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UNIVERSIDADE DE SOROCABA

PRÓ-REITORIA ACADÊMICA
CURSO DE TECNOLOGIA EM GASTRONOMIA

Bruno Augusto Adad Chagas


Bruno Vinicius Mendes
Luan Erik Domingues
Paulo Henrique Castelhano

REGIÃO NORTE

Sorocaba/SP
2016
1. Introdução

Figura 1: Mapa da Região/Brasil Figura 2: Mapa da Região


Fonte: www.nutrihealthsuplementos.com.br Fonte: www.nutrihealthsuplementos.com.br

A região norte do Brasil é a maior região administrativa do país,


representando mais de 45% do território nacional com cerca de 3 milhões de
quilômetros quadrados. A região é formada por sete estados: Acre, Amapá,
Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e faz divisa com as Guianas ao
Norte, o planalto Central ao Sul, a cordilheira dos Andes a Oeste e o Oceano
Atlântico a Noroeste. Com toda sua extensão e a característica de ser coberta quase
em sua totalidade pela floresta amazônica a região norte é a região de menor
densidade demográfica do país, apenas 4,12 hab/km2. O clima predominante é o
equatorial, bastante úmido, caracterizado por elevadas temperaturas (em torno de
26ºC) e grande quantidade de chuvas durante todo o ano. Outra característica
comum a todos os estados da região é a presença de um grande número de rios
formando duas grandes bacias hidrográficas a Amazônica e do Tocantins. A
economia da região baseia-se na pesca, no extrativismo vegetal e mineral. Os
principais produtos são a madeira, o látex, o babaçu, as variedades de palmito, as
frutas típicas como castanha do Brasil, açaí e guaraná e minerais como ouro, ferro,
manganês, bauxita e granito. Além das atividades extrativistas os estados da
região norte cultivam arroz e mandioca. Na pecuária a região desenvolve a criação
de gado bovino e de búfalos. O desenvolvimento da industria é ligada ao
processamento das riquezas naturais extraídas ou cultivadas na região. (BRASIL,
2016)

2. Gastronomia

2.1. Aspectos gastronômicos

A culinária da região norte é uma das que mais preservam sua origem, graças
à abundância de ingredientes locais e ao isolamento em relação a outras regiões
brasileiras. A comida da região é fortemente marcada pela cultura indígena com
influências de técnicas e ingredientes dos portugueses, principalmente nos cozidos e
nos ensopados e na utilização do azeite-de-dendê e do leite de coco, herança dos
africanos.
No final do século XIX a migração dos Nordestinos trouxe novos hábitos
alimentares entre eles o costume de consumir carne-seca e as moquecas. O
costume de consumir legumes e verduras como acompanhamento dos peixes foram
trazidos pelos imigrantes das regiões Sul e Sudeste principalmente no século XX.
(FISBERG, WEHBA, COZZOLINO, 2002)
A região possui a maior bacia hidrográfica do país e abriga quase duas mil
espécies de peixes, o que explica o fato de a maior parte das receitas típicas terem
como base os pescados. A cozinha da região é marcada também pela utilização de
diversas espécies exóticas de frutas e principalmente, pelo consumo da mandioca e
seus subprodutos. (BRASIL, 2016 a)
Entre os produtos que caracterizam a culinária predominam naturalmente os
peixes e as espécies mais apreciadas são os: tambaquis, o matrinchã, o jaraqui, o
pacu, o pirarucu, o surubim, o filhote e o tucunaré.

Figura 3: Matrinxã Figura 4: Pacu


Fonte:www.clubedapescaria.com.br Fonte: www.gerencia.ambientebrasil.com.br
De mesma maneira, as farinhas são produtos sempre presentes na
alimentação e existem muitas variedades, em geral produzidas a partir da farinha de
mandioca, que é um ingrediente emblemático da culinária no norte, com a adição o
não de outros ingredientes tais como peixes assados e moídos como na famosa
farinha piracuí (PANDOLFI, 2009).

Figura 5: Farinha Uarini


Fonte: www.pceamazonas.com.br

Entre os estados da região, os hábitos culinários são bastante próximos, pois,


grande parte do território da região compartilha das mesmas características
climáticas, a rica hidrografia além da fauna e da flora. A culinária do Acre, por
exemplo, é muito próxima à de outros estados como Rondônia, Roraima, Amazonas
e Pará, embora o Acre tenha uma maior influência dos imigrantes vindos do
Nordeste. Dessa herança nordestina podemos identificar pratos como o vatapá e a
carne de sol com mandioca. Entre os ingredientes mais apreciados estão o pato e
peixes como o tambaqui, o filhote e o pirarucu. ( PANDOLFI, 2009).

Figura 6: Pirarucu de casaca Figura 7: Damurida


Fonte: www.revistabanzeiro.com.br Fonte: www.hilaea.photoshelter.com
A culinária do estado do Amapá por sua vez possui uma culinária que, além
dos ingredientes utilizados em toda a região, conta com os peixes e frutos do mar já
que tem uma pequena faixa de costa para o Atlântico. Da herança indígena há
pratos como o tucunaré ou gurijuba na brasa. As preparações com açaí também são
bastante comuns, seja em sobremesas ou como acompanhamento de camarões,
charque ou peixes, em geral misturado com farinha de tapioca. (PANDOLFI, 2009).
Diferente dos demais estados da região, o Tocantins, apresenta uma culinária
com grande influência da cozinha mineira e paulista devido a sua origem e
localização próximo aos estados da região centro oeste e sudeste. Até 1988 a região
fazia parte do estado de Goiás. Entre as receitas típicas estão o arroz com carne-
seca, conhecido com o arroz cerigado, o arroz com pequi, o feijão tropeiro, a
galinhada e os peixes preparados “na telha” entre eles a corvina de água doce, o
matrinxã, o pintado e o tucunaré. (PANDOLFI, 2009).

De acordo com Pandolfi (2009) entre a grande variedade de pratos de toda a região
norte podemos citar:

Figura 8: Mujica de Peixe Figura 9: Tacacá


Fonte: http://www.portojofre.com Fonte: http://www.armazendasespeciarias.com.br

Mujica de Peixe: prato tradicional feito com tambaqui desfiado, farinha, pimenta-do-
reino, cheiro-verde, pimenta-de-cheiro, colorau, tomate, alho e cebola.

Tacacá: Receita de origem indígena, uma espécie de sopa feita com goma de
tapioca, caldo de tucupi, jambu, camarão e pimenta.

Caruru Paraense: Caldo elaborado com camarão seco, cebola, cebolinha, alho,
pimentão, quiabo, jambu, farinha de mandioca, pimenta-do-reino e azeite de dendê.
Figura 10: Damurida Figura 11: Pato no Tucupi
http://www.boavistaja.com http://www.adoradoresdecomida.com

Damurida: Cozido de origem indígena bastante apimentado, feita com carne ou


peixe assado, pimentas malagueta e jiquitaia além de goma de tapioca. Em geral é
servida com arroz e pirão feito com farinha de tapioca.

Pato no Tucupi: prato tradicional da região amazônica, especialmente do estado do


Pará. Pedaços do pato são cozidos num caldo conhecido como tucupi e servidos
com farinha de mandioca, arroz branco e folhas de jambu.

Figura 13: Maniçoba Figura 14: Pirarucu de Casaca


Fonte: https://chefkakadipadula.wordpress.com Fonte: http://www.pinterest.com

Maniçoba: conhecido como a feijoada paraense, o prato pode levar mais de uma
semana para ser feito principalmente pelo lento cozimento da folha da maniva (a
planta da mandioca). A receita ainda conta com charque, toucinho, bucho, mocotó,
orelha, pé e costelas de porco, chouriço, linguiça e paio. Habitualmente o prato é
servido com arroz branco, farinha e pimenta.
Pirarucu de casaca: Prato semelhante à bacalhoada, preparado com pedaços de
pirarucu seco dessalgado, preparado em camadas com banana frita, refogado de
batatas e farofa feita com farinha de mandioca, ovos cozidos e leite de coco.

Caldeirada de tucunaré: tipo de cozido, geralmente feito com peixe e legumes


como batatas, cebolas, repolho, pimentões, ovos, tomates, salsa e coentro. Em geral
é servido com pirão.

Um marca singular da região norte, devido ao seu grande território é o grande


número de frutas nativas e outros ingredientes típicos, muitos dos quais encontrados
apenas naquela região mas que ganham cada vez mais destaque em todo o país
(Bosisio, 2000).

Figura 15: Açaí Figura 16: Açaizeiro


http://www.saudedica.com.br http://www.ambientalistasemrede.org

Açaí: Pequenos frutos de coloração violeta escura extraídos de uma palmeira típica
da região e que se desenvolve bem no clima típico das regiões de cultivo e
conhecida por sua versatilidade no uso culinário. Sua polpa pode ser utilizada na
preparação de sobremesas, sucos, vinhos e sorvetes além de consumida pura ou
em pratos salgados como peixe assado ou camarão seco. O açaí tem um papel
econômico importante para toda a região pois um grande número de famílias vive da
extração e processamento da fruta que alcançou grande popularidade em todo o
país e mesmo no exterior. (BRASIL, 2015 )
Figura 17: Buriti Figura 18: Guaraná
Fonte: http://www.ecodatainforma.wordpress.com Fonte: Livro “Alimentos Regionais Brasileiros

Buriti: Fruto típico, presente em toda a região norte, possui escamas escuras e cor
que lembra o cobre. Possui alto valor nutritivo, é uma das maiores fontes de vitamina
A existentes. Na culinária a polpa pode ser utilizada na preparação de geléia, doces
e sorvetes. Já a partir da seiva adocicada que é retirada do caule fabrica-se uma
bebida fermentada conhecida como vinho de buriti, bastante popular na região e a
ipurana, uma fécula semelhante à de mandioca.

Guaraná: fruto de um arbusto de médio porte, típico da região amazônica, possui


uma espécie de cápsula que possui de uma a três semente cada. O guaraná se
adaptou e passou a ser cultivado em várias outras regiões do Brasil. É utilizado em
diferentes formas desde o pó, obtido do processamento das sementes, extratos e
xaropes. O guaraná é um produto rico em cafeína cujo teor pode variar de 2% a 5%
do peso seco, maior que o do café (1% a 2%), do mate (1%) e do cacau (0,7%).

Figura 19: Castanha do Brasil Figura 20: Cupuaçu


Fonte: http://www.nativaalimentos.com.br Fonte: Ministério da Saúde
Castanha do Brasil: O fruto da castanheira, chamada de “ouriço” é uma cápsula
bastante resistente que abriga em seu interior, entre 10 e 25 sementes. As sementes
ou castanhas representam cerca de 25% do fruto e têm uma casca bastante dura e
rugosa que protege as amêndoas, que são ricas em gordura e proteína. Na culinária
é consumida in natura, assada e como ingrediente de inúmeras receitas de doces e
de salgados. A castanha do Brasil é um dos principais produtos da nossa economia
extrativista, com significativo valor no mercado de exportação. Devido à devastação
indiscriminada das matas amazônicas, a castanheira nativa tem sido vista como uma
das espécies ameaçadas de extinção mas hoje é utilizada como uma excelente
alternativa para o reflorestamento.

Cupuaçu: Uma das frutas mais populares da Amazônia e que vem sendo
implantada comercialmente também no sudeste da Bahia. Seu fruto mede até 25 cm
e pode pesar até 1 kg. Possui 30% de polpa e muitas sementes. Apresenta três
variedades: o cupuaçu-redondo, o cupuaçu-mamorama e o cupuaçu-mamau. Na
culinária a polpa é utilizada no preparo de sorvetes, sucos, geléias, doces, mousses,
bombons, balas, biscoitos e iogurtes. As sementes, depois de secas, são utilizadas
na fabricação do “cupulate” produto similar ao chocolate.

Figura 21: Jambu Figura 22: Chicória do Pará


Fonte: http://www.espacomalta.com.br Fonte: http://dreamgarden3.blogspot.com.br/

Jambu: planta típica da região, é encontrado em hortas domésticas e cultivado


comercialmente. Suas folhas e talos são indispensáveis na preparação de iguarias
regionais como o pato no tucupi, o tambaqui no tucupi e o tacacá. A planta tem um
sabor característico bastante apreciado devido à espilantina, uma substância que
provoca sensação levemente anestésica e salivação quando consumidas.
Chicória do Pará: planta aromática de pequeno porte com aroma similar ao
coentro, é muito comum na Amazônia brasileira, compondo o “cheiro-verde” regional
juntamente com o coentro e a cebolinha. As folhas são utilizadas como condimento
em pratos típicos à base de peixes ou cozidas com arroz.

Figura 23: Sementes de Cumaru


Fonte: http://www.entremilcozinhas.com.br

CUMARU
O Cumaru é uma planta típica da região Amazônica, usado como madeira para a
fabricação de móveis. A mesma planta produz sementes conhecidas como favas ou
no exterior como “tonka beans” e que vem ganhando espaço na culinária. O cumaru
tem praticamente o dobro de cumarina, uma proteína que dá o sabor típico à
baunilha e por isso o seu uso é similar ou seja para preparação de doces, caldas,
pudins e bolos.

2.2. Ingrediente típico


Originária da América do Sul, a mandioca (Manihot esculenta Crantz) constitui
um dos principais alimentos energéticos para mais de 700 milhões de pessoas,
principalmente nos países em desenvolvimento. Mais de 100 países produzem
mandioca, sendo que o Brasil participa com 10% da produção mundial e é o
segundo maior produtor mundial. De fácil adaptação às condições adversas, como
baixa umidade do solo e clima quente, a mandioca é cultivada em todos os estados
brasileiros, situando-se entre os oito primeiros produtos agrícolas do país, em
termos de área cultivada, e o sexto em valor de produção. Os principais países
produtores de mandioca, segundo dados da Organização das Nações Unidas para a
Agricultura e a Alimentação (FAO) (2006), pela ordem, são: Nigéria, Brasil,
Indonésia, Tailândia, Congo e Gana, com produções de 38,17; 27,6; 19,45; 16,93;
14,97 e 9,73 milhões de toneladas por ano. A produção total desses países
representa 61,8% da produção mundial. No Brasil, os estados que detêm as maiores
produtividades estão nas regiões Sudeste (São Paulo), Sul (Paraná e Santa
Catarina) e Nordeste (Sergipe, Alagoas e Bahia (MATTOS, FARIAS, FILHO, 2006).

Figura 24: Plantação de Mandioca Figura 25: Raizes de mandioca


Fonte: Livro Uma Pitada de Biodiversidade Fonte: http://www.aguadoce.com.br

A mandioca é sem dúvida um dos ingredientes que mais caracteriza a


culinária do Brasil, pois, está presente em praticamente todo o território nacional. A
mandioca representa mais que um simples ingrediente de um grande número de
pratos, ela possui uma grande importância cultural e histórica na formação da
gastronomia brasileira. Em geral a mandioca é classificada pela quantidade de acido
cianídrico que possui, portanto, existe a mandioca conhecida como mansa (também
chamada de doce) e a brava, que é “venenosa”. Nativa da Amazônia brasileira,
segundo a Embrapa (2006), existem quase 250 variedades de mandioca.
Valor energético 151.4kcal = 636kj 8%
Carboidratos 36,2g 12%
Proteínas 1,1g 1%
Gorduras saturadas 0,1g 0%
Gorduras monoinsaturadas 0,1g -
Fibra alimentar 1,9g 8%
Fibras solúveis 0,0g -
Cálcio 15,2mg 2%
Vitamina C 16,5mg 37%
Piridoxina B6 0,0mg 0%
Fósforo 29,4mg 4%
Manganês 0,1mg 4%
Magnésio 44,5mg 17%
Lipídios 0,3g -
Ferro 0,3mg 2%
Potássio 208,1mg -
Cobre 0,1ug 0%
Zinco 0,2mg 3%
Sódio 2,2mg 0%
* % Valores diários com base em uma dieta de 2.000 Kcal ou 8.400kj.

Tabela 1: Valores Nutricionais – Mandioca crua


Fonte: Unicamp - TaCO - Tabela Brasileira de Composição de Alimentos

O cultivo da mandioca teve início, provavelmente, no primeiro milênio a.C na


bacia do amazonas por diversas tribos nativas. Dali se espalhou por diversos países
da América do Sul entre eles Venezuela e as Guianas. Em seguida na América
central e do norte.
Os colonizadores se identificaram com a grande utilidade que a raiz possui, e
seu cultivo foi ampliado. Inicialmente a mandioca já teve grande importância no
trafico negreiro. Navios que retornavam com os escravos do Brasil para a África
levavam farinha de mandioca como uma das moedas de troca. A mandioca, com
seu alto valor nutritivo, foi o alimento para os escravos durante as longas viagens. A
partir disso, foi questão de pouco tempo e a mandioca passou a ser plantada perto
dos portos negreiros para abastecer os navios a espera de escravos. A mandioca se
espalhou pelo continente africano, e desde um então faz parte da base da
alimentação. (REIFSCHNEIDER; NASS; HENZ, 2014)
A mandioca teve papel essencial na alimentação dos índios nativos, dos
portugueses, e dos bandeirantes. Foi na época das expedições pelo interior do país,
que a mandioca alimentava os bandeirantes, que faziam questão de manter grupos
cultivando a raiz e produzindo a farinha. A importância histórica e cultural da
mandioca está justamente no fato dela ter disso base de sustento da população
durante a colonização do Brasil. A principal característica da mandioca está na sua
versatilidade, pois, desde a folha até a raiz, tudo é aproveitado. A mandioca produz
uma ampla lista de subprodutos. Tudo começou com os índios. Pelo fato de terem o
primeiro contato com o ingrediente, foram os nativos que desenvolveram muitos dos
usos conhecidos para a mandioca. (REIFSCHNEIDER; NASS; HENZ, 2014)
Entre os principais subprodutos da mandioca presentes na culinária da região,
podemos destacar:

Figura 26: Fécula de Mandioca Figura 27: Puba


Fonte: http://www.horadacomida.com.br Fonte: http://www.horadacomida.com.br

Fécula da mandioca: obtida da sedimentação do suco extraído da moagem


(extração do amido), conhecido como goma ou polvilho. Quando usado
imediatamente é chamada de goma fresca ou polvilho doce. Após passar por um
processo de fermentação do amido, passa a ser considerada uma goma seca, ou
polvilho azedo com sabor e textura distintos.
.
Puba: trata-se de uma massa de mandioca, produzida a partir de suas raízes que
são deixadas de molho para fermentar entre três a cinco dias e após fermentarem
são prensadas e granuladas.
Figura 28: Sagu Figura 29: Farinha de Mandioca
Fonte: http://www.fitnessmagazine.com.br Fonte: http://www.pinterest.com

Sagu: pequenas esferas feitas com a goma da mandioca, que são coaguladas e em
seguida boleadas através de processo mecânico.

Farinha de mandioca: um dos mais variados produtos produzidos a partir da


mandioca, a farinha é apresentada em muitas variações e é talvez um dos
ingredientes mais presentes nos hábitos alimentares da região.

Figura 30 : Tucupi Figura 31: Tucupi


Fonte: http://www.petitgastro.com.br Fonte: http://www.vejario.abril.com.br

Tucupi: Molho ácido obtido durante o processo de fabricação da farinha de


mandioca utilizado em muitos pratos típicos em combinação com carnes de sabor
marcante como pato, peixes, suínos e paca.

3. Festival Gastronômico
3.1. Cardápio
Para o Festival Gastronômico Nacional, o cardápio da região norte escolhido
foi: entrada: (Tapioca de Carne Seca e Requeijão); prato principal: (Pirarucu
Amazonense); sobremesa: (Mousse de Açaí com Creme de Tapioca) e bebida:
(Refresco de Cupuaçu).

3.2. Receitas
a) Entrada: Tapioca de Carne Seca e Requeijão

Ingredientes

500 gramas de tapioca hidratada


200 gramas de carne seca dessalgada e desfiada
1/2 cebola picada
200 gramas de requeijão cremoso
100g de pimenta biquinho
Sal e pimenta do reino
Salsa e cebolinha a gosto
1 colher de sopa de manteiga
2 colheres de azeite
 

Modo de Preparo
Saltear a cebola no azeite. Deixar até dourar e acrescentar a carne seca
dessalgada e desfiada, a salsa e a cebolinha picada, cozinhe até a carne estar
bem macia e dourara, tempere a gosto com sal e pimenta e reserve. Aquecer a
frigideira, pincelar a manteiga derretida e acrescentar a tapioca polvilhando e
formando um pequeno círculo. Deixar a farinha aglutinar e virar. Com a tapioca
ainda quente, utilize o cortador de sua preferência e faça vários canapés,
reserve. Montagem: colocar uma pequena porção de requeijão cremoso em cima
do canapé de tapioca, a carne seca desfiada por cima e decore com a pimenta
biquinho e a salsinha.

a) Prato Principal: Pirarucu Amazonense

Ingredientes
1 Kg de pirarucu (filés)
300 ml azeite extra virgem
2 cebolas picadas
1 pimentão vermelho
1 pimentão verde
1 pimentão amarelo
5 colheres (sopa) de manteiga
120 g de castanha do Brasil picadas
400 ml creme de leite
200 ml de vinho branco
Sal e pimenta a gosto
Modo de Preparo

Cortar os pimentões em tiras, refogar em azeite temperando com sal e


reservar. Em uma panela, colocar a manteiga, o restante do azeite e refogar a
cebola. Adicionar a castanha do Brasil picada e misturar. Acrescentar o
creme de leite, o vinho branco, uma pitada de sal e deixar cozinhar por 10
minutos em fogo baixo. Desligar o fogo e reservar até esfriar. Bater o
refogado de cebola e castanhas no liquidificador e coar utilizando uma
peneira fina. Reservar aquecido. Em uma frigideira, aquecer 1/3 do azeite e
selar os filés até dourar. Transferir para uma assadeira forrada com papel
manteiga e levar ao forno médio (180 graus, pré-aquecido) por cerca de 10
minutos. Retirar do forno e servir o pirarucu montado em uma “cama” do
refogado de pimentões e regar com o molho reservado.

c) Sobremesa - Mousse de Açaí com Creme de Tapioca

Ingredientes

500g de polpa de açaí


2 latas de leite condensado
400g de creme de leite (UHT)
2 envelopes de gelatina sem sabor incolor
200 ml de leite de coco
2 xícaras (chá) de farinha de tapioca
2 xícaras de coco ralado fresco
2 xícaras (chá) de leite
1 colher (sopa) de manteiga sem sal
50g de açúcar refinado
Modo de preparo

Dissolver a gelatina em água fria, reservar por 5 minutos e levar ao forno micro-
ondas por 10 a 15 segundos. Reservar. Bater no liquidificador o açaí, o leite
condensado, o creme de leite e a gelatina. Despejar a mistura em taças
individuais, cobrir com filme plástico e levar à geladeira por cerca de duas horas.
Em uma panela, misturar o leite, a farinha de tapioca, o leite de coco, a manteiga
e o açúcar. Leve ao fogo baixo e cozinhar sem parar de mexer até obter um
creme liso e consistente. Reservar para esfriar.
Com a mousse já consistente, despejar sobre ela o creme de tapioca já frio e
polvilhar com o côco.

d) Bebida – Refresco de Cupuaçú

Ingredientes

200g de polpa de cupuaçu

2 litros de água mineral

Açúcar Refinado (Q.B.)

Modo de preparo

Bater a polpa de cupuaçu com água e gelo. Coar e adicionar açúcar à gosto.

Referências
BOSISIO, Arthur; LODY, Raul; MEDEIROS, Humberto. Culinária Amazônica:
o sabor da natureza. Rio de Janeiro: Ed. Senac Nacional, 2000.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento


de Atenção Básica. Alimentos Regionais Brasileiros – 2ª Edição. Brasília:
Ministério da Saúde, 2015.

BRASIL. Ministério das Relações Exteriores. Cultura BRASIL: Informações


Gerais Sobre as Diferentes Regiões. Disponível em:
<http://dc.itamaraty.gov.br/publicacoes/textos/portugues/revista1.pdf>. Acesso
em: 31.mar.2016.

BRASIL. Ministério das Relações Exteriores. Cultura. O Estado de


Rondônia. Disponível em: <http://dc.itamaraty.gov.br/imagens-e-
textos/revista4-mat14.pdf>. Acessado em: 31.mar.2016.

BRASIL. Ministério das Relações Exteriores. Cultura. O Estado de Roraima.


Disponível em: <http://dc.itamaraty.gov.br/imagens-e-textos/revista2-
mat5.pdf>. Acessado em: 31.mar.2016.

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Tocantins. Disponível em: <http://dc.itamaraty.gov.br/imagens-e-
textos/revista3-mat12.pdf>. Acesso em: 31.mar.2016.

BRASIL. Ministério das Relações Exteriores. Cultura. O Estado do Acre.


Disponível em: <http://dc.itamaraty.gov.br/imagens-e-textos/revista2-
mat13.pdf>. Acessado em: 31.mar.2016.

BRASIL. Ministério das Relações Exteriores. Cultura. O Estado do Amapá.


Disponível em: <http://dc.itamaraty.gov.br/imagens-e-textos/revista4-
mat11.pdf>. Acessado em: 31.mar.2016.

BRASIL. Ministério das Relações Exteriores. Cultura. O Estado do


Amazonas. Disponível em: <http://dc.itamaraty.gov.br/imagens-e-
textos/revista4-mat7.pdf>. Acesso em: 31.mar: 2016.
BRASIL. Ministério das Relações Exteriores. Cultura. O Estado do Pará.
Disponível em: <http://dc.itamaraty.gov.br/imagens-e-textos/revista1-
mat8.pdf>. Acesso em: 31.mar: 2016.

BRASIL. Ministério da Cultura. Gastronomia. Disponível em: <http://www.bra
sil.gov.br/cultura/2009/10/gastronomia>. Acesso em: 31.mar.2016.

FISBERG, Mauro; WEHBA, Jamal; COZZOLINO, Silvia Maria Franciscato. A


Alimentação no Brasil de Norte a Sul. São Paulo: Editora Atheneu, 2002.

LANCELLOTTI, Sílvio. 500 Anos de Gastronomia em Terra Brasilis: 40


Receitas de Silvio Lancellotti. [S.L.]: L&PM Editores, 2000.

MATTOS, Pedro Luiz Pires; FARIAS, Alba Rejane Nunes; FILHO, José
Raimundo Ferreira. Mandioca: o produtor pergunta, a Embrapa responde.
Brasília: Embrapa, 2006.

PANDOLFI, Ricardo (Org.). Coleção Cozinha Regional Brasileira:


Amazonas. São Paulo: Editora Abril, 2009.

PANDOLFI, Ricardo (Org.). Coleção Cozinha Regional Brasileira: Pará.


São Paulo: Editora Abril, 2009.

REIFSCHNEIDER, Francisco José Becker; NASS, Luciano Lourenço; HENZ,


Gilmar Paulo. Uma Pitada de Biodiversidade na Mesa dos Brasileiros.
Brasília: [s.n.], 2014.

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