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DE VIZINHANÇA - EIV
ARAUSHOPPING
Março 2014
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
Shopping Center – Araucária - PR
C
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NTTR
RAATTA
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E
CNPJ: 08.455.039/0001-05
Relatório Final
i
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
Shopping Center – Araucária - PR
E
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CNPJ: 02.610.553/0001-91
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CAA
Coordenação
Coordenação Geral Arquiteta e Urbanista Esp. Sandra Mayumi Nakamura CAU-PR A28547-1
Coordenação Adjunta Arquiteta e Urbanista Esp. Vanessa Boscaro Fernandes CAU- PR A37721-0
Coordenação Técnica Arquiteta e Urbanista Letícia Schmitt Cardon de Oliveira CAU-PR A46913-0
Equipe complementar
Arquiteta e Urbanista Taís Silva Rocha D'Angelis CAU-PR A87760-3
Biólogo Esp. Luiz Gustavo Andreguetto CRBio-PR 50.593/07D
Engenheiro Civil/Sanitarista Esp. Nilo Aihara CREA-PR 8.040/D
Turismólogo Felipe Martins
Equipe de Apoio
Acadêmico em Arquitetura e Urbanismo Gustavo Domingues Gaspari
Acadêmico em Arquitetura e Urbanismo Maycon Nogueira Tavares
Cartógrafa Carolina Mesquita CREA-PR-123749/D
Relatório Final
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Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
Shopping Center – Araucária - PR
A
APPRREESSEENNTTAAÇÇÃÃOO
Este documento configura-se no Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), o qual tem por finalidade subsidiar os
órgãos competentes na análise e emissão das Licenças Ambientais e Urbanísticas cabíveis referentes à
implantação de empreendimento comercial (Shopping Center) no município de Araucária, decorrente da
Proposta da ECOTÉCNICA Tecnologia e Consultoria Ltda. aprovada pelo empreendedor AMF Urbanismo Ltda.
em novembro de 2012.
O empreendimento em questão enquadra-se na resolução municipal nº 003/2011 (ARAUCÁRIA, 2011) que
determina a obrigatoriedade de apresentação deste EIV, por parte do empreendedor à administração municipal
de Araucária para a instalação do mesmo, cujo conteúdo envolve os seguintes assuntos:
Capítulo 1 – Introdução: discorre sobre os aspectos gerais e pertinentes ao EIV;
Capítulo 2 – Informações Gerais: identifica o empreendedor e a empresa responsável pelo EIV;
Capítulo 3 – Caracterização do Empreendimento: descrevem as características do empreendimento, com
a sua localização, acessos, dominialidade, bem como as suas informações técnicas;
Capítulo 4 – Enquadramento Legal: discorre sobre a legislação ambiental e urbanística pertinente à
aprovação e instalação do empreendimento;
Capítulo 5 – Condicionantes Ambientais: apresentam fatores ambientais relevantes no município que
interferem na ocupação territorial do município;
Capítulo 6 – Determinação das Áreas de Influência: delimitam-se as áreas de influência da área de
estudo, que possam sofrer possíveis alterações em decorrência de sua implantação e operação;
Capítulo 7 – Diagnóstico Socioambiental das áreas de influência: envolve descrição completa dos
elementos físicos, bióticos e antrópicos;
Capítulo 8 – Identificação e Avaliação dos Impactos Ambientais: apresenta os impactos positivos e
negativos decorrentes da implantação e operação do empreendimento;
Capítulo 9 – Proposta de Intervenções: visam mitigar, potencializar ou ainda tornar nulo os impactos
verificados;
Capítulo 10 – Proposição de Programas que visam acompanhar os impactos identificados e ampliar os
resultados das medidas levantadas; e
Capítulo 11 – Considerações Finais.
Relatório Final
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Relatório Final
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Relatório Final
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Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
Shopping Center – Araucária - PR
Figura 70: Simulação de inserção do empreendimento. Vista a partir da Av. Manoel Ribas. ............................. 135
Figura 71: Simulação de inserção do empreendimento. Vista a partir da Av. Manoel Ribas. ............................. 136
Figura 72: Simulação de inserção do empreendimento. Vista a partir da Av. Manoel Ribas. ............................. 136
Figura 73: Simulação de inserção do empreendimento e do sombreamento gerado no dia 21/06. Vista aérea . 140
Figura 74: Simulação de inserção do empreendimento e do sombreamento gerado no dia 21/12. Vista aérea . 141
Figura 75: Ventos dominantes e ocorrência do efeito de barreira ....................................................................... 142
Figura 76: Diagrama de viagens geradas pelo shopping..................................................................................... 145
Figura 77: Distribuição das viagens geradas por Setor Censitário: ..................................................................... 149
Figura 78: Distribuição e Alocação de viagens geradas por rota ......................................................................... 150
Figura 79: Rede de simulação e pontos de interseção ........................................................................................ 157
Figura 80: Movimentos do ponto de pesquisa P01 .............................................................................................. 160
Figura 81: Movimentos do ponto de pesquisa P02 .............................................................................................. 161
Figura 82: Movimentos do ponto de pesquisa P03 .............................................................................................. 162
Figura 83: Representação da Escala Ringelman e utilização da mesma in loco................................................. 170
Figura 84: Exemplos de EPI ................................................................................................................................ 173
Figura 85: Descarga inteligente, arejador e torneira temporizada ....................................................................... 177
Figura 86: Proposição de medidas mitigadoras – orientação de tráfego ............................................................. 183
Figura 87: Acessos ao empreendimento ............................................................................................................. 186
Figura 88: Localização dos pontos de parada sugeridos. .................................................................................... 189
Figura 89: Sugestão de alteração de itinerário da linha Circular Centro.............................................................. 190
Figura 90: Oferta de Lugares sugeridos na Linha Circular Centro: ..................................................................... 191
Figura 91: Localização dos pontos de táxi sugeridos .......................................................................................... 192
Figura 92: Localização dos pontos da pesquisa de contagem de tráfego classificatório ..................................... 209
Figura 93: Movimentos do ponto de pesquisa001 ............................................................................................... 210
Figura 94: Movimentos do ponto de pesquisa 002 .............................................................................................. 218
Figura 95: Movimentos do ponto de pesquisa003 ............................................................................................... 228
Quadro 9: Resultado da AIQA – subsistema 5 - rios formadores das sub-bacias dos rios Verde e Passaúna .... 57
Quadro 10: Legenda dos quadros dos resultados da AIQA .................................................................................. 57
Quadro 11: Principais pólos comerciais na AID. .................................................................................................... 88
Quadro 12: Principais pólos comerciais na AID. .................................................................................................... 88
Quadro 13: Principais pólos comerciais na AID. .................................................................................................... 88
Quadro 14: Forma de descrição dos impactos ambientais .................................................................................. 115
Quadro 15: Descrição do impacto - Emissão de partículas em suspensão e gases de combustão para a
atmosfera .................................................................................................................................................... 116
Quadro 16: Descrição do impacto - Elevação da pressão sonora na área da obra............................................. 117
Quadro 17: Descrição do impacto – Possibilidade de interferência na qualidade dos recursos hídricos ............ 118
Quadro 18: Descrição do impacto - Início e/ou aceleração de processos erosivos ............................................. 119
Quadro 19: Descrição do impacto – Interferência antrópica na APP presente na AID ........................................ 120
Quadro 20: Descrição do impacto – Possibilidade de interferência na fauna local ............................................. 120
Quadro 21: Descrição do impacto – Risco de acidentes com animais peçonhentos ........................................... 121
Quadro 22: Descrição do impacto - Geração de resíduos da Construção Civil ................................................... 122
Quadro 23: Descrição do impacto - Geração de efluentes no canteiro de obras ................................................ 123
Quadro 24: Descrição do impacto - Interferência nas condições de tráfego ....................................................... 124
Quadro 25: Descrição do impacto - Acréscimo na demanda por equipamentos de saúde ................................. 124
Quadro 26: Descrição do impacto – Aumento na demanda por materiais de construção civil ............................ 125
Quadro 27: Descrição do impacto - Geração de empregos diretos e indiretos ................................................... 125
Quadro 28: Descrição do impacto – Interferência na qualidade da paisagem local ............................................ 126
Quadro 29: Descrição do impacto – Aumento na emissão de gases combustíveis ............................................ 127
Quadro 30: Descrição do impacto – Elevação da pressão sonora na Área Diretamente Afetada (ada) ............. 128
Quadro 31: Descrição do impacto – Interferência na qualidade de recursos hídricos ......................................... 128
Quadro 32: Descrição do impacto – Acréscimo no consumo de água ................................................................ 129
Quadro 33: Descrição do impacto – Acréscimo na geração de resíduos sólidos ................................................ 130
Quadro 34: Descrição do impacto – Acréscimo na geração de efluentes ........................................................... 131
Quadro 35: Descrição do impacto – Interferência nas relações florísticas e faunísticas locais ........................... 132
Quadro 36: Descrição do impacto – Interferência na qualidade da paisagem urbana. ....................................... 137
Quadro 37: Descrição do impacto – Impermeabilização do solo ......................................................................... 138
Quadro 38: Descrição do impacto – Cumprimento da função social da propriedade .......................................... 139
Quadro 39: Descrição do impacto – Interferência na qualidade ambiental urbana ............................................. 143
Quadro 40: Etapas para o estudo do impacto de tráfego. ................................................................................... 144
Quadro 41: Descrição do impacto - Acréscimo no volume de tráfego ................................................................. 154
Quadro 42: Descrição do impacto - Acréscimo na demanda por meios de transporte ........................................ 163
Quadro 43: Descrição do impacto - Acréscimo na demanda por equipamentos e cursos na área de educação 163
Quadro 44: Descrição do impacto - Acréscimo na demanda por equipamentos de saúde ................................. 164
Relatório Final
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Relatório Final
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Tabela 44: Dados pesquisa por movimento a cada 15 minutos sábado, ponto 002 ............................................ 226
Tabela 45: Continuação tabela 18 ....................................................................................................................... 227
Tabela 46: Continuação tabela 19 ....................................................................................................................... 227
Tabela 47: Continuação tabela 20 ....................................................................................................................... 228
Tabela 48: Fluxo total por 15 minutos dias úteis, ponto 003................................................................................ 229
Tabela 49: Fluxo total acumulado por hora dias úteis, ponto 003 ....................................................................... 230
Tabela 50: Dados pesquisa por movimento a cada 15 minutos dias úteis, ponto 003 ........................................ 231
Tabela 51: Continuação tabela 24 ....................................................................................................................... 232
Tabela 52: Continuação tabela 25 ....................................................................................................................... 233
Tabela 53: Continuação tabela 26 ....................................................................................................................... 234
Tabela 54: Fluxo total por 15 minutos sábados, ponto 003 ................................................................................. 235
Tabela 55: Fluxo total acumulado por hora sábados, ponto 003 ......................................................................... 235
Tabela 56: Dados pesquisa por movimento a cada 15 minutos sábado, ponto 003 ............................................ 236
Tabela 57: Continuação tabela 30 ....................................................................................................................... 237
Tabela 58: Continuação tabela 31 ....................................................................................................................... 237
Tabela 59: Continuação tabela 31 ....................................................................................................................... 238
Relatório Final
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SSUUMMÁÁRRIIOO
CONTRATANTE........................................................................................................................................I
EXECUÇÃO .............................................................................................................................................II
EQUIPE TÉCNICA ...................................................................................................................................II
APRESENTAÇÃO ...................................................................................................................................III
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS................................................................................................. IV
LISTA DE FIGURAS .............................................................................................................................. VI
LISTA DE QUADROS .......................................................................................................................... VIII
LISTA DE TABELAS............................................................................................................................... X
LISTA DE ANEXOS .............................................................................................................................. XII
SUMÁRIO ............................................................................................................................................. XIII
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................................1
2 INFORMAÇÕES GERAIS ................................................................................................................2
2.1 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR ......................................................................................................... 2
2.2 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA RESPONSÁVEL PELO EIV .............................................................................. 2
3 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ...............................................................................3
3.1 LOCALIZAÇÃO E ACESSO .......................................................................................................................... 3
3.2 JUSTIFICATIVA LOCACIONAL...................................................................................................................... 5
3.3 DOMINIALIDADE ........................................................................................................................................ 5
3.4 DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO ........................................................................................................... 6
3.4.1 Atividade Prevista .............................................................................................................................. 6
3.4.2 Restrições Ambientais ....................................................................................................................... 7
3.4.3 Dimensão do Empreendimento.......................................................................................................... 7
3.4.4 Partido Arquitetônico Geral ................................................................................................................ 9
3.4.5 Aspectos Construtivos ..................................................................................................................... 15
3.4.6 Descrição de Projetos e de Obras ................................................................................................... 16
3.5 FUNCIONAMENTO E USUÁRIOS ................................................................................................................ 27
4 ENQUADRAMENTO LEGAL .........................................................................................................28
5 CONDICIONANTES AMBIENTAIS ................................................................................................35
5.1 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO ................................................................................................................. 35
5.2 MANANCIAIS DE ABASTECIMENTO PÚBLICO ............................................................................................. 36
6 DETERMINAÇÃO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA .............................................................................37
6.1 ÁREA DE INFLUÊNCIA DO MEIO FÍSICO..................................................................................................... 37
6.2 ÁREA DE INFLUÊNCIA DO MEIO BIOLÓGICO .............................................................................................. 39
6.3 ÁREA DE INFLUÊNCIA DO MEIO ANTRÓPICO ............................................................................................. 41
Relatório Final
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Relatório Final
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Shopping Center – Araucária - PR
11 IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO
A expansão acelerada e nem sempre ordenada do meio urbano e conseqüentemente das funções a ele
relacionadas, é certamente uma das causas de maior desequilíbrio entre os habitantes das cidades e o meio em
que vivem. A importância da sustentabilidade do meio ambiente urbano avulta-se a cada dia, na medida em que
se torna clara a relação e dependência do meio ambiente e o ser humano.
Atualmente, mais de 80% da população brasileira reside em cidades, sendo, portanto, imperativo enfatizar as
questões referentes à política urbana e legislações pertinentes, que devem ser vistas e construídas como
soluções negociadas e pactuadas pela sociedade local e seus diversos segmentos. Uma vez que é clara a
leitura de que o meio ambiente urbano agrega três meios conjuntamente: meio físico, biótico e socioeconômico,
tendo como principal elemento modificador o próprio ser humano (SAMPAIO, 2005).
Com a criação de importante instrumento que regulamenta o capítulo da política urbana presente na
Constituição Federal de 1988, o Estatuto da Cidade - Lei Federal nº. 10.257 de 10 de julho de 2001 – (BRASIL,
2001), ocorreram inovações para normatizar e induzir as formas de ocupação do solo e maior participação da
população em todo o processo. Neste sentido, o Estatuto da Cidade regulamentou importante instrumento
urbanístico, o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), objeto deste trabalho.
De maneira geral, o EIV consiste em uma análise de como serão conformados os imóveis urbanos e os impactos
produzidos sobre a vizinhança, desvinculando a relação restrita entre o proprietário e o poder público. Trata-se
de uma especificação da função do Zoneamento, que muitas vezes não é capaz de amenizar todos os conflitos
de vizinhança, por exemplo, grandes empreendimentos em proximidade com regiões residenciais. Em alguns
casos, o entorno sofre consideráveis impactos, podendo trazer conseqüências benéficas ou contrárias à uma
região em relação a infraestrutura, meio ambiente, conforto acústico, questões socioeconômicas, adensamento
populacional, valorização imobiliária, entre outros.
O presente Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) irá diagnosticar os possíveis impactos positivos e negativos a
serem gerados com a implantação e operação do Shopping Center no município de Araucária.
Relatório Final
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22 IINNFFOORRMMAAÇÇÕÕEESS GGEERRAAIISS
Relatório Final
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Este capítulo demonstra a localização, limites e acessos ao empreendimento, bem como explicita a justificativa
do empreendimento, dominalidade e demais detalhes construtivos do mesmo.
Relatório Final
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3.3 Dominialidade
O lote do terreno a ser implantado o empreendimento é originário do desmembramento do terreno denominado
E1 conforme apresenta a Tabela 1 e Figura 2 a seguir, tendo a área denominada E1-A destinada ao
empreendimento, de propriedade da AMF Urbanismo Ltda.. Esta corresponde à matrícula nº 40.426 conforme
registrado no Livro nº 2 do Registro Geral do município de Araucária.
Possui área total de 55.262,61 m², sendo 18.205,79m² de área de preservação de fundo de vale, distando
378,39 metros da rua São Vicente de Paulo, sem benfeitorias.
TABELA 1: ESTATÍSTICA DE ÁREAS DO TERRENO E1
Área Situação Atual (m²) Área Situação Subdivida (m²)
E1 55.262,61 APFV TOTAL
APFV - 22.815,64 E1-A 18.205,79 44.841,32
E1-B 1.357,38 3.931,93
E1-C 3.252,47 3.252,47
E1-D Via Lourenço Jasiocha 2.837,79
E1-E Via Lourenço Jasiocha 399,10
TOTAL 55.262,61 TOTAL 22.815,64 55.262,61
Fonte: AMF Urbanismo Ltda, 2013
Relatório Final
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O presente empreendimento, objeto deste Estudo de Impacto de Vizinhança, trata-se de um Shopping Center,
ou seja, uma estrutura com estabelecimentos comerciais (âncoras, lojas, restaurantes, quiosques, serviços,
lazer, cultura, estacionamento, entre outros) e corporativos (salas comerciais e administrativas), contando ainda
com área remanescente que futuramente poderá ser ocupada por área de expansão do shopping ou demais
estabelecimentos de comércio e/ou serviços. A atividade execida no empreendimento se enquadra como
Administração de Shopping Centers, conforme o item nº 6822/00 da Classificação Nacional de Atividades
Econômicas (CNAE) divulgada pela Comissão Federal de Classificação (CONCLA), ligada à Receita Federal.
Contempla um espaço planejado sob uma administração privada, composto de estabelecimentos destinados à
exploração comercial e à prestação de serviços, sujeitas às normas contratuais com a finalidade de manter um
equilíbrio da oferta de serviços, comércios, lazer e funcionalidade. O valor total do empreendimento está
estimado em 50 milhões de reais.
Relatório Final
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Para o início dos estudos projetuais foram levantados os aspectos ambientais e urbanísticos que viriam a
restringir e condicionar a implantação do empreendimento. Neste sentido, pode-se dizer que a gleba foi
setorizada em duas porções, sendo a primeira referente à área de fundo de vale existente, concentrando o
trecho de um córrego, a nascente do mesmo, além de remanescente de vegetação significativa. Desta forma, o
projeto de implantação do empreendimento se dará na porção restante, correspondente a uma área de
28.345,40 m². Ressalta-se que por meio de consulta prévia, o empreendimento obteve uma aprovação preliminar
da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
O empreendimento será implantado em uma área de, aproximadamente, 45 mil metros quadrados. Serão ao
todo 55.446,30 m² de área construída, que contará com 8 lojas âncora, 18 megalojas, 150 lojas satélite, 21
quiosques, além de 4 salas de cinema e salas corporativas. Como apoio, o empreendimento contará com
estacionamento coberto exclusivo ao shopping com 608 vagas e ainda dois estacionamentos externos que
somam 137 vagas.
O quadro de áreas a seguir (Tabela 2) apresenta as áreas construídas e computáveis do empreendimento e as
respectivas áreas brutas líquidas, que servem de parâmetro para a definição de características como a
quantidade de vagas necessária.
TABELA 2: QUADRO DE ÁREAS
Piso Área Total Área Não- Área Tipos de Quantidade Área Bruta
Construída (m²) Computável (m²) Computável lojas Líquida – ABL
(m²) (m²)
G2 11.093,06 11.093,06 0,00 - - -
G1 11.112,56 9.633,52 1.479,04 Serviços 03 1.479,04
Satélites 08
L1 11.251,85 203,67 11.048,18 Satélites 56 7.786,32
Megalojas 04
Âncoras 04
Quiosques 09
L2 10.895,88 218,08 10.677,80 Satélites 46 7.531,58
Megalojas 07
Âncoras 03
Quiosques 09
L3 10.364,58 162,92 10.201,66 Satélites 40 5.093,88
Megalojas 07
Âncoras 01
Quiosques 03
L4 728,37 728,37 0,00 - - -
TOTAL 55.446,30 22.039,62 33.406,68 200 21.890,82
Fonte: PROA, 2013. Adaptado por ECOTÉCNICA, 2013
Relatório Final
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Relatório Final
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Relatório Final
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Shopping Center – Araucária - PR
O pavimento subsolo G1 do shopping (Figura 5) possuirá um total de 263 vagas de estacionamento, dentre as
quais, estão destinadas as vagas exclusivas para Portadores de Necessidades Especiais (PNE), idosos e
motocicletas. Além das vagas mencionadas, o pavimento abrigará bicicletário, circulação vertical e horizontal,
área de apoio, 03 lojas de serviços, além de 08 satélites. A área comercial encontrada neste pavimento está
relacionada à porção da edificação voltada para a via Lourenço Jasiocha, que atende ao acesso de pedestres.
Relatório Final
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O pavimento térreo L1 (Figura 6) do shopping center estará estruturado em 11.251,82 m² e contará com um total
de 73 lojas, das quais quatro são lojas âncora, quatro são megalojas e 56 são lojas satélite. Estes pontos
comerciais estarão dispostos ao redor da circulação horizontal, que abriga ainda nove quiosques e circunda um
núcleo central. Este núcleo, repetido nos andares superiores, concentrará os sanitários feminino, masculino e
PNE, além da circulação vertical. Para dar suporte às atividades previstas, o pavimento contemplará ainda áreas
de apoio e a doca 02.
Relatório Final
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Shopping Center – Araucária - PR
O pavimento L2 (Figura 7) do shopping center possuirá 10.895,88 m² e estará estruturado da mesma forma que
o pavimento L1. Assim, contará com um total de 65 lojas, das quais três são lojas âncora, sete são megalojas,
46 são lojas satélite, além de nove quiosques. Abrigará, como no pavimento L1, o núcleo central que contempla
a circulação vertical, os sanitários masculino, feminino e PNE.
Relatório Final
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Shopping Center – Araucária - PR
O pavimento L3 do shopping center (Figura 8) contará com um total de 51 lojas, das quais uma é âncora, sete
são megalojas e 40 são lojas satélite, além de três quiosques. O pavimento L3 abrigará o espaço das 4 salas de
cinema, cujo acesso se dará pelo mesmo nível, e uma Praça de Alimentação com 1.339,37 m² que dispõe de
838 lugares. Além disso, também possuirá circulação vertical e horizontal, sanitários masculino, feminino e para
pessoas Portadoras de Necessidades Especiais (PNE), e área de apoio.
Relatório Final
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Shopping Center – Araucária - PR
O pavimento L4 do shopping (Figura 9) abrigará apenas funções técnicas, contando com três áreas que somam
2.869,42 m², sendo 442,63 m² cobertos. Além de dispor de caixa d’água abastecida pelo serviço da SANEPAR
e caixa coletora de água pluvial para reaproveitamento, contará ainda com circulação vertical e horizontal.
Relatório Final
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Tendo em vista a economia e a facilidade de mão-de-obra, a edificação teve suas estruturas projetadas em
concreto industrializado pré-moldado, que proporciona grandes vãos, rapidez construtiva e baixa geração de
resíduos no canteiro de obra, seguindo uma modulação básica variável que pode ser de 8,00m x 8,00m; 8,00m x
10,00m; 8,00m x 16,00m; ou ainda 10,00m x 16,00m. Sua fundação será do tipo hélice contínua (provavelmente)
ou escavada. A cobertura será constituída por telhas com isolamento térmico, no sistema “sanduíche” (telha +
isolante + telha), e estrutura metálicas, eliminando, assim como a estrutura pré-moldada de concreto, o uso de
formas e peças de madeira. Os materiais previstos para o fechamento das mesmas, como os painéis alveolares
de concreto e o uso de janelas zenitais, garantem o conforto térmico e acústico, minimizando a utilização de
Relatório Final
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equipamentos auxiliares para o controle da temperatura. As fachadas, por sua vez, apresentarão uma
composição entre blocos de concreto, painéis alveolares de concreto e vidros estruturados em aço.
Relatório Final
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Relatório Final
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Durante a etapa de implantação do empreendimento, grande parte da água utilizada será proveniente do reuso
de águas pluviais. De acordo com o empreendedor, a montagem da estrutura e cobertura da edificação, por
serem pré-moldadas, se darão de forma rápida e limpa, permitindo o processo de coleta de água das chuvas
para a sequência das atividades no canteiro de obras, até a construção das lojas.
Durante a operação, o abastecimento principal de água potável e a coleta de esgoto são de responsabilidade da
concessionária SANEPAR, assim devem ser consultadas as redes públicas de cada um dos serviços para
verificação da necessidade ou não de extensão das mesmas. No caso do Araushopping, verificou-se a
existência das duas redes passando em frente ao empreendimento através da Av. Manoel Ribas e de outro
ramal na esquina entre as ruas Lourenço Jasiocha e Suzana Suckow. Reforçando a afirmativa do atendimento
deste serviço pela rede pública, tem-se a resposta favorável da SANEPAR à Carta de Consulta Prévia,
apresentada como Anexo 1, em que a demanda estimada de consumo de água foi de 6.238,22 m³/mês e a
geração de esgoto estimada em 4.990,58 m³ /mês 2. Ressalta-se que durante o funcionamento do
empreendimento será mantido o sistema de coleta de água pluvial para a utilização em tanques de limpeza, nas
docas, estacionamentos e para a jardinagem, reduzindo a carga sobre a rede pública.
Para a operação do Araushopping, é prevista a destinação de estruturas específicas e adequadas, onde possa
ser realizada uma seleção prévia dos materiais recicláveis e uma compactação dos resíduos orgânicos. Este
procedimento envolverá todas as lojas do estabelecimento, as quais deverão destinar corretamente seus
resíduos para pontos de armazenamento temporário localizados em todos os pavimentos, e posteriormente
serão destinados para um depósito geral no subsolo onde será feita a separação dos resíduos, conforme
ilustram as figuras a seguir. Essas atividades serão realizadas por empresa terceirizada, ou por funcionários
especificamente contratados para desempenhar estas funções.
A coleta de resíduos da praça de alimentação será feita por funcionários especialmente contratados para tal
finalidade, uma vez que no local será feita a separação dos resíduos, permanecendo este na área de
armazenamento temporário determinada para o pavimento, e posteriormente será encaminhado para a área de
armazenamento geral localizada no subsolo, e a partir deste para o ponto de coleta.
Para a coleta de resíduos de outras unidades comerciais, que não produzem resíduo orgânico, será feita
diariamente, encaminhadas para o armazenamento temporário de cada pavimento, e posteriormente destinados
à área de armazenamento geral no subsolo, onde será feita a separação do resíduo para posteriormente ser
coletado.
2 Estes valores foram atualizados com a alteração do projeto arquitetônico. Desta forma, o consumo de água estimado será
de 7.147,02 m³/mês e a geração de efluentes estimada de 5.717,62 m³/mês. A consulta junto a SANEPAR será, da mesma
forma, atualizada quando da finalização do projeto arquitetônico.
Relatório Final
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Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
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No pavimento do susbsolo, onde será instalado o armazenamento geral, também será feita a separação dos
resíduos orgânicos, recicláveis e não recicláveis. Deste ponto, a empresa contratada destinará os resíduos até o
ponto de coleta, onde terá seu destino final.
Maiores detalhes e estudos específicos serão tratados e apresentados na elaboração do PGIRS e PGRCC do
empreendimento.
A coleta possivelmente será feita por diferentes empresas do ramo, conforme o tipo do resíduo, sendo os
materiais sólidos orgânicos coletados pela empresa Transresíduos, os sólidos recicláveis pela empresa Lógica
Reciclável e os materiais sólidos não recicláveis pela empresa Mega Reciclável, destinando o volume obtido ao
Centro de Gerenciamento de Resíduos, no município integrante da Região Metropolitana de Curitiba - Fazenda
Rio Grande.
Relatório Final
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Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
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Relatório Final
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A geração de resíduos sólidos estimada para o empreendimento foi calculada com base em estabelecimentos de
porte similar, como área construída e número de lojas. Os dados obtidos foram relacionados com o número de
visitantes previstos. Desta forma, prevê-se a geração de 26,5 t/mês para um público visitante mensal de
200.000.
Quanto aos resíduos da construção civil, é importante ressaltar que a utilização da estrutura industrializada
reduz significativamente a quantidade de resíduos da construção civil gerados. O empreendedor ainda pretende
reaproveitar a caliça gerada para a sub-base dos estacionamentos e via interna. Os materiais restantes terão o
encaminhamento e a destinação corretos, através das possíveis empresas Lógica Reciclável, para os materiais
recicláveis e Mega Reciclável para os resíduos não recicláveis.. Para estimar a geração destes resíduos utilizou-
se a metodologia desenvolvida no Projeto Wambuco 2002 (SANTOS, 2005) que apresenta índices de resíduos
por tipo de construção. Assim, o estudo considera a geração de 30Kg de entulho por m² de construção civil para
estabelecimentos comerciais e 40Kg/m² para estabelecimentos de serviço. Deste modo, devido a existência das
duas atividades no mesmo espaço, tomou-se como base o índice de 40Kg/m², assim, serão geradas pelo
empreendimento 2.217,8 toneladas de resíduos de construção civil, considerando as áreas construídas do
shopping que resultam em 55.446,30 m². Segundo estudos (SILVA, 2011), considera-se que a utilização de
materiais industrializados/pré-moldados reduz em 40% os resíduos gerados. Desta forma, para o
Relatório Final
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empreendimento são previstos 887,14 toneladas de resíduos da construção civil que serão reutilizados, em
grande parte (cerca de 75%), como sub-base.
3.4.6.5 Periculosidade
Ressalta-se que as áreas permeáveis receberão tratamento paisagístico segundo projeto específico a ser
definido. Desta forma, o recuo frontal receberá grande parte destas intervenções, no sentido de amenizar e
integrar o empreendimento com a via pública. Já as áreas de APP serão protegidas com telas, desde o período
da implantação do empreendimento, que permitem a integração física e visual com as demais porções do
terreno do empreendimento.
O empreendimento será atendido pela rede de energia elétrica da COPEL (aguardando carta de viabilidade)
e/ou mercado livre e terá como objetivo a eficiência do sistema, uma vez que contará com projeto luminotécnico
contemplando as áreas internas e externas. Serão utilizadas lâmpadas econômicas e/ou LED, com sistema
automatizado de controle, reduzindo custos e consumo. Com o mesmo objetivo, será instalado gerador de
energia que assumirá o fornecimento em horários em que o serviço de energia elétrica da companhia apresenta
taxas mais elevadas ou então em caso de falta de energia.
A demanda prevista para o empreendimento considera uma estimativa de consumo médio mensal em torno de
135.000 KWh.
Quanto aos serviços de comunicação, o shopping será servido por um sistema de telefonia fixa com previsão de
instalação de um tronco digital de 50 linhas e uma central com 200 ramais telefônicos (será verificada a
disponibilidade com a prestadora de serviço de telefonia no local do empreendimento), mais 20 linhas móveis a
serviço dos funcionários, além de uma rede de computadores, bem como sistema wireless para acesso a rede
de internet.
Para o controle do acesso ao shopping será implantado um sistema de cancelas que limitará a utilização dos
estacionamentos à utilização do estabelecimento. Já o sistema de segurança como um todo permitirá que a
Relatório Final
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equipe envolvida na vigilância possua o controle e monitoramento de todas as entradas e saídas dos edifícios,
bem como de todo o espaço externo.
A circulação no interior do empreendimento caracteriza-se de maneira geral pelo fluxo de pedestres e veículos
(carros e motocicletas), cujos destinos são os estacionamentos descobertos e cobertos nos subsolos, além de
veículos de carga e descarga, previstos para serem realizados no período da manhã e tarde.
Os pedestres terão acesso a partir das faces do empreendimento voltadas para as ruas Lourenço Jasiocha
(acesso principal) e Manoel Ribas. A sua circulação externa ao empreendimento se dará por meio de
rampas/escadas exclusivas e juntamente com as vias de circulação de veículos.
Já os veículos, terão acesso ao shopping center (entrada) pela Rua Lourenço Jasiocha, circulando na parte
posterior do empreendimento até a saída pela rua Manoel Ribas. Os estacionamentos, localizados em dois
níveis diferentes, não possuirão rampa interna, sendo o fluxo distribuído através da própria via de circulação em
entradas individualizadas. Para garantir conforto e facilidade nos acessos, será implantado um sistema de
sinalização gerencial automatizado que direcionará o visitante às vagas disponíveis através de sensores de
presença em cada vaga. Segundo o empreendedor esta tecnologia visa a mobilidade, evitando filas de entrada e
saída e reduzindo, assim, as emissões de CO2 em até 75%, já que o tempo máximo para estacionar passará a
ser de até dois minutos. Todos os acessos ao empreendimento atenderão aos portadores de necessidades
especiais (PNE), de acordo com a NBR 9050 (ABNT, 2004). Internamente serão distribuídos seis elevadores que
possibilitem o trânsito de PNE pelo shopping. A circulação externa será revestida em piso antiderrapante
assegurando segurança aos pedestres.
O fluxo de circulação é apresentado esquematicamente na Figura 16.
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3Baseado no empreendimento do Shopping Jardim das Américas localizado em Curitiba – PR, de propriedade do mesmo
empreendedor.
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44 EENNQQUUAADDRRAAMMEENNTTOO LLEEGGAALL
Este item elenca as principais legislações urbanísticas e ambientais e tem como finalidade destacar as
regulações que orientam o projeto, implantação e operação do empreendimento.
Desta forma, destaca-se que o Plano Diretor de Araucária (ARAUCÁRIA, 2006) apresenta, dentre seus
objetivos, a adequação do adensamento às áreas providas de infraestrutura, além da consolidação do sistema
viário de forma a promover a fluidez e a segurança dos fluxos viários. Ainda em consonância com os objetivos
deste instrumento de desenvolvimento municipal, pode-se citar que o empreendimento atua no sentido de
consolidação do centro principal e da promoção de uma “[...] diversificação do perfil industrial do Município,
incentivando atividades que o caracterizem também como um espaço metropolitano de atividades terciárias
avançadas [...]” (ARAUCÁRIA, 2006, p. 04).
O Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança compõe os instrumentos da política urbana nacional, definidos pelo
Estatuto da Cidade (Lei n°. 10.257/2001) e foi regulamentado no município de Araucária através da Resolução
003/2011. A elaboração deste estudo deverá considerar os aspectos positivos e negativos do empreendimento
para o entorno em que se insere e sua influência direta quanto a estrutura urbana e a qualidade de vida da
população local. (ARAUCÁRIA, 2011).
A seguir, no Quadro 4 e no Quadro 5, serão citados os principais instrumentos legais para questões ambientais e
urbanísticas, definidos na esferas federal, estadual e municipal.
Relatório Final
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meio ambiente;
Considerando as perspectivas de continuidade destas condições e,
Considerando a necessidade de se estabelecer estratégias para o
controle, preservação e recuperação da qualidade do ar, válidas para todo
o território nacional, conforme previsto na Lei 6.938 de 31.08.81 que
instituiu a Política Nacional do Meio Ambiente.
RESOLUÇÃO CONAMA Nº. 001/1990 O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA, no uso das
atribuições que lhe confere o Inciso I, do § 2º, do Art 8º do seu Regimento
Interno, o Art 1o da Lei 7.804 de I5 de julho de 1989, e
Considerando que os problemas dos níveis excessivos de ruído estão
incluídos entre os sujeitos ao Controle da Poluição de Meio Ambiente;
Considerando que a deterioração da qualidade de vida, causada pela
poluição, está sendo continuamente agravada nos grandes centros
urbanos;
Considerando que os critérios e padrões deverão ser abrangentes e de
forma a permitir fácil aplicação em todo o Território Nacional
RESOLUÇÃO CONAMA Nº. 003/1990 O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA, no uso das
atribuições que lhe confere o inciso II, do Art. 6º, da Lei nº 7.804, de 18 de
julho de 1989, e tendo em vista o disposto na Lei nº 8.028, de 12 de abril
de 1990, Decreto nº 99.274, de 06 de junho de 1990 e,
Considerando a necessidade de ampliar o número de poluentes
atmosféricos passíveis de monitoramento e controle no País;
Considerando que a Portaria GM 0231, de 27.04.76, previa o
estabelecimento de novos padrões de qualidade do ar quando houvesse
informação científica a respeito;
Considerando o previsto na Resolução CONAMA nº 05, de 15.06.89, que
instituiu o Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar "PRONAR.
RESOLUÇÃO CONAMA Nº. 09/1996 O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA, no uso das
atribuições que lhe são conferidas pela Lei nº 6.938, de 31 de agosto de
1981, alterada pela Lei nº 8.028, de 12 de abril de 1990, regulamentadas
pelo Decreto nº 99.274, de 06 de junho de 1990, e Lei nº 8.746, de 09 de
dezembro de 1993, considerando o disposto na Lei nº 8.470, de 19 de
novembro de 1992, e tendo em vista o disposto em seu Regimento Interno,
e
Considerando o disposto no artigo 225 da Constituição Federal, em
especial a definição de Mata Atlântica como Patrimônio Nacional;
Considerando a necessidade de dinamizar a implementação do Decreto nº
750/93, referente à proteção da Mata Atlântica;
Considerando a necessidade de se definir "corredores entre
remanescentes" citado no artigo 7º do Decreto nº 750/93, assim como
estabelecer parâmetros e procedimentos para a sua identificação e
proteção.
RESOLUÇÃO CONAMA Nº. 237/1997 O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA, no uso das
atribuições e competências que lhe são conferidas pela Lei nº 6.938, de 31
de agosto de 1981, regulamentadas pelo Decreto nº 99.274, de 06 de
junho de 1990, e tendo em vista o disposto em seu Regimento Interno, e
Considerando a necessidade de revisão dos procedimentos e critérios
utilizados no licenciamento ambiental, de forma a efetivar a utilização do
sistema de licenciamento como instrumento de gestão ambiental, instituído
pela Política Nacional do Meio Ambiente;
Considerando a necessidade de se incorporar ao sistema de licenciamento
ambiental os instrumentos de gestão ambiental, visando o
desenvolvimento sustentável e a melhoria contínua;
Considerando as diretrizes estabelecidas na Resolução CONAMA nº
011/94, que determina a necessidade de revisão no sistema de
licenciamento ambiental;
Considerando a necessidade de regulamentação de aspectos do
Relatório Final
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licenciamento ambiental estabelecidos na Política Nacional de Meio
Ambiente que ainda não foram definidos;
Considerando a necessidade de ser estabelecido critério para exercício da
competência para o licenciamento a que se refere o artigo 10 da Lei
no 6.938, de 31 de agosto de 1981;
Considerando a necessidade de se integrar a atuação dos órgãos
competentes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA na
execução da Política Nacional do Meio Ambiente, em conformidade com
as respectivas competências.
LEI FEDERAL Nº. 9.433/1997 Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos e SNGRH
LEI FEDERAL Nº. 9.605/1998 Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e
atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.
LEI FEDERAL Nº. 9.795/1999 Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de
Educação Ambiental e dá outras providências.
RESOLUÇÃO CONAMA Nº. 256/1999 O Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, no uso das
atribuições que lhe são conferidas pela Lei 6.938, de 31 de agosto de
1981, regulamentada pelo Decreto 99.274, de 06 de junho de 1990,
alterado pelo Decreto 2.120, de 13 de janeiro de 1997, tendo em vista o
disposto em seu Regimento Interno, e,
Considerando que a emissão de poluentes por veículos automotores
contribui para a contínua deterioração da qualidade ambiental,
especialmente nos centros urbanos;
Considerando a necessidade de implementação de medidas para a efetiva
redução das emissões de poluentes por veículos automotores;
Considerando que as altas concentrações de poluentes – gases e
partículas inaláveis - nos grandes centros urbanos resultam no incremento
das taxas de morbidade e mortalidade, por doenças respiratórias, da
população exposta, especialmente entre crianças e idosos;
Considerando que uma grande parcela de veículos da frota em circulação
emite poluentes acima dos níveis aceitáveis;
Considerando que a manutenção adequada dos veículos automotores
contribui significativamente para a redução das emissões de poluentes –
gases e partículas inaláveis - bem como da poluição sonora;
Considerando que as resoluções do CONAMA de nos 1 de 16 de fevereiro
de 1993, 7 de 31 de agosto 1993, 8 de 10 de outubro de 1993, 16 de 13 de
dezembro de 1995, 18 de 13 de dezembro de 1995, 227 de 19 de
dezembro de 1997, 251 de 12 de janeiro de 1999 e 252 de 1 de fevereiro
de 1999 estabelecem padrões de emissão para os Programas de Inspeção
e Manutenção de Veículos em Uso - I/M, definem competências para
estados e municípios, como executores dos Planos de Controle da
Poluição por Veículos em Uso – PCPV, assim como estabelecem a forma
e a periodicidade das inspeções de emissão de poluentes e ruído;
Considerando as diretrizes estabelecidas pela Resolução do Conselho
Nacional de Trânsito CONTRAN n º 84 de 19 de novembro de 1998 para
inspeções de segurança veicular;
Considerando os artigos 104 e 131, entre outros dispositivos, da Lei 9.503
de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro –
CTB;
Considerando, outrossim, que os Programas de I/M devem ser instituídos
pelos órgãos ambientais dos estados e municípios no menor prazo
possível a partir desta data.
RESOLUÇÃO CONAMA Nº. 272/2000 O Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA, no uso das
competências que lhe são conferidas pela Lei no 6.938, de 31 de agosto
de 1981, regulamentada pelo Decreto no 99.274, de 6 de Junho de 1990 e
tendo em vista o disposto em seu Regimento Interno e,
Considerando que o ruído excessivo causa danos à saúde física e mental
e afeta particularmente a audição;
Relatório Final
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Considerando a necessidade de se reduzir a poluição sonora nos centros
urbanos consoante às Resoluções CONAMA nos 1, de 11 de fevereiro de
1993; 8, de 31 de agosto de 1993; 17, 13 de dezembro de 1995 e 252, de
7 de janeiro de 1999;
Considerando que os veículos rodoviários automotores são uma das
principais fontes de ruído no meio ambiente;
Considerando que a utilização de tecnologias adequadas e conhecidas
permite atender às necessidades de controle da poluição sonora;
Considerando os objetivos do Programa Nacional de Educação e Controle
da Poluição Sonora - "Silêncio".
LEI FEDERAL N° 9.985/2000 Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal,
institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá
outras providências.
RESOLUÇÃO CONAMA Nº. 300/ 2002 Complementa os casos passiveis de autorização de corte previstos no art.
2º da Resolução 278, de 24 de maio de 2001.
RESOLUÇÃO CONAMA N°. 302/2002 Dispõe sobre os parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação
Permanente de reservatórios artificiais e o regime de uso do entorno.
RESOLUÇÃO CONAMA N°. 303/2002 Dispõe sobre parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação
Permanente.
DECRETO FEDERAL Nº. 5.092/2004 Define regras para identificação de áreas prioritárias para a conservação,
utilização sustentável e repartição dos benefícios da biodiversidade, no
âmbito das atribuições do Ministério do Meio Ambiente.
RESOLUÇÃO CONAMA N°. 357/2005 Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais
para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e
padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências.
RESOLUÇÃO CONAMA Nº. 378/2006 Define os empreendimentos potencialmente causadores de impacto
ambiental nacional ou regional para fins do disposto no inciso III, § 1o, art.
19 da Lei no 4.771, de 15 de setembro de 1965, e dá outras providências.
RESOLUÇÃO CONAMA Nº. 369/ 2006 Dispõe sobre os casos excepcionais, de utilidade pública, interesse social
ou baixo impacto ambiental, que possibilitam a intervenção ou supressão
de vegetação em Área de Preservação Permanente-APP.
RESOLUÇÃO CONAMA Nº. 382/2006. Estabelece os limites máximos de emissão de poluentes atmosféricos
para fontes fixas.
RESOLUÇÃO CONAMA Nº. 388/ 2007 Dispõe sobre a convalidação das Resoluções que definem a vegetação
primária e secundária nos estágios inicial, médio e avançado de
regeneração da Mata Atlântica para fins do disposto no art. 4o § 1o da Lei
no 11.428, de 22 de dezembro de 2006.
DECRETO FEDERAL Nº. 6.063/2007. Regulamenta, no âmbito federal, dispositivos da Lei no 11.284, de 2 de
março de 2006, que dispõe sobre a gestão de florestas públicas para a
produção sustentável, e dá outras providências.
DECRETO FEDERAL Nº. 6.514/ 2008 Dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente,
estabelece o processo administrativo federal para apuração destas
infrações, e dá outras providências.
DECRETO FEDERAL Nº. 6.686/2008. Altera e acresce dispositivos ao Decreto no 6.514, de 22 de julho de 2008,
que dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio
ambiente e estabelece o processo administrativo federal para apuração
destas infrações.
LEI FEDERAL N° 12.651/2012 Dispõe sobre a Proteção da Vegetação Nativa; altera as Leis nos 6.938,
CÓDIGO FLORESTAL de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428,
de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro
de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no 2.166-
67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências.
A lei em seu art. 1º-A estabelece normas gerais com o fundamento central
da proteção e uso sustentável das florestas e demais formas de
vegetação nativa em harmonia com a promoção do desenvolvimento
Relatório Final
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econômico, no que compreende a ação governamental de proteção e uso
sustentável de florestas, coordenada com a Política Nacional do Meio
Ambiente, a Política Nacional de Recursos Hídricos, a Política Agrícola, o
Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, a Política de
Gestão de Florestas Públicas, a Política Nacional sobre Mudança do
Clima e a Política Nacional da Biodiversidade
ESTADUAL SÚMULA
DECRETO ESTADUAL Nº 458/1991 Dispõe sobre a criação da área de proteção ambiental localizada nos
municípios de Almirante Tamandaré, Araucária, Campo Largo e Curitiba –
APA Estadual do Passaúna.
LEI ESTADUAL Nº. 10.233/1992 Institui a Taxa Ambiental e adota outras providências.
LEI ESTADUAL Nº. 11.054/1995 Dispõe sobre a Lei Florestal do Estado do Paraná.
LEI ESTADUAL Nº. 11.067/1995 Dispõe que ficam proibidas, no Estado do Paraná, a utilização,
perseguição, destruição, caça, apanha, coleta ou captura de exemplares
da fauna ameaçada de extinção, bem como a remoção, comércio de
espécies, produtos e objetos que impliquem nas atividades proibidas,
conforme especifica.
LEI ESTADUAL N°. 12.248/1998 Cria o Sistema Integrado de Gestão e Proteção dos Mananciais da RMC.
RESOLUÇÃO SEMA N° 031/1998 Dispõe sobre o licenciamento ambiental, autorização ambiental,
autorização florestal e anuência prévia para desmembramento e
parcelamento de gleba rural.
DECRETO ESTADUAL N° 808/1999 Declara para os fins de que trata a Lei Especial de Proteção dos
Mananciais da RMC.
DECRETO ESTADUAL N°. 2.345/2000 Instituída a Área de Proteção Ambiental do Rio Verde, denominada APA
do Rio Verde, localizada nos municípios de Araucária e Campo Largo,
Estado do Paraná.
DECRETO ESTADUAL Nº 5.063/2001 Altera e atualiza o Zoneamento Ecológico Econômico da Área de
Proteção Ambiental denominada APA Estadual do Passaúna da
Secretaria da Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SEMA.
LEI ESTADUAL Nº. 14.037/2003 Institui o Código Estadual de Proteção aos Animais.
RESOLUÇÃO SEMA Nº. 054/2006 Define critérios para o Controle da Qualidade do Ar como um dos
instrumentos básicos da gestão ambiental para proteção da saúde e bem
estar da população e melhoria da qualidade de vida, com o objetivo de
permitir o desenvolvimento econômico e social do Estado de forma
ambientalmente segura, e dá outras providencias.
RESOLUÇÃO SEMA Nº. 001/2007 Dispõe sobre licenciamento ambiental, estabelece condições e padrões
ambientais e dá outras providências, para empreendimentos de
saneamento.
LEI ESTADUAL N°. 16.242/2009 Cria o Instituto das Águas do Paraná, conforme especifica e adota outras
providências. (Substituindo a SUDERHSA)
DECRETO ESTADUAL N°. 6.171/2010 Estabelece o Zoneamento Ecológico Econômico da Área de Proteção
Ambiental do Rio Verde - APA do rio Verde, dentre outras providências,
SEMA e SEDU.
DECRETO ESTADUAL N°. 6.194/2012 Declara as Áreas de Interesse de Mananciais de Abastecimento Público
para a Região Metropolitana de Curitiba e dá outras providências.
MUNICIPAL SÚMULA
LEI MUNICIPAL N°. 1.513/2004 Dispõe sobre a destinação de resíduos sólidos no município, conforme
especifica.
LEI MUNICIPAL N°. 1.743/2007 Autoriza o município de Araucária a participar do Consórcio Intermunicipal
para a gestão dos resíduos sólidos urbanos, conforme especifica.
LEI MUNICIPAL Nº. 1892/2008 Cria a certificação ambiental denominada Selo Verde de Araucária,
Relatório Final
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conforme especifica.
LEI MUNICIPAL N°. 2.208/2010 Institui no município de Araucária o projeto Conservador das Águas e dá
outras providências.
LEI MUNICIPAL N°. 2.277/2010 Institui a Política Municipal de Meio Ambiente, cria o Sistema Municipal de
Meio Ambiente - SISMUMA e atualiza o Conselho Municipal de Defesa do
Meio Ambiente - COMDEMA e dá outras providências
LEI MUNICIPAL N°. 23.486/2010 Institui a separação dos resíduos sólidos recicláveis descartados pelos
órgãos e entidades da administração pública municipal direta e indireta,
na fonte geradora, e a sua destinação às associações e cooperativas de
catadores de materiais recicláveis e dá outras providências.
LEI MUNICIPAL N°. 2.343/2011 Institui o Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção
Civil para o município de Araucária e dá outras providências.
LEI MUNICIPAL N°. 2.519/2012 Dispõe sobre a criação no município de Araucária, do "Programa Águas
de Araucária", autoriza o executivo municipal a prestar apoio técnico e
financeiro aos proprietários rurais e urbanos, conforme especifica e dá
outras providências
FEDERAL SÚMULA
LEI FEDERAL Nº. 4.591/1964 Dispõe sobre o condomínio em edificações e as incorporações imobiliárias.
LEI FEDERAL N° 6.766/1979 Dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano e dá outras Providências.
PORTARIA MINTER DE 27/04/1976 Estabelece padrões de qualidade do ar para material particulado, dióxido
de enxofre, monóxido de carbono e oxidantes
CONSTITUIÇÃO FEDERAL/1988 Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional
Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o
exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o
bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores
supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos,
fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e
internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob
a proteção de Deus, a seguinte Constituição Da República Federativa Do
Brasil.
LEI FEDEREAL Nº. 10.048/2000. Dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e dá outras
providências
LEI FEDERAL Nº. 10.098/2000. Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da
acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade
reduzida, e dá outras providências.
LEI FEDERAL Nº. 10.257/2001 Regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece
diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências.
DECRETO FEDERAL Nº. 5.296/2004 Regulamenta as Leis nos 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá
prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de
dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para
a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou
com mobilidade reduzida, e dá outras providências.
ABNT NBR 9050/2004 Normas Técnicas de Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e
equipamentos urbanos.
DECRETO FEDERAL Nº. 5.621/2005 Regulamenta a Lei no 5.917, de 10 de setembro de 1973, que dispõe sobre
o Plano Nacional de Viação, e dá outras providências.
LEI FEDERAL Nº. 11.445/2007 Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico; altera as Leis
nos 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990,
8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a
Relatório Final
33
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ESTADUAL SÚMULA
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO PARANÁ Nós, representantes do povo paranaense, reunidos em Assembléia
Constituinte para instituir o ordenamento básico do Estado, em
consonância com os fundamentos, objetivos e princípios expressos na
Constituição da República Federativa do Brasil, promulgamos, sob a
proteção de Deus, a seguinte Constituição do Estado do Paraná.
LEI ESTADUAL N°. 12.248/1998. Cria o Sistema Integrado de Gestão e Proteção dos Mananciais da RMC e
estabelece parâmetros de o uso e ocupação das áreas.
LEI ESTADUAL Nº. 12.493/1999 Estabelece princípios, procedimentos, normas e critérios referentes à
geração, acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte,
tratamento e destinação final dos resíduos sólidos no Estado do Paraná,
visando controle da poluição, da contaminação e a minimização de seus
impactos ambientais e adota outras providências.
DECRETO N°. 808/1999. Declara para os fins de que trata a Lei Especial de Proteção dos
Mananciais da RMC.
DECRETO ESTADUAL Nº. 191/2007 Aprovado o Sistema Rodoviário Estadual elaborado pela Secretaria de
Estado dos Transportes-SETR e Departamento de Estradas de Rodagem-
DER.
DECRETO ESTADUAL NO 9.189/2010 Acrescenta o parágrafo único ao artigo 2º do Decreto nº 808, de 1999-
SEDU, SEMA.
MUNICIPAL SÚMULA
LEI MUNICIPAL N°. 1.450/2003 Altera disposições da Lei nº 1.047/96 de 23 de maio de 1996, com relação
aos critérios de ocupação do solo e altura máxima das edificações na Zona
Especial Tradicional, conforme especifica.
LEI MUNICIPAL N°. 05/2006 Institui o Plano Diretor, estabelece objetivos, instrumentos e ações
estratégicas e dá outras providências para as ações de planejamento no
município de Araucária.
LEI MUNICIPAL N°.1.333/2002 Altera os Artigos 23, 26, 27 e 45, bem como as tabelas I e II, acrescentando
parágrafo aos Artigos 31 e 66 da Lei nº 584, de 18 de março de 1981, inclui
o anexo V à Lei nº 1.083/96, de 23 de dezembro de 1996, e dá outras
providências. (REVOGADA).
LEI MUNICIPAL N°.1.454/2003 Altera as tabelas I e II constantes no anexo I da Lei 1.333/2002 conforme
especifica. (REVOGADA).
LEIS INTEGRANTES DO PLANO DIRETOR
2010:
LEI MUNICIPAL N°. 2.159/2010 Dispõe sobre o Código de Obras e Posturas do município de Araucária e dá
outras providências.
LEI MUNICIPAL N°. 2.160/2010 Dispõe sobre o zoneamento, o uso e a ocupação do solo do município de
araucária e dá outras providências.
LEI MUNICIPAL N°. 2.161/2010 Dispõe sobre o sistema viário do Município de Araucária e dá outras
providências.
LEI MUNICIPAL N°. 2.162/2010 Dispõe sobre o parcelamento do solo urbano no município de araucária e
dá outras providências.
LEI MUNICIPAL N°. 2.163/2010 Define as áreas urbanas e rural do município de Araucária e dá outras
providências.
RESOLUÇÃO N°. 03/2011 Estabelece as orientações para elaboração e apresentação de Estudo de
Impacto de Vizinhança (EIV).
RESOLUÇÃO N°. 02/2012 Estabelece o fluxo de ações e os procedimentos de apresentação,
avaliação e aprovação de Estudos de Impacto de Vizinhança (EIV).
Relatório Final
34
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55 CCOONNDDIICCIIOONNAANNTTEESS AAMMBBIIEENNTTAAIISS
As condicionantes ambientais identificadas nos limites territoriais de Araucária estão relacionadas à proteção dos
mananciais de abastecimento público da Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Com esta finalidade, são
estabelecidas legislações específicas que tem como objetivo ordenar e restringir o uso e a ocupação do solo.
Assim, as Áreas de Interesse de Manancial de Abastecimento Público para a RMC e as Áreas de Proteção
Ambiental do Rio Verde e do Passaúna visam garantir a potabilidade das bacias contribuintes das represas de
abastecimento, atuais e futuras, enquadradas como Unidades de Conservação.
4Uso Indireto: “aquele que não envolve consumo, coleta, dano ou destruição dos recursos naturais” (BRASIL, 2000 – Artigo 2º; Inciso IX).
5Uso Sustentável: “exploração do ambiente de maneira a garantir a perenidade dos recursos ambientais renováveis e dos processos
ecológicos, mantendo a biodiversidade e os demais atributos ecológicos, de forma socialmente justa e economicamente viável” (BRASIL,
2000 – Artigo 2º; Inciso XI).
Relatório Final
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Além do aspecto conservacionista, as UC têm como objetivo disseminar a educação ambiental, atrair o
Ecoturismo e o repasse de recursos financeiros ao município através da Lei do ICMS Ecológico.
Dentro dos limites municipais de Araucária foram identificadas três Unidades de Conservação, contudo,
nenhuma delas encontra-se na Área de Influência Direta do empreendimento. São elas:
Relatório Final
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As áreas de influência de um empreendimento podem ser conceituadas como o espaço suscetível a sofrer
possíveis alterações em decorrência de sua implantação e operação. Comumente, sua delimitação é
estabelecida em três âmbitos – Área de Influência Indireta (AII), Área de Influência Direta (AID) e Área
Diretamente Afetada (ADA) – que consideram as características e abrangência do empreendimento assim como
as especificidades do local e imediações no qual será implantado.
Essa delimitação em subespaços se justifica pelos diferentes níveis de impactos, com relações causais ora
diretas, ora indiretas que interferem em suas inter-relações ambientais, sociais e econômicas anteriores ao
empreendimento, porém, posteriormente, considera-se que estes subespaços continuarão impactados após a
implantação do empreendimento. Portanto, para sua análise e delimitação devem-se considerar as
características do meio físico, biológico e antrópico e suas interações, anteriores a implantação do
empreendimento.
De acordo com os aspectos abordados para o presente estudo, sejam eles naturais ou antrópicos, foram
definidas áreas de influência distintas, de acordo com as descrições que seguem e espacialização por meio de
figuras esquemáticas explicativas.
Para efeito de elaboração deste EIV foram considerados três níveis de abrangência de áreas de influência (que
podem variar em função dos aspectos físicos, biológicos e antrópicos), e prospecção dos impactos, os quais
serão identificados de acordo com cada aspecto abordado, quais sejam:
Área de Influência Indireta (AII) – compreende a uma escala maior dentro do contexto, sendo
especificada de acordo com o aspecto em questão;
Área de Influência Direta (AID) – compreende o entorno imediato da área diretamente afetada,
podendo variar de acordo com o aspecto em questão;
Área Diretamente Afetada (ADA) - sujeita aos impactos diretos da implantação e operação do
empreendimento, abrangendo a área do lote.
Relatório Final
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Relatório Final
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Apresenta-se, a seguir, a definição dos limites das áreas de influência do empreendimento (Figura 18).
Relatório Final
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7.1.1 Clima e Ar
Para que as intervenções antrópicas pretendidas em determinada área sejam adequadas é essencial o
conhecimento do tipo climático da região em que está inserida. A classificação climática fornece dados sobre as
condições médias de temperatura e de pluviosidade daquele local, que devem ser considerados para o projeto
arquitetônico e para o plano de ocupação do empreendimento.
Para o presente trabalho adotou-se a classificação climática de Köppen (Figura 20), assim, o município de
Araucária encontra-se em uma região Cfb, o que significa que tem clima temperado com verão brando, sem
estação seca definida e com temperaturas médias abaixo de 18ºC no mês mais frio e abaixo de 22ºC no mês
mais quente. Os ventos predominantes na região são do tipo leste-nordeste (Fiigura 22).
FIGURA 20: CLASSIFICAÇÃO CLIMÁTICA NO ESTADO DO PARANÁ FIGURA 21: ISOTERMAS NO ESTADO DO PARANÁ –
SEGUNDO KÖPPEN TEMPERATURA MÉDIA ANUAL
Relatório Final
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7.1.1.1 Qualidade do Ar
7.1.2 Geologia
O município de Araucária faz parte da região metropolitana de Curitiba, inserida no Primeiro Planalto
Paranaense conhecido também como Planalto Cristalino. Com uma área de 460,85 km² e a 857 metros do nível
do mar, este se encontra sobre quatro principais unidades geológicas: Formação Apiaí-Mirim, Complexo
Gnáissico Migmatítico, Formação Guabirotuba e Sedimentos de Deposição Fluvial (Aluviões). A partir da Figura
23, é possível observar a ocorrência da Formação Apiaí-Mirim na porção oeste, se estendendo ao norte por uma
linha tênue, e da Formação Guabirotuba à leste, ambas sobre solo de idade arqueana e Formação Gnáissica
Migmática. As planícies aluviais são encontradas em fundos de vales onde é comum a ocorrência de areia, silte,
argila e cascalho. A área onde se localiza o empreendimento está inserida próxima a divisa de três unidades
geológicas: Formação Guabirotuba (Qpg), Aluviões (Qha) e Complexo Gnáissico Migmatítico (APImgm), como
mostra a Figura 23.
Relatório Final
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Relatório Final
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O desenvolvimento do trabalho teve como marco regulatório, a avaliação sistêmica da área, em especial as
características morfológicas, geológicas e geotécnicas para a implantação do empreendimento, visando o seu
ordenamento técnico em obediência aos padrões de controle, qualidade e desempenho ambiental, fragilidade do
solo (erosão), poluição acidental e da eficiência das respectivas medidas de gestão, corretivas, compensatórias,
mitigadoras e/ou preventivas.
Desta forma, na área do empreendimento foram realizadas quatro sondagens geológicas à percussão com
ensaio de penetração dinâmica no solo (SPT) pela empresa SONDAGEL Sondagens e Serviços Ltda., em
Relatório Final
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dezembro de 2010. Estas foram distribuídas em todo o terreno de forma a abranger os pontos mais
representativos da área, totalizando 56,30 metros lineares perfurados (Figura 24).
Para a sua execução foram seguidas instruções segundo a ABNT – NBR 6484/80, sendo iniciadas com a
utilização de um trado helicoidal.
Em todos os pontos constatou-se a presença de silte argiloso com pouca areia fina e mica, em dois deles (SP2 e
SP3) apresentaram silte arenoso.
Recomenda-se que no local do empreendimento a intervenção humana ocorra de forma controlada, com a
implantação de rede de coleta de águas superficiais, evitando-se a infiltração, o que pode causar a sua
instabilização. Cortes feitos em terreno siltoso não têm estabilidade prolongada, facilitando a ocorrência de
erosão e desagregação natural, carecendo de medidas de manutenção e prevenção, as quais serão
incorporadas no projeto executivo do emprendimento, tais como sistema de drenagem adequado, cobertura
vegetal em áreas de paisagismo, e murros de arrimo na implantação do empreendimento.
Relatório Final
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7.1.3 Geomorfologia
7.1.3.1 Hipsometria
O mapa de hipsometria é uma forma de representação cartográfica do relevo em que as diferentes altitudes são
representadas por diferentes cores. Como se pode perceber na Figura 29, as porções mais elevadas do
município encontram-se nas regiões norte e sudoeste, com alturas de até 990 metros. Na área de influência
indireta (fatores antrópicos – sede urbana) concentram-se as áreas com cotas mais baixas, boa parte com até
900 metros.
FIGURA 29: HIPSOMETRIA DO MUNICÍPIO DE ARAUCÁRIA
A Figura 30 mostra as diferenças de nível na área diretamente afetada do empreendimento. Nesta, há uma
diferença de nível acentuada, estando na porção oeste as cotas mais elevadas, próximas dos 900 metros. As
Relatório Final
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altitudes decrescem no sentido da aproximação com a Rua Manoel Ribas na porção leste, portanto, as áreas
mais baixas, próximas dos 880 metros.
7.1.3.2 Declividade
O mapa de declividades consiste em mapear a relação entre a diferença de altura e a distância horizontal entre
dois pontos. O conhecimento sobre a declividade da região em que se pretende intervir é necessário e relaciona-
se com questões como erosão do solo, estabilidade de encostas e taludes, infiltração da água e escoamento
superficial (ECOTÉCNICA, 2010). De acordo com a Figura 31, em Araucária as áreas de declividade mais
acentuada coincidem com as áreas de maiores alturas, ao norte e ao sudoeste do limite municipal. Nessas áreas
se encontram as inclinações de mais de 30%, que abrangem uma porção pequena do território municipal. Existe
ainda alguma porção do território com declividade entre 0 e 5% e entre 20 e 30%, mas a maior parte da área
corresponde a declividades entre 5 e 20%, inclusive na área de influência indireta (meio antrópico).
Relatório Final
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Verifica-se na Figura 32 que, assim como no município de uma forma geral, a maior porção da ADA tem
declividade de 10% a 20%, seguindo com declividade de 5% a 10%. Em vários pontos da área existem
pequenos trechos com declividade abaixo de 5%, e ao sul e a nordeste do terreno estão distribuídas pequenas
áreas com declividade maior que 20%.
Relatório Final
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7.1.4 Hidrografia
A rede hidrográfica de Araucária é formada por córregos e alguns trechos de rios, sendo os mais importantes:
um trecho do rio Iguaçu, que vai da foz do rio Barigui à foz do rio Verde; rios da margem direita do Iguaçu, que
incluem trechos dos rios Barigui, Passaúna, rio Verde e o rio Cachoeira, cuja bacia está totalmente localizada no
município, e pequenos córregos; rios da margem esquerda do Iguaçu, que incluem trechos dos rios Maurício,
Guajuvira, Pinduva; e Isabel Alves e integralmente as bacias do rio Faxinal e do rio Campo Redondo, além de
pequenos córregos.
O empreendimento está localizado na bacia de contribuição direta do Alto Iguaçu e na sub-bacia do rio
Cachoeira, conforme ilustra a Figura 33 na seqüência do documento.
O termo qualidade da água é empregado para descrever uma propriedade ou característica da água, seja
relacionado a um padrão de potabilidade, ecológico ou a um uso específico a que ela seja destinada
(BRANCO,1978).
Relatório Final
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O Plano Diretor de Araucária (ARAUCÁRIA, 2006) fez uma análise da qualidade da água do município nos
pontos em que há monitoramento regular pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Paraná, são eles os
rios Iguaçu, Barigui, Passaúna, Verde, Maurício e Faxinal. Além da análise dos dados fornecidos por esse
monitoramento o trabalho também fez uso do índice de qualidade da água (IQA), calculado a partir de oito
indicadores: oxigênio dissolvido (OD), demanda bioquímica de oxigênio (DBO), coliformes fecais, PH, nitrogênio
total, fosfato total, sólidos totais e turbidez. O IQA definido pela média da qualidade da água referente a cada um
dos indicadores e o índice vai de 0 a 100, sendo classificado da seguinte maneira:
- de 80 a 100: qualidade ótima
- de 52 a 79: qualidade boa
- de 37 a 51: qualidade aceitável
- de 0 a 36: qualidade ruim
O rio Iguaçu é um rio de classe 2 segundo a resolução CONAMA 357/05, o que significa que se destina ao
abastecimento do consumo humano, à preservação das comunidades aquáticas e à recreação de contato
primário. No entanto, alguns índices de poluição do recurso hídrico são altos e estão em desacordo com a sua
classificação, como o índice de coliformes fecais. Ainda assim o IQA do rio, que oscila entre ruim e aceitável,
tem apresentado tendência de melhoria, especialmente depois de 1994. Nos quatro anos que antecederam a
publicação do plano diretor o rio manteve o índice de qualidade aceitável.
O rio Barigui é um rio de classe 2 da nascente até o parque Barigui, e de classe 3 deste ponto até a sua foz. O
rio tem índices fora de classe de coliformes fecais, OD e fosfato. No trecho de classe 2 o IQA oscila entre
razoável e bom, e é ruim no trecho de classe 3.
O rio Verde também é um rio de classe 2. Os níveis de coliformes fecais, oxigênio dissolvido, demanda
bioquímica de oxigênio e sólidos totais mantém- se dentro de classe, e o IQA fica entre 50 e 80m, qualidade de
água boa.
O rio Passaúna é de classe 2 e é de importância fundamental, já que é manancial para abastecimento público.
Os índices de coliformes fecais variam, em cerca de 50 % das medições fica dentro da classe e 50 % fora da
classe. A quantidade de fosfato fica sempre fora da classe. O OD, a DBO e os sólidos totais mantém- se dentro
da classe. O IQA é geralmente bom, chegando a ser ótimo, nível 80, no trecho próximo à nascente.
O rio Maurício é um rio de classe 2 e é manancial para abastecimento público. Em mais de 50% das análises a
concentração de coliformes fecais está acima do limite de classe, assim como o fosfato. Os índices de OD, DBO
e sólidos totais costumam ficar dentro de classe. O IQA mantém- se no nível bom, com índices de 50 a 80.
A bacia do rio Faxinal está totalmente inserida no município de Araucária, na área rural. Por esse motivo é
possível prever uma política de preservação, assegurando a possibilidade de o rio suprir uma futura necessidade
de abastecimento público. O rio é de classe 2 e tem medições de coliformes fecais e fostato fora de classe. Esse
último indicador tem relação com o uso agrícola e contribui bastante para a diminuição do IQA. O IQA mantém-
se entre os níveis razoável e bom, de 50 a 80.
Relatório Final
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Recentemente foi aprovada pelo Comitê das Bacias do Alto Iguaçu e Afluentes do Alto Ribeira (COALIAR) uma
atualização do enquadramento para os principais cursos de água nessas bacias, tendo classificado os rios
mencionadas acima da seguinte forma:
QUADRO 8: CLASSE DE ENQUADRAMENTO APROVADO PELO COALIAR
RIO TRECHO CLASSE DE ENQUADRAMENTO
Iguaçu IG3 E IG4 4
Barigui BAE e BA4 4
Verde VE1 2
VE2 3
Maurício MA2 3
No diagnóstico do Plano das Bacias do Alto Iguaçu e Afluentes do Alto Ribeira (SUDERHSA, 2008), tem-se os
estudos realizados pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) na bacia do Alto Iguaçu, através do indicador
denominado Avaliação Integrada da Qualidade das Águas Superficiais (AIQA) 6, tendo 68 trechos de 40 rios
monitorados, sendo agrupados em 7 subsistemas, sendo que Araucária é compreendida pelo
subsistema 05 – Rios formadores das sub-bacias dos rios Verde e Passaúna, apoiados em resultados
do período de monitoramento realizado entre março de 2001 a fevereiro de 2007. Este relacionou a
qualidade atual dos corpos de água com a classe de enquadramento atual de acordo com a antiga
resolução CONAMA nº 20/1986, indicando que (SUDERHSA, 2008): “Subsistema 5 – Rios formadores das
sub-bacias dos rios Verde e Passaúna: 8 dos 14 trechos monitorados apresentam condição de qualidade
compatível com a Classe 3, e outros 6 trechos apresentaram-se como Classe 4. Portanto, nenhum trecho
apresentou-se dentro das expectativas de qualidade especificadas para a Classe 2”.
Especificamente para a sub-bacia do rio Cachoeira (subsistema 05) apresentou os seguintes resultados:
QUADRO 9: RESULTADO DA AIQA – SUBSISTEMA 5 - RIOS FORMADORES DAS SUB-BACIAS DOS RIOS VERDE E PASSAÚNA
Rio Mar92-Fev95 Mar95-Fev97 Mar97-Fev99 Mar99-Fev01 Mar01-Fev05 Mar05-Fev07
Med. Med. Med.
Cachoeira 0,87 Poluído 0,75 0,70 0,85 Poluído 0,76 0,89 Poluído
Poluído Poluído Poluído
Fonte: SUDERHSA, 2008
6 O AIQA considera três variáveis de qualidade da água: físico-químicas (avalia a quantificação da carga orgânica presente nos cursos de
água através da turbidez, saturação de oxigênio, DBO 5,20, DQO, nitritos, nitratos, fosfato total, cromo, zinco, entre outros), bacteriológicas
(indicação do grau de contaminação dos cursos de água pelas bactérias do grupo Coliforme - Escherichia coli) e ecotoxicológicas (avalia
o efeito deletério de agentes físicos ou químicos presentes na amostra ao microcrustáceo aquático Daphnia magna - bioindicador).
Relatório Final
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0,6 - 0,8 Qualidade das águas compatível com CLASSE 3 (Resolução CONAMA 20/86)
0,8 - 1,0 Qualidade das águas compatível com CLASSE 4 (Resolução CONAMA 20/86)
1,0 - 1,4 Qualidade das águas FORA DE CLASSE (Resolução CONAMA 20/86)
Fonte: SUDERHSA, 2008
A resolução SUREHMA nº 20/1992 classificou o rio Cachoeira como CLASSE 2, ou seja, próprio para o
abastecimento de consumo humano, porém, segundo os índices anteriormente analisados, este rio deveria se
enquadrar na CLASSE 4, o que já o tornaria impróprio para o consumo humano.
Recentemente foi aprovado pelo Comitê das Bacias do Alto Iguaçu e Afluentes do Alto Ribeira (COALIAR) um
reenquadramento para os principais cursos de água nessas bacias, classificando o rio Cachoeira como classe 4.
Relatório Final
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Relatório Final
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Segundo o Plano Local de Habitação de Interesse Social (PMA, 2010), há estudos correlatos realizados no
Plano Diretor de Drenagem para a Bacia do Alto Iguaçu, elaborado pelo Instituto das Águas do Paraná. Neste,
desenvolveram-se três cenários (atual, tendencial e dirigido).
Ainda, de acordo com PMA (2010), há outro estudo acerca da cota de alagamento realizado pelo órgão
municipal, apresentando uma cota de alagamento na ordem de 866m de altitude. Porém, a municipalidade vem
utilizando a cota de alagamento definida pelo Plano de Macrodrenagem, em seu estudo da Bacia do Alto Iguaçu.
A área do empreendimento, conforme já mencionado, encontra-se na bacia de contribuição direta do Alto Iguaçu
e, mais precisamente, na sub-bacia do rio Cachoeira, estando o empreendimento situado próximo a este corpo
hídrico, no entanto a sua implantação está fora da área inundável configurada pelo Cenário de 25 anos da antiga
SUDERHSA (Figura 34).
Segundo análises feitas quando da elaboração do Plano Diretor de Araucária (PMA, 2006), as áreas de risco de
inundações do rio Cachoeira, atingem diversas áreas do município correspondentes às áreas ribeirinhas
inundáveis, ocupadas naturalmente pelo rio nas épocas das chuvas dentro dos tempos de recorrência
estudados. Medidas de controle foram propostas no Plano de Macrodrenagem, e se estas forem implantadas,
verifica-se a eliminação das inundações, para o período de retorno de 10 anos, em todo o trecho urbano do Rio
Cachoeira e afluente.
Relatório Final
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Relatório Final
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7.2.1 Vegetação
Fitogeograficamente o município de Araucária está inserido na região da Floresta Ombrófila Mista, também
conhecida popularmente como Floresta com Araucária. Além disso, é possível observar, na porção leste do
município a ocorrência de encraves de campos (Estepe Gramíneo-Lenhosa), conforme demonstrado na figura
abaixo (Figura 35).
A paisagem no município de Araucária, assim como em toda a Região Metropolitana de Curitiba (RMC), foi
alterada de seu estado natural gradativamente à medida que a ocupação humana se consolidava. Assim, a
floresta cedeu espaço para as pequenas propriedades que praticavam a agricultura e pecuária, e
posteriormente, para a ocupação urbana, fenômeno mais recente e típico das últimas décadas, que, atualmente,
ocupa grande parte do território.
No contexto da urbanização, as áreas de vegetação primária foram quase totalmente suprimidas, restando
apenas fragmentos os quais, em sua maioria, pertencente a particulares.
Relatório Final
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Este trabalho trata inicialmente, de forma sucinta, da vegetação do município de Araucária que corresponde à
AII, para em seguida detalhar as regiões da ADA e AID.
Até o século XX, a exuberante vegetação natural presente no Estado do Paraná, sofreu grande alteração, em
razão, principalmente da intensificação da agropecuária e do crescimento urbano-industrial (BARROS &
MENDONÇA, 2000).
Não foi diferente o histórico da vegetação presente no município de Araucária e RMC, classificada como Floresta
Ombrófila Mista (FOM) ou Floresta com Araucária (GERHARDT et al, 2001), por apresentar remanescentes de
Araucaria angustifolia (Pinheiro-do-Paraná), considerada a maior de todas as árvores florestais do Sul do Brasil.
Por se destacar devido ao seu porte imponente, a araucária tornou-se o símbolo do Estado do Paraná (MAACK,
1968).
Na Floresta Ombrófila Mista, coexistem floras de origens distintas: uma temperada (austro-brasileira), oriunda de
um clima pretérito mais frio, e outra tropical (afro-brasileira), associada à maior temperatura e umidade das
condições climáticas hodiernas (IBGE, 1992). Nesta formação, a Araucaria angustifolia, seguida por elementos
dos gêneros Drimys e Podocarpus, constitui-se no principal representante. A eles se associam espécies das
famílias Aquifoliaceae, Anacardiaceae, Flacourtiaceae, Lauraceae, Myrtaceae, Euphorbiaceae e Sapindaceae,
entre outras, que abrigam grande diversidade de epífitas (Orchidaceae, Cactaceae, Piperaceae e Gesneriaceae,
entre outras). É observada, também, grande densidade de plantas escandentes, cipós, lianas e taquarais
(Merotachis e Chusquea), que indicam alteração das condições naturais da floresta madura (IAP, 2004).
Segundo o IBGE (1992), a FOM é subdividida em quatro formações distintas, conforme as variações das
características ambientais de seus locais de ocorrência:
Relatório Final
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Conforme a classificação do ITCG (2009), no município de Araucária é possível observar dois tipos distintos da
formação Floresta Ombrófila Mista: FOM Aluvial e FOM Montana (Figura 36). Outra formação vegetal que
originalmente era encontrada no município eram as formações conhecida como Campo Natural ou Campo Limpo
– Estepe Gramíneo Lenhosa (Figura 36).
Relatório Final
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FIGURA 37: FLORESTA OMBRÓFILA MISTA MONTANA – IMAGEM FIGURA 38: FLORESTA OMBRÓFILA MISTA ALUVIAL – IMAGEM
ILUSTRATIVA ILUSTRATIVA
Hoje, existe consenso entre os pesquisadores de que o bioma Mata Atlântica, onde estão inseridas as três
formações vegetais presentes no município de Araucária, é um dos mais notáveis em termos de valor ecológico,
por abrigar espécies típicas e atributos biológicos únicos em todo planeta. Como o intenso desmatamento
reduziu sua área original a fragmentos esparsos, cada vez mais raros e alterados em sua composição florística
(SERGER et al., 2005), a preservação destes remanescentes de florestas e formações campestres deve ser
encorajada, não apenas por parte do poder público, mas também pela iniciativa privada (SERGER et al., 2005).
Além de seu papel fitoecológico, estas formações florestais têm sido consideradas de extrema importância como
corredores ecológicos, restabelecendo a conectividade entre fragmentos de ecossistemas originais e áreas
protegidas com relevância ambiental, os quais garantem o fluxo gênico, além de proporcionar abrigo e recursos
alimentares para a fauna residente.
Atualmente, a grande maioria dos remanescentes de Floresta Ombrófila Mista encontra-se no estágio
sucessional secundário, ou seja, já sofreu algum tipo de alteração ou apresenta-se tão fragmentada que a
Relatório Final
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sobrevivência de muitas espécies, seja da fauna ou flora, entra em declínio, prevalecendo apenas aquelas que
possuem maior plasticidade em se adequar a novas condições ambientais, e que, por isso mesmo, tornam-se
mais abundantes.
Segundo informações do Plano Diretor de Araucária (PMA, 2006), a maior parte do território municipal, no ano
de 2003, era composto por área antropizada em sua maioria, restando apenas cerca de 1,3% da floresta
Ombrófila Mista original e 25,5% de Floresta em estágio intermediário e médio de regeneração. Conforme
descrito no próprio Plano Diretor, apesar do montante representar um pouco mais de um quarto da superfície do
município, esses remanescentes encontram-se extremamente fragmentados, sem compor associações
expressivas ou conectadas em nenhum segmento (PMA, 2006). A seguir tem-se ilustrado a cobertura vegetal
municipal e urbana (Figura 40 e Figura 41).
Com relação aos Campos Naturais, a grande maioria foi substituída por área de pastagem ou ocupada pela
expansão urbana, também são evidenciadas importantes áreas de reflorestamento, constituídas por pinheiros
(Pinus spp.) e eucalipto (Eucalyptus spp.), em variados graus de maturidade, visando o aproveitamento
econômico.
Relatório Final
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As análises referentes à ADA e à AID foram realizadas conjuntamente, buscando identificar as tipologias
vegetacionais e os estágios sucessionais dos fragmentos florestais na região da AID.
A vegetação da ADA e da AID é constituída basicamente das formações florestais secundárias ocorrentes nas
porções de relevo ondulado de solos não hidromórficos (Floresta Ombrófila Mista Montana) e as florestas de
galeria (Floresta Ombrófila Mista Aluvial). A formação campestre (campos limpos) não foi detectada na ADA e
Relatório Final
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AID, embora haja a possibilidade de sua ocorrência pretérita na região em áreas isoladas e convertidas em
outros usos da terra, em especial a ocupação urbana.
Em toda a região da AID, encontram-se diversos fragmentos florestais, em diversos estágios de sucessão
secundária (inicial, médio e avançado). Muitos desses fragmentos são compostos por espécies típicas da
tipologia Floresta Ombrófila Mista como o pinheiro do Paraná e espécies associadas. Com relação aos estágios
sucessionais, estes fragmentos variam bastante segundo os diversos estágios de sucessão e ações antrópicas
verificados nas áreas.
A classificação dos estágios sucessionais é baseada na Resolução CONAMA Nº 002/94, que dispõe sobre os
parâmetros fisionômicos e estruturais da vegetação, segundo o grau de evolução da mesma como decorrência
do processo sucessional. Processo esse que pode variar tanto no que se refere à composição de espécies
quanto no tempo de ocupação por cada fase, sendo dependentes das condições abióticas (solo, pluviosidade e
declividade, entre outros fatores), da disponibilidade de propágulos vegetativos das espécies vegetais e dos
respectivos agentes dispersores (animais, vento e água, principalmente). (IBGE, 1992).
A vegetação primária, conforme o CONAMA (1994) é aquela que apresenta grande diversidade biológica, onde
os efeitos antrópicos são mínimos a ponto de não afetar significativamente suas características originais.
O estágio secundário inicial de regeneração caracteriza-se pela baixa riqueza de espécies quando comparado
com os estágios mais avançados de sucessão. A fisionomia é predominantemente constituída por formas
biológicas herbáceas, ou associada a arbustos e até mesmo árvores de pequeno porte. Neste estágio
praticamente inexiste uma camada de serapilheira acumulada no solo, uma vez que nestes ambientes a
formação de matéria orgânica é incipiente (CONAMA, 1994).
A vegetação em estágio de sucessão secundário médio é caracterizada tanto pela presença de espécies
herbáceas e arbustivas do estágio anteriormente citado (inicial) como pela presença de espécies arbóreas em
regeneração (CONAMA, 1994). Já o estágio secundário avançado é composto predominantemente por
associações florestais secundárias caracterizadas por três estratos arbóreos, ainda que não bem definidos,
sendo o primeiro (dossel) constituído por árvores de maior porte, de espécies remanescentes de fases
sucessionais anteriores ou por tardias que eventualmente encontraram ambiente favorável à sua instalação.
Com relação aos estágios sucessionais de vegetação para a ADA e AID não se encontrou vegetação primária,
mas tipos secundários que sofreram (e em alguns locais ainda sofrem) alterações de origem antrópica. Não há
uniformidade da cobertura florestal, mas um mosaico de áreas secundárias que variam de um tipo florestal bem
estruturado e diversificado em espécies, até locais em fase de sucessão ainda não florestal.
Constatou-se a predominância de comunidades arbóreas em fase média de sucessão, sugerindo um período de
recuperação próximo aos 20 anos (Figura 42). Em alguns casos é possível visualizar fragmentos que se
encontram em melhores condições, como é o caso da APP da nascente do córrego localizado a sudeste do
empreendimento, e também no fragmento localizado aos fundos do colégio São Vicente de Paula (Figura 43).
Quase a totalidade da região da ADA encontra-se recoberta por vegetação em estágio inicial (Figura 44),
restando alguns poucos remanescentes de vegetação em estágio secundário, sendo em sua maioria localizado
Relatório Final
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no limite sul do empreendimento, o que diagnostica uma área recém abandonada e antropizada, provavelmente
pelo uso do terreno para plantio de espécies exóticas como o Eucalipto.
Ainda é possível observar a presença de diversas espécies exóticas entremeadas nos remanescentes no
entorno da ADA (área de APP a ser presevada), principalmente por espécies de Eucalipto, demonstrando que a
região era utilizada anteriormente para o cultivo dessa espécie (Figura 45).
FIGURA 42: REMANESCENTE EM ESTÁGIO SECUNDÁRIO MÉDIO DE FIGURA 43: REMANESCENTE EM BOM ESTADO DE CONSERVAÇÃO
SUCESSÃO NA REGIÃO DA AID NA REGIÃO DA AID
A partir dos dados coletados e das visualizações em campo, observa-se que a área sofreu interferência
antrópica, representando pouco o estado natural da Floresta Ombrófila Mista.
No geral, a vegetação existente na ADA e AID do empreendimento encontra-se bastante descaracterizada, onde
grande parte da vegetação original foi convertida em outros usos da terra, restando poucos fragmentos
preservados, sendo em sua maioria característicos de Matas Ciliares.
Relatório Final
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Tendo em vista que a mata ciliar configura-se como um importante ponto de conectividade entre fragmentos,
propiciando refúgio e abrigo para espécies da fauna, julga-se importante o estabelecimento de medidas e
programas que visem à manutenção e o enriquecimento desses locais com espécies autóctones raras ou já
ausentes nesses remanescentes florestais.
Conforme mencionado no capítulo das condicionantes legais, em Araucária foram identificadas três Unidades de
Conservação, contudo, nenhuma delas encontra-se na Área de Influência Direta do empreendimento.
7.2.3 Fauna
O processo de urbanização produz alterações na estrutura física e biótica e introduz diversas mudanças no
ambiente natural original, modificando substancialmente a paisagem. Como resultado da intervenção antrópica
diversos processos ecológicos que envolvem a fauna são diretamente afetados ou até mesmo extintos destas
áreas (MENDONÇA & ANJOS, 2005).
O processo de fragmentação de maciços florestais acaba interferindo nas condições mínimas necessárias para a
sobrevivência de diversas espécies da fauna, ocasionando o desaparecimento local de algumas delas. Porém,
esse processo acaba favorecendo espécies que tenham maior facilidade de se adaptar em ambientes
antropizados, por oferecer novas fontes de alimentos e até mesmo pela ausência de predadores.
Devido ao alto nível de antropização encontrado no município de Araucária, são poucos os remanescentes
naturais de grande porte, salvo alguns remanescentes que margeiam os leitos dos rios Iguaçu, Passaúna e rio
Verde. Este cenário, por menor que seja sua similaridade com os ambientes naturais, proporciona condições e
recursos necessários para o estabelecimento de populações de uma série de espécies da fauna local, assim
como, a acomodação de espécies antes inexistentes nestes domínios, que a partir das alterações do ambiente
passaram a colonizar e se estabelecer.
Sendo assim, empreendimentos que possam trazer algum risco a esses remanescentes e as comunidades
faunísticas locais a eles associados, devem possuir ações e medidas preventivas no sentido de permitir o
desenvolvimento e ao mesmo tempo a preservação dos ecossistemas locais. Ressalta-se que neste aspecto o
empreendimento contará com APP que soma 18.205,79 m², correspondendo a cerca de 30% da área do
empreendimento. Outro fator importante para a preservação da biodiversidade é o conhecimento da fauna e flora
local, fazendo com que as ações sejam direcionadas a pontos específicos da região.
Neste trabalho optou-se por um método dinâmico e flexível utilizado para se obter e aplicar, de forma acelerada,
dados biológicos e ecológicos visando futuras decisões a serem tomadas. O método aplicado se utiliza da
integração de níveis múltiplos de informação onde, primeiramente definiram-se os objetivos deste procedimento,
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O presente estudo objetivou caracterizar a fauna associada aos maciços florestais e áreas verdes afetadas
direta ou indiretamente pela implantação do empreendimento.
Os grupos da fauna avaliados foram: mastofauna, herpetofauna e avifauna, descritos e caracterizados
isoladamente a seguir.
Devido ao grau de antropização encontrado na área e no entorno do empreendimento, optou-se por enfoque
mais detalhado apenas para o grupo da avifauna, pelo fato da grande representatividade deste grupo em
ambientes antropizados (MATARAZZO-NEUBERGER, 1992).
Entre as vantagens da utilização de aves como bioindicadores, destacam-se a facilidade de serem observadas,
de serem bem conhecidas e caracterizadas, com biologia e taxonomia geralmente bem definidas (MATARAZZO-
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NEUBERGER, 1992) e serem extremamente móveis, podendo responder de forma rápida às mudanças
ambientais no tempo e no espaço (GAESE-BÖHNING et. al. 1994).
7.2.3.3 Mastofauna
Para a Região Metropolitana de Curitiba podem ser destacados os trabalhos de Pinto-da-Rocha (1995), que
apresenta uma lista da fauna cavernícola do Brasil, incluindo coletas realizadas na gruta do Bacaetava, no
município de Colombo; Oliveira & Sipinski (2001), que inventariaram os mamíferos de quatro sistemas cársticos;
Bianconi et al. (2003), que levantaram informações sobre a quiropterofauna e sua conservação no município de
Fazenda Rio Grande; e Mikich e Dias (2006), que inventariaram a mastofauna dos remanescentes de Floresta
Ombrófila Mista localizados na área da Embrapa Floresta, no município de Colombo.
Com base em dados secundários oriundos de estudos da fauna da RMC, foram representadas 32 espécies com
maior possibilidade de ocorrência nas áreas de influência do empreendimento. As ordens Chiroptera e Rodentia,
com oito e 15 espécies respectivamente, se destacaram em relação às outras ordens.
Devido à sua capacidade de dispersão, diversas espécies de morcegos têm demonstrado capacidade de resistir
à pressão antrópica, seja mantendo-se em fragmentos florestais localizados em perímetro urbano ou
estabelecendo-se diretamente em ambientes urbanos (PASSOS & PASSAMANI 2003). Algumas espécies são
ecologicamente flexíveis e podem utilizar vários tipos de abrigo, além de variados recursos e estratégias
alimentares (TADDEI 1983, BREDT et al. 1996) em diferentes tipos de habitat, incluindo parques urbanos
(PASSOS & PASSAMANI 2003). Isto sugere que as áreas avaliadas, maciços florestais e áreas verdes são
importantes para a manutenção de algumas espécies de quirópteros no município.
A mastofauna da região é, atualmente, representada por espécies com grande plasticidade ecológica,
demonstrando um alto grau de adaptação às alterações observadas na área de influência.
Nas grandes áreas verdes preservadas do município é possível encontrar com certa facilidade capivaras
(Hydrochaeris hydrochaeris), ratões-do-banhado (Myocastor coypus), tatus-galinha (Dasypus novemcinctus) e
serelepes (Sciurus aestuans). Nas áreas úmidas ainda ocorrem preás (Cavia aperea) e, como habitantes
comuns da cidade estão os mamíferos que possuem alta capacidade de adaptação, sendo favorecidos por
ambientes antrópicos, como os gambás (Didelphis sp.), ratazana (Rattus norvegicus), rato-de-casa (Rattus
rattus) e camundongo (Mus musculus) (CURITIBA, 2008).
Didelphis albiventris e D. aurita, por gerarem grande número de filhotes, terem alimentação onívora e
capacidade de habitarem uma ampla variedade de ambientes, são duas espécies abundantes em ambientes
urbanos (EMMONS & FEER 1997).
Relatório Final
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7.2.3.4 Herpetofauna
7.2.3.5 Avifauna
Diversos autores apontam as aves como excelente indicador ecológico, tanto na avaliação da qualidade de
ecossistemas como no registro e monitoramento de alterações provocadas no ambiente, devido à interação da
avifauna com a vegetação (ANDRADE, 1993).
As aves correspondem ao grupo faunístico mais bem estudado disponibilizando um maior número de
publicações em espaço temporal. No entanto, como nos demais grupos faunísticos, há uma carência de
informações disponíveis para consulta, pois muitas das quais se encontram em forma de relatórios técnicos não
publicados e com acesso restrito.
Os dados utilizados com possibilidade de ocorrência na referida área, foram obtidos a partir de informações
secundárias (referências) e de investigações realizadas diretamente no local, conforme descrito anteriormente.
Relatório Final
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O grupo da avifauna foi o que apresentou maior representatividade (número de espécies registradas) durante o
levantamento da fauna, 157 no total. Das espécies visualizadas em campo, a grande maioria é de espécies
generalistas, ou seja, que se adaptam facilmente a ambientes antropizados (Figura 46).
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FIGURA 46: ESPÉCIES GENERALISTAS DA AVIFAUNA IDENTIFICADAS NA REGIÃO DA AID. A –FURNARIUS RUFUS (JOÃO-DE-BARRO); B –
GUIRA GUIRA (ANU-BRANCO); C –PATAGIOENAS PICAZURO (POMBÃO); D –TANGARA SAYACA (SANHAÇU-CINZENTO); E –VANELLUS
CHILENSIS (QUERO-QUERO); F –TURDUS RUFIVENTRIS (SABIÁ-LARANJEIRA); H –PITANGUS SULPHURATUS (BEM-TE-VI); I –SICALIS
FLAVEOLA (CANÁRIO-DA-TERRA-VERDADEIRO).
A B
C D
E F
Relatório Final
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G H
Através desse estudo foi possível observar que a maioria das espécies que formam a fauna da região do
empreendimento tem características generalistas e grande capacidade de adaptação. Estas espécies
normalmente não apresentam dificuldades de manter suas populações estáveis. Destas, há grupos
extremamente vinculados aos centros urbanos e outros que, mesmo tendo facilidade de ocupação das áreas
urbanas, se beneficiam também dos remanescentes florestais e áreas verdes do município.
Diante disso, e do fato de que o empreendimento irá ocupar uma área já desflorestada e rodeada por fragmentos
já cortados por vias de grande circulação de veículos, acredita-se que o impacto sobre a fauna nativa local será
mínimo.
De outro lado, é possível observar que o número de espécies da avifauna levantadas para a região, mesmo as
registradas para a ADA é alto se comparado com trabalhos em outros municípios brasileiros. Pode-se concluir
com a análise e comparação destes resultados que os maciços florestais e áreas verdes, assim como, outros
habitats oferecidos dentro do perímetro do município, proporcionam a existência de uma avifauna rica e
diversificada.
Portanto, a manutenção e criação de novas áreas verdes, sejam elas parques, bosques, praças, canteiros ou até
mesmo através da implantação de um paisagismo com diversidade de espécies nativas e a arborização das ruas
é de extrema importância para a preservação de número significativo de espécies que estão estreitamente
ligadas a tais ambientes e habitats disponibilizados dentro deles.
Relatório Final
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7.3.1.1 Demografia
Demografia é a ciência que estuda a estatística das populações humanas, revelando suas características
relevantes e a dinâmica populacional. O município de Araucária, segundo o Censo Demográfico (IBGE, 2010)
apresenta uma população de 119.123 habitantes, sendo perceptível sua evolução ao longo dos anos, como
apresentado na Tabela 3, abaixo.
Fazendo parte dos 26 municípios que cercam Curitiba (RMC), seu crescimento demográfico ao longo dos anos
tem relação com a expansão industrial e agropecuária na cidade. Seu grau de urbanização era de 92,51% em
2010, e seu crescimento geométrico era de 2,50% na área urbana e 0,91% na área rural (IPARDES, 2012).
Densidade Demográfica
De acordo com o Censo Demográfico de 2010, a cidade de Araucária possui território de 462.9 Km² e uma
população de 119.123 habitantes, registrando uma densidade demográfica de 253.9 hab/Km² (IBGE, 2012).
Essa medida é um indicador que mostra como a população é distribuída pelo seu território, sendo resultante
entre, população e a área de superfície do território.
Com relação à dinâmica demográfica na AID (meio antrópico) do empreendimento, para tal análise foram
considerados os setores censitários estabelecidos pelo IBGE para o ano de 2010, conforme mostra a Figura 47.
Relatório Final
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A partir dos dados do IBGE (2010), inseridos na Tabela 4, pode-se observar que o setor mais adensado é o
S0024, com densidade demográfica equivalente a 10.030,96 hab/km², seguido dos setores S0022 e S0132,
respectivamente. O setor censitário que apresentou menor densidade demográfica foi o setor S0108.
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Segundo GISMARKET (2010), a maior parcela da população do município (51,3%) faz parte da classe C, com
renda familiar de R$1.066,00 até R$ 3.190,00. A segunda maior porção é formada pela classe B (renda familiar
de R$3.191,00 até R$ 7.974,00), com 29,3%, e o restante da população encontra-se distribuído na proporção de
1,80% na classe A (acima de R$ 7.975,00), 15% na classe D (R$ 609,00 até R$1.065,00) e 2,6% na classe E
(até R$ 608,00). Na área de influência direta do empreendimento (meio antrópico) a proporção é de 3% da
população na classe A, 36,2 % na classe B, 46,6% na classe C, 12% na classe D e 2,2% na classe E. A renda
média domiciliar mensal na AID é de R$ 3.148,00 contra R$ 2.728,00 da média municipal.
Relatório Final
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7.3.3.1 Zoneamento
O Plano Diretor tem como objetivo ordenar o desenvolvimento municipal (AII) de forma sustentável e garantir o
cumprimento da função social da cidade e da propriedade, assegurando os direitos individuais e coletivos.
Como instrumento de normalização, tem-se o zoneamento municipal, que define os parâmetros de uso e a
ocupação do solo, objetivando dirigir o crescimento da cidade. Em Araucária, a Lei n°2.160 de 19 de janeiro
2010, que “Dispõe sobre o zoneamento, o uso e a ocupação do solo [...]” revogou a Lei 1.047/1996, que instituía
“[...] normas especiais de usos e ocupação do solo urbano [...]”
Assim, para a análise dos parâmetros incidentes na área deve-se considerar que no início do ano 2010
(23/12/2010) foi protocolado sob o número 012592/10, junto ao setor de urbanismo municipal, a primeira versão
do projeto deste empreendimento. Assim, os parâmetros que regulam os estudos são anteriores a legislação
vigente (Lei n° 2.160/2010). Desta forma, a seguir estão apresentadas as zonas que compõem a AII, AID e ADA.
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Verifica-se que a ADA enquadrava-se, na legislação anterior, na Zona Residencial 3 (ZR3), para a qual é
permissível o uso de comércios e serviços setoriais e taxa de ocupação de 66,67%.
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7.3.3.2 Bairros
Segundo a Lei Federal nº 6.766/79, um bairro é a “subdivisão da gleba em lotes destinados à edificação, com
abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das
vias existentes” (BRASIL, 1979). A sede urbana de Araucária é dividida em 22 bairros, como mostra a Figura 49.
A área do empreendimento localiza-se no bairro Centro, limítrofe ao bairro Cachoeira e próximo aos bairros
Fazenda Velha e Sabiá, conforme ilustra a figura a seguir.
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Foram levantadas ainda as vias da AID que possuem uma maior concentração de estabelecimentos comerciais
que estabelecem uma relação e atratividade de usuários, denominados pela GISMARKET como pólos
comerciais. Segundo estas características foram demarcadas as vias Av. Archelau de Almeida Torres; Av.Victor
do Amaral; e Rua Pedro Druszcz; detalhadas a seguir.
Com relação aos principais pólos comerciais, de acordo com a GISMARKET (2010), foram levantadas as
principais concentrações deste uso, a fim de analisar quali-quantitativamente a oferta de “comércio de rua”.
Desta forma, a Av. Archelau de Almeida Torres (Quadro 11), localizada ao sul do empreendimento e distando
0,7 Km do mesmo, apresentou um comércio variado, com atratividade média de consumidores de renda média a
baixa e um padrão regular de qualidade dos estabelecimentos. Já a Av. Dr. Victor do Amaral (Quadro 12),
localizada a 1,0 Km a oeste do empreendimento, atende a um público variado de maior poder aquisitivo,
possuindo um padrão bom de qualidade dos estabelecimentos e com atratividade média. Por fim, a Rua Pedro
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Druszcz (Quadro 13) a sudoeste da ADA possui comércio variado, sendo os estabelecimentos regulares quanto
a qualidade e com atratividade média de consumidores de maior poder aquisitivo.
QUADRO 11: PRINCIPAIS PÓLOS COMERCIAIS NA AID.
Av. Archelau de Almeida Torres (extensão: 0,6 km)
Padrão dos Estabelecimentos Regular
Perfil do Público B/C/D/E
Atratividade Médio
Foram ainda levantadas, pela empresa GISMARKET, as principais lojas comerciais e as categorias em que se
enquadram as mesmas. Os dados foram coletados em três diferentes áreas, representadas na Figura 51,
denominadas como: primária, secundária e terciária. Neste estudo abordaremos os estabelecimentos inseridos
na área primária, por esta englobar a AID, representando a real conformação do entorno do empreendimento.
Relatório Final
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FIGURA 51: ÁREAS DE INFLUÊNCIA DEFINIDAS PARA QUANTIFICAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DOS COMÉRCIOS EXISTENTES
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Foram ainda levantadas lojas âncora e semi-âncora que são aquelas mais representativas perante a oferta atual.
Ao todo foram levantadas 62 unidades nas três áreas delimitadas, somando 23.900 m² de área de vendas,
destacando-se a categoria de lojas de “artigos do lar”. A porção definida como primária (Tabela 7) comporta 60
lojas âncora e semi-âncora (96,77% do total levantado), sendo 26,67% estabelecimentos de “artigos do lar” e
21,67% estabelecimentos de vestuário.
TABELA 7: NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS E ÁREAS DE VENDAS POR CATEGORIA:
Categoria N° de Estabelecimentos Área de Vendas (m²)
Alimentação 2 350
Artigos Diversos 2 450
Vestuário 13 3.550
TOTAL 60 22450
Fonte: GISMARKET, 2010.
Por fim, considera-se relevante a presença, na área primária, de três galerias comerciais: Araucenter; Ônix
Trade Center; e Shopping Intercontinental. Estes estabelecimentos comerciais encontram-se na área da AID ou
próximos a ela, interferindo nos aspectos mercadológicos do entorno da mesma. O primeiro deles possui um
total de 14 lojas, apresentando um a taxa de vacância de 7,1%; já o Ôniz Trade Center possui um total de 15
lojas e uma taxa de vacância de 13,33%; o Shopping Intercontinental, por sua vez, possui 21 lojas, sendo 9
fechadas, o que representa uma taxa de vacância de 42,8%.
Relatório Final
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Em consulta à Secretaria Municipal de Urbanismo verificou-se que não há, na AID e suas proximidades,
empreendimentos em aprovação que impactem de forma significativa nas dinâmicas da área. Desta forma, como
prognóstico, não se antevêem possíveis empreendimentos que possam gerar conflitos quanto ao uso e a
mobilidade do entorno do empreendimento. Foi citado apenas, um empreendimento habitacional que se
localizará na Rua Papa João XXIII, nas proximidades da AID, mas que não interferirá diretamente na área de
estudo.
A área diretamente afetada pelo empreendimento é composta, na maior parte do seu território, por área de
campo (vegetação em estágio inicial) correspondendo à 64,84%, como pode ser observado na Figura 52 e
Figura 53. Na porção sul do terreno existe uma faixa contínua, além de pequenas áreas isoladas, de vegetação
em estágio secundário médio de regeneração (9,082%) e uma pequena área de vegetação em estágio
secundário inicial de regeneração (2,12%). A sudoeste e a nordeste encontram-se porções de vegetação em
estágio pioneiro de regeneração (8,02%).
Relatório Final
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7.3.4.1 Saúde
De acordo com texto provido do PLHIS Araucária, segundo informações do Plano Diretor de Araucária (PMA,
2006), a rede ambulatorial do município é composta por 19 Unidades Básicas de Saúde (UBS), sendo que 8
estão localizadas na área rural. Possuiu uma Unidade de Saúde 24 horas e apresenta perfil de unidade de
pronto atendimento, voltadas para as situações de urgência / emergência.
Ademais, possui unidades especializadas e unidades voltadas para uma clientela específica, como o ambulatório
da Escola Especial e da Escola Agrícola, a Clínica da Mulher, a Clínica do Idoso, o Centro de Especialidades
médicas e o Centro de Especialidade Odontológica, o Ambulatório de Psiquiatria, o CAPs, o Centro de Atenção
aos Usuários de Álcool e outras drogas, o Serviço de Orientação e Aconselhamento para DST/AIDS – SOA e o
Ambulatório de Feridas.
Em relação ao atendimento hospitalar, Araucária possui dois hospitais, chamado Hospital São Francisco de
Paula, particular, conveniado ao Sistema Único de Saúde (SUS), além de contar com o Hospital Municipal de
Araucária.
Na área de influência direta do empreendimento está localizado o Hospital Municipal de Araucária (cruzamento
da Rua Angelina Huttner com a Rua São Vicente de Paulo), além de constar duas unidades básicas (centros de
Relatório Final
92
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saúde) e o Hospital São Francisco de Paula, próximo da área de influência direta, conforme pode ser observado
na figura a seguir.
Relatório Final
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Segundo o PLHIS de Araucária (PMA, 2010), “De acordo com a Prefeitura Municipal, Araucária dispõe de 98
estabelecimentos escolares, sendo a maioria promovida pela rede de ensino municipal. Ainda, constata-se maior
proporção nos estabelecimentos voltados para o ensino fundamental.”
Constata-se quatro estabelecimentos educacionais na área de influência direta do empreendimento, entre eles o
Colégio Estadual Professor Julio Szymanski, localizado na Rua São Vicente de Paula; o Colégio São Vicente de
Paula situado na rua São Vicente de Paula; a Escola Municipal Irmã Elizabeth Werka na rua Lourenço Jasiocha;
e o CMEI Jardim do Conhecimento na São Vicente de Paula.
Relatório Final
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Relatório Final
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O Município de Araucária contempla as seguintes áreas de parques e praças : Parque Cachoeira, Parque
Ambiental do Passaúna e Parque das Pontes, situando-se dentro dos limites da área urbana; o Parque Linear do
Iguaçu, que passa desse limite; e na área rural, o Parque José Wachowski. Dentre eles, os que se situam na
área de influência direta do empreendimento, ou próximos a esta, são o Parque Cachoeira e o Parque das
Pontes, que compõe o Jardim Ambiental Linear (Figura 56).
Segundo a Prefeitura Municipal de Araucária, o Jardim Ambiental Linear tem como concepção a preservação e
recomposição da mata ciliar, bem como a recuperação de áreas degradadas e limpeza ao longo dos ribeirões
Cachoeira e Chimbituva e o desassoreamento do lago do Parque Cachoeira. Além disso, o Jardim Ambiental
Linear propõe a recuperação das pontes metálicas situadas sobre o rio Iguaçu, valorizando o paisagismo,
concedendo diversos espaços e equipamentos de lazer à população (PMA, 2012).
O Parque Cachoeira, mais próximo à área do empreendimento, abrange 27,96 hectares compostos por Floresta
Ombrófila Mista (Floresta com araucárias) com subformações Montana e Fluvial.
O Parque das Pontes encontra-se no prolongamento da Rua Benjamin Constant, sendo considerado o trecho
César Traucynski o trecho 1 do Jardim Ambiental Linear.
Quanto a praças, são contabilizadas 27, estando 26 na área urbana de Araucária. Constituem remanescentes da
floresta original, com dominância do pinho-bravo (Podocarpus lambertii). Próxima à AID situa-se a Praça Dr.
Vicente Machado.
Relatório Final
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Relatório Final
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comerciais (5,27%). Respectivamente, a Tabela 8 apresenta o número total de ligações, onde 92,74% das
ligações são feitas em unidades residenciais, seguido das unidades comerciais (5,23%).
Em relação à ADA, o seu entorno imediato é provido totalmente pelo sistema de abastecimento de água operado
pela SANEPAR, sendo possível o atendimento ao empreendimento pela infraestrutura existente, conforme ilustra
a Figura 57 e pela consulta prévia referente ao atendimento dos serviços de abastecimento de água e coleta de
esgoto solicitada à Sanepar (Anexo 01).
Relatório Final
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Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
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Relatório Final
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Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
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As atividades humanas produzem efluentes de diferentes naturezas e que geram impactos aos seus receptores,
sejam eles rios, lagos, arroios ou redes de esgoto. Considerando que a parcela mais significativa do esgoto
sanitário corresponde ao esgoto doméstico, neste item serão analisadas as informações referentes à cobertura
deste serviço, sob a responsabilidade da SANEPAR.
Diferentemente, em contraste com o sistema de abastecimento de água, a cobertura do serviço de esgotamento
sanitário não atente todas as unidades municipais na AID, se concentrando na porção central da sede urbana
(Figura 58).
O município possui duas Estações de Tratamento de Esgoto (ETE): a ETE Iguaçu e a ETE Cachoeira, ambas de
tratamento anaeróbio e lançamento no rio Iguaçu. Ainda, o sistema de esgotamento conta com redes coletoras e
estações elevatórias.
Das unidades abrangentes do sistema de esgotamento sanitário apresentado na Tabela 9, as unidades
residenciais na sede urbana representam 90,23% das unidades atendidas, concomitantemente com o número de
ligações residenciais (89,99%).
Em relação à ADA observa-se, através do mapa de cobertura do serviço de esgotamento sanitário, a presença
de rede de coleta nas ruas limítrofes ao terreno tais como a Rua Manoel Ribas e Lourenço Jasiocha, sendo
possível segundo consulta prévia realizada à Sanepar, o atendimento ao empreendimento.
Relatório Final
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Relatório Final
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A área configurada pela AII dos aspectos antrópicos (sede urbana de Araucária) é drenada por duas sub-bacias
dos rios: Passaúna e Barigui, sendo que a do Passaúna é considerada manancial de abastecimento público. O
sistema de drenagem pluvial se dá pela rede de drenagem instalada nas vias pavimentadas. As demais vias não
possuem pavimentação e tem as águas das chuvas conduzidas pelas sarjetas.
Por constarem em área urbana, e conseqüentemente são aquelas com maiores densidades populacionais,
promovem um maior impacto à drenagem municipal devido à impermeabilização gerada pela infraestrutura da
área e pelo resíduo que, eventualmente, se acumula nas vias públicas.
A drenagem das porções caracterizadas como AID se dá através de forma semelhante à AII, sendo sua porção
oeste mais impermeabilizada por vias pavimentadas, as quais possuem escoamento pela rede de drenagem
pluvial. Quanto à drenagem das proximidades da ADA, ressaltam-se a Rua Manoel Ribas e Rua Lourenço
Jasiocha, vias pavimentadas que apresentam bocas coletoras, indicando a presença da rede de drenagem
pluvial (Figura 59 e Figura 60).
FIGURA 59: BOCAS COLETORAS RECENTEMENTE INSTALADAS NA FIGURA 60: BOCAS COLETORAS RECENTEMENTE INSTALADAS NA
RUA LOURENÇO JASIOCHA RUA LOURENÇO JASIOCHA
A coleta, o transporte e a destinação final dos resíduos do município de Araucária são de responsabilidade da
Prefeitura Municipal, que terceiriza o serviço para outras empresas de coleta e transporte, que abrange a coleta
e transporte dos resíduos gerados no município.
Atualmente, a destinação final dos resíduos de Araucária, assim como dos demais municípios integrantes da
Região Metropolitana de Curitiba (RMC), são destinados ao Centro de Gerenciamento de Resíduos Iguaçu,
localizado em Fazenda Rio Grande e pertencente à empresa Estre Ambiental. Este local tem sido utilizado
desde o encerramento das atividades do Aterro Sanitário da Caximba.
O serviço de coleta convencional ocorre em cinco dias da semana (terça-feira a sábado) em todo o quadro
urbano, que configura a AII, sendo dividida em oito setores. Dentre estes, o empreendimento (ADA) está inserido
Relatório Final
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no setor 2 e limítrofe ao setor 3, sendo que ambos possuem a mesma freqüência, horário e turnos de coleta,
conforme indica a Figura 61.
Além disso, a coleta seletiva também é realizada na AII uma vez por semana abrangendo todos os setores de
coleta, realizado por equipes que encaminham o material para uma central de separação e
processamento/prensagem, e posteriormente, o material é vendido.
Relatório Final
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Relatório Final
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FIGURA 62: POSTES DA REDE ELÉTRICA NA RUA LOURENÇO FIGURA 63: POSTES DA REDE ELÉTRICA NA RUA MANOEL RIBAS
JASIOCHA
O sistema viário de Araucária é regulado pela Lei Municipal n°2.161/2010 (ARAUCÁRIA, 2010b), que tem por
finalidade promover a mobilidade regional e municipal, ou seja, os deslocamentos entre o município e os demais
integrantes da RMC, além das ligações internas ao território municipal.
Compõe a legislação mencionada a hierarquização viária, como instrumento de estruturação dos principais
eixos, a fim de fornecer condições de acesso às atividades urbanas e rurais e garantir a circulação e transporte
de pessoas e mercadorias em seu território. Apresenta-se a seguir, a hierarquia definida para as vias,
classificadas de acordo com as seguintes categorias funcionais:
Vias de Penetração: faz referência às Rodovias Federais e Estaduais que cortam o município, quais
sejam: a Rodovia do Xisto – BR-476, PR-423 e PR-421 de responsabilidade do DNIT e DER, cuja
função é conduzir, de forma expressa, o Tráfego regional;
Relatório Final
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Vias Marginais: vias que acompanham a rodovia do Xisto – BR-476, PR-423 e as ferrovias no trecho
urbano de Araucária, com a função de facilitar o acesso às atividades lindeiras, podendo estar
localizadas dentro das faixas de domínio;
Vias Arteriais: são as vias urbanas, com a função de conduzir o tráfego e de serem os principais eixos
de ligação entre as diversas regiões da área urbana do município de Araucária;
Vias Coletoras: são as vias urbanas que têm como função estruturar o tráfego local e servir de ligação
às vias arteriais;
Vias Locais: são as vias responsáveis, prioritariamente, pelo acesso às atividades urbanas lindeiras e
pela condução de veículos em pequenos percursos;
Via perimetral: é a via que contorna a área urbana, atuando como limítrofe das áreas urbanizadas e
das áreas que apresentam riscos de inundação e restrições ambientais próximas aos rios Passaúna,
Iguaçu e Barigui;
Ciclovias: são espaços destinados à circulação de bicicletas e afins, propiciando a separação da
circulação de automóveis e de pedestres, como meio de promover a segurança dos usuários;
Ciclovias compartilhadas: são espaços destinados à circulação de bicicletas e pedestres, implantados
apenas em vias consolidadas onde não há possibilidade de implantação de ciclovias independentes;
Vias Rurais: são as estradas localizadas na área rural.
De acordo com a Lei do Sistema Viário, é possível identificar na AID do empreendimento “vias arteriais” e
“coletoras”, conforme Figura 64 a seguir. As primeiras, caracterizadas como importantes vias de ligação interna,
estão representadas pelas avenidas Manoel Ribas e Archelau de Almeira Torres, cortando a AID no sentido
noroeste-sudeste. Já a classificação “vias coletoras”, que distribuem o tráfego local, foi identificada nas seguintes
vias: Av. Dr. Victor do Amaral, Rua São Vicente de Paulo, Rua Heitor Alvez Guimarães e Rua Santa Catarina.
Vale ressaltar ainda a proximidade da AID com a BR-476 (Rodovia do Xisto) que se caracteriza como uma via de
penetração, acompanhada de suas marginais.
Relatório Final
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Quanto a ADA, observa-se que a mesma é atendida diretamente pela Rua Manoel Ribas, classificada com
arterial pela legislação municipal. Assim destaca-se a facilidade de acesso ao empreendimento, uma vez que
esta via atravessa a BR-476, distribuindo assim, além do fluxo interno ao município de Araucária, o fluxo
proveniente dos demais municípios da RMC.
Relatório Final
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Ligeirinho da RMC, o qual permite por meio do terminal Pinheirinho e CIC, a integração com o restante do
sistema regional e curitibano. Estão integrados neste sistema os demais municípios: São José dos Pinhais,
Pinhais, Colombo, Piraquara, Rio Branco do Sul, Almirante Tamandaré, Fazenda Rio Grande, Campo Largo,
Campo Magro, Contenda, Itaperuçu e Bocaiúva do Sul. As linhas metropolitanas Curitiba/Araucária,
Araucária/Campo Largo e Araucária/Contenda são gerenciadas pela URBS Curitiba e executadas pela Empresa
Araucária Transporte Coletivo.
De acordo com informações da CMTC, estão sendo feitas novas propostas para readequação do sistema
integrado de transporte, a exemplo da nova Estação de Transferência (inaugurada em 2012), na Rua Manoel
Ribas, que possivelmente interferirá nas linhas de transporte no entorno do empreendimento Esta apresenta 50
m de extensão e pode receber até dois ônibus articulados por vez, em ambos os lados da plataforma. Através
dela, o usuário pode fazer integração com a linha Circular Centro, o Linhão L01 (TRIAR) e Ligeirinhos que vão
para Curitiba.
Percorrem a AID do empreendimento, segundo informações disponibilizadas pela CMTC (2013), as seguintes
linhas: Santa Regina, Santa Clara, São Francisco, Califórnia/Vital Brasil, Circular Centro, Costeira/D´Ampezzo,
Ipês/Jatobá, Fonte Nova, UEG/Minas Gerais, Califónia/CSU, Jardim Primavera/Unimed, Linhão 01-
Angélica/Tupy, Linhão 02-Angélica/Tupy e a Linha Intersul sentido anti-horário, conforme Figura 65, a seguir.
Dentre as linhas citadas, foi realizado um estudo aprofundado, pela empresa Martins e Monteiro Ltda., sobre as
linhas Santa Regina, Linhão 01-Angélica/Tupy e Circular Centro, por atenderem o entorno imediato da ADA. As
análises relacionadas ao mesmo serão apresentadas na sequência deste item. Verificam-se ainda no limite da
AID, a existência de dois pontos de taxi e três pontos de ligeirinhos.
Relatório Final
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Relatório Final
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Elaboração de Plano de Mobilidade Urbana (Ministérios das Cidades, 2007) onde o passageiro deve estar no
máximo a 500m de distância para acessar o transporte coletivo.
Considerando o grau de urbanização e a concentração de pessoas da região de estudo, verifica-se que a área
de cobertura de 500m pode ser reduzida para aumentar os níveis de atendimento do sistema. Desta forma, o
limite considerado neste estudo foi de 300m de caminhada máxima realizada pelo usuário do transporte coletivo
do eixo da Rua Manoel Ribas.
Diante disto, foram observadas na AID três linhas do sistema urbano que realizam seu itinerário no entorno
imediato, são elas: a linha 23 – Santa Regina; a linha denominada Linhão 01 – Angélica /Tupy; e a linha Circular
Centro, por se tratar de uma linha considerada de extensão baixa, menos de 7 km, e que tem o intuito de
fomentar a acessibilidade ao comércio da região.
Um dado importante para a análise das linhas selecionadas para o estudo de impacto de tráfego no que tange o
transporte coletivo são os números de viagens que as mesmas realizam durante cada hora do dia. Este dado
nos mostra a oferta atual para a região estudada e pode ser observada na Tabela 10, a seguir.
Ressalta-se ainda o número de lugares ofertados por linha, próximo ao horário padrão de funcionamento de um
shopping, ou seja, das 10h00min às 22h00min. Verificou-se, através do número médio de viagens, que existem
na região, em seu horário de maior movimentação, cerca de 9 viagens por hora, sendo uma viagem a cada 7
Relatório Final
110
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minutos. Assim, de acordo com a freqüência e o número de lugares de cada linha, o entorno imediato da AID
oferta, em média, 640 lugares por hora, conforme o Gráfico 1 abaixo.
GRÁFICO 1: OFERTA DE LUGARES POR LINHA NA ÁREA DE INFLUÊNCIA
Total Circular Centro Linhão 1 Santa Regina
800
700
600
500
400
300
200
100
Com relação à infraestrutura do mobiliário urbano para o transporte coletivo, verificou-se a existência de dois
pontos de paradas por sentido na Rua Manoel Ribas. Estes distam cerca de 400 metros do empreendimento, em
sentidos opostos, contando com cobertura para proteção das condições climáticas, como pode ser observado na
Figura 66 e Figura 67.
FIGURA 66: INFRAESTRUTURA DOS PONTOS DE PARADA DO FIGURA 67: INFRAESTRUTURA DOS PONTOS DE PARADA DO
TRANSPORTE COLETIVO TRANSPORTE COLETIVO
Fonte: MARTINS E MONTEIRO LTDA., 2013. Fonte: MARTINS E MONTEIRO LTDA., 2013.
O estudo de tráfego elaborado pela empresa Martins e Monteiro Ltda. (2013) compreende as análises referentes
ao impacto gerado pela operação do empreendimento a partir do cálculo estimado da demanda futura,
Relatório Final
111
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
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considerando a capacidade atrativa de estabelecimentos do tipo shopping center. As projeções verificadas foram
contrapostas à capacidade da infraestrutura viária atual, verificada através de dados históricos e levantamentos
in loco, para que então pudessem ser propostas adequações que minimizarão a influência do empreendimento
na estrutura viária da AID. Neste contexto, o presente item se limitará a descrever as análises realizadas na
área, com a finalidade de caracterizar o tráfego do entorno imediato da ADA. As análises realizadas in loco,
encontram-se como Anexos, deste documento.
Considerando o que foi exposto, foram identificadas e analisadas quanto à qualidade de operação, três
intersecções viárias essenciais, cujas localizações podem ser verificadas na Figura 68:
• Interseção 1 (P01) : Rua Manoel Ribas x Avenida Victor do Amaral;
• Interseção 2 (P02) :Rua Manoel Ribas x Rua São Vicente de Paulo;
• Interseção 3 (P03) :Rua Manoel Ribas x Rua Santa Catarina.
FIGURA 68: PONTOS DE PESQUISA DE CONTAGEM VOLUMÉTRICA.
Estas interseções são as mais significativas para análise, considerando a influência do empreendimento
previsto, tendo em vista que elas são as mais carregadas do entorno e o tráfego gerado pelo empreendimento
se diluirá nas mesmas, sendo pouco expressivos os impactos fora da AID. A interseção P01 é controlada por
semáforo e as interseções P02 e P03 são controladas por rotatórias ou rótulas.
Relatório Final
112
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Para que fosse possível identificar o comportamento da demanda, ou seja, sua variação durante o dia e
reconhecimento do período de pico (faixa de uma hora que concentram os maiores volumes de veículos) foram
realizadas pesquisas de campo que seguiram parâmetros estabelecidos pelo Manual de Estudos de Tráfego do
DNIT, de 2006. Desta forma, os dados foram coletados, através de contagens dos volumes de todos os fluxos
existentes em cada cruzamento em períodos de 15 minutos, em dias úteis entre 09h00min e 14h00min e entre
15h00min e 19h00min e aos sábados entre 09h00min e 14h00min. A seleção do período de pesquisa foi
realizada compatibilizando os horários de maior demanda da via com o horário de funcionamento do
empreendimento.
Pode-se observar através do Gráfico 2 que durante os dias úteis a faixa de hora com maior demanda ocorre no
período da tarde entre 17h15min e 18h15min, horário considerado entre os maiores picos de demanda,
representando entre 59% e 78% da demanda da hora pico.
GRÁFICO 2: PERFIL DA DEMANDA DA ÁREA DE INFLUÊNCIA EM DIAS ÚTEIS/2013.
Interseção 01 Interseção 02 Interseção 03 Média
120%
17:15 - 18:15
100%
100%
78%
80%
59%
60%
40%
20%
0%
---
09:00
09:15
09:30
09:45
10:00
10:15
10:30
10:45
11:00
11:15
11:30
11:45
12:00
12:15
12:30
12:45
13:00
15:00
15:15
15:30
15:45
16:00
16:15
16:30
16:45
17:00
17:15
17:30
17:45
18:00
As pesquisas aos sábados foram realizadas durante o período da manhã, pois representa o período
economicamente ativo do dia. Pode-se observar que não há uma variação significativa da mesma, apresentando
um pico durante o período entre 11h45min e 12h45min, conforme Gráfico 3.
Relatório Final
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120%
11:45 - 12:45
100%
100%
84% 84%
80%
60%
40%
20%
0%
09:00
09:15
09:30
09:45
10:00
10:15
10:30
10:45
11:00
11:15
11:30
11:45
12:00
12:15
12:30
12:45
13:00
Fonte: MARTINS E MONTEIRO LTDA., 2013.
Relatório Final
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Qualquer empreendimento gera impactos, tanto positivos como negativos, em função de seu porte,
características e atividades a serem realizadas. Assim, este capítulo aborda a identificação, avaliação e análise
dos possíveis impactos ambientais e urbanísticos decorrentes da implantação (obra) e operação
(funcionamento) do empreendimento.
A partir da identificação dos impactos foram desenvolvidas análises objetivando sua avaliação no contexto da
dinâmica ambiental e urbana. Sua descrição foi realizada através da apresentação de sua denominação,
seguida de uma descrição que considera a sua causa direta ou possíveis causas indiretas e prováveis
conseqüência futuras.
Os impactos considerados como negativos deverão ser minimizados através de intervenções que serão
executadas por meio de técnicas modernas que garantam a redução do impacto a níveis considerados
desprezíveis. Para impactos de difícil reversibilidade, serão previstas ações de minimização que deverão ser
acompanhados por programas de monitoramento, procurando desta forma, reduzir seus efeitos deletérios. Já os
impactos considerados positivos deverão ser potencializados de forma a trazer maiores benefícios para as áreas
de influência e para o próprio empreendimento.
Após a descrição de cada impacto, um quadro é apresentado no mesmo formato do quadro exposto na
seqüência (Quadro 14) que demonstra como foram empregados os conceitos. Em casos que determinado
conceito não se aplicar ao tipo de impacto, constará no quadro de resumo do impacto a descrição “não se
aplica”.
Relatório Final
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DESCRIÇÃO OBSERVAÇÃO
Baixa, média ou alta, resultante da análise relativa do impacto gerado frente aos outros
Magnitude
impactos e ao quadro ambiental atual e prognosticado para a área.
O efeito das obras do empreendimento estará relacionado, principalmente, às emissões primárias de material
particulado (poeira suspensa) liberadas à atmosfera, decorrentes das atividades realizadas no canteiro de obras,
que abrangem serviços de escavação, perfuração, transporte e armazenagem de materiais e resíduos,
serragem, britagem, movimentação de terra em atividades de corte e aterro, produção de concreto e argamassa,
demolições, entre outras.
As emissões secundárias serão menos significativas e em menor volume frente ao impacto das emissões
primárias, e estão relacionadas à emissão de gases a partir da queima de combustíveis de veículos e
equipamentos.
Visto a ocorrência deste impacto, ressalta-se que durante toda a obra, o mesmo será reduzido e a poeira
suspensa terá um alcance bastante limitado, devido as suas características (por se constituir de frações
grossas). Esta redução se dá em função da utilização de estrutura do tipo hélice contínua (provável) ou
escavada (fundação) e ainda de estrutura pré-moldada a ser utilizada tanto na estrutura (fechamento das faces)
e na cobertura que diminui os processos de produção de concreto e argamassa in loco, além das
movimentações no próprio canteiro.
Portanto, os impactos negativos significativos gerados no canteiro de obras estão limitados ao próprio canteiro
(ADA) e ocasionalmente na AID, podendo ocasionar pequeno desconforto aos funcionários das obras.
São impactos negativos de baixa magnitude e caráter temporário, visto que será decorrente das atividades
oriundas desta fase, de ocorrência certa, porém, considerando as políticas de comprometimento com o meio
ambiente, adotadas pelo empreendedor, possivelmente estes impactos serão mínimos, de curta duração, e
impactarão somente a ADA.
QUADRO 15: DESCRIÇÃO DO IMPACTO - EMISSÃO DE PARTÍCULAS EM SUSPENSÃO E GASES DE COMBUSTÃO PARA A ATMOSFERA
DESCRIÇÃO OBSERVAÇÃO
Localização do impacto ADA e ocasionalmente na AID
Fase de ocorrência Implantação
Probabilidade de ocorrência Certa
Natureza do impacto Negativo
Tipo do impacto Direto
Duração do impacto Temporário
Relatório Final
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DESCRIÇÃO OBSERVAÇÃO
Espacialização Localizado
Possibilidade de reversão Reversível
Ocorrência Imediato
Importância Média
Magnitude Baixa
Durante o período das obras, haverá elevação dos níveis de ruído e vibrações, conseqüência das atividades de
instalação do canteiro de obras, como: da descarga de equipamentos e materiais (como ferragens, pedras britas,
areia); posteriormente, com o início da obra: ruídos gerados pelos serviços de fundação e do funcionamento dos
equipamentos e circulação de veículos pesados, além de outras atividades desempenhadas pelos funcionários e
a circulação dos mesmos no canteiro de obras.
Os impactos relativos à pressão sonora poderão afetar o entorno da área do empreendimento, no entanto, é
importante lembrar que atualmente, as propriedades limítrofes encontram-se desocupadas em sua maioria.
Ainda, como conseqüência da elevação da pressão sonora durante a realização das obras, a avifauna do
remanescente florestal (área de preservação permanente) situado na porção sul do empreendimento poderá ser
afetada temporariamente, podendo ocasionar alterações em seus hábitos e comportamentos.
Este impacto tem caráter reversível a partir da finalização da obra, com a desmobilização do canteiro de obras e
limpeza da área. Por sua vez, a magnitude poderá ser considerada baixa e importância média e de caráter
temporário, considerando que ocorrerá especificamente no período de construção do empreendimento.
Os recursos hídricos estão sujeitos a interferência em sua qualidade ambiental através da poluição difusa
(coeficiente runoff) que pode ser gerada pela “lavagem” do solo durante o escoamento superficial das águas
pluviais. Este tipo de poluição é de difícil identificação e tratamento, pois pode conter uma grande variável de
Relatório Final
117
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
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substâncias. Portanto, a prevenção e planejamento prévio do uso do solo é a melhor medida a ser tomada a
esse respeito.
Na fase de implantação do empreendimento, haverá produção de sedimentos decorrentes de escavações,
terraplanagem, estoque de matérias-primas (areia, cascalhos, etc.), além de eventuais derramamentos de óleos,
combustíveis e graxas e outros efluentes. Estes materiais expostos à ação da chuva podem causar obstruções e
assoreamento no sistema de drenagem e, na seqüência, escoar até os corpos hídricos, no caso para área da
nascente e córrego na área de fundo de vale localizado nas proximidades da área a ser implantado o
empreendimento, e posteriormente no rio Cachoeira, podendo causar aumento do consumo de oxigênio
dissolvido por meio de processos de oxidação química e bioquímica, alterações de pH, alterações de turbidez,
elevação da carga inorgânica, entre outros.
Este impacto possui probabilidade de ocorrência incerta, porém, todas as medidas de correção e minimização
deste serão tomadas, a serem especificadas no PGRCC e aquelas contidas nos itens 9.2 e 9.7, reduzindo ao
máximo a possibilidade de qualquer tipo de contaminação dos recursos hídricos. Caso ocorra, possui baixa
magnitude e média importância, sendo parcialmente reversível.
QUADRO 17: DESCRIÇÃO DO IMPACTO – POSSIBILIDADE DE INTERFERÊNCIA NA QUALIDADE DOS RECURSOS HÍDRICOS
DESCRIÇÃO OBSERVAÇÃO
Localização do impacto AID
Fase de ocorrência Implantação
Probabilidade de ocorrência Incerta
Natureza do impacto Negativo
Tipo do impacto Direto
Duração do impacto Temporário
Espacialização Localizado na ADA com influência sobre a AII
Possibilidade de reversão Parcialmente reversível
Ocorrência Imediato
Importância Média
Magnitude Baixa
A movimentação de solo e/ ou rocha durante a construção das edificações em superfície, obras subterrâneas e
escavações tendem a iniciar ou intensificar possíveis processos erosivos ao desestruturar solos e expor seus
horizontes, tornando-os mais sucessíveis à erosão.
O material exposto e retirado poderá ser transportado pelas águas pluviais e correntes, se depositando em locais
mais baixos, se deslocando, em última instância, até os cursos de drenagem. Ao atingir os córregos, parte do
material (de granulometria mais grossa) deposita-se imediatamente no fundo, enquanto a porção mais fina
permanece em suspensão por longo tempo, sendo transportada a maiores distâncias ao longo do canal fluvial.
Cabe ressaltar que o processo de erosão pela água tende a não ser significativo se os materiais erodíveis não
estiverem expostos.
Relatório Final
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Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
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Com a realização das obras, o início/intensificação de processos erosivos pode ser decorrente de: retirada de
áreas expostas sem recobrimento vegetal (grama), movimentação do solo proveniente de cortes e aterros, e
pontos de escavações necessários para a construção.
Quando os serviços forem executados em períodos de maior pluviosidade, este impacto terá maior significância,
não só ao longo da área direta de construção dos edifícios, mas, também e principalmente, junto às áreas de
apoio, como o canteiro de obras. No entanto, cabe destacar que os processos erosivos não atingirão as áreas de
entorno, uma vez que estas se configuram como locais antropizados e pavimentados, com os sistemas
adequados de drenagem e escoamento superficial.
Assim, este impacto é considerado negativo e de ocorrência incerta, já que pode ser minimizado se tomadas
medidas preventivas, tais como: planejamento para realização de cortes e aterros, instalação de drenagem
temporária no terreno na fase de implantação do empreendimento, recobrimento vegetal na medida que forem
executados as obras de aterro nas áreas de paisagismo, entre outras. Citadas no item 9.7 Será localizado,
temporário, sua magnitude e importância podem ser consideradas médias na fase de implantação.
Com relação às intervenções de corte e aterro que serão realizadas para a implantação do empreendimento,
destaca-se que será priorizado sempre que possível a compensação dentro do próprio terreno, utilizando-se
procedimentos adequados.
Embora as APP encontradas na AID não apresentem uma ampla diversidade biológica, esta proporciona uma
ampla função biológica para as espécies que ali habitam. Assim, quanto menor a interferência nestes fragmentos
florestais, melhores serão as garantias das condições de preservação da área.
Com a circulação dos operários na proximidade da APP, durante a fase de realização das obras existe risco
destes interferirem na flora e fauna da região com atividades de abertura de trilhas, geração de ruídos e
resíduos, entre outros.
Este impacto é facilmente mitigável apesar da natureza ser negativa, caso as medidas de proteção desta área
sejam tomadas, citadas nos itens 9.3, 9.9 e 9.10 na sequência do documento, pode-se considerar de baixa
Relatório Final
119
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Apesar da fauna representativa da região ser composta por espécies, em sua maioria sinantrópicas, diversas
atividades realizadas para a implantação do empreendimento (aumento no tráfego de veículos, movimentação
de terra, etc.) propiciará uma pressão moderada sobre fauna associada à ADA e a AID.
Diante disso, poderá haver um intenso processo migratório das espécies da macrofauna local para outros
ambientes existentes na AII, em especial o grupo das aves, devido à sua capacidade de deslocamento de um
ambiente para outro.
Este impacto é negativo e indireto, uma vez que acontecerá por conseqüência de outros fatores, considerado de
pequena importância, pois se considerou que a área impactada já é fortemente afetada pela pressão antrópica
da urbanização local.
Relatório Final
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O resíduo gerado em um processo convencional de construção, possui características bastante peculiares, por
ser constituído de restos de praticamente todos os materiais de construção (argamassa, areia, cerâmicas,
concretos, madeira, metais, papéis, plásticos, pedras, tijolos, tintas, solventes, óleos, resíduos provenientes de
instalações industriais, dentre outros).
Em geral, estes resíduos podem ser classificados como inertes (rochas, tijolos, vidros, alguns plásticos, etc.),
entretanto, podem apresentar elementos que os tornem não-inerte ou até mesmo perigoso, como por exemplo,
tintas, solventes, óleos e outros, enquadrados como Classe I da NBR 10.004:2004.
Durante o período das obras serão gerados resíduos da construção civil em menores quantidades que as
convencionais, uma vez que as estruturas previstas são industrializadass, sendo do interesse do empreendedor
e dos órgãos reguladores o conhecimento dos valores estimados. Estes dados permitem controlar o processo de
geração, transporte e destinação final. Para isto, podem ser consultadas diferentes metodologias, dentre as
Relatório Final
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quais, o Projeto Wambuco de 2002 (SANTOS, 2005) que estabelece índices para a geração de resíduos em
função da atividade que a edificação abrigará. Conforme a Tabela 11, observa-se que a implantação de
estabelecimentos comerciais e de serviços produzem, respectivamente, 30kg/m² e 40 kg/m². Como o
empreendimento em estudo abrigará atividades comerciais e de serviço, optou-se por utilizar o maior índice
dentre as duas atividades, assim, são estimadas 2.305,5 toneladas de resíduos de construção civil. No entanto,
a construção do shopping se utilizará de materiais industrializados/pré-moldados como já comentado, o que
reduz significativamente a geração de resíduos da construção civil. A dificuldade de se estipular uma taxa fixa de
redução em função da tecnologia utilizada encontra-se no fato de muitos empreendimentos utilizarem técnicas
mistas. De acordo com estudos (SILVA, 2011), esta redução chega a cerca de 40% dos resíduos gerados em
construções convencionais. Assim, estima-se que a implantação do shopping gerará 922,2 toneladas de
resíduos da construção, os quais serão reutilizados em grande parte (cerca de 70%) como sub-base.
TABELA 11: ÍNDICE DE RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO
Atividade kg/m²
Industrial / Comercial 30
Serviços 40
Habitação Coletiva 50
Habitação Unifamiliar 50
Anexos 30
FONTE: SANTOS, 2005.
Como o entulho é constituído por uma grande variedade de materiais, é incerto afirmar um peso específico único
para o entulho, para tanto, autores como POLLILO (1987) afirmam que este valor é de aproximadamente e 1.200
Kg/m³. Portanto, considerando o peso total gerado pela construção do empreendimento e seu peso específico, o
volume resultante será de 1.921,24 m³.
Este impacto é de caráter temporário já que com a finalização das obras de implantação não haverá geração
destes resíduos. Será restrito ao canteiro de obras e reversível desde que realizado o manejo correto.
Considera-se de importância média, baseado na tecnologia que será aplicada para o processo de construção, o
que reduz a geração de entulhos e no aproveitamento da caliça como sub-base de vias e áreas de
estacionamento. De qualquer forma, o canteiro da obra será gerenciado, bem como está previsto a realização do
Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, fazendo a separação, armazenamento e destinação
correta aos resíduos, e desta forma, minimizando os impactos causados.
QUADRO 22: DESCRIÇÃO DO IMPACTO - GERAÇÃO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
DESCRIÇÃO OBSERVAÇÃO
Localização do impacto ADA
Fase de ocorrência Implantação
Probabilidade de ocorrência Certa
Natureza do impacto Negativo
Tipo do impacto Direto
Duração do impacto Temporário
Espacialização Localizado
Relatório Final
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Durante a fase de implantação do empreendimento, poderá haver a geração de efluentes no canteiro de obras
provenientes da manutenção e lavagem dos maquinários e eventuais derramamentos de óleos, graxas,
combustíveis e etc. Certamente, também serão gerados efluentes sanitários, decorrentes da presença dos
operários e demais trabalhadores no canteiro de obras.
Os efluentes sanitários e os outros gerados por determinadas atividades no canteiro de obras possuem origens e
características diferentes, possuindo, portanto, métodos de tratamento e destinação final diferentes, os quais
deverão ser aplicados para evitar a contaminação da área.
Contudo, trata-se de um impacto facilmente mitigável através da adoção de medidas de controle ambiental e
sanitário adequadas, como a ligação direta à rede coletora de esgotamento sanitário, atrelado a um programa de
orientação aos operários.
Durante a fase de implantação do empreendimento ocorrerão algumas interferências nas condições de tráfego
da ADA e AID, que se caracterizam pela movimentação de veículos pesados e maquinários para a realização
das obras, bem como de descarga de materiais de construção, havendo, assim, um acréscimo no fluxo de
veículos pesados e lentos. Poderão ser afetadas algumas vias adjacentes como a rua Manoel Ribas e rua
Lourenço Jasiocha.
Relatório Final
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O empreendimento contará com vagas de estacionamento para automóveis e motos localizadas na área de
estacionamento descoberto quando da sua operação, e ainda, poderão ser utilizadas outras áreas, conforme o
andamento e disponibilidade da obra.
É um impacto negativo, direto e que ocorrerá de imediato, desde a implantação do canteiro de obras. Pode ser
considerado de média magnitude, pois afeta tanto a ADA quanto os empreendimentos adjacentes (AID), e de
média importância, uma vez que a circulação é questão fundamental para o desempenho da obra.
Relatório Final
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8.1.3 Socioeconômico
A execução da obra gerará um acréscimo na demanda por insumos e matérias-prima da construção civil como
cimento, areia, tapumes, pedra brita, ferragens em geral, impermeabilizantes, tintas, vidros, dentre outros.
Esse aquecimento econômico no setor da construção civil é um impacto positivo que afetará principalmente as
empresas fornecedoras desses bens e materiais, situadas no município de Araucária e da Região Metropolitana,
além de setores indiretos que prestam serviços a essas empresas, provocando uma dinamização da economia.
O impacto é temporário, mas deverá persistir durante o período da obra, considerando desde a implantação do
canteiro de obras até as obras realizadas pelos lojistas. É irreversível, pois as empresas receberão os recursos
financeiros em troca do material fornecido. Tendo em vista o porte da obra, o volume de insumos e matérias-
primas utilizadas no empreendimento, a magnitude pode ser considerada média.
QUADRO 26: DESCRIÇÃO DO IMPACTO – AUMENTO NA DEMANDA POR MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
DESCRIÇÃO OBSERVAÇÃO
Localização do impacto AII
Fase de ocorrência Implantação
Probabilidade de ocorrência Certa
Natureza do impacto Positivo
Tipo do impacto Direto e indireto
Duração do impacto Temporário
Espacialização Disperso
Possibilidade de reversão Irreversível
Ocorrência Imediata
Importância Grande
Magnitude Média
Com o início das obras ocorrerá contratação de diversos operários que comporão o quadro de mão-de-obra
direta do canteiro de obras e realização da construção do empreendimento. Além disso, haverá a geração de
empregos e atividades indiretas de suporte e complemento às obras em que se destacam desde as empresas
fornecedoras dos insumos e materiais de construção, ferramentas, uniformes, tubulações, fiações, equipamentos
de proteção individual (EPI), até o comércio e serviços do entorno do empreendimento (AID e mesmo AII), com a
venda de refeições prontas, bebidas, dentre outros.
Este impacto é bastante positivo, imediato e de grande importância, mas no cômputo geral de média magnitude,
porém de duração temporária.
Relatório Final
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Geralmente, canteiros de obras provocam interferências na paisagem local e são associadas à redução da
qualidade visual do local e entorno. Seus efeitos são percebidos de forma mais intensa na ADA e na AID.
Este impacto negativo é temporário, contudo, poderá ser reduzido se tomadas medidas tais como a implantação
de barreiras visuais. Sua magnitude pode-se considerar média, pois, apesar da área já ser antropizada, os
elementos verticais proporcionarão uma alteração na paisagem atual.
Relatório Final
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ocorrendo, assim, o acréscimo na emissão de gases combustíveis provenientes dos veículos, nesta área. Outra
fonte geradora presente no empreendimento são os restaurantes que compõem a praça de alimentação, que
serão captados por coifas e exaustores adequados.
Esse impacto negativo não tem grande relevância tendo em vista que a região já possui tráfego de veículos
automóveis e ônibus, e ainda é composta por usos que tem atrativos de público.
Desse modo, é um impacto negativo, apesar de média importância, devido à problemática do aquecimento
global, permanente e irreversível, pode ser minimizada por campanhas para o uso do sistema público de
transporte coletivo existente no município.
Com o funcionamento do empreendimento, os níveis de ruído se elevarão pelo aumento do tráfego de veículos,
se concentrando basicamente nos horários de chegada e saída dos funcionários.
Como o empreendimento está inserido numa área já antropizada, onde a produção de ruídos se dá devido ao
tráfego da rodovia localizada próxima e tráfego local, e ainda, pela utilização de equipamentos de climatização
do empreendimento, câmaras frias, geradores de energia, entre outros. Estes ruídos, provavelmente, terão
pequeno alcance, não chegando a impactar diretamente nas áreas do entorno, uma vez que os terrenos
limítrofes ao empreendimento encontram-se desocupados.
Poderá afetar de modo pouco significativo o comportamento das espécies da avifauna (menos tolerantes a
“stresses” externos) associadas à ADA e à AID, uma vez que já devem estar habituadas à pressão sonora
recorrente da área antropizada.
Trata-se de um impacto negativo, permanente e irreversível, porém, mitigável com a adoção de alguns
dispositivos que minimizem e controlem a pressão sonora, bem como a correta instalação dos equipamentos
seguindo as normas técnicas específicas, garantindo níveis adequados de ruídos emitidos para a vizinhança.
Relatório Final
127
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QUADRO 30: DESCRIÇÃO DO IMPACTO – ELEVAÇÃO DA PRESSÃO SONORA NA ÁREA DIRETAMENTE AFETADA (ADA)
DESCRIÇÃO OBSERVAÇÃO
Localização do impacto ADA e AID
Fase de ocorrência Operação
Probabilidade de ocorrência Certa
Natureza do impacto Negativo
Tipo do impacto Direto
Duração do impacto Permanente
Espacialização Localizado
Possibilidade de reversão Irreversível
Ocorrência Imediata
Importância Média
Magnitude Baixa
A poluição difusa durante a operação do empreendimento difere daquela gerada durante a fase de implantação
pelas tipologias e quantidades de cargas poluidoras geradas.
Durante a operação do empreendimento, as substâncias que poderão ser depositadas sobre o solo serão
provenientes do intenso tráfego de veículos no empreendimento e no entorno.
Este impacto é de caráter permanente visto que é relacionado ao tráfego de veículos, porém possui magnitude
baixa.
A operação do empreendimento acarretará no acréscimo do consumo de água da região, uma vez que passará
a abrigar uma área construída de 57.637,29 m² ocupada por, aproximadamente, 700 funcionários diretos e 700
indiretos, além de uma população flutuante média de 200.000 visitantes. O cálculo de consumo mensal de água
foi efetuado com base em pesquisas de diversos autores renomados para a atividade afim, conforme listado na
tabela 1 a seguir. Esta apresenta um quadro resumo com os valores médios de consumo, catalogados por
TOMAZ (2.000), para as categorias de shopping Center por diversos autores. Conforme Nunes (2006), “é
Relatório Final
128
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
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importante salientar que estes valores anunciados já são números consolidados de referência, comumente
utilizados por engenheiros e arquitetos para estimar o consumo de água em seus projetos”.
Desta forma, optou-se pela escolha do coeficiente comumente utilizado pelos autores, ou seja, um consumo de 4
litros diários por metro quadrado (m²) de área construída. Assim, o consumo médio mensal foi calculado
segundo a fórmula:
Cme = volume (4 litros)/m² x 31 dias funcionamento x 57.637,29 (área construída - m²) = 7.147,02 m³/mês
1.000litros *
Nota: * Divide-se por 1000 litros por questão de conversão de unidades de litros para m³.
Para a verificação da viabilidade de atendimento quanto aos aspectos água e esgoto pela SANEPAR, foi
realizada uma consulta prévia de viabilidade, cujo protocolo de solicitação de nº 101/13 se encontra em anexo.
O órgão consultado informou que há necessidade de ampliação da rede em DN 75, com extensão a ser definida
através de levantamento in loco, e que ainda, o empreendimento pode ser atendido através de ligações
individuais, devendo ser apresentado projeto para análise.
É de ocorrência certa e permanente que pode ser parcialmente reversível uma vez que o projeto do shopping já
prevê o reuso de água para a utilização nas docas, tanques e jardinagem. Esta medida associada a outras
posturas para o uso racional e redução do consumo da água, tornam este impacto de importância média.
O acréscimo na geração de resíduos sólidos da área se dará em função das características do empreendimento
implantado. Como referência para os valores, avaliou-se um empreendimento similar, guardadas as proporções 7.
Desta forma, considerando os funcionários diretos e indiretos (1.400), a população flutuante estimada (200.000)
e os serviços de alimentação ofertados, prevê-se que 87% dos resíduos sólidos gerados sejam orgânicos e 13%
de materiais recicláveis.
O resíduo orgânico estimado é de 23 t/mês e deverá ser encaminhado de maneira adequada até a sua
destinação final, no Centro de Gerenciamento de Resíduos - Fazenda Rio Grande. Já a estimativa de materiais
recicláveis gerados é de 3,5 t/mês, que poderão ser comercializados, trazendo retorno ao proprietário e
contribuindo com o processo de reciclagem.
É importante ressaltar que a estrutura física do empreendimento a ser implantado já prevê área para a instalação
de uma pequena central que receberá os resíduos dos lojistas, praça de alimentação e do shopping em geral,
neste local se fará uma triagem dos resíduos e os armazenará até que sejam destinados corretamente.
Apesar de ser um impacto negativo de grande importância, direto e permanente, no cômputo geral é de
magnitude baixa, pois será facilmente minimizado com as medidas adequadas, de manejo e destinação correta.
Sua ocorrência mais significativa será a médio prazo, quando todo o empreendimento estiver operando, e assim,
gerando resíduos sólidos em maior volume do que no inicio da operação.
7 Shopping Jardim das Américas, de propriedade do mesmo empreendedor. O empreendimento a ser implantado em Araucária
Da mesma forma que o consumo de água, a geração de efluentes sofrerá acréscimo uma vez que a área
passará a receber grande fluxo de funcionários e visitantes, anteriormente inexistente. Desta forma,
considerando que a geração de efluentes é 80% do valor de consumo da água (SANEPAR, 2008) e que o
consumo estimado de água é de 7.147,02 m³/mês, pode-se prever uma geração de efluentes de 5.717,62
m³/mês, ou seja, 184,4m³/dia.
Conforme consulta de viabilidade, apresentada em anexo, com a geração deste volume de efluentes, a rede
coletora de esgoto existente há necessidade de ampliação em DN 200, com extensão a ser definida através de
levantamento in loco. O empreendimento poderá ser atendido através de ligações individuais, devendo ser
apresentado projeto para análise.
Ressalta-se a importância da verificação das cotas do empreendimento para a confirmação do escoamento por
gravidade até a rede. Também vale ressaltar a necessidade da instalação de caixas de gordura no
empreendimento, conforme NBR 8160. Além da correta destinação, é importante adotar mecanismos de redução
de geração, para que o impacto se torne menor.
Este impacto é considerado negativo, porém de espacialização restrita e parcialmente reversível, pois pode ser
reduzido se tomadas as medidas necessárias. A médio prazo este impacto poderá ser sentido mais
significativamente, devido à operação de todo o empreendimento.
QUADRO 35: DESCRIÇÃO DO IMPACTO – INTERFERÊNCIA NAS RELAÇÕES FLORÍSTICAS E FAUNÍSTICAS LOCAIS
DESCRIÇÃO OBSERVAÇÃO
Localização do impacto ADA
Fase de ocorrência Implantação e Operação
Probabilidade de ocorrência Incerta
Natureza do impacto Negativa
Tipo do impacto Direto
Duração do impacto Permanente
Espacialização Localizado
Possibilidade de reversão Reversível
Ocorrência Imediato
Importância Média
Magnitude Baixa
A análise das características de uso e ocupação do solo do entorno do empreendimento fornecem subsídios
para mensurar o impacto que a implantação do mesmo possivelmente gerará na dinâmica urbana e na
paisagem. Desta forma, visando uma análise integrada entre as características da ocupação local e o território
em que a mesma se insere, utilizaram-se os conceitos de morfologia urbana para esta abordagem.
A morfologia urbana estuda os arranjos que se estabelecem, ao longo do tempo, entre o sítio (território) e os
elementos urbanos, como: parcelamento urbano, sistema viário e as próprias edificações. Desta forma, os
estudos referentes à ocupação devem considerar as dinâmicas sociais e ambientais que conduzem o processo
de urbanização em determinado tempo e espaço. (SCHUTZER, 2012).
A forma resultante da inter-relação entre a ocupação urbana e o meio em que esta se insere resulta em aspectos
qualitativos diferenciados para cada lugar, uma vez que os impactos e alterações provocados atuarão em maior
ou menor grau. A análise da paisagem deve considerar a relação entre a configuração do espaço construído
existente e a edificação a ser inserida, e ainda, a ligação desta conformação com os espaços livres públicos e
privados presentes. (SCHUTZER, 2012).
Tendo em vista os conceitos expostos e aplicando os mesmos na AID do empreendimento, é possível concluir
que os impactos nos padrões de uso e ocupação do solo ocorrerão em menor grau uma vez que a Rua Manoel
Ribas conforma um Eixo de Comércio e Serviços do zoneamento municipal. Este eixo visa à consolidação das
atividades comerciais e de serviços de maior porte, evitando a concentração de moradias em vias de fluxo
intenso (ARAUCÁRIA, 2010). No entanto, verifica-se ainda a presença de edificações residenciais, conformando
uma ocupação horizontal, assim como porções de áreas verdes em terrenos desocupados, algumas delas
regulamentadas como áreas de preservação ambiental. Desta forma, o empreendimento acelerará o processo
de transformação que já vem ocorrendo e reforçará os objetivos do zoneamento.
Relatório Final
132
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
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Para que fosse possível realizar uma análise mais abrangente da AID foram avaliados quatro atributos que
contribuem para a conformação de um espaço urbano qualificado. Para esta avaliação compreende-se que a
presença de áreas verdes; de ocupação regular; e de infraestrutura urbana implantada (via pavimentada,
passeio calçado, arborização) atuam no sentido de somar qualidade ao ambiente urbano. Os três atributos
citados foram confrontados com a ocupação do entorno em que o empreendimento se inserirá, assim, elencou-
se um quarto atributo que considerou a densidade horizontal com relação à presença de vegetação interna aos
lotes ou no sistema viário. Assim, foram mapeadas na AID as áreas de qualidade alta, média e baixa, conforme
a Figura 69, a seguir. Ressalta-se que a classificação utilizada foi aplicada com referência na realidade da AID,
portanto, o que representa qualidade baixa nesta área pode não o ser em outro objeto de estudo.
A porção sudeste e noroeste da AID apresentam uma ocupação regular, com infraestrutura urbana implantada e
ausência de área verde significativa, no entanto, o que as diferencia é o adensamento horizontal da primeira,
que reduz a existência de áreas permeáveis internas aos lotes e no sistema viário. Assim, a porção sudeste foi
classificada como qualidade baixa e a porção noroeste como qualidade média. Já a porção central da AID, na
qual se insere a ADA, apresenta ocupação regular, com infraestrutura urbana implantada e com maciços de área
verde significativos, classificando-a como qualidade alta. Ressalta-se que os 18.000,00 m² de área verde
preservada dentro da ADA integra um maciço maior, contínuo, que reforça sua relevância.
Relatório Final
133
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
Shopping Center – Araucária - PR
A inserção do empreendimento em uma área de qualidade alta torna seu impacto na paisagem significativo, uma
vez que o principal fator que a configura são os maciços vegetais verificados. No entanto, a implantação do
mesmo não suprimirá a vegetação significativa existente e se localizará entre duas áreas verdes relevantes que
acabam por amenizar o impacto gerado pelo novo volume na paisagem. As simulações abaixo permitem antever
a relação que o empreendimento estabelecerá com seu entorno imediato.
A Figura 70, permite verificar a relação entre o empreendimento, os lotes vizinhos e a via que dá acesso aos
mesmos. Assim, observa-se que a paisagem conformada na Rua Manoel Ribas possui um caráter hostil aos
pedestres, quando analisadas suas dimensões em comparação à ocupação defronte a via, hoje caracterizada
Relatório Final
134
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
Shopping Center – Araucária - PR
FIGURA 70: SIMULAÇÃO DE INSERÇÃO DO EMPREENDIMENTO. VISTA A PARTIR DA AV. MANOEL RIBAS.
Ressalta-se ainda a presença de maciços significativos nos terrenos vizinhos ao empreendimento, conforme a
Figura 71. É possível observar uma área verde relevante em frente ao empreendimento de quem olha pela
Manoel Ribas, outra na lateral esquerda, além da lateral direita que possui um maciço que possivelmente será
integrado às áreas verdes municipais. Estas áreas amenizam a inserção do novo volume, no entanto, com a
crescente ocupação urbana e possível supressão das mesmas acarretariam em um realce do volume do
shopping sobre a paisagem. Porém, esta perspectiva poderá ser homogeneizada quando da ocupação dos lotes
defronte para a via Manoel Ribas, considerada um eixo de comércio e serviços, permitindo a densidade vertical.
Relatório Final
135
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
Shopping Center – Araucária - PR
FIGURA 71: SIMULAÇÃO DE INSERÇÃO DO EMPREENDIMENTO. VISTA A PARTIR DA AV. MANOEL RIBAS.
Do ponto de vista de quem observa o empreendimento a partir da rótula da Rua São Vicente de Paulo (Figura
72), nota-se uma ocupação mais representativa tanto do entorno quanto do lote, sendo possível avaliar que a
escala do shopping não será prejudicial à paisagem urbana conformada. Ressalta-se que a topografia atua de
forma favorável, uma vez que a porção em que se localizará o empreendimento encontra-se em cota inferior à
via São Vicente de Paulo, minimizando o impacto relativo à altura e dimensão do novo empreendimento.
FIGURA 72: SIMULAÇÃO DE INSERÇÃO DO EMPREENDIMENTO. VISTA A PARTIR DA AV. MANOEL RIBAS.
Relatório Final
136
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
Shopping Center – Araucária - PR
possivelmente se estabelecerá uma relação de referência para os cidadãos, em função da oferta de serviços,
comércios e lazer.
A crescente ocupação urbana gera, inevitavelmente, a perda de permeabilidade do solo, uma vez que o
ambiente deixará de ter suas condições naturais de escoamento superficial e de infiltração da água. Como
contrapartida, os parâmetros de uso e ocupação previstos nas legislações municipais podem condicionar a
novas edificações a possuírem maior ou menor permeabilidade. O zoneamento de Araucária prevê para os
Eixos de Comércio e Serviços uma taxa de permeabilidade mínima de 20%, que somada à taxa de ocupação e o
coeficiente de aproveitamento, incentivam uma ocupação mais adensada verticalmente e horizontalmente.
A implantação do empreendimento em estudo ocasionará impactos por impermeabilizar parte de uma área antes
desocupada. No entanto, a taxa de permeabilidade computada a partir do projeto arquitetônico soma 45,69% da
área total, uma vez que compõe a mesma uma APP com 18.205,79 m².
O projeto do shopping ainda prevê áreas permeáveis nos espaços remanescentes entre as duas edificações a
serem implantadas, além da utilização de materiais que permitam a infiltração da água no solo nos
estacionamentos e docas externas. Os pavimentos permeáveis (concregrama, grelhas alveoladas, pisos
drenantes de concreto, entre outros) são alternativas desejáveis para contribuir com a permeabilidade do solo,
garantindo conforto térmico, uma vez que substituem materiais com alta emissividade de calor. Cabe ainda
ressaltar que no recuo frontal serão desenvolvidas obras de paisagismo, que permitirão, além de uma integração
maior com o passeio das vias, uma maior infiltração no solo.
Por fim, como contrapartida complementar à impermeabilização gerada propõe-se a utilização de reservatório de
retenção de águas pluviais, que permita certa compensação ao aumento da velocidade do escoamento
superficial e a redução da infiltração no solo.
O impacto será permanente e de média importância e baixa magnitude, uma vez que é mitigável a partir de
soluções de fácil execução que promovam a coleta ou a infiltração da águas pluviais.
Relatório Final
137
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
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A função social da propriedade foi definida primeiramente na Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988), de
acordo com o Art. 182, §2°: “A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências
fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.” Este conceito foi reforçado e ampliado com a
instituição do Estatuto da Cidade, Lei 10.257/2001 (BRASIL, 2001), o qual menciona em seu Art.39 que o
cumprimento da função social deve ainda assegurar “o atendimento das necessidades dos cidadãos quanto à
qualidade de vida, à justiça social e ao desenvolvimento das atividades econômicas, respeitadas as diretrizes
previstas [...]”.
Ressalta-se que a definição da função social da propriedade tem como objetivo fazer com que o poder público,
em especial os municípios, tenham um maior controle do processo de desenvolvimento urbano, no qual os
interesses individuais dos proprietários devem coexistir com os da sociedade como um todo. (CARVALHO, C. S.;
ROSSBACH, A.; 2010).
Desta forma, verifica-se que a implantação do empreendimento não só cumprirá com as exigências delimitadas
pela legislação municipal, como ainda incentivará a ocupação do entorno, no sentido dos objetivos estabelecidos
para a área no Plano Diretor Municipal, passando a cumprir com sua função social. Esta afirmação tem como
base o que foi delimitado para os Eixos de Comércio e Serviços, dispostos na Lei Municipal de Zoneamento nº
2.160/2010 (ARAUCÁRIA, 2010):
§ 1º - Para os Eixos de Comércio e Serviços ficam estabelecidos os seguintes objetivos:
I. Indicação de padrões diferenciados ao longo dos eixos, evitando-se concentração de
moradias em via de fluxo intenso;
II. Indução à localização de atividades comerciais e serviços de maior porte de modo a
otimizar a infra-estrutura e os gastos públicos;
III. Fortalecimento das atividades de comércio e serviços;
IV. Concentração das edificações verticais, mediante utilização de instrumentos
urbanísticos de indução da ocupação;
Relatório Final
138
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
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desenvolvimento urbano municipal como um todo. Este impacto positivo será de grande importância e alta
magnitude.
QUADRO 38: DESCRIÇÃO DO IMPACTO – CUMPRIMENTO DA FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE
DESCRIÇÃO OBSERVAÇÃO
Localização do impacto ADA e AID
Fase de ocorrência Operação
Probabilidade de ocorrência Certa
Natureza do impacto Positivo
Tipo do impacto Direto
Duração do impacto Permanente
Espacialização Localizado
Possibilidade de reversão Irreversível
Ocorrência Imediato
Importância Grande
Magnitude Alta
Os impactos gerados por uma nova edificação interferem na qualidade ambiental urbana e podem extrapolar a
ADA do empreendimento, incidindo sobre os aspectos de sombreamento (iluminação) e de ventilação. Schutzer
(2012) afirma que o sombreamento refere-se à projeção da sombra sobre os espaços privados e públicos, sobre
a cobertura vegetal reinante, bem como suas repercussões no entorno.
Para a análise do sombreamento gerado pela inserção do empreendimento, foi utilizada a maquete eletrônica da
edificação a ser construída na ADA. A área foi georreferenciada nas coordenadas de Araucária e inserida na foto
aérea do entorno para que, em seguida, fosse simulada a posição do sol em determinados dias do ano e
horários.
A Figura 73 demonstra a simulação feita para o dia 21/06, o solstício de inverno no hemisfério sul, dia em que
ocorre a maior distância angular em relação à linha do equador e são observadas sombras mais longas. Para
abranger diferentes períodos do dia, foram escolhidos os horários das 9, 10, 15 e 16 horas. Assim sendo, é
possível notar que mesmo no solstício de inverno o empreendimento gerará pouca sombra sobre o entorno,
atingindo uma pequena área da vegetação de APP ao sul às 9 horas, diminuindo consideravelmente às 10h.
Durante a tarde é possível notar que até as 15 horas a sombra dos volumes a serem construídos não atingirá a
área de vegetação, começando a avançar sobre ela a sudeste apenas às 16h.
O mesmo procedimento foi realizado para o dia 21/12 (Figura 74), o solstício de verão no hemisfério sul. Nesta
simulação, ao contrário do ocorrido no inverno, as sombras não provocarão nenhum impacto sobre a vegetação
da APP. Foi observado apenas um pequeno sombreamento no ponto onde há a saída para o shopping, Av.
Manoel Ribas, às 16 horas alongando-se apenas à medida que se aproxima do pôr-do-sol.
Relatório Final
139
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
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FIGURA 73: SIMULAÇÃO DE INSERÇÃO DO EMPREENDIMENTO E DO SOMBREAMENTO GERADO NO DIA 21/06. VISTA AÉREA
Relatório Final
140
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
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FIGURA 74: SIMULAÇÃO DE INSERÇÃO DO EMPREENDIMENTO E DO SOMBREAMENTO GERADO NO DIA 21/12. VISTA AÉREA
Relatório Final
141
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
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Os aspectos de ventilação, por sua vez, representam a influência dos volumes construídos quanto aos ventos e
à circulação do ar nos espaços livres. Desta forma, pode proporcionar a formação de barreiras, de zonas de
calmaria, intensificação dos ventos (canalização provocada pelas ruas-corredor) e a própria facilitação da
ventilação dos ambientes. Estes aspectos estão intimamente relacionados ao conforto térmico e atenuação de
diversos tipos de poluição (sonora, do ar, etc.). (SCHUTZER, 2012).
Os impactos na ventilação a serem gerados pela presença do empreendimento na área foram analisados
considerando os ventos dominantes e os elementos do entorno que poderiam sofrer interferência. Pode-se
observar na Figura 75 que a incidência dos ventos dominantes ocorre no sentido leste-oeste entre os meses de
outubro e abril e no sentido nordeste-sudoeste entre maio e setembro (IAPAR, 1997). Desta forma, verifica-se
que a implantação do empreendimento poderá causar efeito de barreira sobre a cobertura vegetal na APP
presente ao sul da área a ser construída, tendo maior representatividade entre o período de maio e setembro, e
ainda na porção oeste, sobre a cobertura vegetal e algumas residências próximas.
FIGURA 75: VENTOS DOMINANTES E OCORRÊNCIA DO EFEITO DE BARREIRA
Ressalta-se que o efeito citado será atenuado devido às características topográficas naturais da área. A porção
de vegetação presente ao sul encontra-se na APP que constitui fundo de vale, onde os ventos naturalmente não
são um elemento importante pela diferença abrupta de cota. Já na área de vegetação e residências próximas a
oeste, voltadas para a Rua Lourenço Jasiocha, há o inverso, a altura da cota é mais elevada e a inserção do
Relatório Final
142
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
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volume do empreendimento se torna menos opressiva por não atingir ali grande diferença de altura em relação
ao solo (13 metros) como o faz na parte voltada para a Av. Manoel Ribas (até 30 metros).
Outro efeito descrito na literatura, a canalização de ventos a partir da existência de um corredor de edificações,
foi desconsiderado, pois o volume construído não contribui para este efeito na Av. Manoel Ribas, cuja caixa é
larga o suficiente para evitar a geração deste efeito, além de sua posição ser diferente dos ventos dominantes.
Na Rua Lourenço Jasiocha, mais estreita e disposta exatamente no sentido dos ventos dominantes, a
permanência da cobertura vegetal em frente ao empreendimento evitará a ocorrência de canalização dos ventos,
além de não haver edificações com densidade vertical considerável.
Este impacto negativo será permanente, de pequena importância e baixa magnitude. Ocorrendo sobre as
espécies no remanescente florestal localizado em área de fundo de vale, porém em baixa escala, e podendo ser
revertido, ao menos parcialmente, à medida que se cria condições mais propícias às espécies tolerantes à
sombra. Tais espécies, em geral, são mais exigentes ecologicamente e normalmente ocorrem em florestas mais
diversas.
QUADRO 39: DESCRIÇÃO DO IMPACTO – INTERFERÊNCIA NA QUALIDADE AMBIENTAL URBANA
DESCRIÇÃO OBSERVAÇÃO
Localização do impacto ADA e AID
Fase de ocorrência Operação
Probabilidade de ocorrência Certa
Natureza do impacto Negativo
Tipo do impacto Direto
Duração do impacto Permanente
Espacialização Localizado
Possibilidade de reversão Parcialmente reversível
Ocorrência Imediato
Importância Pequena
Magnitude Baixa
Os textos reproduzidos a seguir fazem parte do Relatório de Impacto de Tráfego desenvolvido pela empresa
Martins e Monteiro Ltda. (2013):
Com vistas ao Relatório de Impacto de Tráfego, entende-se que o empreendimento em estudo, cujo porte e
oferta de bens ou serviços geram interferências no tráfego do entorno e grande demanda por vagas em
estacionamentos ou garagens, pode ser classificado como um Pólo Gerador de Tráfego (PGT). No contexto de
um PGT, mensura-se o processo de produção e atração de viagens, sendo que estabelecimentos como
shoppings centers, hospitais ou escolas, atraem viagens.
A importância de avaliar o impacto de um PGT reside na necessidade de minimizar os impactos negativos
resultantes da sua implantação. Diante disto, o estudo de tráfego realizado exerce a função de avaliar e analisar
as possíveis interferências na área de influência e nortear, se necessário, providências para mitigar o impacto
Relatório Final
143
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
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gerado pelo empreendimento. Assim, foram seguidas seis etapas para efeito da análise de estudos de estimativa
da demanda futura que incidirá sobre a AID.
QUADRO 40: ETAPAS PARA O ESTUDO DO IMPACTO DE TRÁFEGO.
Etapas de Estudo Descrição
1 Perfil do Empreendimento Conforme dados apresentados no Capítulo 3: Caracterização do
Empreendimento.
2 Análise da Capacidade da Coleta de dados in loco, apresentada no item 7.3.6.3 Estudo de Tráfego.
Infraestrutura viária na AID
3 Geração de Viagens Estimativa da quantidade de viagens (pessoas ou veículos) que serão atraídas
ou geradas por um determinado empreendimento, por unidade de tempo (hora
ou dia).
4 Distribuição de Viagens Identificação das principais regiões de origem das viagens geradas pelo PGT.
Para análise dos impactos gerados pelo empreendimento faz necessária a previsão da demanda futura. O
procedimento clássico para projeção de demanda de transportes para um empreendimento compreende
inicialmente uma coleta de dados. De posse dos dados do empreendimento necessários, que neste estudo
consiste em informações como área construída, área bruta locável, número de vagas de estacionamento e
horário de funcionamento. Assim, parte-se para fase de identificação da demanda futura utilizando-se para isto o
modelo que compreende 3 etapas:
• Geração de Viagens: determina a quantidade viagens geradas (produzidas e/ou atraídas) pelo
empreendimento;
• Distribuição de Viagens: determina a partir do total de viagens geradas a distribuição das mesmas no
município;
• Alocação de Fluxo: distribuição dos fluxos de viagens na rede de transporte.
3 - Geração de Viagens 8
Viagem é todo deslocamento desde um ponto de origem até um ponto de destino através de um ou combinação
de modos de transporte com um motivo determinado. Dentre os motivos das viagens geradas por um shopping
estão principalmente lazer, compras e trabalho, podendo ser classificadas como atraídas e produzidas.
8 Atualmente, na literatura da área para geração de viagens no Brasil, somente há referências a modelos de geração de
viagens para automóveis, a CET-SP a principal fonte na área, cujo modelo foi utilizado neste relatório, aplica as fórmulas
somente para viagens realizadas por automóveis. Diante disto, este relatório utiliza o mesmo conceito usualmente aceito
pela CET-SP.
Relatório Final
144
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
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Viagens Geradas
Viagens Atraídas Viagens Produzidas
Casa Casa
Shopping
Trabalho Lazer, compras e trabalho Trabalho
Para a determinação das viagens geradas serão aplicados dois modelos matemáticos apresentados no Manual
de Procedimento para o Tratamento dos Pólos Geradores de Tráfego, Denatran de 2001. Os modelos aplicados
serão da Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo (CET-SP), em função direta da área construída
computável, e o modelo GOLDNER que tem como base a área bruta locável. Os dois modelos apresentam as
viagens geradas às sextas-feiras e aos sábados, uma vez verificado que empreendimentos similares
apresentam maior demanda nestes dias. Portanto pode-se admitir, com base na situação mais desfavorável, que
a previsão para dias úteis é igual a previsão para a sexta-feira.
• Modelo CET-SP
Vdu = 0,28 * ACp – 1.366,22
Vsab = 0,33 * ACp – 2.347,55
Onde:
Vdu = número médio de viagens por automóvel atraídas em dias úteis.
Vsab = número médio de viagens por automóvel atraídas no sábado.
ACp = área construída computável
Modelo GOLDNER-RJ
Vdu = 433,1448 + 0,2597 * ABL
Vsab = 2.057,3977 + 0,308 * ABL
Onde:
Vdu – número médio de viagens por automóvel atraídas em dias úteis.
Vsab – número médio de viagens por automóvel atraídas no sábado.
ABL – área bruta locável.
Aplicando os dois modelos apresentados, obtêm-se os resultados apresentados na Tabela 13, a seguir:
Tabela 13: Viagens geradas com base nos modelos CET-SP e GOLDNER:
Viagens Geradas por dia
Dias
Modelo CET Modelo Goldner
Úteis 4.754 4.542
Sábados 4.865 6.931
FONTE: MARTINS E MONTEIRO LTDA., 2013.
Relatório Final
145
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
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O modelo de GOLDNER apresenta maior volume aos sábados (6.931), porém, menor volume em dias úteis
(4.542) se comparados com o modelo da CET-SP que apresenta um volume de 4.754 em dias úteis. Como são
em dias úteis que a cidade de Araucária apresenta maior tráfego independente da presença do
empreendimento, como é possível observar nas pesquisas de contagem de tráfego em anexo. Portanto, será
considerado o modelo da CET-SP para análise da capacidade viária, sendo o total de viagens geradas em dias
úteis de 4.754 e nos sábados de 4.865, o fluxo total de veículos no empreendimento é de em média 2.377 em
dias úteis e 2.433 aos sábados.
Empreendimentos como este possuem fluxo de movimentação de entrada e saída distribuídos ao longo do
horário de funcionamento, porém, mesmo assim, apresentam um período de pico, ou seja, faixa de uma hora
com demanda máxima. Para a determinação do total de viagens geradas na hora pico, será aplicado o perfil de
ocupação do estacionamento do Shopping Jardim das Américas, localizado no bairro de mesmo nome no
município de Curitiba, por possuir características similares ao empreendimento de análise.
Os dados apresentados no Gráfico 4, a seguir, representam perfil do fluxo de entrada e saída de uma semana
tipo, referente ao mês de maio de 2013, entre os dias 6 (seis) e 10 (dez). Pode-se observar que o fluxo total na
hora pico é de 10,49%, sendo 6,39% de viagens atraídas e 4,10% de viagens produzidas. Aplicando estes
fatores à demanda do dia obtém-se um total de 499 viagens geradas na hora pico, sendo 304 viagens atraídas e
195 viagens produzidas.
GRÁFICO 4: PERFIL DE OCUPAÇÃO DO ESTACIONAMENTO DO SHOPPING JARDIM DAS AMÉRICAS EM DIAS ÚTEIS
12,00%
De 06/05/2013 à 10/05/2013 10,49%
10,00%
8,00%
6,39%
6,00%
4,10%
4,00%
2,00%
0,00%
O mesmo raciocínio pode ser aplicado, com base no estacionamento do Shopping Jardim das Américas, para o
sábado dia 04 de maio de 2013. É possível identificar, no Gráfico 5, que a hora pico representa 9,51% da
demanda do sábado, sendo 5,32% de viagens atraídas e 4,18% de viagens produzidas. Assim, obtém-se um
total de 462 viagens geradas para a hora pico, sendo 259 atraídas e 203 produzidas.
Relatório Final
146
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
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GRÁFICO 5: PERFIL DE OCUPAÇÃO DO ESTACIONAMENTO DO SHOPPING JARDIM DAS AMÉRICAS AOS SÁBADOS
12,00%
04/05/2013
10,00%
9,51%
8,00%
6,00% 5,32%
4,00%
4,18%
2,00%
0,00%
Desta forma, a Tabela 14 abaixo, apresenta os valores estimados para o número de viagens que o
empreendimento atrairá e produzirá.
TABELA 14: ESTIMATIVA DE VIAGENS NA HORA DE PICO PARA DIAS ÚTEIS E SÁBADOS
Dias
Viagens
Úteis % Sábados %
Total por dia 4.754 100 4.865 100
Total hora pico 499 10,49 462 9,50
Atraídas 304 6,39 259 5,32
Produzidas 195 4,10 203 4,18
Fonte: MARTINS E MONTEIRO LTDA., 2013.
Como mencionado anteriormente o número total de viagens geradas representam as viagens de atração e
produção, portanto, analisando as viagens atraídas, identifica-se que o total de vagas apresentada pelo
empreendimento, que é de 745 vagas, terá ocupação máxima estimada de 40,8%.
4 - Distribuição de Viagens
A distribuição de viagens de um PGT leva em consideração dados físicos e socioeconômicos da região, desta
forma, o número de habitantes, sua localização no município e a renda são os principais dados para a
determinação da mesma. Assim, conforme estatísticas populacionais apresentadas por setor censitário na
caracterização do meio antrópico deste EIV pôde-se identificar que os bairros periféricos apresentam maior
população absoluta. No entanto, quando analisados os padrões de renda média, observa-se que os bairros da
região central do município (Centro, Sabiá e Iguaçu) possuem maior concentração. O dado físico apresentado
Relatório Final
147
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
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para estimativa da distribuição das viagens geradas é a distância de cada setor censitário até o
empreendimento.
De posse destas análises pode-se estimar a distribuição de viagens geradas através do Modelo Gravitacional de
Geração de Viagens, citado a seguir:
∝ 𝑃𝑃𝑖𝑖 𝑃𝑃𝑗𝑗
𝑉𝑉𝑖𝑖𝑖𝑖 =
𝑑𝑑𝑖𝑖𝑖𝑖2
Onde:
𝑉𝑉𝑖𝑖𝑖𝑖 = Viagens geradas pelo setor ie o PGT j.
𝑑𝑑𝑖𝑖𝑖𝑖 = distância entre o setor i e o PGT
∝ = renda média.
𝑃𝑃𝑖𝑖 = População do setor i.
𝑃𝑃𝑗𝑗 = População do polo gerador assumido valor 1.
O resultado da aplicação do modelo gravitacional é apresentado na Figura 77, através da qual se pode verificar
que os bairros que concentram as viagens geradas pelo empreendimento são: Centro, Cachoeira, Iguaçu e
Sabiá.
Relatório Final
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Relatório Final
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Relatório Final
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Conforme as rotas de chegada do empreendimento as viagens geradas são alocadas nos pontos de interseção
por onde passam. A seguir apresenta-se a alocação do fluxo atraído por interseção impactada.
• Ponto 001– Rua Manoel Ribas x Av. Dr. Victor do Amaral
T1
T3
T4
T2
T1
T3
Volume Gerado
Movimento Dias Úteis Sábados
3 63 42
4 20 21
9(2) 129 110
9(4) 20 21
T2 T4 10(4) 112 75
Relatório Final
151
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T1
T3
Volume Gerado
Movimento Dias Úteis Sábados
3 6 6
4 9 7
6 73 62
7 19 20
9(1) 30 26
9(3) 130 135
T2 T4 10(3) 40 42
A partir dos dados apresentados no Tabela 16 pode-se verificar que a taxa de crescimento da população no
período de 1991 a 2000 foi de 4,785% ao ano, enquanto de 2000 a 2010 foi de 2,369% ao ano. Este último valor,
por se referir a um período mais recente, será utilizado como valor de referência para previsões de crescimento
populacional.
TABELA 17: DADOS DA FROTA DE VEÍCULOS DE ARAUCÁRIA
Descrição 2000 2010
Automóvel 14.719 35.537
Caminhão 2.231 4.830
Caminhão Trator 367 1.227
Relatório Final
152
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
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A partir dos dados apresentados, a taxa de crescimento de automóveis para o período analisado, foi de 9,21%
ao ano. Assim, com base nos dados da frota de automóveis e de população, pode-se determinar o índice de
motorização da população, o que corresponde à relação entre o número de automóveis e de habitantes da
cidade. A tabela a seguir apresenta estes dados para o período entre 2000 e 2010.
A variação anual do índice de motorização no período 2000-2010 foi de 6,69% a.a., obtida por média
geométrica. Este valor será utilizado como base para a projeção da demanda futura, uma vez que leva em
consideração tanto aspectos referentes à população quanto ao número de automóveis.
Desta forma, o cenário futuro considerando a implantação do shopping será conformado pela demanda futura,
calculada sobre a taxa de motorização municipal somada a demanda gerada pelo empreendimento. Esta última
foi estimada com base nas viagens atraídas e produzidas, distribuídas entre os fluxos por rota, identificados na
etapa de “Distribuição dos Fluxos e Alocação do Tráfego Adicional”. Estas cargas foram aplicadas sobre os três
pontos de interseção estudados resultando nos dados a seguir:
Rota 05
Ponto 001 2.400 6,69 2.913 83 2.996
Rota 06
Rota 01
Rota 02
Rota 03 Ponto 002 3.024 6,69 3.672 344 4.016
Rota 04
Rota 05
Relatório Final
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Taxa de
Futuro SE Viagens
Rotas Interseção Atual (2013) Motorizaçã Futuro CE
(2016) Geradas
o a.a.(%)
Rota 06
Rota 1
Rota 2
Rota 3
Ponto 003 2.159 6,69 2.622 307 2.929
Rota 4
Rota 5
Rota 6
Fonte: ECOTÉCNICA, 2013, a partir de MARTINS E MONTEIRO LTDA., 2013.
O acréscimo no volume de tráfego é certo, tanto pela operação do empreendimento quanto pelo aumento da
frota na cidade. Porém, com a adoção de intervenções nos acessos ao empreendimento, existe a possibilidade
de reversão parcial dos efeitos causados por este acréscimo. Considerou-se de prazo imediato a ocorrência
mais significativa do impacto no trânsito.
A análise de tráfego da AID foi desenvolvida com o auxílio do software Synchro 6 da Trafficware Company, o
qual utiliza o método Intersection Capacity Utilization (ICU) 2003 para a determinação da capacidade de
cruzamento, através da comparação entre o volume atual das interseções com a capacidade final (relação v/c).
Este software também implementa o método do Highway Capacity Manual (HCM) 2000 para sistemas urbanos
em cruzamentos sinalizados ou não. Ressalta-se que os dois métodos citados (ICU e HCM) são compatíveis
entre si, uma vez que o padrão de saturação e ajustes de volume são os mesmos em ambos os casos.
Os cruzamentos foram analisados em função da capacidade instalada (ICU) e do nível de serviço (LOS) do
mesmo, permitindo a simulação dos cenários atual e futuro, com e sem a implantação do empreendimento.
Os níveis de serviço (NS) são divididos entre:
Relatório Final
154
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
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• NS A, ICU≤ 55%: o cruzamento não tem congestionamento. A duração do ciclo de 80 segundos ou menos
vai mover o tráfego de forma eficiente. Todo o tráfego deve ser atendido no primeiro ciclo. Flutuações de
tráfego, os acidentes e os bloqueios de pista podem gerar um congestionamento mínimo. Esta intersecção
pode acomodar até 40% mais tráfego em todos os movimentos.
• NS B, 55%<ICU≤64%: o cruzamento tem muito pouco congestionamento. Quase todo o tráfego será
atendido no primeiro ciclo. A duração do ciclo de 90 segundos ou menos vai mover o tráfego de forma
eficiente. Flutuações de tráfego, os acidentes e os bloqueios de pista podem gerar um congestionamento
mínimo. Esta intersecção pode acomodar até 30% mais tráfego em todos os movimentos.
• NS C, 64%<ICU≤73%: o cruzamento não tem grandes congestionamentos. A maioria do tráfego deve ser
atendida no primeiro ciclo. A duração do ciclo de 100 segundos ou menos vai mover o tráfego de forma
eficiente. Flutuações de tráfego, os acidentes e os bloqueios de pista podem causar algum
congestionamento. Esta intersecção pode acomodar até mais 20% do tráfego em todos os movimentos.
• NS E, 82%<ICU≤91%: A interseção está à beira das condições de congestionamento. Muitos veículos não
são atendidos no primeiro ciclo. A duração do ciclo de 120 segundos é obrigatória para mover todo o
tráfego. Flutuações de tráfego mínimas, acidentes e bloqueios de pista podem causar congestionamentos
significativos. Este cruzamento tem capacidade de reserva menos de 10% disponível.
• NS F, 91%<ICU
≤100%: A interseção está acima da capacidade e, provavelmente, os períodos de
congestionamento estão entre 15 a 60 minutos por dia. Filas residuais no final do sinal verde são comuns.
A duração do ciclo de mais 120 segundos é obrigado a mover todo o tráfego. Flutuações de tráfego
mínimas, acidentes e bloqueios de pista podem causar o aumento dos congestionamentos.
• NS H, 109%<ICU: O cruzamento está 20% acima da capacidade e pode passar por períodos de
congestionamento de mais de 120 minutos por dia. Longas filas são comuns. A duração do ciclo mais 120
segundos é obrigatória para mover todo o tráfego. Os motoristas podem escolher rotas alternativas, se elas
existem, ou fazer menos viagens durante o horário de pico.
Para simulação dos cenários foram adotados os parâmetros de calibração descritos a seguir:
Relatório Final
155
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• Extensão dos links: A base para desenho da rede trata-se de uma rede georreferenciada, e devido ao seu
grau de detalhamento, a extensão dos links é um atributo natural associado a cada trecho;
• Velocidade de Fluxo Livre: A velocidade das vias foram adotadas conforme classificação das mesmas, ou
seja, em toda a rede a velocidade de fluxo livre é de 60km/h;
• Número de faixas: O número de faixas de tráfego adotadas nas vias foi coletada diretamente em campo.
Foram consideradas somente as “faixas úteis”, sendo excluídas as faixas ocupadas por estacionamentos,
pontos de ônibus muito próximos a interseções e pontos de carga e descarga;
• Unidade de carro de passeio – UCP: Vias de características geométricas idênticas podem apresentar
diferentes capacidades, pois são influenciadas também pela composição do tráfego que as utiliza. Para os
estudos de capacidade os vários tipos de veículos foram representados em unidade de carros de passeio,
UCP, ou seja, número equivalente de carro de passeio que exerce os mesmos efeitos na capacidade da via
que o veículo referido.
Na Tabela 20, a seguir, está determinado o fator de equivalência utilizado para transformar um volume de
veículo de tráfego misto em UCP (Unidade de Carro de Passeio):
Pela ampla aceitação pelos analistas de tráfego, a determinação do índice de capacidade utilizada (ICU) das
interseções sem e com o empreendimento é bastante adequada para a avaliação do impacto relativo ao
aumento do volume de tráfego em um sistema viário. Os volumes observados nas pesquisas de contagem
volumétrica, apresentadas no item 7.3.6.3 Estudo de Tráfego, foram expandidos para 2016, ano da implantação
completa do empreendimento, caracterizando a situação sem o empreendimento. Foi adicionado a estes valores
expandidos, o tráfego gerado pelo empreendimento na hora pico, após sua locação, caracterizando a situação
com o empreendimento.
Assim, retomam-se as intersecções levantadas pela pesquisa de contagem volumétrica, configuradas pelas
seguintes vias:
• Interseção 1 (P01) : Rua Manoel Ribas x Avenida Victor do Amaral
• Interseção 2 (P02) :Rua Manoel Ribas x Rua São Vicente de Paulo
• Interseção 3 (P03) :Rua Manoel Ribas x Rua Santa Catarina
Relatório Final
156
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Na tabela a seguir são apresentados os volumes e os ICU nos diversos cenários analisados, assim como a
variação entre eles, possibilitando a comparação dos mesmos e a avaliação do impacto causado pelo
empreendimento em dias úteis.
Observa-se que no cenário atual o cruzamento 002 entre as ruas Manoel Ribas e São Vicente de Paulo
apresenta ICU de 102,3%, ou seja, o cruzamento possui toda a sua capacidade utilizada e com pequenos
períodos de congestionamento na hora pico. O cruzamento 003 entre as ruas Manoel Ribas e Santa Catarina
também apresenta elevado grau de saturação, porém sem ocorrência de congestionamento.
Segundo a empresa Martins e Monteiro Ltda. (2010), pode-se observar que a implantação do empreendimento
gera impacto pequeno ao tráfego com valores de ICU entre 2,3% e 11,1% se comparado ao cenário sem o
empreendimento. Constata-se ainda que o agravamento da situação de tráfego da região ocorre devido ao
crescimento da taxa de motorização no ano de implantação, que é resultado da implantação de políticas que
facilitam a aquisição de veículo próprio, como baixas taxas de financiamento em longo prazo.
A seguir, a tabela 11, comparativa dos níveis de serviço, segundo metodologia apresentada, nos vários cenários
em dias úteis.
Analisando os níveis de serviço identifica-se a alteração deste índice para o cruzamento 003 em relação ao
cenário com empreendimento, porém, ressalta-se que este impacto pode ser amenizado com o auxílio de
melhorias implantadas no entorno imediato da ADA.
A seguir, serão apresentados os carregamentos das interseções analisadas considerando os cenários atual e
futuro com e sem o empreendimento. Os dados considerados para as simulações estão citados na Tabela 23, a
seguir.
TABELA 23: CARREGAMENTOS E MOVIMENTOS POR INTERSEÇÕES
Atração - Chegada Produção - Saída
Rotas Total
Interseção Movimento Interseção Movimento
P003 9(1) P003 7
Rota 1 9,96%
P002 10(4) - -
P003 4 P003 3
Rota 2 2,83%
P002 10(4) - -
P003 6 P003 9(3)
Rota 3 23,97%
P002 10(4) - -
Rota 4 42,51% P002 9(2) P003 9(-3)
Relatório Final
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Relatório Final
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Cenário Atual – Dias Úteis Cenário Futuro Sem Empreendimento – Dias Úteis
Cenário Futuro Sem Empreendimento – Sábados Cenário Futuro Com Empreendimento – Sábado
Relatório Final
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Cenário Atual – Dias Úteis Cenário Futuro Sem Empreendimento – Dias Úteis
Cenário Futuro Sem Empreendimento – Sábados Cenário Futuro Com Empreendimento – Sábado
Relatório Final
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Cenário Atual – Dias Úteis Cenário Futuro Sem Empreendimento – Dias Úteis
Cenário Futuro Sem Empreendimento – Sábados Cenário Futuro Com Empreendimento – Sábado
Relatório Final
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A utilização de serviços de transporte coletivo existentes pela população para deslocamento até o
empreendimento acarretará no aumento na demanda por este modal, principalmente as que percorrem na AID
do empreendimento. Conforme já apresentado no item 7.3.6.2, a linha Santa Regina e o Linhão 01
Angélica/Tupy percorrem defronte ao empreendimento através da Rua Manoel Ribas. Já a linha Circular Centro,
que tem como propósito a acessibilidade do transporte na área central do município e percorre as proximidades
da rua Lourenço Jasiocha, poderão ter aumento de demanda.
O aumento pelos serviços de taxi nas proximidades do entorno imediato do empreendimento também poderão
sofrer impacto.
QUADRO 42: DESCRIÇÃO DO IMPACTO - ACRÉSCIMO NA DEMANDA POR MEIOS DE TRANSPORTE
DESCRIÇÃO OBSERVAÇÃO
Localização do impacto ADA e AID
Fase de ocorrência Operação
Probabilidade de ocorrência Certa
Natureza do impacto Negativo
Tipo do impacto Direto
Duração do impacto Permanente
Espacialização Localizada
Possibilidade de reversão Parcialmente reversível
Ocorrência Imediata
Importância Média
Magnitude Baixa
Em função da instalação do empreendimento, na fase de operação, haverá por parte dos funcionários a
demanda de alguns serviços relacionados à educação. Entre eles encontram-se alguns diretos, como a
demanda por cursos técnicos especializados para a área de segurança aos próprios funcionários e outros
indiretos, como a necessidade de vagas em creches para os filhos dos funcionários em geral.
QUADRO 43: DESCRIÇÃO DO IMPACTO - ACRÉSCIMO NA DEMANDA POR EQUIPAMENTOS E CURSOS NA ÁREA DE EDUCAÇÃO
DESCRIÇÃO OBSERVAÇÃO
Localização do impacto ADA e AID
Fase de ocorrência Operação
Probabilidade de ocorrência Certa
Natureza do impacto Negativo
Tipo do impacto Direto e Indireto
Duração do impacto Permanente
Espacialização Localizado
Possibilidade de reversão Reversível
Ocorrência Imediato
Importância Média
Magnitude Baixa
Relatório Final
163
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Também na fase de operação do empreendimento, poderá ocorrer aumento na demanda por serviços de saúde
prestados nas Unidades Básicas de Saúde e ao Hospital São Francisco de Paula, próximo ao empreendimento,
para atendimento de eventuais acidentes que possam vir a ocorrer.
O empreendedor, tem intenção de oferecer assistência médica e odontológica aos funcionários com a finalidade
de dar suporte aos mesmos, e até mesmo, não sobrecarregar o sistema municipal de saúde. Porém, sua
implantação dependerá da conjuntura socioeconômica no momento da instalação e operação do
empreendimento.
QUADRO 44: DESCRIÇÃO DO IMPACTO - ACRÉSCIMO NA DEMANDA POR EQUIPAMENTOS DE SAÚDE
DESCRIÇÃO OBSERVAÇÃO
Localização do impacto ADA e AID
Fase de ocorrência Operação
Probabilidade de ocorrência Certa
Natureza do impacto Negativo
Tipo do impacto Direto e Indireto
Duração do impacto Permanente
Espacialização Localizado
Possibilidade de reversão Reversível
Ocorrência Imediato
Importância Baixa
Magnitude Baixa
8.2.6 Socioeconômico
A implantação deste tipo de empreendimento concentra uma variedade de atividades em um único espaço, onde
é possível encontrar comércio, prestação de serviços, lazer e cultura. Caracterizado como um gerador de
desenvolvimento da economia local, melhorando a qualidade de vida da população, traduzindo na geração de
diversos benefícios, como a geração de empregos, aumento da arrecadação de impostos, e aumento na oferta e
demanda por bens e serviços.
Com o início do funcionamento do empreendimento haverá a geração de inúmeros empregos (diretos e
indiretos), estimados em 1.400 vagas, conforme descrito no item 3.5 deste relatório. Esta demanda que envolve
atividades relacionadas à administração, manutenção e segurança do shopping será suprida quase na totalidade
com a mão-de-obra qualificada local, priorizando ainda pela incorporação de lojistas locais, por já possuírem um
quadro de funcionários e clientela formada.
O empreendimento mobilizará profissionais de diversas áreas gerando novos postos de trabalho, sendo um dos
fatores mais importantes para incrementar a economia de uma região, pois aumenta significativamente a renda
de uma parcela da população.
Relatório Final
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Com base na descrição do item acima, prevê-se o incremento na arrecadação de tributos municipais, não só por
meio de emissões de notas fiscais, mas também pelo recolhimento de impostos diversos. Ressalta-se ainda a
capacidade do empreendimento em atrair estabelecimentos relacionados ao comércio e serviço da região,
consolidando a via em que se encontra como eixo empresarial e gerando mais arrecadação ao município.
Portanto, considera-se este impacto positivo, permanente, irreversível e de grande importância para o município.
Relatório Final
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Relatório Final
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Conforme já mencionado no item acima, um empreendimento deste porte no município estará influenciando toda
uma cadeia de atividades econômicas na região, que pode se expandir para além do seu limite municipal. Seus
impactos positivos no comércio não serão apenas para os comerciantes e prestadores de serviços localizados
na área de influência direta, mas para todo o município. Pela própria característica do empreendimento atrair um
público variado, atraindo clientes do município e também da RMC, o comércio de rua da área de entorno
imediato deverá sofrer em curto prazo uma redução de procura, mas não será gravemente afetado, pois há um
nicho de mercado a ser atendido que pouco consumirá no shopping, freqüentando-o apenas como área de lazer.
Além disso, com a operação do empreendimento, estima-se o desenvolvimento das atividades de comércio e
serviço vicinal em virtude do aumento na circulação de pessoas. Acredita-se que a dinâmica no comércio local
sofrerá uma mudança de perfil, com a instalação de restaurantes, empresas prestadoras de serviços, além de
fortalecer as atividades existentes.
Este impacto pode ser considerado positivo, de média importância e magnitude, permanente de caráter
irreversível.
Relatório Final
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Neste item serão apresentadas as propostas de intervenções, a serem executadas pelo empreendedor, com o
objetivo de reduzir os impactos negativos e potencializar os positivos de um empreendimento. Em outras
palavras trata de antever os principais impactos e buscar medidas para evitar que ocorram, ou para reduzir sua
magnitude ou sua importância (SANCHÉZ, 2008). Ressalta-se que a própria concepção do projeto do
empreendimento já prevê várias técnicas e medidas construtivas e de engenharia para minimizar ou evitar que
os impactos ocorram.
A metodologia utilizada é a apresentação de um quadro resumo no qual são listados os impactos relacionados
com a proposta de intervenção, a indicação da natureza, isto é, mitigadora ou compensatória, a fase em que a
medida deve ser adotada, e o prazo para adoção, e em seguida uma breve descrição da medida.
Relatório Final
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A grande maioria dos veículos, maquinários e equipamentos utilizados para a implantação do empreendimento
utilizam motores a diesel. A medida para mitigação das emissões gasosas sugerida é que seja realizado o
controle dessas emissões. Para tanto, é imprescindível que os veículos, maquinários e equipamentos utilizados
Relatório Final
169
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estejam em perfeitas condições de uso e que, periodicamente, sejam realizados procedimentos de manutenção
e regulagem.
Devem ser realizadas inspeções visuais nos veículos, os quais não devem emitir fumaça preta durante sua
utilização. Para tanto, sugere-se a utilização da Escala de Ringelmann (Figura 83), que consiste em uma escala
gráfica para avaliação colorimétrica da densidade de fumaça, constituída de seis padrões com variações
uniformes de tonalidade entre o branco e o preto. Esta escala deve ser alocada próxima ao escapamento dos
veículos e comparadas às tonalidades de fumaça emitidas com às da Escala de Ringelmann, de acordo com
padrões estabelecidos pela legislação ambiental, a exemplo o CONAMA 08/90 (BRASIL, 1990d) e padrões da
CETESB.
FIGURA 83: REPRESENTAÇÃO DA ESCALA RINGELMAN E UTILIZAÇÃO DA MESMA IN LOCO.
É aceitável até o padrão n.º 2 da Escala Ringelmann, que corresponde a uma emissão praticamente invisível e
com uma pequena massa de partículas e, conseqüentemente, a qual causa pequeno impacto ao meio ambiente.
Além da inspeção visual das emissões, deverão ser adotadas medidas simples como a diminuição da
necessidade de operações e movimentações dos veículos dentro do canteiro, sendo realizada através de um
prévio planejamento. Os veículos devem permanecer desligados quando não estiverem em uso e o seu tempo
de operação deve ser otimizado. A saída de exaustão dos veículos deve se localizar o mais alto possível e
virada para cima para facilitar a dispersão. A velocidade dos veículos deve ser limitada para evitar suspensão de
partículas no canteiro.
Na fase de operação do empreendimento, deverão ser tomadas medidas na concepção do estacionamento,
como sistemas de exaustão e ventilação eficientes no subsolo para que os gases sejam dispersos na atmosfera
evitando a concentração próxima às fontes emissoras.
A área de estacionamento deverá contar com funcionários capacitados a fim de garantir a fluidez do tráfego
interno, auxiliando, assim, a entrada e saída dos automóveis, com o objetivo de diminuir o tempo de
permanência do veículo ligado.
Com objetivo de reduzir o tempo despendido na carga e descarga de materiais e insumos, podem ser utilizados
equipamentos adequados para a transferência da carga entre o caminhão e as áreas de recebimento. É
Relatório Final
170
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fundamental o planejamento das áreas de carga e descarga, bem como a normatização dos horários, que, de
preferência, seja quando existir o menor tráfego interno.
Como os veículos que circularão pelo empreendimento são de terceiros, não podendo o empreendedor impor a
maneira de circular para seus clientes, sugere-se uma campanha de sensibilização dos usuários para a
importância da manutenção veicular e preocupação com o meio ambiente, bem como a informação de
campanhas de cunho ambiental, como o Dia Mundial Sem Carro (22 de Setembro).
A primeira medida proposta para o impacto decorrente das emissões de material particulado durante a
implantação do empreendimento é aspersão de água no pátio de circulação dos maquinários, canteiro de obras
e vias de acesso de modo a minimizar a emissão dos materiais particulados para a atmosfera, que tenderão a se
depositar no solo. Da mesma forma, se deverá proceder quando forem descarregados materiais da obra por
caminhões basculantes e outros, isto é, deverá ser aspergida água no material descarregado, a fim de evitar as
nuvens de poeira.
O descarregamento dos materiais deve ser realizado da menor altura possível tanto nos caminhões quanto nas
caçambas. Ainda, os caminhões que estão em circulação devido às obras deverão ter suas caçambas
recobertas por lonas de modo a evitar o espalhamento de poeira no local e entorno. Devem ser acoplados
dispositivos de coleta de pó aos equipamentos de corte, ou caixas de coleta quando o potencial de emissão for
menor.
As vias de circulação interna deverão ser constantemente limpas, de modo que os materiais depositados como
barro, pedras, restos de cimento sejam removidos. A varrição úmida ou aspiração devem ser realizadas com
freqüência, ao invés da varrição seca.
Com relação ao material particulado proveniente de atividades tais como quebra, serragem, britagem ou
lixamento, devem ser colocadas barreiras físicas nos pontos de emissão tipo telas de poliéster de malha fina,
tecidos, chapas de madeira, de modo que as partículas, mesmo quando movimentadas pelos ventos, não
passem dos limites da obra.
Com relação ao espalhamento de material particulado pela ação do vento, aconselha-se que as atividades de
demolição sejam evitadas quando a velocidade dos ventos estiver elevada. Assim como os resíduos de
demolição devem ser removidos da obra rapidamente, evitando sua exposição a ventos e chuvas e mantidos
cercados, umedecidos e cobertos. Também devem ser evitados serviços de escavação durante períodos muito
secos e com ventos fortes para minimizar a emissão de material particulado na movimentação de terra.
Relatório Final
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Por fim, a queima de materiais na obra deve ser evitada, pois, lança material particulado e gases na atmosfera.
Com relação ao impacto relacionado à emissão de material particulado, que poderá de modo indireto afetar a
flora e fauna do fragmento florestal adjacente ao empreendimento, além dos cuidados supracitados, sugere-se o
fechamento de todo o canteiro de obras com materiais adequados, visando a inibição de dispersão da poeira
suspensa.
Ainda durante a fase de implantação do empreendimento, o fechamento do canteiro de obras também ajudará a
minimizar a pressão sonora dentro da ADA, e igualmente, ajuda no isolamento do canteiro de obras. Assim, os
transeuntes não terão contato visual com as atividades desenvolvidas no canteiro de obras, além de evitar o
contato físico, tanto dos passantes quanto dos funcionários da obra para o exterior.
O excesso de ruídos ou poluição sonora, segundo a NBR 10.151, interfere no equilíbrio emocional das pessoas
e de seu meio, vindo a causar efeitos nocivos à saúde humana, além dos indivíduos da fauna. Dentre as ações
para minimização deste impacto está o planejamento das atividades e normatização dos horários.
Um planejamento eficiente do canteiro de obras é uma medida importante para minimizar as operações de
transporte. Ainda, torna-se imprescindível que os veículos e maquinários estejam em perfeitas condições de uso,
com revisão e manutenção periódica e criteriosa de suas estruturas mecânicas, além de operadores habilitados,
tendendo a fazer menos manobras, assim emitindo menos ruídos. Assim, juntamente com a normatização dos
Relatório Final
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horários para cada atividade, a freqüência dos ruídos em horários determinados do dia contribuirá para que
estes ruídos não sejam prolongados durante todo o dia.
É valido ressaltar que a normatização e o controle de acesso dos funcionários seja uma medida efetiva, visto
que a circulação de pessoas, tanto AID quanto na ADA, inclusive no maciço florestal, atrapalham não só a
dinâmica local, mas também podem interferir nas relações florísticas e faunísticas.
O trabalho de orientação dos funcionários compete à empreiteira contratada, entretanto, compete ao contratante
averiguar o cumprimento das exigências. Por exemplo, utilização dos sanitários, bem como utilizar as lixeiras
para a correta destinação dos resíduos produzidos por eles ajudando, assim, a não proliferação de animais
sinantrópicos e, ocasionalmente, a proliferação de animais peçonhentos; não entrar no maciço florestal, a fim de
preservar as relações florísticas e faunísticas existentes; obedecer aos horários de entrada e saída do canteiro
de obras, evitando permanecer nas redondezas do mesmo.
É importante também que os operários da obra façam uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI)
auriculares, além das luvas e calçados apropriados, a fim de minimizar os níveis de ruído absorvidos durante a
obra, e demais acidentes de trabalho. Exemplos de EPI seguem abaixo na Figura 84.
FIGURA 84: EXEMPLOS DE EPI
Relatório Final
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O impacto da pressão sonora se restringe aos acessos dos funcionários por veículos e assim, é necessário o
planejamento das atividades do empreendimento bem como a normatização de horários, para que as estruturas
sejam utilizadas em dias comerciais, e até mesmo incentivar que os funcionários cheguem em turnos e horários
dispersos a fim de evitar a concentração de chegada e saída de todos ao mesmo tempo.
E finalmente, recomenda-se a utilização de medidores, como decibelímetros, para avaliações acústicas do nível
de ruído na ADA, de forma a monitorar e adequar se necessários, aos limites aceitáveis e estabelecidos pela
norma técnica: ABNT 10.151, Portaria 092/80 do Ministério Estadual e Resoluções CONAMA 01/90 e 02/90.
Os serviços com potencial de gerar acontecimentos anormais, cujas conseqüências possam provocar danos a
pessoas, ao meio ambiente e a bens públicos, inclusive de particulares, devem ter como atitude preventiva, um
Plano de Contingência ou Emergência.
Neste caso, destaca-se que em decorrência da implantação do empreendimento há possibilidade de acidentes
que acarretem danos ao meio ambiente, como vazamento de óleos e graxas de caminhões e maquinários; entre
outros.
As conseqüências podem e devem ser minimizadas a partir de um Plano de Contingência (PC), o qual consiste
em um documento que compreende as responsabilidades, estabelecidas para atender a uma emergência e
informações detalhadas sobre as características da área envolvida. É um documento desenvolvido com o intuito
de treinar, organizar, orientar, facilitar, agilizar e uniformizar as ações necessárias para respostas de controle e
combate às ocorrências anormais. Dessa forma, representa o estado de preparação dos atores envolvidos para
atender a uma ocorrência acidental.
Toda informação sobre anomalias externas com o potencial para se transformar em emergências, ou estar
relacionada com as atividades exercidas no local deverá ser considerada.
As ações de combate e controle às emergências terão prioridade sobre as demais atividades do local referente
ao PC, e serão exercidas, em tempo integral com dedicação exclusiva enquanto durar a situação.
No quadro apresentado acima foram destacados os principais impactos que deverão ser considerados no plano,
o que não restringe a elaboração do plano somente para estes impactos.
Relatório Final
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Portanto, mesmo que as demais medidas para a mitigação de potenciais processos lesivos ao meio ambiente
falhem, o Plano de Contingência entrará como ator de emergência e funcionará de acordo com o pré-
estabelecido dentro dele e de acordo com as condições atuais da área.
Umas das formas mais comuns de desequilíbrio ambiental de uma área é a erosão, que consiste na perda da
camada superficial do solo pela ação da água e/ou vento, decorrentes principalmente de problemas no sistema
de drenagem, pavimentação e remoção da cobertura vegetal protetora.
Com a realização dos serviços de terraplanagem, além de cortes e aterros, o solo ficará temporariamente sem
proteção vegetal e desprovido de dispositivos finais de drenagem superficial, podendo desencadear processos
erosivos.
As ações necessárias ao controle dos processos erosivos e assim recompor o equilíbrio da área durante a
realização das obras consistem na proteção dos solos expostos, evitando assim a erosão ocasionada pela
precipitação e escoamento superficial, estabilização dos taludes além da instalação de dispositivos de
drenagem, como: valetas de proteção, bueiros provisórios, caixas de retenção e canalizações para a orientação
do fluxo das águas superficiais desde os pontos de captação até as galerias pluviais, de modo a evitar o
acúmulo de águas e também reduzir ou eliminar o aporte de sedimentos aos corpos d’água próximos,
retardando o processo de deposição de sedimentos ou partículas.
Acessos internos deverão ser revestidos com pedriscos para evitar o levantamento de pó e também evitar o
atolamento de equipamentos rodantes. Bueiros provisórios deverão ser executados com a finalidade de evitar
acúmulo e/ou interromper o fluxo de águas pluviais.
Quando da finalização das obras e funcionamento do empreendimento deverão permanecer os mesmos
cuidados e implantadas as estruturas de drenagem previstas em projeto, principalmente ao longo das vias de
circulação de veículos e jardins. Este último é imprescindível para aumentar as áreas permeáveis, que também
podem ocorrer a partir da utilização de pisos permeáveis onde não houver estacionamento subterrâneo.
É importante ressaltar que serão tomadas medidas que atuam em favor da minimização do processo de erosão,
através da redução de movimentos de corte e aterro e da rápida cobertura vegetal nas áreas expostas e taludes.
Relatório Final
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Relatório Final
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Conclui-se que, com a adoção destas medidas visando à utilização racional da água, haverá redução de seu
consumo a qual acarretará em uma diminuição também na geração de efluentes sanitários, resultando em
benefícios financeiros e ambientais. Destaca-se que a indicação destas duas medidas não exclui a possibilidade
de adotar outras tecnologias de uso racional da água.
Verifica-se limítrofe ao empreendimento um maciço florestal que configura a APP de um córrego que integra a
gleba. Esta condição pode facilitar uma série de interferências antrópicas na APP como, por exemplo, deposição
de resíduos, vandalismo como quebra de galhos, pichação de troncos arbóreos, retirada de espécies,
queimadas, dentre outros. Até mesmo apenas a presença humana pode afugentar e inibir o comportamento
natural da fauna. Além de prevenir acidentes com animais peçonhentos que possam habitar o local.
A efetiva preservação deste remanescente deverá ser auxiliada pela instalação de cercas que restrinjam o
acesso humano à área. Dessa forma, sugere-se o cercamento da área, previamente ao início das obras, o qual
deve ser mantido durante a operação do empreendimento.
Esta vedação deverá ser realizada com materiais de baixo impacto ao meio ambiente e permitir a conexão física,
pela presença de pequenos animais, e visual.
Relatório Final
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Torna-se imprescindível a educação ambiental junto aos operários, funcionários e visitantes do empreendimento,
orientando-os quanto à importância do fragmento florestal para o equilíbrio do meio ambiente local e para as
espécies da flora e fauna que ali habitam, além de que a circulação é restrita unicamente à segurança,
manutenção e pesquisas. A orientação e impedimento de acesso à APP procura também evitar riscos de
acidentes com animais peçonhentos como aranhas e cobras. E ainda prestar esclarecimentos quanto à
importância do uso dos EPI durante a obra e de como proceder em caso de socorro por acidente de trabalho.
Para tanto, poderão ser realizadas palestras no canteiro de obras, abordando temas que, direta ou
indiretamente, estabeleçam um diálogo baseado na participação do indivíduo como sujeito da ação e na co-
participação no processo de aprendizagem.
Como meios e educação ambiental também poderão ser utilizados veículos e meios de comunicação, em
especial os de comunicação escrita como: folder, cartaz, cartilha e jornal, entretanto, estes precisam identificar-
se como um ato produzido para orientar e influenciar o comportamento do receptor e, finalmente, como um ato
responsável pelo efeito produzido no receptor.
Os operários também devem ser orientados quanto ao seu bem estar e o bem estar de outras pessoas que
estejam na área de influência da obra, a partir de dicas simples e eficazes, que irão prevenir de possíveis danos
à saúde física, relacionados à emissão de ruídos e de partículas em suspensão. Este trabalho de prevenção
poderá resultar em uma melhora na qualidade do ambiente de trabalho e conseqüentemente no entorno.
A fim de dar continuidade à conscientização da população diretamente envolvida com o empreendimento a
Educação Ambiental foi incluída dentro dos Programas de Gestão Ambiental, detalhados no capítulo seguinte.
Relatório Final
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Durante a realização das obras haverá geração de efluentes provenientes de atividades executadas ao canteiro
de obras e de efluentes sanitários. Ambos devem ter as destinações adequadas de modo a evitar quaisquer
interferências na qualidade dos recursos hídricos e possíveis contaminações ambientais.
Com relação aos efluentes sanitários, propõe-se a ligação dos sanitários na rede pública de coleta de
esgotamento sanitário. Esta medida evita a proliferação de espécies sinantrópicas indesejáveis, uma vez que
este tipo de efluente está diretamente relacionado ao surgimento de espécies ligadas à transmissão de
patogenias que podem prejudicar a saúde dos trabalhadores, público usuário do shopping e da população
residente na AID. Ressalta-se que a realização das lavagens e manutenções de caminhões e maquinários
utilizados na obra seja feita, preferencialmente fora do canteiro de obras.
Na fase de operação do empreendimento serão gerados efluentes sanitários provenientes dos 55.446,30 m²
construídos para abrigar o shopping, como medida, todas as instalações sanitárias do empreendimento deverão
ser ligadas à rede de esgotamento sanitário.
Portanto, além das medidas citadas anteriormente referentes ao uso racional da água, medida que diminui a
geração de efluentes, tem-se a sua destinação final correta através do lançamento na rede coletora de esgotos.
Como descrito anteriormente, considerando que para as obras de construção do empreendimento serão
utilizados materiais industrializados/pré-moldados, a geração de resíduos da construção civil será
significativamente menor do que quando utilizados os métodos convencionais. Assim, os entulhos como latas,
tintas, vidros, embalagens contaminadas, ente outros, deverão receber acondicionamento e destinação corretos,
Relatório Final
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uma vez que podem provocar o assoreamento de corpos d’água e favorecer a proliferação de organismos
sinantrópicos (ratos, camundongos, moscas, dentre outros).
Araucária instituiu o Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil como uma exigência
legal a todo empreendimento que pretende se instalar no território municipal, através da Lei nº 2.343/2011.
Assim sendo, a medida referente a estes impactos consiste na elaboração do Plano de Gerenciamento de
Resíduos da Construção Civil (PGRCC), conforme preconiza a Resolução CONAMA 307/2002. e a legislação
municipal nº 2.343/2011. Ressalta-se que a execução do serviço de coleta e transporte dos resíduos somente
poderão ser realizados por empresas licenciadas pela prefeitura municipal.
De acordo com o Código de Obras e Posturas do Município, instituído pela Lei n°2.159/2010, as edificações
deverão prever local apropriado para a armazenagem de resíduos, atendendo às exigências da norma estadual
específica. Visando o atendimento integral das normativas que incidem sobre a questão dos resíduos sólidos e a
fim de garantir o manejo correto dos mesmos, será implantado o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.
Esta política deverá prever o tratamento e armazenamento adequados dos resíduos sólidos, contemplando
desde sua geração, acondicionamento, armazenamento, disposição temporária até sua disposição final, com um
trabalho de orientação dos usuários e funcionários do empreendimento.
No projeto do empreendimento está previsto um local adequado (doca) para o recebimento dos resíduos,
realização da triagem e segregação, além de armazenamento temporário até que sejam coletados e destinados
adequadamente por empresa licenciada para tal fim.
Destaca-se que a aplicabilidade do PGRS deve estar pautada na educação ambiental e divulgação (cartilha,
folders, palestras) junto aos usuários, visitantes e funcionários do empreendimento, sendo de fundamental
importância na reorientação de hábitos e costumes que venham a contribuir para a garantia da eficiência do
sistema, melhorando a qualidade e a integridade dos ambientes naturais existentes nas áreas de influência do
empreendimento.
Relatório Final
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Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
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Como foi possível observar perante as análises apresentadas no estudo de tráfego realizado pela Martins e
Monteiro Engenharia Ltda., as condições de tráfego da região apresentarão níveis críticos de fluxo em 2016 se
mantidas as taxas de crescimento de motorização atuais, mesmo sem a implantação do empreendimento.
Portanto, para melhoria da mobilidade da região e viabilização do crescimento econômico sugere-se nesta,
medidas de adequações que podem ser implantadas pelo poder público com relação ao trânsito e mobilidade.
No item 8.2.3.1 foi possível observar que o impacto gerado ao sistema de trânsito da região é relativamente
baixo, no entanto, sugere-se três intervenções junto à área de entorno, conforme descrito a seguir e ilustradas
conforme Figura 86:
A entrada do empreendimento se dá pela Rua Lourenço Jasiocha, sendo esta uma via local com 4,5m de largura
de passeio e com pista de rolamento 7,0m, totalizando 16m de caixa de via, que sofre com o fluxo da Escola
Irmã Elisabeth Werka, da Secretaria Municipal de Educação e dos moradores dos Jardins Augusta, Tayrá e
Iguaçu. O mesmo ocorre com a rua Suzana Suckow onde circulam muitos veículos de grande porte como os
ônibus escolares e automóveis estacionados nos períodos de aula. Para minimizar os impactos, sugere-se a
definição de sentido único na rua Suzana Suckow da rua São Vicente de Paulo à rua Lourenço Jaciocha, com a
elaboração e execução de remansos na rua Suzana Suckow, ao lado da Escola Irmã Elizabeth Werka, além da
sinalização horizontal e vertical.
Implantação de semáforo no cruzamento entre as ruas São Vicente de Paulo e Suzana Suckow.
Para garantir a segurança dos transeuntes e veículos, sugere-se a implantação de um conjunto semafórico no
cruzamento entre as ruas São Vicente de Paulo e Suzana Suckow, com conversão à esquerda para acessar a
rua Suzana Suckow, com a implantação de sinalização horizontal e vertical.
Relatório Final
182
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
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• Ponto 005 - Rua Lourenço Jasiocha x Rua Suzana Suckow x Entrada do Empreendimento;
Relatório Final
183
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
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Na
Tabela 24 a seguir pode-se observar uma redução significativa do Intersection Capacity Utilization - ICU em
todos os cruzamentos, variando entre 7,3% e 23,1%.
A análise do cenário com as adequações sugeridas foi realizada somente para o dia útil, pois representa a
demanda mais crítica. A seguir são apresentados os detalhes dos carregamentos dos cruzamentos no cenário
adequado.
• Carregamento ponto 001 - Rua Manoel Ribas x • Carregamento ponto 002 - Rua Manoel Ribas x
Avenida Victor do Amaral Rua São Vicente de Paulo
• Carregamento ponto 003 - Rua Manoel Ribas x • Carregamento ponto 004 – Rua Lourenço
Rua Santa Catarina Jasiocha x Rua Manoel Ribas
Relatório Final
184
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Carregamento ponto 005 – Rua Lourenço Jasiocha x Carregamento ponto 006 – Rua Manoel Ribas x
Rua Suzana Suckow Saída do Empreendimento
Relatório Final
185
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
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Com as análises de capacidade viária constatou-se que a interseção 002, entre as ruas Manoel Ribas e São
Vicente de Paulo, possui capacidade de utilização e nível de serviços considerados regulares mesmo sem a
implantação do empreendimento. Portanto, para facilitar a circulação da área o acesso de entrada ao
empreendimento será realizado somente pela Rua Lourenço Jasiocha e a saída será pela r Manoel Ribas. Esta
medida proporciona que a demanda do bairro Centro, que corresponde a 42,51%, possa ser desviada da Av.
Manoel Ribas. A seguir apresenta-se o detalhamento dos acessos propostos ao empreendimento.
Relatório Final
186
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
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TABELA 25: COMPARAÇÃO DE VIAGENS POR FAIXA HORÁRIA – LINHA SANTA REGINA.
Linha Santa Regina
Faixa de Horário Atual Sugerido
04:00 – 05:00 2 2
05:00 – 06:00 3 3
06:00 – 07:00 3 3
07:00 – 08:00 3 3
08:00 – 09:00 3 5
09:00 – 10:00 2 4
10:00 – 11:00 3 5
11:00 – 12:00 2 4
12:00 – 13:00 3 5
13:00 – 14:00 2 4
14:00 – 15:00 3 5
Relatório Final
187
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15:00 – 16:00 2 4
16:00 – 17:00 3 5
17:00 – 18:00 2 4
18:00 – 19:00 3 5
19:00 – 20:00 2 4
20:00 – 21:00 3 5
21:00 – 22:00 2 4
22:00 – 23:00 1 4
23:00 – 24:00 2 2
24:00 – 01:00 1 1
N° de viagens/dia 50 81
FONTE: MARTINS E MONTEIRO LTDA., 2013.
450
400
350
300
250
200
150
100
50
Relatório Final
188
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
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Estruturas como pontos de parada podem ser utilizadas para desenvolvimento da região, como é o caso da rua
Suzana Suckow que faz cruzamento com as ruas Lourenço Jasiocha e Vicente de Paulo, que possui área
disponível para implantação de ponto de parada e a este pode ser agregado um centro de serviços a população
e também realizar integração com outros modais de transporte com a integração de bicicletários.
Outra sugestão também analisada seria a modificação de parte do itinerário da linha Circular Centro que tem o
propósito de fomentar a acessibilidade do transporte na área central do município.
Esta linha tem a extensão de aproximadamente sete quilômetros, com isto, seu tempo de ciclo tem duração
baixa, sendo a linha ideal para atender a região do empreendimento sem causar impacto algum no sistema.
A alteração em seu itinerário pode ser observada na Figura 89 e acrescentará à linha 600m, mantendo-se a
velocidade média da linha igual à atual, este incremento na quilometragem geraria menos de 2 minutos no seu
tempo de ciclo. Sendo então a linha ideal para realizar a cobertura espacial da região do empreendimento.
Relatório Final
189
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
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O incremento na oferta da linha pode ser observado na tabela e gráfico a seguir. A linha passará a ter um total
de viagens diárias de 61 viagens, com o horário de operação até 00h00min. Com isto a linha passará a ter
intervalo entre viagens de 15 minutos contra os 30 minutos de intervalo atualmente.
TABELA 26: NÚMERO DE VIAGENS SUGERIDA NA LINHA CIRCULAR CENTRO
Linha Santa Regina
Faixa de Horário Atual Sugerido
04:00 – 05:00 - -
05:00 – 06:00 3 1
06:00 – 07:00 1 2
07:00 – 08:00 3 3
08:00 – 09:00 2 4
09:00 – 10:00 1 4
10:00 – 11:00 2 4
11:00 – 12:00 2 4
Relatório Final
190
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
Shopping Center – Araucária - PR
12:00 – 13:00 2 4
13:00 – 14:00 2 4
14:00 – 15:00 2 4
15:00 – 16:00 2 4
16:00 – 17:00 1 4
17:00 – 18:00 2 4
18:00 – 19:00 2 4
19:00 – 20:00 2 4
20:00 – 21:00 2 4
21:00 – 22:00 1 4
22:00 – 23:00 2 4
23:00 – 24:00 1 2
24:00 – 01:00 - 1
N° de viagens/dia 35 69
FONTE: MARTINS E MONTEIRO LTDA., 2013.
180
160
140
120
100
80
60
40
20
Para esta proposição se faz necessário também a implantação da infraestrutura de parada para o transporte
coletivo próximo ao empreendimento, como já apresentado na Figura 88 ilustrada anteriormente. Esta sugestão
visa aumentar a acessibilidade o impacto entre o pedestre usuário do transporte com outros modais
principalmente o automóvel.
Estas medidas deverão ser analisadas e aprovadas pela prefeitura municipal e CMTC.
Taxis – propõe-se a instalação de dois pontos alternativos, sendo um localizado na rua Lourenço Jasiocha, nas
proximidades do acesso principal de pedestres ao empreendimento, e outro na Rua Manoel Ribas nas
Relatório Final
191
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
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proximidades do acesso de veículos, como ilustra a figura a seguir. Similarmente ao transporte coletivo, estas
medidas também deverão ser aprovadas pelos órgãos públicos.
Mediante da melhora no cenário da construção civil, bem como a magnitude do empreendimento a ser
implantado, a demanda por recursos materiais e insumos de toda grandeza será grande. Aconselha-se que, na
compra dos insumos e materiais a serem utilizados na construção do empreendimento, sejam priorizados os
produzidos em Araucária e RMC. Com esta medida, a circulação de capital e arrecadação de impostos beneficia
toda a região. Além disso, pode-se dar preferência a produtos de empresas que estejam qualificadas no Sistema
Relatório Final
192
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
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A fim de contribuir para o cenário econômico favorável no Paraná, recomenda-se que o empreendedor, quando
selecionar empreiteira para a realização da obra, exija que esta priorize a contratação da mão de obra disponível
em Araucária e RMC, através de parcerias com a agência do trabalhador e SINDUSCON. Com este cuidado,
além de fortalecer a economia local, ainda otimiza a estrutura existente, evitando migrações de outras regiões do
estado e do país.
Relatório Final
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Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
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Relatório Final
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Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
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Os responsáveis pelo acompanhamento dos programas ambientais deverão ser definidos na fase de
planejamento das obras, para que seja possível o gerenciamento desde o início da implantação e durante toda a
operação.
A partir do estabelecimento de uma rotina de inspeções pelos responsáveis pela gestão ambiental, será possível
verificar e avaliar se a implementação das propostas de intervenção, para o canteiro de obra, estão atingindo os
objetivos esperados. Dentre as ações previstas, pode-se citar:
• auxiliar o empreiteiro quanto à adequação e ajuste de procedimentos e métodos construtivos atendendo
às diretrizes de minimização de impacto ambiental;
• solicitar ao empreiteiro que priorize a contratação de mão de obra do município;
• sensibilizar e conscientizar os trabalhadores sobre os procedimentos ambientalmente adequados
relacionados às obras, à saúde e segurança do trabalho e ao relacionamento com a população afetada;
• acompanhar a implantação e execução do PGRCC, avaliar o andamento do mesmo, e prever eventuais
ajustes;
• verificar a instalação das placas de sinalização pelo empreendedor ou empreiteira, para informar os
motoristas quanto às alterações no transito, caso necessário.
Uma vez contratada a empresa que será responsável pela empreitada, devem ser repassadas ao seu
responsável orientações para que o processo de implantação do empreendimento cumpra com os objetivos do
Programa de Gestão Ambiental e com as medidas propostas. Assim, seguem algumas das orientações:
• o manejo e a destinação dos resíduos da construção civil deverão seguir o estabelecido no PGRCC;
• os equipamentos deverão contar com dispositivos de contenção de emissão de ruídos, gases e poeira;
• o tráfego de caminhões e de equipamentos de construção deverá se restringir aos horários
estabelecidos.
As atividades desenvolvidas no canteiro pela empresa contratada deverão ser supervisionadas e acompanhadas
pela equipe ou responsável técnico designado pelo empreendedor para a Gestão Ambiental. Desta forma,
deverão ser averiguadas as atividades relacionadas à limpeza e regularização do terreno; as posturas dos
funcionários frente ao meio ambiente, à geração de ruídos, à utilização de EPI e o cumprimento de horários; o
manuseio correto de equipamentos e maquinários; e o acompanhamento da destinação de resíduos e efluentes.
Por fim, nesta etapa, deverá ser acompanhada a desmobilização do canteiro de obras.
Relatório Final
195
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
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Como forma de abordagem prevê-se a implementação do Programa Educação Ambiental, que segundo o Plano
Nacional de Educação Ambiental (Lei nº 9.795/99, BRASIL, 1999) é um processo por “meio do qual o indivíduo e
a coletividade constróem valores sociais, conhecimento, habilidades, atitudes e competências voltadas para a
conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua
sustentabilidade”.
Assim, este programa procura estimular a compreensão da população envolvida (operários do canteiro de obras,
funcionários e usuários do empreendimento), através de mecanismos de comunicação e divulgação, sobre a
relação da sociedade e o meio ambiente. Podendo-se levantar temas como a conservação ambiental, a
reciclagem de materiais, manutenção veicular, utilização consciente da água e energia, entre outras.
Dentre as ações previstas para este instrumento, cita-se:
• implementação de um programa continuado de educação ambiental para fomentar a cidadania e
consciência ecológica dos usuários e funcionários do empreendimento;
• elaborar campanhas educativas de redução do consumo de água e energia, separação e reutilização
correta de resíduos, entre outros;
• sensibilizar os usuários quanto aos impactos das ações desordenadas sobre o ambiente, enfatizando a
escassez e o uso incorreto dos recursos hídricos, da poluição do ar e da conservação da fauna e da
flora;
As atividades serão realizadas esporadicamente, visando atender o maior número de pessoas.
Relatório Final
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Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
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• promover a integração das ações de resposta às emergências com outras instituições, possibilitando
assim o desencadeamento de atividades integradas e coordenadas, de modo que os resultados
esperados possam ser alcançados.
Conforme exigências legais, estabelecimentos comerciais do tipo shopping centers, devem contemplar as
medidas básicas de segurança contra incêndio, como: saídas de emergências, alarme de incêndio, extintores,
sinalização de emergência, compartimentação horizontal e vertical, etc.. E ainda possuir Plano de Emergência e
pessoal treinado na prevenção e no combate ao princípio de incêndio, abandono de área e primeiros socorros. A
denominação dada a este pessoal devidamente treinado é “Brigada de Emergência”, a qual passa
periodicamente por planos de exercícios de alerta e combate ao fogo.
Na sequência estão citadas as funções da estrutura organizacional com as suas respectivas atribuições e
responsabilidades.
Função Atribuições
Responsável pela supervisão geral dos trabalhos do PAE, assim, caberá ao mesmo:
• assumir a direção geral das ações necessárias no âmbito de responsabilidade da
empresa;
Relatório Final
197
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
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Função Atribuições
• acionar a equipe de abandono e as equipes envolvidas;
• verificar o local exato e o tipo de emergência, avaliando a sua extensão;
• atuar nas ações de emergência, liderando e mobilizando recursos necessários;
• analisar a possibilidade de propagação da emergência e atuar no sentido de
reduzir as eventuais conseqüências;
• solicitar os recursos adicionais ao Coordenador Geral;
• manter o Coordenador Geral informado sobre as ações adotadas na emergência;
• declarar o término da emergência, inspecionar o local sinistrado junto com o
Coordenador Geral para as investigações e elaborar o relatório;
• promover reunião de avaliação ao término da operação de emergência com a
equipe da Brigada de Emergência avaliar a situação, informando os demais
funcionários.
Além das funções descritas, o empreendimento deve designar um grupo de funcionários para formarem a
Brigada de Emergência. De acordo com a NTP017, o número de integrantes da equipe brigadista varia de
acordo com o número de funcionários (população fixa) por pavimento. Quando a população fixa de um
pavimento for maior que 10 pessoas, será acrescido mais um brigadista para cada grupo de 20 pessoas para
risco baixo, para cada grupo de até 15 pessoas para risco médio e para cada grupo de até 20 pessoas para risco
alto. Além da equipe prevista, o empreendimento da divisão C-3 (shopping center) deverá manter uma
Relatório Final
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Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
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Acionamento do Plano
A ocorrência de qualquer situação anormal nas instalações do empreendimento deverá ser comunicada, de
imediato, ao Coordenador Geral do PAE, ou na sua ausência ao Coordenador Emergencial, que, após avaliar a
ocorrência, decidirá quanto ao acionamento do plano, ou mesmo quanto à necessidade de mobilização de
recursos externos de outros órgãos como, por exemplo, o Corpo de Bombeiros.
As ações de combate às emergências devem correr da seguinte forma: qualquer visitante que identificar a
presença de situações de emergência deve informar aos funcionários administrativos do shopping, que se
encarregarão de contatar o Coordenador Geral, Coordenador Emergencial ou Brigadista. Estes deverão avaliar a
necessidade ou não do acionamento do Plano de Emergência. Caso a decisão seja não acionar o Plano, o
mesmo deverá tomar as providências necessárias para controlar a ocorrência. Caso a decisão seja o
acionamento do Plano, o Coordenador Geral, Emergencial ou Brigadista deverá acionar o Alarme de
Emergência. Na sequência, o Coordenador Emergencial, o Líder da Brigada e membros da brigada deverão se
reunir para a orientação sobre como realizar as atividades de combate à emergência. Após o alarme, o ocorrido
será comunicado aos Coordenadores de Tráfego e Comunicação e, caso necessário, aos órgãos de apoio como
o Corpo de Bombeiros. Ao ouvirem o alarme, funcionários e visitantes deverão abandonar o local onde se
encontram, deixando a edificação através da rota de fuga, seguindo instruções da Equipe de Abandono,
dirigindo-se para o ponto de encontro definido. Após o controle da emergência os Coordenadores do Plano
deverão analisar as causas que contribuíram para a ocorrência da mesma, para que sejam tomadas
providências de forma a evitá-las no futuro.
Manutenção do Plano
O PAE será permanentemente atualizado, em termos de listas de acionamento e recursos. Da mesma forma, o
plano deve ser revisado e aperfeiçoado, periodicamente, considerando os resultados obtidos em treinamentos
ou na resposta a eventuais acidentes.
É obrigação de todos os funcionários do empreendimento atender e cumprir prontamente o estabelecido no
presente plano.
Os treinamentos do PAE ou de capacitação de pessoas para a atuação em situações de emergência devem ser
avaliados e documentados de forma a subsidiar a atualização e aprimoramento do plano. Devem ocorrer
periodicamente, em horários pré-definidos, prevendo treinamento teórico e prático do Plano de Emergência.
Relatório Final
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Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
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Relatório Final
200
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
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Com base nas análises que compõem este Estudo de Impacto de Vizinhança, neste capítulo apresentam-se
as principais conclusões sobre a viabilidade do empreendimento quanto a este enfoque.
Como descrito anteriormente, o município de Araucária compõe a RMC e apresenta acentuada industrialização,
caracterizando-se como uma das cidades com maior PIB do estado, o que altera o perfil populacional,
econômico e social quando comparado com os demais municípios.
Uma vez verificado o potencial do município para receber um empreendimento de tal porte, considerando uma
demanda de consumidores existente e a ausência de estabelecimentos similares, conclui-se que o
empreendimento contribuirá para a melhoria da qualidade de vida da população residente, uma vez que sua
implantação se enquadrará ao zoneamento municipal e cumprirá com a função social da propriedade conforme
preconiza o Plano Diretor Municipal, e ainda, estará vinculado ao crescimento deste segmento econômico.
Ressalta-se que a implantação de todo empreendimento produz impactos ao meio ambiente, aos aspectos
socioeconômicos e à paisagem local, no entanto, as análises realizadas permitiram verificar a viabilidade do
mesmo. Assim, cabe aos envolvidos em sua implantação e operação o desenvolvimento de ações e posturas
que venham a minimizar os impactos previstos.
Verifica-se que a maioria dos impactos ambientais e urbanísticos identificados deriva da implantação deste novo
empreendimento (14 impactos) e estão relacionados basicamente à execução das obras de engenharia. Como
normalmente ocorre em processos semelhantes, a maior parte dos impactos, na fase da obra, é negativa,
representando, neste caso, 84,6%. No entanto, todos se caracterizam como temporários, sendo 76,9%
reversíveis, 7,7% parcialmente reversíveis e 15,4% aos quais não se aplica este conceito.
Os impactos negativos dizem respeito, principalmente, aos problemas relacionados à movimentação de
materiais e equipamentos, aumento nos níveis de poluição sonora e atmosférica, podendo ser minimizada com a
adoção de medidas de controle. Assim, afirma-se que, quando executadas as corretas intervenções, a maior
parte destes impactos poderá ser anulada ou revertida. Todas as medidas deverão ser implementadas sob a
responsabilidade principal do empreendedor e da empreiteira.
Quanto ao processo de operação do empreendimento estão relacionados 20 impactos, que atuarão sobre os
aspectos ambientais; de uso e ocupação do solo; de infraestrutura e circulação; e socioeconômico. Destes,
29,4% possuem resultados benéficos e positivos, caracterizando-se como permanentes e irreversíveis, o que
representa um ganho para o município como um todo. Dentre os impactos de natureza negativa (70,6%), foi
verificado que 8,33% são reversíveis; 25% são irreversíveis e 66,67% são parcialmente reversíveis. Ressalta-se
que dentre estes, grande parte foram identificados como sendo de baixa magnitude, uma vez que se prevê a
proteção de áreas verdes, o reuso de água pluvial, além de outras intervenções a serem implantadas.
É importante destacar que durante a fase de operação, os aspectos positivos trarão benefícios reais em escala
local e regional, contribuindo para o desenvolvimento do município. Isto se dará através da mitigação dos
impactos de natureza negativa e potencialização dos impactos positivos. Dentre estes últimos podem-se citar: os
empregos gerados; a valorização imobiliária do entorno; o cumprimento da função social da propriedade; o
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Relatório Final
202
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
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Relatório Final
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Relatório Final
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1133 AANNEEXXOOSS
Relatório Final
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Este anexo corresponde aos dados coletados durante a realização das pesquisas de contagem de tráfego
classificatório nos cruzamentos abaixo de acordo com a área de influência do Empreendimento.
Estes locais foram estrategicamente escolhidos por representa as principais rotas de acesso ao
Empreendimento. Por se tratar de um Shopping Centeras pesquisas foram realizadas em horários onde ocorre
maior movimentação para estes locais, entre as 09h00min até 19h00min em dias úteis e entre as 09h00min e as
14h00min aos sábados.
Relatório Final
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Os fluxos totais estão indicados na figura como T1 a T4 com sentido de entrada e saída do cruzamento, nas
tabelas a seguir as entradas estão representadas com a letra “E” seguida do número do total que representa e
saídas estão representadas pela letra “S” seguida também do número do total que representa.
Relatório Final
210
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Tabela 27: Fluxo total por 15 minutos dias úteis, ponto 001
15:00 - 15:15 168 - 108 196 471 - 173 176 122 471
15:15 - 15:30 182 - 127 189 498 - 176 172 151 498
15:30 - 15:45 139 - 94 142 375 - 147 129 99 375
15:45 - 16:00 169 - 92 139 400 - 161 116 123 400
16:00 - 16:15 157 - 97 142 396 - 129 125 142 396
16:15 - 16:30 133 - 114 167 414 - 142 158 114 414
16:30 - 16:45 184 - 113 158 455 - 186 125 144 455
16:45 - 17:00 188 - 141 179 508 - 184 153 171 508
17:00 - 17:15 174 - 174 254 602 - 200 220 182 602
17:15 - 17:30 228 - 155 256 638 - 209 242 188 638
17:30 - 17:45 209 - 168 243 620 - 226 201 194 620
17:45 - 18:00 274 - 159 217 650 - 226 195 229 650
18:00 - 18:15 214 - 137 143 494 - 169 129 195 494
18:15 - 18:30 202 - 141 181 523 - 176 158 190 523
18:30 - 18:45 226 - 142 227 595 - 218 179 198 595
18:45 - 19:00 165 - 87 171 424 - 155 146 122 424
Relatório Final
211
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Tabela 28: Fluxo total acumulado por hora dias úteis, ponto 001
Gráfico 7: Fluxo total acumulado por hora dias úteis, ponto 001
1.000
800
600
400
200
Relatório Final
212
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Tabela 29: Dados pesquisa por movimento a cada 15 minutos dias úteis, ponto 001
Relatório Final
213
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15:00 - 15:15 42 - 1 5 46 11 - - 4 12 3 - - - 3 11 - 2 2 18
15:15 - 15:30 45 2 2 5 58 12 - - 4 13 1 - - - 1 26 - 1 - 29
15:30 - 15:45 22 - - 3 23 4 - - 1 4 3 - - - 3 8 - - 1 8
15:45 - 16:00 37 1 1 - 43 1 - - 2 2 - - - - 0 15 - 1 3 19
16:00 - 16:15 26 1 1 3 33 7 - - - 7 - - - - 0 9 - - - 9
16:15 - 16:30 32 2 - 1 38 15 - - 1 15 - - - - 0 11 - 1 1 14
16:30 - 16:45 43 2 1 3 53 6 - - 1 6 1 - - - 1 11 - 1 2 15
16:45 - 17:00 38 1 2 2 48 12 - - 1 12 - - - - 0 6 1 - 1 9
17:00 - 17:15 69 2 1 6 80 24 - - 3 25 - - - - 0 20 - - 1 20
17:15 - 17:30 48 1 1 2 55 21 - - 1 21 1 - - - 1 17 1 - 2 21
17:30 - 17:45 62 1 2 3 72 15 - - 1 15 1 - - - 1 15 - - - 15
17:45 - 18:00 46 2 - 1 52 10 - - 1 10 - - - - 0 19 - - 2 20
18:00 - 18:15 31 1 - - 34 13 - - 1 13 1 - - - 1 8 - - 2 9
18:15 - 18:30 40 - - 1 40 13 - - 1 13 4 - - - 4 8 - - - 8
18:30 - 18:45 65 2 1 - 74 8 - - 2 9 - - - - 0 14 - 1 1 17
18:45 - 19:00 36 2 - 1 42 4 - - 3 5 - - - - 0 12 - - 2 13
Relatório Final
214
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Shopping Center – Araucária - PR
15:00 - 15:15 19 1 1 2 26 - - - - - - - - - - - - - - -
15:15 - 15:30 15 1 1 7 23 - - - - - - - - - - - - - - -
15:30 - 15:45 19 1 2 1 28 - - - - - - - - - - - - - - -
15:45 - 16:00 19 2 - 1 25 - - - - - - - - - - - - - - -
16:00 - 16:15 14 - 1 - 17 - - - - - - - - - - - - - - -
16:15 - 16:30 14 1 1 - 20 - - - - - - - - - - - - - - -
16:30 - 16:45 18 - - 3 19 - - - - - - - - - - - - - - -
16:45 - 17:00 18 5 2 - 39 - - - - - - - - - - - - - - -
17:00 - 17:15 19 3 - 1 28 - - - - - - - - - - - - - - -
17:15 - 17:30 16 1 1 - 22 - - - - - - - - - - - - - - -
17:30 - 17:45 15 2 - - 21 - - - - - - - - - - - - - - -
17:45 - 18:00 12 2 - 2 19 - - - - - - - - - - - - - - -
18:00 - 18:15 11 1 1 3 18 - - - - - - - - - - - - - - -
18:15 - 18:30 8 2 - 1 14 - - - - - - - - - - - - - - -
18:30 - 18:45 20 2 - 3 27 - - - - - - - - - - - - - - -
18:45 - 19:00 13 2 - 2 20 - - - - - - - - - - - - - - -
Relatório Final
215
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
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Tabela 33: Fluxo total acumulado por hora sábados, ponto 001
Relatório Final
216
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
Shopping Center – Araucária - PR
1.000
800
600
400
200
Tabela 34: Dados pesquisa por movimento a cada 15 minutos sábados, ponto 001
Relatório Final
217
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Relatório Final
218
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
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Os fluxos totais estão indicados na figura como T1 a T4 com sentido de entrada e saída do cruzamento, nas
tabelas a seguir as entradas estão representadas com a letra “E” seguida do número do total que representa e
saídas estão representadas pela letra “S” seguida também do número do total que representa.
Tabela 36: Fluxo total por 15 minutos dias úteis, ponto 002
Código do ponto: 002
Descrição: R. Manoel Ribas x R. São Vicente de Paulo
Semaforizado: Rotatória
Dia da Semana: Dias úteis
15:00 - 15:15 131 86 194 131 541 157 134 111 139 541
15:15 - 15:30 159 104 236 114 612 151 151 122 189 612
15:30 - 15:45 136 98 186 115 534 143 105 135 151 534
15:45 - 16:00 127 99 175 106 507 113 107 133 154 507
16:00 - 16:15 154 93 211 117 575 120 144 130 182 575
16:15 - 16:30 156 144 262 167 729 207 132 195 196 729
16:30 - 16:45 162 118 196 174 650 151 118 248 134 650
16:45 - 17:00 171 108 267 208 754 208 136 251 160 754
17:00 - 17:15 127 133 261 171 691 216 127 192 156 691
17:15 - 17:30 153 170 276 177 776 244 139 193 200 776
17:30 - 17:45 166 177 286 175 804 204 132 180 289 804
17:45 - 18:00 166 160 242 212 780 258 124 208 190 780
18:00 - 18:15 173 144 198 292 807 236 141 222 208 807
18:15 - 18:30 103 134 211 231 679 237 108 170 164 679
18:30 - 18:45 108 87 146 175 516 127 91 164 134 516
18:45 - 19:00 112 133 234 201 680 211 115 150 205 680
Relatório Final
219
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Tabela 37: Fluxo total acumulado por hora dias úteis, ponto 002
Código do ponto: 002
Descrição: R. Manoel Ribas x R. São Vicente de Paulo
Semaforizado: Rotatória
Dia da Semana: Dias úteis
Gráfico 9: Fluxo total acumulado por hora dias úteis, ponto 002
1.000
800
600
400
200
Relatório Final
220
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Tabela 38: Dados pesquisa por movimento a cada 15 minutos dias úteis, ponto 002
15:00 - 15:15 39 - 1 5 43 43 - 1 5 47 41 1 5 3 60 52 2 2 4 65
15:15 - 15:30 29 - 1 1 32 51 2 1 4 61 41 - 2 5 48 75 1 6 1 96
15:30 - 15:45 21 - - - 21 36 2 3 3 52 42 3 3 7 62 56 - 2 2 63
15:45 - 16:00 33 - - 1 33 41 2 2 2 54 61 1 1 6 69 69 1 2 6 80
16:00 - 16:15 32 - - 4 33 50 1 3 5 63 55 2 3 6 72 72 3 2 1 87
16:15 - 16:30 41 - 1 1 44 54 3 - 3 64 80 1 7 13 107 79 1 3 1 91
16:30 - 16:45 22 - 1 6 27 41 4 1 3 57 90 4 7 11 126 51 1 1 5 58
16:45 - 17:00 26 - - 3 27 50 2 1 3 60 98 3 10 11 140 77 - 1 2 81
17:00 - 17:15 47 - - 1 47 35 3 - 3 45 80 1 2 6 91 70 1 5 4 89
17:15 - 17:30 54 - - 1 54 60 3 - 2 70 82 2 3 10 100 77 2 3 2 93
17:30 - 17:45 43 - - 2 44 46 3 - 4 56 80 3 1 6 94 116 2 3 4 132
17:45 - 18:00 54 - 1 4 58 41 3 1 3 54 75 4 3 11 99 68 3 1 10 83
18:00 - 18:15 60 - - 5 61 47 3 1 - 59 122 2 2 13 137 78 3 2 6 95
18:15 - 18:30 58 - - - 58 34 2 - - 40 100 1 2 10 112 67 2 3 2 83
18:30 - 18:45 35 - - 5 36 30 3 - 1 39 90 4 2 6 110 65 1 - 6 70
18:45 - 19:00 48 - - 8 50 30 3 - 4 40 77 2 4 8 97 85 2 2 4 98
Relatório Final
221
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
Shopping Center – Araucária - PR
15:00 - 15:15 30 - - 6 32 37 2 1 3 47 21 2 1 2 31 21 - - 1 21
15:15 - 15:30 20 - - 5 21 35 1 1 4 42 24 2 2 4 37 17 2 3 2 33
15:30 - 15:45 26 - 1 1 29 23 2 - 5 30 21 1 3 6 35 22 - 5 5 38
15:45 - 16:00 17 - - 3 18 30 1 - 2 34 21 2 3 3 37 25 3 1 3 38
16:00 - 16:15 17 - - 2 18 43 3 - 2 53 22 1 2 2 32 29 1 1 2 36
16:15 - 16:30 26 - 1 4 30 32 1 1 1 38 26 1 3 3 39 41 1 2 4 51
16:30 - 16:45 15 - 1 1 18 26 1 1 1 32 40 4 5 2 68 30 1 1 2 37
16:45 - 17:00 39 - - 2 40 36 3 - 2 46 37 3 7 1 67 29 - 2 1 35
17:00 - 17:15 34 - 2 1 40 37 2 - 2 44 30 3 4 6 53 27 1 2 3 37
17:15 - 17:30 45 - 1 5 49 34 3 - - 43 31 1 1 6 39 53 1 1 5 60
17:30 - 17:45 52 - - 3 53 34 4 - 2 47 28 1 2 10 40 71 2 3 3 87
17:45 - 18:00 73 - 1 7 78 28 3 - 2 38 41 3 3 9 61 47 1 1 4 54
18:00 - 18:15 87 - 1 11 93 19 - - 3 20 30 3 - 4 40 32 1 1 4 39
18:15 - 18:30 84 - - 13 87 30 2 - 3 37 23 2 1 3 33 35 2 3 1 50
18:30 - 18:45 30 - - 7 32 14 1 - 1 17 21 2 - 3 28 20 1 - 5 24
18:45 - 19:00 57 - - 8 59 24 3 - 2 34 17 2 - - 23 51 - 1 2 55
Relatório Final
222
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
Shopping Center – Araucária - PR
15:00 - 15:15 1 - - - 1 - - - - 0 - - - - 0 73 1 1 14 83
15:15 - 15:30 - - 1 - 3 - - - - 0 - - - - 0 87 1 2 5 97
15:30 - 15:45 - - - - 0 - - - - 0 1 - - - 1 73 - 6 8 93
15:45 - 16:00 - - - - 0 - - - - 0 - - - - 0 59 1 - - 62
16:00 - 16:15 - - - - 0 2 - - - 2 - - - - 0 65 - 1 4 69
16:15 - 16:30 - - - - 0 - - - - 0 - - - - 0 125 1 1 6 133
16:30 - 16:45 - - - - 0 - - - - 0 1 - - - 1 95 2 1 7 106
16:45 - 17:00 2 - - - 2 - - - - 0 - - - - 0 130 2 1 9 141
17:00 - 17:15 - - - - 0 - - - - 0 1 - - - 1 103 4 4 5 128
17:15 - 17:30 - - - - 0 - - - - 0 2 - - - 2 135 1 - 10 141
17:30 - 17:45 - - - - 0 - - - - 0 - - - - 0 100 2 - 5 107
17:45 - 18:00 - - - - 0 - - - - 0 3 - - - 3 112 1 2 5 122
18:00 - 18:15 - - - - 0 1 - - - 1 - - - - 0 82 - - 1 82
18:15 - 18:30 - - - - 0 - - - - 0 1 - - - 1 85 2 - 4 92
18:30 - 18:45 - - - - 0 - - - - 0 - - - - 0 55 1 - 4 59
18:45 - 19:00 - - - - 0 1 - - - 1 3 - - - 3 95 2 - 3 102
Relatório Final
223
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
Shopping Center – Araucária - PR
15:00 - 15:15 27 2 2 1 39 14 1 1 2 21 40 2 2 3 53 - - - - -
15:15 - 15:30 35 1 2 2 45 21 1 4 2 37 48 - 4 2 61 - - - - -
15:30 - 15:45 22 - - 2 23 35 1 - 4 39 37 1 3 2 50 - - - - -
15:45 - 16:00 17 1 - - 20 21 2 - 3 28 30 - 2 3 37 - - - - -
16:00 - 16:15 25 1 - - 28 15 1 2 3 25 41 2 4 2 60 - - - - -
16:15 - 16:30 27 1 - - 30 27 3 4 3 49 47 - 2 1 53 - - - - -
16:30 - 16:45 23 1 1 1 29 35 4 2 6 55 31 2 - 3 38 - - - - -
16:45 - 17:00 25 1 - 1 28 33 2 1 8 44 38 2 - 1 44 - - - - -
17:00 - 17:15 38 - - 3 39 36 2 2 5 49 17 1 3 1 29 - - - - -
17:15 - 17:30 26 - - 1 26 51 1 - 5 55 35 1 2 3 45 - - - - -
17:30 - 17:45 28 - - 4 29 33 2 2 7 47 51 2 4 5 70 - - - - -
17:45 - 18:00 29 1 - 3 33 35 3 1 5 48 43 - 2 6 51 - - - - -
18:00 - 18:15 55 1 1 4 62 34 3 - 3 44 61 2 2 4 74 - - - - -
18:15 - 18:30 31 - - 2 32 19 2 - 2 26 30 - - 1 30 - - - - -
18:30 - 18:45 28 2 - - 34 20 2 - 3 27 31 - 3 2 41 - - - - -
18:45 - 19:00 41 - - 2 42 22 2 - 3 29 45 - 1 5 49 - - - - -
Relatório Final
224
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
Shopping Center – Araucária - PR
Tabela 43: Fluxo total acumulado por hora sábados, ponto 002
Relatório Final
225
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
Shopping Center – Araucária - PR
Gráfico 10: Fluxo total acumulado por hora sábado, ponto 002
1.000
800
600
400
200
Tabela 44: Dados pesquisa por movimento a cada 15 minutos sábado, ponto 002
Relatório Final
226
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
Shopping Center – Araucária - PR
Relatório Final
227
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
Shopping Center – Araucária - PR
Relatório Final
228
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
Shopping Center – Araucária - PR
Os fluxos totais estão indicados na figura como T1 a T4 com sentido de entrada e saída do cruzamento, nas
tabelas a seguir as entradas estão representadas com a letra “E” seguida do número do total que representa e
saídas estão representadas pela letra “S” seguida também do número do total que representa.
Tabela 48: Fluxo total por 15 minutos dias úteis, ponto 003
Código do ponto: 003
Descrição: R. Manoel Ribas x R. Santa Catarina
Semaforizado: Rotatória
Dia da Semana: Dias úteis
Relatório Final
229
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
Shopping Center – Araucária - PR
Tabela 49: Fluxo total acumulado por hora dias úteis, ponto 003
Código do ponto: 003
Descrição: R. Manoel Ribas x R. Santa Catarina
Semaforizado: Rotatória
Dia da Semana: Dias úteis
15:00 - 16:00 187 119 592 404 128 207 462 505
15:15 - 16:15 201 123 610 427 142 212 487 520
15:30 - 16:30 226 103 620 436 123 245 503 514
15:45 - 16:45 238 128 593 440 130 242 535 492
16:00 - 17:00 267 148 631 487 159 284 605 484
16:15 - 17:15 297 170 656 525 167 327 664 489
16:30 - 17:30 302 204 720 581 193 343 736 536
16:45 - 17:45 317 224 753 656 221 358 818 554
17:00 - 18:00 316 223 803 761 208 361 914 621
17:15 - 18:15 317 208 803 833 200 355 986 620
17:30 - 18:30 307 198 783 828 189 332 978 617
17:45 - 18:45 271 170 786 826 160 311 956 626
18:00 - 19:00 258 165 655 705 144 279 846 515
Gráfico 11: Fluxo total acumulado por hora dias úteis, ponto 003
1.000
800
600
400
200
Relatório Final
230
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
Shopping Center – Araucária - PR
Tabela 50: Dados pesquisa por movimento a cada 15 minutos dias úteis, ponto 003
Relatório Final
231
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
Shopping Center – Araucária - PR
15:00 - 15:15 3 - 1 - 6 16 - 1 - 19 12 - 1 - 15 5 - 1 - 8
15:15 - 15:30 3 1 1 - 9 18 - - 2 19 10 - - 2 11 5 - - - 5
15:30 - 15:45 5 - - - 5 22 - 2 2 29 18 - - 1 18 6 1 - - 9
15:45 - 16:00 1 - 1 - 4 15 - 1 - 18 14 - - - 14 6 - - 1 6
16:00 - 16:15 5 - - 1 5 25 - - - 25 21 - 1 2 25 2 - 1 - 5
16:15 - 16:30 5 - - - 5 21 1 3 3 34 27 - - 2 28 3 - - 1 3
16:30 - 16:45 3 - - - 3 22 - 2 2 29 27 1 1 2 34 4 1 - 1 7
16:45 - 17:00 - - 2 - 6 35 - - 6 37 29 - 1 1 32 6 - - - 6
17:00 - 17:15 3 - - - 3 35 - - 5 36 32 - - 1 32 3 - 1 - 6
17:15 - 17:30 3 - - - 3 38 - 1 2 42 30 - 1 3 34 4 - - 1 4
17:30 - 17:45 4 - - - 4 34 - 1 - 37 32 - 2 5 39 6 - - - 6
17:45 - 18:00 3 - - - 3 43 - - 3 44 24 1 - 3 28 5 - - - 5
18:00 - 18:15 3 - - - 3 31 1 1 5 38 33 - 2 2 40 2 - - - 2
18:15 - 18:30 4 - - 1 4 30 - 1 3 34 28 - - 4 29 12 - - - 12
18:30 - 18:45 4 - - 1 4 33 - - 2 34 18 - 1 6 23 6 - - 2 7
18:45 - 19:00 2 - - - 2 21 1 - 1 24 17 - 4 3 30 3 - - - 3
Relatório Final
232
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
Shopping Center – Araucária - PR
15:00 - 15:15 - - - - - 3 - 1 1 6 - - - - - 8 - 1 1 11
15:15 - 15:30 - - - - - 2 - - - 2 1 - - - 1 11 - 2 - 17
15:30 - 15:45 - - - - - 3 - - - 3 - - - - - 11 - 2 1 17
15:45 - 16:00 - - - - - 2 - - - 2 - - - - - 12 - - - 12
16:00 - 16:15 - - - - - - - - - 0 2 - - - 2 17 - - 1 17
16:15 - 16:30 - - - 1 0 1 - - - 1 - - - - - 10 - 1 - 13
16:30 - 16:45 - - - - - 2 - - - 2 - - - - - 8 - - - 8
16:45 - 17:00 - - - - - 5 - - - 5 - - - - - 25 - 1 - 28
17:00 - 17:15 - - - - - 5 - - - 5 - - - - - 21 - - 2 22
17:15 - 17:30 - - - - - 2 - - - 2 - - - - - 18 - 1 1 21
17:30 - 17:45 - - - - - 1 - - - 1 - - - - - 23 - - 1 23
17:45 - 18:00 - - - - - 1 - - - 1 2 - - - 2 18 - - 4 19
18:00 - 18:15 1 - - - 1 - - - - 0 - - - - - 18 - - 2 19
18:15 - 18:30 - - - - - - - - - 0 - - - - - 22 - - 3 23
18:30 - 18:45 - - - 1 0 - - - - 0 1 - - - 1 16 - - 2 17
18:45 - 19:00 - - - - - - - - - 0 - - - - - 9 - - 2 10
Relatório Final
233
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
Shopping Center – Araucária - PR
15:00 - 15:15 9 - - 1 9 11 - - 3 12 7 - 1 - 10 - - - - -
15:15 - 15:30 4 - - - 4 15 - - - 15 12 - - - 12 - - - - -
15:30 - 15:45 11 - - 1 11 12 - - - 12 4 - 1 - 7 - - - - -
15:45 - 16:00 5 1 - - 8 6 - - - 6 7 - 1 - 10 - - - - -
16:00 - 16:15 7 - - - 7 9 - - - 9 10 - 1 - 13 - - - - -
16:15 - 16:30 7 - 1 1 10 8 - - 1 8 6 - 1 - 9 - - - - -
16:30 - 16:45 8 - - 1 8 14 1 1 1 20 3 - - - 3 - - - - -
16:45 - 17:00 10 1 - - 13 9 - 2 - 15 3 - - 1 3 - - - - -
17:00 - 17:15 15 - 1 2 19 17 1 1 4 24 11 - 1 1 14 - - - - -
17:15 - 17:30 14 - 1 3 18 19 - 1 2 23 7 - - 1 7 - - - - -
17:30 - 17:45 14 - - 1 14 23 1 1 1 29 6 - 2 - 12 - - - - -
17:45 - 18:00 12 1 - - 15 16 - - - 16 13 - - 1 13 - - - - -
18:00 - 18:15 14 - - 2 15 14 - 1 1 17 11 - - 2 12 - - - - -
18:15 - 18:30 7 - - 1 7 18 - - - 18 8 - - 1 8 - - - - -
18:30 - 18:45 9 - - 1 9 20 - 1 1 23 5 - - - 5 - - - - -
18:45 - 19:00 12 - - - 12 13 1 1 - 19 8 - - - 8 - - - - -
Relatório Final
234
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
Shopping Center – Araucária - PR
Tabela 55: Fluxo total acumulado por hora sábados, ponto 003
Código do ponto: 003
Descrição: R. Manoel Ribas x R. Santa Catarina
Semaforizado: Rotatória
Dia da Semana: Sábado
Relatório Final
235
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
Shopping Center – Araucária - PR
Gráfico 12: Fluxo total acumulado por hora sábado, ponto 003
1.000
800
600
400
200
Tabela 56: Dados pesquisa por movimento a cada 15 minutos sábado, ponto 003
Relatório Final
236
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
Shopping Center – Araucária - PR
Relatório Final
237
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
Shopping Center – Araucária - PR
Relatório Final
238