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2º Teste de Economia

Escola Clássica Francesa:

❖ Jean-Baptiste Say:

Continuadora de Adam Smith, atribui ao fator de produção trabalho posição


central entre os fatores, ao contrário dos fisiocratas que atribuíram posição
central ao fator de produção terra. Ofereciam maior relevo aos agricultores e
a quem cultivava a terra.

Este distinguiu o empresário do capitalista. O capitalista limita-se a fornecer


capitais à empresa mediante um juro não tendo que suportar o risco
económico, pois este mesmo risco fica a cargo do empresário.

Integrou, na sua construção, os bens imateriais alargando a economia a


todos os fenómenos sociais e humanos, mas a sua contribuição de maior
relevo para a evolução do pensamento económico encontra-se na lei dos
mercados dos produtos. Os produtos trocam-se por produtos e a moeda
constituiria um simples intermediário das trocas que as facilita sem as
alterar. Assim, no entendimento de Jean-Batptiste Say, nunca haveria
problemas de existirem crises de sobreprodução porque a maior produção
de um bem deveria estimular a maior produção de todos os outros bens.
Passava-se a produzir o dobro do trigo e de ferro, em vez de se trocar uma
tonelada de ferro por 100 quintais de trigo, deveria trocar duas toneladas de
ferro por 200 quintais de trigo. A maior produção de um bem deveria
condicionar uma maior produção de todos os outros bens.

A análise económica moderna criticou e não aceitou bem esta lei dos
mercados dos produtos, porque a moeda não é apenas um intermediário das
trocas mas também um reservatório de valores. A moeda tem uma procura
autónoma. Visando a formação de uma reserva liquida, a moeda tem 3
funções:

• Reservatório de valores;
• Medida comum de valores;
• Instrumento geral de trocas ou intermediário de trocas;
Críticas ao liberalismo:

❖ Reações Nacionalistas (Adam Muller e Frederico List):

✓ Adam Muller

As reações contra o liberalismo iniciaram-se com os economistas alemães.


O liberalismo de Adam Smith servia, essencialmente, os interesses da
Inglaterra em consequência do desenvolvimento económico das indústrias
inglesas. A propriedade da terra só poderia entender-se no interesse de
toda a comunidade. Os interesses e os direitos individuais subordinam-se ao
interesse comum. A riqueza não residia nos bens materiais mas nas forças
suscetíveis de assegurar essa produção. Os valores imateriais também se
incluíram na riqueza. Adam Muller enunciou assim 4 fatores de produção:

• Terra;
• Trabalho;
• Capital material;
• Capital espiritual (valores e bens imateriais).

Para Adam Muller a liberdade do comércio era incompatível com os


interesses da Alemanha na época, por isso, o livre cambismo só servia, na
época, os interesses da Inglaterra.

✓ Frederico List

Teoria das forças produtivas de List: só a Inglaterra teria vantagens com o


liberalismo económico, pelo contrário, as estruturas alemãs ficariam
condenadas à estagnação. Este protecionismo aduaneiro e educativo iria
permitir que a indústria nacional alemã se pudesse desenvolver e crescer, e
quando todos os outros países tivessem na quarta fase de desenvolvimento
defendia então, aí, o livre- cambismo. Nesta altura só a Inglaterra teria
vantagens com esse mesmo liberalismo.

Esta era uma teoria que definia os fatores suscetiveis de assegurar a


continuidade do ritmo de produção. Esses fatores não respeitariam só aos
bens materiais, quer bens direitos ou indiretos, mas também a instituições
politicas e jurídicas, pois é inaceitável a construção de Adam Smith que
cingia aos bens materiais e considerou improdutivos os cientistas, os
professores, os diplomatas, os médicos embora não produzam bens
materiais concorrem para o desenvolvimento das forças produtivas da
nação.

Para List as indústrias alemãs teriam de ser protegidas por fortes barreiras
aduaneiras até alcançarem um nível suficiente de fazer face à concorrência
de outros países.

❖ Intervencionismo de Sismondi e a legislação laboral:

Esta corrente sentimental reagiu contra o liberalismo por força da


contradição visível entre a ordem natural da economia, fonte de progresso e
de bem-estar de acordo com os liberais, e a miséria das classes
trabalhadoras nos inícios do século XIX, em consequência dos salários
baixos, 15 a 16 h por dia de trabalho em condições desumanas, 6 dias por
semana, muito trabalho infantil com utilização indiscriminada de crianças
nas fábricas. O Estado deveria intervir face a estes problemas segundo 4
aspetos fundamentais:

• Defesa da intervenção do Estado no campo laboral, pois considerou


que a livre concorrência e o individualismo económico não trazem à
sociedade benefícios que os liberais defendiam, pelo contrário, são
responsáveis por problemas de ordem social de que o Estado não
pode nem deve arear-se. O Estado tem que que intervir nestas
circunstancias porque a permanente diminuição de custos vai
originar que o fator de produção trabalho seja o mais fácil de mexer,
originando salários baixos, muitas horas de trabalho, como também
trabalho infantil. A intervenção do Estado no mundo do trabalho,
através de legislação, estabeleça regras de legislação e de
organização em relação ao trabalho infantil, como também, em
relação ao horário de trabalho. Por essa razão é considerado um dos
pais da legislação laboral dos nossos dias;
• Defesa da intervenção do Estado na distribuição de riqueza. A
política de distribuição da riqueza tem em vista a correção das
desigualdades sociais. Critica os liberais por terem centrado a sua
atuação na produção de riqueza em detrimento da sua distribuição e
era fundamental o estado intervir para tornar mais justa essa mesma
distribuição garantindo rendimentos àqueles que não tinham: aos
empregados, aos doentes e aos idosos;
• Defesa da propriedade privada e da economia do mercado. Sismondi
defendeu, ao contrário dos socialistas, a propriedade privada, como
também, a economia de mercado, defendendo o regime da pequena
propriedade como união entre o trabalhador e a propriedade;
• Limitação do uso das máquinas. O progresso contínuo da
industrialização levou a um aumento da produção das empresas e as
pessoas não tinham poder de compra para tão grande aumento da
produção em virtude dos baixos salários da época e do elevado
desemprego. Sendo assim, defendeu a limitação do uso das
máquinas, defendendo mais a mão-de-obra, em vez de substituir os
homens pelas máquinas.

Reações Socialistas:

As reações socialistas surgem devido à extrema miséria das classes


operárias da época, em consequência da industrialização. Os salários dos
trabalhadores eram bastante reduzidos e a situação ainda foi agravada no
plano social pelos hábitos de luxo ostentados pelos novos ricos beneficiários
dessa mesma industrialização.
❖ Socialismo utópico:

O socialismo não data do seculo XIX, o ideal socialista acentuado na


substituição da propriedade privada pela propriedade coletiva é de todos os
tempos. Alguns defenderam aquele ideal em consequência de um certo
entendimento quanto á melhor forma de atingir um equilíbrio da sociedade
para outros os sentimentos de inveja de miocridade que lhes tornaria gratas
as soluções igualitárias mesmo que estas pudessem implicar baixíssimos
níveis de bem-estar material.

❖ Socialismo científico:
Diz que na ciência não há conquistas nem estádios definitivos, por isso, as
estruturas económicas em que assentaram os liberais não podiam ser
definitivas. Tratava-se apenas de estádios de categorias históricas. O
capitalismo seria, precisamente, a categoria destinada pelo sentido evolutivo
da sociedade a dar lugar ao coletivismo, categoria historia que se sucederia
ao capitalismo.

❖ Materialismo histórico e o socialismo marxista:

O materialismo histórico de Karl Marx e as suas teorias económicas são


inspiradas em David Ricardo. Segundo o materialismo histórico a evolução é
determinada pelas estruturas económicas. As ações dos Homens e os seus
próprios pensamentos dependem de condicionalismos económicos.

A produção material e as condições de troca constituíram as bases da


estrutura Social. As causas das transformações das sociedades não
estariam no espirito dos Homens nem em preocupações éticas de verdade e
de justiça, mas apenas os processos técnicos de produção e de troca de
bens materiais. A ordem económica determinaria todos os aspetos da vida
em sociedade. A História da humanidade seria a História da luta de classes,
sendo assim, a sociedade capitalista, sob o impulso de tendências
evolutivas resultantes da sua própria transformação, transformar-se-ia,
inevitavelmente, numa sociedade coletivista.

A construção de Karl Max assenta em duas teorias fundamentais:

• A da concentração capitalista;
• A da mais-valia.

Segundo a sua teoria do valor concluiu Marx há uma diferença entre o valor
criado pelo trabalho e o valor consumido pelo trabalho. Esta diferença seria
a mais-valia capitalista: esse lucro ou esse ganho obtido através de uma
exploração do trabalhador forçado a um sobre-trabalho. Na mais valia
encontraria a fonte da constituição de cada vez mais avultados capitais que
determinaria a concentração capitalista. Uma parte cada vez maior do
capital era empregado na aquisição de máquinas, edifícios e matérias-
primas (capital constante), enquanto uma parte cada vez menor do capital
seria destinada ao pagamento de salários (capital variável). Substituía-se os
Homens pelas máquinas, os trabalhadores eram lançados ao desemprego
passando a constituir-se um exército de reserva industrial (contingente de
desempregados). Cada vez mais os desempregados viviam em condições
desumanas e cujo aumento de desemprego impediria qualquer elevação dos
salários. Por um lado, tínhamos os empresários capitalistas beneficiários
dessa industrialização cada vez mais ricos e poderosos, pelo contrário, os
trabalhadores cada vez mais pobres o que estaria na origem das crises
económicas por falta de poder de compra das massas para absorverem os
bens produzidos. O número de proletários crescia sempre e, num
determinado momento, esses mesmo proletários, por uma via revolucionária
em grande número, faria cessar tal estado das coisas, entregando á
comunidade os meios de produção. Era a ditadura do proletariado.

Reações e doutrinas cristãs (Frederico Le Play):

Le Play tentou apresentar uma via intermedia entre o liberalismo e o


socialismo. Como ponto de partida duas grandes ideias:

• A intervenção económica do Estado é, em regra, ineficaz e sendo


assim deve prevalecer a iniciativa privada no campo económico, o que
desde logo afasta dos socialistas;
• O individualismo económico defendido pelos liberais é ilusório, pois o
Homem é um ser social e não vive isolado, vive em sociedade
integrado em comunidades. A primeira comunidade, e mais
importante, é, desde logo, a família e esta ligado a ela por um
conjunto de deveres naturais e morais. Ao estudar as famílias,
estudou os tipos familiares, ao longo dos séculos:
o Família patriarcal em que a autoridade do pater famílias é
absoluta e, á data da sua morte, toda a sua autoridade bem
como o seu património é transferido em bloco para o filho
primogénito;
o Família tronco é caracterizada pelo facto de o chefe da família
ser livre de escolher qual dos filhos vai herdar todo o seu
património, optando, deste modo, pelo mais capaz/ mais
competente. Os outros filhos, após a sucessão, irão abandonar
a família, constituindo as suas próprias famílias e os seus
próprios patrimónios;
o Família dispersa com o espirito da igualdade, fruto da
revolução francesa implica que em cada geração o património
familiar é dividido em tantas partes quando o número de
herdeiros. O modelo de família defendida por Le Play foi a
família tronco, porque preserva a base económica da família,
não a destruindo em cada geração, como também estimulava o
espírito de iniciativa económica, pois os filhos que nada
recebem são obrigados a formar os seus próprios patrimónios
que, mais tarde, deixarão ao filho mais competente, garantindo,
assim, o progresso económico.

Renovação do pensamento económico / clássico:

Keynes surge nos anos 30, a sua principal obra “Teoria Geral sobre o
emprego, juro e moeda” foi publicada 1936, há uma rutura completa com
todo o pensamento económico até então. Keynes foi professor em Oxford
e em Cambridge, homem forte do pensamento económico parte do
principio comum ao do marxismo: as crises anteriores ao capitalismo
eram de subprodução. No capitalismo as crises económicas são de sobre
ou superprodução. Nos anos 30 havia muito desemprego e a sua obra
"Teoria Geral Do Emprego, Juro e Moeda" enunciava a era da
macroeconomia moderna. O ajustamento macro económico verificava-se
através do ajustamento da despesa às mudanças dos rendimentos e não
pelo ajustamento dos salários e preços flexíveis. Para Keynes os preços
e os salários têm de ser rígidos, formula acordos laborais de longo prazo.
Os trabalhadores e as empresas estabelecem um acordo para que se não
modifiquem as taxas de salário.

✓ Preferência pela liquidez:


• Motivo transação- a mesma moeda serve para adquirir bens no
futuro;
• Motivo precaução- a moeda é conservada para fazer face a
necessidades imprevistas;
• Motivo especulação- a moeda é conservada para fins
especulativos.

✓ Eficácia Marginal do Capital:

Diferencial entre os rendimentos esperados pelo capitalista e a taxa de


juro. Por mais baixo que se encontre a taxa de juro, os empresários só
investem se estiverem convencidos que irão obter um lucro. Keynes não
acreditava que as taxas de juro mais baixas representassem o
instrumento mais eficaz para estimular o investimento. Keynes determina
um funcionamento do sistema económico capitalista com um aumento
da moeda em circulação. Quando a economia se encontra abaixo do
pleno emprego, para Keynes, a eficiência ou eficácia marginal do capital
exprime a relação entre a taxa de juro dos capitais reprodutividade dos
investimentos. Se a taxa de juro for baixa os comerciantes e os
industriais obterão dos investimentos realizados créditos superiores aos
juros que têm que pagar, alcançando, assim, uma margem de lucro. Se a
taxa de juro for elevada, os empresários conscientes dos riscos de não
conseguirem rendimentos, cubram os juros, perdem a expectativa dos
lucros e, acabaram por não realizar investimentos. Para Keynes um ritmo
satisfatório de investimentos reclamaria taxas de juros baixas/baratas.

✓ Efeito do Multiplicador Keynesianos :

No modelo multiplicador keynesiano um aumento do investimento


privado provocará uma expansão do produto e do emprego Uma
diminuição do investimento provocará a sua contração. A taxa de juro
influencia o investimento, o investimento é uma aposta do futuro. Um
aumento do investimento provocará um acréscimo ampliado ou
multiplicado do produto nacional bruto. Este efeito ampliado do
investimento sobre o produto tem o nome de multiplicador. Multiplicador
é o coeficiente numérico que indica a dimensão do aumento verificado no
produto em resposta a cada aumento unitário do investimento. Se, por
exemplo, um aumento do investimento de 100 000€ e se este aumento
do investimento provocar um acréscimo do rendimento 300 000€ então o
multiplicador é de 3. Se um aumento verificado no rendimento for de
400 000€, então o multiplicador será, igualmente, 4.

Produção:

Produzir implica a produção de bens aptos á satisfação de necessidades


económicas. É a transformação de um bem, tornando apto a satisfação de
necessidades.

✓ Produção em sentido técnico e produção em sentido


económico:

Do ponto de vista técnico, produção é um ato ou contributo que impõem


transformação a um bem, tornando-o útil. Essa preocupação de tornar os
bens uteis representa a produção em sentido económico, que é o
desenvolvimento do esforço humano no sentido da contenção de bens
económicos uteis. É assim um ato criador de bens desejados.

✓ Produção em espécie e produção em valor:

As produções em espécie podem ser expressas das respetivas espécies


através de indicação do peso ou do volume dos bens produzidos. Produções
em valor são expressas ou em termos monetários, a moeda constitui um
valor padrão comum de valores.

Fatores de produção:

❖ Trabalho- é o esforço humano consciente na produção de um


determinado bem. O trabalho independente é aquele em que um
sujeito económico realiza sem submissão de outrem, sem submissão
a uma direção alheia. O trabalho subordinado é o trabalho
dependente de uma orientação estranha ao próprio trabalhador. O
trabalho intelectual é, predominantemente, de espirito. O trabalho
manual é quando o esforço desenvolvido é, predominantemente,
musculares.
❖ Capital- é disponibilidade monetária reprodutiva.
• Capital em sentido jurídico: abrange os bens que, por força de
instituições sociais, permitem obter rendimentos não
provenientes do trabalho. Inclui os bens intermediários mas
também os bens naturais que tinham sido objeto de
apropriação assente no regime de propriedade que se tenha
adotado.
• Capital em sentido contabilístico: será constituído por um
conjunto de bens cujo valor se mantem constante através da
respetiva amortização. Este conceito formou-se no plano de
vida das empresas.
• Capital fixo ou circulante: o fixo é aquele que é utilizável mais
do que uma vez no ato de produção como, por exemplo, as
máquinas de uma fábrica. O circulante é aquele que se destrói
através da própria utilização como, por exemplo, a eletricidade
ou os combustíveis.

Formação do Capital: o capital é um fator de produção derivado ao contrário


dos fatores naturais e do trabalho. Para se formar o capital tem que se
desenvolver uma certa atividade humana. O capital resulta de uma
poupança/aforro seguido de um investimento. Poupar consiste na renúncia
ao consumo imediato de bens que se acham disponíveis. Traduz-se no
sacrifício de uma necessidade presente á satisfação de uma necessidade
futura. A poupança admite três destinos:

• Investimento
• Consumo
• Entesouramento

➢ Rendimento Nacional

É um fluxo de bens e serviços produzidos por um país numa economia ao


longo de um determinado período de tempo. É o rendimento produzido por
um país e a este rendimento nacional somamos os rendimentos dos que
beneficiam os residentes no país considerado.

• Produto Nacional: é o somatório dos produtos de todas as unidades


económicas do país. é a soma dos produtos finais que inclui os bens
de consumo e o investimento bruto. O produto nacional pode ser
bruto ou líquido porque no produto nacional líquido subtrai-se ao
produto nacional bruto o valor das depreciações dos capitais. É este
que representa o valor acrescentado pela atividade económica do
país.
• Produto interno: produto que não circula para outro país, será produto
interno bruto ou liquido consoante tenham sido deduzidas ou não as
depreciações de capital.
• Rendimento pessoal: abatendo-se no rendimento nacional os lucros
não distribuídos, os impostos e as contribuições para a segurança
social apura-se o rendimento pessoal. Se a este rendimento pessoal
forem deduzidos os impostos que recaem sobre as pessoas físicas
determina-se o rendimento disponível.
➢ Preços e mercados
O preço é o valor dos bens expresso em unidades monetárias, é a expressão
monetária do valor dos bens. Características do mercado de concorrência
perfeita:
• Atomicidade do mercado: existência de um grande número de
agentes económicos de dimensão semelhante quer do lado da
oferta quer do lado da procura. Quando as condições do mercado
se mostram independentes da conduta isolada de qualquer
vendedor ou comprador. O preço não sobe nem baixa porque um
vendedor ou um comprador se retirou do mercado. Para o mercado
ser atomístico é preciso um número de vendedores e de
compradores mais ou menos extenso e as quantidades de bens
vendidos ou comprados por um deles não tem influência no nível
do preço.
• Transparência do mercado ou fluidez: liberdade de negociação das
transações. O estado não deve intervir fixando limites máximos ou
mínimos dos preços nem quando vendedores e compradores
tiverem estabelecido entendimento quanto ao nível dos preços.
• Homogeneidade: os produtos são iguais, só o preço os distingue
pelo consumidor e numa atitude racional o comprador/consumidor
irá comprar sempre o mais barato. A evolução tecnológica
caminhou na diferenciação dos produtos.
• Livre acesso ao mercado: o mercado terá que ser livre para a
criação de empresas, não devendo existir obstáculos à instalação
de novas empresas no mercado seja pela ação da lei que muitas
vezes proíbe a criação de empresas privadas em certos setores
básicos da economia ou por ação das grandes empresas
instaladas no mercado que pela sua força tendem a contrariar a
chegada de novos agentes económicos ou de novas empresas.
• Mobilidade dos fatores de produção: os fatores são livres de se
deslocar entre os diversos fatores da economia.

➢ Procura
A procura para um sujeito económico é a quantidade de bens e serviços que
ele quer adquirir e para cuja aquisição tem poder de compra bastante. A
procura varia na razão inversa do preço, diminui com a subida do preço.
Para um comprador racional as quantidades de bens procurados variam em
função dos preços e quanto mais baixos forem os preços mais elevados será
a sua procura. Quanto mais altos forem os preços mais reduzida será a sua
procura. A procura varia inversamente às variações dos preços.
• Inelasticidade da procura
São as exceções: bens essenciais, bens de luxo e bens de valor residual
• Elasticidade da procura:
A procura depende das variações dos preços. A medida da procura depende
dessas mesmas variações dos preços e de diversas circunstâncias. A
intensidade das necessidades, do volume que os bens a comprar ocupam
nos orçamentos dos compradores. Esta mesma elasticidade explica-se
através do efeito de rendimento e do efeito de substituição.
No efeito de substituição um comprador adquire vários bens. O bem A, B e
C. Se aumentar o preço do bem A, ele vai substituí-lo por outro cujos preços
não aumentaram.
• Efeito de rendimento: o aumento do preço de um bem traduz-
se numa redução do rendimento real do comprador. O
comprador vê baixar o seu poder de compra e restringe as suas
aquisições.

➢ Oferta
A oferta é a quantidade de bens e serviços que alguém quer vender e de que
dispõe, enquanto a procura aumenta quando os preços descem. A oferta
pelo contrário quando os preços sobem a oferta aumenta, quando os preços
descem a oferta diminui. A oferta varia na razão direta das variações dos
preços e na razão inversa da procura. Muitas vezes os vendedores preferem
armazenar os bens na previsão de melhores preços.
Na oferta os efeitos de substituição e de rendimento são diferentes: O feito
de substituição levará o vendedor a dar outro destino aos bens quando o
preço não é julgado remunerador, mas o efeito de rendimento irá impelir
(obrigar) o vendedor a vender mais quando os preços descem pela
necessidade de obter um certo nível de rendimento.
A elasticidade da oferta também é explicada com a maior ou menor
facilidade de transporte e armazenagem dos bens. Mesmo por vezes face a
um abaixamento dos preços os vendedores querem se desfazer das suas
mercadorias e dos seus bens para não os perderem.
➢ Moeda:
A moeda tem 3 funções:
• Instrumento geral de troca – contraprestação de um bem ou
serviço;
• Medida comum de valores – expressão monetária do valor dos
bens (preço do bem);
• Reserva de valores – a moeda está sempre e imediatamente
disponível para qualquer transação.
✓ Moeda metálica:
A moeda metálica surge devido às dificuldades da troca direta. Os metais
preciosos não são só usados para fins monetários e pelas suas qualidades
intrínsecas. Também devido à sua raridade, elevada procura, facilidade de
transporte, facilidade de conservação e grande valor específico. Além disso,
oferecia amplas vantagens de divisão.
As operações de amoedação acabaram por constituir atos do poder político,
os príncipes viram o inconveniente da cunhagem privada da moeda porque
essa mesma cunhagem privada não estabelecia um ambiente de confiança.
Viram todas as vantagens que o exclusivo da cunhagem da moeda traria
para o erário público. Temos o monetalismo ouro ou monetalismo prata ou
bimetalismo ouro e prata ou duplo estalão ouro e prata.

✓ Moeda de papel:
Surge a moeda papel porque a moeda papel tinha todas as vantagens em
relação à moeda metálica. Era mais cómoda, menos pesada e menos
volumosa. É mais fácil a impressão e menos dispendiosa de uma nota do
que a cunhagem da moeda. A raridade dos metais preciosos levou à
utilização da moeda papel. Moeda papel que eram tipos de crédito que
desempenham funções monetárias. O valor facial da própria nota é muito
superior ao valor do papel e da estampagem. Essa moeda papel inicialmente
era uma moeda papel representativa. Tinha atrás de si igual quantidade de
moeda metálica, mas essa moeda papel representativa alarga o seu volume
de circulação. Os banqueiros começam a emprestar esse dinheiro aí
depositado, pois os depositantes só levantavam parte dos seus depósitos.
Começam a emprestar o dinheiro aos comerciantes, aos industriais. A
moeda papel é imitida sem base num encaixe integral. Tornou-se moeda
papel fiduciária. A moeda papel fiduciária já não representava os valores
existentes nos bancos, circulava com base na confiança. Tinha uma
cobertura metálica parcial. A moeda papel alargou o seu volume monetário
de circulação, há um excesso de imissão de moeda com uma regra, uma
técnica própria de 1/3 que vai aumentando com uma cobertura inferior a
esse 1/3. Entra-se no regime da inconvertibilidade e a moeda passa a
designar-se por papel-moeda.
✓ Moeda Escritural ou Moeda Bancária:
A moeda escritural ou moeda bancária é constituída pelos saldos dos
depósitos à ordem.
✓ Quase Moeda:
A quase moeda é constituída pelos depósitos a prazo ou com pré-aviso. Só
algum tempo depois pode dispor desse saldo.
Teorias do valor da moeda:
• Teoria nominalista – a moeda tem o valor que dela própria consta;
• Teoria metalista – atribui à moeda um valor intrínseco à mercadoria
nela incorporada;
• Teoria quantitativa – o valor da moeda depende da sua quantidade. A
moeda valerá mais quanto mais rara ou menos abundante for.
Inflação e deflação:
A inflação é todo e qualquer aumento exagerado, desequilibrado da massa
monetária, o que corresponde a um elevado nível de preços.
A deflação é toda e qualquer contração dos meios de pagamento da moeda,
não compensada por reduções do nível de transações tendendo a uma
redução do nível geral do preço.

➢ Crédito:
O crédito é a ideia de troca de um bem presente por um bem futuro, em que
as duas prestações não são simultâneas. A maior parte das vezes o crédito
assenta na confiança que o devedor merece ao credor em razão da qual este
realiza uma prestação cuja contrapartida é deferida no tempo. A noção de
crédito pressupõe uma troca, troca que pode ser a pronto, a termo ou a
crédito.
• Crédito ao consumo– fornecem-se bens presentes
imediatamente utilizáveis ou moeda com a qual eles podem
obter e só mais tarde em momento posterior pagarão em
dinheiro ou em espécie o valor correspondente aqueles bens
imediatamente recebidos. Se o devedor não for empresário
nem industrial, presume-se que o crédito se destina ao
consumo.
• Crédito à produção – orienta-se para os investimentos, os
empresários que não dispõe de capitais suficientes para os
planos de produção estabelecidos recorrem ao crédito
dispondo-se a reembolsar os credores depois de venderem os
bens produzidos.
• Crédito a curto prazo- é quando é orientado para produção e
visa constituir ou reforçar o fundo de maneio das empresas e
logo que tenha realizado cobranças respeitantes aos
fornecimentos realizados, o empresário poderá reembolsar os
seus credores.
• Crédito a longo prazo- destina-se a fazer face a despesas de
primeiro estabelecimento, de instalação da empresa e só
passado um período mais ou menos longo, o empresário poderá
reembolsar pela acumulação de rendimentos de exercícios
anuais sucessivos.
• Crédito privado- quando o devedor é um particular.
• Crédito público- quando o devedor é uma entidade pública.
• Crédito pessoal- é concedido apenas em atenção à confiança
que o devedor merece em atenção às suas qualidades
pessoais. Ex: desconto de uma letra. No crédito pessoal
nenhum elemento fica afetado à garantia do pagamento.
• Crédito real- pelo contrário do crédito pessoal, já ficam
diversos elementos do património do devedor que são afetados
especialmente em garantia real do pagamento. Se a garantia
for dada por bens móveis estamos perante o penhor. Se for
dada por bens imóveis fica a recair numa hipoteca.
Títulos de crédito:
✓ Portador: são aqueles que se transmitem sem qualquer tipo de
formalidade, por mera tradição. Ex: as notas de banco.
✓ Nominativos: são títulos dos quais consta o nome do respetivo
credor e cuja transmissão exige que se proceda a um registo. Ex: as
obrigações.
✓ Ordem: transmissíveis por endosso, isto é, por ordem de pagamento
dada pelo beneficiário e constantes do verso do título. Ex: a letra, a
livrança e Warrant.
• Letra- é uma ordem de pagamento. O sacador que a emite
exige uma ordem de pagamento ao sacado a seu favor ou a
favor de terceiro beneficiário ou tomador;
• Livrança- título que contem uma promessa de pagamento ao
credor ou à sua ordem;
• Warrant- título de crédito à ordem endossável garantido por
mercadorias depositadas em regime de armazém, em geral em
armazéns de alfândegas. Os depositários dessas mercadorias
entregam aos depositantes um título de propriedade que pode
circular como garantia de empréstimos.
Operações bancárias:
✓ Passivas- são os depósitos à ordem, prazo e pré-aviso;
✓ Ativas- as mais importantes são:
• Desconto- constituiu a mais importante operação bancária
ativa contrapondo-se como tal o depósito. É a operação que
consiste na entrega ao beneficiário de um título de crédito a
curto prazo, ainda não vencido, da respetiva importância,
descontando o juro correspondente ao tempo que decorrerá
até ao vencimento. Essa entrega realiza-se contra o endosso
do título.
• Redesconto- tem a mesma natureza se um banco
comercial vê aumentar em termos julgados excessivos a sua
carteira de efeitos comerciais descontados a fim de manter
taxa de liquidez que Ihe é igualmente exigida ou julga
desejável redesconta parte desses efeitos comerciais junto de
outro banco
geralmente junto do banco central.

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