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NOVA FACULDADE

APARECIDA PAULINA DAS CHAGAS

EUTANÁSIA SOCIAL E OS DIREITOS DA PERSONALIDADE:


UMA LEITURA CONSTITUCIONAL CRÍTICA

Contagem
2018
Eutanásia social e os direitos da personalidade: uma leitura
constitucional crítica

O presente resumo tem por sua finalidade a análise do texto “Eutanásia social
e os direitos da personalidade: uma leitura constitucional crítica”, de autoria de
Dirceu Pereira Siqueira e Bruna Furini Lazaretti.
O respectivo artigo trata sobre os aspectos e questões sobre a eutanásia
social e os princípios constitucionais que entornam tal instituto. Inicialmente temos o
conceito sobre a eutanásia social, que também pode ser denominada de
“mistanasia”, pode ser conceituada como a eutanásia em que os meios e as
questões sociais impossibilitaram mantimento da vida do individuo. Temos, portanto,
com esta espécie de eutanásia se vincula com maior enfoque as criticas social,
como um viés de enxergar as exclusões sociais como uma hipótese de morte.
Temos que a discussão do texto traz a eutanásia em detrimento da situação
econômico-social, que gera a exclusão de determinados indivíduos, distanciando as
pessoas do direito ao acesso à saúde digna, isto está diretamente interligado à “falta
de médicos e de infra-estrutura, a demora no atendimento nas unidades de saúde, o
longo tempo de espera para obter acesso a consultas, a baixa qualidade dos
serviços prestados, a falta de medicamentos à população, entre outros”.
A partir deste aparato geral sobre a mistanásia, são trazidos preceitos
constitucionais que se interligam com a problemática. No que tange ao direito à vida,
este que primariamente se constituiu pelo sentido biológico, estar vivo, sem que, no
entanto tal instituto fosse incorporado como um direito legislado, tal ato que somente
se consolidou após a Segunda Guerra Mundial, que se firmou com a análise de que
estaria vinculado diretamente como um pré-requisito para o exercício dos demais
direitos.
Em continuação de caráter introdutória os autores elucidam o direito à vida e
a dignidade da pessoa humana em conjunto, que institui o direito à vida digna.
Nesse sentido, temos que enquanto o direito à vida é um pré-requisito para o
exercício dos demais direitos, a dignidade da pessoa humana é o guia para a
atividade destes direitos, “servindo-lhes de alicerce e complementando seu
conteúdo”. Nesse sentido, o direito à vida, se interpretado restritivamente à
dignidade física, não possibilita a interpretação temática da Constituição Federal.
Assim sendo, para um direito à vida plena, tem que ser analisado tanto o aspecto da
vida biológica, quanto às questões relativas ao mantimento de uma vida digna, digo,
com o mínimo existencial para a sua plenitude.
A partir de tais preceitos os autores trazem a temática o direito à saúde, este
que, junto ao direito à vida e a dignidade da pessoa humana acabam por introduzir a
idéia central sobre a eutanásia social. Assim como os direitos já citados, a saúde
também é reconhecida como um direito fundamental, trazendo como conteúdo
normativo embasado o texto do artigo 200 da Carta Magna.
Muito embora o direito à saúde se porte como um direito fundamental, assim
como o direito à vida, deve ser interpretado de forma sistemática com a dignidade da
pessoa humana. Ocorre que, dado o Sistema Único de Saúde e a realidade social
brasileira, existe seletividade nos cuidados, isto porque a demanda é maior que a
capacidade suportada por este sistema. Conforme exposto pelos autores “sistema
público de saúde tem se mostrado seletivo em face da carência de infra-estrutura,
que é precária, e de recursos à saúde, que são escassos, como a experiência
contemporânea tem evidenciado”.
Conforme demonstrado, há a instituição da defesa à eutanásia social que se
volta às demasias e exclusões sociais associadas diretamente com o direito à
dignidade da pessoa humana em foco.
Ultrapassadas as questões principio lógicas estabelecidas na constituição,
entra-se na esfera da eutanásia propriamente dita, onde encontramos o conceito de
eutanásia, que se entende por uma “boa morte”. A partir disto, especificam se como
requisitos para a realização da eutanásia a situação de enfermidade terminal
incurável ou de invalidez irreversível; motivo humanitário e piedoso do agente; e o
consentimento validamente prestado pelo paciente.
Após a explanação sobre os princípios, a eutanásia e suas disposições mais
relevantes, os autores elucidam disposições intrínsecas objetivamente à eutanásia
social e as críticas que é alvo.
Inicialmente, insta salientar que os requisitos da eutanásia estão vinculados à
eutanásia propriamente dita, enquanto para a eutanásia social inexiste a aplicação
de tais requisitos, tendo em vista que está vinculado à inexistência capacidade para
realizar os cuidados de saúde, ou seja, à precariedade da disposição de saúde.
Notamos, portanto, que esta espécie de eutanásia não está embasada numa boa
morte ao doente terminal.
Extrai-se do texto que a mistanásia ocorre principalmente de três formas, que
são: quando as pessoas não conseguem ingressar no sistema de saúde, ou seja,
“não conseguem uma vaga” para obter assistência médica; quando os pacientes
acabam sendo “selecionados” por falta de estrutura dos hospitais ou quando o
indivíduo, mesmo tendo conseguido atendimento, faleceu em decorrência de erro
médico.
Em suma, a mistanásia é um problema social e está atrelada à morte pela
insuficiência do sistema de saúde disponibilizado. Tal fato está diretamente
interligado diretamente à responsabilidade do estado em programar políticas de
saúde pública, bem como, à ausência ou insuficiência de recursos vinculados a tal
instituto.
Antes exposto, resta demonstrado que o texto traz a eutanásia social como
uma questão que envolve as discrepâncias ocorridas no âmbito social, vinculado
principalmente às mazelas econômicas. Nesse sentido, temos para o embasamento
de tal instituto o direito à vida, o direito à saúde e a dignidade da pessoa humana,
todos elencados pela Constituição Federal e que devem ser interpretados
sistematicamente.
Com os preceitos elencados, inexistindo a saúde digna tem-se, portanto, a
ocorrência da mistanásia, esta que expõe os problemas sociais e implica a sua
ocorrência em três hipóteses: não ingresso no sistema de saúde; “selecionamento”
daqueles que serão atendidos por falta de estrutura dos hospitais; ou quando há o
falecimento por erro médico.

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