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HIERARQUIA DAS CIDADES SEGUNDO A IMPORTÂNCIA DAS

FUNÇÕES

As cidades desempenham um papel fundamental como centros organizadores


do território, pois interagem com as suas áreas envolventes, prestando serviços,
distribuindo bens e difundindo ideias e modos de vida. Assim, podem ser consideradas
lugares centrais, (lugar que oferece bens e serviços à sua área envolvente e que, por
isso, atrai a população).
As áreas envolventes da cidade encontram-se sob a sua influência, uma vez que
a população aí se desloca para adquirir bens e serviços ou para trabalhar. Deste modo,
podemos falar da área de influência das cidades, área sobre a qual a cidade exerce a
sua influência, através da oferta de
produtos, serviços e emprego. A extensão
desta área depende do dinamismo
económico, social e cultural da cidade e a
amplitude e intensidade das relações de
interdependência dependem das
características dos produtos e serviços que
a cidade oferece e dos sistemas de

transporte. Mas, como esta área também


presta serviços à cidade e lhe fornece
produtos e mão-de-obra, pode designar-
se por área complementar (fig. 1, Doc. 1).
Os produtos e serviços oferecidos por um lugar central são considerados bens
centrais - só podem ser encontrados em determinados locais, pelo que a população
terá de se deslocar para os adquirir - a que correspondem funções centrais. Ao
contrário, consideram-se bens dispersos os produtos e serviços que são distribuídos,
como a água da rede pública, a electricidade, a ligação à rede telefónica, etc.

Os bens (produtos ou serviços) podem ainda ser classificados segundo a frequência


com que são utilizados, da qual depende o maior ou menor número de lugares onde
podem ser adquiridos Os produtos ou serviços de utilização frequente, que se
encontram com facilidade, constituem bens vulgares (fig. 2), opondo-se aos de
utilização pouco frequente, que se encontram disponíveis apenas em determinados
lugares, considerados bens raros (fig.3), geralmente especializados ou muito
especializados.

É possível estabelecer uma hierarquia dos lugares centrais, de acordo com o


tipo de bens e funções que oferecem. No nível superior encontram-se os lugares que
oferecem bens e funções mais raros, com uma área de influência mais vasta. No nível
inferior estão os lugares que oferecem sobretudo funções e bens vulgares, cuja área
de influência é menor (fig. 4).

As cidades, sendo lugares


centrais, podem ser hierarquizadas
de acordo com os bens e as
funções que oferecem. Uma forte
concentração de funções de nível
superior num pequeno número de
cidades denota um desequilíbrio
da rede urbana.
A rede urbana nacional no contexto europeu

Em muitos países europeus, a rede urbana apresenta um maior equilíbrio do


que em Portugal, quanto à dimensão demográfica, repartição espacial e ao nível de
bens e funções que as cidades oferecem (figs. 5 e 6).

Alguns países europeus apresentam sistemas urbanos policêntricos, pois a


população urbana distribui-se por um maior número de aglomerações, ao contrário
do nosso, onde, como vimos, existe uma grande concentração populacional nas duas
áreas metropolitanas, sobretudo na de Lisboa. Noutros países, a repartição dos
centros urbanos no território é também mais equilibrada.
Desequilíbrios a atenuar
O acentuado desequilíbrio da rede urbana portuguesa evidencia-se:

Pela dimensão dos centros urbanos - predomínio de pequenos núcleos


urbanos, fraca representatividade das cidades de média dimensão e dois
grandes centros urbanos: Lisboa e Porto;

Pela repartição geográfica - forte concentração urbana no Litoral, onde


sobressaem as áreas metropolitanas;

Pelo nível de funções - predomínio das funções de nível superior e das


restantes funções urbanas nas principais áreas urbanas do Litoral, com
destaque para Lisboa e Porto.

O sistema urbano nacional apresenta, assim, uma clara bipolarização - predomínio de


duas cidades de nível hierárquico superior, Lisboa e Porto, que estendem a sua
influência a todo o País.

O desequilíbrio da rede urbana nacional é, simultaneamente, causa e efeito das


assimetrias regionais que caracterizam o nosso País e, apesar do reforço demográfico e
funcional das cidades de média e pequena dimensão, tende a persistir. Tem como
principais consequências:

A redução da capacidade de inserção das economias regionais na economia


nacional;
A limitação das relações de complementaridade entre os diferentes centros
urbanos e, como tal, do dinamismo económico e social;
A limitação da competitividade nacional no contexto europeu e mundial, pela
perda de sinergias que uma rede urbana equilibrada proporciona.

Um maior equilíbrio da rede urbana nacional possibilita uma maior coesão territorial
e social, daí a importância das políticas de ordenamento urbano, que poderão
promover o desenvolvimento regional pela adopção de medidas que:

Potencializem as especificidades de cada região;


Facilitem a coordenação de acções ao nível da administração local;
Reforcem a complementaridade entre os diferentes centros urbanos;
Permitam desenvolver cidades e sistemas urbanos do Interior que funcionem
como pólos regionais de desenvolvimento.

Rodrigues Arinda et tal, Geografia A 11ºAno, Texto Editores (adaptado)


Rodrigues Arinda, Preparar o Exame Nacional – Geografia A, Texto Editores (adaptado)
Mota Raquel e tal, Geo 11, Plátano Editora (adaptado)

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