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CAMPOS, Pedro Henrique Pedreira.

A ditadura dos empreiteiros

Primeiras empresas de construção civil

O surgimento das primeiras empresas de construção civil brasileiras se deu no Rio de Janeiro.
Após a abertura do túnel Velho em 1982 na região de Copacabana, foram implementadas
passagens gratuitas de bonde através da empresa Botanical Garden, venda de loteamentos
com infraestrutura urbana e fabricação de casas por parte da companhia Otto Simon.
(Campos, 2012)

As primeiras empresas de construção civil criadas no Brasil nasceram no Rio de Janeiro e uma
das primeiras atividades dos empresários do setor foi a especulação urbana. É conhecida a
história do barão de Drummond, proprietário de terras na região de Vila Isabel, que após
estabelecer certa infra-estrutura local e levar o bonde até o bairro, dividiu os terrenos em lotes
e os vendeu, obtendo lucro com o negócio. A história da ocupação da região de Copacabana
também é emblemática dessa tendência, com a abertura em 1892 do túnel Velho,
implementação de passagens gratuitas de bondes pela companhia Botanic Garden, venda de
lotes com aparato de serviços urbanos e construção de casas por parte da companhia Otto
Simon.

A história da engenharia brasileira dá-se início com a fundação do Governo Geral e da Cidade
do Salvador por Thomé de Souza em 1549, de forma que há uma escassez de informações
sobre as construções em datas anteriores. À partir da ordem do Rei D. João III, o governador
geral encarregou um grupo de profissionais construtores, formados por Luiz Dias, como mestre
das obras da fortaleza, Diogo Peres, como mestre pedreiro, Pedro Gois, como mestre das
obras da fortaleza e mais outros pedreiros, carpinteiros e outros artesões para que realizassem
uma “fortaleza de pedra e cal e uma cidade grande e forte... como melhor poder ser”.

A história da arquitetura (e da engenharia também) no Brasil começa em 1549, com a


fundação do Governo Geral e da Cidade do Salvador por Thomé de Souza; as construções
anteriores são muito precárias e com pouca informação. O primeiro Governador Geral trouxe
consigo um grupo de profissionais construtores e a ordem do Rei D. João III para que fizessem
uma “fortaleza de pedra e cal e uma cidade grande e forte... como melhor poder ser”. Com
Tomé de Souza vieram Luiz Dias, “mestre das obras da fortaleza”, Diogo Peres, “mestre
pedreiro”, e Pedro Gois, “mestre pedreiro-arquiteto”, e mais pedreiros, 7 carpinteiros e outros
artífices. Luiz Dias voltou para Portugal em 1551; seu sucessor foi Pedro de Carvalhais,
nomeado “mestre de obras de Salvador”, em julho de 1552.

O primeiro estágio da construção civil no Brasil compreendeu o período da descoberta do país


até o início do século XIX, e teve como característica a ausência de ciência aplicada, atuando
de forma a adequar técnicas advindas de outros países a suas necessidades. Estas técnicas não
se baseavam em conhecimentos teóricos ou pesquisa. Basicamente, as construções eram
“riscadas” e construídas pelo militares que ocupavam as funções de oficiais de engenharia,
pelos mestres portugueses ou por padres com instruções em arquitetura para a edificação de
igrejas.

Segundo Vargas (1994), houve um primeiro estágio – que durou desde a descoberta do país
até o início do século XIX – puramente técnico, com ausência de qualquer ciência aplicada,
limitando-se à adaptação de técnicas trazidas de outros países às condições locais. As técnicas
utilizadas não envolviam conhecimento teórico ou de pesquisa. As obras eram ‘riscadas’ e
construídas por mestres portugueses ou por militares ‘oficiais de engenharia’ ou ainda por
padres instruídos em questões de arquitetura para a construção de mosteiros e igrejas.

O próximo estágio se deu no século XIX, à partir da chegada da corte portuguesa ao Brasil,
acarretando na concepção das escolas militares e de engenharia, que dentre as suas principais
contribuições, se destaca a inserção de teorias e metodologias cientificas para a resolução dos
problemas existentes. Neste período houve uma concentração populacional nos centros
urbanos, impulsionada pela expansão da atividade cafeeira, o que consequentemente, levou a
um a fabricação de moradias para atender a estas pessoas, além de obras de infraestrutura
urbana e criação de passagens para o escoamento da produção. ( FARAH, 1992).

À partir da Proclamação da República, ocorrida em 1889, passaram a surgir várias mudanças


envolvendo os mais diversos setores da sociedade, acarretando assim, em necessidade por
mais engenheiros aptos a solucionar os problemas e necessidades da nova República. (

surgiram muitas mudanças nos mais variados campos, tornando assim necessário a

Após a Proclamação da República, em 1889, ocorreram mudanças em vários setores que


determinaram a necessidade de mais engenheiros para atender às demandas da nascente
República.

O segundo estágio foi motivado pela criação das escolas militares e de engenharia, com a
chegada da corte portuguesa ao Brasil, no século XIX, quando se passou à aplicação de teorias
e métodos científicos aos problemas das técnicas anteriormente estabelecidas. Nessa época, a
produção deixou de ser doméstica e passou a atender ao mercado. Em função da expansão da
atividade cafeeira, houve um adensamento dos centros urbanos, exigindo-se a construção de
moradias, de obras de infraestrutura urbana e a abertura de caminhos para o escoamento da
produção (FARAH, 1992)
A era Vargas, que se inicia a partir de 1930, promoveu profundas mudanças na estrutura de
cidades brasileiras ao iniciar um grande processo de industrialização afim de substituir o, até
então, modelo de importações. Esta modificação no sistema de industrialização veio
acompanhado de um processo de intensa urbanização. (BOTEGA, 2007).

O período Getulista, a partir do ano 1930, modificou profundamente a estrutura das cidades
brasileiras ao dar início a uma grande industrialização baseada no modelo de substituição de
importações, principalmente porque como já vimos, a industrialização vem acompanhada da
urbanização.

Com a chegada do governo JK na década de 50, teve-se início a implantação do Plano de Metas
através do governo federal, de forma que o setor da construção civil se tornou uma atividade
industrial de grande importância para o Brasil, tanto economicamente quanto como
ferramenta social. O Plano de Metas promoveu grandes estímulos para a construção civil por
conta da demanda gerada pelo governo federal, fazendo com que houvesse um aumento no
número de empresas e pessoas empregadas no setor. Em meados de 1960, deu-se início a
criação do Banco Nacional de Habitação, fator decisivo para o setor, pois tratou-se da primeira
instituição a oferecer crédito para a produção imobiliária brasileira, além de ofertar crédito
para a compra das unidades habitacionais.

Até a metade da década de 60, o mercado de edificações residenciais e comerciais era


completamente desregulamentado e não existiam garantias nas transações comerciais. O
estabelecimento do "Memorial de Incorporação", em 1964, e a criação do extinto Banco
Nacional de Habitação, em 66, foram um marco para o setor. O primeiro instrumento
ofertou mais garantias às operações, pois as construções tinham que seguir estritamente o
exposto nos documentos. Estes contêm todas as informações e características referentes
ao empreendimento que será executado. Já o BNH foi importante na medida em que foi a
primeira instituição a oferecer crédito para a produção imobiliária no Brasil. Além disso, a
instituição também ofertava crédito para os adquirentes de unidades habitacionais.

O início da década de 80 começava a dar sinais de que a economia do país iria se estagnar,
impulsionadas por taxas de inflação ascendente, suspensão do crédito à produção e
derrubada no nível de emprego. Observa-se no período de 1990 à 2003 uma escassez de
recursos, sejam estes oficiais ou de iniciativa privada, para a produção e financiamento de
imóveis. No final de 2006 o setor começa a dar sinais de grande expansão, porém,
No final de 2006, o setor começa a dar sinais de grande expansão, de forma que a
demanda que se encontrava reprimida volta a ser atendida em partes do país, porém, este
cenário não se sustenta por muito tempo, pois em 2008 temos início a uma crise que
reduziu a oferta de crédito no mercado. Afim de iniciar um processo de recuperação da
economia, o governo lança o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) no final da
década, que consistia em investimentos na ordem R$500 bilhões em diversas áreas, dentre
estas, a promoção do aceleramento das construções e ampliar o número de unidades
habitacionais nos municípios. Ainda em 2009, o Governo Federal lança o programa de
habitação Minha Casa Minha Vida, que busca atender a população de baixa renda.
(CUNHA, 2012).

Entre 1990 e 2003, praticamente não houve fontes de recursos oficiais ou privadas para
produção e financiamento de imóveis.

Até o começo da década de 80, o mercado operou em equilíbrio, mas com a economia
brasileira já dando sinais de estagnação, e com a taxa de inflação ascendente, foi natural a
suspensão do equilíbrio no setor.

A década de 60 iniciou-se com uma inflação galopante e redução da atividade econômica,


evidenciada pela retração do crescimento do PIB. Fato este que, naturalmente, impactou a
atividade da construção civil, na medida em que o setor é altamente dependente de
crédito para financiar a produção, e no caso das edificações residenciais financiarem o
mutuário. O Plano Trienal idealizado pelo Ministro do Planejamento Celso Furtado
projetava, entre outros objetivos, progressiva redução da pressão inflacionária e
crescimento do crédito ao setor privado. No entanto, o plano fracassou. Em 1964, a
inflação geral atingiu 91,8%. O Brasil vivia uma verdadeira crise econômica e institucional.

Plano de metas – década de 50

construção civil têm queda de 16,5% entre 2014 e 2015 – fonte


https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2017-06/empreendimentos-da-
construcao-civil-tem-queda-de-165-entre-2014-e-2015
Segundo Vargas (1994), houve um primeiro estágio – que durou desde a descoberta do país
até o início do século XIX – puramente técnico, com ausência de qualquer ciência aplicada,
limitando-se à adaptação de técnicas trazidas de outros países às condições locais. As técnicas
utilizadas não envolviam conhecimento teórico ou de pesquisa. As obras eram ‘riscadas’ e
construídas por mestres portugueses ou por militares ‘oficiais de engenharia’ ou ainda por
padres instruídos em questões de arquitetura para a construção de mosteiros e igrejas. A
partir do início do século XVII, predominavam as construções de pedra e cal feitas
artesanalmente, sem nenhum plano formal, às vezes pelo próprio morador ou seus vizinhos e
amigos. As técnicas comumente empregadas nesse período eram pau a pique, adobe ou taipa
de pilão, pedra, barro e, às vezes, tijolo e cal (TELLES, 1984)21. O trabalho era todo manual,
desenvolvido por serventes ou escravos (VARGAS, 1994).

Apesar das tentativas do governo, o crescimento econômico não foi capaz de acompanhar a
oferta de créditos e aumentos nos incentivos. A renda real não foi capaz de crescer na mesma
proporção e em 2012, boa parte das famílias começaram a apresentar um alto índice de
endividamento, que foi se manteve em crescimento até 2015, chegando a comprometer 45%
da renda, de acordo com dados do Banco Central. O setor da construção começou a sentir os
impactos da crise econômica e política, que ganhou maior proporção em 2014, gerando um
inadimplência, crescimento na taxa de juros e menor oferta de créditos. No final de 2016, o
PIB da economia já havia encolhido cerca de 8% em relação ao primeiro trimestre de 2014,
enquanto que o PIB brasileiro recuou 3,3%, o PIB da construção civil chegou a cair 10%,
segundo dados do IBGE. Em 2017, o desempenho do setor começa a melhorar um pouco. No
ano de 2019 foi possível observar condições favoráveis para a retomada de crescimento do
setor, como taxas de juros em patamares menores e inflação sob controle.

o crescimento da economia não acompanhou o aumento dos incentivos e da oferta de crédito. A renda
real não cresceu na mesma proporção e, a partir de 2012, as famílias já começavam a apresentar um
elevado grau de endividamento que aumentou até 2015, chegando a 46% da renda, segundo dados do
Banco Central.

Os fatores determinantes para o crescimento do setor de construção começaram a minar com a crise
econômica e política que se aprofundou no país a partir de 2014, causando inadimplência, aumento das
taxas de juros e contração da oferta de crédito. No fim de 2016, o PIB da economia havia encolhido 8%
em relação ao primeiro trimestre de 2014. Ainda no ano de 2016, enquanto o PIB do Brasil recuou
3,3%, o PIB da construção civil caiu 10% (IBGE).

A partir de 2017, o setor começou a apresentar um desempenho melhor.

O ano de 2019 se inicia reunindo os condicionantes favoráveis ao bom desempenho do setor. As taxas de
juros em patamares baixos tendem a contribuir para a oferta e a demanda de crédito de longo prazo. A
inflação sob controle aumenta o poder de compra da população e a previsibilidade dos custos das
construções.
O

FIRJAN (2014), em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e importantes


lideranças empresariais e acadêmicas do setor da construção civil, investigou as
principais dificuldades relacionadas ao crescimento da competitividade e
produtividade da ICC no Brasil. Dentre as diretrizes apontadas, podem-se destacar
aquelas capazes de aumentar a produtividade e competitividade no setor: melhorar a
capacitação da mão de obra em todos os níveis e intensificar o emprego de modernas
práticas de gestão, métodos racionalizados, industrializados e inovadores de
construção. Os principais resultados obtidos indicam que o crescimento do ramo da
construção civil está diretamente relacionado à situação econômica do país; assim, em
momentos de crise ocorre queda no setor.

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