Sunteți pe pagina 1din 5

SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO

UNIDADE 9
DESIGUALDADES SOCIAIS

50

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS DR. EDMUNDO ULSON - UNAR 2011


CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE

Objetivos: Discutir as desigualdades sociais.


Desigualdades sociais: como enfrentá-las? A sociedade não constitui um
todo homogêneo. Ela é formada por grupos com interesses muitas vezes
opostos.

ESTUDANDO E REFLETINDO

A escola reproduz a divisão social. Uma acusação bastante frequente


que se faz à escola é que ela, em vez de contribuir para a superação das
desigualdades sociais, ajuda a reforçá-las. Sobre isso, observamos na
atividade escolar dois aspectos importantes:
1- são os mais ricos que conseguem vencer todas as barreiras da escola-
ridade, concluir os diversos graus de ensino e ocupar as posições de
destaque na vida social;
2- há escolas bem aparelhadas que servem a uma minoria de privilegiados
e escolas precariamente aparelhadas que são freqüentadas pela maioria
das crianças.
Diante da situação analisada, entendemos que a escola tem duas tarefas a
cumprir: não camuflar as desigualdades e contribuir para a sua redução.
As desigualdades sociais no Brasil são extremamente acentuadas,
deixando a maioria dos brasileiros na miséria. Tais desigualdades, como
sabemos, refletem-se na escola. Portanto, ao invés de escondê-las, de
disfarçá-las, cabe à escola levar os alunos a tomar consciência delas, a
verificar que em grande medida são as responsáveis pelo "fracasso escolar" de
grande parte dos alunos, pelas dificuldades que a maioria dos brasileiros
enfrenta.
Duas contribuições básicas podem ser dadas pela escola no sentido de
serem reduzidas as desigualdades sociais:
1- oferecer aos alunos condições adequadas;
2- preparar os alunos para a participação crítica na transformação social,
como cidadãos conscientes.

51
Durkheim e a Solidariedade.
Para Émile Durkheim, a discussão do trabalho passa pela questão da
divisão social do trabalho. Diversamente de Marx, ele acreditava que a
crescente segmentação do trabalho, na sociedade industrial moderna, trazia
junto uma forma de solidariedade, e não de conflito social.
Para Durkheim, há dois tipos de solidariedade:
1- Solidariedade Orgânica
A solidariedade orgânica, por outro lado, seria a que mais caracteriza a
nossa sociedade industrial, pois não é a identidade, mas, sim, a
diferença entre as crenças e as ações dos indivíduos que os une. A
interdependência, ou seja, a necessidade que as pessoas têm, devido à
divisão do trabalho, de estarem juntas, o fato de precisarem umas das
outras, é que as une. Desse modo, precisamos de um sapateiro, de um
balconista, de um caixa de banco, de um funcionário público, de um
professor, enfim, de muitos outros personagens que vivem ao nosso
redor, não porque temos alguma relação afetiva com eles, mas porque
eles, no processo de.divisão do trabalho, têm funções a cumprir,
estabelecendo uma solidariedade, queiramos ou não.
2- Solidariedade Mecânica
A solidariedade mecânica está mais vinculada ao conjunto de crenças e
tradições comuns. Essa forma de solidariedade é mais freqüente nas
sociedades em que a divisão do trabalho é pouco desenvolvida, como as
sociedades tribais e a sociedade antiga no Ocidente. Na nossa
sociedade, são as relações de parentesco, de coesão, de amizade que
caracterizam essa solidariedade, o que, segundo Durkheim, vem
decrescendo.
Os conflitos, para Durkheim, podem advir da falta de normas que
disciplinem as relações em dada sociedade. É o que ele chama de estado de
anomia ou ausência de normas. Se houver ordenamento na sociedade, haverá
solidariedade e progresso.
Portanto, os conflitos que existiam em sua época, final do século XIX e
início do século XX, eram ocasionados pela crise moral que abalava todas as
estruturas. Somente com uma regulamentação muito clara das atividades dos

52
grupos e indivíduos seria possível viver em paz e restaurar um ambiente de
normalidade e solidariedade.

BUSCANDO CONHECIMENTO

Professor e cidadania
De repente descobriram a cidadania: autoritários de ontem viraram
baluartes de reivindicações populares, a fome virou tema de televisão,
discriminação e racismo freqüentam os papos dos bares da moda. Cada qual
tem sua opinião a respeito, mas uma coisa pelo menos todos têm em comum:
cabe ao professor papel fundamental na formação de jovens com consciência
de cidadania plena, direitos e deveres.
A percepção, pela sociedade, da importância do professor já é um passo
importante, partindo de um país que só tem denegrido e humilhado os
professores, por meio de salários indignos, condições de trabalho desumanas e
total falta de respeito profissional. Não é, afinal, no Brasil que muitas pessoas
se deliciam com o humor (?) chulo do sr. Chico Anísio, conduzindo um
programa em que o professor é idiotizado, os alunos são boçais este-
reotipados, o processo de ensino se resume a uma soma de informações de
almanaque, descosturadas (como se ensinar se resumisse a isso...) e todos os
tipos de preconceitos (raciais, nacionais, sexuais, etc.) correm soltos? Não é no
Brasil em que se confessar professor provoca condescendente piedade? Não
é, aqui, que muitos professores nem sequer têm talão de cheques, pois os
seus ganhos não os qualificam para isso junto ao banco?
Anos atrás, membros destacados da comunidade, formando em muitas
cidades do interior parceria com juízes e promotores como os membros
intelectualizados da sociedade, os professores do ensino básico são hoje, em
quase todo o Brasil, sinônimo de fracasso profissional, de decadência
econômica e de desprestígio social. É a este professor que hoje nos dirigimos
solicitando aulas de cidadania, a este professor que não tem sequer o dinheiro
necessário, para comprar livros instrumentos básicos para sua formação, tão
necessários quanto o estetoscópio para o médico ou a pá para o pedreiro. Este
professor que, quando lê, o faz apenas no livro didático que adotou para seus

53
alunos e que acaba funcionando como única fonte de informações também
para ele.
Encontrado, ao longo destes últimos anos, notáveis e incríveis centros
de excelência, mesmo em escolas públicas de periferia, com alunos carentes
atingindo desempenho surpreendente, graças ao trabalho dedicado e
inteligente de seus professores. Infelizmente, porém, não é a regra: trata-se,
antes, de focos de resistência enquistados no marasmo geral. Há também
várias ações inteligentes desenvolvidas por autoridades educacionais lúcidas,
sincretizadas em cursos de reciclagem de professores, criação de bibliotecas
escolares com acervos atualizados e alguma melhoria na condição de trabalho
dos docentes. Está em andamento agora, em nível federal, a criação de uma
"biblioteca do professor", que seria um acervo de livros fundamentais para os
professores de ensino básico de todo o País. Enfim, parece existir alguma luz
no final do túnel.
O fato, porém, é que ações eventuais ou isoladas não são suficientes.
Nosso sistema educacional necessita uma ampla reforma, para a qual, afirmo
sem medo, temos recursos humanos potencialmente capazes. Dinheiro é
necessário, mas não é tudo: muitas prefeituras chegam ao final do exercício
sem conseguir, por falta de projetos, gastar toda a verba que, por lei, são
obrigadas a empregar na educação. Por outro lado, professores sobrevivem no
limite da miséria...
Falta, antes de tudo, uma real conscientização da sociedade com
relação à importância da educação no mundo moderno e da total
impossibilidade de nos tornarmos uma nação de cidadãos sem uma ação
conjunta e coerente no sentido da superação do nosso atraso nesse setor.
Para ensinar cidadania o professor tem de ser tratado como cidadão. E isso só
vai ocorrer quando uma forte e irresistível vontade política empolgar a nação.

54

S-ar putea să vă placă și