causa eficiente e o efeito ocasionado, pouco importando seja mediato ou imediato"
Relação de causalidade (art.13,caput, do
CP): Obs: Nos crimes formais e de mera conduta não há resultado naturalístico. Art. 13 O resultado, de que Portanto, ausente a relação de causalidade depende a existência do crime, entre conduta e resultado. somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a TEORIAS ação ou omissão sem a qual o Causalidade adequada: Von Kries. resultado não teria ocorrido. Sustenta que causa é o acontecimento que Teoria da equivalência dos antecedentes concorre para o resultado de forma eficaz. causais (conditio sine qua non) É adotada como exceção (art. 13, §1º) Todo fato sem o qual o resultado não teria § 1º - A superveniência de causa ocorrido é causa. relativamente independente Método ou teoria da eliminação exclui a imputação quando, por si hipotética dos antecedentes causais: só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam- Causa é todo fato que, suprimido se a quem os praticou. mentalmente, o resultado não teria ocorrido como ocorreu ou no momento em Equivalência dos antecedentes que ocorreu. Inicialmente, foi desenvolvida por Glaser, OBs: Em síntese, a aplicação da teoria da sendo sistematizada por Von Buri e Stuart equivalência dos antecedentes causais Miel, no ano de 1873. requer a sua conjugação com a teoria da Entende que causa é TODO e QUALQUER eliminação hipotética. Conjugando as duas acontecimento que contribuiu para a teorias, chega-se à denominada produção do resultado naturalístico. causalidade objetiva ou efetiva do resultado. É a Teoria adotada pelo Brasil como regra geral (art. 13, caput). Conclusão: a causalidade objetiva não é suficiente para se chegar à imputação do Art. 13 - O resultado, de que depende crime, de modo que, dentro da perspectiva a existência do crime, somente é do finalismo, é indispensável perquirir a imputável a quem lhe deu causa. causalidade psíquica, indagando-se se o Considera-se causa a ação ou omissão agente agiu com dolo ou culpa para a sem a qual o resultado não teria produção do resultado delituoso. ocorrido.
Esta Teoria não faz distinção entre causa,
condição e ocasião, tudo que contribui de qualquer modo para o resultado é causa desde. Para identificar a causa, utiliza-se o método dependentes não excluem a da eliminação hipotética, desenvolvido relação de causalidade. pelo sueco Thyrén, em 1894. De acordo 2. Independente: É aquela capaz, por com este método, depois que o crime foi si só, de produzir o resultado. Ou praticado volta-se, hipoteticamente, no seja, não depende da conduta do tempo e eliminam-se acontecimentos. agente. Podendo ser absolutas ou Caso o crime desapareça após a eliminação relativas: de um acontecimento, este será (A) Concausas absolutamente considerado sua causa. independentes: a causa efetiva do Contudo, a relação de causalidade não se resultado não se origina, direta ou esgota na mera causalidade física indiretamente, do comportamento (dependência de um acontecimento que concorrente, paralelo. lhe é anterior), também depende da (i) Preexistente: a causa efetiva causalidade psíquica, representada pelo (elemento propulsor do resultado) dolo e pela culpa. antecede o comportamento concorrente.
Imputação objetiva (ii) Concomitante: a causa efetiva
(elemento propulsor do resultado) Introduzida no Direito Penal por Claus é simultânea ao comportamento Roxin. concorrente. A imputação objetiva trabalha com a ideia (iii) Superveniente: a causa efetiva de risco proibido. Assim, o resultado só (elemento propulsor do resultado) poderá ser imputado ao agente que criou é posterior ao comportamento um risco proibido ou aumentou um risco concorrente. proibido já existente. Conclusão: em se tratando de concausa Apesar de não ter previsão legal, já foi absolutamente independente, não adotada em alguns julgados pelo STJ, pois é importa a espécie (preexistente, mais favorável ao agente. concomitante ou superveniente), o comportamento paralelo será sempre punido na forma tentada. Concausas (B) Concausas relativamente independentes: As causas se conjugam para produzir o evento final. Isoladamente Quando se verifica que o resultado não é consideradas, não seriam capazes de efeito de um só comportamento, ocasionar o resultado. representando produto final de uma associação de fatores, entre os quais a (i) Preexistente: a causa efetiva conduta do agente aparece como seu (elemento propulsor que se conjuga principal (mas não único) elemento para produzir o resultado) é anterior a desencadeante. causa concorrente. São duas espécies de concausas: (ii) Concomitante: a causa efetiva (elemento propulsor que se conjuga 1. Dependentes: Precisa da conduta para produzir o resultado) ocorre do agente para produzir o simultaneamente à outra causa. resultado. As concausas iii) Superveniente: a causa efetiva Não rompem o Rompem o nexo (elemento propulsor que se soma para nexo causal. causal. O agente a produção do resultado) acontece só responde pelos após a causa concorrente. atos praticados. Responde pelo Responde pelo § 1º - A superveniência de causa crime consumado crime tentado relativamente independente exclui TEORIA DA TEORIA DA a imputação quando, por si só, EQUIVALÊNCIA CAUSALIDADE produziu o resultado; os fatos DOS ADEQUADA (art. anteriores, entretanto, imputam-se ANTECEDENTES 13,§1º) a quem os praticou.
O artigo 13, § 1°, anuncia a causalidade Causalidade nos crimes
adequada (ou teoria da condição omissivos qualificada ou individualizadora). Considera causa a pessoa, fato ou circunstância que, além de praticar um antecedente Crimes Omissivos: Não tem nexo de indispensável à produção do resultado, causalidade. O que determina a ligação realize uma atividade adequada à sua entre a conduta omissiva do agente e o concretização. Na determinação da resultado lesivo é o nexo estabelecido pela causalidade adequada, o que importa é se lei (normativo). há um nexo normal prendendo o atuar do Omissão própria: agente como causa ao resultado como efeito Nexo normativo: incide para estabelecer o elo entre a conduta As concausas relativamente independentes omissiva e a omissão tipificada supervenientes, subdividem-se em: não (basta que exista um tipo penal produzem, por si só, o resultado e punindo a abstenção e que esta produzem, por si só, o resultado. ocorra por parte elo agente). NÃO PRODUZEM PRODUZEM Determinados crime omissivos A causa efetiva Hipóteses em que próprios podem estar ligados a (superveniente) a causa efetiva do resultados naturalísticos, encontra-se na resultado é majorantes/qualificadoras do mesma linha de considerada um delito. Ex: omissão de socorro, desdobramento evento punida mais rigorosamente causal (normal) da imprevisível quando da não ação ocorre lesão causa concorrente, grave ou morte da vítima. tratando-se de evento previsível Omissão Impropria: (ainda que não previsto). Crime de resultado material: exige Imperícia médica Ambulância um nexo entre a ação omitida e o infecção hospitalar Incendio no hosital resultado. Esse nexo, no entanto, Carlos disfere um Carlos disfere um não é naturalístico (a omissão não disparo de arma disparo de arma causou o resultado). O agente não de fogo contra de fogo contra causa diretamente o resultado, Ana, que morre Ana, que morre mas permite que ele ocorra devido à imperícia devido a um abstendo-se de agir quando médica. incendio no deveria e poderia fazê-lo para hospital evitar a sua ocorrência. Nexo de evitação; sobre o qual se deve empregar um juízo hipotético semelhante àquele utilizado no nexo causal: se, imaginada a ação devida, o resultado deixasse de ocorrer, existe o nexo (de evitação), imputando-se o resultado ao omitente (o sujeito não causou o resultado, mas como não o impediu, é equiparado ao verdadeiro causador).
Crimes Comissivos: nexo de causalidade
nos crimes que resultem modificação no mundo exterior (resultado naruralísrico).