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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

SERVIÇO SOCIAL

DANIELLE GARCIA DE PAULA


GLACIELI DEONIZIO DE JESUS
RAIANE AMARO DA SILVA

MOVIMENTOS SOCIAIS NO BRASIL

Paranaíba MS
2018
2

DANIELLE GARCIA DE PAULA


GLACIELI DEONIZIO DE JESUS
RAIANE AMARO DA SILVA

MOVIMENTOS SOCIAIS NO BRASIL

Trabalho apresentado ao Curso de Serviços Social da


UNOPAR, Universidade Norte do Paraná, para a
disciplina de Atividade Interdisciplinar I .

Orientador: Profª Lúcia Glicério Mendonça.

Paranaíba MS
2018
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO........................................................................................................04
1 As raízes históricas dos movimentos sociais no Brasil.......................................05
2 As raízes históricas do surgimento das políticas sociais no Brasil.....................06
3 A participação dos movimentos sociais na implantação e implementação de
políticas sociais e a organização e a mobilização dos movimentos sociais no
processo de conquista de direitos..........................................................................08
4 Políticas setoriais: Política setorial: política de assistência social......................09
CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................12
REFERÊNCIAS.......................................................................................................14
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INTRODUÇÃO

O objetivo deste trabalho é contribuir para uma discussão sobre as novas


perspectivas de debate sobre os movimentos sociais e a política no Brasil.
Este trabalho pretende contribuir com algumas reflexões que fomentem
uma revisão das ações coletivas e dos movimentos sociais como objeto de estudo
na contemporaneidade. Aspira a "revisitar" algumas categorias e abordagens
"clássicas" que foram praticamente abandonadas no debate brasileiro durante a
década de 1990, e introduzir ferramentas analíticas renovadas. Sobressai, no
conjunto dos artigos apresentados, uma preocupação por mapear os limites e
possibilidades do debate sobre os movimentos sociais, os diferentes espaços de
enunciação e contestação política, as diversas manifestações da ação coletiva
contemporânea e a importância de uma nova agenda de pesquisa sobre os
movimentos sociais.
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1 As raízes históricas dos movimentos sociais no Brasil

Os Movimentos sociais são as expressões da organização da sociedade civil.


Os movimentos sociais no Brasil têm uma história marcada por grandes lutas e
embates realizados contra governos autoritários e luta pela liberdade e democracia.
Mas aqui vamos nos deter aos movimentos sociais que marcaram o Brasil a partir da
segunda metade do século XX.
Para Arroyo (1985, p. 19) os Movimentos Sociais se baseiam “num sentimento
de moralidade e (in)justiça e num poder social baseado na mobilização social contra
as privações (exclusões) e pela sobrevivência e identidade” Desde a instituição
acadêmica dos movimentos sociais como objeto de estudo na década de 1960,
várias teorias e paradigmas vêm abordando o tema a partir de diferentes
perspectivas.
Os movimentos sociais no Brasil passaram a intensificar-se a partir da década
de 70, com fortes movimentos de oposição ao regime militar que então se
encontrava em vigência, mantendo uma luta social e uma forte resistência, como
afirma Albert: “o movimento social mais significativo pós-golpe militar de 1964 foi o
de resistência à ditadura e ao autoritarismo estatal” (ALBERT, 2018, p. 09).
A população Brasileira se manteve forte para com a ditadura que havia no país
e dentro desse contexto ditatorial foi prevalecida a força e a organização dos
movimentos estudantis e da classe operária em seus sindicatos, comunidades
eclesiais de base (CEBs) e pastorais, que ganhou força com a participação dos
demais setores da sociedade que sofriam as consequências desta forma de governo
(CARVALHO, 2004).
Das divisões e fraturas clássicas entre as diferentes abordagens, passamos a
um período de maior imbricação, onde o diálogo disciplinar e de saberes torna-se
um pré-requisito fundamental para a construção de análises mais complexas e
acordes com a realidade. As "teorias clássicas" dos movimentos sociais, em sua
maioria centradas no âmbito do Estado-nação, vêm sendo revisitadas devido a um
pujante ativismo transnacional. Emergem novas lentes analíticas e (ou) se renovam
velhas ferramentas (FERREIRA, 203).
O período da Ditadura Militar no Brasil provocou um tempo propício para a
efervescência dos movimentos sociais uma vez que, dentro das Universidades, as
inserções e consolidação dos cursos de Ciências Sociais com a reforma pedagógica
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dos cursos propiciaram um pensamento mais crítico frente à interpretação de nossa


realidade. Os estudantes, com um entendimento da situação junto a indignação dos
demais indivíduos que não aceitavam esse modelo de governo ditatorial, formaram
uma massa de combate organizada. Sobre o papel dos movimentos sociais neste
contexto, Cardon (2012, p. 23) pondera o quanto é inegável “que os movimentos
sociais dos anos 1970/1980, no Brasil, contribuíram decisivamente, via demandas e
pressões organizadas, para a conquista de vários direitos sociais, que foram
inscritos em leis na nova Constituição Federal de 1988”. O movimento de oposição e
contestação ao regime militar tinha um propósito claro: defesa dos valores do Estado
democrático e crítica a toda forma de autoritarismo estatal.
     A resposta do governo militar foi sempre dura no sentido de reprimir tais
manifestações, com violência, tortura, e alcançou seu auge com o famoso AI-5 (Ato
Institucional número 5), que vigorou de 1968 a 1979.
  Cardon (2012, p. 23) define as características de um movimento social: possui
liderança, base, demanda, opositores e antagonistas, conflitos sociais, um projeto
sociopolítico, entre outros. Carvalho (2004) concorda com Cardon (2012,) ao definir
em sentido amplo os movimentos sociais em torno de uma identificação de sujeitos
coletivos que possui adversários e opositores em torno de um projeto social.
No século XXI observamos o surgimento de uma “rede de movimentos
sociais”, com o objetivo claro de fortalecer o papel da sociedade na esfera pública e
defesa radical dos valores democráticos, com total autonomia dos movimentos
sociais em relação ao poder público e de certo modo até mesmo dos Partidos
Políticos, o que não significa dizer que não seja uma forma organizada de
articulação política (FERREIRA, 2003).
Comparando o quadro de associativismo da sociedade civil na atualidade,
Cardon (2012, p. 51) pondera como este é diferenciado em relação ao que
predominou nas décadas de 1980 e 1990, e que “a ascensão de novos grupos ao
poder, e reformas na gestão das políticas sociais são parte da explicação”

2 As raízes históricas do surgimento das políticas sociais no Brasil

O surgimento da política social ocorreu de maneira diferenciada entre os


diversos países; tendo sua origem no capitalismo, destina-se, prioritariamente, à
classe trabalhadora, na luta pelos seus direitos. Encontra-se legislada e controlada
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pelo Estado e se mantém subordinada à política económica. A partir do capitalismo,


surge a politica social, construída por meio das mobilizações das classes operárias
advindas das revoluções industriais no século XIX.
Alguns teóricos colocam em questão dois esquemas de argumentação da
ciência política:
- A explicação da gênese da política social estatal baseada na teoria dos
interesses e das necessidades, a partir de exigências políticas dos traba-
lhadores assalariados organizados; - a explicação da gênese da política
social a partir dos imperativos do processo de produção capitalista, das
exigências funcionais da produção capitalista (CARVALHO, 2004, p. 37).

A política social foi, entendida como estratégia de intervenção do governo nas


relações sociais originadas no mundo da produção, ou seja, foi relacionada a um pro-
cesso de mediação, como estratégia estatal entre interesses conflitivos.
Para compreender as políticas sociais, é preciso perceber a relação entre o
Estado e o processo de acumulação de capital, além de considerar os movimentos
sociais e políticos concretos que trazem em seu bojo a necessidade de olhar, cuidar da
saúde, da vida do trabalhador e como esta se reproduz imediatamente e em longo
prazo.
A intervenção do Estado conhecida como medida de políticas sociais consistia
na implantação de assistência social, de prestação de serviços sociais, que
contemplava uma diversidade de informações e ações, como adoção, internamento,
reabilitação, consultas médicas, atendimento psicossocial, reinserção social. As
medidas jurídicas também eram compreendidas como política social; por exemplo, a
proteção do consumidor e a normatividade dos procedimentos educativos. Além
dessas, também eram consideradas medidas de políticas sociais a construção de
equipamentos sociais e de subsídios.
Segundo Cardon:
Esses domínios de intervenção são denominados sociais por questões
históricas e ideológicas. O fato de apresentar como social uma medida
política governamental, faz com que pareça boa à população. Assim,
quando o governo fala de prioridades sociais, de prioridades humanas,
aparece como defensor das camadas pobres, ao mesmo tempo em que se
oculta e escamoteia a vinculação dessas medidas à estruturar económica e
à acumulação de capital (CARDON, 2012, p. 57).

As políticas sociais são classificadas e definidas conforme suas especificidades


e seus objetivos imediatos, como curativas e preventivas, primárias, secundárias e
terciárias, terapêuticas e promocionais. São apresentadas de acordo com o público-
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alvo: crianças, jovens e idosos(as) e por critérios de normalidade/ anormalidade,


doentes, excepcionais, inválidos, psicóticos, desaptados sociais etc. Essas
classificações acabavam por fragmentar e isolar e controlar as políticas sociais.
Dentro dessa lógica, a política social acaba por estigmatizar a população, quando as
separa por idade, normalidade/anormalidade, transformando e reforçando a
concepção de desviantes e desintegrados.
No contexto do capitalismo a política social baseava-se na manutenção da
"ordem social", tendo como função reintegrar os indivíduos (desviados sociais) à
sociedade.
É fundamental considerar a evolução das políticas sociais e como se mudam as
categorias que denominam a clientela na tentativa de melhor significá-las. Como
exemplo, os menores delinquentes passam a ser denominados menores carentes.
Mudam-se as denominações, mas não alteram as propostas das instituições.
Nesse contexto, a população parece vislumbrar medidas sociais menos
repressivas e mais humanas. Nessa etapa da sociedade capitalista, a humanização,
manifesta-se pela preocupação com os direitos humanos, com a valorização humana,
com a igualdade de oportunidades, com a melhoria da qualidade de vida e com a
dívida social (FRANK 1989, p. 58).

3 A participação dos movimentos sociais na implantação e implementação de


políticas sociais e a organização e a mobilização dos movimentos sociais no
processo de conquista de direitos

Com a luta dos movimentos sociais ampliou-se o leque de atores sociais e


surgiram novas facetas à cidadania com ênfase na responsabilidade dos cidadãos
na elaboração de Políticas Públicas, com espaços criados institucionalmente para
esta parceria entre Estado e sociedade civil, como é o caso, por exemplo, dos
conselhos gestores de políticas públicas (para aprofundar o debate sobre o papel
dos Movimentos Sociais nos Conselhos Gestores de Políticas Públicas veja o artigo
nesta mesma seção).
“Novos e antigos atores sociais fixarão suas metas na conquista de
espaços na sociedade política, especialmente nas parcerias que se abrem
entre governo e sociedade civil organizada, por meio de Políticas Públicas”
(CARDON, 2012, p. 58).
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E como afirma Albert (2018, p. 72): “as contribuições dos movimentos e


organizações sociais impactam as políticas públicas e são garantias de execução.
Isto significa uma mudança na relação com a sociedade civil e um autêntico
reconhecimento do papel das entidades”.
Albert (2018) chama atenção ainda para o fato de como tais organizações e
movimentos sociais constituem espaços de participação em uma grande rede entre
indivíduos sendo através destas redes que “os atores sociais formam opinião, se
expressam, fazem sua vontade ganhar poder coletivo e, assim, interferem nos
destinos do país”.

4 Políticas setoriais: Política setorial: política de assistência social

De acordo com Albert (2006) as políticas setoriais são tipos de políticas


públicas organizadas por especialidade. Suas ações compreendem recursos
técnicos, teóricos, tecnológicos, físicos, materiais e humanos específicos ao seu
campo.
É comum, no Brasil, a organização das políticas públicas por setores, na
intenção da promoção e efetividade dos direitos sociais assegurados por lei.
Políticas setoriais, de modo geral, tratam de escolhas: escolhas sobre setores
econômicos, tecnologias, áreas geográficas ou público a ser beneficiado por
medidas específicas voltadas à solução de problemas, mudança ou aprimoramento
de determinada condição.
A intervenção em rede e a intersetorialidade vêm despontado como princípios
ordenadores das políticas sociais na contemporaneidade. Sabe-se que a política de
assistência social tem a intersetorialidade como um dos seus eixos estruturantes.
Nesse sentido, este artigo tem como objetivo levantar e discutir aspectos
contextuais, conceituais e tipológicos de redes, intersetorialidade, e como suas
concepções são incorporadas na gestão das políticas sociais, em especial na
política de assistência social.
No que se refere à política de assistência social, sabe-se que a Constituição
Federal de 1988 inaugurou um novo momento no modelo de gestão desta política,
passando a reconhecê-la como um direito do cidadão e dever do Estado, e como
política integrante do sistema de seguridade social, em conjunto com as políticas de
saúde e previdência social. Entretanto, sua regulamentação e a definição de suas
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disposições legais se deram somente a partir 1993, com a promulgação da Lei


8.742, Lei Orgânica de assistência Social – LOS, que dispõe sobre a organização da
política em todo território nacional, e com a implementação da Norma Operacional
Básica do Sistema Único de assistência Social (NOB/SUS), em 2005, que
disciplinou o regime de gestão e a operacionalização da política a partir de um pacto
entre os entes federativos, sob o paradigma da proteção social dos cidadãos e da
defesa dos usuários (ALBERT, 2006)
Estabelecer a intersetorialidade como um de seus eixos estruturantes, a política
de assistência e as demais políticas sociais de caráter integral passaram a enfrentar
os obstáculos de um ambiente historicamente setorial, fruto das influências do
modelo cartesiano na intervenção estatal, fato esse agravado ainda mais pela
cultura política nacional, marcada por ações de caráter clientelista, paternalista e
assistencialista. Sendo assim, o SUS enfrenta uma série de barreiras que dificultam
a consolidação da ação em rede e da intersetorialidade na esfera prática.
De acordo com Ferreira (2003), para analisar a relação da assistência social
com as demais políticas públicas, é necessário revisar também os elementos que a
particularizam enquanto política pública, e o desafio que ela tem de concretizar os
direitos de cidadania em um período em que a ordem capitalista vigente é contrária
a esse processo.
Diante desta realidade, a assistência social precisa ser analisada sob a
seguinte ótica: considerando sua histórica vinculação com a pobreza absoluta,
noção imposta pelas classes dominantes, a partir da qual surgiram diversos vícios,
os quais precisam ser superados, sobretudo porque eles inviabilizam sua eficácia
enquanto política pública social; e considerando a necessidade de repensar o
tratamento teórico e conceitual que lhe é dado, pois, apesar de a mesma ser
considerada como política pública nos marcos da cidadania e democracia ampliada,
é preciso avaliar também a sua inserção no atual contexto capitalista neoliberal, que
trata a assistência social como uma medida residual, emergencial, paliativa e
desconectada das demais políticas públicas (PEREIRA, 2004).
Diante dessa realidade, Carvalho (2004) cita algumas tendências de análise
que defendem que a assistência social, em razão de sua construção histórica, não
possui um conteúdo particular: a primeira enxerga a assistência social como
processante de outras políticas sociais, nesse caso ela teria caráter complementar,
cuidando de algumas ações das demais políticas sociais, direcionadas para as
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pessoas carentes, cujo acesso se dá por meio de uma seleção; a segunda


compreende a assistência social não como uma política de conteúdo particular, mas
como uma ação mediadora cujo objetivo é construir e operar a intersetorialidade
entre as políticas sociais, nesse caso o seu papel seria o de apenas operar os
serviços e ações entres as demais políticas, garantindo o processo de referência e
contrarreferência; já a terceira tendência percebe a assistência social genérica em
suas ações, mas específica em sua clientela, desse modo caberia a ela atender
apenas aquelas pessoas em estado de pobreza absoluta, aprofundando a noção
viciosa que a vincula à pobreza e ao atendimento focalizado aos mais carentes.
Segundo Albert (2006), a gestão de um arranjo intersetorial gira em torno dos
seguintes desafios: no campo da decisão política, requer dos gestores da política
pública a capacidade de redirecionar a ação pública local por meio de acordos
políticos e da construção de pactos e consensos entre os atores envolvidos,
considerando os interesses em jogo; no que se refere aos arranjos institucionais,
deve-se avaliar a necessidade de criação de uma estrutura e de instrumentos de
gestão necessários para a viabilização da nova realidade de gestão; e, na esfera
dos processos de trabalho, algumas alterações na lógica de operação das ações
devem ser efetuadas, de maneira a destacar, sobretudo, a importância do apoio dos
técnicos que serão responsáveis pela operacionalização da ação intersetorial na
esfera prática.
Ademais, a efetiva concretização da intersetorialidade, tanto na política de
assistência social como nas demais políticas públicas, é um processo bastante
complexo, fato esse acentuado ainda mais em razão de não haver formalmente
referências diretas ou indiretas nem um direcionamento de como desenvolver a
intersetorialidade na implantação ou na gestão das políticas sociais, ou mesmo de
como operacionalizá-la.
De acordo com Carvalho (2004), o que se verifica nos documentos oficiais, a
exemplo das políticas setoriais – como habitação, saneamento básico, política
fundiária, meio ambiente – são variadas expressões que remetem à
intersetorialidade. Por conseguinte, a atuação intersetorial fica evidenciada de modo
implícito, através de conceitos/palavras como articulação, integração, cooperação,
parcerias, ação conjunta, interação, participação, dentre outros, que expressam a
realização de um trabalho integral, mas que necessariamente não abrangem a
intersetorialidade em toda a sua totalidade.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

            Diante das colocações esboçadas nesta pesquisa podemos afirmar, em suas
diferentes análises sobre os movimentos sociais, que no cenário brasileiro do novo
milênio, há a emergência de um movimento cidadão crítico, que não atua de forma
isolada, mas em redes nacionais e globalizadas e que se caracteriza por estar
desenvolvendo um ideário político que visa a transposição de várias fronteiras
restritivas dos movimentos sociais mais tradicionais de nossa história.
Numa sociedade marcada por inúmeros processos de exclusão social e de
baixos níveis de participação política do conjunto da população, os conselhos
assinalam para possibilidades concretas de desenvolvimento de um espaço público
que não se resume e não se confunde com o espaço governamental/estatal.
            Os conselhos de políticas públicas tornam-se um amparo para que as
classes menores sejam ouvidas e possam contribuir na criação de políticas públicas
que atendam as necessidades destes grupos sociais, logo tendo a atuação desses
indivíduos pertencentes destes grupos materializando e fortificando a participação
social da população.
            Os movimentos sociais têm um importante papel a ser exercido tomando
como base um novo conceito de planejamento público marcado pela participação
popular, que como o próprio nome sugere, exige a participação dos movimentos
sociais que, bem antes do processo de redemocratização e sobretudo por ocasião
da Assembleia Nacional Constituinte de 1987 [ que promulgou a Constituição Federal
de 1988, vem desempenhando um papel fundamental para consolidação do nosso
Estado Democrático de Direito. Além disso, os movimentos sociais ampliam,
aprofundam e redefinem “a Democracia tradicional do Estado político e a
democracia econômica para uma democracia civil numa sociedade civil.
Ao concluir essa discussão, tal como proposto, as ações públicas na área
social passam a ter de buscar a articulação entre aquelas de curto prazo, de caráter
mais imediatista, focalizadas naqueles grupos identificados como os mais
despossuídos, e aquelas de longo prazo, de caráter permanente, universalizantes,
voltadas para a eqüidade do acesso dos cidadãos aos direitos sociais,
independentemente do nível de renda e da inserção no mercado de trabalho. Além
disso, impõe-se a identificação daqueles programas e daquelas políticas sociais no
geral de médio e longo prazos em termos de retorno de seus resultados que
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promovam as condições para que esses segmentos mais pobres superem sua
situação de pobreza.
Entende-se que boas políticas setoriais são aquelas que induzem e promovem
a criação e apropriação de valor no país. Naturalmente, a forma de se fazer isso é
variável e, sendo assim, deve se refletir em diferentes instrumentos. Contudo, a
análise do desenho de uma política deve considerar sua capacidade de atuar nessa
direção.
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REFERÊNCIAS

ALBERTI, Verena; PEREIRA, Amilcar A. A defesa das cotas como estratégia política
do movimento negro contemporâneo. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, nº 37, p.
143-166, jan./jun. 2006. Acesso em 01/05/2018.

ARROYO, Miguel G. Educação e exclusão da cidadania. In: BUFFA, Ester et al.


Educação e cidadania. Quem educa o cidadão? 5. ed. São Paulo: Cortez, 1995. p.
31-80.

CARDON, Dominique. A democracia internet: promessas e limites. Tradução de


Nina Vincent e Tiago Coutinho. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012.

CARVALHO, José Murilo. Cidadania no Brasil: o longo caminho. 5. ed. Rio de


Janeiro: Civilização Brasileira, 2004.

FERREIRA, Delson. Manual de Sociologia – Dos Clássicos à Sociedade da


Informação. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

FRANK, André Gunder; FUENTES, Marta. Dez teses acerca dos movimentos
sociais. Lua Nova, São Paulo, nº 17, junho 1989. Acesso em 01/09/2015.

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