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1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 2
14 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 45
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
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2 O QUE SÃO ASPECTOS COGNITIVOS DA APRENDIZAGEM?
O que é cognição?
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conduzir o estudante em questão a ser participativo durante as aulas, pois alguma
parte da cognição pode se encontrar em déficit.
Não são poucas as vezes que a linguagem verbal pode apresentar algumas
carências em detrimento de algumas funções executivas da mesma criança. Para ficar
mais esclarecido, vale reiterar também que a depender do grau do transtorno e até
mesmo do tempo em que o pequeno recebe as intervenções de especialistas, dois
estudantes com TEA podem manifestar sinais completamente diferentes. Importante
reiterar que esse aspecto é único e que cada pessoa apresenta uma determinada
característica.
Sendo assim, podemos dizer que a aprendizagem no autismo tem como marca
o aspecto fragmentado. Isso significa que o raciocínio de uma criança com TEA pode
não completar diferentes partes de um todo, na maior parte. Isso não é algo integral,
o que pode ser notado também pela tendência desse público específico a preferir
atividades que apostam mais na rotina e aquelas que são completamente repetitivas.
A cognição e o cérebro
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3 A IMPORTÂNCIA DA PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL
Fonte: domboscoead.com.br
O que é psicopedagogia
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com essa habilitação contrata-o em sua clínica cabendo ao mesmo se deslocar a
escola para uma avaliação de um respectivo aluno ou grupo de alunos.
Já o psicopedagogo institucional trabalhará semelhante ao clínico pois os
processos são os mesmos, o diferencial é que a resolução dos problemas da
aprendizagem se dará em um espaço mais coletivo, assim sendo qualquer empresa,
loja, instituição, hospital entre outros locais é uma instituição onde poderá trabalhar,
desta forma o trabalho do psicopedagogo na escola segundo Bossa (2007) é
necessário, pois, no primeiro nível o psicopedagogo atua nos processos educativos
com o objetivo de diminuir a “frequência dos problemas de aprendizagem”. Seu
trabalho incide nas questões didático-metodológicas, bem como na formação e
orientação de professores, além de fazer aconselhamento aos pais. No segundo nível
o objetivo é diminuir e tratar dos problemas de aprendizagens já instalados. Para tanto
cria-se plano diagnóstico da realidade institucional, e elaboram-se planos de
intervenção baseados nesses diagnósticos a partir do qual se procura avaliar os
currículos com os professores, para que não se repitam tais transtornos. No terceiro
nível o objetivo é eliminar transtornos já instalados em um procedimento clínico com
todas as suas implicações. O caráter preventivo permanece aí, uma vez que ao
eliminarmos um transtorno, estamos prevenindo o aparecimento de outros.
Em se tratando da escola o psicopedagogo tem como foco trabalhar com o
aluno, o pedagogo, orientadores e professores. Para (SANTOS, 2011, p. 02), o
trabalho na instituição escolar apresenta duas naturezas: O primeiro diz respeito a
uma psicopedagogia voltada para o grupo de alunos que apresentam dificuldades na
escola. O seu objetivo é reintegrar e readaptar o aluno à situação de sala de aula,
possibilitando o respeito às necessidades e ritmos. Tendo como meta desenvolver as
funções cognitivas integradas ao afetivo, desbloqueando e canalizando o aluno
gradualmente para a aprendizagem dos conceitos conforme os objetivos da
aprendizagem formal. O segundo tipo de trabalho refere-se à assessoria junto a
pedagogos, orientadores e professores. Tem como objetivo trabalhar as questões
pertinentes às relações vinculares professor-aluno e redefinir os procedimentos
pedagógicos, integrando o afetivo e o cognitivo, através da aprendizagem dos
conceitos e as diferentes áreas do conhecimento.
Assim sendo o Psicopedagogo tem como instrumento de trabalho: a atenção
concentrada, a capacidade de tomada de decisão. As tais, são habilidades que a
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pessoa humana precisa ter e se não tem deve-se analisar os porquês, ou seja, pode
ser uma dificuldade por parte do aluno para expressar aquilo que ele sabe, tomar uma
decisão e usar o conhecimento de uma maneira mais rápida são qualidades a serem
desenvolvidas no processo de intervenção do psicopedagogo.
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Diante disso, quando ocorre a mal formação, distúrbio ou interrupção do
cérebro, medula nervosa e nos nervos, prejudica os estímulos e consequentemente a
aprendizagem. O desenvolvimento mental da criança é gradativo e vai progredindo e
a educação contribui para sua capacidade do desenvolvimento cognitivo, afetivo e
social.
Fonte: br.guiainfantil.com
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ressaltar também, a cerca da dimensão cognitiva que se trata do desenvolvimento das
funções cognitivas que permitem a pessoa realizar movimentos, ou seja, o domínio
das relações espaciais e simbólicas.
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anteriores, isto é indispensável, e desta forma estará estimulando o raciocínio
dedutivo do aluno.
Compreende-se que nos dias atuais os estudantes não devem apenas fazer
operações, mas também passem e comecem a raciocinar acerca destes. Os discentes
devem participar e os jogos e problemas devem motivá-los a buscar soluções. O
docente precisa usar de estratégias adequadas que aguce a curiosidade do aluno e
assim ajudá-los a chegar ás respostas.
A linguagem das operações matemáticas ou termos usados nas operações
devem ser compreendidos pelos alunos, a compreensão é de suma importância,
assim, como associar essa linguagem aos processos. Deve haver também a
organização de espaço e tempo, pois algumas crianças com dificuldade de
organização espaço-temporal apresentam erros na resolução de operações
matemáticas. Há algumas áreas que podem interferir na aprendizagem da matemática
como:
• Perseverança: alunos que apresentam dificuldades em pensar mentalmente;
• Habilidades espaciais: dificuldade em relações espaciais, distância, relações
de tamanho, e formas de sequencia;
• Linguagem: dificuldade em compreender termos matemáticos como primeiro,
último, seguinte, maior que, menor que, etc;
• Memória: dificuldade de relembrar informações que lhes foram apresentadas;
• Processamento perceptivo: dificuldades nessa área podem apresentar
problemas na leitura e escrita de quantidades, na realização de operações e
às vezes na resolução de problemas.
Compreende-se, que a aprendizagem é uma sequencia de eventos internos
que representa o processamento das informações e, por conseguinte, na construção
do conhecimento por meio da organização, estruturação e compreensão das
informações, estas características possuem um significado ativo, construtivo,
cognitivo, além da interação entre o sujeito e a tarefa para que haja uma aprendizagem
significativa.
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5 O PSICOPEDAGOGO E OS DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM
Fonte: understood.org
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com respeito à importância da prevenção e da intervenção psicopedagógica, mas
enfatizam também que não podemos ignorar a fase que precede a essas ações.
A Psicopedagogia sendo um trabalho preventivo e terapêutico, não deixa de
resultar em um trabalho teórico. Ou seja, tanto na prática preventiva como clínica, o
profissional procede sempre embasado no referencial teórico adotado. Acreditamos
que a teoria poderá contribuir para tal referencial por se atentar ao desempenho das
crianças em idade escolar.
No pensar de Pain (2014, p. 93) O problema de aprendizagem não é um termo
para referência de um único distúrbio, mas a uma ampla gama de problemas que
afetam o rendimento e a vida escolar do aluno. É atribuído a várias causas e aspectos
diferentes que podem prejudicar o funcionamento cerebral. Às vezes, as dificuldades
de aprendizagem são tão sutis que essa criança não parece ter problema, mas podem
apresentar uma inteligência na média ou superior e serem excepcionais em algumas
áreas.
Bossa (2014, p. 64) afirma que: “Os distúrbios de aprendizagem são
compreendidos como termo utilizado para explicar comprometimento neurológico que
interferem na percepção e no processamento de informações pelo aluno impedindo
sua aprendizagem.” Já Pain (2014, p. 65) considera a dificuldade para aprender como
um sintoma, que cumpre uma função positiva tão integrativa como o aprender, e que
pode ser determinado por:
• Fatores orgânicos: relacionados com aspectos do funcionamento anatômico,
como o funcionamento dos órgãos dos sentidos e do sistema nervoso central;
• Fatores específicos: relacionados à dificuldades especificas do individuo, os
quais não são passíveis de constatação orgânica, mas que se manifestam na
área da linguagem ou na organização espacial e temporal, dentre outros;
• Fatores psicógenos: é necessário que se faça a distinção entre dificuldades de
aprendizagem decorrentes de um sintoma ou de uma inibição. Quando
relacionado a um sintoma, o não aprender possui um significado inconsciente;
quando relacionado a uma inibição, trata-se de uma retração intelectual do ego
ocorrendo uma diminuição das funções cognitivas que acaba por acarretar os
problemas para aprender;
• Fatores ambientais: relacionados às condições objetivas ambientais que
podem favorecer ou não a aprendizagem do indivíduo.
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Destaca-se assim que um indivíduo com dificuldades de aprendizagem não
apresenta necessariamente baixo ou alto QI, significa apenas que ele está
trabalhando abaixo da sua capacidade devido a um fator com dificuldade, em áreas
como, por exemplo, o processamento visual ou auditivo. As dificuldades de
aprendizagem normalmente são identificadas na fase de escolarização, por
profissionais como psicólogos, através de avaliações específicas de inteligência,
conteúdos e processos de aprendizagem (SOARES, 2014, p. 43).
De modo geral, a criança com dificuldades de aprendizagem, apresenta uma
linha desigual em seu desenvolvimento, dificuldades de aprendizagem não são
causadas por pobreza ambiental e/ ou por atraso mental ou transtornos emocionais.
Portanto, Fonseca (2015) diz que a criança com dificuldade da aprendizagem
não deve ser “classificada” como deficiente, e sim como uma criança normal que
aprende de uma forma diferenciada, a qual apresenta uma discrepância entre o
potencial atual e o potencial esperado. Não pertencendo a nenhuma categoria de
deficiência, não sendo sequer uma deficiência mental, pois possui um potencial
cognitivo que não é realizado em termos de aproveitamento educacional.
O risco está em não se detectar esses casos, não se proporcionar, no
momento propício, às intervenções pedagógicas preventivas nos períodos de
maturação. Se não detectados cedo, a escola pode influenciar e reforçar a
inadaptação, culminando, muitas vezes, mais tarde, no atraso mental, na delinquência
ou em sociopatias.
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modalidade particular de atuação para a situação em estudo, o que significa que não
há procedimentos predeterminados. Para Sanchez (2014, p. 54) a atuação do
psicopedagogo tem como objeto central de estudo em torno do processo de
aprendizagem humana: seus padrões evolutivos. Para Polity (2016, p. 85) “[...] seus
padrões evolutivos normais e patológicos bem como a influência de meio (família,
escola, sociedade) no seu desenvolvimento.” A Psicopedagogia estuda o ato de
aprender e ensinar, levando sempre em conta as realidades interna e externa da
aprendizagem, tomadas em conjunto. E, mais, procurando estudar a construção do
conhecimento em toda a sua complexidade, procurando colocar em pé de igualdade
os aspectos cognitivos, afetivos e sociais que lhe estão implícitos.
Complementando o pontuado acima, Scoz et al., (2014) afirma que o
psicopedagogo estuda o processo de aprendizagem e suas dificuldades, e numa ação
profissional, deve englobar vários campos do conhecimento, integrando-os e
sintetizando-os. E de acordo com Bossa (2014, p. 59) o campo de atuação do
psicopedagogo refere-se não apenas o espaço físico onde se dá esse trabalho, como
também ao espaço epistemológico que lhe cabe, ou seja, o lugar deste campo de
atividade e o modo de abordar o seu objeto de estudo.
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subjetivas do aprender, mas avalia a possibilidade do sujeito, a disponibilidade afetiva
de saber e de fazer, reconhecendo que o saber é próprio do sujeito.
Então, Fernández (2013, p. 62) acrescenta que: A “escuta” da psicopedagogia
não se situa no aluno, no professor, na sociedade ou família, e sim nas múltiplas
relações entre eles. Em direção a uma síntese preliminar, a atuação do
psicopedagogo, refere-se ao estabelecimento do marco fundante da ação terapêutica
– a definição do universo da relação clínica – e que, portanto, englobam elementos
como tempo, lugar, frequência, duração, material de trabalho e estabelecimento da
atividade, nessa modalidade de tratamento que tem como objetivo, sempre, solucionar
os problemas de aprendizagem. Podemos observar que, a atuação do psicopedagogo
busca ter, uma visão integrada e integradora da aprendizagem humana, considerando
seus padrões evolutivos normais e patológicos, bem como as influências do meio
social (família, escola e sociedade), determinantes do seu desenvolvimento.
O trabalho clínico do Psicopedagogo tem função preventiva na medida em que,
ao tratar determinados problemas, pode prevenir o aparecimento de outros bem como
amenizar ou sanar os já existentes. O psicopedagogo verifica as características da
família, da escola, ou até mesmo do professor, pois, eles podem ser a causa
desencadeante do problema de aprendizagem.
Assim, essas características que constituem a causa problemática influenciam
também na forma de abordagem do profissional. Ainda que o psicopedagogo
desejasse, seria impossível negar a família, a escola, o professor ou mesmo a
comunidade. Na opinião de Fernández (2013) e Paín (2014), sobre o exposto acima,
as autoras consideram que: O problema de aprendizagem pode ser gerado por causas
internas ou externas à estrutura familiar e individual, ainda que sobrepostas. Os
problemas ocasionados pelas causas externas são chamados por essas autoras de
problemas de aprendizagem reativos, e aqueles cujas causas são internas à estrutura
de personalidade ou familiar do sujeito denominam-se inibição ou sintoma – ambos
os termos emprestados da Psicanálise.
Para resolver o fracasso escolar, quando provém de causas ligadas à estrutura
individual e familiar da criança, vai ser requerida uma intervenção psicopedagógica
especializada. Para procurar a remissão desta problemática, deveremos apelar a um
tratamento psicopedagógico clínico que busque libertar a inteligência e mobilizar a
circulação patológica do conhecimento em seu grupo familiar (FERNÁNDEZ, 2013).
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Nessa Perspectiva Weiss (2015, p. 70), afirma que a prática psicopedagógica
deve considerar o sujeito como um ser global, composto pelos aspectos orgânico,
cognitivo, afetivo, social e pedagógico.
Fonte: br.pinterest.com
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Neste sentido, Fernandez (2015, p. 86) afirma que as contribuições da
Psicopedagogia, vão muito mais além do que saber ler e escrever, a criança deve
trazer consigo vivencias de seu espaço social e ao chegar à sala de aula estará se
comunicando com outras crianças e outras vivências diferentes das suas, onde haverá
interação simultânea e aprendizagem de uma com a outra.
Por isso, é de suma importância haver uma interação entre família e escola,
professor conhecendo os pais ou responsáveis e vice-versa. É importante ressaltar
que a confiança que os pais devem adquirir na escola e no professor são fundamentais
para que os pais se sintam mais seguros e confortáveis em deixar o filho na instituição.
É a escola, indubitavelmente, a principal responsável pelo grande número de
crianças encaminhadas ao consultório por problemas de aprendizagem. Assim é
extremamente importante que a Psicopedagogia dê a sua contribuição à escola, seja
no sentido de promover a aprendizagem ou mesmo tratar de distúrbios nesse
processo (PAÍN, 2014, p. 62). Portanto, seja o campo de atuação do psicopedagogo,
a saber, clínico ou institucional, visa promover uma compreensão integral da criança
e do contexto escolar que ela está inserida, proporcionando o desenvolvimento da
mesma, tanto individualmente como no coletivo, sob uma perspectiva interventiva e
preventiva. Para respaldar essa informação, nos estudos de Vallet (2015, p. 105), o
autor afirma que: Sob esta ótica o psicopedagogo vem atuando com muito sucesso
nas Instituições Escolares, onde o seu papel principal é o de analisar os fatores que
favorecem, intervém ou prejudicam uma boa aprendizagem em uma instituição.
Propõe e ajuda o desenvolvimento dos projetos favoráveis a mudanças. Pode-se
verificar que, o objetivo do psicopedagogo é o de:
Conduzir a criança ou a Instituição a reinserir-se, reciclar-se numa escolaridade
normal e saudável, de acordo com as possibilidades e interesses dela; Promover a
aprendizagem, garantindo o bem estar das crianças em atendimento profissional,
valendo-se dos recursos disponíveis, incluindo a relação Inter profissional; Atender as
crianças que apresentem dificuldades para aprender por diferentes causas, estando
assim, inadaptados social ou pedagogicamente; Encorajar a criança que aprende à
tornar-se cada vez mais autônomo em relação ao meio, em interagir com os colegas
e resolver os conflitos entre eles mesmos; a ser independente e curioso; a usar
iniciativa própria; Ter confiança na habilidade de formar ideias próprias das coisas; a
exprimir suas ideias com convicção e conviver construtivamente com medos e
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angústias. O Psicopedagogo é um profissional que tem muito a ensinar sobre o vínculo
professor/aluno, professor/escola e sua incidência na construção do conhecimento e
na constituição subjetiva de alunos e educadores.
Atualmente, a Psicopedagogia trabalha com uma concepção de aprendizagem
segundo a qual participa desse processo um equipamento biológico com disposições
afetivas e intelectuais que interferem na forma de relação do sujeito como meio, sendo
que essas disposições influenciam e são influenciadas pelas condições socioculturais
do sujeito e do seu meio. Por tudo isso, o psicopedagogo deve ser um profissional que
tenha conhecimentos multidisciplinares, pois sua atuação é um processo de avaliação
diagnóstica, e é necessário estabelecer e interpretar dados em várias áreas.
O conhecimento dessas áreas fará com que o profissional psicopedagogo
compreenda o quadro diagnóstico do aprendente e com isso, favorecerá a escolha da
metodologia mais adequada, ou seja, o processo corretor, com vista à superação das
dificuldades do aprendente. Ao finalizarmos a temática, ratificamos que área de
conhecimento multidisciplinar do profissional Psicopedagogo busca compreender
como ocorrem os processos de aprendizagem e entender as possíveis dificuldades
situadas neste movimento.
De forma semelhante Soares (2014, p. 123) destaca que: A Psicopedagogia
estuda o ato de aprender e ensinar, levando sempre em conta as realidades interna e
externa da aprendizagem, tomadas em conjunto. E, mais, procurando estudar a
construção do conhecimento em toda a sua complexidade, procurando colocar em pé
de igualdade os aspectos cognitivos, afetivos e sociais que lhe estão implícitos. Já
para Scoz et al., (2014) o psicopedagogo estuda o processo de aprendizagem e suas
dificuldades, e numa ação profissional deve englobar vários campos do conhecimento,
integrando-os e sintetizando-os. Enfatiza Bossa (2014, p. 32) que o campo de atuação
do psicopedagogo refere-se não apenas ao espaço físico onde se dá esse trabalho,
como também ao espaço epistemológico que lhe cabe, ou seja, o lugar deste campo
de atividade e o modo de abordar o seu objeto de estudo.
Observa Fonseca (2014, p. 77) que: O diagnóstico precoce do transtorno de
aprendizagem é um ponto fundamental para a superação das dificuldades escolares.
Para o mesmo autor o psicopedagogo tem a função de orientar os educadores e pais
sobre a melhor forma de lidar com a criança, direciona a elaboração de programas de
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reforço escolar e a adoção de estratégias clínicas e/ou educacionais que auxiliam a
criança no desenvolvimento escolar.
É preciso, também, que o psicopedagogo saiba o que é ensinar e ainda, o que
é aprender; como interferem os sistemas e métodos educativos; os problemas
estruturais que intervêm no surgimento dos transtornos de aprendizagem e no
processo escolar, devem fundamentar a constituição de uma teoria psicopedagógica.
Ora, nenhuma dessas áreas surgiu especificamente para responder à problemática
da aprendizagem humana. Elas, no entanto, nos fornecem meios para refletir
cientificamente e operar no campo psicopedagógico.
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Segundo Fernández (1991, p.87) “o jogo do saber-não-saber, conhecer-
desconhecer e suas diferentes articulações, circulações e mobilidades, próprias de
todo ser humano ou seus particulares nós e travas presentes no sintoma, é o que nós
tratamos de decifrar no diagnóstico”.
Ao entender a aprendizagem como um processo articulado ao momento do
aprendiz, a sua história e as suas possibilidades sob o aspecto cognitivo, afetivo e
social, a Psicopedagogia, segundo Silva (1998):
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As crianças que apresentam problemas relacionados a fracassos escolares em
geral, desenvolvem o sentimento de baixa auto-estima, o que frequentemente induz a
problemas de conduta. As consequências advindas do fracasso escolar são imensas.
Como pressão da escola e da família, os rótulos recebidos de preguiçosas, distraídas,
tem má vontade para aprender.
Fonte: blog.psiqueasy.com.br
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devem permitir e incentivar que se expressem de forma honesta e clara a respeito dos
próprios sentimentos, frustrações e dificuldades.
No caso de falta de limites ou indisciplina dos alunos, cabe aos pais fazê-los
compreender e respeitar as regras de disciplina e organização, se quiserem que seus
filhos aprendam a aprender e adquiram hábitos adequados de estudo. Os pais devem
exercer sua autoridade e dar os limites para que seus filhos se sintam seguros,
sabendo com clareza o que podem e devem e o que não podem e não devem fazer.
O psicopedagogo deve intervir na escola estabelecendo limites, tornando as
regras claras. “Uma das melhores maneiras de perceber a educação de um
adolescente, é quando ele está com uma turma, sob o efeito da embriaguez relacional”
(TIBA, 1998, p.119).
É preciso redefinir as regras. É preciso que a escola recorra a profissionais
especializados (psicólogo, psicopedagogo etc.). Compreender que não é mais
tolerável a apatia de alunos e professores.
Além das outras funções do psicopedagogo na escola, como realizar orientação
educacional, propor a intervenção no currículo, no projeto político pedagógico, na
metodologia de ensino do professor, nas formas de aprender do professor, pode
contribuir para a boa comunicação entre escola e família, favorecendo a um clima de
confiança e estabelecendo um elo construtivo.
Para auxiliar na aprendizagem do aluno, faz-se necessário que os pais estejam
integrados à escola.
“Uma das contribuições da psicopedagogia é no contexto familiar, ampliando a
percepção sobre os processos de aprendizagem de seus filhos, resgatando a família
no papel educacional complementar à escola, diferenciando as múltiplas formas de
aprender, respeitando as diferenças dos filhos (BOSSA, 1994)
Mas o que se observa na contemporaneidade é que muitas das famílias estão
sem norte, não estão sabendo lidar com situações novas: pais trabalhando fora o dia
inteiro, desemprego, brigas, drogas, separações, mães solteiras, outras constituições
familiares, entre outras. Essas famílias acabam transferindo suas responsabilidades
para a escola, e por esse motivo a escola acaba se desviando de suas funções para
suprir essas necessidades.
Cabe ao psicopedagogo intervir junto à família das crianças que apresentam
dificuldades na aprendizagem, por meio, por exemplo, de uma entrevista e de uma
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anamnese com essa família para tomar conhecimento de informações sobre a sua
vida orgânica, cognitiva, emocional e social. O que a família pensa, seus anseios, seus
objetivos e expectativas com relação ao desenvolvimento de seu filho também são de
grande importância para o psicopedagogo chegar a um diagnóstico.
Portanto na atuação escolar, o psicopedagogo contribui para o esclarecimento
das dificuldades escolares, que podem ser decorrentes da organização administrativa
do sistema escolar e familiar, das exigências pedagógicas inadequadas, das
expectativas familiares, das formas de circulação do conhecimento do professor e da
família e das modalidades de aprendizagem que, segundo Alicia Fernandez, são
passadas de pai para filho, determinando como serão as relações do sujeito
aprendente com o saber, levando em consideração as crenças, os mitos, as
mensagens repassadas na comunicação familiar.
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Investigação neuropsicológica
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Em comum, ambas possuem a incidência mais frequente em idosos. Por conta
disso, é comum que as pessoas associem o surgimento de dificuldades cognitivas
com o envelhecimento.
Mas a verdade é que os sintomas podem aparecer muito antes, até mesmo
ainda na infância, estando relacionados aos mais variados quadros.
Por isso, é recomendável estar atento aos sintomas e buscar ajuda
especializada caso algum deles seja identificado com uma intensidade maior do que
o comum.
Dificuldades relacionadas a todos os campos que citamos anteriormente –
como na comunicação ou no raciocínio lógico, por exemplo – podem servir como
indicativos.
Não existe cura, mas o déficit cognitivo pode ser tratado de diversas formas,
sempre de acordo com origem do problema.
De maneira geral, todo o tratamento é desenvolvido de maneira multidisciplinar.
Ou seja, envolvendo profissionais de diferentes campos da saúde – desde médicos e
fonoaudiólogos até psicopedagogos.
O foco é trabalhar as limitações identificadas a partir de estímulos que ajudem
a desenvolver as habilidades cognitivas. Com isso, a expectativa é que o indivíduo
possa melhorar a sua autoconfiança e também consiga alcançar maior qualidade de
vida.
Orientação profissional para crianças com déficit cognitivo
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Nesse sentido, construir um ambiente familiar que seja aberto ao diálogo e ao
incentivo do desenvolvimento individual é uma boa forma de reduzir as possibilidades
de preocupações lá na frente.
Além disso, identificar precocemente traços que possam indicar um déficit
cognitivo abre espaço para que sejam feitas intervenções propositivas, capazes de
proporcionar a construção de habilidades e competências que poderiam não se
desenvolver sem a abordagem adequada.
Ela corresponde à área que estuda o sistema nervoso central, bem como suas
funcionalidades, estrutura, fisiologia e patologias. Esse sistema é responsável por
estruturar as atividades do corpo humano, sejam elas voluntárias ou não.
De forma resumida, as experiências e a maneira como o ser humano lida com
as mesmas, afetam seu cérebro e seu desenvolvimento. Nesse sentido, a
neurociência diz respeito à inteligência, aos sentimentos, à capacidade de tomar
decisões, além de gerar entendimento sobre o funcionamento do sistema nervoso e
como agir sobre ele.
Para que todo este estudo seja realizado, os cientistas levam em consideração
os processos a nível cognitivo, ou seja, como o ser humano adquire conhecimento
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(seja por meio da atenção, da associação, da memória, da imaginação, do
pensamento, da linguagem, entre outros), através dos cinco sentidos, resultando
assim, em seu desenvolvimento intelectual, comportamentos, interações e adaptação
ao meio.
Fonte: www.revistadigital.com.br
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9.2 COMO A NEUROCIÊNCIA PODE AJUDAR NO APRENDIZADO
Emoção
A inteligência humana está intimamente ligada à emoção, ou seja, o aspecto
emocional interfere na nossa cognição: quanto mais um evento contenha emoção,
mais a pessoa se lembrará dele e isso afeta na obtenção de conhecimento (de forma
positiva ou negativa).
Nesse sentido, a emoção da pessoa precisa ser instigada (quando ela for
positiva) ou desestimulada (quando ela for negativa), para que o desenvolvimento
intelectual não seja prejudicado.
Motivação
A motivação é o que fomenta o aprendizado, quando a pessoa se depara com
uma interferência positiva, isso mobiliza a atenção da mesma, o que gera a motivação.
Da mesma forma, se o indivíduo encontra uma tarefa muito difícil, sua mente se frustra
e ele acaba desmotivado, e isso interfere na sua aprendizagem.
A pessoa deve então, no decorrer do desenvolvimento intelectual, não apenas
entrar em contato com inúmeros conteúdos, como também, realizar atividades que
despertem a sua curiosidade, proponham desafios e a motivem.
Atenção
A atenção é fundamental para que o conhecimento seja adquirido, pois o
sistema nervoso só absorve a informação quando a pessoa está atenta a mesma. O
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indivíduo presta atenção em alguma coisa, quando aquilo é entendido, ou seja, tem
significado.
Nesse sentido, a falta de atenção muitas vezes não ocorre por indisciplina, mas
sim, por falta de estímulo. Por conta disso, para que a pessoa dê atenção a uma
informação, a interação entre a mesma e o indivíduo precisa ocorrer.
Socialização
As experiências sociais do ser humano e o ambiente ao qual ele está inserido,
formam a sua cognição, ou seja, o cérebro se modifica e se desenvolve durante a
vida. Através da socialização, é possível que a pessoa consiga aprimorar a sua
linguagem verbal e não verbal, interaja com outras pessoas, reconheça e expresse
emoções, exerça suas potencialidades e tenha empatia.
Memória
A memória se dá através de repetições, quando a pessoa decora uma
informação e através de associações, quando existem vínculos e relações com o
conteúdo. Nesse sentido, o ato de aprender não ocorre apenas quando se grava
informações, mas também, quando o conteúdo afeta a pessoa. Com isso, o indivíduo
deve identificar pontos de ancoragem para que o conteúdo aprendido tenha sentido e
fique na sua memória.
10 ESTIMULAÇÃO COGNITIVA
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Pensando desta forma, se o processo de aprendizagem ocorre ao longo
da vida, que importância e benefícios possue a estimulação cognitiva? Ela é
necessária?
As atividades de estimulação cognitiva, seja qual for a idade, tem como objetivo
melhorar as competências para o desenvolvimento das funções cognitivas superiores
e permitir a evolução de habilidades e capacidades individuais para que o ser humano
possa construir uma trajetória de sucesso e prevenir dificuldades futuras.
Estimular as funções das habilidades cognitivas como por exemplo, a memória
e a atenção, demanda intensidade e duração prolongadas para que os resultados
sejam significativos e, ainda, são de suma importância para o desenvolvimento da
aprendizagem acadêmica, da linguagem e também para a aquisição de controle do
comportamento.
Habilidades referentes à capacidade de usar as operações mentais para a
elaboração de estratégias, argumentos e resolução de problemas são chamadas de
inteligência fluida, pois estas operações mentais envolvem transformação,
classificação, seriação, relações, construção de conceitos, compreensão, elaboração
de hipóteses e estímulo ao pensamento indutivo e dedutivo. Relações primordiais para
que seja possível estabelecer relações entre objetos e o meio.
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capacidades cognitivas e em consequência o rendimento acadêmico da criança no
ambiente escolar e, do adulto se for o caso, nas tarefas do dia-a-dia.
Para tanto, entendemos a necessidade da Avaliação Psicopedagógica como
um processo de tomada de decisões que se apoiam em uma série de técnicas cujos
resultados se refletem no desencadeamento de una proposta educativa de acordo
com as necessidades, seja da criança, do adolescente, adulto ou idoso.
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escolar, os quais aliam-se a um trabalho coletivo e multidisciplinar, comprometidos na
busca contínua, de novas formas de ensinar e de compreender as causas das
dificuldades de aprendizagem que surgem no decorrer do processo.
Fonte: personare.com.br
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Desta forma, foram utilizados alguns autores como referência para se discutir
em relação as Dificuldades de Aprendizagens e os aspectos cognitivos na intenção
de poder elucidar um pouco este assunto, que para muitos profissionais da educação
ainda requer aprofundamento, e devido a isso, muitos não conseguem suprir essa
dificuldade de trabalhar com crianças com esse tipo de problema, sem mencionar
ainda a questão do papel do psicopedagogo na escola que ainda é pouco divulgado
no contexto escolar.
Segundo Oliveria (et all, 2001) em função da importância que a aprendizagem
assume na existência humana e da constatação dos problemas enfrentados pelas
crianças durante esse processo dinâmico e recíproco que se estabelece entre o
homem e seu ambiente, muitas pesquisas realizadas na área das DAs focalizam as
habilidades consideradas instrumentais para a vida social e acadêmica de um
indivíduo.
Desta maneira é de suma importância ressaltar que o aluno diagnosticado com
essa dificuldade deve ter um acompanhamento adequado de acordo com a sua
dificuldade e necessidade. Portanto, é nesse momento que entra a participação dos
professores e a equipe multidisciplinar, pois devem estar atentos ao ritmo, grau de
dificuldade na realização de atividades educacionais e as etapas do desenvolvimento
cognitivo, afetivo no qual as crianças estejam, assim podendo estar identificando e
assim elaborando estratégias que possam atender adequadamente o processo de
aprendizagem e assim suprindo essa dificuldade.
É essencial que o diagnóstico seja feito o quanto antes, uma vez que há
consequências em longo prazo. Desta maneira entende-se que as dificuldades de
aprendizagem são problemas neurológicos que afetam a capacidade cerebral para
entender, recordar ou comunicar as informações. Muitos especialistas afirmam que
crianças vão mal na escola quando possuem dificuldades de aprendizagem, não
identificadas e que diariamente são rotuladas pelos adultos como tendo baixa
inteligência, insolência ou preguiça.
De acordo com Fonseca (1984) afirma que a dificuldade de aprendizagem é
uma desarmonia do desenvolvimento normalmente caracterizada por uma
imaturidade psicomotora que inclui perturbações nos processos receptivos,
integrativos e expressivos da atividade simbólica. (p.228)
35
As dificuldades de aprendizagem constituem-se um dos principais entraves
para a prática educativa e fator que pode determinar o fracasso, a repetência e a
evasão escolar de muitos alunos.
Segundo Moraes, (2001)
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A família, em especial os pais, precisa assumir sua parcela de
responsabilidade, assim como a escola. Ninguém mais que a criança é prejudicada
pelas Dificuldades de Aprendizagem, e a culpa não é dela. É preciso reconhecer que
as dificuldades de aprendizagem se dão na interação da criança com o contexto no
qual está inserida.
Segundo Scoz (1999) a família é a instituição educacional mais importante, de
maior projeção, responsável pela educação do caráter, da afetividade e do universo
emocional e moral de cada cidadão. Quem tem uma família bem estruturada terá
maior facilidade em aprender e a se desenvolver na escola em qualquer nível. (Apud
ANDRADA 1999, p.12)
A importância da escola não está apenas em transmitir os conhecimentos
construídos pela humanidade, mas também por ser um local onde as dificuldades de
aprendizagem podem ser identificadas com maior facilidade e agilidade, já que o
espaço é a principal fonte de alfabetização.
Diante desse fator, constatou-se que as crianças que apresentam dificuldades
de aprendizagem devem ser identificadas e encaminhadas pelos professores ou pelo
psicólogo escolar, que faz parte da equipe da escola, este deve atuar de forma
interdisciplinar, e ter visão sistêmica para a construção de ações que visem todos os
elementos da escola, bem como, pais, comunidade e as instituições que possam estar
estabelecendo parcerias para atender as crianças com dificuldades de aprendizagem.
As crianças que apresentam realmente dificuldades em aprender, precisam ser
acompanhadas pelo profissional responsável nessa área que é o Psicopedagogo (a),
pois, através do diagnóstico que ele fará, dependendo do problema observado, ele
saberá o melhor caminho a percorrer para que essas crianças possam avançar em
suas aprendizagens significativa e efetivamente.
Segundo Bossa (1994), “cabe ao Psicopedagogo perceber eventuais
perturbações no processo aprendizagem, participar da dinâmica da comunidade
educativa, favorecendo a integração, promovendo orientações metodológicas de
acordo com as características e particularidades dos indivíduos do grupo, realizando
processos de orientação” (p.23).
O diagnóstico e a intervenção das dificuldades de aprendizagem envolvem
interdisciplinaridade em pelo menos três áreas: neurologia, psicopedagogia e
psicologia, para possibilitar a eliminação de fatores que não são relevantes e a
37
identificação da causa real do problema, desta forma também existem autores que
diagnosticam as dificuldades de aprendizagem fazendo um paralelo com patologias.
O que se encontra em comum acordo entre diversos autores são os fatores,
como psicológicos, neurológicos, sociais e outros, que influenciam na aprendizagem
e que precisam ser levados em consideração no diagnóstico de uma criança com
problemas de aprendizagem.
Isso só vem acrescentar ainda mais quando se defende uma ideia de que não
se pode afirmar e ou diagnosticar que uma criança possui uma dificuldade de
aprendizagem sem analisar uma anamnese, ou seja, entrevista realizada por um
médico que busca relembrar todos os fatos que se relacionam com a doença e à
pessoa doente, a fim de ajudar no seu diagnóstico a história de vida da criança e os
fatores fundamentais para se conseguir uma exatidão do diagnóstico do problema.
A maior parte destes problemas de Dificuldade de Aprendizagem pode ser
resolvido no ambiente escolar, haja vista que se tratam, de questões
psicopedagógicos, pois Smith e Strick definem dificuldades de aprendizagem como
problemas que afetam a capacidade cerebral de entendimento, recordação e
comunicação de informações, sendo assim, os alunos que apresentam essas
dificuldades necessitam de uma atenção especial, de um trabalho diferenciado e o
professor deve se preocupar com a sua metodologia de ensino.
Por isso, é preciso que a escola e seus profissionais busquem olhar por outros
ângulos e compreender que cada aluno tem um jeito próprio de ser, e com
experiências de vida diferente, que estas formas diferentes de vida poderá influenciar
no processo de aprendizagem de cada aluno. Só então, será possível ver com maior
clareza o que é Dificuldade de Aprendizagem e formas diferentes de ser.
Portanto, para quem acompanha o desenvolvimento humano que é de suma
importância o papel dos educadores pais e professores nos processos fundamentais
do desenvolvimento humano. Para os profissionais da educação, algumas
informações constituem parte essencial para a prática pedagógica no contexto
escolar. A partir do momento em que o professor ou especialista em educação passa
a compreender os princípios do processo de aprendizagem e adquire prática na
aplicação dos mesmos em situações representativas, os problemas que podem
ocorrer nessa área serão tratados e resolvidos sem tabus e sem traumas.
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A dificuldade de aprendizagem merece à atenção dos professores, pois são
eles em primeira instância que poderão identificar a dificuldade do aluno e, ao
constatar que o problema é estável, encaminhá-los aos especialistas. Todavia, os
professores não devem apenas aguardar que os especialistas tentem resolver
sozinhos esta questão. O professor é aquele com melhores condições de conhecer a
realidade do aluno e manter o contato mais próximo, tendo acesso direto ao seu
desenvolvimento intelectual e cognitivo.
Fonte: sistemaaprendebrasil.com.br
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Segundo, WALDOW; BORGES; SAGRILLO, (2006) assim, entendendo que a
não aprendizagem dos alunos implica em graves prejuízos no processo educacional,
faz-se relevante, sobretudo, que se compreenda o que são as dificuldades de
aprendizagem para que se possa entender como o professor pode atuar de modo a
promover o aprendizado satisfatório dos alunos superando, dessa forma, as
dificuldades de aprendizagem. (p. 467-468)
Nessa perspectiva é crucial lembrar da importância do profissional, ou seja, o
professor necessita atuar de modo que os alunos possam sentir-se à vontade para
aprender e relatar as dificuldades de aprendizagem que possam encontrar no contexto
escolar, assim é importante que o professor conheça o processo de aprendizagem e
esteja interessado nas crianças/alunos como seres humanos em desenvolvimento,
assim também em total sintonia com a família desses indivíduos.
O professor deve sempre estar atento às etapas do desenvolvimento do aluno,
colocando-se na posição de facilitador de aprendizagem e, portanto, seu trabalho no
respeito mútuo na confiança e no afeto, por isso que em sala de aula o professor
precisa identificar o conteúdo que sua turma já conhece para que possa trazer mais
informação a respeito. Quanto maior a motivação do professor, maior será o empenho
da turma e melhor será o sucesso em sua aprendizagem. Tendo mais cooperação o
aluno aprimora seus conhecimentos em busca do novo, sendo assim teremos
melhores resultados na educação.
Para favorecer a aprendizagem de alunos com dificuldade, é importante avaliar,
contextualizar e diversificar. Cada aluno tem sua própria forma de aprender, seu
tempo e suas limitações. O ensino-aprendizagem, por sua vez, deve ser um processo
dialógico. É através do diálogo que o professor conhece o aluno, identifica como ele
pensa e, somente assim, pode refletir sobre as modificações necessárias no processo
para favorecer o desenvolvimento do ensino-aprendizagem. É preciso ajudar o aluno
a estabelecer entre o conhecimento novo e o que já domina, valorizando a bagagem
que já traz consigo, para que desenvolva o sentimento de autovalorização e sinta-se
encorajado a enfrentar os desafios.
Acredita-se que é preciso que os professores estejam envolvidos com a
desmistificação das relações sociais, que tenham clareza teórica para instigar o
profissional que é passivo de erros, e que busque subsídios adequados para
compreender como ensinar os alunos com dificuldades de aprendizagem.
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Muitas vezes, as dificuldades de aprendizagem são de origem intelectual,
emocional, incluindo-se dificuldade de relacionamento professor e aluno, no qual o
papel do mesmo é fundamental para que ocorra a aprendizagem. Geralmente, quando
o aluno tem um bom relacionamento com o professor, o aprendizado ocorre com
facilidade. Cabe ao professor, ter um olhar observador para detectar quando um aluno
não aprende, recorrendo a novas metodologias, procurando dar maior atenção para
que o mesmo consiga atingir os objetivos propostos.
Verificou-se também que a participação do psicopedagogo nesse processo é
de grande relevância, pois, o mesmo realiza um papel fundamental na escola,
ajudando as crianças em seu processo de desenvolvimento intelectual, fazendo o
diagnóstico psicopedagógico. A atuação do psicopedagogo compreende então, os
processos de desenvolvimento e os caminhos da aprendizagem. Compreende o aluno
de maneira interdisciplinar, buscando apoio em várias áreas do conhecimento e
analisando a aprendizagem no contexto escolar, familiar e no aspecto afetivo,
cognitivo e biológico fazendo as intervenções necessárias para a evolução de
aprendizagem das mesmas.
Grande parte da dificuldade em definir, conceituar e avaliar os problemas de
aprendizagem surge basicamente da necessidade de diferenciar aquilo que é
considerado como distúrbio de aprendizagem. Portanto, após a tentativa de utilizar
vários recursos para reverter o problema e, ainda assim, o aluno apresentar
dificuldades, deverá ser acompanhado para uma avaliação do psicopedagogo que
deverá promover o diagnóstico e descobrir se a causa é de ordem metodológica ou
se é caso de distúrbio de aprendizagem, que são de ordens neurológicas, psicológicas
ou fonoaudiológicas, sendo assim, esse aluno deverá receber um tratamento com
profissional específico da área.
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motivo da dificuldade. Uma boa aprendizagem escolar se associa as práticas
pedagógicas eficientes, mas também a características individuais das crianças.
Fonte: roupabebeeinfantil.com.br
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na escola a aprendizagem é potencializada à medida que a criança acompanha o
olhar do professor enquanto ele fala.
Déficits de habilidades sociais podem ser decorrente de transtornos do
neurodesenvolvimento tanto como um problema primário (Transtorno do Espectro
Autista), quanto como secundário (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade).
No segundo caso as dificuldades sociais são um desfecho secundário resultante dos
déficits primários, neste caso a desatenção, impulsividade e hiperatividade. Por outro
lado, menores habilidades sociais podem também se originar de baixa estimulação no
contexto familiar, primeiramente é escolar. Isso significa que estratégias de
estimulação/intervenção nos anos escolares iniciais se relacionam positivamente com
o desempenho escolar.
Educadores, psicólogos, fonoaudiólogos e todos os profissionais que trabalham
com crianças em idade escolar precisam estar atentados as habilidades de cognição
social dos alunos, pois quanto antes estimuladas melhor o desenvolvimento infantil.
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13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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14 BIBLIOGRAFIA
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