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Curso de Contabilidade Geral para AFRFB - 2016

Teoria e Resolução de Questões


PDF 1: Parte Introdutória

PDF 1: PARTE INTRODUTÓRIA 1

SUMÁRIO PÁGINA
Apresentação do professor 01
O curso 03
Conteúdo programático (edital AFRFB 2014) 09
Análise: contabilidade nas 10 últimas provas de AFRFB 12
Retrato ESAF de 2008 a 2016 15
Teoria: núcleo fundamental da disciplina 16
70 fatos contábeis tirados de provas de concursos 77
Lançamento dos 70 fatos contábeis 85
Fórmulas e classificação dos fatos 91
Questões ESAF 92
Gabarito 114

Observação importante: este curso é protegido por direitos


autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza
e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências.

Grupos de rateio e pirataria são ilegais e prejudicam os professores que


elaboram os cursos. Valorize nosso trabalho e adquira nossos cursos
apenas pelo site www.3dconcursos.com.br!

O PROFESSOR

Olá, Ilustres!

É com grande satisfação que damos início a esse curso de


Contabilidade Geral para AFRFB. Quero parabenizá-lo pela escolha!
Aqui, você terá à disposição um curso que permanecerá atualizado até
a data da prova. Esse curso passou por um cuidadoso processo de
ampliação e reformulação, tudo para entregar todas as ferramentas
necessárias para você botar a prova de Contabilidade Geral no bolso!

Antes de falar mais sobre o curso, deixa eu me apresentar.

Sou o professor Marcondes Fortaleza, ensino Contabilidade Geral e


Avançada para concursos desde 2003, já passei por alguns dos maiores
cursos preparatórios Brasil afora e posso dizer que tenho uma grande
experiência em preparar alunos para a Receita Federal. ESAF é minha
praia!

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Teoria e Resolução de Questões
PDF 1: Parte Introdutória

Passei na prova de Analista-Tributário da RFB (cargo que exerci com 2


satisfação durante 1 ano);
Passei na prova de Auditor-Fiscal da RFB (cargo que exerço desde
2002);
Fui instrutor do curso de formação para Analista-Tributário;
Fui instrutor do curso de formação para Auditor-Fiscal;
Fui conteudista da ESAF. “O que é isso professor?” A ESAF ministrou
um curso à distância para Auditores Fiscais da Receita Federal e
Procuradores da Procuradoria da Fazenda Nacional. O curso se
chamava “Contabilidade Aplicada à Administração Tributária” e eu
fui uma das pessoas convidadas a escrever o material;
Até fiscal de prova da ESAF eu fui, no concurso da Secretaria da
Fazenda do Pará, em 2002. Participei das reuniões preparatórias,
do processo de pegar provas, recolher, entregá-las ao coordenador
na unidade, etc. “E isso serve pra quê no nosso curso, professor?”.
Nada! É só pra mostrar que o Marcondinho realmente conhece as
diversas facetas de um dos seus grandes adversários: a ESAF (o
outro grande adversário é você mesmo; falaremos a respeito ao
longo das outras aulas).

Veja bem, sem medo de ser feliz, digo que se você acompanhar
atentamente esse curso, ninguém, mas ninguém mesmo, irá para a
prova conhecendo mais o jeitinho de ser da ESAF do que você. Pode
confiar!

Continuando com minha apresentação, sou formado em Ciências


Contábeis pela Universidade Federal do Ceará e em Direito pela
Universidade Federal do Pará. Possuo também pós-graduação em
Direito pela Universidade de Fortaleza em parceria com a ESAF (não
tem jeito, a ESAF me persegue...).

Para encerrar, antes de entrar na Receita, estagiei em bancos e


trabalhei mais de sete anos em uma grande empresa comercial, que
possuía quase 40 filiais. Dentre outros setores, tive a oportunidade de
trabalhar no contas a pagar, na tesouraria e na contabilidade dessa
empresa, tendo passado por diversos etapas do processo contábil na
prática. Conheço, enfim, a contabilidade na teoria e na prática. Mas
fiquem tranquilos, esse curso será totalmente voltado para a
preparação para o concurso de AFRFB. Só interessa o que já caiu ou

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pode cair na prova! Objetividade! Quem me conhece já sabe. Nosso 3


negócio é ensinar a marcar o ‘x” na letra correta.

O CURSO

Separamos o conteúdo de Contabilidade para AFRFB em duas partes:


Contabilidade Geral e Contabilidade Avançada (englobando, também,
a análise de balanços).

O presente curso diz respeito à Contabilidade Geral e abordará, através


de videoaulas, todo o programa descrito no cronograma. As aulas serão
ministradas pensando no aluno que está vendo a disciplina pela
primeira vez ou já viu a matéria e teve dificuldades. Nossa missão é
desmitificar a contabilidade. Adoro ensinar para quem nunca viu ou
acha contabilidade muito difícil. Deixa comigo!

Cada tema será tratado passo a passo ao longo dos vídeos. Após a
explanação teórica, iremos resolver questões da ESAF sofre o assunto.
Depois disso, detonaremos as questões cobradas nas provas de AFRFB
sobre o tema. Vejam bem, em meio às mais de 400 questões que serão
resolvidas, iremos metralhar todas (eu disse TODAS!) as de
contabilidade geral cobradas na prova de Auditor-Fiscal nos últimos 20
anos! O PDF com todas as questões AFRFB que serão resolvidas, da
mesma forma que este PDF, está disponível na parte aberta do site.
Fique à vontade para compartilhar esses PDFs das aulas
demonstrativas com seus amigos concurseiros:
www.3dconcursos.com.br/info_cursos.php?id=3468&nome=Contabilidade-Geral-
para-Auditor-Fiscal-da-RFB

Principalmente nesse início, o curso será intencionalmente beeeeem


cadenciado. A ideia é conduzir o aluno zerado na matéria até o debitar
e creditar com segurança. Para isso seguiremos todo um script já
consagrado (e aqui agradeço às diversas mensagens nos fóruns Brasil
afora indicando o Marcondinho), um passo a passo cuidadosamente
planejado para que você efetivamente entenda a matéria. Sempre
pensaremos em quem está vendo o assunto pela primeira vez ou tem
dificuldade na disciplina. Mas é bom ficar esperto! Com o passar das
aulas o curso ganha uma dinâmica mais intensa. O aluno iniciante terá

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Teoria e Resolução de Questões
PDF 1: Parte Introdutória

que fazer bem o dever de casa para conseguir acompanhar o curso, 4


pois não ficaremos, nem de longe, em um nível superficial. Pelo
contrário! Você ficará preparado para resolver as questões simples, as
de nível médio de dificuldade, as difíceis e as mal feitas (vá se
acostumando com a ESAF). Só para lembrar, estamos nos preparando
para um dos concursos mais importantes da área fiscal (com o último
acordo salarial fechado em 2016, o cargo de AFRFB foi confirmado no
topo da tabela remuneratória do poder executivo). Seu sacrifício vai
valer a pena, ah, vai...

Sobre o Material de Apoio

Esse é um curso de videoaulas. Sendo assim, não terá a teoria


completa na forma de PDF (alguns cursos do 3D, notadamente os dos
professores Pacelli e Fonte, terão PDF com teoria completa,
constituindo-se em verdadeiros cursos “2 em 1”). Ainda assim, quem
já estudou comigo sabe, vocês terão um belo material de apoio, com
as informações de que precisam para conhecer a ESAF, as principais
normas cobradas em prova e todas as questões que serão resolvidas.

Para cada assunto diferente (que pode abranger apenas uma aula ou
mais de uma aula) será disponibilizado um PDF de apoio e os slides
com as anotações feitas em sala. Esse primeiro PDF diz respeito à parte
introdutória da nossa matéria (aulas 1 a 6 do curso).

Mesmo sendo essencialmente um curso de videoaulas, nada impede


que eu faça ao longo da jornada resumos teóricos destacando os
pontos principais de alguns temas, algo que vai ajudar bastante na
hora da revisão final. Tais destaques teóricos, quando houver,
aparecerão sempre no início dos PDFs, sendo seguidos pelas questões
relativas ao assunto, com gabarito no final.

Nessa PDF inicial, por exemplo, vou tratar daquilo que eu costumo
chamar de “núcleo fundamental da disciplina”. Isso porque é
importantíssimo que todo aluno saiba:
a) o que é ativo, passivo, pl, receita e despesa, diferenciando numa
boa um grupo do outro; e
b) debitar e creditar com tranquilidade.

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5
Questões

Foco total em questões da ESAF, Ilustres! A estimativa inicial é de


aproximadamente 500 questões. Vai ter de tudo: questões recentes,
questões antigas (devidamente adaptadas), questões clássicas,
questões polêmicas, questões fáceis, questões mais ou menos e
questões difíceis. Cada pegadinha, cada artimanha da banca será
esquadrinhada no nosso curso. Será um verdadeiro passeio pelo
Universo ESAF. No que diz respeito a questões recentes, vamos
resolver, inclusive, as questões de contabilidade geral da ANAC 2016 e
FUNAI 2016 (prova que ocorrerá apenas em agosto de 2016). O curso
mais atualizado do Marcondinho à disposição no mercado será
esse do 3D!

Resolveremos também, quando necessário, questões de outras


bancas, pois nem sempre há questões suficientes da ESAF sobre todos
os assuntos. Estou atento às questões de todas as instituições
organizadoras, Ilustres. Questões importantes para uma preparação
top estarão no material. Podem confiar!

Estrutura

Antes de postar a estrutura, algumas considerações importantes.

Não estou querendo ser artista, mas um curso desse pra mim é uma
obra em constante construção. Sendo assim, nada impede que
ocorram mudanças na estrutura do curso. Por exemplo: uma aula
prevista para o meio do curso pode ser remanejada para o final ou
uma aula com mais de um assunto pode ser desmembrada. O
importante, no final das contas, é o seguinte: todos os assuntos serão
vistos. Todas as questões serão resolvidas. Simples assim.

No que diz respeito a datas, também poderão ocorrer mudanças. “Ô


professor, pra que cronograma, se tudo pode ser alterado?”
Precisamos de um norte, pessoal, algo para ter como referência. Cabe
destacar que nos meus cursos já gravados Brasil afora, os cronogramas
sempre foram cumpridos. 100%. Mas imprevistos acontecem. Sou

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Teoria e Resolução de Questões
PDF 1: Parte Introdutória

servidor público e às vezes aparecem viagens não previstas. Enfim, é 6


bom avisar (“o combinado não é caro”).
De início, o curso está dividido didaticamente em 30 aulas, da
seguinte forma:

AULA PDF ASSUNTOS


01 1 Contabilidade Introdutória – Parte I
02 1 Contabilidade Introdutória – Parte II
03 1 Contabilidade Introdutória – Parte III
04 1 Contabilidade Introdutória – Parte IV
05 1 Contabilidade Introdutória – Parte V
06 1 Contabilidade Introdutória – Parte VI
07 2 Balanço: Estrutura e Critérios de Classificação
08 3 Regimes de Escrituração
Operações com Duplicatas, Empréstimos e Custos de
09 4
Transação
10 5 Escrituração: Resolução CFC e Código Civil
11 6 Princípios de Contabilidade
12 7 CPC 00 – Estrutura Conceitual Básica
13 8 Perdas Estimadas
14 8 CPC 25: Provisões, Passivos e Ativos Contingentes
15 9 Depreciação – Parte I
16 9 Depreciação – Parte II
17 9 Amortização e Exaustão
18 10 Classificação de todas as contas da ESAF
19 11 Operações com Mercadorias – Parte I
20 11 Operações com Mercadorias – Parte II
21 11 Operações com Mercadorias – Parte III
22 12 Demonstração do Resultado do Exercício

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PDF 1: Parte Introdutória

AULA PDF ASSUNTOS 7


Reservas de Lucros, Debêntures, Doações e
23 13
Subvenções Governamentais
24 14 Dividendos
25 15 Reservas de Capital
Critérios de Avaliação do Ativo e do Passivo,
26 16
Mensuração a Valor Justo
27 17 Folha de Pagamento
Intangível.
28 18 Tratamento dos saldos existentes do ativo diferido e da
reserva de reavaliação
Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e
Retificação de Erro
29 19 Ativo Não Circulante Disponível para Venda
Operações Descontinuadas
Propriedades para Investimento
30 20 Resumão Pronunciamentos do CPC: os 50 itens mais
importantes!

Já houve alteração em relação ao cronograma inicial.

Verifique, sempre, no site, o cronograma completo atualizado.

Índice dos Vídeos


Ninguém aí tem tempo a perder não é verdade? Irei disponibilizar, ao
fim das gravações, um índice completo com o conteúdo de todos os
vídeos (a previsão é que o curso tenha 140 vídeos de 30 minutos).
Com esse índice você poderá ir direto no assunto e/ou na questão de
seu interesse. Eis um exemplo (fictício):
VÍDEO 50

• Operações com duplicatas, Cobrança em carteira


• Cobrança simples bancária e Desconto de duplicatas
• Resolução das questões: 71 e 72

Questões AFRFB - VÍDEO 05

• Questões AFRFB 70, 71, 72, 73, 74 e 75

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Teoria e Resolução de Questões
PDF 1: Parte Introdutória

Além dos PDFs que serão fornecidos ao longo das aulas (previsão de 8
20 PDFs), com as questões relativas a cada assunto, já foi
disponibilizado o PDF com as 146 questões AFRFB que serão resolvidas.
No exemplo dado, houve a resolução das questões 71 e 72 do PDF 4,
que trata de Operações com Duplicatas, e de seis questões AFRFB.
Observe que teremos uma numeração para as questões AFRFB e outra
para as questões “normais” (teremos a questão 71 dos PDFs “normais”
e a 71 do PDF das questões AFRFB; da mesma forma, teremos o vídeo
nº 20 relativo à teoria + questões “normais” e o vídeo nº 20 referente
à resolução de questões AFRFB). Enfim, as questões AFRFB terão
numeração separada.

Para finalizar, lembre do seguinte (e espalhe!!!):

As aulas ficarão disponíveis até a data para apresentação dos


recursos do próximo concurso para AFRFB.
Acesso ilimitado durante a vigência do curso: veja o vídeo
quantas vezes quiser. Aproveite!
Vídeos com acelerador de velocidade.
Fórum de dúvidas: até o momento, 100% das perguntas
respondidas. Esse é o padrão Marcondinho.
Garantia de atualização: se mudar algo na matéria ou algum
entendimento da ESAF, gravarei uma atualização e
disponibilizarei imediatamente. Você estudará por um curso
totalmente atualizado até a próxima prova de Auditor-Fiscal da
RFB!

Qualquer dúvida em relação à matéria, dinâmica do curso ou


comentário, estou à disposição no fórum do curso ou através do e-mail
marcondes@3dconcursos.com.br.

Siga o Marcondinho nas redes sociais:

Curta minha página: ‘Professor Marcondes Fortaleza’


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Canal do YouTube:
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Vamos, juntos, vencer a danada da contabilidade!

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO AFRFB 2014 9

CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA:

1. Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório


Contábil-Financeiro aprovado pelo Conselho Federal de
Contabilidade (CFC).
2. Patrimônio: componentes patrimoniais, ativo, passivo e situação
líquida. Equação fundamental do patrimônio.
3. Fatos contábeis e respectivas variações patrimoniais.
4. Sistema de contas, contas patrimoniais e de resultado. Plano de
contas.
5. Escrituração: conceito e métodos; partidas dobradas; lançamento
contábil – rotina, fórmulas; processos de escrituração.
6. Provisões Ativas e Passivas, tratamento das Contingências Ativas e
Passivas.
7. Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro.
8. Ativos: estrutura, grupamentos e classificações, conceitos,
processos de avaliação, registros contábeis e evidenciações.
9. Passivos: conceitos, estrutura e classificação, conteúdo das contas,
processos de avaliação, registros contábeis e evidenciações.
10. Patrimônio líquido: capital social, adiantamentos para aumento
de capital, ajustes de avaliação patrimonial, ações em tesouraria,
prejuízos acumulados, reservas de capital e de lucros, cálculos,
constituição, utilização, reversão, registros contábeis e formas de
evidenciação
11. Balancete de verificação: conceito, forma, apresentação,
finalidade, elaboração.
12. Ganhos ou perdas de capital: alienação e baixa de itens do ativo.
13. Tratamento das Participações Societárias, conceito de coligadas
e controladas, definição de influência significativa, métodos de
avaliação, cálculos, apuração do resultado de equivalência
patrimonial, tratamento dos lucros não realizados, recebimento de
lucros ou dividendos de coligadas e controladas, contabilização.
14. Apuração e tratamento contábil da mais valia, do goodwill e do
deságio: cálculos, amortizações e forma de evidenciação.
15. Redução ao valor recuperável, mensuração, registro contábil,
reversão.

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Teoria e Resolução de Questões
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16. Tratamento das Depreciações, amortização e exaustão, 10


conceitos, determinação da vida útil, forma de cálculo e registros.
17. Tratamentos de Reparo e conservação de bens do ativo, gastos
de capital versus gastos do período.
18. Debêntures, conceito, avaliação e tratamento contábil.
19. Tratamento das partes beneficiárias.
20. Operações de Duplicatas descontadas, cálculos e registros
contábeis.
21. Operações financeiras ativas e passivas, tratamento contábil e
cálculo das variações monetárias, das receitas e despesas
financeiras, empréstimos e financiamentos: apropriação de
principal, juros transcorridos e a transcorrer e tratamento técnico
dos ajustes a valor presente.
22. Despesas antecipadas, receitas antecipadas.
23. Folha de pagamentos: cálculos, tratamento de encargos e
contabilização.
24. Passivo atuarial, depósitos judiciais, definições, cálculo e forma
de contabilização.
25. Operações com mercadorias, fatores que alteram valores de
compra e venda, forma de registro e apuração do custo das
mercadorias ou dos serviços vendidos.
26. Tratamento de operações de arrendamento mercantil.
27. Ativo Não Circulante Mantido para Venda, Operação
Descontinuada e Propriedade para Investimento, conceitos e
tratamento contábil.
28. Ativos Intangíveis, conceito, apropriação, forma de avaliação e
registros contábeis.
29. Tratamento dos saldos existentes do ativo diferido e das
Reservas de Reavaliação.
30. Apuração do Resultado, incorporação e distribuição do resultado,
compensação de prejuízos, tratamento dos dividendos e juros sobre
capital próprio, transferência do lucro líquido para reservas, forma
de cálculo, utilização e reversão de Reservas.
31. Conjunto das Demonstrações Contábeis, obrigatoriedade de
apresentação e elaboração de acordo com a Lei n. 6.404/76 e suas
alterações e as Normas Brasileiras de Contabilidade atualizadas.
32. Balanço Patrimonial: obrigatoriedade, apresentação; conteúdo
dos grupos e subgrupos.

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33. Demonstração do Resultado do Exercício, estrutura, 11


evidenciação, características e elaboração.
34. Apuração da receita líquida, do lucro bruto e do resultado do
exercício, antes e depois da provisão para o Imposto sobre Renda,
contribuição social e participações.
35. Demonstração do Resultado Abrangente, conceito, conteúdo e
forma de apresentação.
36. Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido, conceitos
envolvidos forma de apresentação e conteúdo.
37. Demonstração do Fluxo de Caixa: obrigatoriedade de
apresentação, conceitos, métodos de elaboração e forma de
apresentação.
38. Demonstração do Valor Adicionado – DVA: conceito, forma de
apresentação e elaboração.
39. Mensuração a Valor justo e apuração dos ativos líquidos –
conceitos envolvidos, cálculos e apuração e tratamento contábil.
40. Subvenção e Assistência Governamentais – conceitos,
tratamento contábil, avaliação e evidenciação.
41. Análise das Demonstrações. Análise horizontal e indicadores de
evolução. Índices e quocientes financeiros de estrutura, liquidez,
rentabilidade e econômicos.

Observação: Os assuntos sublinhados não serão tratados no presente


curso.

É importante frisar que, considerando os últimos editais, na prova de


Auditor-Fiscal da Receita Federal não caem alguns assuntos cobrados
para os fiscos estaduais, tais como, Consolidação de Balanços,
Reorganização Societária (Fusão, Cisão, Incorporação), Contabilidade
de Custos e Contabilidade Pública.

Para AFRFB não cai:

Consolidação de Balanços
Reorganização Societária
Contabilidades de Custos
Contabilidade Pública

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12
CONTABILIDADE NAS PROVAS DE AUDITOR-FISCAL DA RFB

Até 2003, havia uma prova de Contabilidade Geral, com 20 questões,


uma de Contabilidade Avançada, com 30 questões, e outra de
Auditoria, também com 30 questões.

Na prova de 2005, houve a unificação das provas de Geral e Avançada,


com 20 questões. Curiosamente, nesse ano, em um concurso para
Auditor-Fiscal, foi excluída a disciplina de Auditoria.

Em 2009, ainda bem, acordaram: além da prova de Contabilidade


Geral e Avançada, ainda com 20 questões, houve o retorno de
Auditoria, permanecendo nos concursos seguintes.

No concurso de 2012, contabilidade aumentou ainda mais sua


importância, pois passou a ter 30 questões.

No concurso de 2014, contabilidade voltou a ter 20 questões.

O peso de contabilidade no último concurso (prova de 2014):

Quantidade de questões: 20/140


Quantidade de pontos: 40/210 => 19,04% do total
É a segunda matéria mais importante para fins de desempate
(A primeira é Direito Tributário. Olha o curso do Tudão galera!).

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AS ÚLTIMAS 10 PROVAS DE AFRFB 13

2014: 20 questões ............. 2 anuladas


2012: 30 questões ............. todas ok
2009: 20 questões ............. 1 anulada
2005: 20 questões ............. 1 anulada
2003: 20 questões ............. 2 anuladas
2002.2: 20 questões .......... 1 anulada
2002.1: 20 questões .......... 1 anulada
2001: 20 questões ............. 2 anuladas
1998: 20 questões ............. todas ok
1996: 20 questões ............. 2 anuladas
Total: 210 questões

Dessas 210 questões, iremos resolver, no nosso curso, 146 (quase


70%):

Contabilidade Geral nas Provas para Auditor-Fiscal da RFB:

AFRFB 2014: .......................... 12/20 (60,00%)


AFRFB 2012: .......................... 19/30 (63,33%)
AFRFB 2009: .......................... 17/20 (85,00%)
AFRFB 2005: .......................... 08/20 (40,00%)
AFRFB 2003: .......................... 19/20 (95,00%)
AFRFB 2002.2:........................ 17/20 (85,00%)
AFRFB 2002.1:........................ 20/20 (100,0%)
AFRFB 2001: .......................... 13/20 (65,00%)
AFRFB 1998: .......................... 14/20 (70,00%)
AFRFB 1996: .......................... 07/20 (35,00%)

No que diz ao conteúdo, é claro que tudo é importante, principalmente


em um concurso disputadíssimo, onde cada ponto vale ouro.

Entretanto, é muito importante dar uma atenção especial aos assuntos


preferidos da banca. Vamos aos assuntos de Contabilidade Geral mais
cobrados nas 10 últimas provas de AFRFB:

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14

ASSUNTOS DE GERAL MAIS


COBRADOS EM PROVAS DE AFRFB

1º Lugar:
Operações com mercadorias
2º Lugar:
Reservas
3º Lugar:
Depreciação
4º Lugar:
Contas
5º Lugar:
Fatos Contábeis seguidos de perguntas sobre o patrimônio
6º Lugar:
Demonstração do Resultado do Exercício
7º Lugar:
Dividendos
Critérios de Classificação
9º Lugar: Provisões
Desconto de Duplicatas

Mesmo o curso aqui sendo de contabilidade geral, deixa eu dar um


aviso rápido. Na próxima prova de AFRFB teremos questões certas
sobre os seguintes assuntos:

Análise de Balanços
Fluxo de Caixa
Equivalência Patrimonial.

Sempre cai. Estudem!!!

Esses e os demais assuntos de avançada serão vistos por mim, passo


a passo, no curso de Contabilidade Avançada que será ministrado, de
forma exclusiva, aqui no 3D Concursos. Para maiores informações:

http://www.3dconcursos.com.br/info_cursos.php?id=357&nome=Con
tabilidade%20Avan%E7ada%20para%20RFB

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RETRATO ESAF: 2008 A 2016 15

De 2008 pra cá a ESAF fez as seguintes provas de Contabilidade Geral:

CONCURSO MÊS/ANO
Contador da FUNAI (questões serão resolvidas nesse curso) 08/2016
Especialista da ANAC 03/2016
Auditor-Fiscal da RFB 05/2014
Contador do Ministério do Turismo 02/2014
Analista Técnico-Administrativo do MF 08/2013
Contador do MF 08/2013
Analista de Finanças e Controle da STN 03/2013
Auditor-Fiscal da RFB 09/2012
Analista-Tributário da RFB 09/2012
Analista do Comércio Exterior do MDIC 05/2012
Analista da CVM 10/2010
Fiscal de Rendas do RJ 09/2010
Analista Técnico da SUSEP 04/2010
Analista de Planejamento e Orçamento 03/2010
Auditor-Fiscal da RFB 12/2009
Analista-Tributário da RFB 12/2009
Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças 03/2009
Analista de Finanças e Controle da STN 11/2008
Auditor da Prefeitura de Natal 08/2008
Analista de Planejamento e Orçamento 06/2008
Analista de Finanças e Controle da CGU 03/2008

Vamos ver quais foram os assuntos de Contabilidade Geral mais


cobrados nesses 8/9 últimos anos:

1º Lugar:
Contas
2º Lugar:
Operações com mercadorias
3º Lugar:
Lei 6.404/76
4º Lugar:
Demonstração do Resultado do Exercício
Depreciação
6º Lugar: Provisões
Parte introdutória
8º Lugar: Fatos contábeis seguidos de perguntas sobre o patrimônio
Equivalência Patrimonial
10º Lugar:Princípios

Nada é mais eficiente do que resolver provas anteriores.


Baixe essas provas. Resolva as questões das disciplinas que cairão no
concurso, tomando o devido cuidado com as desatualizadas.
Vire especialista em ESAF!

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Curso de Contabilidade Geral para AFRFB - 2016
Teoria e Resolução de Questões
PDF 1: Parte Introdutória

16
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
-Núcleo Fundamental da Disciplina-

1.1 INTRODUÇÃO

Ilustres,

Nesse primeiro bate papo irei apresentar a vocês a parte central


da nossa disciplina, aquela parte inegociável, sem a qual não dá para
seguir adiante de modo satisfatório, que é: saber o que é ativo,
passivo, pl, receitas e despesas e saber debitar e creditar. Se você
entender isso direitinho, será meio caminho andado para botar a
contabilidade no bolso. “E se eu não entender, professor?”. Bem se não
entender, entrará na lista dos que consideram contabilidade o “fim do
mundo”. Mas não será o caso. Não tem porque não entender. É fácil.
De cara, uma dica importantíssima é você tirar da cabeça, desde já,
essa história de que débito é ruim e que crédito é bom.

Antes de avançar até o núcleo fundamental, no entanto, vamos


conversar rapidamente sobre os aspectos iniciais, itens básicos que
devem ser vistos porque caem em concurso. Aliás, tudo o que gente
for ver aqui cai em concurso: foco total. Vamos lá, rapidinho.

Conceito

Contabilidade é uma ciência. Afaste, de cara, qualquer


alternativa que trate a contabilidade como arte, técnica ou
metodologia. Enquanto ciência, obviamente, ela possui objeto próprio.

No nosso querido planeta terra, onde há uma supervalorização


do “ter”, chega a ser óbvia a existência de uma ciência voltada
especificamente para o estudo do patrimônio das pessoas, haja vista a
enorme importância que este tem no nosso dia a dia. No caso das
empresas, então, o perfeito controle de tudo o que elas possuem e
devem e o acompanhamento de como a riqueza aumenta ou diminui
ao longo do tempo chega a ser decisivo em um ambiente de grande
concorrência, onde a eficiência nos processos precisa ser aperfeiçoada
constantemente. É nesse contexto que ganha importância a
contabilidade, que é a ciência voltada para o estudo, registro, controle
e acompanhamento do patrimônio das entidades.

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Objeto 17

O objeto da contabilidade, ou seja, o assunto do qual ela trata,


é o patrimônio das entidades. Mas, o que vem a ser o patrimônio? É o
conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade, a saber: as
coisas que a entidade possui para usar ou vender (móveis,
equipamentos, veículos, mercadorias, exemplos de bens), os valores a
receber de alguém (direitos) e as dívidas perante terceiros
(obrigações). Quantificar exatamente esses montantes e acompanhar
quaisquer modificações ocorridas neles. É a isso que a contabilidade se
dedica.

É importante que cada um de nós saibamos quanto possuímos e


devemos. Você, aluno 3D, tem controle sobre seu patrimônio? Sabe
quanto tem em bens e direitos? E em relação às dívidas, sabe quanto
deve nesse momento? Comparando sua situação patrimonial com a do
ano anterior, seu patrimônio aumentou ou diminuiu? Sabe os motivos
desse acréscimo/decréscimo?

A contabilidade responde a essas questões.

Finalidade/Usuários

A finalidade da contabilidade é fornecer informações úteis aos


seus diversos usuários. Qualquer pessoa interessada na informação
contábil, quer esteja dentro da entidade (gerentes, administradores,
sócios) ou fora dela (clientes, fornecedores, bancos, governo) é
considerada um usuário da informação contábil. Mas que tipo de
informação o usuário quer? Qual tipo de informação a entidade deve
divulgar? Ora, é claro que não interessam informações insignificantes
do tipo, “em uma tarde, no escritório da multinacional X, em São Paulo,
são utilizados, pelo funcionário Y, 50 clipes de papel”. O que interessa
é o fornecimento de informações úteis1, aquelas que são relevantes e
que representam fidedignamente a realidade.

1Na aula 12, no estudo do CPC 00, estudaremos as características da informação contábil bem
direitinho.

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Contabilidade é a ciência que controla o patrimônio (objeto) a fim de


fornecer informações (finalidade) a quem interessar possa (usuários).

Campo de Aplicação

Onde a contabilidade vai atuar? Onde houver um patrimônio


sendo gerido, ou seja, um patrimônio com alguém cuidando dele. Cabe
destacar que essa gerência, esse ‘cuidar’, não tem nada a ver com
eficiência. Essa gerência pode ser um desastre e ainda assim, haverá
contabilidade. Enfim, onde houver um conjunto de bens, direitos e
obrigações, com atos de gestão, aí haverá a contabilidade. Para a
prova, no entanto, o mais importante é memorizar o seguinte: o campo
de aplicação da contabilidade é a entidade econômico-administrativa,
também chamada de azienda.

Cabe destacar que azienda ou entidade econômico-


administrativa é algo mais amplo do que empresa. Pensamos muito
em contabilidade para empresas que prestam serviços, compram,
fabricam e vendem com lucro, mas a contabilidade vai além. Você, caro
aluno, é uma azienda, assim como as empresas, as associações,
igrejas, clubes de futebol, municípios, etc. Dito isto, é bom destacar
que no nosso curso a abordagem será focada nas empresas comerciais,
assim como acontece nas provas de contabilidade geral.

Funções

Aqui mais um decorebinha para acertar aquela questão dada na


prova. A contabilidade tem duas funções:

Função Administrativa: controlar o patrimônio

Função Econômica: apurar o resultado (ou rédito)

Se a contabilidade tem por finalidade fornecer informações úteis


sobre o patrimônio, é obvio que ela precisa conhecer ‘só tudo’ sobre o

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seu objeto, enfim, tem que controlar e conhecer a fundo o patrimônio, 19


para poder dar as informações de que os usuários necessitam (função
administrativa). Outra coisa, não basta saber qual é o patrimônio da
entidade em determinada data. Temos que verificar, por exemplo, se
esse patrimônio aumentou ou diminuiu no último ano, conhecendo as
razões desse aumento ou diminuição. Via de regra, a riqueza de uma
entidade aumenta ou diminui por conta do chamado resultado, que é
a verificação da ocorrência de lucro (receitas maiores do que despesas)
ou prejuízo (despesas maiores do que receitas). Daí a importância da
função econômica. Calma que no momento adequado iremos estudar
o que é receita e despesa.

Técnicas Contábeis

Mais um assunto fácil, Ilustres. Técnicas contábeis são as


ferramentas que a contabilidade utiliza para exercer o seu papel.
Existem quatro técnicas: escrituração, demonstrações, auditoria e
análise.

Tudo começa com a escrituração2, que é o registro de todas as


ocorrências que afetam o patrimônio. Sendo a ciência que controla o
patrimônio a fim de fornecer informações, é óbvio que a Contabilidade
deve estar atenta a todos os fatos que alteram os bens, direitos e
obrigações de uma empresa. Houve alguma alteração, por menor que
seja? Devemos efetuar o respectivo registro, dizer o que exatamente
foi modificado no patrimônio. Isso também é chamado de lançamento
que é, no final das contas, o debitar e o creditar na Contabilidade. Por
ser o ponto de partida, é fundamental o entendimento de como se
registra um fato, assunto que será cuidadosamente debatido adiante,
em meio a vários exemplos.

A contabilidade existe para fornecer informações úteis, que


auxiliem na tomada de decisões por parte dos usuários. Sendo assim,
de nada adianta dizer ao dono de uma empresa que em relação ao seu
patrimônio houve, por exemplo, cinco mil fatos que alteraram seu
patrimônio e passar a narrar um festival de débitos e créditos. Será

2
Na realidade, chamamos de escrituração a reunião de lançamentos. Nesse primeiro momento, no
entanto, trataremos escrituração como sinônimo de registro contábil.

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que ele compreenderia alguma coisa? Provavelmente não! É por isso 20


que, após o registro de todos os fatos ocorridos em determinado
período, a empresa elabora demonstrativos diversos, cada um com
uma finalidade específica, informando aos usuários, por exemplo, qual
é o seu patrimônio em uma data determinada data (Balanço
Patrimonial), qual foi o lucro ou prejuízo apurado (Demonstração do
Resultado do Exercício), o que foi feito com esse resultado
(Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados), o que tem
acontecido com o caixa (Demonstração dos Fluxos de Caixa) e como a
empresa gera riqueza e a distribui entre os funcionários, proprietários,
governo e terceiros (Demonstração do Valor Adicionado). São feitas,
enfim, tabelinhas criadas para atender a finalidades específicas. Tais
tabelinhas são conhecidas como demonstrações contábeis3, as quais
resumem a escrituração, tornando-a mais amigável ao usuário.

A auditoria consiste, grosso modo, na obtenção de evidências


sobre as informações contidas nas demonstrações: todos os fatos
foram realmente registrados de forma correta? As demonstrações
foram elaboradas de acordo com os princípios e normas contábeis?

Por fim, a análise das demonstrações contábeis, também


conhecida como análise de balanços, trata do estudo das
demonstrações, através do qual elas são analisadas sob diferentes
aspectos, de modo que o usuário consiga extrair diversas informações,
tais como liquidez, endividamento, rotatividade e rentabilidade.

Demonstrações Auditoria
Escrituração
(montar quadros (verificar se está
(registrar)
explicativos) tudo certo)

Análise
(estudar as
demonstrações)

3Há outras demonstrações contábeis. Neste curso iremos estudar detalhadamente o Balanço
Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício. As demais demonstrações (inclusive
as não citadas aqui) serão estudadas no curso de Contabilidade Avançada para a AFRFB.

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1.2 PATRIMÔNIO

Já vimos que o objeto de estudo da contabilidade é o patrimônio,


que é o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade.
Pensando, sempre, em quem está vendo a matéria pela primeira vez,
vamos conversar um pouco sobre os termos tratados no conceito de
patrimônio. Perceba que o senso comum vai nos ajudar bastante nessa
tarefa.

Bens (também chamados de direitos reais)

Bem é algo que atende a uma necessidade humana e pode ser


mensurado. São os elementos que podem ser utilizados ou vendidos
e que têm valor: dinheiro no bolso, dinheiro no banco, máquinas,
equipamentos, móveis, utensílios, veículos, terrenos, mercadorias,
produtos, etc. A despeito dos exemplos dados, nem todo bem é
tangível ou material. Veja o caso de um programa de computador: tem
utilidade e é avaliável em dinheiro (custa algum valor) e, por isso,
também é um bem, só que intangível. Há outros exemplos de bens
incorpóreos, tais como marcas e patentes. É importante que fique claro
que um bem pode ser material ou imaterial e que necessariamente a
ele deve ser possível atribuir um custo. O ar, por exemplo, tem uma
enorme utilidade, mas nós não atribuímos um custo a ele. Ninguém
diz: “o ar da minha empresa foi comprado por tantos reais”.

Cabe destacar que a contabilidade só trata de itens que possam


ser mensurados. Se não tiver valor, não entra na contabilidade. Sendo
assim, essa história de que precisa ter um custo vale para todos os
elementos da contabilidade (ativo, passivo, pl, receitas e despesas).

Direitos (também conhecidos como direitos pessoais)

São todos os valores que a empresa tem a receber ou a


recuperar, bem como tudo o que ela emprestou ou adiantou a alguém.
São os créditos perante terceiros. Emprestou algo a alguém? Ficou com

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um direito denominado empréstimos concedidos4. Adiantou salário a 22


um empregado? Surgiu no seu patrimônio um direito denominado
adiantamento a empregados. Vendeu mercadorias ou prestou serviços
a prazo? Apareceu um direito comumente chamado de clientes ou
duplicatas a receber. Direitos, simplificando, são os montantes que a
empresa tem a receber ou a recuperar dos outros.

Obrigações

Aqui também o senso comum ajuda bastante: obrigações são as


dívidas que a entidade contraiu junto a terceiros: contas a pagar,
empréstimos obtidos, tributos a recolher; enfim, são os valores que
cedo ou tarde a empresa terá de pagar a alguém.

Situação Líquida

Embora não esteja expresso no conceito de patrimônio, é


importante o entendimento do que seja a situação líquida (adiante
veremos se há diferença entre situação líquida e patrimônio líquido).
Se uma pessoa converter todos os seus bens e direitos em dinheiro e
pagar todas as suas dívidas, diz-se que a sobra é sua situação líquida
(SL). A SL é, portanto, quanto efetivamente pertence ao dono da
entidade sendo, por isso, conhecida como capital próprio (riqueza do
proprietário). É fácil visualizar. Imagine que alguém tenha, em bens e
direitos o valor de R$ 20 e que possua, ao mesmo tempo, uma dívida
também de R$ 20. Essa pessoa, no final das contas, não possui recurso
próprio, sua riqueza é zero! Ora, se ela vender o bem pelo preço de
custo e receber o direito ficará com R$ 20 nas mãos. Só que terá de
pagar sua dívida, também no valor de R$ 20. No final da história: nada
no bolso! É por isso que para avaliarmos se alguém é “rico” ou não,
não devemos focar apenas nos bens e direitos (praxe nesse mundão
doido que adora aparências, diga-se de passagem), pois alguém pode
ter aplicações, terrenos, investimentos e carros na casa de bilhões
mas, do mesmo modo, pode estar devendo bilhões. Já outro, com
apenas uma simples casa, mas sem dever a ninguém, pode ter uma
SL maior. Vamos comparar duas situações:

4Veremos mais adiante que há flexibilidade na nomenclatura das contas, a depender do plano
de contas estruturado pela entidade. O que é “empréstimos concedidos” em uma empresa, pode
ser “empréstimos a receber” em outra, por exemplo.

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23

Patrimônio 1

Dinheiro--------- 100.000 Financiamentos Bancários a Pagar-----400.000


Casa------------- 200.000 Contas a Pagar--------------------------200.000
Terrenos--------- 300.000
TOTAL------------600.000 TOTAL------------------------------------600.000

Análise: A pessoa possui bens e direitos no valor de 600 mil, mas


sua riqueza é zero, pois suas dívidas também chegam a 600 mil.

Patrimônio 2

Dinheiro--------- 1 Contas a Pagar------- 0,50

Análise: A pessoa quase não possui patrimônio, pois há somente


um bem (dinheiro) na quantia irrisória de um real (R$ 1); entretanto,
as dívidas são menores ainda (praticamente zero), de modo que possui
patrimônio líquido de 0,50 centavos – quase nada, mas possui!

Embora prosaicos, os exemplos servem para deixar claro, desde


já, que:

• Não é um Ativo (bens e direitos) grande, por si só, que vai indicar
que alguém está “rico”
• Não é um PASSIVO (obrigações) enorme, por si só, que vai indicar
que alguém está “pobre”.

Por fim, cabe destacar que, por convenção, quando vamos


representar o patrimônio de alguém, os bens e os direitos ficam do
lado esquerdo. Já as dívidas e a situação líquida ficam do lado direito.
Em termos de valor, o lado direito sempre será igual ao lado esquerdo.
Veremos o motivo adiante!

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1.3 CONTAS 24

Nesse ponto do material já deu pra perceber que a contabilidade


trabalha com dois aspectos do patrimônio: o aspecto qualitativo (dizer
o nome do item) e o aspecto quantitativo (mostrar o valor do item).
Não interessa informar que uma entidade tem um terreno, sem
conseguir indicar qual é o valor desse terreno: mil, um milhão ou um
bilhão? Ora, tem que dizer o valor, tem que ter o aspecto quantitativo.
Da mesma forma, não adianta nada dizer que alguém tem “algo” de
10 mil, sem dizer o que é esse algo. É um carro, dinheiro, valor a
receber de alguém, uma dívida? Tem que ter também o aspecto
qualitativo. E é nesse contexto de aspecto qualitativo que a contas
entram.

Imagine que você seja o responsável pela contabilidade de


alguém e chegou o momento de mostrar a essa pessoa qual é o
patrimônio dela no final de determinado período. Caso você diga “seu
patrimônio é de R$ 1 milhão”, essa informação gerará, por certo,
outras indagações do tipo “Mas um milhão em quê? Dinheiro? Casas?
Terrenos? Valores a Receber?” Ora, se a contabilidade existe para
fornecer informações, deve fazer isso de modo decente. A informação
deve ser prestada levando em consideração que o patrimônio é
composto de diversos itens. Para fins de comparação, para ficarmos só
nos bens, alguém pode ter “apenas” um imóvel de um milhão,
enquanto outro pode ter dinheiro em caixa, dinheiro no banco,
aplicações financeiras, terrenos, máquinas, móveis, veículos,
utensílios, enfim, diversos itens que somados também cheguem a um
milhão. Observe que embora os dois patrimônios (brutos) possuam um
mesmo valor, eles têm uma composição muito diferente! É por isso
que a contabilidade fornece informações indicando cada elemento que
compõem o patrimônio de uma pessoa; e é cada elemento desse, cada
item que forma o patrimônio de alguém, que chamamos de contas.

Na contabilidade há uma infinidade de contas pois, na prática,


cada empresa tem liberdade de criar o nome que quiser. Desse modo,
não vá atrás de querer saber o nome de todas as contas que existem.
Não dá! Não precisa! Para a nossa prova, vai ser importante, isso sim,
conhecer todas as contas já cobradas em provas da ESAF (faremos isso

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na aula 18). O que interessa, e isso você vai ter que conhecer, não tem 25
jeito, é saber a qual grupo a conta que estiver diante de você pertence.
Então vamos lá.

Uma conta pode pertencer a cinco grandes grupos: ATIVO,


PASSIVO, SITUAÇÃO LÍQUIDA (SL), RECEITAS e DESPESAS. É
importantíssimo entendermos a característica de cada um desses
grupos. Vamos, então, estruturar nosso estudo da seguinte forma: em
um primeiro momento, aprenderemos a identificar as contas do ativo,
passivo e SL para, em seguida, entender como se dá o registro de fatos
envolvendo tais grupos.

Na sequência, apresentaremos os conceitos de despesas e


receitas, com exemplos de lançamentos, mostrando cuidadosamente a
diferença entre as contas usadas para aferir o resultado (receitas e
despesas) e as utilizadas para evidenciar o patrimônio de alguém em
determinada data (ativo, passivo e SL). Essa sequência foi
cuidadosamente planejada para que você entenda – mas entenda
mesmo! – o núcleo fundamental da disciplina: quais são os grupos de
contas e como lançar.

Preste atenção!!!

1.4 ATIVO

No ativo ficam todas as contas representativas de bens e direitos


da entidade. Foi bem, foi direito, tá no ativo.

Já vimos o que são bens e direitos. A hora agora é de ir se


familiarizando com algumas contas famosas do ativo, sem querer
esgotar o assunto, já que teremos uma aula específica sobre contas.
Leia a relação abaixo. Nela constarão apenas bens e direitos, ou seja,
contas do ativo. Veja se tem algo que vai contrariar sua lógica.
Qualquer dúvida, entre em contato, pois estamos adentrando a parte
central do conteúdo e cada passo é importante. Vamos começar com
algumas contas bem fáceis:

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• Caixa: é o dinheiro em espécie; 26


• Bancos conta movimento: é o dinheiro que está na conta
corrente;
• Mercadorias: é o que a empresa compra para revender;
• Produtos: é o que a indústria fabrica para vender;
• Matéria-prima: é o que a indústria compra para utilizar na
fabricação de produtos;
• Material de consumo: é o material de expediente utilizado pela
empresa (papel, clipes, grampos, caneta). Pode ser também o
material utilizado na limpeza;
• Estoques: é gênero, do qual são espécies: mercadorias,
produtos, matéria-prima, material de consumo, etc. Nesse curso,
quando aparecer a palavra estoques de forma isolada, estaremos
nos referindo a estoque de mercadorias;
• Clientes*: quando a empresa vende a prazo, ela fica com um
valor a receber do seu cliente. Equivale a “valor que eu tenho a
receber do meu cliente”. É um direito, portanto;
• Contas a receber*
• Duplicatas a receber*
• Títulos a receber*
• Empréstimos concedidos: se emprestamos para alguém, ficamos
com um direito;
• Adiantamentos a funcionários: “Adiantamento A Alguém é Ativo”
• Máquinas e equipamentos: geralmente equipamentos usados
pelas indústrias
• Móveis e utensílios: é só pensar nos móveis do escritório (mesas,
cadeiras, etc.);
• Veículos: veículos usados pela empresa no dia a dia (para
entrega, por exemplo);
• Terrenos: na contabilidade o valor do prédio (edificação) vai
para uma conta, o do terreno vai para outra;
• Edificações: é a parte construída do imóvel;
• Imóveis: vá se acostumando. Pode aparecer tudo separado
(terrenos e edificações) e pode aparecer a conta imóveis mesmo.
No final das contas o que interessa é que são bens;
• Investimentos: ações que compramos de outras empresas, por
exemplo;
• Aplicações Financeiras: CDB, RDB, Poupança, etc;

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• Casa: não tem diferença para imóvel. É só para alertar que pode 27
aparecer assim também;
• Computadores: computadores usados pela empresa no dia a dia.
Lembrando, se a empresa vende computadores, tais
computadores ficam na conta mercadorias (tudo o que a
empresa compra para revender é mercadoria, do chiclete ao
edifício);
• Marcas: direito de explorar comercialmente uma marca;
• Patentes: direito de explorar, por exemplo, a fórmula de um
medicamento por um determinado período.

* Há flexibilidade na nomenclatura das contas. Ao invés de ‘clientes’,


podemos usar: ‘duplicatas a receber’ ou ‘duplicatas emitidas’ (sinônimo
de duplicatas a receber). Podemos até mesmo utilizar ‘contas a receber’
ou ‘títulos a receber’; enfim, o importante é usar uma conta que
represente um valor a receber. Com lógica, claro.

Sinônimos para Ativo: Patrimônio Bruto, Recursos Aplicados, Capital


Aplicado.

Valores possíveis para o Ativo: o ativo pode ser zero ou maior que zero.
Jamais o ativo será menor que zero. Ou temos bens e direitos ou não
temos. Não há bens e direitos negativos.

1.5 PASSIVO

O passivo é formado pelas dívidas da entidade, ou seja, tudo o


que a empresa está devendo para terceiros. Quaisquer contas a pagar
(títulos a pagar, duplicatas a pagar, notas promissórias a pagar),
empréstimos e financiamentos obtidos, adiantamentos recebidos de
alguém, tributos a recolher, dívidas junto a fornecedores, enfim, tudo
o que devemos fica no nosso Passivo.

Lembrando o que foi dito anteriormente, não é um passivo


grande, por si só, que vai indicar que minha situação está ruim. Por
exemplo, se peguei um empréstimo de mil, mas possuo esse dinheiro
no caixa (ou aplicado em máquinas, mercadorias, etc.), minha riqueza

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não foi alterada (não fiquei “mais rico” nem “mais pobre”), pois se é 28
verdade que tenho uma dívida de mil, também é verdade que esse
valor está no meu ativo. Basta eu realizar os bens (ou seja, transformá-
los em dinheiro) e pagar a obrigação. Seguindo o mesmo raciocínio,
não é porque tenho um ativo de um milhão que posso dizer que estou
em uma situação confortável; isso porque posso estar com esse
dinheirão na conta, mas ao mesmo tempo, dever igual quantia ao
banco. Não custa lembrar, então, algo que vai ser importante para
entendermos adiante a diferença entre passivo e despesa, bem como
entre ativo e receita:

Não é um Ativo grande, por si só, que vai indicar que meu PL
também é grande ou está aumentando;

Não é um PASSIVO enorme, por si só, que vai indicar que meu PL é
pequeno ou está diminuindo.

Vamos dar uma olhadinha em algumas contas clássicas do


passivo:

• Fornecedores: quando a empresa compra estoque a prazo, ela


fica com um valor a pagar a quem está fornecendo a mercadoria.
Equivale a “valor que eu tenho a pagar ao meu fornecedor”. É
uma obrigação, portanto.
• Contas a pagar*
• Duplicatas a pagar*
• Títulos a pagar*
• Empréstimos obtidos, Empréstimos a pagar ou apenas
Empréstimos: quem pede emprestado fica com uma dívida;
• Financiamentos obtidos, Financiamentos a pagar ou apenas
Financiamentos:
• Adiantamento de clientes: se um cliente adiantou algum valor
para a empresa, a empresa ficou com uma dívida.

É importante destacar que quando aparece apenas a palavra


empréstimo, sem indicar se foi concedido ou obtido, classificamos no
passivo, ou seja, fica subtendido, que se trata de um empréstimo
obtido. O mesmo vale para financiamentos.

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29

Sinônimos para Passivo: Passivo Exigível, Passivo Real, Capital de


Terceiros, Recursos de Terceiros, Capital Alheio e Recursos Alheios.

Valores possíveis para o Passivo: o passivo pode ser zero ou maior que
zero. Assim como o ativo, o passivo jamais será menor que zero. Ou
temos dívidas ou não temos.

1.6 SITUAÇÃO LÍQUIDA

Quando alguém resolve começar uma empresa deve,


necessariamente, entregar algum recurso para que a pessoa jurídica
comece a funcionar, afinal, a empresa precisa de algo para sair do
papel. Pois bem, esse recurso inicial entregue pelos sócios é chamado
de capital social, e é sobre essa conta que vamos nos deter, em um
primeiro momento, para sacramentar a ideia de que é a SL quem vai
evidenciar quanto do patrimônio efetivamente pertence ao sócio.

Imagine que João e José resolveram abrir uma empresa tendo,


cada um, se comprometido a entregar R$ 50 em dinheiro para a
formação do capital (pense na conta capital social como sendo “o sócio
colocou na empresa tanto”). Imagine que pela manhã eles abriram a
empresa, entregando (integralizando, realizando) um capital de R$
100, em dinheiro. O patrimônio fica assim:

ATIVO SITUAÇÃO LÍQUIDA


Caixa--------100 Capital Social-------100

Acontece que à tarde eles se arrependem e decidem liquidar a


empresa. Como não há dívidas, tudo o que existe no ativo pertence
aos sócios; sendo assim, cada um vai ficar com os R$ 50 que entregou
na parte da manhã (para simplificar, desconsideramos que, na prática,
a empresa teria gastos para concretizar a liquidação).

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Agora imagine que após a integralização do Capital a empresa 30


tenha obtido um empréstimo bancário de R$ 100 mil. Teríamos o
seguinte Balanço Patrimonial5:

ATIVO PASSIVO
Caixa 100 Empréstimos 100.000
Bancos 100.000 PL
Capital Social 100
Ativo Total 100.100 Passivo Total 100.100

Agora, caso resolvam acabar com a empresa, quanto cada sócio


vai botar no bolso? Simples, continua sendo o valor de R$ 50 para
cada. Veja que o primeiro passo será pagar todas as dívidas. Ora,
usando o dinheiro da conta corrente para pagar a obrigação bancária,
a empresa voltará à situação de possuir apenas R$ 100 aplicados no
caixa. Veja que o valor constante no ativo (patrimônio bruto) não
pertence, efetivamente, ao sócio, não faz parte de “sua riqueza”.
Devemos diminuir do patrimônio bruto todas as dívidas e, aí sim,
chegamos ao que os sócios colocarão no bolso no final das contas.

Repetindo, é a SITUAÇÃO LÍQUIDA que vai indicar:

a) a riqueza da entidade;
b) quanto, efetivamente, o titular do patrimônio possui de recurso
próprio;
c) quanto, no final das contas, o sócio bota no bolso caso ocorra a
liquidação da empresa;
d) se ao longo do tempo a pessoa “está ficando mais rica” ou “mais
pobre”.

Mas a SL não é formada apenas do capital colocado inicialmente


na empresa. Primeiro, porque a qualquer momento os sócios podem
aumentar esse capital mediante novos aportes, bem como diminui-lo.

5
Representação gráfica do Balanço Patrimonial: por convenção, do lado esquerdo ficam as contas do
Ativo, e do lado direito as do Passivo e PL. A Lei nº 6.404/76 (base da contabilidade) chama o lado direito
do balanço, composto de Passivo (dívidas) e Patrimônio Líquido, de PASSIVO. Como os dois lados do
balanço sempre terão o mesmo valor, diz-se que o ATIVO vai sempre bater com o PASSIVO. Na realidade,
o termo PASSIVO da lei se refere ao que a doutrina chama de PASSIVO TOTAL (termo que engloba o
Passivo Exigível e o PL).

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Segundo, porque outros fatores também influenciam na riqueza do 31


proprietário, sendo o mais conhecido deles, o lucro. Ora, se ao longo
de suas operações, a empresa tem mais receitas do que despesas, diz-
se que houve um lucro e tal resultado aumenta sua riqueza. Caso,
entretanto, ocorra prejuízo em determinado período (despesas
superiores às receitas) a SL da empresa ficará menor.

Outra coisa: quando ocorre lucro, a empresa pode aproveitar o


bom momento e, por segurança ou exigência da lei, destinar parte dele
para a constituição das reservas de lucros, guardando, assim, um
pouco da “gordura” criada para usar, caso necessário, em
determinadas ocasiões no futuro6. Há, obviamente, outras contas no
Patrimônio Líquido, as quais serão estudadas no momento oportuno.

Antes de citar algumas contas clássicas do patrimônio líquido,


deixa eu tirar logo uma dúvida que deve estar encasquetando muita
gente: “Professor, mas afinal, é situação líquida ou patrimônio líquido”.
No geral, nos livros, na lei, nos pronunciamentos do CPC (estudaremos
o que é isso depois) você verá o termo Patrimônio Líquido. Vou tratar
da diferença entre os dois termos porque a ESAF (sempre ela) cobrou
essa frescura na prova do MDIC em 2012. Eis a alternativa da
discórdia:

“b) O patrimônio líquido pode ser entendido como sendo a diferença


entre o valor do ativo e o valor do passivo de um patrimônio”.

A ESAF considerou essa assertiva errada. Para a ESAF, olha o


que seria correto:

“b) A situação líquida pode ser entendida como sendo a diferença entre
o valor do ativo e o valor do passivo de um patrimônio”.

É o seguinte: ao contrário do ativo e do passivo, que podem


apenas ser zero ou maior que zero, a situação líquida pode ser tudo:
zero, maior que zero ou menor que zero7. Sendo bem rigoroso
tecnicamente, só podemos falar em patrimônio líquido quando a

6
Vamos estudar as oito reservas de lucros existentes na aula 23.
7
Você visualizará melhor isso no assunto ‘Estados Patrimoniais’, nas videoaulas.

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situação líquida for positiva, ou seja, patrimônio líquido é a situação 32


líquida positiva. Por esse raciocínio, nem sempre ativo menos passivo
será igual a patrimônio líquido. Será igual, isso sim, a situação líquida.
Havia, nessa questão, uma alternativa claramente correta que foi o
gabarito definitivo (letra c). Digo aos meus alunos: nessa questão
(resolvida no vídeo 10), o problema da ‘b’ foi a letra ‘c’ existir. Se as
outras quatro assertivas trouxessem absurdos, a resposta seria a ‘b’.
Esse é o mundo dos concursos, ilustres. Temos, por vezes, que marcar
a “mais certa” ou a “menos errada”. Enfim, “saber fazer a prova
também é um conhecimento”.

Ainda sobre o assunto, a própria ESAF, em uma prova da SEFAZ


PI, em 2001, chamou a situação líquida negativa de patrimônio líquido.
Ou seja, esse item cobrado em 2012 se enquadra no contexto de uma
questão polêmica que a ESAF quis fazer (ela adora isso). Na prática,
nos seus estudos, para simplificar, você irá tratar patrimônio líquido e
situação líquida como a mesma coisa (a não ser que se depare com
uma nova questão polêmica...aí, só a análise das alternativas vai
indicar a posição a tomar). Daqui pra frente vou tratar patrimônio
líquido como sinônimo de situação líquida, ok? Eis algumas contas
clássicas do PL:

• Capital Social;
• Reservas: todas as reservas ficam no PL;
• Lucros Acumulados;
• Prejuízos Acumulados;
• Lucros ou Prejuízos Acumulados: é a junção das duas contas anteriores
em apenas uma. O saldo dessa conta determinará se a empresa está com
lucro ou prejuízo acumulado. Se o saldo for positivo, haverá lucro
acumulado. Se o saldo for negativo, teremos um prejuízo acumulado.

Sinônimos para Situação Líquida: Patrimônio Líquido, Capital Próprio e


Recursos Próprios.

Valores possíveis para a Situação Líquida: a situação líquida topa tudo!


Pode ser zero, menor que zero ou maior que zero. Quando a empresa
tem mais dívidas do que bens e direitos, ela apresenta situação líquida
negativa.

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1.7 ENTENDENDO O QUE HÁ POR TRÁS DO LANÇAMENTO 33


CONTÁBIL
- Origens e Aplicações e o Método das Partidas Dobradas -

Origens e Aplicações

A Contabilidade está toda pautada na ideia de que para toda


aplicação, há uma origem. Se algo mexe com o patrimônio de alguém,
podemos garantir que houve, pelo menos, uma origem e uma aplicação
em relação ao fato; por isso, diz-se que as origens sempre serão iguais
às aplicações – eis porque os dois lados do Balanço sempre são iguais.
É por isso também que todo fato contábil mexe com pelo menos duas
contas, uma indicando a origem e outra a aplicação. Não é exagero
dizer que esse é o fundamento que está por trás de toda a ciência
contábil.

Ora, se a Contabilidade é a ciência voltada para o fornecimento


de informações sobre o patrimônio, não basta dizer, por exemplo, que
houve o recebimento de R$ 100 em dinheiro ou o pagamento de R$
200. Os R$ 100 vieram de onde? Os R$ 200 foram pagos a título de
quê? Perceba que o fornecimento de informações deve acontecer de
modo satisfatório. Os R$ 100, com certeza, tiveram alguma origem
(doação, venda à vista, recebimento de um cliente, empréstimo
obtido). Do mesmo modo, o valor de R$ 200 foi aplicado em alguma
coisa (compra de um bem, empréstimo a alguém, pagamento de uma
dívida). Podemos garantir, então, que quando ocorre um evento que
altera o patrimônio, o chamado fato contábil, pelo menos dois itens são
movimentados, existindo, assim, uma origem e uma aplicação.

Embora hoje isso pareça óbvio, nem sempre foi assim.


Antigamente o registro contábil era feito retratando apenas uma
repercussão no patrimônio. Era a época da unigrafia. Em 1494, no
entanto, houve o grande boom contábil: Frei Luca Pacioli documentou
as bases da contabilidade moderna, ao incorporar à ciência contábil a
ideia das origens e aplicações. Surgia, assim, a digrafia ou método das
partidas dobradas.

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34

MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS

“Em cada lançamento, o valor total lançado nas contas a débito deve
ser sempre igual ao total do valor lançado nas contas a crédito”.

Inicialmente...

UNIGRAFIA: registro do fato contábil levando em consideração


que apenas um item do patrimônio era alterado.

Fato 1) Houve entrada de dinheiro de R$ 100,00

Fato 2) Houve saída de dinheiro de R$ 200,00

Com o avanço da contabilidade...

DIGRAFIA: registro do fato contábil levando em consideração


que, a cada fato, pelo menos dois itens do patrimônio são
movimentados.

Fato 1) Houve entrada de dinheiro de R$ 100,00, porque peguei


emprestado de alguém

Fato 2) Houve saída de dinheiro de R$ 200,00, porque comprei um


veículo à vista

O ‘Método das Partidas Dobradas’, veja, significa que uma conta


registrada (partida) terá a companhia de outra (contrapartida), por
isso, o termo “partidas dobradas” nada tem a ver com uma mesma
coisa sendo feita duas vezes.

Já vimos que tudo na Contabilidade começa com o registro das


ocorrências que alteram o patrimônio e que, por causa da regra das
origens e aplicações, ocorrido um fato contábil, pelo menos duas
contas são movimentadas, o que significa dizer que elas sofrerão
aumentos ou diminuições. Como vamos, então, registrar os acréscimos
e decréscimos ocorridos nas contas?

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Será na forma de redação? 35

“Houve entrada de dinheiro de R$ 100, porque peguei


emprestado de alguém”

“Houve saída de dinheiro de R$ 200, porque comprei um veículo


à vista”

Será na base de sinais ou setas?

+ Dinheiro ↑Caixa

+ Empréstimo Obtido ↑Empréstimo

+ Veículos ↑Veículos

- Dinheiro ↓ Caixa

Nada disso! Na Contabilidade, o registro dos aumentos e


diminuições nas contas é feito através das palavras “Débito” e
“Crédito”. Cabe alertar, desde já, que “débito” e “crédito”, aqui, não
possuem a conotação dada no cotidiano. São, isso sim, convenções
adotadas para registrar os fatos (escolhidas, pense, em detrimento das
setinhas, dos sinais e do “estilo redação”). Para que não reste dúvida,
e mesmo que pareça estranho, imagine que ao invés das palavras
débito e crédito poderiam ter sido escolhidas outras quaisquer (“sol e
lua” ou “sal e açúcar”) e, mesmo assim, a contabilidade continuaria
funcionando normalmente. Entenda, então, que para fins de
escrituração:

a) DÉBITO não significa algo ruim (nem bom);

b) CRÉDITO não significa algo bom (muito menos ruim);

São, simplesmente, palavras utilizadas para o registro dos


aumentos e diminuições que ocorrem nas contas.

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Seguindo o raciocínio que levará à regra para registro dos fatos, 36


houve a vinculação dos débitos e créditos à ideia das origens e
aplicações, já que tudo na contabilidade funciona com base nessa
premissa. Ficou convencionado, então, que os créditos
representariam as origens, e os débitos as aplicações.

DÉBITOS = APLICAÇÕES
CRÉDITOS = ORIGENS

Passo seguinte foi a identificação do que seria origem e do que


seria aplicação no patrimônio. De onde vêm os recursos? De terceiros
(empréstimos, por exemplo), dos proprietários (capital social,
reservas) e das receitas (uma doação recebida, por exemplo,
representa uma fonte de recurso). Aumentos no passivo, PL e receitas
representam, assim, as origens. Por sua vez, tais recursos são
aplicados na compra de bens (máquinas, mercadorias, veículos),
podem ser emprestados a alguém (direitos) ou usados para
pagamentos de serviços ou consumos, as chamadas despesas; diz-se,
por isso, que aumentos no ativo e despesas representam as aplicações.
É importante fixar que:

Aumento em contas do ATIVO e DESPESAS => APLICAÇÕES

Aumento em contas do PASSIVO, PL e RECEITAS => ORIGENS.

Observe que toda conta possui uma natureza, que pode ser
devedora ou credora. Ter natureza devedora significa gostar de débitos
e detestar créditos. Com as contas de natureza credora acontece
exatamente o contrário: gostam de créditos e detestam débitos.

Estava, assim, aberto o caminho para o lançamento contábil.


Como ativo e despesa representam uma aplicação, e uma vez
convencionado que as aplicações são os débitos, temos que ativo e
despesas possuem natureza devedora (adoram débitos). Isso significa
que para uma conta do ativo ou de despesa ser aumentada, debitamos
referida conta (damos a ela o que ela gosta: débitos). É por isso que

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na contabilidade, quando entra dinheiro na empresa, debitamos a 37


conta caixa (caixa é do ativo, e ativo adora débitos!). Por seu turno,
para diminuirmos uma conta do ativo, devemos creditá-la (lembre que
conta de natureza devedora detesta créditos). O raciocínio traçado
para a conta caixa pode ser estendido às demais contas do ativo.

Perceba que o fato de uma conta adorar débitos não significa que
ela nunca será creditada, por favor! Significa apenas que ela
aumentará por meio de débitos e diminuirá através de créditos. As
contas do ativo, vamos repetir até cansar, podem ser debitadas (para
aumentar) ou creditadas (para diminuir). Caixa, por exemplo, cada vez
que diminui é creditada e nem por isso deixa de ser conta do ativo.

Como as contas do passivo, PL e receitas representam origens,


e uma vez convencionado que as origens são os créditos, temos que
passivo, PL e receitas possuem natureza credora (adoram créditos).
Dito isso, você já sabe, então, que para aumentarmos uma conta de
tais grupos, devemos creditar referida conta (afinal elas adoram
créditos). Como adoram créditos, diante daquilo que não gostam
(débitos), elas diminuem. “Como assim uma conta aumenta ou
diminui?”. Estamos nos referindo, obviamente, ao saldo das contas.

Lembra que a contabilidade trata do patrimônio? Pois bem, cada


item desse patrimônio possui um valor (se não puder ser quantificado
em bases confiáveis, não entrará na contabilidade). Quando
compramos um carro, o saldo da conta veículos será aumentado: se
era zero, não é mais. Se já existia algum valor, ele agora cresceu.
“Aumentar ou diminuir uma conta” significa, então, aumentar ou
diminuir o saldo existente em determinada conta, afinal, se um fato
mexeu com um item do patrimônio, o saldo dele foi aumentado ou
diminuído (não há uma terceira hipótese).

Debitar e creditar é muito simples. Basta que você saiba quais


contas têm natureza devedora e quais possuem natureza credora.
Repetindo: as contas de natureza devedora adoram débitos e detestam
créditos; logo, débito para aumentar e crédito para diminuir. As contas
de natureza credora, por sua vez, adoram créditos e detestam débitos;
sendo assim, para aumentar, crédito, e para diminuir, débito. Ativo e

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despesa têm natureza devedora e passivo, PL e receita possuem 38


natureza credora. Pronto, você já possui todo o instrumental para
registrar os fatos contábeis. Não esqueça:

Como Ativo e Despesa têm natureza devedora:

Para AUMENTAR => Débito


Para DIMINUIR => Crédito

Como Passivo, PL e Receita têm natureza credora:

Para AUMENTAR => Crédito


Para DIMINUIR => Débito

Pode causar estranheza, para quem está vendo o assunto pela


primeira vez, o fato de “algo bom” (ativo) ter o mesmo funcionamento
de “algo ruim” (despesas). A lógica, para alguns iniciantes, seria que
toda a parte boa (ativo, PL e receitas) tivesse saldo credor e a parte
ruim (passivo e despesas), saldo devedor. Desse modo, aí sim, coisa
boa seria sempre registrada através de crédito e coisa ruim através de
débito! Acontece que a contabilidade não está fundamentada em uma
equação onde de um lado temos “coisa boa” e, do outro, “coisa ruim”.
A lógica contábil, como dissemos, gira em torno de uma equação onde
de um lado temos as origens (passivo, PL e receitas) e do outro as
aplicações (ativo e despesas). Como todas as origens possuem um
mesmo mecanismo de funcionamento (seria ilógico imaginar parte das
origens funcionando de um jeito, parte de outro), passivo, PL e receitas
seguem um mesmo caminho na escrituração. Da mesma forma,
enquanto aplicações, ativo e despesas caminham juntos, ambos
aumentando pelos débitos e diminuindo pelos créditos. É isso mesmo
pessoal, na turma do crédito, tem coisa boa (receitas e pl) e coisa ruim
(passivo). Na turma do débito acontece a mesma coisa: elemento bom
(ativo) e elemento ruim (despesa). Resumindo: não dá pra pensar que
débito é ruim, pois tem coisa boa e coisa ruim aumentando através de
débito. Da mesma forma, não dá pra raciocinar que crédito é bom, pois
tem coisa boa e coisa ruim aumentando através de crédito.

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Chegamos a um ponto decisivo no nosso estudo. A regra para 39


lançar é simples, mas como estamos acostumados à ideia de que
débito é ruim e crédito é bom, por vezes complicamos algo
desnecessariamente.

Não confunda. Mire no seguinte:

1) A contabilidade deve controlar o patrimônio;


2) Esse controle começa pelo registro de todos os fatos que alteram o
patrimônio;
3) Registrar é indicar que pelo menos duas contas foram movimentadas
(aumentando ou diminuindo);
4) Esses aumentos e/ou diminuições são representados por débitos e
créditos que, por sua vez, são simples convenções contábeis. Não
representam, de modo algum, algo “ruim” ou “bom”;
5) Cientes disso, para sabermos quando debitar ou creditar, devemos nos
ater à natureza das contas;
6) Contas do ativo e de despesas têm natureza devedora, as do passivo,
PL e receitas têm natureza credora;
7) Por terem natureza devedora, contas do ativo e de despesas são
aumentadas pelo débito e diminuídas pelo crédito;
8) Por terem natureza credora, contas do passivo, PL e receitas são
aumentadas ao serem creditadas e diminuídas ao serem debitadas.

Não fique brigando com a natureza das contas. Bote isso na


cabeça e pronto! E é por isso que muitas pessoas formadas em
engenharia, por exemplo, fecham a prova de contabilidade: assimilam
a regrinha e praticam numa boa, sem filosofadas. Mesmo sendo isso o
que interessa, como eu conheço meu eleitorado, vou dar uma outra
explicação, que vai resultar na mesma regrinha.

Há uma teoria na contabilidade, chamada teoria personalista das


contas8, segundo a qual podemos pensar as contas como se fossem
pessoas. É só imaginar que há uma pessoa específica para cuidar do
caixa (o “sr. caixa”), outra pessoa para cuidar da conta empréstimos
obtidos (o “sr. empréstimos obtidos”), e assim por diante. Quando a
empresa entrega 100 reais em espécie para a conta caixa (para o “sr.

8
Estudamos as teorias da contabilidade no vídeo 29.

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caixa”), ele, o “sr. caixa”, fica devendo 100 para a empresa, concorda? 40
Quanto mais dinheiro for para o caixa, mais a conta caixa ficará
devendo para a empresa. Veja como é fácil! É por isso que a conta
caixa tem natureza devedora (ela, a conta caixa, deve para a
empresa!). Por seu turno, se o “sr. caixa” faz algum pagamento para
a empresa, sua dívida diminui (se o aumento é através de débito a
diminuição se dá por crédito). Isso vale, Ilustres, para todas as contas
do ativo: quanto mais máquinas eu entregar para o ‘sr. máquinas”,
mais ele ficará devendo para a empresa. Quanto mais terrenos eu
entregar para o “sr. terrenos”, mais ele ficará devendo para a empresa.

Vamos pensar, agora, na conta empréstimos. Imagine que a


empresa pegou um empréstimo bancário. Ora, o banco que emprestou
está com um crédito perante a empresa, ou seja, é credor da empresa.
Quanto mais empréstimos conceder, mais o “sr. empréstimos” será
credor. É por isso que as dívidas adoram crédito! As contas que
representam as obrigações da empresa têm crédito perante a entidade.
A empresa deve para elas!

Pessoal, podemos continuar esse raciocínio para as contas do PL,


receitas e despesas. Saibam, para simplificar, que a natureza de todas
as contas pode ser explicada através da teoria personalista ou por meio
do simples entendimento de que se trata de convenção. O que
interessa, no final das contas, é você botar na cabeça, de um jeito ou
de outro, a seguinte tabelinha:

GRUPO NATUREZA PARA AUMENTAR PARA DIMINUIR


ATIVO Devedora Débito Crédito
PASSIVO Credora Crédito Débito
PL Credora Crédito Débito
RECEITAS Credora Crédito Débito
DESPESAS Devedora Débito Crédito

Vamos, agora, lançar alguns fatos contábeis envolvendo apenas


contas patrimoniais (ativo, passivo e PL), no valor hipotético de R$
100:

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41

Fatos envolvendo apenas contas do ATIVO/PASSIVO/PL

01. Compra de mercadorias à vista

Para quem está começando é bom iniciar com fatos que


envolvam entrada e saída de dinheiro. Se entrar dinheiro, DEBITA caixa
(e no crédito, professor? É só responder: entrou por quê?). Se sair
dinheiro, CREDITA caixa (e no débito: saiu pra quê?). Eis o
lançamento:

D- Mercadorias----100 (houve a entrada de mercadorias)


C- Caixa-----------100 (“saiu dinheiro, credita caixa”)

Fazendo passo a passo...

Tudo começa com a interpretação do fato, não é verdade? Olha,


lá, antes da contabilidade vem o português. Pois bem, quais itens do
patrimônio estão envolvidos nessa ocorrência? Mercadorias e caixa.
Aumentando ou diminuindo? Mercadorias aumentando (mais
mercadorias na empresa) e caixa diminuindo (saindo por conta do
pagamento). Agora é só identificar a natureza das contas:

Mercadorias => ATIVO => Natureza Devedora (adora débitos)


Caixa =====> ATIVO => Natureza Devedora (detesta créditos)

Como a Contabilidade funciona na base de débitos e créditos:

D- Mercadorias----100 (para aumentar o saldo de uma conta que gosta de débito)


C- Caixa-----------100 (para diminuir o saldo de uma conta que detesta crédito)

Algumas observações:

a) Esse mesmo lançamento poderia aparecer assim:


Mercadorias----100
a Caixa-----------100

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Ou seja, nada na frente da conta debitada e um “a” na frente da 42


conta creditada. Simples convenção.

b) Outra convenção: sempre a conta debitada vai aparecer antes da conta


creditada.

c) O lançamento deve conter, no mínimo: data do registro contábil, conta


devedora, conta credora, histórico e valor. Por questões didáticas,
porém, apresentaremos os lançamentos apenas com débito, crédito e
valor.

02. Compra de mercadorias a prazo

Quando a empresa compra mercadorias, referido item entra em


seu patrimônio. Como mercadorias é do ativo e, por isso, adora
débitos, devemos debitar tal conta. Se tivesse sido paga à vista,
creditaríamos a conta caixa (“saiu dinheiro, credita caixa”). No caso,
porém, a empresa acertou o pagamento para depois, ficando com uma
dívida junto ao seu fornecedor (para aumentar uma conta do passivo,
você já sabe, creditamos referida conta):

D- Mercadorias----100 (mais uma vez, houve a entrada de mercadorias)


C- Fornecedores--100 (passivo tem saldo credor, logo, adora créditos)

Não confunda compra de mercadorias a curto prazo com compra


à vista de mercadorias, hein?! Na compra à vista o dinheiro sai do caixa
da empresa no ato. Na compra a curto prazo a empresa assume uma
dívida que tem vencimento daqui a pouco. Perceba a diferença através
dos exemplos seguintes:

Compra de mercadorias à vista: debita mercadorias e credita


caixa.

Compra de mercadorias a curto prazo: debita mercadorias e


credita duplicatas a pagar no curto prazo (ou fornecedores).

Compra de mercadorias a longo prazo: debita mercadorias e


credita contas a pagar no longo prazo (ou fornecedores LP).

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03. Pagamento de fornecedores 43

Quando chegar a hora de pagar a dívida junto ao fornecedor


(continuando o fato anterior), a empresa irá desembolsar dinheiro
(crédito na conta caixa).

D- Fornecedores----100 (para diminuir o saldo de uma dívida, debitamos tal dívida)


C- Caixa------------100 (saiu dinheiro, credita caixa)

04. Recebimento de duplicatas de clientes

Quando a empresa vende a prazo, fica com um direito perante


seus clientes. Na hora em que o cliente paga, a empresa registra a
entrada de dinheiro (debitando caixa) e dá baixa no respectivo direito,
afinal ele acaba de ser recebido. Não esqueça que você pode
“conversar” com o fato contábil: “Entrou dinheiro (D- Caixa) por quê?
Porque houve o recebimento de uma duplicata a receber (C- Clientes)”

D- Caixa-------100
C- Clientes----100 (a origem do dinheiro foi o recebimento de um cliente)

05. Empréstimo bancário obtido

Quando a entidade pega um empréstimo fica, por certo, com uma


dívida perante a instituição financeira. Para registrar essa dívida,
sabemos, devemos creditá-la, visto que as obrigações possuem saldo
credor.

D- Bancos c/ Movimento-------100 (para aumentar um ativo, débito)


C- Empréstimos Bancários----100 (para aumentar um passivo, crédito)

É simples: “de onde veio o recurso que entrou na conta-corrente


(D- Bancos)? De um empréstimo que peguei no banco (C-
Empréstimos)”

“Poderia ser a conta caixa ao invés de banco, professor”. Fique


tranquilo que no vídeo 19 eu trato desse assunto, explicando em quais
situações devemos necessariamente utilizar a conta caixa e em quais
temos que usar a conta bancos.

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06. Pagamento de empréstimo bancário, sem juros 44

Quando do pagamento do empréstimo, há saída de dinheiro da


conta da empresa, pelo que ela é creditada. Já a obrigação, para ser
eliminada (ou diminuída, conforme o caso), será debitada:

Empréstimos------------------100
a Bancos c/Movimento-------100

Perceba que o dinheiro que estava na conta corrente da empresa foi


aplicado na quitação de um empréstimo. Com isso, verificamos que
uma conta do ativo pode, dependo do fato, funcionar como uma origem
bastando, para isso, que apareça no crédito. Uma conta do passivo,
por seu turno, também pode aparecer como aplicação, quando for
diminuída. Sendo assim:

Aplicações => aumento de Ativo e Despesa; diminuição de Passivo, PL e Receita


Origens => aumento de Passivo, PL e Receita; diminuição de Ativo e Despesa

07. Empréstimos concedidos a empresas coligadas9

Emprestar dinheiro a alguém significa ficar com um direito. Para


registrar o surgimento (ou aumento) de um direito, debitamos tal
direito. Quanto à saída do dinheiro, você já sabe: crédito na conta
caixa!
D- Empréstimo a Coligadas-------100
C- Caixa---------------------------100

08. Recebimento de empréstimos concedidos a empresas


coligadas

Com o recebimento do dinheiro há, de cara, um débito na conta


caixa. Para identificarmos qual será a conta creditada, basta
perguntarmos: “de onde veio o dinheiro?” Um empréstimo concedido
acaba de ser quitado, devemos, portanto, dar baixa nesse direito:

D- Caixa-------------------------100
C- Empréstimo a Coligadas----100

9
Se a empresa X possui influência significativa na empresa Y, diz-se que Y é coligada de X.

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45
Alguns alunos, nessa hora, perguntam: “professor não teria que
aparecer aí a conta empréstimos obtidos?”. De jeito nenhum!!! Não
estamos pegando empréstimo com ninguém. Não há dívida sendo
feita. O que acontece é que um direito está sendo liquidado. Devemos
eliminar esse direito. Só isso.

09. Subscrição de Capital no valor de R$ 100, para posterior


integralização

Quando resolvem abrir uma empresa os sócios definem qual será


o capital social. Esse é o chamado capital subscrito, que significa o
capital que os sócios se comprometem a entregar para a formação da
empresa. Como, em um primeiro momento, o capital subscrito ainda
está no campo da “promessa”, a contrapartida será uma conta
retificadora do PL10 denominada capital a realizar (ou capital a
integralizar):

D- Capital a Integralizar--------100
C- Capital Social----------------100

Caso precisássemos demonstrar o PL nesse exato instante, a


informação apareceria do seguinte modo:

Patrimônio Líquido

Capital Social---------------100
Capital a Integralizar ----(100)

10. Integralização do Capital: R$ 50 em dinheiro e R$ 20 em


máquinas

Dando sequência ao fato anterior, imaginemos que, ato contínuo


à subscrição do capital, tenha ocorrido a realização no montante de R$
70. Observe que não se trata de aumento do capital prometido
(subscrito), mas tão somente da realização de parte da promessa.

10
Como é retificadora do PL, a conta Capital a Integralizar possui natureza devedora e por isso está sendo
debitada ao surgir. Falaremos detidamente sobre contas retificadoras nas videoaulas.

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Devemos, assim, diminuir a conta capital a integralizar registrando, em 46


contrapartida, a entrada do dinheiro e das máquinas no patrimônio.

D- Caixa-------------------------50
D- Máquinas--------------------20
C- Capital a Integralizar-------70

Com isso, a informação no Balanço apareceria assim:

Patrimônio Líquido

Capital Social---------------100
Capital a Integralizar ------(30)

Observe que, agora, do capital prometido (subscrito), só está


faltando cumprir o valor de R$ 30. Por dedução, conclui-se que o capital
realizado é R$ 70. Para finalizar o raciocínio, quando todo o capital for
realizado, não haverá mais necessidade de aparecer a conta
retificadora:

Patrimônio Líquido

Capital Social---------------100

Veja que todo o capital já foi realizado. Nada mais há a


integralizar. Não se preocupe: essa historinha de capital subscrito, a
integralizar e outras coisinhas mais envolvendo o capital serão vistas
com calma nos vídeos.

11. Aumento de Capital mediante a utilização de Reservas de


Lucros

Contas envolvidas: capital e reservas de lucros, ambas do PL.


Como as contas do PL adoram crédito, basta creditar a conta que está
aumentando e debitar a que está diminuindo. No caso, as reservas
estão sendo usadas (diminuídas) para aumentar o capital:

D- Reservas de Lucros-------100
C- Capital---------------------100

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Uma primeira etapa foi vencida, sabemos o que é ativo, passivo 47


e PL, bem como os fundamentos para o registro dos fatos contábeis
envolvendo tais grupos. Vamos, na sequência, inserir despesas e
receitas no nosso estudo!

1.8 DESPESAS

Despesa é uma ocorrência (geralmente a utilização de um serviço


ou consumo de um bem), que diminui o PL da entidade. Quando você
compra um sanduíche, por exemplo, você está tendo uma despesa,
quer pague pelo sanduíche no ato, quer deixe para pagar depois
(comprando no cartão). Isso porque o sanduíche não irá para o seu
ativo (não é um bem, muito menos um direito). Ninguém diz, na
declaração de rendimentos, que possui carro, casa, máquinas... e um
sanduíche! “Então, professor, se for um lanche baratinho, eu considero
como despesa, é isso?” Não! Se você levar, por sua conta, vinte amigos
para o restaurante mais caro da cidade, também terá tido uma
despesa, só que bem maior. Isso porque o jantar caro também não é
um ativo. Ora, perceba que lanches e refeições, quer seja uma
tapioquinha na barraca da esquina, quer seja um super jantar no
endereço mais caro de Londres, será despesa. Você irá consumir e terá
que pagar por isso, no ato ou depois.

Pelo consumo de um bem temos, assim, uma despesa. Como as


despesas têm natureza devedora (lembre da tabelinha de ouro, já
passou do tempo de memorizar) iremos registrá-las a débito. Houve
uma despesa? Debite essa despesa! No crédito, iremos informar se a
despesa foi paga no momento de sua ocorrência (creditando caixa ou
bancos) ou se iremos pagar depois (creditando contas a pagar ou algo
equivalente)

O exemplo mais comum, no entanto, de despesa é a utilização


de um serviço. Imagine que alguém consertou o pneu do seu carro.
Você terá que pagar no ato ou depois. Seu carro está no ativo, mas o
serviço do borracheiro, não! Quando nos utilizamos de um serviço,
qualquer um, temos uma diminuição no patrimônio.

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Como estamos dizendo que despesa diminui nossa riqueza, vai 48


nos ajudar bastante entender, primeiro, os fatos que não alteram o
valor total do PL (os chamados fatos permutativos). Temos cinco
exemplos:

a) Se ↑ PASSIVO mas, no mesmo valor, ↑ATIVO => não altera o valor do PL


Ex.: Empréstimo bancário obtido (aumenta bancos e empréstimos)

b) Se ↓ PASSIVO mas, no mesmo valor, ↓ATIVO => não altera o valor do PL


Ex.: Pagamento de um Empréstimo (diminui bancos e empréstimos)

c) Se ↑ ATIVO mas, no mesmo valor, ↓ ATIVO => não altera o valor do PL


Ex.: Compra de mercadorias à vista (diminui caixa, mas aumenta
mercadorias)

d) Se ↑ PASSIVO mas, no mesmo valor, ↓PASSIVO => não altera o valor do PL


Ex.: Troca de uma dívida de curto prazo por uma de longo prazo

e) Se ↑ PL mas, no mesmo valor, ↓ PL => não altera o valor do PL


Ex.: Aumento de capital com reservas (aumenta capital, mas diminui
reservas)

Podemos dizer que todos esses fatos, do ponto de vista da


riqueza patrimonial (PL), configuram um empate: saímos deles “nem
mais ricos, nem mais pobres”. Observe que neles, ocorre “algo bom”
(↑ativo ou ↓passivo) mas, concomitantemente, acontece “algo ruim”
(↓ativo ou ↑passivo). No caso das despesas, entretanto, no final das
contas, ocorre “algo ruim” (↓ativo ou ↑passivo), sem a contrapartida
do “algo bom” para configurar o empate, e é por isso que quando
ocorre uma despesa, o PL diminui.

Vejamos o exemplo de alguém que trabalhou para você em


determinado mês. Você tem um funcionário. Todo mês ele trabalha
para você. Como você se utiliza desse serviço, no final do mês deverá
debitar a conta despesa de salários (como regra, a despesa é sempre
debitada). E no crédito? Ora, se o pagamento for efetuado dentro do
mês, haverá a saída de dinheiro (crédito em caixa); caso o pagamento
fique para o mês seguinte, surgirá uma obrigação (crédito em salários
a pagar).

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Veja que: 49

Despesa de Salários paga no mês de sua ocorrência:

D- Salários
C- Caixa => a despesa resultou em diminuição de ativo. Cadê o algo bom para
configurar o empate?

Despesa de Salários que ficou para ser paga no mês seguinte:

D- Salários
C- Salários a Pagar => a despesa resultou em aumento do passivo. Da mesma
forma, não há algo bom (aumento do ativo ou diminuição
do passivo) para configurar o empate.

Observe o seguinte: seja qual for a despesa (Salários, Energia,


Água e Esgoto, Lanches e Refeições, Fretes e Carretos, Propaganda e
Publicidade, etc.), ela deverá ser registrada no mês de sua ocorrência,
independente de quando ocorrerá o pagamento. Se alguém conserta
nosso computador hoje mas o pagamento fica para daqui a 10 anos, a
despesa com manutenção deverá ser registrada hoje!

Registro hoje:

D- Despesa com Manutenção de Computadores


C- Contas a Pagar

Daqui a 10 anos, quando a dívida for paga:

D- Contas a Pagar
C- Caixa

Veja bem, não há motivo para confundirmos despesa com


passivo. São coisas diferentes! Pode, inclusive, ocorrer uma despesa e
não haver qualquer repercussão no passivo, no caso de despesa paga
à vista. Somente quando uma despesa fica para ser paga no mês
seguinte é que vai aparecer uma dívida. Fique atento:

a) a empresa pode ter despesas de um milhão e zero no passivo.


É só pagar todas as despesas no ato;

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50
b) a empresa pode ter passivo de um milhão e zero em despesa.
É só pegar empréstimo de um milhão sem fazer qualquer despesa;

c) por fim, a empresa pode ter passivo de um milhão e despesa


de um milhão. É só a empresa “pendurar” (deixar para pagar depois)
todas as despesas.

Entendeu que despesa é uma coisa e passivo é outra?!

DESPESA PASSIVO
Salários Salários a Pagar
Energia Energia a Pagar
Água e Esgoto Água e Esgoto a Pagar
Fretes e Carretos Fretes e Carretos a Pagar
Propaganda e Publicidade Propaganda e Publicidade a Pagar
Impostos Impostos a Recolher
Despesas de Juros Juros a Pagar
Despesa de Aluguel Aluguéis a Pagar

Continuando com a explicação sobre despesas, podemos citar,


como exemplos clássicos, os tributos e os juros. Ocorrido o fato
gerador de um tributo, a empresa fica com a obrigação de recolher ao
Estado determinado valor, sem que surja um aumento no ativo ou
diminuição de um passivo para configurar o fato permutativo. Deste
modo, tributos, como um todo, representam diminuições na riqueza de
uma entidade: ICMS, IPI, PIS, COFINS, IR, CSLL, INSS e FGTS são
contas de despesas. Como os tributos não são pagos na data do seu
fato gerador (o governo é bonzinho, ele dá um prazo para efetuar o
pagamento) tais despesas irão gerar dívidas perante o governo e é por
isso que ICMS a Recolher, IPI a Recolher, PIS a Recolher, COFINS a
Recolher, IR a Pagar, CSLL a Pagar, INSS a Recolher e FGTS a Recolher
são contas do passivo.

Não confunda!

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51

DESPESA PASSIVO
Imposto de Renda Imposto de Renda a Pagar
Contribuição Social sobre o Lucro Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido Líquido a Pagar
ICMS (ou ICMS sobre vendas) ICMS (ou ICMS sobre vendas) a
Recolher
IPI IPI a Recolher
PIS PIS a Recolher
COFINS COFINS a Recolher
INSS INSS a Recolher
FGTS FGTS a Recolher

Em relação aos juros, imagine que alguém, tendo pedido R$ 100


emprestados a um amigo, tenha que pagar R$ 110 quando da quitação
da dívida (juros de R$ 10). O lançamento ficaria assim:

D- Contas a Pagar---------100
D- Despesas de Juros------10
C- Caixa-------------------110

Para se livrar de uma obrigação de R$ 100, a pessoa precisou


desembolsar R$ 110. Desse modo, a redução do ativo foi superior à
redução do passivo em R$ 10, exatamente o montante da despesa. Se
não houvesse juros, a saída de caixa seria de apenas R$ 100, e o fato,
permutativo.

Percebeu que é ainda mais fácil registrar despesas (e receitas


também, vou logo avisando) do que ativo, passivo e PL? Isso porque
as contas patrimoniais aumentam e diminuem a todo instante. Ora
entra dinheiro no caixa, ora sai. Um dia pedimos dinheiro emprestado,
no outro, pagamos esse empréstimo. Por isso as contas do ativo,
passivo e PL são debitadas ou creditadas, conforme estejam
aumentando ou diminuindo.

Já com receitas e despesas não há esse problema. Receitas e


despesas não diminuem, elas simplesmente ocorrem. “Não entendi,
professor, eu mesmo já diminuí bastante minhas despesas!” . Deixa eu

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explicar. Imagine que você foi no dia 25/09 a um restaurante e a conta 52


deu R$ 400,00. Eis o registro:

D- Despesa com refeições---------- 400


C- Cartão de crédito a pagar ------ 400

Digamos que você se deu conta de que exagerou na dose, não


estava com tanto recurso para fazer um estrago desse. Então você
promete a si mesmo que vai economizar nas próximas idas ao
restaurante. No dia 25/10 você volta ao restaurante mas, dessa vez
comedido, a conta dá apenas R$ 80,00. “Viu professor, como uma
despesa pode diminuir?” Calma lá. Aquela despesa de 400 virou 80?
Claro que não! Ocorreu uma despesa de 400, a qual foi registrada com
um débito. Depois, ocorreu uma outra despesa, só que em um valor
menor. Tal despesa também deve ser registrada a débito.

Perceba que aquela despesa com restaurante de 400, feita em


setembro, só iria diminuir se, por exemplo, o gerente ligasse para você
informando que havia ocorrido um erro na conta e que, na realidade,
o valor consumido era de apenas 350,00. Nesse caso, aí sim, aquela
despesa registrada em 25/9 iria diminuir! Esse é um dos raros casos
em que creditamos uma despesa: para correção de um erro:

D- Cartão de crédito a pagar----50,00


C- Despesa com refeições-------50,00

Veja bem, se a empresa tem uma despesa com energia de


10.000, ela registra essa despesa debitando. Se no mês seguinte o
consumo de energia der 1,00, ela registra essa nova despesa (bem
menor, é verdade) também debitando despesa com energia elétrica.
Se no mês seguinte a conta der 1 milhão (ô gangorra maluca) teremos
um novo registro da despesa, novamente através de um débito. No
final das contas temos o seguinte, para simplificar11 :

11
As despesas podem ser creditadas em duas ocasiões: para correção de um erro ou quando for feita a
apuração do resultado do exercício (item 1.12 desse material). Já as receitas podem ser debitadas em
duas ocasiões: para correção de um erro ou quando for feita a apuração do resultado do exercício

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GRUPO COMO LANÇAR


53
Ativo “débito para aumentar e crédito para diminuir”
Passivo “crédito para aumentar e débito para diminuir”
PL “crédito para aumentar e débito para diminuir”
Despesas “despesa a gente debita”
Receitas “receita a genta credita”

Vamos, agora, lançar algumas despesas:

Fatos envolvendo DESPESAS

12. Registro de salários de R$ 300,00, para pagamento


posterior
D- Salários--------------300 => “Despesa adora débito”
C- Salários a Pagar-----300

13. Registro de impostos do mês, no valor de 120,00, para


recolhimento posterior

Impostos
a Impostos a Recolher---120

Observe que não necessariamente é preciso colocar o valor ao


lado da conta debitada. Como as origens (créditos) serão sempre
idênticas às aplicações (débitos), subtende-se que foi debitado e
creditado o valor de R$ 120.

14. Pagamento do aluguel do mês no valor de 28,00

Aluguéis Passivos
a Caixa-----------------------28

Para quem paga juros ou aluguel, há uma despesa. Do outro lado


da moeda, entretanto, há alguém que recebe juros ou aluguel e esse
alguém está tendo uma receita. Para diferenciar a receita de aluguel
da despesa de aluguel, são utilizadas, respectivamente, as expressões
aluguéis ativos e aluguéis passivos. A palavra “ativos”, no caso, não
tem relação com o grupo patrimonial que representa os bens e direitos.
Do mesmo modo, o termo “passivos” não significa dívidas. Tais

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palavras devem ser entendidas como um modo de diferenciar uma 54


receita de uma despesa; sendo assim, juros ativos são “juros bons” e
juros passivos, “juros ruins”.

DESPESA É A MESMA COISA DE...


Juros Passivos Despesas de Juros
Aluguéis Passivos Despesas de Aluguéis
Comissões Passivas Despesas de Comissões
Desconto Passivo Despesa de Desconto ou Desconto Concedido

Já adiantando...

RECEITA É A MESMA COISA DE...


Juros Ativos Receita de Juros
Aluguéis Ativos Receita de Aluguéis
Comissões Ativas Receita de Comissões
Desconto Ativo Receita de Descontos ou Desconto Obtido

15. Quitação de duplicatas no valor de R$ 1.100,00, com juros


de 10% de seu valor

D- Duplicatas a Pagar---------1.100
D- Juros Passivos----------------110
C- Caixa------------------------1210

Esse mesmo fato pode aparecer de outras maneiras:

Duplicatas a Pagar----------1.100
Juros Passivos-----------------110
a Caixa--------------------------1210
ou
Diversos
a Caixa
Duplicatas a Pagar---------1.100
Juros Passivos-----------------110 1.210.

O termo “diversos” é utilizado para indicar que mais de uma


conta está sendo, no caso, debitada (veja que não há o “a” na frente).
Obviamente, tal palavra não é suficiente para informar quais itens do
patrimônio foram movimentados, por isso, após a conta creditada, há

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a necessidade de dizer quais exatamente foram as diversas contas 55


debitadas. No vídeo 19 abordamos calmamente isso e mostramos
vários exemplos.

16. Recebimento de títulos de R$ 120.000,00, concedendo


desconto de 8%
Diversos
a Títulos a Receber
Caixa-------------------------110.400
Descontos Concedidos---------9.600 120.000.

1.9 RECEITAS

Geralmente, a receita acontece quando fazemos por onde ter um


aumento no ativo sem que para isso tenhamos uma diminuição em
outro ativo ou o aumento de uma dívida. “Fazer por onde, professor?
Não entendi!”. Calma que o conceito de receita no estilo bate papo é
mais enjoado de passar mesmo, mas você irá entender! Quando
prestamos um serviço, iremos receber por ele não é verdade? E aí não
vai acontecer “algo ruim” para caracterizar o empate, a empresa irá
ter um aumento na sua situação líquida (“ficará mais rica”). Quando
vendemos mercadorias ou alugamos um imóvel para alguém, estamos
fazendo algo que vai merecer um pagamento não é verdade? Veja, se
nos chamados fatos permutativos ocorre “algo bom” (↑ativo ou
↓passivo) e, concomitantemente, “algo ruim” (↓ativo ou ↑passivo), no
caso das receitas ocorre, no final das contas, “algo bom” (↑ativo ou
↓passivo), sem a contrapartida do “algo ruim”.

Cabe destacar, que nem todo aumento de riqueza decorre de


receitas. O PL pode aumentar, por exemplo, pelo aumento do capital
social e aí não haverá receita. Lá na aula 12 vamos ver o conceito
completinho de receita. Nesse momento, o importante é você pegar o
‘fio da meada’ e entender que:

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56

Toda receita aumenta o PL, mas nem todo aumento do PL


vem de receitas.

Toda despesa diminui o PL, mas nem toda diminuição do


PL vem de despesas.

Vamos analisar o exemplo de alguém que ganhou um milhão na


loteria. De repente, vai entrar na conta dele esse valor. Por conta desse
um milhão que vai pingar na conta, algum ativo dessa pessoa diminuiu
ou algum passivo aumentou? Não. Veja, está ocorrendo algo bom e
pronto! Não é empate. Não é zero a zero.

D- Bancos Conta Movimento --------1.000.000,00


C- Receita com Prêmio de Loteria--1.000.000,00

Qual foi a origem do dinheirão na conta do cidadão sortudo do


nosso exemplo? Ora, um prêmio de loteria. Receita, enquanto origem,
adora crédito. É por isso que, quando ocorre uma receita, ela é
creditada. “Mas ele não teve que pagar pra fazer a aposta, professor?”
Teve sim, e essa aposta é lançada como despesa.

Imagine agora o proprietário de um imóvel alugado. Ao


disponibilizar o imóvel para o inquilino, o dono faz jus a uma receita de
aluguel. Por conta desse aluguel que será recebido, está ocorrendo a
diminuição de algum ativo ou o aumento de alguma dívida do
proprietário? Novamente não! Quando há uma receita, veja, ocorre o
aumento do ativo ou a diminuição de um passivo sem que ocorra algo
ruim para configurar o empate.

Se a utilização de um serviço é uma despesa, a prestação de


serviços é exemplo clássico de receita. Se você trabalha consertando
computadores, por exemplo, ao executar um serviço, ou irá receber no
ato ou irá receber depois. Por conta desse serviço, algum ativo seu irá
diminuir? Alguma dívida irá aumentar? Não! Veja, você está
aumentando sua riqueza. Eis o registro:

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D- Caixa-------------------- caso você receba no ato 57


C- Receita de Serviços---- “receita a gente credita”

ou

D- Clientes----------------- se o recebimento ficar para depois


C- Receita de Serviços---- “receita a gente credita”

Perceba que registramos a receita independente do recebimento


do dinheiro. A receita, então, deve ser registrada quando a empresa
faz por onde obter aquela receita. Alguns exemplos:

Receita de... Registrada quando...


Aluguel O proprietário disponibiliza o
imóvel para o inquilino,
independente do recebimento
Serviços Há a prestação do serviço,
independente do recebimento
Vendas Há a entrega da mercadoria,
independente do recebimento

E por aí vai. Já que eu citei a receita de vendas, deixa eu


conversar um pouquinho mais sobre ela. Fique atento porque é a
receita que mais aparece em prova.

Imagine que eu comprei uma mercadoria por 20 e vendi por 25.


Vamos aos lançamentos:

Na compra da mercadoria:

D- Mercadorias--------------20
C- Caixa ou Fornecedores--20

Na venda da mercadoria:

D- Caixa ou Clientes----------25
C- Vendas de Mercadorias----25

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D- Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)---20 58


C- Mercadorias---------------------------------20

Na venda há dois lançamentos. Além de registrar a venda em si,


registramos a baixa da mercadoria. Muitos alunos perguntam se não
poderia ser feito o seguinte lançamento:

D- Caixa ou Clientes----------25
C- Mercadorias----------------20
C- Lucro------------------------5

Tem lógica pensar assim, mas não pode ser feito dessa maneira.
Isso porque a legislação tributária exige que seja lançado o valor da
venda bruta. Perceba que no lançamento acima não aparece em
nenhum local o valor da venda. Aparece, isso sim, o valor do lucro.
“Mas não é o lucro que interessa, professor?”. Veja bem, o governo
cobra alguns tributos sobre o lucro (imposto de renda e contribuição
social) e outros sobre a venda (ICMS, PIS, COFINS, ISS). Sendo assim,
é importantíssimo para o governo que conste na contabilidade das
empresas a informação de quanto foi a venda. Por isso, no lançamento
de uma venda tem que aparecer a conta vendas de mercadorias (ou
algum sinônimo).

Comparando o lançamento certo com o imaginado pelos alunos


(quando aparece a conta lucros), verificamos que a repercussão no
patrimônio é a mesma: em relação às contas patrimoniais, registramos
o aumento da disponibilidade (se for à vista) ou do direito (se for a
prazo) e a diminuição da mercadoria; já no que diz respeito às contas
de resultado, registramos uma receita de 25 e uma despesa (CMV
funciona como uma despesa) de 20. Desse modo, o fiquei mais rico,
no final das contas, é de 5, o mesmo montante do lucro. O lucro,
portanto, no lançamento da venda, fica subentendido, não aparece
expressamente!

Vamos analisar mais dois exemplos.

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Exemplo A) José trabalha para alguém em determinado mês 59

Como José prestou o serviço, ocorreu o fato gerador da receita,


independente do recebimento. Assim, no final do mês, na contabilidade
do José, a conta receita de serviços deve ser creditada (como regra, a
receita é creditada). No débito, caso ele tenha recebido o pagamento
no mês da prestação do serviço, aparecerá a conta caixa; caso o
recebimento tenha ficado para o mês posterior, o débito será em
contas a receber (poderia ser também em clientes ou duplicatas a
receber).

Veja que:

Receita recebida no mês de sua ocorrência:

D- Caixa
C- Receita de Serviços

Receita que ficou para ser recebida no mês seguinte:

D- Clientes
C- Receita de Serviços

É importante destacar mais uma vez que assim como as


despesas, as receitas devem ser registradas no mês de sua ocorrência.
Não é preciso esperar a repercussão financeira.

Exemplo B) Venda, no valor de R$ 3.000, de mercadoria


anteriormente adquirida por R$ 2.400.

Primeiro registramos a receita decorrente da venda:

D- Caixa ou Clientes------3.000
C- Receita de Vendas-----3.000

Ato contínuo, damos baixa na mercadoria que, por ter sido


vendida, não faz mais parte do nosso patrimônio:

D- Custo das Mercadorias Vendidas---2.400


C- Mercadorias--------------------------2.400

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60
Observe que, no final das contas, o PL aumentou no montante
de 600, exatamente o valor do lucro (lucro = venda - custo). O CMV
diminui o PL causando no patrimônio o efeito de uma despesa.

Vamos treinar, mais?!

Fatos envolvendo RECEITAS

17. Venda, à vista, de mercadorias por R$ 50.000,00, com lucro


de 30% sobre as vendas

Pela venda da mercadoria

Caixa
a Vendas de Mercadorias-----50.000

Pela baixa do estoque

CMV
a Mercadorias------35.000 => vendeu por 50 ganhando 15. O custo foi 35.

18. Perdão de uma dívida no valor de R$ 500

Contas a Pagar-------------------500
a Receita com Perdão de Dívida-- 500

19. Registro de serviço realizado para recebimento a prazo, no


valor de 52,00
D- Duplicatas a Receber------52
C- Serviços Prestados--------52

20. Prestação de serviços por R$ 400,00, recebendo, no ato,


apenas 40%
D- Caixa-----------------------160
D- Clientes--------------------240
C- Receita de Serviços-------400

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21. Pagamento de duplicatas de R$ 70.000,00, obtendo 61


desconto de 12%

D- Duplicatas a Pagar---------70.000
C- Desconto Obtido-------------8.400
C- Caixa------------------------61.600

Esse mesmo fato pode aparecer de outras maneiras:

Duplicatas a Pagar----------70.000
a Desconto Obtido-----------8.400
a Caixa----------------------61.600

ou

Duplicatas a Pagar
a Diversos
a Desconto Obtido-----------8.400
a Caixa------------------------61.600 70.000

O termo “diversos” é utilizado para indicar que mais de uma


conta está sendo creditada. Como há a necessidade de dizer quais
exatamente foram os diversos itens creditados, abaixo da palavra
“diversos” são colocadas todas as contas creditadas, com seus
respectivos valores. Ao final, do lado do valor da última conta
creditada, consta o total creditado, que será, por conta do método das
partidas dobradas, igual ao total debitado.

22. Recebimento de duplicatas de 2.000, com juros de R$


400,00
Caixa
a Diversos
a Duplicatas a Receber-----------2.000
a Juros Ativos--------------------------400 2.400

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1.10 RECEITAS E DESPESAS ANTECIPADAS 62

Se uma despesa é paga antes de ocorrido o seu fato gerador,


estamos adiantando um valor que só seria devido lá na frente e, por
isso, ficamos com um direito. Então cuidado com o seguinte: o fato da
palavra despesa aparecer no título de uma conta não significa que ela
seja efetivamente uma despesa. É o caso, por exemplo, das despesas
antecipadas, as quais representam um ativo.

Imagine que no dia primeiro de janeiro, uma empresa adiantou


3 meses de salário a um empregado que ganha 100 por mês. A
despesa, do ponto de vista da empresa, só ocorrerá quando ela
efetivamente receber a prestação do serviço por parte do empregado,
por isso, a despesa deverá ser registrada apenas no final de cada mês.
No momento do adiantamento, a empresa fica com um direito perante
seu funcionário e registra o seguinte:

Em 1º-1-X1:

D- Salários a Vencer (sinônimo de salários pagos antecipadamente)


C- Caixa-------------------------300

No final de janeiro, a empresa enfim deverá reconhecer


(apropriar) a despesa de salários, diminuindo o direito perante seu
funcionário, afinal, ela já usufruiu de um mês do trabalho dele.

Em 31-1-X1:

Salários
a Salários a Vencer-------100

Com esse lançamento, a despesa de salários está sendo


registrada dentro do mês de sua ocorrência, como deve ser. Essa
apropriação deverá ser registrada também no final de fevereiro e de
março, de modo que cada despesa fique dentro do seu mês de
ocorrência e o direito resulte zerado, pois não mais existirá direito da
empresa junto ao empregado, já que este, cumprindo sua parte,
trabalhou os três meses.

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Atenção redobrada, então, com a expressão “a vencer” na 63


contabilidade pois ela é altamente traiçoeira! Salários a vencer não é
sinônimo de salários a pagar. Na realidade, quer dizer exatamente o
contrário! Salários a pagar surge quando o funcionário trabalha e a
empresa diz que vai pagar só no outro mês. A empresa está devendo
para ele. Já salários a vencer aparece quando, antes de trabalhar, o
funcionário recebe adiantado da empresa. Veja que, nesse caso, a
empresa fica é com um direito. O termo “a vencer”, portanto, diz
respeito à ocorrência do fato gerador: o fato gerador da despesa, ou
da receita, conforme o caso, ainda irá ocorrer (vencer).

Perceba que o pagamento de qualquer despesa de forma


antecipada vai gerar um direito. Por isso, contas como despesas
antecipadas, despesa paga antecipadamente ou despesas a vencer são
classificadas no Ativo.

DESPESA ATIVO PASSIVO


Despesa Despesa Antecipada ou Despesa a Pagar
Despesa a Vencer
Salários Salários a Vencer Salários a Pagar
Seguros Seguros a Vencer Seguros a Pagar
Aluguéis Passivos Aluguéis Passivos a Vencer Aluguéis Passivos a Pagar
Juros Passivos Juros Passivos a Vencer Juros Passivos a Pagar

Se alguém paga antecipado é porque alguém está recebendo de


forma antecipada, não é verdade? Ainda no mesmo exemplo, o
empregado, ao receber o valor de R$ 300 no começo de janeiro não
tem, ainda, uma receita, já que ele não prestou o serviço, não fez por
onde. No dia primeiro, então, ele deverá reconhecer uma receita
antecipada, a qual representa a obrigação de trabalhar ou, em última
instância, devolver o dinheiro. Somente no final de cada mês, com a
efetiva prestação do serviço, o fato gerador da receita terá ocorrido
devendo, então, ser reconhecida no resultado. Vamos aos lançamentos
do ponto de vista do funcionário que recebeu o adiantamento.

Em 1º-1-X1:

D- Caixa
C- Receita Antecipada--------300

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64
No final de janeiro, o empregado deverá reconhecer a receita,
diminuindo sua obrigação perante a empresa, afinal, ele já trabalhou
um mês.

Em 31-1-X1:

Receita Antecipada
a Receita de Serviços-------100

Com esse lançamento, a receita está sendo registrada dentro do


mês de sua ocorrência, atendendo aos princípios contábeis. Esse
mesmo registro também deverá ser feito no final de fevereiro e de
março, zerando a obrigação.

Veja que o recebimento de qualquer receita de forma antecipada


vai gerar uma obrigação e, por isso, receita antecipada ou
adiantamento de clientes é conta do passivo.

RECEITA PASSIVO ATIVO


Receita Receita Antecipada ou Receita a Receber
Receita a Vencer
Juros Ativos Juros Ativos a Vencer Juros Ativos a Receber
Aluguéis Ativos Aluguéis Ativos a Vencer Aluguéis Ativos a Receber

Fatos envolvendo DESPESAS E RECEITAS ANTECIPADAS

23. Pagamento antecipado de uma despesa de R$ 100,00

D- Despesa Antecipada--------100 => conta do ativo


C- Caixa------------------------100

24. Apropriação de uma despesa paga antecipadamente no


valor de R$ 100,00

D- Despesa ----------------------100 => registra a despesa


C- Despesa Antecipada----------100 => e diminui o direito

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25. Recebimento antecipado de uma Receita de R$ 100,00 65

D- Caixa-----------------------------100
C- Receita Antecipada--------------100 => conta do passivo

26. Reconhecimento de uma Receita recebida antecipadamente


no valor de R$ 100,00

D- Receita Antecipada--------------100 => diminui a obrigação


C- Receita---------------------------100 => e registra a receita

Da análise dos 26 fatos lançados até aqui, percebemos que não


necessariamente o registro deve conter apenas um débito e um
crédito. É aí onde entra a historinha das fórmulas de lançamentos.

Fórmulas de Lançamentos

Dizem respeito à quantidade de débitos e créditos existentes em


um registro. São 4 as fórmulas de lançamento:

a) 1ª Fórmula: uma conta debitada e uma conta creditada;


b) 2ª Fórmula: uma conta debitada e mais de uma conta creditada;
c) 3ª Fórmula: mais de uma conta debitada e uma conta creditada;
d) 4ª Fórmula: mais de uma conta sendo debitada e mais de uma conta
creditada.

1.11 O CAMINHO PERCORRIDO ENTRE OS FATOS CONTÁBEIS E


AS DEMONSTRAÇÕES

Já sabemos que no final do exercício social, a empresa deve


elaborar as Demonstrações Contábeis. Vejamos o caso do Balanço
Patrimonial, onde aparecem todos os itens que compõem o patrimônio
da entidade em determinada data. No Balanço de 31.12.X1, por
exemplo, serão mostrados os saldos das contas do ativo, passivo e PL
nessa data. Como fazer para, após um ano de escrituração, que pode
envolver milhares de lançamentos, sabermos o valor exato de cada
item que fará parte da Demonstração?

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66
Diário x Razão

Até aqui, o que vimos sobre lançamentos – o debitar e o creditar


– corresponde ao chamado Livro Diário. Nele, há o registro, em ordem
cronológica, de todos os fatos contábeis ocorridos no exercício social.
Quando, então, neste curso, debitamos uma conta e creditamos outra,
com os respectivos valores, estamos simplesmente lançando no Diário.

Lançamento do aumento de capital em espécie:

D- Caixa-------------- 100
C- Capital Social------100

Se durante o ano o movimento da empresa fosse apenas esse,


seria a maior moleza preparar o balanço:

ATIVO PATRIMÔNIO LÍQUIDO


Caixa--------100 Capital Social-------100

Agora, imagine que a contabilidade de uma empresa tenha uma


movimentação enorme. Milhares, milhões de lançamentos. No final do
ano, para montar o balanço, o contador terá que encontrar o saldo das
contas em 31 de dezembro. Se existisse apenas o Livro Diário, para
encontrar o saldo da conta caixa, por exemplo, o profissional teria que
procurar, em meio a milhares (ou mais!) de lançamentos, quais
mexeram com caixa, pra ir somando cada entrada no caixa (débitos)
e cada saída (créditos), até chegar ao saldo atualizado...seria um
suplício! Imagine fazer esse mesmo procedimento em relação a todas
as contas do patrimônio de uma multinacional? É por isso que, na
medida em que um fato é registrado no Diário, ele também é registrado
no Livro Razão. Razão, pessoal, para nós, nesse momento, vai ser o
“T” fartamente encontrado nos materiais de contabilidade. Esse “T” é
o razonete em T, que é uma representação simplificada do Razão.
Através desse razonete controlamos o saldo de todas as contas
movimentadas. Com ele, o saldo de cada conta é acompanhado a cada
momento, pois o registro é feito de forma sistematizada, separando
cada item que faz parte do patrimônio. O lançamento citado seria
registrado do seguinte modo no Razão:

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67
Caixa Capital Social
100 100

Perceba que toda conta movimentada terá seu próprio razonete.


Por convenção, do lado esquerdo ficam os débitos e do lado direito, os
créditos. Observe que sempre a digrafia contábil será respeitada: a
conta caixa foi debitada no valor de 100, e a conta capital social foi
creditada no mesmo valor.
Nome da Conta

débitos créditos

Com a utilização do razonete, no final do período é só a empresa


somar as colunas débitos e créditos. Caso haja mais débitos do que
créditos, diz-se que a conta ficou com saldo devedor. Isso é o que vai
acontecer com as contas do ativo e de despesas. Por seu turno, se os
créditos superarem os débitos, o saldo será credor (passivo, PL e
receitas).

De posse de todos os saldos, a contabilidade prepara o Balancete


de Verificação, que consiste em uma relação ordenada dos saldos das
contas do Razão. Haverá uma coluna para os saldos devedores e outra
para os credores, as quais, por conta do método das partidas dobradas,
devem apresentar valores iguais. Eis o exemplo de um balancete
simples:

Balancete de Verificação Inicial


Contas Saldo Devedor Saldo Credor
Caixa 10 -
Máquinas 40 -
Fornecedores - 15
Capital - 30
Despesa de Juros 5 -
Receita de Serviços - 10
TOTAL 55 55

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68
No balancete inicial aparecem todas as contas movimentadas
pela empresa, quer sejam patrimoniais, quer sejam de resultado. A
partir daí, a empresa efetua os lançamentos de ajustes, apura o
resultado do exercício (veja próximo item), faz a destinação deste
resultado e elabora um novo Balancete de Verificação, agora apenas
com as contas patrimoniais, a partir do qual a entidade prepara seu
Balanço Patrimonial.

Balancete de Verificação Final


Contas Saldo Devedor Saldo Credor
Caixa 10 -
Máquinas 40 -
Fornecedores - 15
Capital - 30
Reservas de Lucros - 5
TOTAL 55 55

1.12 APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

Apuração do resultado é o processo através do qual é feito o


confronto entre as receitas e as despesas de determinado período. O
resultado, ou rédito, será um lucro se as receitas forem maiores que
as despesas; caso contrário, se as despesas superarem as receitas,
haverá prejuízo.

O resultado sempre é apurado em relação a um período


específico, por isso, na apuração do lucro ou prejuízo do ano “X“,
interessam apenas as receitas e as despesas ocorridas no dito ano “X”.
Em nenhuma hipótese, receitas e despesas de um período se
comunicam com as ocorridas em outro exercício social (anterior ou
posterior). Veja bem, se estamos apurando o resultado de 2017 só me
interessam as receitas e as despesas ocorridas em 2017. Não vou
querer saber de receitas e despesas de 2016 ou de 2018. No resultado
do ano 2038, por exemplo, não vai entrar nenhuma receita ou despesa
do ano 2037 ou do ano 2039. Entendeu?

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Este é o motivo pelo qual, no final do exercício social, todas as 69


contas de resultado são zeradas. Ora, todo começo de ano tem que
começar zerado em relação a receitas e despesas, já que para o
resultado do ano que se inicia não vão interessar as receitas e as
despesas ocorridas no passado, não é verdade?! Sendo assim, no final
do ano, todas as receitas são debitadas e todas as despesas são
creditadas. “E a contrapartida, professor?”. Será uma conta chamada
Apuração do Resultado do Exercício (ARE). É fácil, pessoal, é só
lembrar que as receitas e despesas estão sendo zeradas porque
estamos apurando o resultado.

ARE, então, é uma conta que existe apenas para zerar receitas e
despesas e transferir o resultado para o PL. Diz-se que ela é transitória,
pois também não pode ter saldo no final do período. Costumo dizer que
ela é uma conta descartável. No final do ano, chamamos ela, usamos
para zerar receitas e despesas e depois zeramos a dita cuja. Dura um
dia a coitada! É descartável, mas muito importante! Todo bendito ano
precisaremos dela. Vou dar um exemplo simples, preocupado apenas
com as contas de resultado, ok?

A empresa X, no ano de 2017, teve apenas uma receita (recebida


no ato), no valor de 50, e uma despesa (para pagamento posterior),
no valor de 40. De cara, já verificamos que houve um lucro de 10, não
é verdade? Nossa missão é zerar essa receita e essa despesa e
transferir esse lucro para o PL. Vamos lá!

registro da receita registro da despesa

D- Caixa------50 D- Despesa----------40
C- Receita ----50 C- Contas a Pagar---40

Temos, agora, que zerar a receita e a despesa. Para isso, lembre,


pedimos a ajuda da conta Apuração do Resultado do Exercício.

zerando a receita zerando a despesa

D- Receita-----50 D- ARE----------40
C- ARE---- ----50 C- Despesa-----40

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Veja, nesse momento, as receitas e as despesas foram 70


eliminadas e a conta ARE apresenta saldo credor de 10:

ARE
40 50
10 saldo credor

Falta, agora, zerar a conta ARE. O legal é que ao zerarmos a


ARE automaticamente fazemos o último passo: transferimos o
resultado para o PL. Se ARE está com saldo credor, para zerá-la
devemos efetuar um débito nessa conta.

zerando a conta ARE

D- ARE--------------------10
C- Lucros Acumulados---10

A conta ARE é debitada pelas despesas e creditada pelas


receitas.

Os débitos na conta ARE representam as despesas. Os


créditos na conta ARE representam as receitas.

Se a conta ARE ficar com saldo credor, houve lucro. Se a


conta ARE ficar com saldo devedor, houve prejuízo.

Vamos fazer um exemplo com prejuízo, para que não reste


qualquer dúvida.

Imagine agora que a empresa X, no ano de 2018, teve apenas


uma receita (para recebimento posterior), no valor de 70, e uma
despesa (pagamento no ato), no valor de 100. Já deu pra perceber que
houve um prejuízo de 30, não é verdade? Vamos, então, zerar essa
receita e essa despesa e transferir o prejuízo para o PL.

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registro da receita registro da despesa 71

D- Clientes----70 D- Despesa---------100
C- Receita ----70 C- Caixa-------------100

Temos, agora, que zerar a receita e a despesa. Para isso, lembre,


pedimos a ajuda da conta Apuração do Resultado do Exercício.

zerando a receita zerando a despesa

D- Receita-----70 D- ARE---------100
C- ARE---- ----70 C- Despesa-----100

As receitas e as despesas foram eliminadas e a conta ARE


apresenta, dessa vez, saldo devedor de 30:

ARE
100 70
saldo devedor  30

Falta, agora, zerar a conta ARE. Como ARE está com saldo
devedor, para zerarmos devemos creditar referida conta. “E no débito,
professor?” Ora, não houve um prejuízo? Vamos transferi-lo para o PL:

zerando a conta ARE

D- Prejuízos Acumulados--30
C- ARE----------------------30

Para encerrar esse PDF 01, vamos acompanhar a movimentação


ocorrida na empresa MAVIFOR S/A no ano X1, aproveitando para
revisar alguns pontos.

Fato I – Capital subscrito e imediatamente integralizado


no valor de R$ 350, sendo R$ 100 em dinheiro e R$ 250 em
mercadorias.

Registro no Diário

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D- Caixa------------100 72
D- Mercadorias-----250
C- Capital---------- 350

Balanço Patrimonial levantado após a ocorrência do fato I

Ativo Passivo ----


Caixa 100
Mercadorias 250 PL
Capital Social 350
Ativo Total 350 Passivo Total 350

O lado esquerdo do balanço (aplicações) sempre vai bater com o


lado direito (origens).

Fato II - Empresa pega um empréstimo bancário no valor


de R$ 600.

Como se trata de um fato permutativo, o valor do patrimônio


líquido não vai ser alterado.

D- Bancos c/ Movimento-----600
C- Empréstimos Obtidos-----600

Ativo Passivo Exigível


Caixa 100 Empréstimos 600
Bancos 600 PL
Mercadorias 250 Capital Social 350
Ativo Total 950 Passivo Total 950

Fato III - Empresa paga metade do empréstimo bancário.


Na operação há incidência de juros no montante de R$ 40.

Registro no Diário

D- Empréstimos---300
D- Juros Passivos--40
C- Bancos---------340

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73
A despesa de juros, por ser conta de resultado, vai aparecer na
demonstração conhecida como DRE – Demonstração do Resultado do
Exercício, e não no Balanço Patrimonial. Mas como, afinal, a despesa
vai diminuir o PL, se ela não faz parte do Balanço? A despesa vai afetar
o Balanço de duas formas. Primeiro, no registro da despesa, há uma
contrapartida em conta patrimonial (saindo dinheiro ou aumentando
dívida). Eis a primeira repercussão. Depois, após a apuração do
resultado, ocasião na qual as receitas e as despesas são zeradas, o
lucro ou prejuízo apurado, conforme o caso, é transferido para uma
conta do patrimônio líquido denominada Lucros ou Prejuízos
Acumulados. Dessa forma, se for um lucro, o PL será aumentado; caso
haja prejuízo, será diminuído. Eis a segunda repercussão. Da mesma
forma, as receitas também irão repercutir no patrimônio em dois
momentos.

Caso o exercício social fosse encerrado após esse terceiro fato, o


resultado apurado pela empresa seria um prejuízo de R$ 40, pois a
única conta de resultado existente seria a despesa de juros. O Balanço
ficaria assim:

ATIVO PASSIVO
Caixa 100 Empréstimos 300
Bancos 260 PL
Mercadorias 250 Capital Social 350
Prejuízos Acumulados12 (40)
Ativo Total 610 Passivo Total 610

Na prática, porém, a apuração do resultado e sua transferência


para o Balanço ocorre somente após o término do período, o que no
nosso caso equivale ao 4º e último fato adiante narrado.

Fato IV – Empresa vende todo o seu estoque de


mercadorias, metade à vista e metade a prazo, pelo valor total
de R$ 400.

12
Conta retificadora do PL. Sendo assim, tem natureza devedora e reduz o valor do capital próprio.

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74
Registro no Diário

a) Venda

D- Caixa-------------200
D- Clientes----------200
C- Vendas---------- 400

b) Baixa da mercadoria

D- CMV--------------250 => equivale a uma despesa


C- Mercadorias----- 250

Registrados todos os fatos ocorridos, a empresa, antes de


elaborar o Balanço, deve apurar o resultado, zerando as contas de
receitas e despesas. No nosso exemplo, houve duas despesas. Vamos
zerá-las:

D- Apuração do Resultado do Exercício------290


C- Juros Passivos-------------------------------40
C- CMV-----------------------------------------250

As duas contas de despesas já estão zeradas. Falta agora zerar


as receitas (no caso, apenas a conta vendas):

D- Vendas--------------------------------------400
C- Apuração do Resultado do Exercício-------400

Após o encerramento das receitas e despesas a conta ARE ficou


com saldo final de R$ 110, credor. Isso significa que as receitas
superaram as despesas nesse montante e houve, assim, um lucro.

Acontece que a conta ARE é transitória e, diante de sua


efemeridade, precisa ser encerrada logo após a apuração do rédito. A
contrapartida será a conta Lucros Acumulados, em caso de resultado
positivo, ou Prejuízos Acumulados, na ocorrência de prejuízo. Em

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suma: assim como receitas e despesas, a própria conta ARE precisa 75


ser encerrada no final do exercício social:

Se a conta ARE estiver com saldo credor (lucro):

D- ARE
C- Lucros Acumulados => aumentando o PL

Se a conta ARE estiver com saldo devedor (prejuízo):

D- Prejuízos Acumulados => diminuindo o PL


C- ARE

Voltando ao nosso exemplo, a conta ARE, que ficou com saldo


credor de R$ 110, deve ser encerrada da seguinte forma:

D- ARE---------------------110
C- Lucros Acumulados----110

É assim que receitas e despesas se comunicam com a riqueza


patrimonial de alguém, através da conta Lucros ou Prejuízos
Acumulados.

Acontece que o Balanço também tem sua conta de curta duração:


Lucros Acumulados. A partir da lei nº 11.638/07 os balanços das
sociedades por ações não podem mais ter saldo em Lucros
Acumulados, de modo que, assim que chega ao PL, o lucro deve ser
integralmente distribuído, na forma de dividendos, constituição de
reservas de lucros ou aumento de capital. Vamos, então, distribuir
nosso lucro:

D- Lucros Acumulados------ 110


C- Dividendos a Pagar--------55
C- Reservas de Lucros--------55

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O Balanço Patrimonial do final do período ficará assim: 76


ATIVO PASSIVO
Caixa 300 Empréstimos 300
Bancos 260 Dividendos a Pagar 55
Clientes 200 PL
Capital Social 350
Reservas de Lucros 55
Ativo Total 760 Passivo Total 760

Vamos estudar reservas e dividendos passo a passo nesse curso.


Fiquem tranquilos!

É isso, Ilustres! Vamos, na sequência, treinar ainda mais essa


historinha de debitar e creditar, importantíssimo para a contabilidade.

Tá só começando!!! Abordaremos, através de 140 vídeos, todos


os assuntos de contabilidade geral, passo a passo. Resolveremos 400
questões! Resolveremos todas as questões de AFRFB dos últimos 20
anos!

Contabilidade Geral não será problema para você na prova de


Auditor-Fiscal da Receita Federal!

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70 Fatos Contábeis Tirados de Provas de Concursos

1 - FATOS ENVOLVENDO COMPRAS À VISTA/SAÍDA DE


DINHEIRO

1- (ESAF 2014) Empresa adquiriu 4 máquinas de igual valor e pagou


por elas, à vista, R$ 10.000.

2- (CARLOS CHAGAS 2014) Aquisição de estoque no valor de R$


18.000,00, à vista.

3 - (FGV 2013) Aquisição, à vista, de 10 (dez) peças para revenda no


valor de R$ 45 cada.

4- (FGV 2013) Aquisição de móveis e utensílios no valor de R$ 40.000


a vista.

5- (CARLOS CHAGAS 2014) Pagamento de R$ 80.000,00 referentes à


aquisição de imobilizado.

6- (CARLOS CHAGAS 2014) Pagamento de R$ 80.000,00 referentes à


aquisição de imobilizado.

7- (ESAF) Pagamento de um título no valor de 3.000,00

8- (ESAF) Pagamento de um título vencido no valor de R$ 1.200,00

9- (ESAF) Pagamento de empréstimos a curto prazo R$ 150,00

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10- (ESAF) Pagamento de empréstimos a longo prazo R$ 900,00 78

11- (ESAF) Pagamento de R$ 12.000,00 de hipotecas de longo prazo

2 - FATOS ENVOLVENDO COMPRAS A PRAZO

12- (CARLOS CHAGAS 2014) Aquisição de Estoques no valor de R$


35.000, a prazo, sem juros.

13- (CESPE 2014) Aquisição a prazo, em 5/1/X1, de matérias-primas


industriais no valor de R$ 5.000;

14- (FGV 2014) Compra de R$ 18.000,00 em estoques, para


pagamento em 60 dias.

15- (FGV 2013) Aquisição de 20 (vinte) peças para revenda no valor


de R$ 50 cada, para pagamento em duas parcelas iguais vencíveis
em 30 e 60 dias.

16- (FGV 2013) Aquisição financiada de equipamentos no valor de $


6.000;

17- (ESAF) Compra a prazo (160 dias) de móveis para o escritório R$


1.650,00

18- (ESAF) Compras de máquinas industriais a longo prazo R$


1.500,00

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19- (ESAF) Compra a prazo de máquinas para o próprio uso, no valor 79


de R$ 15.000,00

20- (ESAF) Compra, a prazo, de móveis e utensílios para uso por R$


40.000,00

21- (ESAF) Compra de bens para revender: cem unidades por R$


21.000,00, a prazo

3 - COMPRAS COM PAGAMENTO PARTE À VISTA E PARTE A


PRAZO

22- (FGV 2013) Aquisição de equipamentos no valor de R$ 80.000


sendo R$ 30.0000 em dinheiro e o restante financiado a longo
prazo.

23- (ESAF) Compra de móveis para uso, por R$ 6.000,00, aceitando


duplicatas, sendo dois terços com vencimento a longo prazo

24- (ESAF) Compra de móveis para venda, por R$ 2.200,00, pagando


uma entrada de 20% e o restante a prazo

25- (ESAF) Compra de máquinas por R$ 5.000,00, pagando entrada


de 20%

26- (ESAF) Compra de mesas por R$ 300,00, sendo 40% para vender
e 60% para usar, pagando R$ 100,00 e aceitando duplicatas

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4 - FATOS ENVOLVENDO RECEBIMENTO DE DINHEIRO 80

27- (CARLOS CHAGAS 2014) Recebimento de R$ 30.000 das


duplicatas a receber de clientes.

28- (CARLOS CHAGAS 2014) Recebimento de R$ 250.000,00


referentes à venda de um imóvel.

29- (CARLOS CHAGAS 2014) Recebimento de R$ 150.000,00


referentes ao Adiantamento do Cliente Pedro.

30- (CARLOS CHAGAS 2013) Recebimento de $18.000 de um cliente,


para entrega futura de mercadorias.

31- (CARLOS CHAGAS 2014) Recebimento de R$ 140.000,00


referentes a um empréstimo obtido.

5 - FATOS ENVOLVENDO DESPESAS

32- (FGV 2014) Reconhecimento, em janeiro, de despesas de salários


no valor de R$ 5.000,00, que deverão ser pagas em fevereiro.

33- (FGV 2013) Apropriação das despesas administrativas no valor de


R$ 100 a serem pagas no mês seguinte.

34- (ESAF) Registro de salários de R$ 300,00, para pagamento


posterior

35- (ESAF) Registro de impostos do mês, no valor de 120,00, para


recolhimento posterior

36- (ESAF) Ocorrência de uma despesa de R$ 160,00 para pagamento


futuro

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37- (ESAF) Empresa registrou a conta de luz do mês (R$ 80,00) para 81
pagamento no mês seguinte

38- (ESAF) Registro do aluguel do mês no valor de R$ 300,00 para


pagamento posterior

39- (ESAF) Pagamento do aluguel do mês no valor de 28,00

40- (ESAF) Pagamento de despesas do mês no valor de R$ 7.000,00

41- (ESAF) Pagamento de juros do mês corrente no valor de R$


400,00

42- (ESAF) Pagamento de despesas com vendas R$ 1.320,00

43- (ESAF) Pagamento antecipado de uma despesa de R$ 100,00

6 - FATOS ENVOLVENDO RECEITAS

44- (CARLOS CHAGAS 2014) Venda de R$ 60.000 à vista. O custo das


mercadorias vendidas foi de R$ 21.000.

45- (CARLOS CHAGAS 2014) Venda de estoque por R$ 50.000,00, a


prazo. O estoque havia custado R$ 32.000,00.

46- (FGV 2013) Aquisição de mercadorias a prazo no valor de $


10.000.

47- (FGV 2013) Venda a vista de 80% do estoque de mercadorias por


$ 15.000.

48- (ESAF) Vendas de mercadorias a vista R$ 15.000,00

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49- (ESAF) Vendas de mercadorias por R$ 18 mil, com entrada de R$ 82


8 mil e duplicatas

50- (ESAF) Firma prestou serviços a vista por R$ 800,00

51- (ESAF) registro de serviço realizado para recebimento a prazo, no


valor de 52,00

52- (ESAF) Prestação de serviços por R$ 400,00, recebendo, no ato,


apenas 40%

7º FATOS ENVOLVENDO PAGAMENTO COM JUROS

53- (CESPE 2014) Liquidação de título no valor de R$ 1.000, com juros


de R$ 50

54- (ESAF) Quitação de duplicatas no valor de R$ 1.100,00, com juros


de 10% de seu valor.

55- (ESAF) Quitação, por via bancária, de uma duplicata no valor de


R$ 600,00, com acréscimo de 10% relativos a juros.

56- (ESAF) Ao quitar uma dívida em duplicatas no valor de R$


2.000,00, a empresa foi compelida a pagar multa e juros de mora
de R$ 100,00.

57- (ESAF) Pagamento de uma dívida já vencida no valor de R$


8.000,00, efetuado com juros moratórios de 11%.

58- (ESAF) Pagamento de imposto atrasado no valor de R$ 500,00,


com juros de 10%.

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83
8º FATOS ENVOLVENDO PAGAMENTO COM DESCONTO

59- (FGV 2013) Pagamento de fornecedores no valor do título de $


3.000 com desconto ainda de $ 300 sobre o mesmo.

60- (ESAF) Empresa resolveu antecipar o pagamento de uma dívida


de R$ 5.000,00, ainda não vencida, para aproveitar o desconto de
10% oferecido pelo fornecedor.

61- (ESAF) Pagamento de dívidas de R$ 6.000,00 com descontos de


15%, em cheque.

62- (ESAF) Pagamento de títulos vencidos no valor de R$ 200,00, com


desconto de 10%.

9º FATOS ENVOLVENDO RECEBIMENTO COM JUROS

63- (FGV 2013) Recebimento de direitos de clientes no valor de $


3.000 mais juros do período de $ 100.

64- (ESAF) A empresa recebeu uma duplicata no valor de R$


30.000,00, com acréscimo de juros de 10% por atraso no
pagamento em relação ao vencimento original.

65- (ESAF) Recebimento de duplicatas de 2.000, com juros de R$


400,00.

66- (ESAF) Recebimento de direitos de R$ 500,00, com juros de 10%.

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84
10º FATOS ENVOLVENDO RECEBIMENTO COM DESCONTO

67- (ESAF) Recebimento de títulos de R$ 120.000,00, concedendo


desconto de 8%.

68- (ESAF) Recebimento de títulos de R$ 4.000,00, com descontos de


15%, em dinheiro.

69- (ESAF) Recebimento, em cheque do Banco S/A, de uma duplicata,


no valor de R$ 500,00, com desconto de 5%.

70- (ESAF) Recebimento de um título de 360,00, com desconto de


10%.

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85
LANÇAMENTO DOS FATOS CONTÁBEIS

Cuidado! Quem está começando na matéria não deve tentar


entender a lógica do lançamento começando por aqui. De jeito
nenhum! Lembre: todos esses lançamentos foram feitos, com
explicações detalhadas, ao longo dos vídeos. Por exemplo, em
diversos casos poderiam ser aplicados sinônimos às contas aqui
apresentadas. Acompanhe, com muita calma, as videoaulas
para entender tudo direitinho.

01) D- máquinas e equipamentos


C- caixa--------------------------10.000

02) D- estoque
C- caixa--------------------18.000

03) D- mercadorias
C- caixa--------------------450

04) D- móveis e utensílios


C- caixa-----------------40.000

05) D- imobilizado
C- caixa------------------80.000

06) D- imobilizado
C- caixa------------------80.000 (repetido, eu sei, mas saiu assim no vídeo)

07) D- títulos a pagar


C- caixa-------------------3.000

08) D- títulos a pagar


C- caixa------------1.200

09) D- empréstimos
C- caixa------------150

10) D- empréstimos LP
C- caixa-------------900

11) D- hipotecas a pagar LP


C- caixa-----------------12.000

12) D- estoque de mercadorias


C- fornecedores-------------------35.000

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13) D- estoque de matérias-primas 86


C- fornecedores-------------------5.000

14) D- mercadorias
C- duplicatas a pagar---18.000

15) D- mercadorias
C- duplicatas aceitas----1.000

16) D- máquinas e equipamentos


C- financiamento-----------------6.000

17) D- móveis e utensílios


C- móveis a pagar-----------1.650

18) D- máquinas--------------1.500
C- máquinas a pagar LP--1.500

19) D- máquinas--------------15.000
C- máquinas a pagar-----15.000

20) D- móveis e utensílios


C- móveis a pagar-----------40.000

21) D- estoque de mercadorias


C- fornecedores-------------------21.000

22) D- equipamentos-------------------80.000
C- caixa-----------------------------30.000
C- financiamento a pagar LP-------50.000

23) D- móveis-------------------6.000
C- duplicatas aceitas-------2.000
C- duplicatas aceitas LP----4.000

24) D- mercadorias-------------2.200
C- caixa-----------------------440
C- fornecedores-------------1.760

25) D- máquinas----------------5.000
C- caixa---------------------1.000
C- contas a pagar----------4.000

26) D- mercadorias-------------120
D- móveis e utensílios-----180
C- caixa---------------------100

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C- duplicatas aceitas-------200 87

27) D- caixa
C- clientes--------30.000

28) D- caixa
C- imóvel--------------250.000

29) D- caixa
C- adiantamento de clientes ----150.000

30) D- caixa
C- adiantamento de clientes ----18.000

31) D- banco conta movimento


C- empréstimos obtidos---------140.000

32) D- despesa de salários


C- salários a pagar------------5.000

33) D- despesas administrativas


C- contas a pagar---------------100

34) D- salários
C- salários a pagar---300

35) D- impostos
C- impostos a recolher--120

36) D- despesa
C- despesa a pagar---160

37) D- despesa de luz


C- luz a pagar----------80

38) D- despesa de aluguel


C- aluguéis a pagar---300

39) D- aluguéis passivos


C- caixa------------------28

40) D- despesas
C- caixa-----------------7.000

41) D- juros passivos


C- caixa--------------400

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88
42) D- despesas com vendas
C- caixa---------------1.320

43) D- despesa paga antecipadamente (despesa a vencer)


C- caixa---------------100

44) D- caixa
C- vendas de mercadorias----60.000

D- custo das mercadorias vendidas


C- mercadorias------------------------21.000

45) D- caixa
C- vendas de mercadorias----50.000

D- custo das mercadorias vendidas


C- mercadorias------------------------32.000

46) D- mercadorias-----------10.000
D- fornecedores----------10.000

47) D- caixa
C- vendas de mercadorias----15.000

D- custo das mercadorias vendidas


C- mercadorias------------------------8.000

48) D- caixa
C- vendas-----------------15.000

49) D- caixa--------------------8.000
D- duplicatas a receber--10.000
C- vendas-----------------18.000

50) D- caixa
C- receita de serviços---800

51) D- clientes
C- receita de serviços---52

52) D- caixa----------------------160
D- clientes-------------------240
C- serviços prestados-------400

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53) D- títulos a pagar-------------1.000
D- juros passivos-----------------50
C- caixa------------------------1.050

54) D- duplicatas a pagar-------------1.100


D- despesa de juros-----------------110
C- caixa----------------------------1.210

55) D- duplicatas a pagar-----------600


D- juros passivos-----------------60
C- banco conta movimento-----660

56) D- títulos a pagar-------------2.000


D- multa e juros passivos------100
C- caixa------------------------2.100

57) D- contas a pagar-------------8.000


D- juros passivos----------------880
C- caixa------------------------8.880

58) D- impostos a pagar-------------500


D- juros passivos------------------50
C- caixa---------------------------550

59) D- fornecedores-------------3.000
C- desconto obtido------------300
C- caixa----------------------2.700

60) D- fornecedores-------------5.000
C- desconto obtido------------500
C- caixa----------------------4.500

61) D- duplicatas a pagar--------6.000


C- desconto obtido-------------900
C- bancos c/ movimento—---5.100

62) D- títulos a pagar----------200


C- desconto obtido----------20
C- caixa--------------------180

63) D- caixa----------------3.100
C- juros ativos-----------100
C- clientes-------------3.000

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64) D- caixa-------------------33.000 90
C- receita de juros---------3.000
C- duplicatas a receber--30.000

65) D- caixa----------------2.400
C- juros ativos-----------400
C- clientes-------------2.000

66) D- caixa-----------------550
C- juros ativos-----------50
C- contas a receber----500

67) D- caixa------------------110.400
D- descontos passivos-----9.600
C- títulos a receber------120.000

68) D- caixa---------------------3.400
D- descontos concedidos-----600
C- títulos a receber---------4.000

69) D- caixa-----------------------475
D- desconto concedido--------25
C- duplicatas a receber------500

70) D- caixa------------------324
D- descontos passivos----36
C- títulos a receber------360

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Fórmula e Classificação dos Fatos Contábeis 91

Fato Contábil Fórmula Classificação


01 a 21 1ª Permutativo
22 a 25 2ª Permutativo
26 4ª Permutativo
27 a 31 1ª Permutativo
32 a 42 1ª Modificativo Diminutivo
43 1ª Permutativo
44 e 45 * *
46 1ª Permutativo
47 * *
48 1ª Modificativo Aumentativo
49 3ª Modificativo Aumentativo
50 e 51 1ª Modificativo Aumentativo
52 3ª Modificativo Aumentativo
53 a 58 3ª Misto Diminutivo
59 a 62 2ª Misto Aumentativo
63 a 66 2ª Misto Aumentativo
67 a 70 3ª Misto Diminutivo

* O registro da venda (débito de caixa ou clientes e crédito de


vendas), analisado isoladamente, é modificativo aumentativo.

O registro da baixa da mercadoria (débito de CMV e crédito de


mercadorias), analisado isoladamente, é modificativo
diminutivo.

Juntando tudo em um único lançamento de 4ª fórmula, teremos


um fato misto aumentativo.

Se fosse uma venda com prejuízo, ao juntarmos tudo em um


único registro, teríamos um fato misto diminutivo.

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92

QUESTÕES ESAF – CONCEITOS INICIAIS

01 (ESAF/IRB 2004) O objeto da contabilidade está presente na única


opção correta.
a) Ativo
b) Capital Social
c) Passivo
d) Patrimônio
e) Patrimônio Líquido

02 (ESAF/ATRFB) É função econômica da Contabilidade


a) apurar lucro ou prejuízo
b) controlar o patrimônio
c) evitar erros ou fraudes
d) efetuar o registro dos fatos contábeis
e) verificar a autenticidade das operações

03 (ESAF/TCI SEFAZ PI 2001) Estão excluídas do campo de aplicação


da Contabilidade
a) as reuniões de pessoas sem organização formal, ausência de finalidade
explícita e inexistência de quaisquer recursos específicos.
b) as sociedades não registradas ou que não possuam atos constitutivos
formais.
c) as entidades que explorem atividades ilícitas ou não estejam
autorizadas a funcionar.
d) as organizações estrangeiras que tenham sede no exterior.
e) as pessoas jurídicas dispensadas pelo Fisco do cumprimento das
obrigações relativas à escrituração.

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04 (ESAF/ATRFB) 93
“O patrimônio, que a contabilidade estuda e controla, registrando todas
as ocorrências nele verificadas.”
“Estudar e controlar o patrimônio, para fornecer informações sobre sua
composição e variações, bem como sobre o resultado econômico
decorrente da gestão da riqueza patrimonial.”
As proposições indicam, respectivamente,
a) a finalidade e o conceito da contabilidade
b) o campo de aplicação e o objeto da contabilidade
c) o campo de aplicação e o conceito da contabilidade
d) a finalidade e as técnicas contábeis da contabilidade
e) o objeto e a finalidade da contabilidade

05 (ESAF/FISCAL RJ 2010) Assinale abaixo a única opção que contém


uma afirmativa falsa.
a) Enquanto a entidade econômico-administrativa é o objeto da
Contabilidade, o patrimônio é o seu campo de aplicação.
b) A finalidade da Contabilidade é assegurar o controle do patrimônio
administrado e fornecer informações sobre a composição e as
variações patrimoniais, bem como sobre o resultado das atividades
econômicas desenvolvidas pela entidade para alcançar seus fins.
c) A Contabilidade pode ser conceituada como sendo “a ciência que
estuda, registra, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio
das entidades com fins lucrativos ou não”.
d) Pode-se dizer que o campo de aplicação da Contabilidade é a entidade
econômico-administrativa, seja ou não de fins lucrativos.
e) O objeto da Contabilidade é definido como o conjunto de bens, direitos
e obrigações vinculado a uma entidade econômico-administrativa.

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06 (ESAF/ANALISTA SEFAZ CE 2007) Para alcançar seus objetivos 94


precípuos, a Contabilidade utiliza técnicas formais específicas. Assinale
abaixo o grupo que discrimina essas técnicas.
a) Registro contábil, Balanços e Auditoria.
b) Escrituração, Demonstração, Auditoria e Análise de Balanços.
c) Livros contábeis Diário e Razão, Inventários, Orçamentos e Balanços.
d) Escrituração, Lançamentos, Balancetes, Balanços, Inventários e
Auditoria.
e) Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultado do Exercício,
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados e Demonstração de
Origem e Aplicação de Recursos.

07 (ESAF/AUDITOR RECIFE 2003) Considerando o Método das


Partidas Dobradas, assinale a única opção correta.
a) Para cada fato contábil, teremos um registro indicando que, para cada
débito, haverá um ou mais créditos de igual valor, ou ainda, para cada
aplicação, haverá uma ou mais origens de igual valor.
b) O Método garante o equilíbrio entre as receitas e as despesas, em
respeito ao princípio da continuidade da Entidade, no tempo,
considerando que o mais importante é que a empresa continue
funcionando.
c) Representa uma duplicidade de lançamentos, pois um valor contábil
deve ser dividido por dois para localizar o valor correto. Esta é a razão
de ser muito pouco utilizado.
d) É um método de cálculo relacionado com as definições de Fatura e
Duplicata, quando da emissão das notas fiscais pela venda de
mercadorias, ou seja, emite-se a fatura e a duplicata será cobrada.
e) Esse método só foi aplicado pelos mercadores de Veneza no século
XIV. Atualmente ele só faz parte da história da evolução contábil,
porque o método utilizado atualmente é o direto.

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08 (ESAF/MDIC 2012) Em relação ao patrimônio, objeto da 95


contabilidade, é correto afirmar que
a) o ativo patrimonial é composto dos bens, direitos e obrigações de uma
pessoa física ou jurídica.
b) o patrimônio líquido pode ser entendido como sendo a diferença entre
o valor do ativo e o valor do passivo de um patrimônio.
c) se calcularmos os direitos reais e os direitos pessoais pertencentes a
uma entidade, estaremos calculando o ativo patrimonial dessa
entidade.
d) o capital social de um empreendimento comercial é o montante de
recursos aplicados em seu patrimônio.
e) o montante dos bens e dos direitos de uma pessoa física ou jurídica
tem o mesmo valor de seu passivo real.

QUESTÕES ESAF – ORIGENS E APLICAÇÕES

09 (ESAF/CONTADOR PECFAZ MF 2013) Considerando que a


movimentação contábil sempre ocorre em forma de equação, para que
as origens de recursos sejam iguais à sua aplicação, organize os
seguintes elementos segundo os critérios de débito e crédito.
Aumentos de ativo R$ 1.000,00
Aumentos de passivo R$ 1.200,00
Bens existentes R$ 2.000,00
Consumos realizados R$ 700,00
Direitos a receber R$ 1.500,00
Ganhos e rendas obtidos R$ 950,00
Obrigações a pagar R$ 2.150,00
Reduções de ativo R$ 450,00
Reduções de passivo R$ 800,00
Situação Líquida anterior R$ 1.350,00
Considerando que todo o movimento contábil dessa entidade está
expresso na relação acima, pode-se dizer que o item que a completará
será
a) débito no valor de R$ 100,00.
b) crédito no valor de R$ 100,00.
c) débito no valor de R$ 50,00.
d) crédito no valor de R$ 50,00.
e) redução de caixa no valor de R$ 50,00.

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10 (ESAF/AUDITOR SEFAZ CE 2007) Assinale abaixo a assertiva 96


verdadeira.
Na equação geral do sistema contábil também são considerados como
origem de recursos
a) os aumentos de ativo, os aumentos de despesas e as diminuições de
passivo.
b) os aumentos de patrimônio líquido, os aumentos de resultado e as
diminuições de passivo.
c) os aumentos de ativo, os aumentos de patrimônio líquido e as
diminuições de passivo.
d) os aumentos de ativo, os aumentos de resultado e as diminuições de
passivo.
e) os aumentos de passivo, os aumentos de patrimônio líquido e as
diminuições de ativo.

11 (ESAF/ANALISTA SEFAZ CE 2007) Assinale abaixo a assertiva


verdadeira.
Na equação geral do sistema contábil, também são considerados como
aplicação de recursos:
a) os aumentos de ativo, os aumentos de despesas e as diminuições de
passivo.
b) os aumentos de patrimônio líquido, os aumentos de resultado e as
diminuições de passivo.
c) os aumentos de ativo, os aumentos de patrimônio líquido e as
diminuições de passivo.
d) os aumentos de ativo, os aumentos de resultado e as diminuições de
passivo.
e) os aumentos de passivo, os aumentos de patrimônio líquido e as
diminuições de ativo.

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FÓRMULAS DE LANÇAMENTO 97

12 (ESAF/MDIC 2012) O lançamento de terceira fórmula é chamado de


lançamento composto porque é formado de
a) duas contas devedoras e duas contas credoras.
b) duas contas devedoras e uma conta credora.
c) uma conta devedora e duas ou mais contas credoras.
d) duas ou mais contas devedoras e duas ou mais contas credoras.
e) duas ou mais contas devedoras e uma conta credora.

TIPOS DE FATOS CONTÁBEIS

13 (ESAF/TCI SEFAZ PI 2001) O lançamento


D – Duplicatas a Pagar 120
D – Despesas de Juros 12
C – Bancos 126
C – Abatimentos Obtidos 6
corresponde a um fato
a) modificativo diminutivo
b) permutativo aumentativo
c) misto diminutivo
d) permutativo modificativo
e) misto modificativo

14 (ESAF/ANALISTA MPU 2004) O pagamento de uma letra de câmbio


já vencida, com encargos de multas e de juros, constitui um
a) Fato Administrativo Permutativo.
b) Fato Administrativo Modificativo diminutivo.
c) Fato Administrativo Modificativo aumentativo.
d) Fato Administrativo Composto diminutivo.
e) Fato Administrativo Composto aumentativo.

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15 (ESAF/CVM 2010) A empresa Material de Construções Ltda. 98


adquiriu 500 sacos de argamassa Votoram, de 20 kg cada um, ao custo
unitário de R$1,00 o quilo, pagando 15% de entrada e aceitando
duplicatas pelo valor restante. A operação foi isenta de tributação.
Do material comprado, 10% serão para consumo posterior da própria
empresa e o restante, para revender.
O registro contábil dessa transação é, tipicamente, um lançamento de
quarta fórmula, e o fato a ser registrado é um Fato Administrativo
a) composto aumentativo.
b) composto diminutivo.
c) modificativo aumentativo.
d) modificativo diminutivo.
e) Permutativo.

16 (ESAF/IRB 2006) Assinale a opção que contenha proposição


incorreta.
a) O patrimônio líquido representa o registro do valor que os proprietários
de uma empresa, entidade ou atividade, têm aplicado no negócio.
b) O passivo exigível representa todas as obrigações financeiras que a
entidade tem para com terceiros. São as dívidas que a entidade
contraiu.
c) A compra de uma máquina, a prazo, mesmo com pagamento de
entrada no ato da compra, representa um fato administrativo
permutativo.
d) Se um desembolso financeiro provocar um aumento no ativo ou uma
redução no passivo exigível, não será uma despesa.
e) A operação que provoque uma despesa, simultaneamente à quitação
de uma dívida, deverá ser classificada como fato administrativo
Modificativo.

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17 (ESAF/ATA PECFAZ MF 2013) Assinale a opção correta. 99


a) A contabilização feita ao mesmo tempo a débito de duas contas e a
crédito de apenas uma conta caracteriza um lançamento de terceira
fórmula.
b) O lançamento contábil efetuado a débito de uma conta de despesa
aumentará o patrimônio líquido, pois a conta representa um consumo
de riquezas.
c) A contabilização feita ao mesmo tempo a débito de duas contas e a
crédito de apenas uma conta caracteriza o registro de um fato
administrativo aumentativo.
d) O lançamento contábil efetuado a crédito de uma conta de receita
aumentará o patrimônio líquido, pois a conta representa uma redução
de consumo.
e) O lançamento contábil efetuado a crédito de uma conta de despesa
reduzirá o patrimônio líquido, pois a conta representa um consumo de
riquezas.

18 (ESAF/AFTE SEFAZ PI 2001) Durante o mês de novembro, a


empresa Cia. Indústria & Comércio realizou as seguintes operações:
01) compra de mesas por R$ 300,00, sendo 40% para vender e 60% para
usar, pagando R$ 100,00 e aceitando duplicatas.
02) pagamento de duplicatas de R$ 100,00, com desconto de 10%.
03) registro do aluguel do mês no valor de R$ 300,00 para pagamento
posterior.
04) venda a vista de mercadorias por R$ 300,00, com lucro de 20% sobre
o valor de venda.
Cada uma destas operações foi contabilizada mediante um único
lançamento.
Antes das operações a conta Caixa apresentava saldo devedor de R$
160,00.
Baseados, exclusivamente, nas informações acima e, considerando que
as aquisições não sofrem tributação, podemos afirmar que:
a) o primeiro fato é administrativo permutativo e recebeu lançamento de
quarta fórmula
b) o segundo fato é administrativo modificativo e recebeu lançamento de
terceira fórmula
c) o terceiro fato é administrativo composto e recebeu lançamento de
segunda fórmula

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d) a ocorrência dos quatro fatos aumentou o lucro do exercício em R$ 100


230,00
e) o saldo da conta Caixa agora, após os quatro fatos, é de R$ 230,00

19 (ESAF/ATE MS 2001) O fato contábil decorrente da quitação ou


liquidação de um crédito de curto prazo causa no patrimônio o seguinte
efeito:
a) diminuição do ativo disponível e do passivo circulante
b) aumento do ativo disponível e do passivo circulante
c) diminuição e aumento no passivo circulante simultaneamente
d) diminuição e aumento no ativo circulante simultaneamente
e) não haverá alterações, pois o fato é permutativo

ESTADOS PATRIMONIAIS

20 (ESAF/AAA SEFAZ PI 2001) Identifique a situação em que se


caracteriza a existência de passivo a descoberto (sendo A = Ativo, PE
= Passivo Exigível e PL = Patrimônio Líquido).
a) A – PE = PL
b) A + PL = PE
c) A – PL = PE
d) A = PE + PL
e) A = PE

21 (ESAF/AFC CGU 2008) Em relação ao patrimônio de uma empresa


e às diversas situações patrimoniais que pode assumir de acordo com
a equação fundamental do patrimônio, indique a opção incorreta.
a) A empresa tem passivo a descoberto quando o Ativo é igual ao Passivo
menos a Situação Líquida.
b) A Situação Líquida negativa acontece quando o total do Ativo é menor
que o passivo exigível.
c) Na constituição da empresa, o Ativo menos o Passivo Exigível é igual a
zero.
d) A situação em que o Passivo mais o Ativo menos a Situação Líquida é
igual a zero é impossível de acontecer.
e) A Situação Líquida é positiva quando o Ativo é maior que o Passivo
Exigível.

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EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DO PATRIMÔNIO 101


Noções de Balanço Patrimonial

22 (ESAF/AAA SEFAZ PI 2001) A situação patrimonial de uma


empresa era a seguinte: $ 50 (A) = $ 30 (PE) + $ 20 (PL),
correspondendo A a Ativo, PE a Passivo Exigível e PL a Patrimônio
Líquido. Houve a liquidação de um empréstimo de $10, devido pela
empresa, mediante pagamento de $ 15, em virtude de juros e outros
encargos.
A nova situação patrimonial da empresa está assim representada:
a) $ 60 (A) = $ 40 (PE) + $ 20 (PL)
b) $ 45 (A) = $ 30 (PE) + $ 15 (PL)
c) $ 55 (A) = $ 30 (PE) + $ 25 (PL)
d) $ 35 (A) = $ 20 (PE) + $ 15 (PL)
e) $ 40 (A) = $ 15 (PE) + $ 25 (PL)

23 (ESAF/AFTE SEFAZ PI 2001) No último dia do exercício social, a


empresa Red Green Ltda. demonstrou um patrimônio com bens no
valor de R$ 13.000,00, direitos no valor de R$ 7.000,00, dívidas no
valor de R$ 9.000,00 e capital social no valor de R$ 10.000,00,
devidamente registrado na Junta Comercial.
Com base nessas informações pode-se afirmar que, do ponto de vista
contábil, o patrimônio referido apresenta:
a) Situação Líquida Nula ou Compensada
b) Passivo a Descoberto no valor de R$ 1.000,00
c) Prejuízos Acumulados no valor de R$ 1.000,00
d) Patrimônio Líquido no valor de R$ 1.000,00
e) Patrimônio Líquido no valor de R$ 11.000,00

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24 (ESAF/ANALISTA ANEEL 2006) No início do ano, a empresa 102


AmontUado S/A tinha patrimônio líquido de R$ 12.000,00. No fim do
exercício, o balanço da mesma empresa apresentava passivo a
descoberto no valor de R$ 11.000,00. Examinando-se o que pode ter
ocorrido no exercício social, que tanto alterou a equação do patrimônio,
é certo dizer que, no período, houve
a) redução de ativo no valor de R$ 23.000,00.
b) prejuízo líquido no valor de R$ 23.000,00.
c) aumento de passivo no valor de R$ 23.000,00.
d) aumento de passivo no valor de R$ 11.000,00.
e) prejuízo líquido no valor de R$ 11.000,00.

25 (ESAF/AGENTE SUSEP 2006) A empresa A de Amélia S/A,


possuindo dinheiro, máquinas e dívidas, respectivamente, na
proporção de 30, 70 e 40 por cento do patrimônio total, ostenta um
patrimônio líquido de R$ 48.000,00. Tecnicamente, isso significa que a
empresa possui
a) Disponibilidades de R$ 24.000,00.
b) Passivo a Descoberto de R$ 32.000,00.
c) Passivo Exigível de R$ 40.000,00.
d) Capital Próprio de R$ 60.000,00.
e) Ativo de R$ 100.000,00.

26 (ESAF/CONTADOR MTUR 2014) Assinale a opção correta.


a) Na representação gráfica do patrimônio, devem constar os grupos
Ativo Circulante, Ativo Permanente, Passivo Circulante e Patrimônio
Líquido.
b) Capital Social é o mesmo que o capital aplicado pelos sócios na
atividade empresarial.
c) O capital próprio mais o capital de terceiros é o capital aplicado no
patrimônio.
d) O valor dos bens, dos direitos e das obrigações é o valor do patrimônio
líquido da empresa.
e) Dá-se o nome de patrimônio bruto ao valor dos ativos aplicados na
atividade empresarial.

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TEORIAS DAS CONTAS 103

27 (ESAF/ATA PECFAZ MF 2013) A Teoria Materialista das Contas é


aquela que classifica todos os títulos contábeis como sendo
a) Contas Materiais e Contas Imateriais.
b) Contas Integrais e Contas Diferenciais.
c) Contas Patrimoniais e Contas de Resultado.
d) Contas de Agentes e Contas do Proprietário.
e) Contas de Agentes Consignatários e Contas do Proprietário.

28 (ESAF/MDIC 2012) A evolução do pensamento científico em


Contabilidade foi marcada pela contribuição de diversos pensadores
que culminaram no desenvolvimento das chamadas Teorias das
Contas, as quais subdividem as rubricas contábeis em grandes grupos.
A respeito desse assunto, podemos afirmar que
a) a teoria personalista subdivide as contas em Contas do Proprietário e
Contas de Agentes Consignatários.
b) a teoria materialista subdivide as contas em Contas Materiais e Contas
de Resultado.
c) a teoria patrimonialista subdivide as contas em Contas Patrimoniais e
Contas Diferenciais.
d) a teoria personalista subdivide as contas em Contas do Proprietário e
Contas de Agentes Correspondentes.
e) a teoria materialista subdivide as contas em Contas Integrais e Contas
Diferenciais.

29 (ESAF/AFC CGU 2008) A Ciência Contábil estabeleceu diversas


teorias doutrinárias sobre as formas de classificar os componentes do
sistema contábil, que são denominadas “Teorias das Contas”. Sobre o
assunto, indique a opção incorreta.
a) A “Teoria Materialística” divide as contas em Integrais e de Resultado.
b) Na “Teoria Personalística”, as contas dos agentes consignatários são
as contas que representam os bens, no ativo.
c) Segundo a “Teoria Personalística”, são exemplos de contas do
proprietário as contas de receitas e de despesas.
d) Na “Teoria Materialística”, as contas traduzem simples ingressos e
saídas de valores, que evidenciam o ativo, sendo este representado

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pelos valores positivos, e o passivo representado pelos valores 104


negativos.
e) Na contabilidade atual, há o predomínio da “Teoria Patrimonialista”,
que classifica o ativo e passivo como contas patrimoniais.

30 (ESAF/AUDITOR SEFAZ CE 2007) No Plano de Contas da Empresa


Valpeças e Acessórios S/A constam diversos títulos contábeis, dos
quais extraímos os seguintes, em ordem alfabética:
01 - CAIXA
02 - CAPITAL SOCIAL
03 - CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS
04 - DESPESAS DE ALUGUEL
05 - DUPLICATAS A PAGAR
06 - DUPLICATAS A RECEBER
07 - IMPOSTOS A RECOLHER
08 - LUCROS ACUMULADOS
09 - MERCADORIAS
10 - MÓVEIS E UTENSÍLIOS
11 - RECEITAS DE JUROS
12 - RECEITAS DE VENDAS
13 - RESERVA LEGAL
14 - SALÁRIOS E ORDENADOS
15 - VEÍCULOS
Analisando-se as contas acima de conformidade com a classificação
técnica indicada nas Teorias Personalista e Patrimonialista das Contas,
respectivamente, pode-se dizer que a relação contém
a) 06 Contas de Resultado e 09 Contas Patrimoniais.
b) 07 Contas Integrais e 08 Contas Diferenciais.
c) 07 Contas de Consignatários e 08 Contas do Proprietário.
d) 08 Contas do Proprietário e 05 Contas de Resultado.
e) 10 Contas Patrimoniais e 08 Contas do Proprietário.

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31 (ESAF/AFC STN 2000) A consolidação do pensamento contábil 105


pautou-se em diversos estudos e correntes doutrinárias, entre as quais
se destaca uma teoria de cunho jurídico denominada “Personalismo”
ou “Teoria Personalista das Contas”, que divide os componentes do
sistema contábil em contas de agentes consignatários, contas de
agentes correspondentes e contas do proprietário.
Assinale entre as opções abaixo aquela que, segundo a Teoria
Personalista, contém apenas contas do proprietário.
a) Juros Ativos, Salários a Pagar, Capital Social, Lucros Acumulados,
Ações de Coligadas
b) Juros a Receber, Salários, Capital Social, Móveis e Utensílios, Imposto
a Recolher
c) Juros Passivos, Salários, Capital Social, Impostos, Reservas de
Contingências
d) Patentes, Capital Social, Juros a Pagar, Impostos, Reservas de
Reavaliação
e) Depreciação Acumulada, Impostos a Recolher, Juros a Receber, Cliente
e Duplicatas a Pagar

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LANÇAMENTOS 106

32 (ESAF/CONTADOR MTUR 2014) A Empresótima Ltda. prestou serviços


pelo valor de R$ 8.000,00 e aceitou uma duplicata para 30 dias. Na liquidação
dessa letra, em moeda corrente, ocorreu a incidência de juros de 12%, por
isto também deverá ocorrer o seguinte registro contábil:
a) Débito de Caixa R$ 8.960,00
Crédito de Duplicatas a Receber R$ 8.000,00
e Crédito de Receitas R$ 960,00
b) Débito de Duplicatas a Receber R$ 8.000,00
Débito de Despesas R$ 960,00
e Crédito de Caixa R$ 8.960,00
c) Débito de Caixa R$ 8.000,00
Crédito de Duplicatas a Receber R$ 7.040,00
e Crédito de Receitas R$ 960,00
d) Débito de Caixa R$ 8.960,00
Crédito de Duplicatas a Pagar R$ 8.000,00
e Crédito de Receitas R$ 960,00
e) Débito de Duplicatas a Pagar R$ 8.000,00
Débito de Despesas R$ 960,00
e Crédito de Caixa R$ 8.960,00

33 (ESAF/CONTADOR MTUR 2014) A firma Entreoutras Ltda. acertou o


pagamento antecipado de uma conta de R$ 7.000,00, aceitando um desconto
financeiro de 15%, o que provocou a necessidade de efetuar um registro
contábil na forma seguinte:
a) Débito de contas a Pagar R$ 7.000,00
Crédito de Caixa R$ 5.950,00
e Crédito de Receitas R$ 1.050,00
b) Débito de Caixa R$ 5.950,00
Débito de Receitas R$ 1.050,00
e Crédito de Contas a Pagar R$ 7.000,00
c) Débito de Contas a Pagar R$ 8.050,00
Crédito de Caixa R$ 7.000,00
e Crédito de Receitas R$ 1.050,00
d) Débito de Caixa R$ 7.000,00
Crédito de Contas a Pagar R$ 5.950,00
e Crédito de Receitas R$ 1.050,00
e) Débito de contas a Pagar R$ 7.000,00
Crédito de Caixa R$ 5.950,00
e Crédito de Desc. Concedidos R$ 1.050,00

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34 (ESAF/ATA PECFAZ MF 2013) O lançamento contábil que serve 107


para registrar, no livro Diário, o pagamento de uma duplicata de R$
15.000,00, com desconto de 10%, é o seguinte:

35 (ESAF/CONTADOR MP 2006) A empresa Mercantil Etcétera S/A


recebeu uma duplicata no valor de R$ 30.000,00, com acréscimo de juros de
10%, por atraso no pagamento em relação ao vencimento original.
Remetidos os documentos para registro no Setor de Contabilidade, foi
efetuado o lançamento no livro Diário na forma seguinte:
a) Caixa
a Duplicatas a Receber 30.000,00
a Juros Ativos 3.000,00 33.000,00.
b) Caixa
a Duplicatas a Receber 30.000,00
a Juros a Receber 3.000,00 33.000,00.
c) Caixa
a Duplicatas a Pagar 30.000,00
a Receitas de Juros 3.000,00 33.000,00.
d) Caixa
a Duplicatas a Receber 27.000,00
a Juros Ativos 3.000,00 30.000,00.
e) Caixa
a Duplicatas a Receber 27.000,00
a Juros a Receber 3.000,00 30.000,00.

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36 (ESAF/IRB 2006) A empresa Almondegarst S/A resolveu antecipar 108


o pagamento de uma dívida de R$ 5.000,00, ainda não vencida, para
aproveitar o desconto de 10% oferecido pelo fornecedor. Ao
contabilizar o pagamento efetuado, o Contador deverá realizar o
seguinte lançamento:
a) Bancos conta Movimento
a Diversos
a Fornecedores 5.000,00
a Descontos Obtidos 500,00 5.500,00.
b) Diversos
a Bancos conta Movimento
Fornecedores 5.000,00
Descontos Obtidos 500,00 5.500,00.
c) Fornecedores
a Diversos
a Bancos conta Movimento 5.000,00
a Descontos Obtidos 500,00 5.500,00.
d) Fornecedores
a Diversos
a Bancos conta Movimento 4.500,00
a Descontos Obtidos 500,00 5.000,00.
e) Bancos conta Movimento
a Diversos
a Fornecedores 4.500,00
a Descontos Obtidos 500,00 5.000,00.

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37 (ESAF/AUDITOR SEFAZ CE 2007) Assinale abaixo o lançamento 109


contábil (com omissão de data e histórico, para fins de simplificação)
que deverá ser utilizado para registrar no livro Diário a quitação de
duplicatas no valor de R$ 1.100,00, com juros de 10% de seu valor.
a) Diversos
a Bancos conta Movimento
Duplicatas a Pagar 1.100,00
Juros Ativos 110,00 1.210,00
b) Diversos
a Bancos conta Movimento
Duplicatas a Receber 1.100,00
Juros Ativos 110,00 1.210,00
c) Bancos conta Movimento
a Diversos
a Duplicatas a Pagar 1.100,00
a Juros Ativos 110,00 1.210,00
d) Bancos conta Movimento
a Diversos
a Duplicatas a Receber 1.100,00
a Juros Ativos 110,00 1.210,00
e) Duplicatas a Receber
a Diversos
a Bancos conta Movimento 1.100,00
a Juros Ativos 110,00 1.210,00

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38 (ESAF/ANALISTA SEFAZ CE 2007) A empresa Comercial do Ponto 110


Ltda., ao contabilizar a quitação, por via bancária, de uma duplicata no
valor de R$ 600,00, com acréscimo de 10% relativos a juros, terá de
efetuar o seguinte lançamento no livro Diário (omitindo-se data e
históricos para simplificação):
a) Diversos
a Bancos conta Movimento
Duplicatas a Pagar 600,00
Juros Passivos 60,00 660,00
b) Diversos
a Bancos conta Movimento
Duplicatas a Receber 600,00
Juros Passivos 60,00 660,00
c) Bancos conta Movimento
a Diversos
a Duplicatas a Pagar 600,00
a Juros Passivos 60,00 660,00
d) Bancos conta Movimento
a Diversos
a Duplicatas a Receber 600,00
a Juros Passivos 60,00 660,00
e) Duplicatas a Pagar
a Diversos
a Bancos conta Movimento 600,00
a Juros Passivos 60,00 660,00

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39 (ESAF/AFC CGU 2006) Assinale abaixo a afirmativa correta. 111


Em relação ao mecanismo de débito e crédito pode-se dizer que a
Contabilidade determina que sejam
a) debitadas todas as entradas e creditadas todas as saídas de valores
contábeis.
b) debitadas todas as aplicações de recursos e creditadas todas as
origens de recursos.
c) debitadas as entradas de ativo, as saídas de passivo e as ocorrências
de despesas e creditadas as entradas de passivo, as saídas de ativo
e as variações da situação líquida.
d) debitadas as entradas de ativo, as saídas de passivo e os pagamentos
de despesas e creditadas as entradas de passivo, as saídas de ativo
e os recebimentos de receitas.
e) debitados os pagamentos e perdas e creditados os recebimentos e
ganhos.

40 (ESAF/SEFA PA 2002) Assinale a opção correta.


a) Todo acréscimo de valor em contas do Ativo corresponde,
necessariamente, a um decréscimo de valor em contas do Passivo.
b) Um decréscimo no valor de contas do Ativo corresponde,
necessariamente, a um acréscimo de valor em contas do Passivo.
c) Um acréscimo no valor de uma conta do Ativo corresponde,
necessariamente, a um acréscimo de valor em conta do Passivo ou do
Patrimônio Líquido.
d) A um decréscimo no valor total do Ativo corresponde, necessariamente,
um acréscimo no valor de uma, ou mais, contas do Passivo ou do
Patrimônio Líquido.
e) Um acréscimo no valor total do Ativo não corresponde,
necessariamente, a um acréscimo no valor do Patrimônio Líquido.

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FATOS CONTÁBEIS SEGUIDOS DE PERGUNTAS SOBRE O 112


PATRIMÔNIO

41 (ESAF/AFC CGU 2004) Os seguintes fatos foram praticados pela


empresa Alfa & Cia. Ltda.:
1. pagamento de imposto atrasado no valor de R$ 500,00, com juros de
10%;
2. recebimento de título no valor de R$ 400,00, com juros de 10%;
3. pagamento de juros do mês corrente no valor de R$ 400,00;
4. compra de móveis para venda, por R$ 2.200,00, pagando uma entrada
de 20% e o restante a prazo.
Após contabilizar as operações no livro Diário, poderemos dizer que,
com elas
a) o passivo aumentou R$ 1.760,00
b) o ativo aumentou R$ 850,00
c) o ativo aumentou R$ 2.640,00
d) o passivo diminuiu R$ 1.260,00
e) o resultado do exercício diminuiu R$ 390,00

42 (ESAF/CONTADOR MP 2006) A função das contas patrimoniais é


representar os valores de cada elemento do patrimônio em
determinada data. Seu funcionamento, entretanto, é processado em
registros formais a débito ou a crédito, dependendo de sua natureza.
Considerando-se que a empresa iniciou um período com R$ 35.000,00
em dinheiro, R$ 20.000,00 em mercadorias e um capital registrado de
R$ 15.000,00, evidentemente a diferença aritmética da equação
patrimonial será a representação das dívidas já assumidas.
Sabe-se também que essa empresa realizou os seguintes fenômenos:
1) venda, a prazo, de metade das mercadorias por R$17.000,00;
2) registro de salários de R$300,00, para pagamento posterior;
3) compra de mercadorias por R$15.000,00 pagando um terço como
entrada.
Após o registro contábil desses fatos, a empresa apresentará
a) ativo de R$ 87.000,00.
b) ativo de R$ 65.000,00.
c) passivo de R$ 50.300,00.
d) passivo de R$ 40.000,00.
e) patrimônio líquido de R$ 22.300,00.

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43 (ESAF/ESPECIALISTA ANEEL 2006) A empresa Atacados e Varejos 113


Ltda., em 31 de dezembro de 2005, levantou os seguintes valores para
seus elementos contábeis:
Dinheiro em caixa R$ 520.000,00
Estoques de bens R$ 650.000,00
Móveis e Utensílios R$ 400.000,00
Dívidas com Fornecedores R$ 800.000,00
Capital registrado R$ 700.000,00
Salários não quitados R$ 180.000,00
Receitas auferidas no período R$ 270.000,00
Despesas efetuadas no período R$ 220.000,00
Prejuízos anteriores R$ 160.000,00
Após a elaboração do balanço com tais elementos, pode-se verificar
que a empresa tem patrimônio líquido no valor de
a) R$ 540.000,00.
b) R$ 590.000,00.
c) R$ 610.000,00.
d) R$ 750.000,00.
e) R$ 770.000,00.

44 (ESAF/ESPECIALISTA ANEEL 2006) A firma Inflorescências S/A,


no encerramento do exercício em 31 de dezembro de 2005, apurou
valores patrimoniais em bens de uso: R$ 1.200,00; bens de venda: R$
2.100,00; bens de consumo: R$ 600,00; créditos: R$ 1.100,00;
débitos: R$ 2.300,00; além da situação líquida evidenciada
contabilmente.
Sabendo-se que no referido exercício, a firma sofreu prejuízos de R$
900,00, pode-se dizer que o seu balanço patrimonial deve apresentar
um ativo de
a) R$ 3.500,00
b) R$ 4.100,00.
c) R$ 4.400,00.
d) R$ 5.000,00.
e) R$ 6.200,00.

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114
GABARITO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
D A A E A B A C A E
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
A E C D E E A A D B
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
Anulada D E B A E B E A D
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
C A A A A D D A B E
41 42 43 44
B C B D

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