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ANAIS
da ASPECTOS DA GEOGRAFIA URBANA
DE LONDRINA*
•. Trabalho indicado para pu blicação nos Anais, de acôrdo com o parecer do s6cio
efetivo EUA COELHO DE SOUZA,discutido c aprovado em plenário.
1 Suas coordenadas geográficas são: 23°18'39" de latitude sul e 51°09'24" de longitude
oeste. Portanto, está localizada mais 30 norte do que a cidade de São Paulo.
SAO PAULO - Brasil 2 Isso porque as latitudes para o sul de Londrina vão se tornando cada cada vez mais
sujeitas às geadas e portanto impróprias para a cultura do café.
Por "Norte do Paraná" queremos designar tôda a região pioneira a oeste do Rio
1 954 3
Tibagi.
62 ANAIS DA ASSOCIAÇÃO DOS GEÓGRAFOS BRASILEIROS I
ANAIS DA ASSOCIAÇÃO DOS GEÓGRAFOS BRASILEIROS 63
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POSlC&LGfO_GRtíFlCll DE- LONDRINÔ ~
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sem comparada a Marllia "a princesa' da Alta Paulista".
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pela primeira vez se penetrou na região, estabeleceu-se o local da construção da
64 ANAIS DA ASSOCIAÇÃO DOS GEÓGRAFOSBRASILElROS
ANAIS DA ASSOCIAÇÃO DOS GEÓGRA~OSBRASILEIROS 65
cidade um pouco a leste do atual sitio. nas proximidades das nascentes do Córrego
das Pedras. Feito depois o reconhecimento da região. verificou·se que mais no
alto do espig-ão nasciam vários córregos, resolvendo·se, então, localizar a cidade
ne".e local. uma vez que quer a topografia quer a presença abundante da ág-ua
tornavam o sitio mais favorável.
Do ponto de vista da estrutura do solo, Londrina está situada sóbre os terre·
nos basálticos da série São Bento.
• • •
De um modo geral, Londrina cresce acompanhando sempre o traçado da o número de edifícios da cidade" que era em 1944 de 3708, passou em 1947
Av .Pàranll. e estrada de ferro. Porém, desdeÚl36, além do perímetro urbano, a 5025, em 1949 a 5000, e em 1950 a
começam a surgir as vilas, sendo a primeira delas a Vila Agari na saída para
Cambé. Entre 1937 e, 1939, criam-se outras: Vila Casoni, Nova, Conceição, ete.,
6214. A média
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1949 de 1,8 ediflcios
das edificações foi em t:'
por dia. Até prin- H!
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3000
5000
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4000
tôdas ao norte da área urbana. cípios de dezembro de 1950 já haviam
A cidade tinha em 1944, incluindo a zona suburbana (onde se encontravam as sido construídas quase 600 casas. (O nú'
mero de edificações de 1950 dado acima"
vilas), 3709 prédios, sendo que, pelo recenseamento de 1940, contava com 2224.
corresponde somente ao primeiro semes-
Nesse perlodo, que corresponde ao da guerra mundial, Londrina cresceu mais
ràpidamente; houve, porém, um pequeno desânimo em 1942, como conseqÜência tre). Isso bem vem mostrar que Londrína
de ilma Reada, sendo que algumas famllias chegaram a deixar a cidade e o ainda está em fase de pleno crescimento.
Deve-se lembrar que agora não se cons-
comércio ficou paralizado. Verifica-se, no entanto, uma alta nos preços dos cereais
troem somente casas de madeira, mas,
e consegue-se equilibrar os prejuízos ocasionados pelo café.
bem pelo contrário, as casas de tijolos já
De 1944 em diante, Londrina, graças à valorização dêsse produto e, por con- estão na área urbana quase se igualando
seguinte, de tôda a zona norte do Paraná, toma grande impulso. A cidade atinge às de madeira, e os edifícios de vários
seu perímetro urbano e o ultrapassa, fazendo recuar os cafezais, que são cortados andares já começaram a surgir, não como
para dar lugar às construções. A Cia. de Terras não previra êsse desenvolvimento Indice de falta de espaço, mas atestando
extraordinário, e assim Londrina começa a crescer desordenadamente além da a riqueza da cidade e a sua chegada a
área urbana.,FIoje, a '~Cidade Menina'" possui, na área suburbana, cêrca dç uma base de princípio de maturidade. CRESCIMENTO .c:ta.ÁREA EOIFIC.AOA
53 vilas quase tôdas instaladas entre, 1944 e 1947.
Como surgiram essas vilas? Os lotes que envolvem a cidade foram muito 3 - A fisionomia de Londrina é o reflexo de sua história.
valorizados, mas, de outro lado, são muito mais baratos que os da área urbana
e é assim que começam a ser vendidas pequenas datas para construção, muitas Londrina surpreende ao visitante pelo extraordinário movimento de suas ruas
delas cobertas pela lavoura cafeeira, que é, então, abandonada ou logo derrubada. e pela atmosfera de vida ativa que aí se respira. A segunda impressão que, se
Cada lote vendido, vai constituir uma vila. Assim, muitas delas não passam de tem já não é favorável: é-nos dada pelo pó. Um pó vermelho que recobre tudo,
um quarteirão com uma dúzia de casas; outras, porém, são bem grandes e já dando à cidade um .aspecto pouco limpo e agradável.
possuem até um pequeno comércio, como: a Vila Casoni, Nova, Agari, etc. Londrina tem em tudo uma fisionomia que corresponde' à sua história: uma
cidade nova e rica. O grande número de casas de madeira que possui (2175
Essas vilas se localizam quase tôdas ao norte e leste da cidade. Elas atingiram
para 1 565 de tijolos na área urbana, e 3 170 de madeira para 260 de tijolos
em 1947 o número de 53, como já disse, e vieram constituir grave problema para
na área suburbana) é bem um reflexo de sua pouca idade. Não é raro encon-
a cidade, uma vez que eram criadas com o intuito meramente comercial, não
trar-se, mesmo nas ruas comerciais do centro, ao lado de uma pequena casa de
obedecendo seu traçado a nenhuma técnica urbanlstica. Além disso, ao mesmo
madeira, um ediflcio de construção moderna, num contraste flagrante. A prova
tempo que a cidade ia se espalhando, a área propriamente urbana permanecia de sua riqueza e grande desenvolvimento nos é dada pelos prédios de vários
com quadras inteiramente vazias, pois eram mais caras (até hoje cêrca de 30%
da área urbana sa:o datas vazias). A prefeitura via as suas despesas aumentare~
A'R&AUR6ANA
cada vez mais, e assim mesmo não conseguia acompanhar o crescimento da
cidade; pois à medida que apresentava os melhoramentos urbanos numa pro-
porção aritmética, os loteamentos eram feitos numa proporção geométrica. Isso
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determinou
cências da cidade,
servir para
o decreto de 2 de Janeiro
até que seja feito novo plano
o adensamento da cidade,
de 1948, proibindo
para
urbanlstico.
valorizar
o loteamento
os terrenos
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urbanos
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68 ANAIS DA ASSOCIAÇÃO DOS GEÓGRAFOS BRASILEIROS
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para .o embelezamento da "urbs".
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Pela planta funcional de Londrina, pudemos notar que suas áreas funcionais
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criadas pela eia. de Terras, que, antes mesmo de serem fUlllladas, já têm suas §~",.sQ
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áreas delimitadas.
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de maior movimento. Hoje, procura-se ajustar e fixar essas ,ireas através do tIS ~'::l
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e as antigas casas de madeira, como o que se vê na fotografia. _o~~
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modestas, agrupando-se principalmente a leste da Rua Marechal Deodoro, que Cli"o
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é a zona luais antiga de Londrina. Aléul das residências tnais antigas, resta ainda (lj'~ O" Q
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grande número das primeiras casas de comércio, algumas aparecelllI6 mesmo no ~~I~~
e a Rua Pernambuco, em alguns trechos da Rua Sergipe, e nas ruas entre esta É dentro da área comercial (com exceção do centro da cidade), e estendendo-
e a Av. Paraná. Nessa zona, encontram·se casas comerciais de todos os ramos se nas vizinhanças da Rua Marechal Deodoro ( ao norte), que se espalham as
de atividade, e que nada ficam a dever às das grandes cidades. É também nessa poucas fábricas de Londrina, as máquinas de beneficiar e serrarias. Londrina
zona, estendendo· se até a Rua Benjamin Constant, que se localizam os bancos não é uma cidade industrial; está, porém, em planejamento a localização da
e as repartições públicas; daí o J!;rande movimento nessas ruas. Na Rua Benja- futura' área industrial, na parte leste da cidade, junto à estrada de ferro e à
min Constant, que é a primeira ao sul da estaç:lo, localizam-se também os depó- estrada de rodagem. Podemos ainda notar, principalmente a noroeste, entre a
sitos de cereais, principalmente de café e arroz. estrada de ferro e a Av. Paraná, uma area que chamaremos mista, pois ali se
misturam casas residenciais. de comércio e indústria.
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72 ANAIS DA ASSOCIAÇÃO DOS. GEÓGRAFOS .BRASILEIROS AN AIS DA ASSOCIAÇÃO DOS GEÓGRAFOS BRASILEIROS 73
Uma outra rua comercial no centro da cidade. .Na avenida Hlglenõpolls não são poucas as residências (como a que se· vê
na fotografia) que bem demonstram o progresso e a riqueza da cidade.
Dentro da área residencial, localizam-se também os estabelecimentos de ensino. A população de Londrina foi formada por imigrantes vindos principalmente
Fora do perímetro urbano, estendem-se as citadas vilas, sendo tôdas residen- de outros estados que não o do Paraná, e ainda hoje a cidade constitui um foco
ciais operárias - as casas são de madeira, de um tipo quase que padronizado, de atração. Mas o aumento de sua população é devido atualmente, em grande
e bem modestas. parte, ao seu movimento demográfico vertical bastante favorável. A estimativa
de 1919 dava para a cidade 2000 nascimentos e 600 óbitos; em 1950 - 2200
nascimentos e 700 óbitos.
4 _ O paulista consti,tue o elemento dominante na população da cidade.
A presença do paulista se faz sentir em todos os setores da vida da cidade; a antiga Praça de Ponta Grossa. Os depósitos em dezembro de 1948 eram em
Londrina é pràticamente uma cidade paulista em território paranaense. A vida Londrina de; Cr$ 42700000,00 e em Ponta Grossa; Cr$ 25000000,00.
da população volta-se de um modo geral para São Paulo, havendo na massa MOVIMENTO BANC~RIO A primeira casa bancária prô-
dos habitantes um desconhecimento quase completo de Curitiba. londnna e a p."meira r.raça bancári a priamente dita data de 1938; era
do lntenordo E.Lado
o Banco Noroeste do Estado de
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78 ANAIS DA ASSOCIAÇÃO DOS GEÓGRAFOS BRASILEIROS ANAIS DA ASSOCIAÇÃO DOS GEÓGRAFOS BRASILEIROS 79
Qsses dados estatísticos elevados das casas comerciais de, Londrina são conse-
mente por ter sido o marco inicial da colonização dessa região, dificilmente perderá
qüência de ser ela o grande centro comercial que exerce atração sôbre todo o
o seu lugar privilegiado; pois ai já estão radicados os escritórios das grandes
norte paranaense, muitas vêzes ultrapassando-o. firmas comen:;iais compradoras de café, sucursais de quase tôdas as casas bancá.
Londrina ainda não é uma cidade industrial, mas espera-se que para o futuro rias do país, as grandes casas atacadistas, escritórios de importantes organizações
ela se desenvolva nesse sentido.
comerciais, sedes de emprêsas de transportes, etc. Essas firmas e emprêsas abrem
Atualmente, suas principais atividades industriais estão, COlHOali,"s (~III tôdas hoje filiais Has novas cidades fundadas pela Cia. de Terras, mas são filiais; as
as outras cidades criadas pela Cia. de Terras, estreitamente relacionadas à extração sedes, OS escritórios centrais, fícar50 sempre em Londrina. Outro fator a seu
da madeira e à produção agrícola da região; são as serrarias e as máquinas de favor é a posição geográfica: está situadà, numa lOna de solos reconhecidamente
beneficiar, em número de 19 a 38 respectivamente, Ao lado dessas, aparecem, muito superiores para a cultura cafeeira que os da região de Maringá; além
com algum destaque, as fábricas de móveis, carroças e bebidas. disso, está localizada mais próxima do que aquela, dos quatro grandes centros
aos quais o ,norte do Paraná está estreitamente ligado, ou seja: São Paulo,
LONDRINA É CAPITAL REGIONAL DO "NORTE DO I'ARANÁ" Curitiba e os portos cafeeiros de Santos e Paranaguá.
Londrina não perderá, pois, possivelmente, sua posição privilegiada, mas para
Londrina, como primeira cidade criada pela Cia. de Terras Norte (10 Paraná, que agora não fique estagnada, é preciso que se desenvolva uma função industrial,
presidiu a colonização de tôda a parte oeste do setentrião paranaense. Foi ela, para a qual, aliás, ela terá um grande mercado consumidor, que é todo o norte
pode·se diZer, quem criou tôdas as outras cidades "bôca de sert,io", que a suce· paranaense. Isso é 'necessário, porque> do ponto de vista comercial, ela atingiu.
diam' na marcha para o Oeste. Nenhuma, porém, usufriu-lhe a função de "cabeça pode-se dizer" o máximo, em relação à riqueza agrícola de suas vizinhanças.
de zona". Antes que qualquer uma delas pudesse alcançar grande projeção, já Podemos pois concluir que Londrina, a cidade 50% paulista, embora em
uma nova cidade surgia, mais a Oeste, a atrair as atenções. território paranaense, é de fato a capital regional do "norte paranaense", sendo
Foi assim que Londrina se tornou a capital regional do "Norte do Paraná". com justa razão chamada: "o milagre do sertão do norte do Paraná". Sua vida,
Sua influência estendia-se para o sul e sudoeste até Faxinal e Campo Mourão; seu progresso e vitalidade, são bem o espêlho dessa terra que é hoje. par~ muitos,
a "Canaan do Brasil".
para oeste até Porto S. José, às margens do Tio ,Paraná; para o norte até Porecatu
e ],0 de Maio; para leste até Jataizinho. Contudo, Porecatu e 1.0 de Maio sofrem
também uma pequena influência de Assis, o mesmo acontecendo com Jataizinho BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
em relação a Comélio Procópio e com Campo Mourão em relação a Guarapuava.·
As cidade,s a oeste, porém, dependiam inteiramente de Londrina.
LIVROS E ARTIGOS:
Hoje, entretanto, vê·se a possibilidade de algumas dessas cidades do oeste
virem a fazer certa concorrência à "cidade menina".
AZEVEDO (Aroldo de) - Monografias Regionais - 1943.
A primeira dessas cidades a se destacar foi Apucarana. Distante de Londrina BIGARELLA(João José) - Esbôço das relações entre o relêvo topográfico e a estru.
cêrca de 60 kms., pôde libertar·se um pouco de sua influência; além disso, tem tura geológica do Estado do Paraná - BoI. Geográfico, ano V _ n.o 54.
uma posição de destaque já garantida, pois dela partirá a Estrada de I'erro Central Boletim Geográfico - ano III - n.O 28 - Centésima quarta tertúlia. realizada em
do Paranâ dá em construção), que a ligará a Ponta Grossa, e cuja finalidade 19 de Junho de 1945 - Londrina e a lOna pioneira do NW do Paraná.
é limitar a exportaçllo do café para São Paulo, que é' feita em grande escala, CHABOT (Georges) - Les Villes - Col. Armand Colin - Paris - 1948.
prejudicando a economia paranaense. Nenhum outro fator faz prever maior Estado LUPION
do Paraná - A concretização
- 1947-1950. do plano de obras do governador MOISÉ.S
desenvolvimento de Apucarana. uma vez que já f6i criada mais para o oeste.
a 127 kms. de Londrina, a cidade que será a futura sede da Cia. de Terras, ou FIGUEIREDO(Lima)
n.o 4. - Paraná Oeste - Rev. Brasileira de Geografia, ano VI _
seja Maringá. De fato, a "cidade menina" acha-se atualmente muito afastada
JAMESfico,
(Preston)
ano V- -n.O
A expansão
49. das colônias do Brasil Meridional - BoI. Geográ.
da frente pioneira e a Cia. de Terras cria, assim, uma nova "cabeça de zona",
em pleno coraçllo 'das suas terras, destinada, como foi Londrina, a ser uma impor. KRETZEN (João) - As Grandes Potências Econômicas no Estado do Paraná em
tante cidade e que certamente roubará àquela parte de sua área de influência. 1949 - Edit. Escritório Sul - Brasil Econômico - S. Paulo-Curitiba.
Maringá conta apenas quatro·anos. mas já é servida por linhas aéreas que a ligam LAVEDAN(Pierre) - Géographie des Villes - Cal. Pierre Deffontaines - Paris-1936.
diretamente a São Paulo e Curitiba e. no futuro, com a construção de estrada MAACK (Reinharel) - Notas preliminares sôbre c1ima"solos e vegetaçllo do Estaelo
de ferro partindo de Apucarana, tôda esta lOna estará pràticamente desligada de do Paraná - BoI. Geográfico, ano VII - n.O 84.
Londrina. Sua área de influência direta ficará, ou já quase está na realidade, MONBEIG (Pierre) - O estudo geográfico das cidades - Rev. do Arquivo Muni-
cipal - S. Paulo - ano VIII - VaI. 73. Janeiro de 1941.
limitada aos municípios de: Jaguapitll, porecatu. Bela Vista do Paraiso, Serta-
MONBEIG (Pierre) - Ensaios de Geografia Humana Brasileira - 1940 - S. Paulo.
nópolis, Ibiporã, Jataizinho, Cambé e Rolândia. Isso tudo, porém, não quer dizer
que Londrina deixará de ser a capital regional do "norte paranaense". Justa- MONHEIG (Pierre) - A zona Pioneira do Norte do Paraná - BoI. Geográfico,
ano III - n.O 25.
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80 ANAIS DA ASSOCIAÇÃO DOS GEÓGRAFOS BRASILEIROS
MAPAS E PLANTAS: