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FACULDADE SANTA FÉ
SANTA FÉ PÓS GRADUAÇÃO
INTRODUÇÃO
Perceber que uma criança é D.A além da difícil aceitação, necessita de olhos
especializados, para que não ocorra um diagnóstico impreciso. O diagnóstico errado
poderá levar a criança a um déficit de aprendizagem irrecuperável. Existe uma
tendência muito grande de confundir o D. A com outras deficiências, uma vez que as
características se confundem.
Para que todas as possibilidades de erro sejam eliminadas, a família e o
professor, precisam em conjunto, submeter à criança, a partir de observações feitas, a
uma avaliação de um médico especialista em audição. Portanto, uma prova clinica.
Muitas vezes essa dificuldade da criança só é percebida quando ela começa a freqüentar
uma sala de aula.
Antes de iniciarmos nossa pesquisa, precisamos classificar os D. A quanto ao
nível de perda. Desta forma encontramos a hipoacusia que é uma diminuição persistente
da audição que provoca dificuldade de percepção da linguagem.
Outra classificação que vemos é a surdez que é o maior grau de deficiência
auditiva onde a percepção da linguagem oral é impossível.
Neste nível a perda auditiva encontra-se acima de 80 dbs.
Muitas são as causas que levam uma criança a perda auditiva. Essa
classificação é apenas para estudos, com fins de diagnóstico.
Causas Pré-natais – são os fatores genéticos herdados, bem como os acidentes
cromossômicos. Encontramos ainda as doenças infecto-contagiosas, adquiridas pela
mãe enquanto gestante. Não podemos esquecer de ressaltar aqui a exposição constante
da gestante à irradiação.
Perinatais – são os acidentes durante o parto que muitas vezes é prematuro em
tempo e peso. Nesta classificação encontramos o parto com uso inadequado de
instrumentos ou doenças sexualmente transmissíveis que prejudicam o bebê pela
contaminação vaginal, além da má oxigenação no momento do nascimento.
Pós-natal – neste momento o prejuízo auditivo se dá por uso inadequado de
medicamentos, freqüentes otites, meningite, viroses etc. Esses aspectos favorecem a
perda progressiva da audição.
A perda auditiva repercute muito na comunicação do indivíduo, prejudicando
a linguagem e a cognição. O deficiente auditivo no que diz respeito a leitura e a escrita,
encontra-se no nível senso – motor, necessitando de muito tempo para relacionar
fonema com grafema.
Durante a realização da audiometria, a perda auditiva recebe a seguinte escala:
fundamentar
De 0 a 20 – normal
De 20 a 40 – hipoacusia ligeira
De 40 a 60 – hipoacusia moderada
De 60 a 80 – hipoacusia severa
Mais de 80 – hipoacusia profunda.
Entendemos por audição, a percepção de estímulos captados e transformados
em potencialidades bio-elétricas (impulsos nervosos). Esses estímulos chegam a área
cerebral via auditiva. Todo esse processo acontece através de dois fenômenos. O
primeiro deles é fisiológico que consiste na estimulação do órgão e informação ao
córtex cerebral. O segundo fenômeno e psicocortical que engloba a compreensão do
som, análise e arquivo do som compreendido. Tudo isso ocorre porque a linguagem e a
audição estão relacionadas. Uma depende da outra, numa relação estreita, de total
dependência, de forma rápida, tão rápida quanto à luz.
A deficiência auditiva se caracteriza por ser estável e generalizada em seu
processo cognitivo. A composição sonora da palavra não se dá perfeitamente levando ao
prejuízo no processo básico de análise e síntese. A fragmentação nesse processo impede
ou dificulta a análise fonética, conseqüentemente a separação de sílabas. Observaremos
agora o que ocorre com a memória. Nela, o processo de seleção dos ruídos é associado
às imagens retidas. Se o ruído não é selecionado, não é diferenciado e
conseqüentemente não é armazenado por não se perceber a diferença. Este é o processo
de análise é síntese.