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FACULDADE DE GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS E MINERALOGIA

CURSO: DIREITO
CADEIRA: CIÊNCIA POLITICA

Trabalho em Grupo

Tema do Trabalho:

 Sociedade Civil e Opinião Pública

Discentes:

 Amílcar Leonado Magenge


 Diogo Dias Salane
 Ermilda Sakambuera
 Leonor Alice Zunguene
 Pikilina João Cardoso

Docente: Dr. Jacques Kazadi

Tete, Maio de 2018


Universidade Católica de Moçambique Licenciatura em Direito

Índice

Introdução ................................................................................................................................ 3

Concepção de Sociedade Civil ................................................................................................ 4

O papel estratégico da Sociedade Civil ................................................................................... 6

Opinião Pública ....................................................................................................................... 6

Opinião Pública no âmbito de Ciência Politica ....................................................................... 7

Conclusão ................................................................................................................................ 9

Referência Bibliográfica ........................................................................................................ 10

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1. Introdução
Este estudo sobre “Sociedade Civil e Opinião Pública” é vinculado ao trabalho de pesquisa levado
realizado pelo 5º Grupo de Cadeira de Ciência Política do curso de Direito, na Universidade Católica de
Moçambique.

O objecto do presente trabalho, é discutir em torno da Sociedade Civil e Opinião Publica no âmbito de
Ciência Política, buscando compreender sobre até que ponto a sociedade civil pode contribuir de forma
positiva na construção de um Estado melhor e qual seria a importância da Opinião Pública nesse
processo.

Para atingir esse objectivo, procuramos trazer a tona os principais conceitos que tangem este assunto,
trazendo ideias e pensamentos de grandes figuras que devido as suas contribuições intelectivas nos
legaram no âmbito de filosofia e política.

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2. Concepção de Sociedade Civil


Sociedade Civil é um conceito bastante discutido ao longo da história da humanidade, sendo que
a sua compreensão nos remete a consultar obras de diversos autores, muitos deles clássicos.

Porém, antes de discutir sobre sociedade civil como tal, importa-nos apresentar as definições de
Sociedade e de Civil separadamente.

2.1. Sociedade

BONAVIDES (2012) define Sociedade em dois âmbitos: mecanicista e organicista. Sendo que,
na teoria mecanicista defende que a “Sociedade é o grupo derivado de um acordo de vontades, de
membros que buscam, mediante o vínculo associativo, um interesse comum impossível de obter-
se pelos esforços isolados dos indivíduos.” O que significa que por sociedade refere-se a um
grupo de indivíduos que se une por uma determinada causa para empreenderem os seus esforços
de forma coletiva para alcançar os seus objectivos individuais que sem essa união, não os
alcançariam. Na teoria organicista, define sociedade como “o conjunto de relações mediante as
quais os vários indivíduos vivem e atual solidariamente em ordem a formar uma entidade nova e
superior.”

2.2. Civil

O termo civil é oriundo do latim “civilis”, genitivo de “civis”, que significa "cidadão". Segundo
o Direito internacional humanitário apud site SignificadosBr, por civil diz-se respeito à todas
aquelas pessoas que não fazem parte das forças armadas do seu país, ou seja, que não são
militares.

2.3. Sociedade Civil

Tendo definido os conceitos Sociedade e Civil de forma separada, sentimo-nos aptos a definir o
conceito Sociedade Civil como sendo um conjunto de pessoas intituladas cidadãos que não
emanam do Estado nem são por ele determinadas, que se juntam de forma voluntária e sinérgica
de modo a alcançarem objectivos identificados por eles como sendo de bem comum.

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Segundo FONTES, a categoria de sociedade civil nasce com o mundo burguês, vinculado ao
conceito de Estado. E navegando sobre os contratualistas, que defendiam a existência de um
acordo firmado entre os diferentes membros de uma sociedade, que se unem com o intuito de
obterem as vantagens garantidas a partir da ordem social, podemos compreender que nesse
acordo surgem uas categorias como sustenta PONTES, que são: uma sociedade política e uma
sociedade civil.

A sociedade política seria constituída pelas instituições do poder soberano (os


órgãos do Estado), enquanto a sociedade civil seria a base da vida social.
Introduz-se uma cisão insuperável entre o Estado e a sociedade: a sociedade seria
'natural', enquanto o pacto seria uma convenção a ser administrada; a sociedade
civil seria o local da vida privada, enquanto a sociedade política se regeria por
imperativos distintos (vida, segurança, propriedade, ordem e defesa externa
constituiriam a razão de Estado); finalmente, e sua derivação mais problemática,
o pacto, embora resulte de uma ação humana, não poderia por ela ser rompido,
sob o risco de imediato retorno à barbárie (ou violência). PONTES

Os contratualistas (Hobbes, Rousseau e Locke) consideravam a sociedade civil como o reino da


ordem sobre um Estado de natureza organizado e governado pela vontade coletiva, pelo Estado.

Para Marx e Engels A sociedade civil e o Estado são antíteses, pois a sociedade civil é toda vida pré-
estatal, Hegel em especial, definia a sociedade civil como o desenvolvimento das relações econômicas,
que precede e determina a organização e as estruturas políticas. Diz CARNOY (1988)

Podemos compreender ainda mais este conceito, relacionando-o ao estado, conforme


elucidou Gramsci apud CARNOY (1988):

Podemos, para o momento, fixar dois grandes "níveis" superestruturais: o


primeiro pode ser chamado de "sociedade civil", isto é, o conjunto dos
organismos vulgarmente denominados "privados"; e o segundo, de "sociedade
política" ou do "Estado". Esses dois níveis correspondem, de um lado, à função
de "hegemonia", que o grupo dominante exerce em toda sociedade; e, de outro, à
"dominação direta" ou ao comando, que é exercido através do Estado e do
governo "jurídico".

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Segundo os Teólogos, o termo sociedade civil é usado para distinguir a esfera temporal da
espiritual, mantendo-se intocada a reserva de poder da igreja.

2.4. O papel estratégico da Sociedade Civil


A democracia se desenvolveu e se expandiu significativamente pelos últimos 20 anos e tudo isso,
pela ação de uma sociedade civil vibrante e participativa, contudo, em sua multiplicidade, as
ONGs, o a movimentos sociais, fundações e institutos, ampliadas por inúmeras redes captam e
mandam vozes como soluções inovadoras fazendo com que influenciem a opinião pública
deixando ficar que este crescente protagonismo da sociedade civil é expressão de capacidade dos
cidadãos agirem por sí mesmos e a lógica da sociedade civil é a da liberdade, diversidade e
autonomia. As iniciativas são tão variadas quanto as questões sociais e a energia de quem se
mobiliza em torno delas. Na sociedade civil, não é preciso pedir licença a alguém para poder agir
tão-pouco há hierarquia pré-estabelecida de propriedades

O poder da sociedade civil é de uma natureza clara, de experimentar, inovar, influir e persuadir.
Em regime autoritário, a sociedade civil não é de carácter hegemónica, ou seja, não é um mundo
do bem guiado por valores ou mesmo ideias em contraposição aos males do Estado e do
Mercado sua face mais visível é a de um conjunto de organizações e movimentos, mas é bem
mais que nessa vertente organizacional a sociedade civil pode se dar ao caso de estar organizada
de ideias inconstrutíveis quando nos damos conta de três fenômenos que caracterizam a
sociedade contemporânea, eis a seguir alguns aspectos:

 A afirmação como ator social de um novo indivíduo capaz de pensar e decidir pela
própria serenidade;
 O protagonismo crescente de uma opinião pública que se informa, influi, delibera,
toma posições:
 A abertura pela sociedade e pelas novas tecnologias de informação de um ambiente
inédito para a formação de opiniões, comunicação.

3. Opinião Pública
Segundo VIA apud OLICSHEVIS (2006), a opinião é um conjunto de crenças a respeito de
temas controvertidos ou relacionados com interpretação valorativa ou o significado moral de
certos fatos. AUGRAS, idem, explica que “a opinião é um fenômeno social. Existe apenas em

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relação a um grupo, é um dos modos de expressão desse grupo e difunde-se utilizando as redes
de comunicação do grupo.

A opinião pública é considerada como uma expressão de participação popular na execução e


crítica de uma determinada sociedade. Referimos com exatidão que a opinião pública é
designada como senso comum em que se inserem as ideias consideradas corretas pela maior
parte da sociedade que se seguem um padrão moral subjacente a sua cultura.

Segundo SCHAEFFLE apud BONAVIDES (2012), a opinião pública é “a reação juridicamente


informe das massas ou de camadas individuais do corpo social contra a autoridade”

Exemplo: Se houver um acto na qual o Governo praticou e o mesmo incomoda a população


dissemos que a “opinião pública” está contra a decisão do Governo podendo significar que a
“sociedade civil” geralmente através dos meios de comunicação expressará sua posição em prol
dos actos referidos.

Desta forma, podemos chegar ao consenso de que a opinião pública é por outra o comportamento
que a maioria de uma sociedade toma em relação a algum assunto que seja construtivo ou
inconstrutivo para uma sociedade.

Opinião Pública no âmbito de Ciência Politica


No século XVIII, a opinião pública entra a constituir um capítulo da Ciência Política. Quem o
abre, com a energia aforismática de seu pensamento, é Rousseau. Diz BONAVIDES (2012).

Ainda segundo BONAVIDES (2012):

Tivera já precursores ilustres: Maquiavel, Locke, Montaigne e Pascal. Mas


nenhum concedera à opinião o lugar que lhe determina Rousseau na sociedade
política, de “lei gravada menos no mármore ou no bronze do que no coração dos
cidadãos”, nem por outra parte empregara o termo com o rigor e acuidade que se
observa nas reflexões do filósofo do Contrato Social.

Ao discutir sobre opinião pública no âmbito de Ciência Política, estaríamos a trazer a tona o
processo de intervenção da sociedade civil no que concerne às políticas instituídas pelo Estado e
como dizia Rosseau apud BONAVIDES (2012), a opinião pública faz a “verdadeira constituição
do Estado”.

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São diversos os pensadores políticos e estadistas que defendem a opinião pública como a a mais eficaz
forma de presença indireta do corpo social na formação da vontade política tais como Hegel ao defender
que a opinião pública contém em si os princípios substanciais eternos da justiça, o verdadeiro conteúdo e
o resultado de toda a constituição, da legislação e da vida coletiva em geral. Outra figura incontornável
que abordou a favor deste aliciante tema, é Pascal quando este proclamava a opinião pública “rainha do
mundo”. E Descartes, apud BONAVIDES (2012), proferiu as seguintes palavras acerca da opinião
pública: “a opinião governa o mundo”

Em suma, a opinião pública desempenha um papel crucial na formação de uma vida política
saudável, pois é através desta que o Estado conhece e busca satisfazer os anseios da sociedade da
sociedade civil.

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4. Conclusão
Compreendemos após a pesquisa deste tema, que a sociedade civil está intimamente ligada ao
estado e quando organizada pode exercer um papel crucial na participação política, ao canalizar
demandas dos cidadãos comuns em formas de pressão sobre o sistema político. E que é através
da opinião pública que o estado melhora as suas politicas conforme apresentamos ao longo do
desenvolvimento do presente trabalho.

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5. Referência Bibliográfica
 BOBBIO, N. (1987). O conceito de sociedade civil. Rio de Janeiro: Graal.
 BOBBIO, N. (1983) Dicionário de política, Brasília: UnB
 DANILO, H .J. (1990). Dicionário básico de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
 BONAVIDES, P. (2012). Ciência Política. 19ª ed. São Paulo: Malheiros,
 Significado de Civil. Disponível em: https://www.significadosbr.com.br/civil. Acesso
em 29 de Maio de 2018
 PONTES, V. Sociedade Civil. Disponível em:
http://www.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/socciv.html Acesso em 30 de Maio de
2018
 OLICSHEVIS, G. (2006). Mídia e Opinião Pública. Disponivel em:
https://revistas.ufpr.br/vernaculo/article/download/20423/13603 Acesso 30 de Maio de
2018
 CARNOY, M. (1988). Estado e Teoria política. 2ª ed. Campinas: Papirus

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