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❖ Jean-Baptiste Say:
A análise económica moderna criticou e não aceitou bem esta lei dos
mercados dos produtos, porque a moeda não é apenas um intermediário das
trocas mas também um reservatório de valores. A moeda tem uma procura
autónoma. Visando a formação de uma reserva liquida, a moeda tem 3
funções:
• Reservatório de valores;
• Medida comum de valores;
• Instrumento geral de trocas ou intermediário de trocas;
Críticas ao liberalismo:
✓ Adam Muller
• Terra;
• Trabalho;
• Capital material;
• Capital espiritual (valores e bens imateriais).
✓ Frederico List
Para List as indústrias alemãs teriam de ser protegidas por fortes barreiras
aduaneiras até alcançarem um nível suficiente de fazer face à concorrência
de outros países.
Reações Socialistas:
❖ Socialismo científico:
Diz que na ciência não há conquistas nem estádios definitivos, por isso, as
estruturas económicas em que assentaram os liberais não podiam ser
definitivas. Tratava-se apenas de estádios de categorias históricas. O
capitalismo seria, precisamente, a categoria destinada pelo sentido evolutivo
da sociedade a dar lugar ao coletivismo, categoria historia que se sucederia
ao capitalismo.
• A da concentração capitalista;
• A da mais-valia.
Segundo a sua teoria do valor concluiu Marx há uma diferença entre o valor
criado pelo trabalho e o valor consumido pelo trabalho. Esta diferença seria
a mais-valia capitalista: esse lucro ou esse ganho obtido através de uma
exploração do trabalhador forçado a um sobre-trabalho. Na mais valia
encontraria a fonte da constituição de cada vez mais avultados capitais que
determinaria a concentração capitalista. Uma parte cada vez maior do
capital era empregado na aquisição de máquinas, edifícios e matérias-
primas (capital constante), enquanto uma parte cada vez menor do capital
seria destinada ao pagamento de salários (capital variável). Substituía-se os
Homens pelas máquinas, os trabalhadores eram lançados ao desemprego
passando a constituir-se um exército de reserva industrial (contingente de
desempregados). Cada vez mais os desempregados viviam em condições
desumanas e cujo aumento de desemprego impediria qualquer elevação dos
salários. Por um lado, tínhamos os empresários capitalistas beneficiários
dessa industrialização cada vez mais ricos e poderosos, pelo contrário, os
trabalhadores cada vez mais pobres o que estaria na origem das crises
económicas por falta de poder de compra das massas para absorverem os
bens produzidos. O número de proletários crescia sempre e, num
determinado momento, esses mesmo proletários, por uma via revolucionária
em grande número, faria cessar tal estado das coisas, entregando á
comunidade os meios de produção. Era a ditadura do proletariado.
Keynes surge nos anos 30, a sua principal obra “Teoria Geral sobre o
emprego, juro e moeda” foi publicada 1936, há uma rutura completa com
todo o pensamento económico até então. Keynes foi professor em Oxford
e em Cambridge, homem forte do pensamento económico parte do
principio comum ao do marxismo: as crises anteriores ao capitalismo
eram de subprodução. No capitalismo as crises económicas são de sobre
ou superprodução. Nos anos 30 havia muito desemprego e a sua obra
"Teoria Geral Do Emprego, Juro e Moeda" enunciava a era da
macroeconomia moderna. O ajustamento macro económico verificava-se
através do ajustamento da despesa às mudanças dos rendimentos e não
pelo ajustamento dos salários e preços flexíveis. Para Keynes os preços
e os salários têm de ser rígidos, formula acordos laborais de longo prazo.
Os trabalhadores e as empresas estabelecem um acordo para que se não
modifiquem as taxas de salário.
Produção:
Fatores de produção:
• Investimento
• Consumo
• Entesouramento
➢ Rendimento Nacional
➢ Procura
A procura para um sujeito económico é a quantidade de bens e serviços que
ele quer adquirir e para cuja aquisição tem poder de compra bastante. A
procura varia na razão inversa do preço, diminui com a subida do preço.
Para um comprador racional as quantidades de bens procurados variam em
função dos preços e quanto mais baixos forem os preços mais elevados será
a sua procura. Quanto mais altos forem os preços mais reduzida será a sua
procura. A procura varia inversamente às variações dos preços.
• Inelasticidade da procura
São as exceções: bens essenciais, bens de luxo e bens de valor residual
• Elasticidade da procura:
A procura depende das variações dos preços. A medida da procura depende
dessas mesmas variações dos preços e de diversas circunstâncias. A
intensidade das necessidades, do volume que os bens a comprar ocupam
nos orçamentos dos compradores. Esta mesma elasticidade explica-se
através do efeito de rendimento e do efeito de substituição.
No efeito de substituição um comprador adquire vários bens. O bem A, B e
C. Se aumentar o preço do bem A, ele vai substituí-lo por outro cujos preços
não aumentaram.
• Efeito de rendimento: o aumento do preço de um bem traduz-
se numa redução do rendimento real do comprador. O
comprador vê baixar o seu poder de compra e restringe as suas
aquisições.
➢ Oferta
A oferta é a quantidade de bens e serviços que alguém quer vender e de que
dispõe, enquanto a procura aumenta quando os preços descem. A oferta
pelo contrário quando os preços sobem a oferta aumenta, quando os preços
descem a oferta diminui. A oferta varia na razão direta das variações dos
preços e na razão inversa da procura. Muitas vezes os vendedores preferem
armazenar os bens na previsão de melhores preços.
Na oferta os efeitos de substituição e de rendimento são diferentes: O feito
de substituição levará o vendedor a dar outro destino aos bens quando o
preço não é julgado remunerador, mas o efeito de rendimento irá impelir
(obrigar) o vendedor a vender mais quando os preços descem pela
necessidade de obter um certo nível de rendimento.
A elasticidade da oferta também é explicada com a maior ou menor
facilidade de transporte e armazenagem dos bens. Mesmo por vezes face a
um abaixamento dos preços os vendedores querem se desfazer das suas
mercadorias e dos seus bens para não os perderem.
➢ Moeda:
A moeda tem 3 funções:
• Instrumento geral de troca – contraprestação de um bem ou
serviço;
• Medida comum de valores – expressão monetária do valor dos
bens (preço do bem);
• Reserva de valores – a moeda está sempre e imediatamente
disponível para qualquer transação.
✓ Moeda metálica:
A moeda metálica surge devido às dificuldades da troca direta. Os metais
preciosos não são só usados para fins monetários e pelas suas qualidades
intrínsecas. Também devido à sua raridade, elevada procura, facilidade de
transporte, facilidade de conservação e grande valor específico. Além disso,
oferecia amplas vantagens de divisão.
As operações de amoedação acabaram por constituir atos do poder político,
os príncipes viram o inconveniente da cunhagem privada da moeda porque
essa mesma cunhagem privada não estabelecia um ambiente de confiança.
Viram todas as vantagens que o exclusivo da cunhagem da moeda traria
para o erário público. Temos o monetalismo ouro ou monetalismo prata ou
bimetalismo ouro e prata ou duplo estalão ouro e prata.
✓ Moeda de papel:
Surge a moeda papel porque a moeda papel tinha todas as vantagens em
relação à moeda metálica. Era mais cómoda, menos pesada e menos
volumosa. É mais fácil a impressão e menos dispendiosa de uma nota do
que a cunhagem da moeda. A raridade dos metais preciosos levou à
utilização da moeda papel. Moeda papel que eram tipos de crédito que
desempenham funções monetárias. O valor facial da própria nota é muito
superior ao valor do papel e da estampagem. Essa moeda papel inicialmente
era uma moeda papel representativa. Tinha atrás de si igual quantidade de
moeda metálica, mas essa moeda papel representativa alarga o seu volume
de circulação. Os banqueiros começam a emprestar esse dinheiro aí
depositado, pois os depositantes só levantavam parte dos seus depósitos.
Começam a emprestar o dinheiro aos comerciantes, aos industriais. A
moeda papel é imitida sem base num encaixe integral. Tornou-se moeda
papel fiduciária. A moeda papel fiduciária já não representava os valores
existentes nos bancos, circulava com base na confiança. Tinha uma
cobertura metálica parcial. A moeda papel alargou o seu volume monetário
de circulação, há um excesso de imissão de moeda com uma regra, uma
técnica própria de 1/3 que vai aumentando com uma cobertura inferior a
esse 1/3. Entra-se no regime da inconvertibilidade e a moeda passa a
designar-se por papel-moeda.
✓ Moeda Escritural ou Moeda Bancária:
A moeda escritural ou moeda bancária é constituída pelos saldos dos
depósitos à ordem.
✓ Quase Moeda:
A quase moeda é constituída pelos depósitos a prazo ou com pré-aviso. Só
algum tempo depois pode dispor desse saldo.
Teorias do valor da moeda:
• Teoria nominalista – a moeda tem o valor que dela própria consta;
• Teoria metalista – atribui à moeda um valor intrínseco à mercadoria
nela incorporada;
• Teoria quantitativa – o valor da moeda depende da sua quantidade. A
moeda valerá mais quanto mais rara ou menos abundante for.
Inflação e deflação:
A inflação é todo e qualquer aumento exagerado, desequilibrado da massa
monetária, o que corresponde a um elevado nível de preços.
A deflação é toda e qualquer contração dos meios de pagamento da moeda,
não compensada por reduções do nível de transações tendendo a uma
redução do nível geral do preço.
➢ Crédito:
O crédito é a ideia de troca de um bem presente por um bem futuro, em que
as duas prestações não são simultâneas. A maior parte das vezes o crédito
assenta na confiança que o devedor merece ao credor em razão da qual este
realiza uma prestação cuja contrapartida é deferida no tempo. A noção de
crédito pressupõe uma troca, troca que pode ser a pronto, a termo ou a
crédito.
• Crédito ao consumo– fornecem-se bens presentes
imediatamente utilizáveis ou moeda com a qual eles podem
obter e só mais tarde em momento posterior pagarão em
dinheiro ou em espécie o valor correspondente aqueles bens
imediatamente recebidos. Se o devedor não for empresário
nem industrial, presume-se que o crédito se destina ao
consumo.
• Crédito à produção – orienta-se para os investimentos, os
empresários que não dispõe de capitais suficientes para os
planos de produção estabelecidos recorrem ao crédito
dispondo-se a reembolsar os credores depois de venderem os
bens produzidos.
• Crédito a curto prazo- é quando é orientado para produção e
visa constituir ou reforçar o fundo de maneio das empresas e
logo que tenha realizado cobranças respeitantes aos
fornecimentos realizados, o empresário poderá reembolsar os
seus credores.
• Crédito a longo prazo- destina-se a fazer face a despesas de
primeiro estabelecimento, de instalação da empresa e só
passado um período mais ou menos longo, o empresário poderá
reembolsar pela acumulação de rendimentos de exercícios
anuais sucessivos.
• Crédito privado- quando o devedor é um particular.
• Crédito público- quando o devedor é uma entidade pública.
• Crédito pessoal- é concedido apenas em atenção à confiança
que o devedor merece em atenção às suas qualidades
pessoais. Ex: desconto de uma letra. No crédito pessoal
nenhum elemento fica afetado à garantia do pagamento.
• Crédito real- pelo contrário do crédito pessoal, já ficam
diversos elementos do património do devedor que são afetados
especialmente em garantia real do pagamento. Se a garantia
for dada por bens móveis estamos perante o penhor. Se for
dada por bens imóveis fica a recair numa hipoteca.
Títulos de crédito:
✓ Portador: são aqueles que se transmitem sem qualquer tipo de
formalidade, por mera tradição. Ex: as notas de banco.
✓ Nominativos: são títulos dos quais consta o nome do respetivo
credor e cuja transmissão exige que se proceda a um registo. Ex: as
obrigações.
✓ Ordem: transmissíveis por endosso, isto é, por ordem de pagamento
dada pelo beneficiário e constantes do verso do título. Ex: a letra, a
livrança e Warrant.
• Letra- é uma ordem de pagamento. O sacador que a emite
exige uma ordem de pagamento ao sacado a seu favor ou a
favor de terceiro beneficiário ou tomador;
• Livrança- título que contem uma promessa de pagamento ao
credor ou à sua ordem;
• Warrant- título de crédito à ordem endossável garantido por
mercadorias depositadas em regime de armazém, em geral em
armazéns de alfândegas. Os depositários dessas mercadorias
entregam aos depositantes um título de propriedade que pode
circular como garantia de empréstimos.
Operações bancárias:
✓ Passivas- são os depósitos à ordem, prazo e pré-aviso;
✓ Ativas- as mais importantes são:
• Desconto- constituiu a mais importante operação bancária
ativa contrapondo-se como tal o depósito. É a operação que
consiste na entrega ao beneficiário de um título de crédito a
curto prazo, ainda não vencido, da respetiva importância,
descontando o juro correspondente ao tempo que decorrerá
até ao vencimento. Essa entrega realiza-se contra o endosso
do título.
• Redesconto- tem a mesma natureza se um banco
comercial vê aumentar em termos julgados excessivos a sua
carteira de efeitos comerciais descontados a fim de manter
taxa de liquidez que Ihe é igualmente exigida ou julga
desejável redesconta parte desses efeitos comerciais junto de
outro banco
geralmente junto do banco central.