam a frequentar a escola, trazendo a tona problemas e conflitos que
antes eram invisíveis. Esses dados guardam peculiaridades, pois, a região Sudeste, que detém os melhores
dados nas tabelas anteriores, também teve queda na aprovação. Os dados do Nordeste, nas tabelas acima,
são inferiores apenas aos da região Norte, mas em relação à aprovação, são mais positivos que os da
região Centro-Oeste. Se considerarmos o padrão registrado nas tabelas anteriores, é possível desconfiar
de que a queda da aprovação expõe mais intensamente as consequências da política da universalização
do ensino médio.

Assim como na tabela para Brasil, na região Nordeste, todos os estados registram queda na aprovação,
indicando a manifestação de problemas no processo de universalização do ensino médio. Essas
informações ratificam a necessidade de investimentos no processo de ensino-aprendizagem. Para tanto,
parecem necessários estudos detalhados para compreender as variáveis envolvidas na queda da
aprovação em todo país. A queda na Bahia não é um desvio no padrão nacional, mas certamente merece
estudo comparativo, pois os dados anteriores registram problemas graves, que antecedem a politica de
universalização.

Em contraste com o caso baiano, a Tabela 15 indica que, no município de São Félix a taxa elevação da
aprovação cresceu 34,5% na última década. Esses aspectos atentam para a necessidade de estudos
aprofundados nos municípios baianos, sobretudo nos pequenos. Pois há discrepância nos resultados do
município em relação ao estado. É preciso compreender o que faz com que São Félix tenha resultados
mais positivos do que a média do estado. A tabela 16 ratifica que a taxa de reprovação acompanha os
resultados para a aprovação. Com a queda na aprovação, ocorre elevação na reprovação. Contrastando
com os dados das tabelas anteriores, O Nordeste detém a melhor taxa de aprovação do país, a mais baixa.
O cotejo de todos os dados não permite reconhecer êxito nordestino sobre os das outras regiões. Ao
contrário, tenta para a necessidade de estudos cuidadosos sobre os significados desses dados, pois eles
em si não podem ser tomados como sinônimos de êxito ou fracasso, pois envolvem outras informações,
ainda a serem compreendidas.
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A tabela 17 destaca a Bahia como campeã da reprovação no Nordeste, seguida pelo Maranhão. Porém,
ao longo da década, a taxa se elevou em todos os estados, sugerindo que a ampliação da oferta traz à tona
problemas antes sufocados pela baixa inclusão escolar.

Diferentemente das duas tabelas sobre reprovação, a que aponta resultados de São Félix destaca queda
na reprovação. Os dados desse município indicam que há municípios com situação singular no estado
baiano, com situação mais positiva do que a média estadual.

Os dados de todas as tabelas apresentadas não deixam dúvidas sobre a melhoria da oferta do ensino
médio no país. Porém, como seria possível supor, a universalização traz problemas novos que ainda
devem ser enfrentados, sob a ameaça de que a universalização possa produzir novas exclusões, em vez
de contribuir para a inclusão dos estudantes do país, como atenta Krawczyk (2014).

As tabelas permitem verificar, além de problemas nacionais, a posição do Nordeste em relação a todo
país e da Bahia em relação aos outros estados nordestinos e ao país. Verifica-se que a Bahia ainda
enfrenta situação sensível, com dados mais negativos do que outros estados nordestinos. Os números
mostram que as taxas do início do século XXI na Bahia eram mais negativas, portanto, as ações do
governo têm que enfrentar situação mais complicada do que a de outros estados do Nordeste e de outras
regiões. Mas vale ressaltar a superioridade da condição econômica da Bahia em relação aos vizinhos
nordestinos, sugerindo mais e melhores recursos para as ações de governo.

Por fim, os dados sobre o município de São Felix atentam para fenômeno que merece investigações. Pois,
suas taxas são sempre mais positivas do que a média baiana. Isso sugere que os possíveis do ensino médio
local devem ser tomados numa perspectiva comparativa, sem desconsiderar problemas que dizem
respeito à realidade estadual, mas também questões locais que incidem sobre os resultados aqui expostos.
Os dados do sistema de avaliação do estado da Bahia trazem informações que permitem compreender
melhor o caso baiano e, assim, suas taxas em relação a todo país, assim como desperta inquietações sobre
a posição do município de São Felix.

Avalie Bahia: aproveitamento escolar


O governo da Bahia criou em 2007 o Sistema de Avaliação Baiano de Educação (SABE), com o objetivo
de avaliar o desempenho dos estudantes da rede pública, por meio da aplicação de questionários
socioeconômicos, sobre as práticas pedagógicas, gestão etc. O Avalie Ensino Médio é um estudo
longitudinal que faz parte desse sistema e vem sendo implementado desde 2011. Trata-se de exames
aplicados a estudantes da rede pública do estado. Em 2011 foram aplicadas provas em estudantes de mil
e seis escolas, da primeira e segunda série do ensino médio. Em 2012, foram aplicadas provas em
estudantes da segunda e terceira séries. Em 2013, as provas foram aplicadas em estudantes do primeiro,
segundo e terceiro anos. Além de escolas do ensino público regular, as provas também são aplicadas em
estudantes do ensino médio profissional integrado (EMI).

Os questionários aplicados aos estudantes utilizam referencial da matriz de competências e habilidades


do Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM). Os resultados são classificados nos seguintes padrões de
conhecimento:
 Muito crítico: que aponta carência de aprendizagem para a etapa da escolaridade na qual o estudante
se encontra, em suma, trata-se de rendimento abaixo do esperado;
 Crítico: demonstra que o estudante aprendeu o mínimo do que é proposto no seu ano escolar;
 Básico: o estudante adquiriu conhecimento apropriado e substancial do que é previsto para a sua etapa
de escolaridade;
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 Avançado: o estudante desenvolveu habilidades mais sofisticadas do que sugere sua etapa, seu
aprendizado superou as expectativas.

Abaixo são apresentados os resultados do Avalie, aplicado na escola estudada, Rômulo Galvão em 2011,
para estudantes do primeiro ano do ensino médio. Essa turma é a mesma sobre a qual foram levantadas
informações no colégio sobre notas e frequência. Desse modo, é possível relacionar os resultados obtidos
nesse exame estadual com os resultados das avaliações dos professores na escola.

A tabela acima apontam os resultados do exame aplicado em todos os estudantes das escolas de ensino
médio do estado da Bahia. Verifica-se que nas áreas de exatas e biológicas o aproveitamento é muito
baixo. Nas áreas de Humanas, os dados se concentram na variável crítica, um pouco mais positivo do
que no caso de exatas e biológicas. De modo geral, os resultados indicam problemas no desenvolvimento
de competências e habilidades entre os estudantes baianos do ensino médio em geral.

A tabela acima traz os resultados dos estudantes baianos, especificamente os que frequentam escolar na
divisão da Diretoria Regional de Cruz das Almas, onde se situa a escola aqui estudada. O que se observa
é que, de modo geral, a classificação dos estudantes dessa região é mais frágil do que o geral da Bahia.
Há concentração de muito crítico supera, com pequena margem, o resultado geral da Bahia.

Os resultados acima são específicos do colégio Rômulo Galvão. O que se nota é que a avaliação aqui é
um pouco mais negativa do que a de toda a região de sua diretoria. Exceto nas provas de Português e
Geografia, em todas as outras, os resultados muito críticos superam às da DIREC 32 e,
consequentemente, os da Bahia.

Os dados do Avalie explicam que o aproveitamento escolar dos estudantes da única escola de ensino
médio do município de São Félix é muito crítico e crítico. Desse modo, toda a evolução em termos de
atendimento, queda na distorção idade-série etc. ainda não é acompanhada por um processo de ensino-
aprendizagem que permita o desenvolvimento de conhecimento substancial, dentro do padrão previsto
para determinada etapa escolar.

Abaixo, o quadro com resultados do Exame Nacional do Ensino Médio, para 2011, aponta o baixo
aproveitamento dos estudantes da escola, não alcançando o mínimo requerido pelo Ministério da
Educação.

A análise dos resultados do Avalie e do ENEM sugerem que as taxas positivas de São Felix nas tabelas
acima não necessariamente apontam processo positivo de ensino-aprendizagem, pois os dados para a
única escola do município são preocupantes.

Os resultados do Avalie ratificam os problemas no ensino médio da rede pública da Bahia. Apesar dos
investimentos estadual e federal, ainda há muito para ser realizado no ensino médio baiano. O predomínio
dos padrões muito crítico e crítico indicam que a universalização em si pode trazer mais exclusão do que
inclusão. Destaque-se o péssimo resultado para as disciplinas das áreas de exatas e biológicas,
normalmente vinculadas às profissões mais bem remuneradas no país. Considerando esse resultado, os
estudantes da rede pública baiana, em geral, não apresentam perfil interessante para os melhores
empregos. Mesmo nas disciplinas das áreas de Humanas, prevalece o crítico. Destaque-se, que na área
de Humanas, normalmente as classificações de estudantes de escola pública se destacam em comparação
as de exatas e biológicas. Porém, no caso baiano, mesmo a avaliação em humanidades é baixa.

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Um ponto que deve ser colocado é a dificuldade de professores com formação em biológicas e exatas
para lecionarem no ensino público, onde os rendimentos são mais baixos do que os do mercado em geral,
até mesmo em virtude da pouca oferta de profissionais. Trata-se de um fenômeno cuja solução é essencial
para a construção de um processo mais justo de universalização.

As taxas dos estudantes do Rômulo Galvão são muito baixas em comparação ao estado e da região,
apontando que se a taxa distorção idade-série do município é melhor do que a média estadual, assim
como as taxas de aprovação e reprovação, tais informações devem se associar a outras variáveis
negativas, não captadas pelos índices do IBGE.

Segundo informações de estudantes da escola, diferentemente do ENEM, a participação no Avalie não é


valorizada por eles próprios. Eles explicam que os estudantes que participam do Avalie ganham pontos
em algumas disciplinas. Esse tipo de estímulo visa garantir a participação dos estudantes, consequente
da escola, remetendo ao êxito da direção da escola em contribuir para o fortalecimento do sistema de
avaliação do governo do estado. Porém, não parece haver ações para o desenvolvimento do processo de
ensino-aprendizado. Desse modo, fica a dúvida sobre a efetividade dessas avaliações, que sempre
enfatizam a precariedade da escola pública, sem que as ações impliquem em real inclusão escolar e
desenvolvimento de habilidades e conhecimento por parte dos estudantes.

Esses mesmos estudantes informaram que há interesse na participação no ENEM, em contraste com o
Avalie, pois o primeiro é utilizado pelas universidades para a classificação no ensino superior,
diferentemente do Avalie. Todavia, o baixo aproveitamento no ENEM, fazendo com que a escola não
alcance nota mínima para a publicação do MEC aponta que o aproveitamento no exame nacional é tão
frágil quanto no exame estadual. Ou seja, mesmo interessados em conquistar boa avaliação no ENEM,
os estudantes do Colégio Rômulo Galvão não conseguem bons resultados, remetendo a problemas na
aprendizagem.

Um aspecto a ser destacado é a falta de transparência dos resultados do Avalie. Eles só estão disponíveis
para os gestores e professores da rede. O público em geral não tem acesso aos resultados e, mais grave,
desconhece esse sistema de avaliação. O Avalie é um sistema conhecido, sobretudo, pelos profissionais
da rede e pesquisadores que trabalham diretamente com ensino médio público na Bahia. Esse
desconhecimento e falta de transparência permitem que o insucesso do aproveitamento escolar seja
escondido da população baiana e brasileira em geral. Certamente a lei de transparência abre canais para
acesso aos dados, porém, o mais acertado parece ser a disponibilização dos resultados para todo o
público.

Avaliação dos professores locais: um paradoxo


O município de São Felix se localiza no Território do Recôncavo Baiano, 121Km da capital do estado.
É um município de pequeno porte, em 2010 a população era de 14.098. No município só uma escola de
ensino médio, que atende a população urbana e rural e, inclusive, o ensino fundamental. Em 2012 havia
111 estudantes do fundamental e 743 estudantes matriculados no ensino médio, incluindo as zonas urbana
e rural.

Ao longo de 2013 foram realizadas pesquisadas para levantamento e sistematização dos dados sobre
frequência e aproveitamento dos estudantes do primeiro ano do ensino médio dos períodos da manhã e
tarde do ano de 2012, da única escola de ensino médio em São Félix, Colégio Rômulo Galvão.

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Vale destacar a dificuldade dos pesquisadores terem acesso aos dados na secretaria da escola. Essa
pesquisa foi realizada por estudantes desse mesmo ano, ou seja, os avaliados. Mesmo com autorização
da direção da escola, os servidores da secretaria se recusaram a informar os dados para estudantes
conhecidos. O acesso não foi possível, nem mesmo com o apoio da direção da DIREC 32 (Diretoria
Regional de Educação do Estado da Bahia), a qual a escola está submetida. A fim de evitar conflitos que
poderiam prejudicar a direção da escola, optamos pelo registro dos dados fornecidos pelos servidores,
destacando a ausência do registro de algumas disciplinas dos dois períodos apresentados.

Merece registro, ainda, que no ano de 2012 os professores da rede pública de ensino médio da Bahia
permaneceram em greve por 112 dias. Foi um longo período de conflitos, acusações por parte de
sindicato, profissionais da educação e governadores. As consequências negativas da greve afetaram a
todos, porém, é certo que os estudantes foram os mais prejudicados. A falta de registro de avaliação e
presença é apenas um dos problemas. Os resultados de sistemas de avaliação como ENEM e Avalie
certamente trazem em si alguns desses impactos.

As tabelas a seguir informam o processo de avaliação dos professores da escola, o rendimento dos
estudantes nessas avaliações, permitindo conclusões sobre alguns problemas do ensino médio na rede
pública baiana nos tempos atuais.

A despeito de o quadro 2 não registrar a frequência de todas as disciplinas do período da manhã, constata-
se que somente quatro professores registram a frequência dos estudantes, atividade docente obrigatória.
O registro da frequência pode ser interpretado como forma de controle sobre os estudantes. Porém, são
comuns casos de estudantes assíduos que reclamam da falta de atenção por parte dos professores. Esse
registro, além de controle, é uma forma de acompanhar os estudantes, permitindo reconhecer situações
de interesse, desinteresse e até impossibilidades de frequentar o curso. Portanto, não deixar de ser,
também, uma forma de controle dos próprios educadores e da escola. Isso porque a assiduidade indica
interesse e legitimidade em relação à escola, por parte do estudante.

Em reportagem de Máximo (2014) sobre o recente movimento de migração de estudantes da classe C de


escolas do ensino médio da rede pública para a rede privada, estudante elogia a cobrança pelos
professores da rede privada, em contraste com a liberdade que ela viveu na rede pública, onde podia
faltar nas aulas, não estudar e, mesmo assim, obtinha bons resultados. Conclui-se, então, que o registro
de frequência não deixa de ser desejado pelos próprios estudantes, como forma de motivar a relação com
a escola e os professores.

Os professores do período da tarde registraram frequência. Há predomínio nas faixas de zero e duas faltas
e na de três a cinco faltas. É possível que nem todas faltas tenham sido registradas, porém, pelo menos
os professores se preocuparam em apresentar um quadro de frequência. Considerando a baixa média das
faltas acima de dez, percebe-se que a maioria dos estudantes compareceu nas aulas, nesse ano de greve.
O quadro 4 revela que a maioria dos professores do período da manhã avaliaram bem os estudantes do
primeiro ano. As notas se concentram na faixa de 5 a 6,9 e 7 a 8,9. Somente o professor de Português
teve concentração na faixa de zero a 2,9. Esses dados contrastam com os resultados obtidos pelos
estudantes no Avalie. É certo que os estudantes não anunciaram entusiasmo com a participação no
sistema de avaliação do governo do estado. Porém, chama atenção o contraste nas notas. No caso de
Biologia, o descompasso é ainda maior.

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O quadro referente ao período da tarde também contrasta com os resultados do Avalie, chama atenção a
concentração em Química na faixa de 7 a 8,9, matéria na qual os estudantes dessa escola foram muito
mal avaliados no Avalie.

Os dados brutos das notas permitem verificar concentração de muitos em algumas faixas, indicando a
possibilidade de a avaliação se remeter a trabalhos em grupo, por meio do qual grande número de
estudantes obtém a mesma nota. As atividades em grupo são importantes para o desenvolvimento
intelectual e social dos estudantes, porém, o registro da nota individual prevalece no sistema de ensino,
não sendo possível a substituição do individual pela do grupo. Novamente, os argumentos da entrevistada
na reportagem do jornal parecem explicar o motivo da recente migração, independente da afirmação de
estudiosos, sustentado pelos resultados de avaliações federais, da mínima diferença das escolas privadas
sobre as públicas em relação à qualidade do ensino. O predomínio de boas notas nos dois quadros acima
não necessariamente indica excelência no processo de ensino-aprendizagem dessa escola. O fato é que
os estudantes vivem e compreendem a contradição dos resultados no Avalie e ENEM e os de seus
professores. Embora aprovados, com notas de média a altas, o auto reconhecimento do êxito individual
não é tarefa simples. Talvez seja mais comum a desconfiança de a escola não oferece o suficiente e de
que eles não estão preparados para alcançar êxito em exames elaborados por outros profissionais, que
não sejam seus próprios professores.

A prática avaliativa, como ensina Perrenoud (1999) pode criar hierarquias de excelência, vinculadas à
progressão do curso. Essa hierarquia pode certificar aquisições de conhecimentos em comparação a
outros, que podem ser apresentadas a terceiros. Perrenoud explica que esse modelo de prática avaliativa
não se responsabiliza pela aprendizagem. Esse autor coloca que, desde a década de 60, ganha terreno na
pedagogia a crença de que todos podem aprender. Nesse caso, a avaliação, em vez de criar hierarquias,
se coloca como instrumento para intervenções nas situações didáticas, desvendando o progresso dos
estudantes, seus problemas, e a necessidade de intervenções diferenciadas para a melhoria de
determinadas fragilidades. Para Hadji (2001), a avaliação formativa contribui para a efetivação da
atividade do ensino, pois é possível compreender problemas e atuar sobre eles. Luckesi (1998) destaca o
papel diagnóstico da avaliação, permitindo a intervenção dos professores sobre efeitos que expressam
comprometimento da aprendizagem.

Os autores enfatizam a relevância da avaliação no processo de ensino-aprendizagem. Ela é um


instrumento de comunicação entre estudantes e educadores, sinalizando questões que necessitam de
atenção de forma localizada. Isso porque os estudantes não respondem homogeneamente ao processo de
ensino.

Assim, a frágil avaliação realizada por alguns professores do Colégio Rômulo Galvão desvenda questões
que certamente estão vinculadas ao aproveitamento dos estudantes. A frágil comunicação estabelecida
entre eles em virtude do frágil processo avaliativo encobre dificuldades de aprendizagem. O frágil
processo avaliativo indica que alguns professores não se preocupam o suficiente com a aprendizagem
das turmas.

Certamente há muitos outros problemas no Colégio Rômulo Galvão para explicar o fraco desempenho
nos sistemas avaliativos do governo do estado e federal. Porém, faz-se necessário um estudo
aprofundado, a partir desses resultados obtidos na pesquisa aqui apresentada.

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Conclusão
Este artigo apresenta dados sobre o processo de universalização do ensino médio no Brasil, com destaque
para o caso da escola Rômulo Galvão, única escola do ensino médio no local, estado da Bahia.

Os dados indicam que o processo de universalização do ensino médio apresenta elevação de elementos
importantes, como a oferta de vagas, conclusão na faixa etária adequada, queda da distorção idade-série
etc. Porém, as taxas ainda indicam fragilidade no processo de universalização. Dados que atestam queda
na aprovação e elevação da reprovação sinalizam que o processo de inclusão pode trazer que fortalecem
novas exclusões.

Os dados para a região Nordeste são frágeis em relação aos das outras regiões do país, com exceção da
Norte. Os problemas da educação no Nordeste e na Bahia não são recentes, muito pelo contrário. O
estado e a região em geral devem recuperar índices mais baixos do que as outras regiões. Porém, entre
os estados da região Nordeste, os dados da Bahia se destacam como um dos piores. A condição
econômica da Bahia, ao contrário dos seus dados de educação, são os mais positivos em relação aos
vizinhos nordestinos. Desse modo, a tradicional desigualdade de renda e concentração de riqueza que
afetam os estados nordestinos não pode ser apontada como principal responsável pela fragilidade na
educação. Pois o Ceará, por exemplo, conseguiu driblar essas dificuldade e conquistar dados mais
positivos.

O caso dos registros de frequência e avaliação na única escola de ensino médio do município baiano de
São Félix desvenda um problema que merece ser mais bem investigado. Trata-se da pouca preocupação
de muitos professores em não registrar frequência dos alunos, indicando uma situação de pouco controle
e, sobretudo, acompanhamento com o interesse do estudante em estar na escola e na sala de aula. Os
resultados das avaliações dos professores também sugerem dificuldade para acompanhar problemas no
processo de ensino-aprendizagem. Em contraste com o baixo desempenho nos exames nacional e
estadual, na sala de aula a maioria dos estudantes conquistou boas notas. Em suma, a avaliação na sala
de aula não consegue diagnosticar o processo de aprendizagem.

A incapacidade de diagnosticar o processo de ensino e aprendizagem dos estudantes é fato preocupante


que pode ameaçar todo o processo de universalização do ensino médio. Afinal, como expõe Algebaile
(2009), a declarada crise da escola pública brasileira expressa a sua incapacidade na formação educativa,
na formação de capacidades e habilidades. Sem a preocupação com a incapacidade da formação
educativa, qual é o sentido no investimento da universalização do ensino, na inclusão escolar?

Esse pequeno estudo contribui para a compreensão de que nem sempre os dados revelam problemas
locais, às vezes os escondem, mas a intersecção de estudos nacionais, estaduais e locais podem desvendar
questões importantes para que a escola possa cumprir seu papel de formação educativa.

Bibliografia
Algebaile, Eveline (2009). Escola Pública e pobreza no Brasil: a ampliação para menos. Rio de Janeiro:
Lamparina: Faperj.
Hadji, Charles (1988). A avaliação desmistificada. Porto Alegre: Artmed Editora.
Krawczyk, Nora (2014). “Introdução – Conhecimento crítico e política educacional: um diálogo difícil,
mas necessário”. In: ___ (org) Sociologia do ensino médio: crítica ao economicismo na política
educacional. São Paulo: Cortez, pp. 13-32.
Luckesi, Cipriano (1988). A avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez.

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Maximo, Luís (2014). “Escola pública perde alunos com a alta da renda no país”. Valor. São Paulo, 23
de abril, Suplemento Especial, p. A14.
Perrenoud, Philippe (1999). Avaliação da excelência à regulação da aprendizagem: entre duas lógicas.
Porto Alegre: Artmed Editora.
Sposito, Marília & souza, Raquel (2014). “Desafios da reflexão sociológica para análise do ensino médio
no Brasil”. In: KRAWCZYK, N(org) Sociologia do ensino médio: crítica ao economicismo na
política educacional. São Paulo: Cortez, pp.33-62.
Todos Pela Educação. Anuário Brasil de Educação Básica 2014. Site Todos Pela Educação. Disponível
em
<<http://www.todospelaeducacao.org.br//arquivos/biblioteca/anuario_brasileiro_de_educacao_ba
sica_2014.pdf>> Acesso em 12 de junho de 2014.
___. De olho nas metas 2011: quarto relatório de monitoramento das cinco metas do todos pela educação.
Todos pela educação. Disponível em
<http://www.todospelaeducacao.org.br//arquivos/biblioteca/de_olho_nas_metas_2011_tpe.pdf>.
Acessado em 12 de junho de 2014.

Resenha biográfica
Professora Adjunta II da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Doutora (2004) e Mestre (1998)
em Sociologia pelo Departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo. Pós-doutora em Ciências
Sociais Aplicadas (2007), pelo CNP/Universidade Estadual de Campinas, Pós-Doutora (2005) em
Sociologia pela FAPESP/Centro de Estudos da Metrópole- CEBRAP. Autora do livro Violência na
solidariedade: um estudo sobre homicídios em bairros da periferia da capital paulista. Temas de interesse:
políticas públicas, juventude, emprego e educação. Email: mariainesferreira.sp@gmail.com.

Anexos

Tabela 1: População de 15 a 17 anos distribuição de matrículas no ensino médio regular, Brasil, anos
1991 a 2011
1991 2001 2011
População de 15 a 17 9.275.706 10.308.707 10.408.038
anos
Total de matrículas no 3.772.698 8.398.008 8.400.689
Ensino Médio
Matrícula de 1.625.570 3.817.382 5.451.377
estudantes com 15-17
anos
% de matrículas de 43.1 45.5 64.9
estudantes entre 15-17
anos
Matrícula de 2.017.289 4.515.144 2.857.675
estudantes acima de
17 anos
% de matrículas de 53.5 53.8 34.0
estudantes acima 17
anos
Fonte: PNAD/IBGE e Inep/MEC

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Tabela 2: Taxa de conclusão do ensino médio aos 19 anos de idade, Brasil e grandes regiões, 2011, em
porcentagem.
2001 2011
Brasil 32,0 51,1
Norte 16,9 35,1
Nordeste 17,0 41,4
Sudeste 43,9 59,1
Sul 38,8 55,8
Centro-Oeste 27,8 58,4
Fonte: PNAD/IBGE, Todos Pela Educação

Tabela 3: Taxa de conclusão do ensino médio aos 19 anos de idade, estados da região Nordeste, 2011,
em porcentagem.
2001 2011
Brasil 32,0 51,1
Nordeste 17,0 41,4
Maranhão 11,7 35,0
Piauí 17,6 35,8
Ceará 21,0 55,8
Rio Grande do Norte 15,7 57,6
Paraíba 16,4 36,8
Pernambuco 21,5 41,5
Alagoas 14,7 33,7
Sergipe 19,8 37,0
Bahia 15,2 36,4
Fonte: PNAD/IBGE, Todos Pela Educação

Tabela 4: Taxa atendimento escolar no ensino médio para estudantes de 15 a 17 anos, Brasil e grandes
regiões, 2001 e 2011, em porcentagem.
2001 2011
Brasil 78,4 83,3
Norte 77,7 81,3
Nordeste 77 82,8
Sudeste 80,9 85
Sul 75,2 81,3
Centro-Oeste 77,9 83,2
Fonte: PNAD/IBGE

Tabela 5: Taxa de atendimento escolar no ensino médio para estudantes de 15 a 17 anos, estados da
Região Nordeste, 2001 e 2011, em porcentagem.
2001 2011
Nordeste 77 82,8
Maranhão 75,9 83,1
Piauí 79,5 85,5
Ceará 78,5 81,5
Rio Grande do Norte 77,5 82,1
Paraíba 76 81,9
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Pernambuco 76,5 82
Alagoas 76,1 80,9
Sergipe 74,2 85,2
Bahia 80 83,3
Fonte: PNAD/IBGE, Todos Pela Educação

Tabela 6: Taxa de atendimento escolar no ensino médio para estudantes de 15 a 17 anos, Bahia e
município de São Félix, 2001 e 2011, em porcentagem.
2001 2011
Bahia 80 83,3
São Felix _ 87,7
Fonte: PNAD/IBGE

Tabela 7: Taxa distorção idade-série no ensino médio, Brasil e grandes regiões, 2002 e 2012, em
porcentagem.
2002 2012
Brasil 50,4 31,2
Norte 70,1 47
Nordeste 67,9 41,8
Sudeste 42 23
Sul 31,3 23,3
Centro-Oeste 49,8 30,5
Fonte: PNAD/IBGE

Tabela 8: Taxa distorção idade-série no ensino médio, estados da região Nordeste, 2002 e 2012, em
porcentagem.
2002 2012
Nordeste 67,9 41,8
Maranhão 78,1 42,8
Piauí 70,2 48,4
Ceará 56 31,1
Rio Grande do Norte 62 43,5
Paraíba 63,9 37,6
Pernambuco 63 39,9
Alagoas 69,1 45
Sergipe 45,8
Bahia 70,3 47,3
Fonte: PNAD/IBGE

Tabela 9: Taxa distorção idade-série no ensino médio, Bahia e município de São Félix, 2002 e 2012, em
porcentagem.
2002 2012
Bahia 70,3 47,3
São Felix 74,6 49
Fonte: PNAD/IBGE, Todos Pela Educação.

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Tabela 10: Taxa de abandono no ensino médio, Brasil e Regiões, 2002 e 2012, em porcentagem.
2002 2012
Brasil 10,8 9,1
Norte 14,4 13,8
Nordeste 9,6 12,5
Sudeste 10,9 6,2
Sul _ 7,8
Centro-Oeste 12,1 9,2
Fonte: PNAD/IBGE, Todos Pela Educação.

Tabela 11: Taxa de abandono no ensino médio, estados da Região Nordeste, 2002 e 2012, em
porcentagem.
2002 2012
Nordeste 9,6 12,5
Maranhão 6,6 12
Piauí 9,2 16,9
Ceará 9,5 9,7
Rio Grande do Norte 11,7 16,7
Paraíba 10 14,9
Pernambuco _ 7,4
Alagoas 11,4 18,2
Sergipe _ 13,7
Bahia 10,3 14,1
Fonte: PNAD/IBGE, Todos Pela Educação.

Tabela 12: Taxa de abandono no ensino médio, estado da Bahia e município de São Félix, 2002 e 2012,
em porcentagem.
2002 2012
Bahia 10,3 14,1
São Felix 36 10,6
Fonte: PNAD/IBGE, Todos Pela Educação.

Tabela 13: Taxa de aprovação no ensino médio, Brasil e grandes regiões, 2002 e 2012, em porcentagem.
2002 2012
Brasil 83,7 78,7
Norte 79,1 74,9
Nordeste 86 77,7
Sudeste 83,5 80,6
Sul _ 80,6
Centro-Oeste 81,7 76,2
Fonte: PNAD/IBGE, Todos Pela Educação

Tabela 14: Taxa de aprovação no ensino médio, Brasil e região Nordeste, 2002 e 2012, em porcentagem.
2002 2012
Nordeste 86 77,7
Maranhão 92 76,5
Piauí 86,3 74,8
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Ceará 85,2 75,2


Rio Grande do Norte 86,2 83,4
Paraíba 85,8 77,4
Pernambuco _ 83,1
Alagoas 82,6 72,7
Sergipe _ 75,5
Bahia 83,9 73,6
Fonte: PNAD/IBGE, Todos Pela Educação.

Tabela 15: Taxa de aprovação no ensino médio, Bahia e município de São Félix, 2002 e 2012, em
porcentagem.
2002 2012
Bahia 83,9 73,6
São Felix 49,2 83,7
Fonte: PNAD/IBGE, Todos Pela Educação.

Tabela 16: Taxa de reprovação no ensino médio, Brasil e grandes regiões, 2002 e 2012, em porcentagem.
2002 2012
Brasil 5,5 12,2
Norte 6,5 11,3
Nordeste 4,4 9,8
Sudeste 5,6 13,1
Sul _ 13,6
Centro-Oeste 6,2 14,6
Fonte: PNAD/IBGE, Todos Pela Educação.

Tabela 17: Taxa de reprovação no ensino médio, região Nordeste, 2002 e 2012, em porcentagem.
2002 2012
Nordeste 4,4 9,8
Maranhão 1,4 11,5
Piauí 4,5 8,3
Ceará 4,3 6,9
Rio Grande do Norte 3,1 8,1
Paraíba 4,2 7,7
Pernambuco _ 9,5
Alagoas _ 9,1
Sergipe _ 10,8
Bahia 5,8 12,3
Fonte: PNAD/IBGE

Tabela 18: Taxa de reprovação no ensino médio, estado da Bahia e município de São Félix, 2002 e 2012,
em porcentagem.
2002 2012
Bahia 5,8 12,3
São Felix 14,4 5,7
Fonte: PNAD/IBGE, Todos Pela Educação.

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Tabela 19: Distribuição da classificação de estudantes 1º ano do EM estado da Bahia, 2011


Muito crítico Crítico Básico Avançado
Biologia 54,5 35,4 8,6 1,5
Física 54,9 39,2 2,9 0,0
Química 54,7 34,6 6,7 1,0
Matemática 50,6 36,5 11,0 1,9
L. Portuguesa 30,4 44,2 21,8 3,6
Geografia 27,6 48,9 20,3 3,2
História 32,1 42,9 19,8 5,2
Fonte: Avalie, elaboração própria

Tabela 20: Distribuição da classificação de estudantes de 1º ano de escolas da DIREC 32, 2011
Muito crítico Crítico Básico Avançado
Biologia 57,9 33,5 7,6 1,0
Física 59,4 38,1 2,57 0,0
Química 56,8 36,6 5,9 0,7
Matemática 59,4 31,7 8,0 0,9
L. Portuguesa 40,8 41,3 15,8 2,2
Geografia 32,5 48,4 16,6 2,4
História 35,7 45,1 16,3 2,9
Fonte: Avalie, elaboração própria

Tabela 21: Distribuição da classificação de estudantes 1º ano da escola Rômulo Galvão, 2011
Muito crítico Crítico Básico Avançado
Biologia 59,8 34,6 4,7 0,9
Física 59,8 35,5 5,7 0,0
Química 61,8 35,5 1,77 0,93
Matemática 65,8 29,7 4,5 0,0
L. Portuguesa 31,8 59,8 7,5 0,9
Geografia 29,0 51,4 19,6 0,0
História 40,2 42,1 15,0 2,8
Fonte: Avalie, elaboração própria

Quadro 1: Resultados do ENEM dos estudantes do terceiro ano do EM, Escola Rômulo Galvão, 2011
Escola Rômulo Galvão
Estudantes matriculados que concluíram EM 224
Número de participantes no ENEM 2011 46
Taxa de participação no ENEM 20%
Linguagem e códigos SC*
Matemática SC
Ciências humanas SC
Ciências da natureza SC
Redação SC
*SC: escola não classificada no ranking, não alcançou conceito mínimo MEC

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Quadro 2: Total de faltas de estudantes do primeiro ano do Ensino Médio, período da manhã, por
disciplina, 2012
0a2 3a4 5a6 7a8 9 a 10 Mais de 10
Estudos NR NR NR NR NR NR
Sociais
Artes NR NR NR NR NR NR
Matemática 0 1 0 2 0 6
Química NR NR NR NR NR NR
Biologia 0 1 2 1 1 5
Sociologia NR NR NR NR NR NR
Português 7 4 1 0 0 1
Inglês 0 0 0 1 1 6
Física NR NR NR NR NR NR
Geografia NR NR NR NR NR NR

Quadro 3: Total de faltas de estudantes do primeiro ano do EM, período da tarde, por disciplina, 2012
0a2 3a5 6a9 Mais de 10
Biologia 7 5 9 3
Português 4 19 1 2
Física 19 2 3 3
Química 10 13 1 _
Sociologia 14 _ _ _
Geografia 19 _ 6 _
Inglês 2 _ _ 2

Quadro 4: Distribuição das notas dos estudantes do EM do primeiro ano, período da manhã, por
disciplina, 2012
0 a 2,9 3 a 4,9 5 a 6,9 7 a 8,9 9 a 10
Matemática 0 0 6 4 0
Química 0 0 5 3 0
Biologia 0 0 8 12 0
Sociologia 0 0 2 7 0
Português 6 1 3 12 1
Inglês 2 0 4 1 0
Filosofia 1 0 0 8 0
Geografia 0 1 1 6 0
Estudos 0 0 11 0 0
Sociais
Artes 4 0 3 0 7

Quadro 5 - Distribuição das notas dos estudantes do EM do primeiro ano, período da tarde, por disciplina,
2012
0 a 2,9 3 a 4,9 5 a 6,9 7 a 8,9 9 a 10
Biologia 0 7 7 7 3
Português 1 3 7 12 0
Física 1 0 6 10 9
Química 0 0 0 22 2
17
XIX Congreso Internacional del CLAD sobre la Reforma del Estado y de la Administración Pública, Quito, Ecuador, 11 – 14 nov. 2014

Sociologia 5 0 1 17 1
Geografia 0 0 2 20 2
Inglês 0 0 12 9 3

18

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