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Autos: 238-05.2012.6.05.0049
Representante: Coligação “Juntos somos mais fortes” e outros
Representados: HENIO LUCAS SANTOS CARDOSO e outros
Sentença
Vistos etc..
O MP apresentou seu memorial final (fl. 166) indicando que há “forte probabilidade de que
os representados estiveram na inauguração”, mas sem lastro para que se “valeram desse
fato para fazer campanha política ou promoção pessoal”, opinando pela improcedência do
feito.
É o relatório.
Entendo por repelir a alegação de cerceamento de defesa(fl. 146), já que da decisão judicial
tomada em audiência não existiu irresignação da parte autora, sendo que observo que
naquele momento e nos memoriais finais sequer foi indicado o rol dos substitutos, ausente
na audiência e incompleto nos memoriais finais(fl. 147): (...)Em tendo sido a matéria objeto de
decisão interlocutória, inviável o seu reexame pelo próprio Juízo quando da prolação da sentença.
(...)Infundada, também, a arguição de nulidade do feito por subversão da ordem processual, porquanto além
de não ter sido alegada no momento oportuno, não demonstrou o recorrente o efetivo prejuízo que teria
advindo em decorrência da colheita de prova testemunhal antes da realização da perícia. Rejeitadas. (...)(TRE-
BA. RECURSO ELEITORAL nº 7196, Acórdão nº 289 de 25/04/2006, Relator(a) ELIEZÉ BISPO DOS
SANTOS, Publicação: DPJBA - Diário do Poder Judiciário da Bahia, Data 05/05/2006, Página 55)
A situação provada pelos documentos, fotos e vídeos colacionados pela parte autora – não
negada pela parte ré - é que os representados estiveram nas cercanias do local dos eventos,
ainda que antes, durante ou após os atos solenes. O que as provas não sustentam é a
utilização do ato em benefício de suas candidaturas ou que tenham se comportado de forma
a usufruir do referido ato. A testemunha da parte autora, inclusive, relata que nenhum dos
representados adentrou no espaço interno do Posto de Saúde, local em que ocorria o ato
solene: “que a inauguração aconteceu dentro do posto (…) que não viu nenhum dos
representados entrar no posto”(fl. 128). O que se deflui dos autos é que não se provou que
os representados se beneficiaram durante a realização do ato inauguratório, quer sendo
citados, quer tendo posição de relevo ou mesmo executando atos de campanha.
P.R.I.