Sunteți pe pagina 1din 9

Esta investigação foi realizada no contexto de uma monografia em psicologia da saúde no

Instituto Superior de Psicologia Aplicada, em Lisboa. Por este motivo, apresentamos esta síntese
em duas partes. A primeira parte inclui os resultados que constam da monografia, referentes à
relação entre o contacto com a Natureza e a Depressão. A segunda parte apresenta os resultados que
foram excluídos da monografia por estarem fora do âmbito da psicologia da saúde. Referem-se
principalmente à Ligação Emocional á Natureza na sua relação com outras variáveis do contacto
com a Natureza. Este texto foi escrito com o objectivo de ser compreensível para a maioria das
pessoas. Para informação mais detalhada ou referência para citação escreva para o autor jcastro
[substituir por @] gawab.com

This research was done in the context of a monograph in health psychology in Instituto
Superior de Psicologia Aplicada, in Lisboa. For this reason, we present this synthesis in two parts.
The first includes the results pertaining to the monograph, refering to the relation between contact
with Nature and Depression. The second part presents the results that were excluded from the
monograph for being out of the ambit of health psychology. These refere mainly to Connectedness
to Nature in its relation with others variables of contact with Nature. This text was written to be
comprehensible to most people. For more detailed information or citations please contact the
author jcastro [replace with @] gawab.com
Parte I
Depressão e contacto com a Natureza
síntese

Part I
Depression and contact with Nature
a synthesis

2008
Resumo
O objectivo desta investigação foi estudar a relação entre a Depressão e o contacto com a Natureza
em estudantes do 1º ano de universidades em Lisboa e no Porto. Os participantes foram N=396,
com idades entre os 18-54, M=22,41, em que 65,2% eram mulheres. Os instrumentos foram um
questionário para os dados sócio-demográficos e o contacto com a Natureza, o Beck Depression
Inventory – II (BDI-II) e uma Escala de Ligação Emocional à Natureza (ELEN). Os questionários
foram aplicados pelos professores aos seus alunos. Os resultados indicaram correlações entre a
Depressão e as actividades ao ar livre (r=-0,17; p=0,001), especialmente nos homens (t=-0,51;
p=0,001), e o estado de conservação da Natureza (r=-0,10; p=0,045). As mulheres estavam em
média mais deprimidas (t=2,5; p=0,01). Apenas um item da ELEN se correlacionou com o BDI-II
(r=-0,11; p=0,04). Não foram encontradas outras correlações significativas com a Depressão. São
discutidas as conclusões, limitações e consequências para pesquisas futuras.

Abstract
The objective of this research was to study the relation between Depression and contact with Nature
in first year college students from universities from Lisboa and Porto. Participants were N=396,
ages ranging between 18-54, M=22,41, of wich 65,2% were female. Instruments were a
questionnaire for socio-demographic and contact with Nature, the Beck Depression Inventory – II
(BDI-II) and the Connectedness to Nature Scale (CNS). Questionnaires were applied by the
teachers to their students. Results indicate correlations between Depression and outdoors activities
(r=-0,17; p=0,001), particularly for men (t=-0,51; p=0,001) and Nature conservation status (r=-
0,10; p=0,045). Women were in average more depressed (t=2,5; p=0,01). Only one CNS item
showed significant correlation with Depression (r=-0,11; p=0,04). We found no further significant
correlates for Depression. Conclusions, limitations and consequences for further research are
discussed.
Introdução

Um vasto corpo de literatura se debruça sobre os benefícios do contacto com a Natureza.


Desde a vista de uma janela até actividades em imersão total na Natureza mais selvagem, diversos
autores especularam e investigaram já sobre este assunto, concluindo quase universalmente das suas
virtudes. Parece diminuir o stress, a ansiedade e a agressividade, aumentando ao mesmo tempo o
bem-estar, estimulando a recuperação da fadiga mental e mesmo de queixas físicas.

No que toca à Depressão, no entanto, os resultados não parecem ser tão certos. Os poucos
estudos que encontrámos referiam-se ao humor depressivo, e não à Depressão com a sua panóplia
de sintomas, e mesmo assim com resultados contraditórios.

A Depressão é definida, para além do humor depressivo, pela perda de prazer, os distúrbios
do sono e do apetite e todos os outros sintomas que caracterizam as perturbações do humor, que
afectam uma percentagem alarmante da humanidade.

Considerando estes números e a impossibilidade dos serviços de saúde darem o apoio


necessário a todas as pessoas deprimidas, alguns autores defendem que se deve promover formas de
lidar com a depressão (coping) acessíveis a todos como é o exemplo do exercício físico.

Dada a extensão de literatura que defende os benefícios da Natureza no bem-estar e na saúde


mental, considerámos que seria interessante investigar se estes benefícios se extenderiam à
Depressão, o que tornaria o contacto com a Natureza uma forma de coping acessível a todos.

Objectivo: Propusemo-nos então a descobrir se o contacto com a Natureza e a Ligação à Natureza


teriam alguma relação com a Depressão. Esperávamos assim identificar as formas de contacto com
a Natureza que teriam o potencial para ajudar as pessoas deprimidas.

Método: Desenhámos um questionário que averigua dos hábitos de Natureza e dos níveis de
Depressão. Estas foram as variáveis que medimos:

Ligação Emocional à Natureza


participação em organizações de defesa do ambiente
mudança de casa com perda de contacto com a Natureza
frequência do contacto com a Natureza na infância
frequência do contacto com a Natureza actualmente
há quantos tempo foram as últimas férias e onde (praia, campo, cidade, etc)
se tem animais ou plantas e se cuida deles
qual o estado de conservação da Natureza com que tem contacto habitualmente

Foram enviados por correio para os professores que se ofereceram para os aplicar nas suas
turmas. Recebemos 396 questionários de alunos do primeiro ano de diversas faculdades de Lisboa e
do Porto. As respostas foram então tratadas estatisticamente com o programa SPSS.

Principais resultados:

Os homens que realizavam com mais frequência actividades ao ar livre estavam menos
deprimidos.

De todas as formas de contacto com a Natureza que controlámos, apenas a actividade ao ar


livre tem potencial para, por si só, ajudar a diminuir a Depressão. É possível também no entanto que
as pessoas mais deprimidas evitem os desportos ao ar livre e os resultados sejam consequência
disso. Não sabemos portanto se as pessoas faziam menos actividades ao ar livre porque estavam
deprimidas ou estavam menos deprimidas porque faziam actividades ao ar livre. Se este for o caso,
futuros estudos têm ainda de esclarecer se tal se deve apenas ao exercício físico ou se o facto de ser
ao ar livre tem alguma relevância.

O facto de esta correlação não se revelar nas mulheres que questionámos poderá dever-se a
elas serem menos activas. Pode ainda ser que a diferença esteja no tipo de actividades que elas
praticam.

As pessoas que classificavam a Natureza como pior conservada estavam mais deprimidas.

Isto pode significar que estar em contacto regular com Natureza degradada seja realmente
deprimente ou que ter contacto quotidiano com Natureza muito bem conservada seja anti-
depressivo. Não podemos no entanto excluir a hipótese de que as pessoas avaliem a Natureza pior
por estarem deprimidas. Estes resultados fazem-nos ainda crer que a qualidade da Natureza com
que se tem contacto pode ser um factor importante a que se tem de estar atento em pesquisa nesta
área.

As pessoas que concordavam mais com a questão “Sinto-me muitas vezes desligado da
Natureza”, tendiam a estar mais deprimidas.

Este item da Escala de Ligação Emocional à Natureza era o único correlacionado com a
Depressão. Parece que o sentimento de desligamento da Natureza está mais associado à Depressão
do que o sentimento de ligação. De novo ficamos sem poder decidir se as pessoas se sentiam mas
desligadas da Natureza porque estavam deprimidas ou vice-versa.

As restantes variáveis não tinham correlação significativa com a Depressão.

Somos levados a concluir que a quantidade do contacto com a Natureza por si só não parece
ajudar a diminuir a Depressão. Factores qualitativos como o exercício físico e o estado de
conservação da Natureza estão correlacionados com a Depressão e portanto têm mais probabilidade
de terem um efeito terapêutico. Isto requer no entanto investigação mais aprofundada.
Introduction

A vast body of literature focuses on the benefits of contact with Nature. From the view from
the window to the most complete imersion in wilderness, different authors have especulate and
investigate on this issue, and almost universally concluded of its virtues. It seems to diminish stress,
anxiety and agression at the same time increasing well-being, stimulating mental fatigue and even
physical ailments.

Concerning Depression however, results seem to be unsure. The few studies we have found
refere to depressive mood not to Depression with all its panoply of symptoms. Even so, results are
contradictory.

Depression is defined, besides depressive mood, by the loss of pleasure, a disturbed sleep
and apetite and all other symptoms that characterize mood disorders, wich affect an alarming
proportion of mankind.

Considering these figures and the impossibility of a health service that supports all the
depressed people, some authors argue that coping strategies accessible to all should be promoted.
An example of such is physical exercise.

Given the extensity of literature concerning the benefits fo Nature for well-being and mental
health, we considered it would be interesting to investigate wether these benefits would extend to
Depression, wich would make contact with Nature a way of coping accessible to all.

Objective: We proposed ourselves to find out wether contact with Nature and Connectedness to
Nature has any relation with Depression. We expected thus to identify in wich ways contact with
Nature has the potential to help depressed people.

Method: A questionnaire was designed to assess the behavior of contact with Nature
and Depression levels. The following variables were measured:

Connectedness to Nature
filliation to environmental organizations
loss of contact with Nature due to moving home
frequency of contact with Nature in childhood
frequency of contact with Nature presently
frequency of participation in outdoor sport activities
time from last vacations and its location (beach, rural zone, city etc)
animal and plant ownership and caring
nearby Nature conservation status

The questionnaires were mailed to volunteering teachers that distributed them to their
students. The two main national urban areas were chosen (Lisboa and Porto). We received 396
questionnaires from first year college students. Data was processed using SPSS.

Main findings:

Men who participated more often in outdoor sport activities were less depressed.

Of all the forms of contact with Nature we controlled for, only outdoor physical exercise has
by itself the potencial to help diminish Depression. It's possible however that depressed people
avoid outdoor sports and results reflect that tendency. We cannot therefore be sure wether people
were less active because they were depressed or they were less depressed because they exercised
outdoors. If this later is the case, future research should focus on wether this is consequence of the
physical exercise and if the natural background has any relevance.

The fact that this correlation wasn't present in the women we questioned could be because
they were less active. It could also be that the kind of activities they praticed differed from men's
and hence this disparity.

People that classified Nature as worst preserved were more depressed.

This may mean that being regularly in contact with degraded Nature is literally depressing
or that being in close contact with very well preserved Nature is anti-depressive. We cannot
however exclude the hypothesis that people may classify Nature as being degraded because they are
depressed. These results make us believe that the quality of nearby Nature may be an important
factor to control in research in this area.

The remaining variables did not have any significant relation with Depression.

This takes us to the conclusion that the quantity of contact with Nature by itself does not
seem to help diminish Depression. Quality factor like wether there is physical exercise and state of
conservation have a corelation with Depression and therefore are more likely to have a therapeutic
effect. This however requires more research.
Parte II
Ligação Emocional à Natureza

Tem vindo a ser observado que a adopção comportamente sustentáveis, pró-ambientais e de


ajuda em geral parece depender mais de uma componente afectiva do que só dograu de informação.
Como tal têm vindo a ser desenvolvidas medidas da ligação emocional à Natureza, de que a Escala
de Ligação Emocional à Natureza (Connectedness to Nature Scale) é um bom exemplo.

Aproveitámos a oportunidade proporcionada pelo estudo anterior (ver parte I deste


documento) para caracterizarmos melhor esta escala na sua relação com as variáveis estudadas.
Descrevemos em seguida os resultados estatisticamente significativos.

Os estudantes que inquirimos em Lisboa tinham uma maior ligação à Natureza do que os do
Porto. Isto parece ser devido ao facto de a amostra de Lisboa incluir estudantes de engenharia
ambiental, que são de todos os cursos os mais ligados à Natureza, como era esperado.

Os jovens com entre 19 e 26 são os que têm menor ligação à Natureza, ao contrário dos que
têm 18 ou mais de 26. Não encontramos nenhuma explicação plausível para este dado.

Tinham maior sentimento de ligação à Natureza aqueles que:

– estavam ou estiveram envolvidos em organizações ambientalistas


– aqueles que tinham animais, cuidassem ou não deles habitualmente
– aqueles que cuidavam da suas plantas, mas não aqueles que apenas as tinham em casa ou num
quintal
– aqueles que tinham contacto mais regular com a Natureza na sua infância
– aqueles que têm actualmente contacto com a Natureza mais frequentemente
– aqueles que fazem actividades ao ar livre com mais frequência
– aqueles que tiveram férias à menos tempo, e em particular aqueles que não fizerem férias em
cidades

Por seu lado a frequência de contacto com a Natureza estava associada:

– ao contacto com a Natureza na infância


– à prática de actividades ao ar livre
– e a ter tido férias há menos tempo

Houve ainda correlações entre o contacto com a Natureza na infância e

– a percepção do estado de conservação da Natureza


– a distância às últimas férias

A nossa tradução da escala obteve um bom coeficiente alfa de Cronbach (0,80).


Part II
Connectedness to Nature

There is growing evidence that the adoption of sustainable, pro-environmental or simply


helping behaviour seems to depend more reliably on an affective component than on just the
information level. Measures have since been developed to affer the affective connection to Nature,
of wich the Connectedness to Nature Scale is a good example.

We seized the oportunity and resources from the previous study to perform adicional
statistical tests and characterize this scale in relation with the remaining variables. The statistically
significant results follow.

Students from Lisboa had a greater connectedness to Nature than those form Porto. This is
probably because the sample from Lisboa include environmental engeneering students wich in
average had the greatest connectedness to Nature of all the students in this study.

Ages between 19 and 26 were the least connected to Nature. We didn't find any plausible
explanation for this data.

A greater connectedness to Nature were found in those who:

– were or had been in an environmental organzation


– had pets wether they were the caregiver or not
– looked after their houseplants, but not in those who simply had houseplants
– had in their chilhood more contact with Nature
– have presently more contact with nature
– participate in outdoors physical exercise
– had vacations more recently

Moreover, frequency of contact with Nature was associated with:

– contact with Nature in childhood


– outdoors physical exercise
– having vacations more recently

Also, contact with Nature in childhood was correlated with:

– perception of nearby Nature as better preserved


– more recent vacations

The portuguese version of the scale had a good Cronbach alpha (0,80).

S-ar putea să vă placă și