Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
XXXXXXX, qualificação, vem, por meio dos seus procuradores, perante Vossa
Excelência, propor
XX/XX/XXX
XX/XX/XXXX XXXXXXXXXXX xxxxxx Xx anos, xx meses e xx dias
X
XX/XX/XXX
XX/XX/XXXX XXXXXXXXXXX xxxxxx Xx anos, xx meses e xx dias
X
ZAPZAP DO CARLÃO
AJURÍDICA
XX/XX/XXX
XX/XX/XXXX XXXXXXXXXXX xxxxxx Xx anos, xx meses e xx dias
X
Xx anos, xx meses e xx dias
XX/XX/XXX Atividade considerada especial
XX/XX/XXXX XXXXXXXXXXX. Frentista
X com base no Decreto 53.831/64,
item 1.2.11 (tóxicos orgânicos).
xx anos, xx meses e xx dia.
Atividade considerada especial
com base no Decreto 53.831/64,
item 1.2.11 (tóxicos orgânicos) e
XX/XX/XXX Auxiliar de
XX/XX/XXXX XXXXXXXXXXX. nos Decretos 2.172/97 e
X frentista
3.048/99, itens 1.0.3 (benzeno),
1.0.7 (carvão mineral) e 1.0.19
(outras substâncias químicas) e
NR 16.
xx anos, xx meses e xx dias.
Atividade considerada especial
XX/XX/XXX
XX/XX/XXXX XXXXXXXXXXX Frentista com base no Decreto 3.048/99,
X
No Perfil Profissiográfico (item
15).
TEMPO DE SERVIÇO COM EXPOSIÇÃO A AGENTES XX anos, XX meses e XX
NOCIVOS dias
XX anos, XX meses e XX
TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL
dias
NÚMERO DE CONTRIBUIÇÕES XXX meses
ZAPZAP DO CARLÃO
AJURÍDICA
É importante destacar que a comprovação da atividade especial até 28 de abril de 1995
era feita com o enquadramento por atividade profissional (situação em que havia presunção
de submissão a agentes nocivos) ou por agente nocivo, cuja comprovação demandava
preenchimento pela empresa de formulários SB40 ou DSS-8030, indicando o agente nocivo
sob o qual o segurado esteve submetido. Todavia, com a nova redação do art. 57 da Lei
8.213/91, dada pela Lei 9.032/95, passou a ser necessária a comprovação real da exposição
aos agentes nocivos, sendo indispensável a apresentação de formulários, independentemente
do tipo de agente especial.
ZAPZAP DO CARLÃO
AJURÍDICA
Dessa forma, comprovado o exercício da atividade de frentista no período laborado
junto à empresa XXXX., verifica-se a possibilidade de utilização dos documentos
emitidos pela empresa YYYY, para fins de avaliação indireta do ambiente de trabalho,
eis que o cargo desempenhado e o ramo de atividade das empresas são os mesmos.
(DOCUMENTO PERTINENTE)
(DOCUMENTO PERTINENTE)
ZAPZAP DO CARLÃO
AJURÍDICA
Emprego, será suficiente para a comprovação de efetiva exposição
do trabalhador. (Redação dada pelo Decreto nº 8.123, de 2013)
Ocorre que a referida lista de agentes cancerígenos foi recentemente editada pelo
Ministério do Trabalho (PORTARIA INTERMINISTERIAL MTE/MS/MPS Nº 9, DE 07 DE
OUTUBRO DE 2014 - DOU 08/10/2014), na qual consta que os óleos minerais são
reconhecidamente cancerígenos.
Art. 284. Para caracterização de período especial por exposição ocupacional a agentes
químicos e a poeiras minerais constantes do Anexo IV do RPS, a análise deverá ser
realizada:
Parágrafo único. Para caracterização de períodos com exposição aos agentes nocivos
reconhecidamente cancerígenos em humanos, listados na Portaria Interministerial n° 9
de 07 de outubro de 2014, Grupo 1 que possuem CAS e que estejam listados no Anexo
IV do Decreto nº 3.048, de 1999, será adotado o critério qualitativo, não sendo
considerados na avaliação os equipamentos de proteção coletiva e ou
individual, uma vez que os mesmos não são suficientes para elidir a
exposição a esses agentes, conforme parecer técnico da FUNDACENTRO,
de 13 de julho de 2010 e alteração do § 4° do art. 68 do Decreto nº 3.048,
de 1999.
(...)
4. Sobre a possibilidade de reconhecimento da periculosidde como agente
nocivo após a entrada em vigor do Decreto n. 2.172/97, esta Turma Nacional,
por ocasião do julgamento do PEDILEF n. 50136301820124047001, Relator
Juiz Federal Gláucio Ferreira Maciel Gonçalves, DOU 16/08/2013, firmou tese
de que não se pode contar tempo especial devido à periculosidade, após
05/03/1997, à exceção daquelas previstas em lei específica como
perigosas. (...)
6. No presente caso, pretende-se o reconhecimento do caráter especial da
atividade de transporte de inflamáveis, por meio de caminhão tanque, atividade
reconhecidamente perigosa pela Norma Regulamentadora (...)
11. Dessa forma, considerando a tese uniformizada por esta TNU quando do
julgamento do PEDILEF 50136301820124047001, no sentido de que “não se
pode contar tempo especial pelo agente nocivo perigo, após 05/03/1997,
quando da edição do Decreto 2.172/97, à exceção daquelas previstas em lei
específica como perigosas”, voto no sentido de conhecer e negar
provimento ao incidente de uniformização interposto pelo INSS em
razão da atividade desenvolvida pela parte Autora ser considerada
perigosa tanto pela Norma Regulamentadora 16 como pela
legislação trabalhista em vigor (grifos acrescidos).
Pelo trecho do voto transcrito, infere-se que a TNU reconhece a condição de tempo de
serviço especial, mesmo após a edição do Decreto nº 2.172/97, para as atividades perigosas
previstas em lei específica.
ZAPZAP DO CARLÃO
AJURÍDICA
No mesmo sentido, o artigo 193, inciso I, da CLT, dispõe que as atividades com
exposição a inflamáveis são consideradas perigosas. Veja-se:
Art. 57. A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência exigida
nesta Lei, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condições especiais que
ZAPZAP DO CARLÃO
AJURÍDICA
prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte
e cinco) anos, conforme dispuser a lei.
(...)
§ 8º Aplica-se o disposto no art. 46 ao segurado aposentado nos termos deste artigo
que continuar no exercício de atividade ou operação que o sujeite aos agentes nocivos
constantes da relação referida no art. 58 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.732, de
11.12.98)
------
Com base nos dispositivos supracitados, verifica-se que a restrição ao trabalho para
os beneficiários de aposentadoria especial está embasada nos mesmos fundamentos da
aposentadoria por invalidez, o que constitui um evidente equívoco do legislador, uma vez que
a vedação ao trabalho imposta ao jubilado por invalidez decorre de ausência de capacidade
laborativa. Assim sendo, o cancelamento do benefício por incapacidade se justifica quando o
segurado retorna às atividades laborativas, à medida que o principal requisito para concessão
do benefício deixa de ser preenchido.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão,
atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.
Deve-se destacar que o § 8º do art. 57 da Lei 8.213/91 não possui caráter protetivo,
haja vista que não há vedação para que o segurado continue exercendo atividades
consideradas nocivas após a concessão da aposentadoria, mas apenas determinação
ZAPZAP DO CARLÃO
AJURÍDICA
para que seja suspenso o pagamento em caso de retorno à atividade. Trata-se,
portanto, de mera previsão punitiva, que restringe direito fundamental e viola o
princípio da dignidade da pessoa humana, esculpido no art. 1º, inciso III, da
Constituição Federal.
Cabe destacar ainda que a Autarquia Previdenciária não sofrerá nenhum prejuízo
em virtude da continuidade do desempenho do trabalho, muito pelo contrário, visto que o
segurado continuará vertendo contribuições à Previdência Social.
Deve-se considerar ainda o fato de que muitas pessoas deixarão suas profissões em
idade inferior aos cinquenta anos e em pleno auge de capacitação profissional, o que, num
país absolutamente carente de mão de obra qualificada, constitui um completo retrocesso.
Por todas as razões expostas, tal matéria possui natureza de ordem pública, sendo que
a vedação prevista no § 8º do art. 57 da lei 8.213/91 foi julgada inconstitucional pelo pleno
do TRF da 4ª Região. A arguição de inconstitucionalidade restou assim ementada:
ZAPZAP DO CARLÃO
AJURÍDICA
PREVIDENCIÁRIO. CONSTITUCIONAL. ARGUIÇÃO DE
INCONSTUCIONALIDADE. § 8º DO ARTIGO 57 DA LEI Nº 8.213/91.
APOSENTADORIA ESPECIAL. VEDAÇÃO DE PERCEPÇÃO POR
TRABALHADOR QUE CONTINUA NA ATIVA, DESEMPENHANDO
ATIVIDADE EM CONDIÇÕES ESPECIAIS.1. Comprovado o exercício de
atividade especial por mais de 25 anos, o segurado faz jus à concessão da
aposentadoria especial, nos termos do artigo 57 e § 1º da Lei 8.213, de 24-07-
1991, observado, ainda, o disposto no art. 18, I, "d" c/c 29, II, da LB, a contar
da data do requerimento administrativo. 2. O § 8º do artigo 57 da Lei nº
8.213/91 veda a percepção de aposentadoria especial por parte do trabalhador
que continuar exercendo atividade especial.3. A restrição à continuidade do
desempenho da atividade por parte do trabalhador que obtém
aposentadoria especial cerceia, sem que haja autorização constitucional
para tanto (pois a constituição somente permite restrição relacionada à
qualificação profissional), o desempenho de atividade profissional, e veda
o acesso à previdência social ao segurado que implementou os requisitos
estabelecidos na legislação de regência.4. A regra em questão não possui
caráter protetivo, pois não veda o trabalho especial, ou mesmo sua
continuidade, impedindo apenas o pagamento da aposentadoria. Nada obsta
que o segurado permaneça trabalhando em atividades que impliquem
exposição a agentes nocivos sem requerer aposentadoria especial; ou que
aguarde para se aposentar por tempo de contribuição, a fim de poder cumular
o benefício com a remuneração da atividade, caso mantenha o vínculo; como
nada impede que se aposentando sem a consideração do tempo especial,
peça, quando do afastamento definitivo do trabalho, a conversão da
aposentadoria por tempo de contribuição em aposentadoria especial. A regra,
portanto, não tem por escopo a proteção do trabalhador, ostentando mero
caráter fiscal e cerceando de forma indevida o desempenho de atividade
profissional.4. A interpretação conforme a constituição não tem cabimento
quando conduz a entendimento que contrarie sentido expresso da lei. 5.
Reconhecimento da inconstitucionalidade do § 8º do artigo 57 da Lei nº
8.213/91. (Arguição De Inconstitucionalidade 5001401-77.2012.404.0000, Rel.
Des. Federal Ricardo Teixeira Do Valle Pereira).
Por fim, há que se atentar que o Supremo Tribunal Federal reconheceu Repercussão
Geral a respeito da matéria em comento, no julgamento do RE 778.092.
ZAPZAP DO CARLÃO
AJURÍDICA
Considerando a necessidade de análise detalhada de provas no presente feito, bem
como a política atual de “acordo zero” adotada pelos procuradores federais, o Autor vem
manifestar, em cumprimento ao art. 319, inciso VII, do CPC/2015, que não há interesse na
realização de audiência de conciliação ou mediação, haja vista a iminente ineficácia do
procedimento e a necessidade de que ambas as partes dispensem a sua realização,
conforme previsto no art. 334, §4º, inciso I, do CPC/2015.
IV – DO PEDIDO
b) A concessão da Gratuidade da Justiça, tendo em vista que o Autor não tem como
suportar as custas judiciais sem o prejuízo do seu sustento próprio e da sua família;
c) A citação da Autarquia, por meio de seu representante legal, para que, querendo,
apresente defesa;
Nesses Termos.
Pede Deferimento.
Local, Data.
XXXX
OAB/UF XX.XXX
ZAPZAP DO CARLÃO
AJURÍDICA